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PASSOS-MG

Prof. Dda. Camilla Borges


Prof. Dra. Nariman Lenza
Prof. Dra. Amanda Borges
INTERAÇÃO COMUNITÁRIA II - 2023 Prof. Dda. Iacara de Oliveira
Prof. Dra Elexandra Bernardes
Prof. Dr. Mateus Goulart Alves
Prof. Mda. Valéria Tito

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Via oral .................................................................................................................................................... 03

Via sublingual .......................................................................................................................................... 04

Via enteral ............................................................................................................................................... 05

Via nasal .................................................................................................................................................. 07

Via oftálmica ........................................................................................................................................... 09

Via otológica ........................................................................................................................................... 11

Via dermatológica ................................................................................................................................... 12

Via retal ................................................................................................................................................... 14

Via vaginal ............................................................................................................................................... 16

Via inalatória ........................................................................................................................................... 17

Vias de administração de injetáveis ........................................................................................................ 20

Via intradradérmica ................................................................................................................................ 23

Via subcutânea ........................................................................................................................................ 25

Via intramuscular .................................................................................................................................... 27

Especificidades na administração de imunobiológicos ........................................................................... 32

Punção venosa periférica ........................................................................................................................ 33

Via intravenosa ....................................................................................................................................... 36

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VIA ORAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via oral (VO), utilizando o trato gastrintestinal para absorção.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, copo descartável, copo com água (filtrada/mineral) e e etiqueta ou fita
adesiva.
Se necessário (SN): luva de procedimento, seringa de 10/20ml, cálice graduado, conta-gotas, dosador
próprio, triturador de comprimidos, espátula e canudo.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via oral;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – VO) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no copo descartável (um copo para cada medicamento);
 Reúna todo o material em uma bandeja;
 Conforme a necessidade do paciente, triture e dilua o comprimido;
 Coloque o medicamento no respectivo copo:
 Gotas: goteje a dose prescrita no copo e dilua com água
 Solução: utilize o dosador (cálice graduado, seringa ou dosador próprio) para obter a dose
prescrita;
 Comprimido, drágea ou cápsula: retire-o da embalagem e coloque-o no copo, sem tocá-lo;
 Coloque o copo com o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Confira o nome do paciente (comparando com a etiqueta de identificação do medicamento e a
pulseira de identificação do paciente);
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Verifique sobre alergia;
 Peça ao paciente para sentar-se ou eleve o decúbito do leito, entre 45 e 90°;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento (SN);
 Entregue o copo com o medicamento e o copo com água ao paciente (auxilie-o, se necessário);
 Aguarde e certifique-se de que o paciente deglutiu todos os medicamentos;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque-a com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;

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 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Verifique o nível de consciência do paciente, a fim de avaliar indicação de terapia medicamentosa
VO.
 Os comprimidos, conforme a necessidade e para facilitar sua deglutição, podem ser triturados e
diluídos em água (filtrada ou mineral).
 Antes de triturar os comprimidos, confirme com o farmacêutico se eles podem ser triturados.
 Caso haja impossibilidade de o paciente deglutir as cápsulas, estas não devem ser rompidas nem
diluídas. Nesse caso, recomenda-se verificar a possibilidade de alteração da terapêutica
medicamentosa (apresentação ou via de administração).
 As apresentações em suspensão devem sempre ser agitadas antes do preparo e da administração
por via oral, para que sejam homogeneizadas.
 Registre a presença e a intensidade da dor referida pelo paciente, antes e após a administração de
medicamentos com efeito analgésicos. Utilize a Escala Visual Analógica (EVA) de dor para avaliá-la.

VIA SUBLINGUAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via sublingual (SL), utilizando a mucosa oral como via de
absorção, para efeito mais rápido ou em situações em que o medicamento é inativado pelo suco
gástrico.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, copo descartável, luva de procedimento e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados por via SL;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – SL) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (na prescrição) e o prazo
de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no copo descartável (um copo para cada medicamento);
 Reúna todo o material em uma bandeja;
 Retire o medicamento da embalagem e coloque-o no respectivo copo, sem tocá-lo;
 Coloque o copo com o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Confira o nome do paciente (comparando com a etiqueta de identificação do medicamento e a
pulseira de identificação do paciente);
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Verifique sobre alergia;

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 Peça ao paciente para sentar-se ou eleve o decúbito do leito, entre 45 e 90°;


 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento (SN);
 Entregue o medicamento ao paciente, orientando-o a colocá-lo sob a língua, sem mastigar ou
deglutir (auxilie-o, SN);
 Certifique-se de que o medicamento está sob a língua e oriente o paciente a mantê-lo assim (até que
se dissolva e seja absorvido);
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Certifique-se de quais medicamentos podem ser administrados por via sublingual (apresentação
própria).
 Verifique o nível de consciência do paciente, a fim de avaliar indicação da terapia por via SL.

VIA ENTERAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por sonda enteral – sonda nasogástrica (SNG) ou nasoenteral
(SNE), pré ou pós-pilórica, ou por gastrostomia, em pacientes com impossibilidade, dificuldade ou
contraindicação de deglutição.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, copo descartável, estetoscópio, seringas de 10 ou 20ml (01 para cada
medicamento e 01 para teste e lavagem da sonda), triturador de comprimidos, água (filtrada ou
mineral), luvas de procedimento, gazes e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via
enteral;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (o nome, a dosagem, o
horário e a via de administração – SNG; SNE; gastrostomia) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;

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PASSOS-MG

 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária e o prazo de validade;


 Cole a etiqueta de identificação no copo descartável (um copo para cada medicamento);
 Conforme a necessidade do paciente, triture e dilua o comprimido;
 Coloque o medicamento no respectivo copo:
 Gotas: goteje a dose prescrita no copo e dilua com água
 Solução: utilize o dosador (cálice graduado, seringa ou dosador próprio) para obter a dose
prescrita;
 Comprimido, drágea ou cápsula: retire-o da embalagem e coloque-o no copo, sem tocá-lo;
 Coloque o copo com o medicamento preparado na bandeja;
 Aspire com a seringa o medicamento que está no copo;
 Transfira a etiqueta de identificação do copo para a seringa que contém o medicamento
correspondente;
 Proteja a seringa com a própria embalagem e coloque-a em uma bandeja (não utilize agulha para
proteger a seringa);
 Coloque o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado;
 Confira o nome do paciente (comparando a etiqueta de identificação do medicamento e a pulseira
de identificação do paciente);
 Eleve a cabeceira do leito entre 30 e 45°;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Teste posicionamento e permeabilidade:
 Sonda enteral: abra a sonda, conecte a seringa vazia, aspire e observe se há retorno de resíduo
gástrico (em sondas enterais pós-pilóricas, não ocorre ao aspirar); Não havendo retorno, injete
10ml de ar, auscultando o quadrante superior esquerdo do abdome ou região epigástrica
(confirmando o posicionamento da extremidade da sonda).
 Gastrostomia: abra o cateter, conecte a seringa vazia, aspire e observe se há retorno de resíduo
gástrico;
 Adapte a seringa que contém o medicamento à sonda;
 Em caso de dúvida, interrompa o procedimento;
 Injete lentamente toda a medicação (durante aproximadamente 1 min);
 Lave a sonda, administrando 20 a 30ml de água (utilize a própria seringa que continha o
medicamento e aplique pressão moderada, a fim de remover resíduos de medicamento do interior
da sonda);
 Esse procedimento deve ser repetido entre cada medicamento a ser administrado;
 Deixe a sonda fechada (em caso de SNG em drenagem, mantenha-a fechada por 30 min);
 Deixe o paciente confortável (mantendo o decúbito elevado por aproximadamente 30 min, a fim de
facilitar o esvaziamento gástrico);
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -

