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16.Dez.

2019

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

PORTO DE LUANDA

CONCESSÃO DO
TERMINAL MULTIUSO

PROGRAMA DO CONCURSO

Concessão do Terminal Multiusos


PORTO DE LUANDA

CONCESSÃO DO TERMINAL MULTIUSO

PROGRAMA DO CONCURSO

ÍNDICE

1. OBJECTO DO CONCURSO ........................................................... 5


2. ENTIDADE ADJUDICANTE ........................................................... 5
3. TIPO DE CONCURSO .................................................................... 5
4. PROCESSO DE CONCURSO ........................................................ 5
5. ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS SOBRE AS PEÇAS DO
CONCURSO ...................................................................................................... 7
6. INSPECÇÃO DO LOCAL ............................................................... 7
7. DATA E LOCAL DA ENTREGA DAS PROPOSTAS ..................... 8
8. APTIDÃO DOS CONCORRENTES ................................................ 8
9. MODALIDADE JURIDICA DE ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS .... 9
10. IMPEDIMENTOS........................................................................... 10
11. PROPOSTAS ................................................................................ 11
12. DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A PROPOSTA ....................... 11
13 MODO DE APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E DOS DEMAIS
DOCUMENTOS ............................................................................................... 13
14 PRAZO DE VALIDADE DA PROPOSTA ..................................... 16
15. ESCLARECIMENTOS A PRESTAR PELOS CONCORRENTES 16
16. ACTO DE ABERTURA DAS PROPOSTAS ................................. 17
17 APRECIAÇÃO DAS PROPOSTAS E ADJUDICAÇÃO DA
CONCESSÃO .................................................................................................. 18
18 AUDIÊNCIA PRÉVIA .................................................................... 20
20 MINUTA DO CONTRATO, NOTIFICAÇÃO, ADJUDICAÇÃO E
CAUÇÃO 22
21 ENCARGOS DOS CONCORRENTES E DO ADJUDICATÁRIO . 23
22 REQUISITOS PRÉVIOS E FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO .. 23
23 RECURSOS .................................................................................. 24
24 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .......................................................... 24
ANEXO IV ........................................................................................................ 28
GARANTIA BANCÁRIA .................................................................................... 28
ANEXO V ......................................................................................................... 32

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

DEFINIÇÕES E DISPOSIÇÕES GERAIS

a. Concessão Portuária: O conjunto de posições jurídicas atribuída


à Concessionária por virtude da celebração do Contrato de
Concessão;

b. Concedente: Empresa Portuária de Luanda, EP, abreviadamente


designada EPL ou Concedente, com sede em Luanda, Largo 4 de
Fevereiro;

c. Concessionária: Entidade que explora o terminal mediante o


Contrato de Concessão;

d. Comissão de Avaliação das Concessões: A comissão


designada pelo Ministro dos Transportes, pelo Despacho n.º
203/2019 do Gabinete do Ministro;

e. Concorrente: Pessoa colectiva que participa no procedimento do


concurso público, mediante a apresentação de uma proposta;

f. Contrato de Concessão: Contrato celebrado entre a Concedente


e a Concessionária tendo por objecto a concessão da gestão e
exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda;

g. Concurso Público: É o procedimento de selecção que tem como


objectivo avaliar os candidatos a Concessão;

h. Estabelecimento da Concessão: O conjunto de bens, direitos e


obrigações afectos à exploração da Concessão;

i. Incorporação Nacional - a contratação, pela Concessionária, de


bens, serviços e trabalhadores a entidades singulares ou
colectivas angolanas, no âmbito do Plano de Investimento da
Concessão, quando tais bens e serviços possam ser fornecidos
por estas entidades, salvaguardando as necessidades específicas
da Concessão e de acordo com as políticas e legislação em vigor
no país em matéria de fomento ao empresariado nacional e
laboral.

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

j. Início da Exploração: Data em que a Concessionária inicia a


exploração da Concessão;

k. Modelo Financeiro: As projecções financeiras que serão contidas


no Contrato de Concessão, bem como qualquer alteração ou
substituição das mesmas nos termos do Contrato de Concessão;

l. Porto Senhorio (Landlord Port): modelo de gestão portuária, em


que a autoridade portuária apenas detém a infra-estrutura, sendo
toda a super-estrutura e trabalho portuário entregue a entidades
privadas, usualmente assumindo a posição de Concessionárias;

m. Proposta: Documento pelo qual o Concorrente manifesta à


entidade pública contratante a vontade de contratar, e indica as
condições em que se dispõe a fazê-lo.

