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Tipos de pele
Pele grossa ou glabra: encontrada nas palmas das mãos e na sola dos pés. Não
apresenta pelos, motivo que é chamada de glabra. Sua epiderme apresenta-se espessa
com bastante queratina, tendo uma cor mais branca que na pele fina.
Pele fina: encontrada em todo o restante da pele. Apresenta pelos. Sua epiderme
apresenta-se mais delgada se comparada com a epiderme da pele grossa. Apresenta
as mesmas camadas celulares porém com menor quantidade de células e de
queratina.
MODELO DE TEGUMENTO
Comparativamente a epiderme da pele fina é mais delgada, portanto a pele fina é mais
fina que a pele grossa; a epiderme da pele grossa apresenta maior quantidade de
queratina (camada córnea) uma vez que ela existe em áreas de intenso atrito; a pele
grossa apresenta maior quantidade de papilas conjuntivas e elas são maiores também
que as da pele fina; não existe folículos pilosos na pele grossa, nem glândulas sebáceas
e nem músculo eretor do pelo.
***********Diferenças histológicas entre pele fina e pele grossa. (IMPORTANTE)
A pele fina e a pele grossa apresentam espessuras diferentes (pele fina até 2,0 mm) e
(pele grossa até 5,0 mm), uma vez que a pele grossa fica em áreas que sofrem bastante
atrito como palma das mãos e sola dos pés. A epiderme da pele fina (0,07 a 0,12 mm)
é mais delgada que a epiderme da pele grossa (0,8 a 1,4 mm) e também apresenta uma
camada córnea bem delgada pois não sofre tanto atrito quanto a epiderme da pele
grossa. As papilas dérmicas da pele grossa estão presentes em maior quantidade e são
mais altas para aumentar a adesão entre epiderme e derme evitando que epiderme se
solte da derme devido ao grande atrito na pele grossa. Outra diferença é a ausência de
pelos (folículos pilosos), glândulas sebáceas e músculo eretor do pelo na pele grossa
(por isso é também chamada de pele glabra).
Epiderme
PELE FINA 40 X
Epiderme
Epiderme
A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo.
Zonas sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e sola dos pés têm uma camada
mais grossa (conhecida como pele glabra por não possuir pelos), e chega até 2 mm
de espessura.
Epiderme
Epiderme pode ser dividida em quatro (pele fina) ou cinco camadas (pele espessa).
Assim, iniciando da camada mais profunda são elas:
4
3
1 - Camada basal, é a mais profunda, em contato com derme papilar, constituído por
única camada de células cilíndricas pouco diferenciadas que se dividem continuamente,
dando origem a todas as outras camadas. Contém muito pouca queratina. Algumas
destas células diferenciam-se e passam para as camadas mais superficiais, enquanto
outras permanecem na camada basal e continuam a se dividir.
PELE ESPESSA - 100x
Camada basal
Camada basal
ESTRATO BASAL - PELE ESPESSA - 400x
Camada basal
Camada espinhosa
3 - Camada granulosa: várias camadas de células achatadas, com grânulos de
queratina proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas.
Camada granulosa
Camada lúcida
5 - Camada córnea: constituído de várias camadas de células achatadas eosinófilas
sem núcleo (mortas) com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas.
Camada córnea
Obs: **Na pele fina o estrato lúcido é de difícil visualização ou está ausente.
Células da epiderme:
Derme
Derme
DERME ou CAMADA PAPILAR - PELE FINA - 400x
Derme
papilar
Derme
reticular
CAMADAS DA DERME - MODELO DE PELE FINA
Derme reticular
Derme papilar
Papilar
Reticular
Hipoderme
A hipoderme, já não faz parte da pele, tem importante função de proteção contra o frio.
Fixa a pele ao músculo estriado esquelético e permite a movimentação da pele sobre o
músculo e periósteo que reveste externamente os ossos.
É um tecido conjuntivo frouxo e/ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia
muscular e ou periósteo. Essa camada de tecido adiposo (hipoderme) é variável à
pessoa e localização.
Não é considerada uma camada da pele, mas sim uma fáscia subcutânea abaixo da
derme reticular. Essa camada é rica em tecido adiposo unilocular, formado por
adipócitos ou células adiposas uniloculares. Assim, é uma camada capaz de armazenar
triglicerídeos utilizados posteriormente na formação de moléculas de energia (ATP),
além de fornecer isolamento térmico. Assim como a derme, a hipoderme é bem
vascularizada.