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PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 O termo “via enteral” é utilizado de modo geral para definir acesso ao sistema digestório por sonda
orogástrica, nasogástrica, nasoentérica e ostomias de nutrição (gastrostomia e jejunostomia);
 Ausculta, de modo isolado, não é considerada método confiável para verificação do posicionamento
da sonda porque a sonda colocada de forma descuidada nos pulmões, faringe ou esôfago, produz o
mesmo som.
 Sempre que possível, utilize medicamentos com apresentação em solução ou suspensão a fim de
prevenir obstrução e facilitar a infusão;
 Antes de triturar os comprimidos, confirme com o farmacêutico se eles podem ser triturados.
 Medicamentos bucais, sublinguais, com revestimento entérico ou de liberação lenta não podem ser
triturados.
 As cápsulas não devem ser rompidas nem diluídas.
 Dissolva e administre cada medicamento separadamente, lavando a sonda com água filtrada entre
cada um dos medicamentos e após a administração do último.
 Para pacientes imunossuprimidos, é recomendado o uso de água destilada estéril, para diluir e lavar
a sonda enteral.
 O volume de água utilizado para dissolver o medicamento e para lavar a sonda deve ser previamente
definido, levando-se em consideração a idade e a condição clínica do paciente (p. ex., risco de
restrição hídrica etc.).
 Sempre que possível, evite horários de medicação que interrompam a infusão da dieta enteral.
 Atente para o aprazamento adequado da administração dos medicamentos por via enteral.
 Considere a necessidade de jejum (prévio ou posterior) e a interação entre o medicamento e a dieta
em uso ou com outros medicamentos, no mesmo horário.
 Não faça misturas entre medicamentos ou entre medicamentos e dietas.
 Atente para os locais de absorção de certos fármacos, a fim de evitar que sejam administradas em
porção do sistema digestório onde não serão absorvidos (principalmente em paciente com
jejunostomia).
 A lavagem da sonda após a administração da dieta ou de medicamento é importante a fim de se
prevenir obstruções.

VIA NASAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via nasal para auxílio no tratamento de doenças
inflamatórias/infecciosas das vias respiratórias superiores, para aliviar a congestão nasal ou para serem
absorvidos sistemicamente.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, lenços de papel ou gaze, solução fisiológica (10ml), luvas de
procedimento e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados por via
nasal;

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PASSOS-MG

 Verifique sobre alergia;


 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – nasal) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação do paciente);
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Verifique sobre alergia;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento, SN;
 Coloque o paciente sentado ou eleve a cabeceira do leito;
 Solicite ao paciente que limpe as narinas com lenço de papel ou com gaze embebida em solução
fisiológica (auxilie-o, SN);
 Posicione o paciente conforme a necessidade de acesso do medicamento:
 Faringe posterior: solicite ao paciente que incline a cabeça para trás.
 Seio etmoide ou esfenoide: coloque um travesseiro sob os ombros e incline a cabeça do paciente
para trás.
 Seios frontais e maxilares: solicite ao paciente que incline a cabeça para trás e para o lado que
deve ser tratado.
 Abra a tampa do frasco, sem tocar no bico dosador;
 Instile a quantidade de gotas prescritas do medicamento na narina indicada, sem tocá-la com o bico
dosador;
 Repita a instilação na outra narina (se prescrito);
 Oriente o paciente a permanecer na mesma posição por 2 min e respirar pela boca;
 Ofereça lenço de papel ou gaze para o paciente colocar sob o nariz e oriente-o a não assoar o nariz
durante alguns minutos;
 Observe a reação do paciente e posicione-o novamente no leito, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Recomenda-se que o frasco do medicamento seja de uso individual.

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PASSOS-MG

 Quando utilizar conta-gotas, não devolva o excedente de medicamento aspirado ao frasco. O uso de
conta-gotas é individual e ele deve ser higienizado a cada reuso.
 Observe o paciente após a instilação das gotas nasais. Caso tenha tosse, ajude-o a sentar-se e bata
suavemente em suas costas.
 Durante alguns minutos, observe possíveis problemas respiratórios.
 Oriente o paciente a referir quaisquer alterações causadas pelo medicamento ou distúrbios nasais.

VIA OFTÁLMICA
OBJETIVO
Administrar medicamentos por via oftálmica para auxílio no tratamento de doenças
inflamatórias/infecciosas dos olhos, lubrificação e no exame oftalmológico.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito (solução ou pomada), lenços de papel ou gaze, luvas de procedimento,
solução fisiológica (10ml) e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via
oftálmica;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – olho direito, esquerdo ou ambos) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (contida na prescrição) e
o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado;
 Confira o nome do paciente (comparando a etiqueta de identificação do medicamento e a pulseira
de identificação do paciente);
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento, SN;
 Coloque o paciente sentado;
 Na presença de secreção no olho, higienize-o com gaze embebida em solução fisiológica, do canto

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PASSOS-MG

interno para o externo do olho;


 Abra a tampa do frasco, sem tocar no bico dosador;
 Solicite que o paciente incline a cabeça para trás;
 Afaste a pálpebra inferior, com os dedos e uma gaze, para expor o saco conjuntival;
 Solicite ao paciente que olhe para cima.
 Aplicação de colírio:
 Instile a quantidade de gotas prescrita: aproximadamente 1 a 2 cm acima do saco conjuntival,
tendo o cuidado de não tocar na conjuntiva, na pálpebra ou nos cílios do paciente.
 Instilar o número de gotas no saco conjuntivo inferior, no canto externo.
 Se o paciente piscar ou fechar o olho, ou se a gota cair fora da margem externa da pálpebra,
repita o procedimento.
 Seque o excesso de medicamento com lenço de papel ou gaze.
 Aplicação de pomada ou gel:
 Aplique uma camada fina em toda a extensão do saco conjuntival, sem encostar a ponta da
bisnaga na conjuntiva, na pálpebra ou nos cílios do paciente.
 Depositá-la ao longo de toda a extensão do saco conjuntivo inferior, partindo do canto
externo.
 Limpe o excesso com lenço de papel ou gaze.
 Repita o procedimento no lado oposto, se estiver prescrito;
 Após a administração do medicamento, solicite ao paciente que feche o olho suavemente e o
mantenha assim por alguns minutos, e que movimente o globo ocular.
 Oriente o paciente a não esfregar o olho;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Encaminhe o medicamento utilizado (frasco, bisnaga, tubo de pomada) ao posto de enfermagem e
guarde-o junto aos demais medicamentos do paciente (confirme a identificação do medicamento).
 Atente para a lateralidade do olho (olho direito, esquerdo ou ambos) em que se deve fazer a
administração do medicamento.
 Utilização de técnica asséptica na manipulação dos frascos e tubos de medicamentos.
 Uso individual de frascos e tubos de medicamentos.
 Evitar o contato do material (bicos aplicadores de frascos e tubos) com a conjuntiva do paciente.