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

PROGRAMA DO CONCURSO

1. OBJECTO DO CONCURSO

Constitui objecto do concurso a adjudicação, mediante celebração de um


Contrato de Concessão de serviço público, por um período de 20 anos,
para gestão e exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda,
compreendendo, para esse efeito, os direitos de utilização e exploração
de bens do domínio público portuário da Empresa Portuária de Luanda,
em regime de gestão de Porto Senhorio (Landlord Port) incluídos na área
afecta à concessão, que se encontra definida e identificada na planta
constante do Anexo I ao presente documento.

2. ENTIDADE ADJUDICANTE

A entidade adjudicante é a Empresa Portuária de Luanda, E.P.,


doravante designada EPL, com sede no Largo 4 de Fevereiro em
Luanda.

3. TIPO DE CONCURSO

3.1 O concurso é público, dirigido a empresas ou associações de


empresas que comprovadamente apresentem experiência na actividade
objecto do concurso, e que reúnam os requisitos exigidos neste
Programa, no Caderno de Encargos, e na legislação em vigor.

3.2 A abertura do Procedimento de Concurso Público foi formalizada


através do Despacho Presidencial n.º 164/19 de 27 de Setembro, que
expressamente delega competências no Ministro dos Transportes para a
prática dos actos subsequentes, correspondentes ao mencionado
procedimento.

4. PROCESSO DE CONCURSO

4.1 Os concorrentes terão à sua disposição as seguintes peças do


concurso:
a) Programa do Concurso;
b) Caderno de Encargos;
c) Anexo I – Planta de localização do Terminal
d) Anexo II – Declaração sob compromisso de honra

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Concessão do Terminal Multiuso
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e) Anexo III – Declaração de aceitação incondicional do Caderno de


Encargos
f) Anexo IV – Minuta de Garantia bancária (caução provisória)
g) Anexo V – Minuta de Garantia Bancária (caução definitiva)
h) Anexo VI - Modelo da Proposta
i) Anexo VII – Relatório do estado do equipamento portuário afecto
à Concessão (Relatório de Comissão de Gestão 01/TN/2019);
j) Anexo VIII - Quadro de Pessoal afecto à Concessão

4.2 A partir do dia seguinte ao da publicação do Anúncio do Concurso e


até ao dia do acto público de abertura do concurso, a referida
documentação poderá ser levantada na sala de reuniões da
Administração B, na sede da EPL, situada no Largo 4 de Fevereiro,
em Luanda, das 09h00 às 17h00 horas, bem como aceder às peças
do concurso por via electrónica, mediante acesso através do
website do Porto de Luanda – www.portoluanda.co.ao.

4.3 As peças do Processo do Concurso serão fornecidas pela Comissão


de Avaliação de Concessões (doravante CAC) aos concorrentes,
mediante o comprovativo de pagamento de quantia equivalente a
USD 75.000,00 (Setenta e Cinco Mil Dólares Americanos), por
cheque visado, passado à ordem da Empresa Portuária de Luanda,
E.P, depósito em dinheiro ou transferência bancária, para uma das
seguintes contas bancárias, do Banco BIC:

i. Conta nº 00918425010001 – Moeda AKZ

IBAN AO06005100000918425010181

BIC / SWIFT BCCBAOLU

ii. Conta nº 00918425030001 – Moeda USD

IBAN AO06005100000918425030163

BIC / SWIFT BCCBAOLU

iii. Conta nº 00918425030002 – Moeda EUR

IBAN AO06005100000918425030260

BIC / SWIFT BCCBAOLU

4.4 Além da documentação citada anteriormente, serão


disponibilizados, para consulta, os seguintes elementos:

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Concessão do Terminal Multiuso
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a) Regulamento de Exploração;
b) Regulamento de Tarifas;
c) Memorando de Investimento.

5. ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS SOBRE AS PEÇAS DO


CONCURSO

5.1. Os pedidos de esclarecimento de quaisquer dúvidas surgidas na


interpretação das peças do processo do concurso deverão ser
apresentadas à CAC, por escrito, mediante envio de correio electrónico
para o endereço - concurso.multiuso@gmail.com - até às 17 horas do
final do primeiro terço do prazo concedido para a apresentação das
propostas.

5.2. OS esclarecimentos a que se refere o número anterior serão


prestados por escrito, até às 17 horas do final do segundo terço do prazo
concedido para a apresentação das propostas.

5.3. A falta de resposta até à data indicada justificará a prorrogação, por


prazo equivalente ao atraso, da data limite para apresentação das
propostas.

5.4. Adicionalmente à comunicação dos esclarecimentos ao concorrente


que os solicitou, deverá juntar-se cópia dos mesmos às peças em
concurso, comunicar-se-á a todos os concorrentes que procederam ou
venham a proceder ao levantamento dos documentos que servem de
base ao concurso, e publicitar-se-á por todos os meios de acesso às
peças do procedimento.

6. INSPECÇÃO DO LOCAL

6.1. Durante o concurso, os concorrentes deverão, nos primeiros 60 dias,


inspeccionar, a suas expensas, o local da concessão, e efectuar as
análises e reconhecimentos que entenderem indispensáveis à
elaboração das suas propostas, devendo inteirar-se de todas as
condições existentes que, de algum modo, possam influir na realização
da actividade objecto da concessão.
6.2. A verificação da condição dos activos integrantes da concessão é da
total responsabilidade do concessionário, não podendo o mesmo invocar,

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em sede de execução do contrato, qualquer desconhecimento sobre


eventuais inconformidades ou condições de funcionamento dos meios.
6.3. Para os devidos efeitos, deverão os interessados contactar a CAC,
mediante envio de correio electrónico para o endereço -
concurso.multiuso@gmail.com -, com um mínimo de 5 (cinco) dias úteis
de antecedência em relação à data pretendida para a realização da
visita, e com a identificação completa das pessoas a credenciar, para
efectuar a visita em sua representação.

7. DATA E LOCAL DA ENTREGA DAS PROPOSTAS

7.1 As Propostas devem ser apresentadas na sede da EPL, nos dias


úteis, das 09h00 às 17h00, mediante entrega na sala de reuniões da
Administração B.

7.2 Só serão admitidas propostas apresentadas pela via referida em 7.1,


recusando-se as que forem enviadas pelo correio ou por qualquer
outro procedimento, diferente do da entrega directa e pessoal.

7.3 As propostas deverão ser apresentadas até ao dia 30 de Março de


2020, às 17h00, sendo recusadas todas as propostas apresentadas
fora desse limite.

7.4 Será emitido, em nome de cada concorrente, um documento


comprovativo de entrega, no qual constará o dia e a hora em que foi
efectuada, e o número de invólucros recebidos pela CAC.

8. APTIDÃO DOS CONCORRENTES

Só poderão candidatar-se a este concurso os concorrentes que reúnam


as seguintes condições, cumulativamente:

a) Apresentar capital próprio realizado não inferior ao equivalente a


USD 25 milhões (Vinte e Cinco Milhões de Dólares Americanos).
No caso de associação de empresas, este deverá corresponder
ao capital próprio conjunto ponderado pela respectiva
participação de cada empresa na associação.

b) Apresentar um volume de negócios médio anual dos últimos 3


exercícios fiscais não inferior ao equivalente a USD 100 milhões
(Cem Milhões de Dólares Americanos). No caso de associação
de empresas, deverá ser apresentado o volume de negócios
ponderado, pelas respectivas participações de cada empresa na
associação.
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PORTO DE LUANDA

c) Apresentar um activo líquido não inferior ao equivalente a USD


100 milhões (Cem Milhões de Dólares Americanos). No caso de
associação de empresas, este deverá ser o activo líquido
ponderado pelas respectivas participações de cada empresa na
associação.

d) Capacidade técnica - As empresas concorrentes deverão ter,


directamente ou através de subsidiárias, uma participação não
inferior a 25 % em pelo menos 3 operações de concessão de
terminais portuários, nos últimos 3 anos, sendo que em pelo
menos uma dessas operações tenham uma participação não
inferior a 50 %, com uma quantidade média anual de
movimentação durante os últimos 3 anos não inferior a 250.000
TEUs (Duzentos e Cinquenta Mil TEUs). No caso de associação
de empresas, este critério terá de ser cumprido por um dos
elementos que tenha uma participação accionista mínima de
25% nessa associação.

