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Faculdade de Medicina

Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá

GUIA DE HABILIDADES

Habilidade a ser desenvolvida: Manuseio de Materiais Esterilizados


Conceito: É a técnica adequada para a abertura do material esterilizado, pacotes e bandejas de forma
asséptica no que tange aos materiais utilizados no paciente.

Objetivos: Não contaminar os materiais no momento da abertura dos pacotes esterilizados e no


manuseio dos mesmos.
Indicações: Realização de técnicas que exigem rigor asséptico.
Contraindicações: Não se aplica.
Complicações: Não se aplica.

Riscos: Contaminar os materiais.

Passo Descrição
Materiais:
 Pacotes de materiais esterilizados.
 Pacotes de gaze esterilizadas.
 Seringas descartáveis.
 Agulhas descartáveis.
 Almotolia com antisséptico.
 Esparadrapo.
1 Higienizar as mãos.
2 Preparar todo material.
2 Ao separar os materiais esterilizados que serão utilizados, verificar:
 Identificação do material: nome do material, responsável pelo preparo, data de
processamento e validade da esterilização,
 Integridade do pacote.
3 Colocar o material sobre uma bancada ou mesa auxiliar:
 Trabalhar de frente para o material,
 Manipula-lo acima da linha da cintura.
4 Obedecer os princípios de assepsia.
5 Os materiais NÃO esterilizados, ou que ainda estão nas embalagens devem ser
organizados entre o paciente e o material esterilizado – NÃO CRUZAR CAMPO
ESTÉRIL.
Pacote cirúrgico ou de instrumentais:
6 Retirar o lacre do pacote.
7 Com os dedos indicador e polegar, em movimento de pinça, tocar somente nas bordas
do campo, delimitando o local que tocou.
OBS: Se outro profissional realizará o procedimento com luva esterilizada, sua função será
apenas abrir os materiais esterilizados sobre campo estéril.
OBS: Nunca manipular gazes, seringa, agulha, ou outro material que estejam dentro do
campo esterilizado ou tocar no centro do campo esterilizado com a mão somente higienizada
ou com luvas de procedimento.
8 Se você irá realizar um procedimento, onde o material está envolvido em um campo
(pinças, por exemplo):
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Abrir totalmente o campo:


 Com a mão não dominante segurar a ponta do campo,
 Com a mão dominante do lado externo do campo segurar uma pinça e ergue-la,
 Soltar a ponta do campo e com a mão não dominante, segurar o cabo de uma
pinça, e trazê-la para a borda do campo.
Abrindo pacotes de gaze esterilizada, seringa e agulha descartável:
9 Pegar o pacote que envolve o material.
10 Segurar com as duas mãos do lado do pacote que contém duas abas, de forma que as
abas fiquem na direção do campo esterilizado.
11 Puxar as duas abas ao mesmo tempo.
12 Deixar o material cair sobre o campo.

Observações:
 Não utilizar os artigos que apresentarem as seguintes alterações:
 Pacotes com papel grau cirúrgico amassado, rasgado, torcido;
 Pacotes que caírem no chão;
 Invólucro com umidade ou mancha;
 Suspeita de abertura da embalagem;
 Presença de sujidade no pacote ou no material;
 Pacote não íntegro;
 Prazo de validade expirado.
 Não guardar como material esterilizado um pacote aberto anteriormente.
 Os materiais utilizados (pinças, tesouras, cuba-rim, cúpula,...), após passarem por processo de
limpeza, sofrem uma desinfecção, e finalmente esterilizados.
 Descrição dos processos:
 Limpeza visa reduzir a quantidade de microrganismos presentes nos produtos para a saúde
por meio da remoção manual e automatizada de todo o material orgânico e inorgânico, como
óleo, sangue, pus, fezes e outras secreções. Para isso, utilizam-se água, detergente e ação
mecânica automatizada ou manual, com auxílio de acessórios não abrasivos e que não liberem
partículas. A limpeza deve ter início logo após o seu uso, a fim de evitar a formação de biofilmes
que dificultará o processo.

 Desinfecção constitui-se em um processo que elimina, parcial ou totalmente, os


microrganismos patogênicos, exceto os esporos bacterianos de produtos para a saúde e/ou de
superfícies inanimadas. A desinfecção de alto nível destrói todos os microrganismos, exceto
uma parte dos esporos bacterianos. A de médio nível inativa o bacilo da tuberculose e as
bactérias na forma vegetativa, assim como a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos
bacterianos. A desinfecção de baixo nível elimina grande parte das bactérias, alguns vírus e

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fungos, exceto microrganismos resistentes, como esporos bacterianos e o bacilo da


tuberculose.

 Esterilização é um processo que visa eliminar os microrganismos e esporos. Tipos de


esterilização:

 Calor úmido (vapor) - Autoclave (gravitacional ou a vácuo): indicada para materiais


termorresistentes. É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 l.
O ciclo de uso imediato é indicado para produtos contaminados acidentalmente. Não usar como
sistema único e rotineiro.

 Calor seco - Estufa ou forno Pasteur: indicado para materiais que não possam ser esterilizados
pelo vapor.

 Gás óxido de etileno - Indicado para produto para a saúde termossensível. Normalmente é
encontrado em empresa de terceirização de esterilização. Necessita de aeração após a
esterilização.

 Peróxido de hidrogênio (plasma ou vapor) - Indicado para produto para a saúde termossensível.
É de fácil instalação, e o tempo médio do ciclo é de 60 min. O material pode ser usado
imediatamente após a esterilização.

 Vapor a baixa temperatur e formaldeído (VBTF) - Indicado para produto para a saúde
termossensível. O tempo médio do ciclo é de 5 h, e ele pode ser usado imediatamente após a
esterilização.

Figuras:
Passo 7

Passo 2 Passo 2

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Passo 7

Passo 7

Passo 8 Passo 8

Passo 11

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Passo 12 Passo 12

Passo 12

Referências:
HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de infecções : risco sanitário hospitalar. 3. ed., ampl. e atual.
– Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. cap. 18: Curativo.

HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de infecções : risco sanitário hospitalar. 3. ed., ampl. e atual.
– Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. cap. 37: Esterilização e Desinfecção de Instrumental Cirúrgico e
Outros Produtos para a Saúde.

JORGE, S.A; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Atheneu,
2003.

SCEMONS, D.; ELSTON, D. Nurse to nurse – Cuidados com feridas. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda; 2011.
Princípios de cuidados com a pele e feridas; p. 33-66.

Elaborado por: Revisado por:


MSc. Magda Luzia Neves MSc. Lidelci Figueredi Bento
Prof. Programa de Prática Médica Prof. Programa de Prática Médica
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Revisão: Agosto/2023 Próxima Revisão: Agosto/2025

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