Colírio: Pomada ou Gel:


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PASSOS-MG

VIA OTOLÓGICA
OBJETIVO
Administrar medicamentos por via otológica para auxílio no tratamento de doenças
inflamatórias/infecciosas do ouvido.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, gaze, solução fisiológica (10 ml), luvas de procedimento, bola de
algodão e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição médica e verifique os medicamentos que devem ser administrados
por via otológica;
 Verifique se há informações sobre alergias;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – ouvido direito, esquerdo ou ambos) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (na prescrição médica) e
o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação do paciente);
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Verifique sobre alergia;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento, SN;
 Coloque o paciente sentado ou deitado, com a cabeça inclinada lateralmente;
 Na presença de sujidade ou secreção no ouvido, higienize-o com gaze embebida em solução
fisiológica;
 Abra a tampa do frasco, sem tocar o bico dosador;
 Em adultos: segure a porção superior do pavilhão auricular e puxe-a suavemente para cima e para
trás.
 Em crianças: segure a porção superior do pavilhão auricular e puxe-a suavemente para baixo e
para trás.
 Instile a quantidade de gotas prescritas, mantendo o bico dosador do frasco a 1 cm, no mínimo,
acima do canal auditivo, sem tocá-lo no paciente;
 Peça ao paciente que permaneça em decúbito lateral por 2 a 3 min;
 Se indicado, oclua o canal auditivo com uma bola de algodão (inserindo-a sem comprimir o canal);
 Repita o procedimento no lado oposto, se estiver prescrito;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;

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PASSOS-MG

 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;


 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 O medicamento utilizado (frasco, bisnaga) deverá permanecer no posto de enfermagem, junto aos
demais medicamentos do paciente (confirme a identificação do medicamento);
 Recomenda-se que o frasco ou o tubo do medicamento seja de uso individual.
 Para aplicação de cremes, faça um tufo de gaze, coloque o creme na extremidade e introdução no
ouvido com o auxílio de uma pinça.
 Quando for utilizado conta-gotas, não devolva o excedente de medicamento aspirado ao frasco.
 O uso de conta-gotas é individual e ele deve ser higienizado a cada reuso.
 Aqueça o frasco do medicamento com as mãos antes de instilar a medicação.
 Atente para a lateralidade do ouvido (se direito, esquerdo ou ambos) em que se deve fazer a
administração do medicamento, conforme a prescrição.

Adulto: Criança:

VIA DERMATOLÓGICA
OBJETIVO
Administrar medicamentos por via dermatológica para auxílio no tratamento de doenças inflamatórias,
infecciosas, parasitárias, alérgicas e dermatológicas, por ação local ou sistêmica.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, gaze, luvas de procedimento, espátula e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (nome, dosagem,
horário e via de administração – local de aplicação) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
12
PASSOS-MG

ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado;
 Confira o nome do paciente (comparando a etiqueta de identificação do medicamento e a pulseira
de identificação do paciente);
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
 Exponha a área de aplicação e faça higiene local com gaze embebida em solução fisiológica, SN;
 Abra a tampa do frasco ou tubo;
 Coloque o medicamento em uma gaze, na quantidade suficiente para cobrir a área indicada (SN,
utilize uma espátula);
 Aplique o medicamento na área indicada e espalhe-o delicadamente até sua absorção (SN, enfaixe o
local);
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Encaminhe o medicamento utilizado ao posto de enfermagem e guarde-o junto aos demais
medicamentos do respectivo paciente;
 O próprio paciente pode fazer a aplicação do medicamento, desde que tenha fácil acesso à área e
que esteja bem orientado quanto ao procedimento.
 Uso individual de frascos, bisnagas e tubos de medicamentos dermatológicos.
 Os medicamentos de uso dermatológico, exceto os que tratam de feridas, devem ser aplicados na
pele íntegra.
 Se o paciente apresentar um ferimento aberto a técnica é específica (curativo);
 Antes de aplicar os medicamentos, limpe completamente à pele, lavando cuidadosamente a área
para retirar restos de medicamentos.
 Em caso de uso de bisnagas de cremes e pomadas, despreze uma pequena porção (cerca de 1 cm) e
aplique a segunda porção sobre a gaze, sem tocá-la.
 Em caso de necessidade de espátulas, não contamine o medicamento com a espátula que já esteve
em contato com o paciente.
 Utilização de técnica asséptica na manipulação dos frascos e tubos de medicamentos
 Não aplique a medicação com a espátula diretamente sobre a pele: risco de cisalhamento.
 Recomendações específicas para uso de patches (“adesivos”): realize tricotomia, se necessário;
observe o período de permanência na pele, de acordo com o medicamento e o fabricante; observe
eventuais sinais de reação local; faça revezamento dos locais de aplicação (conforme o tipo e o
tamanho do patch e suas respectivas recomendações), evitando dobras cutâneas e áreas de
transpiração excessiva.
13
PASSOS-MG

VIA RETAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via retal (VR) para o auxílio no tratamento utilizando a VR
para a absorção local do medicamento ou para provocar a evacuação do conteúdo intestinal.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito (supositório, creme, pomada ou solução), luvas de procedimento, gaze,
aplicador retal (para cremes e pomadas), biombo e etiqueta ou fita adesiva.
Nos casos de administração de soluções (enema), acrescentar: frasco da solução prescrita, forro
impermeável, lençol ou toalha de banho, papel higiênico, comadre, gel hidrossolúvel ou vaselina líquida,
máscara, óculos de proteção e avental.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados VR;
 Verifique se há informações sobre alergia do paciente;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – VR) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (consta na prescrição
médica) e o prazo de validade;
 Aqueça a solução (enema) até cerca de 30-35OC.
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração) e o procedimento que será realizado;
 Confira o nome do paciente (comparando a etiqueta de identificação do medicamento e a pulseira
de identificação do paciente);
 Verifique sobre alergia;
 Feche a porta do quarto e isole o ambiente com o biombo, de modo a preservar a intimidade do
paciente;
 Oriente o paciente a tirar a roupa íntima;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento.
 Na aplicação de supositórios:
 Solicite ao paciente que faça a higiene da região anal, ou realize-a quando ele estiver
impossibilitado;
 Coloque o paciente em posição de Sims ou na posição genupeitoral e cubra-o com um lençol;
 Solicite ao paciente que respire lenta e profundamente e que relaxe o esfíncter anal durante a
aplicação do medicamento;
 Afaste as nádegas com uma das mãos e, com a outra mão, introduza a extremidade afilada do
supositório no ânus do paciente.
 Use o dedo indicador para direcionar o supositório até que ele ultrapasse o esfíncter anal

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PASSOS-MG

interno;
 Oriente o paciente a permanecer deitado e aguardar por, no mínimo, 5 min., para que ocorra o
efeito do medicamento antes de eliminar o conteúdo intestinal;
 Ajude o paciente a ir ao banheiro ou posicione a comadre;
 Observe o efeito do procedimento após a eliminação intestinal.
 Na aplicação de cremes e pomadas:
 Solicite ao paciente que faça o esvaziamento intestinal (se possível ou necessário) e que realize a
higiene da região anal, ou realize-a quando ele estiver impossibilitado;
 Preencha o aplicador retal com a quantidade prescrita do medicamento;
 Coloque o paciente em posição de Sims ou na posição genupeitoral e cubra-o com um lençol;
 Solicite ao paciente que respire lenta e profundamente e que relaxe o esfíncter anal durante a
aplicação do medicamento;
 Lubrifique a ponta do aplicador retal com gel hidrossolúvel ou vaselina líquida;
 Afaste as nádegas com uma das mãos e, com a outra, introduza o aplicador no ânus do paciente,
até que ele ultrapasse o esfíncter anal interno;
 Oriente o paciente a permanecer deitado e a aguardar por, no mínimo, 5 min., para que ocorra o
efeito do medicamento; oriente-o a evitar evacuar na sequência;
 Mantenha os tubos e as bisnagas de cremes ou pomadas utilizados, que serão reutilizados,
identificados e guardados na gaveta do paciente.
 Na aplicação de enema (clíster):
 Coloque o avental, os óculos de proteção e a máscara;
 Solicite ao paciente que faça a higiene da região anal, ou realize-a quando ele estiver
impossibilitado;
 Coloque o forro impermeável e a toalha sob o paciente;
 Coloque o paciente em posição de Sims ou na posição genupeitoral;
 Solicite ao paciente que respire lenta e profundamente e que relaxe o esfíncter anal durante a
aplicação do medicamento;
 Lubrifique o bico do frasco do enema com gel hidrossolúvel ou vaselina líquida;
 Afaste as nádegas com uma das mãos e, com a outra, introduza o bico do frasco do clister;
 Aperte o frasco até esvaziá-lo completamente;
 Retire o frasco e solicite ao paciente que tente reter a solução por 5 a 15 min.;
 Encaminhe o paciente ao banheiro (ou ofereça-lhe a comadre), para eliminação intestinal;
 Observe o efeito do procedimento após a eliminação intestinal;
 Auxilie o paciente a vestir-se;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Verifique as características das eliminações (presença de sangue, muco e secreções) e das fezes (cor,
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PASSOS-MG

consistência, odor e quantidade).