9. MODALIDADE JURIDICA DE ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS


9.1 Ao concurso poderão apresentar-se associações de empresas, sem
que entre elas exista qualquer modalidade jurídica de associação, que
deverão, em caso de adjudicação, constituir-se numa Sociedade
anónima, que será a entidade Concessionária, e a preencher os demais
requisitos previstos neste Programa.

9.2. A documentação de habilitação dos concorrentes, exigida no artigo


8º, refere-se a cada uma das empresas que constituem a
associação.

9.3 A constituição jurídica das associações não é exigida na


apresentação das propostas, mas as empresas agrupadas serão
responsáveis perante a CAC pela manutenção das suas propostas,
com as devidas consequências legais.

9.5 Exceptuando circunstâncias excepcionais, que fundadamente


possam colocar em causa o interesse público, não será permitida
qualquer alteração às empresas integrantes da associação.

9.6 As empresas associadas designarão uma delas para ser a


interlocutora com a CAC, sem prejuízo da responsabilidade do
conjunto.

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Concessão do Terminal Multiuso
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9.7 Cada empresa associada só poderá estar representada num único


agrupamento de empresas, não podendo, ademais, constituir-se
individualmente como concorrente no concurso.

10. IMPEDIMENTOS

São excluídas dos procedimentos de contratação as entidades


relativamente às quais se verifique que:

a) Não se encontrem em situação regularizada relativamente a


dívidas por impostos ao Estado Angolano ou, tratando-se de
entidades estrangeiras, ao Estado em que estão sediadas;

b) Não se encontrem em situação regularizada relativamente a


dívidas por contribuições para a segurança social, em Angola ou,
tratando-se de entidades estrangeiras, ao Estado em que estão
sediadas;

c) Se encontrem em estado de insolvência ou falência, declarada por


sentença judicial, de liquidação, dissolução ou cessação de
actividade, sujeitas a qualquer meio preventivo de liquidação de
património ou em qualquer situação análoga, ou tenham o
respectivo processo pendente;

d) Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado, por


qualquer delito que afecte a honorabilidade profissional dos
titulares dos seus órgãos de administração, de direcção ou de
gerência, ou tenham sido objecto de sanção administrativa por
falta grave em matéria profissional, mantendo-se em efectividade
de funções, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação;

e) Tenham, a qualquer título, prestado, directa ou indirectamente,


assessoria ou apoio técnico na preparação e elaboração das
peças do procedimento, susceptível de falsear as condições
normais de concorrência;

f) Estejam em conflito de interesses, nos termos e para os efeitos da


Lei da Probidade Pública;

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Concessão do Terminal Multiuso
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g) Tenham celebrado com a entidade Concedente um Contrato de


Concessão em vigor, para actividade idêntica, ou integrem directa
ou indirectamente entidades que tenham celebrado com a entidade
Concedente um Contrato de Concessão que se encontre em vigor,
em actividade idêntica;

h) Constem da lista de empresas incumpridoras, elaborada pelo


órgão responsável pela regulação e supervisão da contratação
pública, nos termos da Lei.

11. PROPOSTAS

11.1 Cada concorrente só poderá apresentar uma proposta.


11.2 Não é admitida a apresentação de propostas que envolvam
alterações às cláusulas do Caderno de Encargos.
11.3 Não é admissível a apresentação de propostas relativas apenas a
parte do objecto do concurso.
11.4 As propostas consideradas mais favoráveis, com base nos critérios
definidos nas Peças do Procedimento, poderão ser objecto de
negociação, com vista à obtenção de um contrato de concessão mais
vantajoso à prossecução do interesse público.

11.5 A apresentação de proposta implica que o concorrente tomou o


devido conhecimento das condições do concurso, de acordo com a
documentação que o instruiu.

11.6 A proposta deverá ser redigida em língua portuguesa, e processada


informaticamente.

12. DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A PROPOSTA

12.1 As propostas dos concorrentes deverão ser tecnicamente instruídas


com os seguintes elementos, sendo que, tratando-se de associação
de empresas, os elementos deverão ser apresentados por cada um
dos membros da associação:

a) Declaração, na qual os concorrentes indiquem a sua denominação


social, número de identificação de pessoa colectiva, número de
contribuinte, sede, objecto social, nome dos titulares dos órgãos de
administração, de direcção ou gerência e de outras pessoas com

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poderes para a obrigarem, bem como o registo comercial ou


equivalente;

b) Declaração, sob compromisso de honra, emitida conforme modelo


constante do Anexo II a este Programa de Concurso, de que não
se encontra em nenhuma das situações nela previstas;

c) Declaração de que não está em dívida à Administração Tributária,


por contribuições e impostos liquidados nos últimos três anos, em
Angola ou, tratando-se de entidades estrangeiras, no Estado em
que estão sediadas;

d) Documento comprovativo de que se encontra regularizada a sua


situação contributiva para com a segurança social, em Angola ou,
tratando-se de entidades estrangeiras, no Estado em que estão
sediadas;

e) Cópia da última declaração periódica de rendimentos para efeitos


de Imposto Industrial ou equivalente, com o carimbo de “Recibo”,
em Angola ou, tratando-se de entidades estrangeiras, no Estado
em que estão sediadas;

f) Apresentação do relatório e contas de exercício dos últimos três


anos, ou documentos equivalentes, consoante a exigência legal
para o tipo de sociedade em questão, designadamente o relatório
de gestão e documentos de prestação de contas;

g) Declaração subscrita pelas empresas que se apresentem a


concurso agrupadas, pela qual assumem solidariamente a
responsabilidade perante a CAC pela manutenção da sua
proposta, e se comprometem a constituir uma sociedade anónima,
antes da celebração do contrato, caso a adjudicação lhes seja
efectuada;

h) "Curriculum" da empresa, incluindo a indicação obrigatória e


pormenorizada dos principais trabalhos de natureza e importância
comparáveis ao que se encontra a concurso, especificando em
cada caso:
i. Designação e datas de começo e conclusão;
ii. País/região onde foram executados;

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Concessão do Terminal Multiuso
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iii. Entidade para quem foram realizados e respectivos


certificados (aceitam-se cópias dos originais);
iv. Descrição geral e valor do respectivo contrato;
v. Percentagem de participação accionista;
vi. Quantidade movimentada de TEUs para cada um dos
últimos 3 anos.

i) Declaração, do concorrente, de aceitação incondicional do


conteúdo do Caderno de Encargos, conforme minuta constante no
Anexo III;

j) Comprovativo da prestação de caução provisória;

k) Plano de investimentos a realizar pela Concessionária, incluindo,


mas não limitado ao programa de projecto/obras, aquisição e
montagem de equipamentos ou quaisquer outros melhoramentos
que se proponham introduzir na área da concessão. Os
concorrentes deverão ainda indicar a percentagem de
incorporação nacional, no montante dos investimentos propostos;

l) Plano de organização do terminal, contendo o ordenamento físico


e a organização funcional da área da concessão, bem como as
soluções propostas para salvaguarda das exigências ambientais,
de higiene e de segurança;

m) Plano de formação e desenvolvimento profissional dos recursos


humanos afectos à concessão.
12.2 Em caso de associação, as empresas deverão, através de
instrumento particular com reconhecimento notarial, indicar as
funções e a comparticipação de cada uma delas na sociedade
concessionária.

13 MODO DE APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E DOS DEMAIS


DOCUMENTOS

13.1 Os documentos são obrigatoriamente redigidos em língua


portuguesa e apresentados no original ou cópia autenticada.
Porém, quando pela sua própria natureza ou origem, estiverem
redigidos noutra língua, deve o concorrente fazê-los acompanhar de
tradução legalizada, em relação à qual declara aceitar a sua

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Concessão do Terminal Multiuso
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prevalência, para todos e quaisquer efeitos, sobre os respectivos


originais;

13.2 A proposta será entregue em formato físico, encerrada em dois


invólucros opacos fechados e lacrados, em cujo rosto se deve
escrever “Proposta”, com os títulos referidos em 13.3.

