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Eliete Gurjão
REGIME DE
INTERVENTORIAS
política e sociedade na Paraíba
da Era Vargas (1930-1945)
Martinho Guedes dos Santos Neto
Waniéry Loyvia de Almeida Silva
Esse livro tem um fio condutor que percorre todos organizadores
os capítulos: a política e a sociedade em suas várias
dimensões e manifestações. Apresenta em seus
Eliete Gurjão
REGIME DE
INTERVENTORIAS
política e sociedade na Paraíba
da Era Vargas (1930-1945)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
EDITORA UFPB
Editora UFPB
João Pessoa
2020
Direitos autorais 2020 – Editora UFPB
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conforme a Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
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Impresso no Brasil. Printed in Brazil.
Revisão
REJANE MARIA DE ARAÚJO FERREIRA
Catalogação na fonte:
Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba
Editora filiada à
Sumário
Prefácio................................................................................................. 07
Eliete Gurjão
1
As paixões movem a política: a Paraíba entre a morte
de João Pessoa e a vitória do Movimento de 30....................... 19
Monique Cittadino
2
A interventoria de Anthenor Navarro, o centralismo estatal
e as relações de poder na Paraíba (1930-1932)......................... 51
Martinho Guedes dos Santos Neto
3
O governo interventorial de Gratuliano Brito
e a recomposição oligárquica na Paraíba (1932-1934)............ 81
Bento Correia de Sousa Neto
4
Autoritarismo interventorial – a Paraíba de Argemiro
de Figueiredo (1935-1940)....................................................... 109
Waniéry Loyvia de Almeida Silva
5
A interventoria de Ruy Carneiro e as composições políticas
no Estado da Paraíba entre os anos de 1940 e 1941............... 135
Jean Patrício da Silva
6
A (re)organização de uma elite: representação política,
poder e parentelas na Paraíba pós-30...................................... 165
Mariana Karen Alves dos Santos | Martinho Guedes dos Santos Neto
7
INTEGRANDO OS “BRASIS”: José Américo de Almeida
e o Ministério da Viação e Obras Públicas durante
o Governo Provisório (1930-1934)................................................. 187
Jivago Correia Barbosa
8
Estado, movimento operário/proletário e anticomunismo
na Paraíba (1930-1934)............................................................ 219
Faustino Teatino Cavalcante Neto
10
Mulher, igreja e sociedade: assistencialismo e controle
social na Paraíba (1930-1945).......................................... 275
Simone da Silva Costa
11
Um jornal e uma rádio estatais: aparelhos de hegemonia
em tempos de interventorias (1935-1945)....................... 301
José Luciano de Queiroz Aires
12
Uma nova Escola para um novo urbanismo: o Instituto
de Educação da Paraíba no rumo da nova cidade......... 331
Ângelo Emílio da Silva Pessoa | Lucas Gomes Nóbrega
Prefácio
Eliete Gurjão
175 Observando as plantas feitas entre meados do Século XIX e início do XX, percebe-
se a pouca expansão do traçado urbano. A maior parte das modificações nesse
período se estabeleceu em torno de modificações (novos arruamentos, demolições
etc.) no interior do traçado até então existente (SOUSA e VIDAL, 2010).
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176 Nas primeiras décadas do Século XX, conviveram formas de expansão planejada
e espontânea na Capital. A par do surgimento de áreas precárias de habitação de
trabalhadores de baixa renda nas áreas centrais ou em seus arredores, como o
Cordão Encarnado, nas cinco primeiras décadas desse século, foram estabelecidos
loteamentos em antigas fazendas, como o Veado-Sobradinho, em linhas gerais,
os atuais Bairros de 13 de Maio, dos Estados e Santa Júlia-Macacos, atual Bairro
da Torre. Assim a área urbana chegou à região litorânea (RESSA, 2012).
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***
Passando bastante ao largo dos conflitos que abalaram
a Paraíba e o Brasil em torno de 1930 e do estabelecimento da
auto intitulada “República Nova” – objeto de copiosa produção
historiográfica e analisada detidamente em outros textos da presente
coletânea –, no âmbito local e no nacional, foi estabelecida uma série
Regime de interventorias | 335
solenes, para marcar essa data com todo o garbo que a ocasião exigia.
Exaltava o Ditador e auferia os dividendos políticos correspondentes.
O Jornal Oficial do Governo do Estado assim descreveu, na edição
do dia seguinte, uma dessas solenidades:
Imagem 02 – Vista
aérea do Parque Sólon
de Lucena no início
da década de 1930. À
esquerda (oeste), o antigo
traçado urbano que mal
chegava à beira da lagoa
e ainda se assemelhava
ao descrito por Coriolano
de Medeiros para o
início do século. À direita
(leste), os terrenos ainda
baldios, que sofreram
rápida urbanização
depois da construção do
Instituto Paraibano de
Educação.
Referências
BUCHOLDZ, Alessandra e BENEVIDES, Cezar (orgs.). Memorial do
Doutor Ítalo. Ponta Grossa: Estúdio Texto/ ABC Projetos, 2016.
CARDOSO, Carlos Augusto de Amorim e KULESZA, Wojciech Andrzej
(orgs.). A Escola e a Igreja nas ruas da cidade. João Pessoa: Ed. UFPB,
2010.
IBGE. Tabela 1.6 – População nos censos demográficos, segundo os
municípios das capitais – 1872/2010. https://censo2010.ibge.gov.br/
sinopse/index.php?dados=6&uf=00 acesso em 12/07/2019.
LENHARO, Alcir. Sacralização da Política. Campinas: Papirus, 1986.
MEDEIROS, Coriolano de. O Tambiá da minha infância. João Pessoa: A
UNIÃO, 1994.
NÓBREGA, Lucas Gomes. O patrimônio da Educação e a Educação como
patrimônio: trajetória do complexo escolar do Instituto de Educação da
Paraíba (1936-1939). João Pessoa: TCC em História UFPB, 2017.
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