 Quando houver resistência à passagem pelo esfíncter anal interno ou o paciente sentir dor no local,
interrompa o procedimento e reavalie.
 A introdução de pequena quantidade de líquidos chama-se clister (até 150 ml). Acima dessa
quantidade, é chamada enteroclisma ou lavagem intestinal.
 O aplicador retal é de uso individual e descartável.
 Quando possível, o paciente poderá fazer a auto aplicação de supositórios, cremes ou pomadas,
desde que bem orientado. Nesse caso, anote que a aplicação foi realizada pelo próprio paciente.
 Os tubos e as bisnagas de cremes ou pomadas utilizados durante a aplicação e que serão reutilizados
não devem ser reenviados ao posto de enfermagem. Mantenha-os identificados (com o nome
completo do paciente e leito) e guardados na gaveta junto ao leito do paciente.

VIA VAGINAL
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via vaginal para o auxílio no tratamento de doenças
ginecológicas utilizando a mucosa vaginal para a absorção local do medicamento.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, comadre, material para higiene íntima, papel higiênico, luvas de
procedimento, aplicador vaginal, absorvente higiênico, biombo e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via
vaginal;
 Verifique se há informações sobre alergia da paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – via vaginal) e da paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (na prescrição) e o prazo
de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material e o medicamento na bandeja;
 Leve a prescrição médica e a bandeja para o quarto da paciente e coloque-a na mesa auxiliar
previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se à paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-a sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
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PASSOS-MG

administração);
 Confira o nome da paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação da paciente);
 Explique o procedimento;
 Verifique sobre alergia;
 Feche a porta do quarto e isole o ambiente com o biombo, de modo a preservar a intimidade da
paciente;
 Solicite à paciente que esvazie a bexiga e que faça higiene íntima, ou realize-a, quando ela estiver
impossibilitada;
 Oriente a paciente a tirar a roupa íntima;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Coloque-a em posição ginecológica, eleve os quadris com um coxim e cubra-a com um lençol;
 No caso de aplicação de creme, preencha o aplicador vaginal com a quantidade prescrita do
medicamento;
 Separe os grandes lábios com uma das mãos, de modo a visualizar o canal vaginal;
 Com a outra mão, introduza o aplicador, ou outra forma de apresentação do medicamento (óvulo ou
supositório), na vagina da paciente.
 Empurre completamente o êmbolo do aplicador;
 Retire o aplicador e libere os grandes lábios;
 Solicite à paciente que permaneça deitada em DD por 15 min;
 Forneça ou coloque um absorvente higiênico e auxilie a paciente a se vestir;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 O aplicador vaginal é de uso individual e descartável.
 Quando possível, a paciente poderá fazer a autoaplicação, desde que bem orientada. Nesse caso,
anote que a aplicação foi realizada pela própria paciente.
 Os tubos e as bisnagas de cremes ou pomadas utilizados durante a aplicação e que serão reutilizados
não devem ser reenviados ao posto de enfermagem. Mantenha-os identificados (com o nome
completo do paciente e leito) e guardados na gaveta junto ao leito do paciente.

VIA INALATÓRIA
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por vias respiratórias superiores (inalação), utilizando inalador ou
nebulizador. Para o auxílio no tratamento do trato respiratório, produzindo efeitos locais ou sistêmicos
ou para fluidificar secreções.
MATERIAIS

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PASSOS-MG

Bandeja, medicamento prescrito, luvas de procedimento, solução fisiológica 0,9% (10 ml),
inalador/nebulizador, máscara de inalação, fluxômetro, cadarço, lenço de papel e etiqueta ou fita
adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via
inalatória;
 Verifique se há informações sobre alergias do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – inalação) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (consta na prescrição
médica) e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento;
 Reúna todo o material em uma bandeja;
 Coloque o medicamento, na dose prescrita, no reservatório do inalador ou nebulizador;
 Se prescrito, adicione a solução fisiológica (no volume prescrito);
 Transfira a etiqueta de identificação para o reservatório do inalador ou nebulizador que contém o
medicamento correspondente;
 Coloque o reservatório do inalador ou nebulizador com o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a prescrição médica e a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar
previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação do paciente);
 Verifique sobre alergia;
 Peça para o paciente sentar-se ou eleve o decúbito do leito entre 45 e 90°;
 Instale o fluxômetro na fonte de oxigênio correspondente ao leito;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Conecte uma extremidade do tubo extensor ao fluxômetro e a outra extremidade ao inalador ou
nebulizador;
 Conecte a máscara de inalação ao reservatório do inalador ou nebulizador;
 Abra o fluxômetro (entre 2 e 7 l/min) e verifique se há saída de névoa pelo inalador;
 Entregue o inalador ao paciente e oriente-o a segurá-lo, mantendo a máscara junto à face (sobre o
nariz e a boca), e a respirar tranquilamente;
 Caso não consiga segurá-lo corretamente, fixe a máscara, por meio do cadarço;
 Verifique a posição correta da cabeça e do inalador;
 Ao término da inalação:
 Feche o fluxômetro;
 Retire o inalador da face do paciente;
 Coloque o inalador na bandeja (o fluxômetro e o tubo extensor poderão permanecer instalados

18
PASSOS-MG

para a próxima inalação);


 Ofereça lenços de papel para que o paciente seque a face e o nariz, ou realize higiene oral (SN);
 Acondicione o material utilizado em local adequado (até que seja encaminhado para desinfecção);
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Em unidades de internação e unidades de terapia intensiva (UTI), o inalador ou nebulizador podem
ser reutilizados, por até 24 h.
 Em caso de reuso, o inalador deve ser protegido em embalagem plástica, identificado (com o nome
completo do paciente, o leito e a data de instalação) e mantido junto ao leito.
 Após o primeiro uso, o inalador ou nebulizador não deve retornar ao posto de enfermagem. Neste
caso, prepare o medicamento no posto de enfermagem, coloque-o em um copo descartável
identificado e encaminhe ao quarto do paciente em uma bandeja. Coloque o medicamento no
inalador ou nebulizador que se encontra à beira do leito.
 Em caso de contaminação e/ou sujidade visível, o inalador ou nebulizador deve ser encaminhado
para a desinfecção de alto nível.
 Retire a etiqueta e o cadarço do inalador ou nebulizador antes de encaminhá-lo à central de
desinfecção e esterilização.

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PASSOS-MG

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS

Manejo de agulhas com dispositivo de segurança:


 Abra a embalagem da agulha em pétala.
 Você pode conferir o padrão universal de cores no dispositivo de
segurança da agulha para identificar o tamanho
 Conecte a agulha na seringa Luer Lock e dê uma volta completa.
 Conecte a agulha com firmeza na seringa Luer Slip.
 Aspire a medicação e elimine as bolhas de ar.
 Acione a trava de segurança até ouvir o barulho de encaixe (“click”).
 Troque a agulha de aspiração por uma agulha de segurança.
 A capa de segurança direciona o bisel para o ângulo de aplicação.
 Aplique a medicação conforme o protocolo da instituição.
 Para acionar o dispositivo de segurança, você deve seguir as
recomendações do protocolo da sua instituição; assim, você tem
duas opções:
Opção 1: acionar o dispositivo com o polegar imediatamente após o uso
(até ouvir o barulho de encaixe – click);
Opção 2: acionar o dispositivo na bancada imediatamente após o uso (até
ouvir o barulho de encaixe – click);
 Descarte a agulha conectada à seringa no coletor de
perfurocortante.
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PASSOS-MG

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PASSOS-MG

Ampola de vidro Ampola de plástico Frasco ampola

Cuidados comuns no preparo de injetáveis:


 Prescrição
 Alergia
 Identificação
 Higiene das mãos
 Desinfecção

Cuidados comuns na administração de injetáveis


 Orientação
 Alergia
 Higiene das mãos
 Luvas de procedimento
 Antissepsia

Cuidados comuns após a administração de injetáveis


 Orientação
 Descarte perfurocortantes
 Descarte resíduos
 Higiene materiais
 Higiene das mãos
 Anotação prontuário

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PASSOS-MG

VIA INTRADÉRMICA
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via intradérmica (ID).
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, luvas de procedimento, agulha de 13mm × 0,45mm, agulha de 25mm ×
0,70mm (ou maior calibre - para aspiração), seringa de 1 ml, bolas de algodão, álcool a 70% e etiqueta
ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via ID;
 Verifique se há informações sobre alergia;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – ID) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento;
 Confira o nome, a apresentação, a dose necessária (na prescrição) e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material na bandeja;
 Faça a desinfecção do frasco/ampola com algodão embebido em álcool a 70%;
 Conecte a agulha para aspiração (27mm × 0,70mm ou outro calibre) na seringa de 1 ml;
 Aspire o volume correspondente à dose prescrita;
 Desconecte agulha (sem reencapá-la e com cuidado para não se ferir) e descarte-a em recipiente
adequado para perfurocortantes;
 Conecte a outra agulha (13mm × 0,45mm) na seringa;
 Retire o ar da seringa, SN;
 Proteja a seringa, pelo embolo, na embalagem;
 Transfira a etiqueta de identificação para a seringa que contém o medicamento correspondente;
 Coloque o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação do paciente);
 Verifique sobre alergia;
 Escolha a região da aplicação (alterne os locais apropriados para a administração ID);
 Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Exponha a área e delimite o local de aplicação;
 Realize a antissepsia do local com o algodão embebido em álcool a 70%, movimento circular, firme e
único do centro para fora, e espere secar;
 Retire a proteção da agulha (segurando a seringa com a mão que fará a punção);
 Estique a pele do local de aplicação usando os dedos indicadores e polegar da mão oposta à que

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PASSOS-MG

segura a seringa;
 Com o bisel da agulha voltado para cima e fazendo um ângulo de 5 a 15° (colocando a agulha quase
paralela à superfície da pele - de forma que seja possível visualizar o contorno da agulha embaixo da
pele) em relação à superfície da pele, introduza a agulha por aproximadamente 3mm (somente o
bisel) abaixo da epiderme, com um movimento delicado, porém firme;
 Injete o medicamento, empurrando o êmbolo com a mão oposta à que segura à seringa ou
pressionando a extremidade do êmbolo com o polegar e observe a formação de uma pápula;
 Retire a agulha com um único movimento, rápido e firme, e coloque-a na bandeja (não reencape a
agulha);
 Não friccione o local da pápula com algodão nem com outro material;
 Oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Administre um volume máximo de 0,5 ml.
 Os locais indicados para aplicação são a face anterior do antebraço e a região subescapular.
 As seringas de aplicação têm capacidade para 1 ml e apresentam graduações em decimais ou
centesimais.
 Em situações específicas, nas quais a antissepsia possa interferir no tempo de absorção do
medicamento e/ou na reação local, esta é contraindicada.
 Em caso de Derivado Proteico Purificado (PPD) - Teste Tuberculínico (0,1 ml) é necessário demarcar a
área de aplicação com régua, a fim de medir-se a reação local posteriormente. O PPD é feita na face
ventral do antebraço. É importante monitorar o paciente por cerca de 30 min após da aplicação ID,
para constatar uma reação alérgica grave.
 Em crianças, solicite ajuda do acompanhante na contenção para evitar movimentos bruscos.

5º a 15º

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PASSOS-MG

VIA SUBCUTÂNEA
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos via subcutânea (SC).
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, luvas de procedimento, agulha de 13mm × 0,45mm, agulha de 25mm ×
0,70mm (ou maior calibre - para aspiração), seringa de 1 ml, bolas de algodão, álcool a 70% e etiqueta
ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via SC;
 Verifique se há informações sobre alergia;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – SC) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (consta na prescrição) e
o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material na bandeja;
 Faça a desinfecção do frasco/ampola com algodão embebido em álcool a 70%;
 Conecte a agulha (27mm × 0,70mm ou outro calibre) na seringa de 1 ml;
 Aspire o volume correspondente à dose prescrita;
 Desconecte agulha (sem reencapá-la e com cuidado para não se ferir) e descarte-a em recipiente
adequado para perfurocortantes;
 Conecte a outra agulha (preferível: 13mm × 0,45mm) na seringa;
 Retire o ar da seringa, SN;
 Proteja a seringa, pelo embolo, na embalagem;
 Transfira a etiqueta de identificação para a seringa que contém o medicamento correspondente;
 Coloque o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Confira o nome do paciente;
 Verifique se o paciente está portando a pulseira de alerta de alergia;
 Escolha a região da aplicação (alterne os locais apropriados para a administração SC);
 Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Exponha a área e delimite o local de aplicação;
 Realize a antissepsia do local com o algodão embebido em álcool a 70%, movimento circular, firme e
único do centro para fora, e espere secar;
 Retire a proteção da agulha (segurando a seringa com a mão que fará a punção);
 Pince a pele (“prega”) do local selecionado com os dedos indicador e polegar da mão oposta à que

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PASSOS-MG

segura a seringa;
 Introduza a agulha na pele, fazendo um ângulo de 90° (ou de 45° em crianças ou pacientes adultos
muito magros);
 Bisel: Se 45º é voltado para cima - Se 90º é lateralizado.
 Não tracione o êmbolo da seringa;
 Solte a pele e injete o medicamento, empurrando lentamente o êmbolo;
 Retire a seringa/agulha com um movimento rápido e único e coloque-a na bandeja (não reencape a
agulha);
 Aplique pouca pressão no local da aplicação, com uma bola de algodão seco;
 Verifique o local da punção, observando a formação de hematoma ou qualquer tipo de reação (se
necessário, faça um curativo local);
 Pergunte ao paciente se ele se sente bem (verificando sintomas e queixas de possíveis reações ao
medicamento);
 Oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Evite puncionar membros paralisados, imobilizados ou com lesões.
 Os locais mais apropriados para a injeção subcutânea são as faces externa e posterior do braço,
abdome, face lateral da coxa e região infraescapular. Esses locais devem ser alternados.
 O volume máximo de medicação que pode ser administrado por meio dessa técnica é de 1 ml em
indivíduos adultos.
 Em condições especiais, como no paciente idoso, a via SC também pode ser utilizada para
hidratação.
 Não se deve fazer massagem no local para não diminuir o tempo de absorção do fármaco.
 Em crianças ou em pacientes adultos muito magros, pode-se, pinçar a pele e inserir a agulha a um
ângulo de 45°, a fim de evitar a aplicação intramuscular do medicamento.
 Em crianças, solicite ajuda do acompanhante na contenção para evitar movimentos bruscos.
 Insulina via SC:
 A insulina deve ser mantida sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C)
 Prepare a insulina em seringa de 1 ml, com graduação em unidades (100 UI/1 ml);
 Injete uma pequena quantidade de ar no frasco antes de aspirar a insulina (a pressão positiva no
interior do frasco facilita a aspiração da dose correta).
 Não devolva a insulina já aspirada ao frasco, especialmente quando houver a mistura de mais de
um tipo de insulina na mesma seringa.
 Após utilizado pela primeira vez, o frasco de insulina deve ser identificado com sua data da
abertura.
 A insulina tem prazo de validade de até 30 dias após a sua abertura (se conservada sob

26
PASSOS-MG

refrigeração); a partir disso, despreze o frasco.