Derme Papilar
Derme Reticular
Hipoderme
HIPODERME - PELE ESPESSA - 400x
Hipoderme
Hipoderme
Camadas da hipoderme:
A pele (ou cútis) é um órgão altamente inervado, haja vista que mantém relação direta
com o meio externo. Logo, é necessário que ela consiga "notar" os diversos estímulos
enviados pelo exterior do corpo. Ainda, a pele é bem suprida com inervação para os
vasos sanguíneos, glândulas e músculos eretores dos pelos. As suas principais
terminações nervosas são:
Pacini
CORPÚSCULO DE PACINI - PELE FINA - 100x
Pacini
Pacini
CORPÚSCULOS DE MEISSNER
CORPÚSCULOS DE RUFFINI
Funções da pele
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a
proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também
funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a
desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tacto e
metabólicas, como a produção da vitamina D.
Proteção física
Proteção da desidratação
Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. Os seres humanos
são animais terrestres, e necessitam de proteger os seus corpos principalmente
compostos de água contra a evaporação excessiva e desidratação e o subsequente
choque hipovolémico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum
vítimas de queimaduras graves entrarem em choque hipovolémico (sangue com pouco
volume devido à perda de água) se perderem superfície cutânea extensamente. A
pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight-
junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície
contínua de membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com
lípidos).
Funções metabólicas
ANEXOS DA PELE
Folículo piloso: produz uma estrutura maciça queratinizada, o pelo, que é produzido
por células especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso. Tem músculo liso
eretor e terminações nervosas sensitivas associadas. Os folículos pilosos dos bigodes
de alguns animais como o gato são altamente especializados como órgãos dos sentidos.
Funções: reter calor, proteção mecânica etc.
Os folículos pilosos estão presentes por quase todo o corpo, exceto nas regiões de
pele espessa/grossa/glabra. Cada folículo representa uma invaginação do epitélio
epidérmico formando um pelo em seu interior. Além disso, pode ser dividido em quatro
regiões: infundíbulo; istmo; saliência folicular; segmento inferior.
CAMADA DE HENLE: camada única de células cuboides que mantém contato direto
com a bainha radicular externa (invaginação da epiderme).
O folículo piloso mantém contato com uma lâmina basal espessa, denominada
membrana vítrea, o qual separa o folículo da derme. Ademais, o folículo é circundado
por tecido conjuntivo denso não modelado. O músculo eretor do pelo, formado por
músculo liso, é inervado pelo sistema nervoso autônomo e seus nervos estão inseridos
próximos a saliência folicular. A contração desse músculo auxilia na excreção das
glândulas associadas ao folículo piloso, além, de como a própria nomenclatura
descreve, promover a ereção do pelo ("arrepio").
CUTÍCULA DA HASTE DO PELO: é a camada mais externa do pelo, formada por várias
camadas de células pavimentosas. Ela protege o pelo de lesão física e química e
determina a sua porosidade.
FOLÍCULO PILOSO - MODELO DE PELE FINA
Folículo piloso
HASTE DO PELO - MODELOS DE PELE FINA
Haste
3
2
1
Cabeça de seta – papila dérmica do bulbo piloso
3 - PELO VELUS: finos e sem pigmento, são encontrados no adulto e cobrem a maior
parte do corpo, não é afetado pelos androgênios.
FASES DO CRESCIMENTO DOS PELOS: anagênica, catagênica e telogênica.
Folículo piloso
FOLÍCULO PILOSO - PELE FINA - 100x
Folículo piloso
São placas formadas por células queratinizadas que contém queratina dura. As placas
ungueais repousam sobre os leitos ungueais. A parte proximal da unha, chamada de
raiz da unha, está fixada em uma prega de epiderme e cobre a região onde estão
localizadas as células germinativas ou matriz da unha.
A área branca próxima a raiz da unha, a lúnula, deve a sua coloração a camada de
células parcialmente queratinizadas e opacas da matriz nessa região. Quanto mais as
células se aproximam da ponta dos dedos mais ela adquire a coloração do leito vascular
subjacente. A prega que recobre a raiz da unha, conhecida popularmente como
cutícula, é o eponíquio. Ela também é formada por queratina dura, mas pode ser
facilmente rompida por conta da sua fina espessura. Ainda, uma camada epidérmica
espessada, chamada de hiponíquio, fixa a borda livre da placa ungueal à ponta do
dedo.