13.3 O rosto do primeiro dos invólucros referidos terá o título


“Documentação Geral” e o rosto do segundo o título “Proposta
Técnico-Financeira”. Em ambos se indicará a designação do
concurso e a denominação social do concorrente, e deverão ser
assinados pela pessoa que o representa.

13.4 É obrigatória a submissão do duplicado de cada um dos


documentos que constituem a proposta, e da entrega, juntamente
com os referidos documentos, de uma pen drive que contenha todos
os elementos da proposta.

13.5 No invólucro “Documentação Geral” incluir-se-ão os documentos


seguintes:

a) Declaração de um domicílio em Angola, que funcionará como sede


social do adjudicatário;

b) Documento comprovativo da prestação de uma caução provisória,


a favor da EPL, por depósito em dinheiro ou por garantia bancária,
no valor equivalente a USD 250.000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil
Dólares Americanos), que responderá pelo cumprimento das
obrigações derivadas das normas do concurso;

i. Se os concorrentes optarem pela apresentação de garantia


bancária, emitida nos termos do Anexo IV ao Programa,
deverão incluir o documento original, pelo qual o
estabelecimento bancário assegura a responsabilidade
pelo pagamento, na falta de cumprimento das obrigações
legais;

ii. A caução será devolvida aos interessados imediatamente


depois da adjudicação do concurso, excepto ao
adjudicatário. A caução prestada pelo adjudicatário ficará
retida até à formalização do contrato, momento em que
deverá estar já constituída a caução definitiva prevista no

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Concessão do Terminal Multiuso
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artigo 6º do Caderno de Encargos e no artigo 20º do


Programa;

iii. A retirada, sem justificação fundamentada, da proposta


apresentada, determinará a perda da caução provisória
estabelecida neste artigo.

c) Declaração, comprovando não estarem abrangidos por nenhuma


das causas de incompatibilidade ou incapacidade para celebrar
contratos, contemplados na legislação vigente;

d) Para as empresas estrangeiras, declaração, traduzida por


entidade competente para o efeito e visada pela embaixada de
Angola no país de emissão do documento, comprovando não estar
abrangida por nenhuma das causas de incompatibilidade ou
incapacidade para celebrar contratos;

13.6 No invólucro “Proposta Técnico-Financeira” incluir-se-ão os


documentos seguintes:

a) Os valores das rendas (fixas e variáveis) a pagar à EPL e das


taxas portuárias a cobrar aos utentes, discriminadas de acordo
com o modelo que se junta como Anexo VI;

b) O valor a pagar à EPL na data de assinatura do Contrato de


Concessão, no valor mínimo de USD 100.000.000,00 (Cem
Milhões de Dólares Americanos) e máximo de USD
150.000.000,00 (Cento e Cinquenta Milhões de Dólares
Americanos);

c) Descrição completa do programa de financiamento proposto ao


longo do período de concessão e dos meios através dos quais
tencionam concretizá-lo, a qual incluirá, nomeadamente:
i. Memória justificativa da estrutura global de financiamento
proposta, com indicação de todas as fontes de
financiamento e respectivos termos e condições;
ii. Montante, forma e calendário de realização de fundos
próprios (capital social, dívida subordinada de accionistas
e outros instrumentos, se os
houver);

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

iii. No caso dos capitais alheios, ficha(s) técnica(s) contendo


os termos e
condições do financiamento;
d) Modelo subjacente às projecções económico-financeiras,
constituído por um ficheiro único de formato Microsoft Excel
(versão inglesa do Office 2013 ou mais recente), manipulável, o
qual deverá ser completo, aberto e permitir efectuar análises de
sensibilidade às principais variáveis do projecto. As projecções
deverão ser feitas numa base anual ou semestral e, quando forem
utilizados valores a preços constantes, estes devem referir-se a
Janeiro de 2020. As projecções deverão ainda ser feitas em
Dólares Americanos, mas se incluirem pressupostos em outras
moedas deverão explicitamente indicar a taxa de câmbio utilizada
para converter em Dólares Americanos. Para efeitos e
apresentação da sua proposta os concorrentes deverão assumir
como data de início da concessão 1 de Julho de 2020;
e) Descrição exaustiva de todos os dados e informações usadas, bem
como dos pressupostos assumidos na elaboração das projecções
económico financeiras;
f) Manual de utilização do modelo, o qual deve: i) indicar a forma de
utilização do modelo e de realização de análises de sensibilidade
com o mesmo; ii) descrever quaisquer macros que contenha ou
outros programas criados pelo próprio concorrente;
g) Plano Estratégico de desenvolvimento da concessão.