 As “canetas de insulina” podem ser utilizadas, desde que estejam de acordo com as instruções do
fabricante.
 Enoxaparina via SC:
 A enoxaparina é apresentada em seringas, pronta para o uso (a seringa tem uma bolha de ar que
não deve ser retirada antes da administração).
 O fabricante recomenda a aplicação na região abdominal (para que haja absorção mais rápida do
medicamento).
 Deve-se alternar o lado e o local de aplicação na região abdominal.

Pega para SC:

VIA INTRAMUSCULAR
OBJETIVO
Preparar e administrar por via intramuscular (IM) medicamentos que não podem ser absorvidos
diretamente pela mucosa gástrica.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, diluente para o medicamento (SN), luvas de procedimento, seringa de
27
PASSOS-MG

5ml, agulha de 40mm × 1,2mm (ou outro calibre - para aspiração), agulha para aplicação IM adequada
(na maioria dos casos, 25mm × 0,70mm), bolas de algodão, álcool a 70% e etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados IM;
 Verifique se há informações sobre alergias do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (nome, dosagem,
horário e via de administração – IM) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (contida na prescrição) e
o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material em uma bandeja;
 Faça a desinfecção do frasco/ampola com algodão embebido em álcool a 70%;
 Conecte a agulha (40 mm × 1,2mm ou outro calibre) na seringa;
 Faça a reconstituição do medicamento (se pó ou liofilizado), utilizando o diluente adequado;
 Aspire o conteúdo do frasco/ampola (o volume correspondente à dose prescrita);
 Desconecte agulha (sem reencapá-la e com cuidado para não ferir-se) e descarte-a em recipiente
adequado para perfurocortantes;
 Conecte a agulha específica (preferível: 25x0,7mm) para a via IM na seringa;
 Retire o ar da seringa;
 Proteja a seringa, pelo embolo, na embalagem;
 Transfira a etiqueta de identificação para a seringa que contém o medicamento correspondente;
 Coloque o medicamento preparado na bandeja;
 Leve a prescrição médica e a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar
previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento
e a pulseira de identificação do paciente);
 Verifique sobre alergia;
 Escolha a região da aplicação (alterne os locais apropriados para a administração IM);
 Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Exponha a área e delimite o local de aplicação;
 Locais de administração:
 Vasto lateral da coxa: Localize o terço médio da face externa da coxa, demarcando a linha média
da coxa e a linha média do lado externo da coxa, divida o vasto lateral em três partes, devendo
ser utilizada a parte média, central, do músculo.
 Deltoide: Localize o músculo deltoide e trace um triângulo imaginário com a base voltada para
cima (Processo acromial) e ápice para baixo (inserção do deltóide e introduza a agulha no centro
do triângulo imaginário.

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PASSOS-MG

 Dorso Glútea: Localize o músculo grande glúteo e trace uma cruz imaginária (dividindo o glúteo
em 4 quadrantes, sendo a linha horizontal origem na saliência mais proeminente do sacro; linha
vertical origem na tuberosidade isquiática); introduza a agulha no quadrante superior externo da
cruz imaginária.
 Ventro glúteo: Colocar a palma da mão não dominante na região trocantérica contralateral do
cliente (mão esquerda no quadril direito) apoiando a extremidade do dedo indicador sobre a
espinha ilíaca anterossuperior e o dedo médio acima da crista ilíaca, formando um triangulo
invertido em “V”. Aplicar no triangulo formado, ou seja, entre os dedos;
 Realize a antissepsia do local com o algodão embebido em álcool a 70%, movimento circular, firme e
único do centro para fora e espere secar;
 Retire a proteção da agulha (segurando a seringa com a mão que fará a punção);
 Pince a pele e o músculo do local selecionado com os dedos indicador e polegar da mão oposta à que
segura à seringa;
 Insira a agulha a um ângulo de 90° em relação ao músculo,
 Bisel da agulha é lateralizado em relação ao músculo;
 Tracione suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não há retorno sanguíneo (em
caso positivo, retire a seringa e reinicie o procedimento);
 Injete lentamente o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo com a mão oposta à que segura à
seringa;
 Retire a seringa/agulha com um único movimento e coloque-a sobre a bandeja (não reencape a
agulha);
 Comprima levemente o local com algodão seco, sem massagear, até que se conclua a hemostasia;
 Verifique o local da punção, observando a formação de hematoma ou qualquer tipo de reação (se
necessário, faça um curativo local);
 Pergunte ao paciente se ele se sente bem (verificando sintomas e queixas de possíveis reações ao
medicamento);
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
TÉCNICA EM Z
 É recomendada principalmente para medicamentos com alta probabilidade de refluxo (oleosos e
suspensões) e para medicamentos em que o refluxo pode causar danos à pele, como
anticoncepcionais e medicamentos à base de ferro.
 Com essa técnica, os tecidos superficiais (pele e tecido subcutâneo) são deslocados, mas não a
musculatura. Ao voltarem à posição original, o canal formado pela agulha assume um trajeto
irregular (em Z) que impede o refluxo do medicamento.
 Contraindicada para crianças menores de 2 anos de idade e para indivíduos debilitados.
 Exponha a área e delimite o local de aplicação;
 Realize a antissepsia da pele com movimento circular, firme e único do centro para fora e espere

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PASSOS-MG

secar;
 Com os dedos da mão espalmada (sobre a pele e pouco abaixo da região da aplicação), repuxe
firmemente a pele e mantenha-a esticada;
 Insira a agulha a um ângulo de 90° em relação ao músculo;
 Bisel da agulha é lateralizado, em relação ao músculo;
 Tracione suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não há retorno sanguíneo (em
caso positivo, retire a seringa e reinicie o procedimento);
 Injete lentamente o conteúdo da seringa (ainda com a pele esticada);
 Aguarde 10 segundos;
 Retire a seringa e solte a pele, simultaneamente;
 Comprima levemente o local com algodão seco, sem massagear, até que se conclua a hemostasia (se
necessário, faça um curativo local);
 Coloque a seringa sobre a bandeja (sem reencapar a agulha);

RECOMENDAÇÕES
 A reconstituição de medicamentos apresentados em forma de pó ou liofilizado deve ser realizada
utilizando-se o diluente recomendado pelo fabricante.
 O medicamento administrado via IM não deve ser misturado com qualquer outro medicamento na
mesma seringa.
 Os locais de aplicação (músculos) devem ser alternados durante o tratamento.
 Se o volume a ser administrado ultrapassar a capacidade do músculo (5 mL para indivíduos adultos),
a dose deve ser fracionada e aplicada em mais de um local.
 Antes da administração, é importante inspecionar visualmente e por palpação o local da aplicação,
verificando se não há enrijecimento, presença de nódulos subcutâneos, hematomas, inflamação
local, lesões cutâneas ou marcas de outras aplicações. Nesse caso, deve-se escolher outra região
para a aplicação.
 A administração intramuscular é contraindicada em pacientes com:
 Distúrbios de coagulação ou que fazem uso de anticoagulantes.
 Próteses, na região da prótese (p. ex., prótese de glúteo).
 Avalie a massa muscular e a composição do corpo (biotipo) do paciente, a fim de escolher o
comprimento e o calibre da agulha mais adequada.
 As regiões e músculos de escolha para a administração IM têm volumes máximos (Tabela abaixo).
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PASSOS-MG

OBSERVAÇÕES

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PASSOS-MG

Pega para IM:

ESPECIFICIDADES NA ADMINISTRAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS


 IM: Hep. B, Penta, DTP, VIP, Pneumo 10, Meningo C, DT, Pneumo 23, Raiva, Influenza, entre outras.
 ID: BCG (Administração na Inserção do deltoíde);
 SC: FA,Tríplice, Tetra viral, Varicela e Influenza;
 Na IM, não deve realizar a tração êmbolo da seringa, exceto na região dorso-glútea;
 Não é recomendada a assepsia da pele álcool 70%. Somente quando houver sujidade perceptível, a
pele deve ser limpa utilizando-se água e sabão ou álcool a 70%, no caso de vacinação extramuros e
em ambiente hospitalar.
 Mantenha o paciente sentado por 15 minutos para prevenção de queda relacionada à reação
psicogênica, especialmente em adolescentes, e atento aos sintomas que precedem o desmaio, como
fraqueza, palidez e tontura.
 Observe a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação;
 O posicionamento para a administração do imunobiológico em crianças deve ser definido
considerando a preferência dos pais ou responsáveis, a segurança técnica, a condição emocional dos
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PASSOS-MG

pais ou responsáveis e da criança, dentre outros critérios relevantes no momento da vacinação.