MODELO DE UNHA
Vista superior
2 1
3
4
5
4
3 2
1
1
.
1 – glândula sebácea;
Glândulas sudoríparas: estão distribuídas pela superfície corporal, excetuando-se os
lábios, o clitóris, os pequenos lábios, a glande e a superfície interna do prepúcio.
Elas são abundantes nas regiões palmar e plantar. A porção secretora situa-se
profundamente na derme ou na parte superior da hipoderme. São glândulas exócrina
tubulares simples enoveladas merócrinas (écrinas) ou apócrinas. Funções: abaixar a
temperatura corporal e eliminar excretas (substâncias indesejáveis).
Essas glândulas podem ser classificadas com base na sua estrutura e na natureza de
sua secreção. É importante destacar de antemão que alguns tipos de glândulas
sudoríparas são independentes dos folículos pilosos, diferente das glândulas sebáceas
que estão sempre associadas. Assim, as glândulas sudoríparas podem ser subdivididas
em écrinas e apócrinas.
100x
COR DA PELE
A pele adquire sua melhor aparência durante a segunda e terceira décadas de vida
e, então, as alterações devidas à idade começam a ocorrer. As mudanças mais visíveis
da pele, associadas ao envelhecimento, são o enrugamento, a perda de elasticidade,
o ressecamento e o aparecimento de manchas pigmentadas, particularmente na
face e no dorso das mãos, a despigmentação e a perda de pelos também são
sinais de envelhecimento. Na face, a perda do tônus muscular e a diminuição da
gordura subcutânea adicionam-se às alterações senis desta região. Este processo
pode ser acelerado pela exposição prolongada ao vento e ao sol, como geralmente se
vê na pele de fazendeiros e de marinheiros.
Sinais da epiderme e anexos
Matéria córnea – atrofia da epiderme, produzindo menos estrato córneo, diminui o manto
gorduroso que a cobre, o que leva ao ressecamento do órgão.
Pelos – diminuição geral do seu número, seu comprimento e sua espessura tanto nos
cabelos como na barba, nos hircos e nos púbios. Essas alterações são mais acentuadas
no homem do que na mulher. Os cabelos ficam brancos (caníce), mais lisos e finos, o
mesmo sucedendo com a barba. Ao contrário, em certas mulheres menopausadas, o
buço labial se espessa, ficando parecido com um bigode.
As mudanças que ocorrem na derme devidas à idade são evidentes. Assim, as fibras
elásticas tornam-se fragmentadas e o colágeno mais rígido. Mais ligações cruzadas
são formadas entre as fibrilas colágenas, tornando-se mais duras e menos elásticas.
Como as mulheres já têm inicialmente menos colágeno na derme que os homens, elas
parecem envelhecer mais rapidamente. Indivíduos com cabelos ruivos ou louros têm
menos melanina na epiderme para proteção contra a luz ultravioleta e, sendo assim,
sua derme exposta envelhece mais rapidamente. Pelo mesmo motivo indivíduos de pele
branca envelhecem mais cedo que os de pele negra. Com a idade, há um certo
achatamento da cristas epidérmicas, mas não há redução no número de camadas
celulares. Ocorre, também, uma diminuição progressiva no número de melanócitos
funcionantes. Na verdade, de maneira geral, acredita-se que o número de melanócitos
permaneça inalterado, mas que a atividade da tirosinase dessas células decresça.
O número de pelos no couro cabeludo diminui e ocorre também uma redução na
densidade dos folículos pilosos. As glândulas sebáceas permanecem inalteradas. As
glândulas sudoríparas écrinas diminuem em atividade e número com a idade e as
glândulas apócrinas tornam-se menos ativas, podendo algumas atrofiar-se. Com a
idade, ainda, o crescimento das unhas torna-se mais vagaroso.
É tudo uma questão de tempo!!! E passa
muito rápido; APROVEITE.
Bibliografia
Michalany, Jorge, Anatomia e histologia da pele. São Paulo: Lemos Editorial, 2002.