14 PRAZO DE VALIDADE DA PROPOSTA

O prazo de validade das propostas é de 90 dias, que se considera


prorrogado por iguais períodos, se os concorrentes nada requererem em
contrário.

15. ESCLARECIMENTOS A PRESTAR PELOS


CONCORRENTES

15.1 Os concorrentes obrigam-se a prestar, relativamente à


documentação que instrua as suas propostas, os esclarecimentos
que a CAC considere necessários à avaliação das garantias de boa

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

prestação dos serviços objecto do concurso, das condições de


investimento, dos preços ou de quaisquer outras.

15.2 Sempre que, na fase de apreciação das propostas, a CAC tenha


dúvidas sobre a real situação económica e financeira, ou sobre a
capacidade técnica de qualquer dos concorrentes, poderá exigir
dele, e solicitar de outras entidades, todos os documentos e
elementos de informação, inclusive de natureza contabilística,
indispensáveis para o esclarecimento dessas dúvidas.

15.3 Os esclarecimentos solicitados, nos termos dos números anteriores,


serão prestados no prazo que no pedido, por escrito, for fixado.
Esse prazo não será superior a dez dias e o seu não cumprimento,
sem apresentação de justificação, considerada aceitável, antes da
respectiva expiração, poderá ser interpretado como desistência do
concurso, com todas as consequências daí decorrentes.

15.4 O conhecimento posterior de algum dos factos referidos nos


números anteriores é fundamento para a imediata rescisão unilateral
do contrato por parte da EPL, sem prejuízo de indemnização a que
esta tiver direito.

16. ACTO DE ABERTURA DAS PROPOSTAS


16.1 O acto do presente concurso é público e terá lugar na sede da EPL,
com morada referida no artigo 2.º, pelas 09h00 horas do dia 31 de
Março de 2020.

16.2 No dia e hora assinalados, e perante a CAC, terá lugar o acto


público de abertura dos invólucros que contêm a “Documentação
Geral” de todos os concorrentes.

16.3 A Comissão procederá, seguidamente, ao seu exame e recusará


todas as propostas cuja documentação esteja incompleta ou não
reúna as condições exigidas no Programa de Concurso.

16.4 Seguidamente, proceder-se-á à abertura dos invólucros que


contenham as “Proposta Técnico-Financeira”, efectuando-se a
leitura, de viva voz, do Modelo da Proposta de rendas e taxas
portuárias de cada uma das delas, bem como do valor a pagar à
EPL, aquando da assinatura do Contrato de Concessão.

16.5 Terminada a leitura correspondente à última proposta, lavrar-se-á o


Auto da Sessão, dando-se esta por encerrada.

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

16.6 As propostas recusadas poderão ser levantadas pelos interessados,


após o encerramento da sessão, contra entrega do recibo que lhes
foi passado quando da respectiva apresentação.

16.7 Só poderá intervir no auto da abertura das propostas as pessoas


que, para o efeito, estiverem devidamente credenciadas pelos
concorrentes, bastando, para tanto, no caso de intervenção de
representantes de empresas ou agrupamento de empresas, a
exibição dos respectivos bilhetes de identidade, e de uma credencial
passada pela empresa ou agrupamento, da qual conste o nome e
número de bilhete de identidade do(s) representante(s).

16.8 No acto público do concurso não serão admitidos concorrentes


cujas propostas tenham sido recebidas após a data e hora limite
para a entrega das propostas.

17. APRECIAÇÃO DAS PROPOSTAS E ADJUDICAÇÃO DA


CONCESSÃO

17.1 A CAC procederá à nomeação de uma Comissão de Apreciação de


Propostas, cuja constituição será definida em função do número de
concorrentes e da complexidade das propostas, sendo, no mínimo,
constituída por três membros, a qual, no prazo de dois meses a
contar da respectiva nomeação, elaborará um relatório preliminar,
fundamentado, onde conste a classificação e ordenação das
propostas cuja análise não tenha revelado qualquer fundamento de
exclusão.