 Vacinação de criança, coloque-a no colo da mãe ou do responsável com o local de administração
imobilizado. Os pais ou responsáveis devem ser encorajados a segurarem a criança no colo para a
administração da vacina.
 Caso a criança esteja em aleitamento materno, oriente a mãe a amamentá-la por cinco minutos
antes e durante a vacinação, para maior relaxamento da criança, redução da agitação e alívio da dor;
 Em vacinação múltipla, registre na caderneta de vacinação o lado direito (D) ou esquerdo (E) do
respectivo membro em que as vacinas foram administradas, a fim de identificar a ocorrência de
evento adverso local e associá-lo com a respectiva vacina;
 Escolha o local para a administração do imunobiológico, evitando locais com cicatrizes, manchas,
tatuagens e lesões.
 Administração de duas vacinas na mesma região muscular (Para isso, utilizar o vasto lateral) deve ser
separada por pelo menos 2,5 cm de distância.

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA


OBJETIVO
Instalar cateter em trajeto venoso periférico para manutenção de uma via de acesso para infusão de
soluções ou administração de medicamentos (contínua ou intermitente).
MATERIAIS
Bandeja, garrote, álcool a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%, bolas de algodão, cateter intravenoso
periférico sobre agulha apropriado para o procedimento, fita adesiva hipoalergênica ou filme
transparente, luvas de procedimento, dispositivo a ser conectado ao cateter venoso – de acordo com o
objetivo da punção (torneira de três vias, tubo extensor, tubo em “Y”), material para permeabilização do
cateter.
PROCEDIMENTO
 Higienize as mãos;
 Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja;
 Leve o material ao quarto do paciente;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o procedimento;
 Confira o nome do paciente (comparando a prescrição e a pulseira de identificação do paciente);
 Escolha a região para a punção;
 Verifique as condições das veias;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Mantenha o algodão embebido em álcool a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5% ao alcance das mãos;
 Garroteie o local a ser puncionado (em adultos: a aproximadamente 5 a 10 cm do local da punção
venosa), para propiciar a visualização da veia;
 Solicite ao paciente que mantenha o braço imóvel;
 Conforme o local do acesso venoso a ser puncionado;
 Faça a antissepsia da pele, no local da punção, utilizando algodão com álcool a 70% ou clorexidina
alcoólica 0,5%, com movimento circular, firme e único do centro para fora e deixar secar
completamente.
 Tracione a pele para baixo, com o polegar abaixo do local a ser puncionado;
 Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, em um ângulo aproximado de 5 a
45° (a depender da profundidade da veia);

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PASSOS-MG

 Após o refluxo de sangue no canhão, mantenha o mandril imóvel;


 Introduza o cateter na veia;
 Retire o garrote;
 Remova o mandril;
 Conecte o dispositivo selecionado previamente preenchido com solução fisiológica;
 Injete a solução fisiológica lentamente (permeabilize o acesso venoso);
 Observe se há sinais de infiltração no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto do
paciente; se houver, retire o cateter imediatamente;
 Fixe o dispositivo com fita adesiva microporosa ou filme transparente;
 Retire as luvas de procedimento;
 Higienize as mãos;
 Coloque a data e o horário da punção;
 Oriente o paciente sobre os cuidados para a manutenção do cateter;
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Para a escolha da veia, considere o estado das veias, o tipo de solução a ser infundida e o tempo de
infusão.
 Inicie a tentativa de punção sempre na extremidade distal;
 Prefira veias calibrosas na administração de medicamentos irritantes ou muito viscosos, a fim de
diminuir o trauma do vaso e facilitar o fluxo.
 Escolha, se possível, o membro superior não dominante para que o paciente possa movimentar-se
mais livremente.
 Evite usar veias antecubitais, pela limitação de movimentos do paciente, a menos que se utilizem
dispositivos venosos flexíveis.
 Evite a proximidade entre o local da nova punção e o da anterior.
 Não puncione veias esclerosadas ou membros paralisados, edemaciados ou com lesões, com fístula
arteriovenosa e/ou do mesmo lado de uma mastectomia.
 Para facilitar o aparecimento de uma veia, pode-se fazer compressa ou bolsa de água morna minutos
antes da punção no membro escolhido.
 Na retirada do cateter venoso, pressione o local da punção com uma bola de algodão por 1 min ou
até parar o sangramento e aplique um curativo adesivo no local da punção.
 Após a segunda tentativa sem sucesso de punção venosa, recomenda-se que outro profissional
realize o procedimento.
 Punção em membro inferior não é indicado;
 Faça o rodízio das punções a cada 96h, no máximo, mesmo que a veia pareça íntegra (em crianças, a
duração de um acesso venoso é maior, e deve ser avaliado diariamente).
 Caso a punção tenha sido realizada de emergência, a mesma deve ser substituída o quanto antes, no
máximo, em 24h.
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PASSOS-MG

OBSERVAÇÔES

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PASSOS-MG

VIA INTRAVENOSA
OBJETIVO
Preparar e administrar medicamentos por via intravenosa (IV). Seu uso permite a administração de
grande volume de líquidos e a ação imediata do medicamento.
MATERIAIS
Bandeja, medicamento prescrito, diluente do medicamento (se necessário), luvas de procedimento,
agulha de 40mm × 1,2mm, agulha de 25mm × 0,8mm, seringa de 10ml ou 20ml, bolas de algodão, álcool
a 70%, gaze estéril, fita adesiva hipoalergênica estéril, etiqueta ou fita adesiva.
PREPARO
 Leia atentamente a prescrição e verifique os medicamentos que devem ser administrados via IV;
 Verifique se há informações sobre alergias do paciente aos medicamentos prescritos;
 Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome, dosagem, horário
e via de administração – IV) e do paciente (nome completo e leito);
 Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (contidos na prescrição)
e o prazo de validade;
 Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente;
 Reúna todo o material em uma bandeja;
 Faça a desinfecção do frasco, bolsa ou ampola com algodão embebido em álcool a 70%;
 Prepare o medicamento:
 Se solução em frasco ou bolsa, já pronta para uso (dose certa):
 Conecte um equipo de soro ao frasco/bolsa;
 Retire o ar do equipo, preenchendo-o com o medicamento;
 Mantenha a extremidade do equipo de soro protegida;
 Se solução em frasco/ampola sem necessidade de diluição:
 Conecte a agulha de 40mm × 1,2mm na seringa;
 Aspire a dose prescrita.
 Se solução em frasco/ampola com necessidade de diluição:
 Conecte a agulha de 40mm × 1,2mm na seringa;
 Faça a diluição do medicamento, utilizando o diluente e o volume adequados (conforme
prescrição e/ou indicação do fabricante);
 Aspire o conteúdo do frasco/ampola (o volume correspondente à dose prescrita).
 Se pó ou liofilizado:
 Conecte a agulha de 40mm × 1,2mm na seringa;
 Faça a reconstituição do medicamento, utilizando o diluente e o volume adequados (conforme
prescrição e/ou indicação do fabricante);
 Aspire o conteúdo do frasco/ampola (o volume correspondente à dose prescrita).
 Desconecte a agulha (sem reencapá-la e com cuidado para não ferir-se) e descarte-a em recipiente
adequado para perfurocortantes;
 Conecte a agulha de 25mm × 0,8mm na seringa;
 Retire o ar da seringa;
 Proteja a seringa, pelo embolo, na embalagem
 Transfira a etiqueta de identificação para a seringa que contém o medicamento correspondente
 Coloque o medicamento preparado na bandeja;
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PASSOS-MG

 Leve a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa.
ADMINISTRAÇÃO
 Higienize as mãos;
 Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo;
 Oriente-o sobre o medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração);
 Confira o nome do paciente (comparado a prescrição, a etiqueta de identificação do medicamento e
a pulseira de identificação do paciente);
 Verifique sobre alergia;
 Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
 Exponha a região de aplicação (com o dispositivo venoso ou que será puncionada);
 Observe a integridade da pele e as condições do dispositivo venoso;
 Higienize as mãos;
 Calce as luvas de procedimento;
 Na administração por dispositivo já instalado:
 Remova a tampa da torneira de três vias ou do cateter e reserve-a;
 Limpe a conexão do dispositivo de acesso venoso com gaze estéril embebida em álcool a 70%;
 Desconecte a agulha da seringa;
 Conecte a seringa que contém o medicamento ao dispositivo de acesso venoso (cateter, torneira
de três vias);
 Bloqueie a via de acesso de soro durante o período de administração do medicamento;
 Teste o dispositivo venoso: tracione o êmbolo da seringa até que uma pequena quantidade de
sangue reflua (não é indicado aspirar cateteres venosos salinizados, cateteres plásticos ou
cateteres de pequeno calibre);
 Injete todo o medicamento, no tempo recomendado (verifique as recomendações específicas
relativas ao medicamento e ao paciente na prescrição e/ou na bula do medicamento);
 Observe sinais de infiltração no local da punção, além de queixas de dor, desconforto, reações ou
alterações do paciente (se ocorrerem durante a administração, interrompa-a), comunique e
reavalie.
 Após a administração: Bloqueie a via de acesso da torneira de três vias, desconecte a seringa e
coloque a tampa (estéril) de proteção da torneira de três vias, ou Restabeleça a infusão de soro
e controle o gotejamento, ou Faça a salinização do cateter venoso periférico.
 Na administração por punção venosa periférica:
 Realize a punção venosa:
 Solte o garrote;
 Conecte a seringa que contém o medicamento ao cateter venoso;
 Tracione o êmbolo da seringa até que reflua uma pequena quantidade de sangue,
 Injete todo o medicamento no tempo recomendado (verifique as recomendações específicas
relativas ao medicamento e ao paciente);
 Observe sinais de infiltração ou hematoma no local da punção, além de queixas de dor,
desconforto, reações ou alterações do paciente (se ocorrerem durante a administração,
interrompa-a) e comunique imediatamente ao médico;
 Após a administração: Retire o dispositivo de acesso venoso e comprima o local da punção com
algodão seco, por alguns minutos; Observe se há sangramento persistente no local da punção e,
nesse caso, mantenha a compressão e faça um curativo no local da punção e oriente o paciente
sobre os cuidados com o local, ou Inicie a infusão de soro (prescrito) e controle o gotejamento,
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PASSOS-MG

ou Faça a salinização do cateter venoso periférico;


 Pergunte ao paciente se ele se sente bem (verificando sintomas e queixas de possíveis reações ao
medicamento);
 Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade;
 Recolha o material e coloque-o na bandeja;
 Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja;
 Encaminhe os resíduos para o expurgo;
 Descarte os resíduos (de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS);
 Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70%;
 Higienize as mãos;
 Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição;
 Faça as anotações, assine e carimbe.
RECOMENDAÇÕES
 Relativas aos pacientes:
 Avalie algumas características do paciente, como: peso e idade (parâmetros essenciais para o
cálculo da dosagem e para a determinação do tempo de administração de alguns
medicamentos);
 Avalie rede venosa periférica (calibre, enrijecimento, coloração, sensibilidade dolorosa,
mobilidade) e sintomas e alterações que o paciente possa apresentar durante a administração
do medicamento.
 Verifique a integridade da pele e as condições do dispositivo venoso instalado, observando sinais
de flebite, hematomas, infiltração, extravasamento, dor ou outras anormalidades. Nesses casos,
não inicie (ou interrompa) a administração, retire o dispositivo venoso e puncione novo acesso
venoso. Registre essas informações no prontuário do paciente.
 Escolha o dispositivo venoso periférico mais adequado para ser instalado no paciente (calibre,
comprimento, tipo de material).
 Fixe adequadamente o dispositivo venoso periférico – com fita hipoalergênica estéril ou película
semipermeável transparente. Nele devem constar data, horário de instalação do dispositivo e o
profissional que o instalou.
 Verifique a data de inserção do dispositivo venoso periférico. Este não deve permanecer no
mesmo local por mais de 96h.
 Punção realizada em situação de urgência/emergência deve ser substituída assim que possível
(<24h);
 O injetor lateral do equipo pode ser utilizado. Antes de introdizir a agulha deve ser realizado a
antissepssia.
 Monitore as possíveis reações durante e após a administração de medicamentos IV, como
reações pirogênicas, anafiláticas ou outras queixas do paciente.
 Relativas aos medicamentos:
 Verifique as características físico-químicas dos medicamentos a ser administrados via IV: Tipo de
substância (vesicante, irritante), pH, solubilidade, volume, tempo de infusão, estabilidade (pós-
reconstituição e/ou pós-diluição), Fotossensibilidade, termolabilidade e validade.
 Alterações das características das soluções (alteração de cor, formação de cristais etc.).
 Verifique a compatibilidade entre medicamentos administrados simultaneamente (em conexões
Y). Caso haja incompatibilidade físico-química entre os medicamentos, recomenda-se uma das
alternativas a seguir: Alterar seu aprazamento ou Administrá-los sequencialmente (um após o
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PASSOS-MG

outro) e “lavar” o dispositivo venoso com solução fisiológica após a administração de cada
medicamento.
 Consulte a compatibilidade entre medicamentos e os diluentes/soluções a ser utilizados.
 Antes de iniciar a administração via intravenosa de soluções, por meio de equipo de soro, verifique
sempre o trajeto da “linha de infusão”, do frasco até a conexão com o dispositivo venoso,
confirmando se a conexão está correta (via de administração correta).
 Controle do tempo de instalação do dispositivo venoso periférico (por até 96h, no mesmo local) e
das condições da fixação (sujidades, umidade, adesão à pele).
 Quanto ao tempo de administração do medicamento via IV: O tempo de administração IV de cada
medicamento é determinado em função do princípio ativo (sua farmacocinética), da ação desejada e
do volume a ser administrado. Assim, é importante considerar as recomendações do fabricante do
medicamento.
 Modos e tempos de administração de medicamentos IV podem ser classificados em:
 Bolus: administração IV realizada em até 1 min.
 Infusão rápida: administração IV realizada entre 1 e 30 min.
 Infusão lenta: administração IV realizada entre 30 e 60 min.
 Infusão contínua: administração IV realizada em tempo superior a 60 min, ininterruptamente (p.
ex., a cada 6 h).
 Infusão intermitente: administração IV realizada em tempo superior a 60 min, não contínua (p.
ex., em 4 h, 1 vez/dia).
 Equivalências:
 1ml = 20 gotas = 60 microgotas
 1 microgota/min = 1 ml/h
 1 mg = 1.000 mg.

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REFERÊNCIAS:

BATES, B; HOCHELMAN, R. A. Propedêutica Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à


Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília, 2014. 176 p.

CARMAGNANI, M.I.S. Procedimentos de enfermagem: guia prático. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Parecer de câmara técnica no. 001/2021/CTAB/COFEN:


Ausência de aspiração na administração de vacina por via Intramuscular. Rio de Janeiro, 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Orientações quanto à aplicação de vacina


intramuscular e a não indicação de aspiração. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis,
Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações. Brasília, 2020.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G.; STOCKERT, P. A.; HALL, A. M. Fundamentos de enfermagem. 9 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

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