17.2 A CAC submeterá o mencionado relatório ao Ministro dos


Transportes, propondo passagem à fase de negociação de
propostas, com os concorrentes cujas propostas tenham sido
ordenadas nos dois primeiros lugares.

17.3 A ordem e qualificação das propostas será determinada em função


da avaliação que se fará utilizando os seguintes critérios e factores:

a) Remuneração Total da Concedente (RTC)


a1) Valor actual da Remuneração Total da Concedente (“VA”)
composta pelo pelos valores das rendas fixas e variáveis
propostas pelos Concorrentes, a preços constantes de
Janeiro de 2020, de acordo com os termos do Anexo VI
calculado da seguinte forma:

18
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

Onde:
RTC = valor da remuneração total da Concendente para cada
um dos anos da Concessão, determinado pelo somatório da
remuneração fixa proposta com a remuneração variável
resultante do produto da aplicação das taxas unitárias
indicadas na proposta, pelas quantidades constantes da
proposta apresentada, para os vários tipos de carga
conforme indicado no Anexo VI;
r = taxa de desconto que para efeitos do presente programa de
concurso se fixa em 9,3%;
n = representa cada um dos anos da concessão, variando entre
1 e 20.

b) Factores técnicos de avaliação (FT):


b1) Plano de investimentos a realizar pela Concessionária,
incluindo mas não limitado ao programa de projecto/obras,
aquisição e montagem de equipamentos (com indicação expressa
do tipo, modelo e capacidade dos equipamentos), ou quaisquer
outros melhoramentos que se proponham introduzir na área da
Concessão, sendo valorizados os seguintes critérios;
b1.1) Montante global de investimento em
projectos/obras e equipamentos propostos pelos
concorrentes, a realizar durante o período de Concessão;
b1.2.) A percentagem de incorporação nacional no
montante referido em b1.1.);
b1.3) Adequabilidade do plano de investimento
proposto ao volume de tráfego previsto;
b2) Adequabilidade do plano de organização do terminal, de
acordo com as melhores práticas internacionais e interesse público
nacional;
b3) Adequabilidade do plano de formação e desenvolvimento
profissional dos recursos humanos afectos à concessão.

19
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

17.4 A classificação das propostas de cada um dos Concorrentes será


obtida através da seguinte fórmula:
VP(i) (valor da proposta para o Concorrente i) = 70% x RTC +
30% x FT, em que FT = 50% x b1 + 25% x b2 + 25% x b3

17.5 Após a apreciação das propostas a entidade competente reserva-


se expressamente o direito de não adjudicar a concessão, nos
termos da lei, nomeadamente se concluir que nenhuma das
propostas apresentadas satisfaz plenamente o interesse público,
sem que da referida decisão advenha qualquer direito a reclamação
ou pedido de compensação por parte de qualquer concorrente.

18 AUDIÊNCIA PRÉVIA

18.1 Elaborado o relatório preliminar, a CAC notifica-o a todos os


concorrentes, fixando-lhes um prazo de 10 (dez) dias para que se
pronunciem, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.

18.2 Exercido o referido direito de audiência prévia, será elaborado o


relatório final, devidamente fundamentado, no qual pondera as
observações efectuadas pelos concorrentes, mantendo ou
modificando o teor e as conclusões do relatório preliminar.

18.3 O relatório final é enviado novamente ao Ministro dos Transportes,


para efeitos de selecção dos concorrentes para a fase de
negociação.

19 NEGOCIAÇÃO DE PROPOSTAS E ADJUDICAÇÃO

19.1 Após a aprovação do relatório final, o órgão competente para a


decisão de contratar poderá decidir que haverá lugar à fase de
negociação, restringida aos concorrentes cujas propostas tenham
sido ordenadas nos dois primeiros lugares.

19.2 A fase de negociações será conduzida pela Comissão de


Apreciação de Propostas, e as respectivas sessões de negociação
decorrerão de acordo com o disposto no número seguinte.

19.3 Os aspectos do contrato a celebrar que a entidade adjudicante não


está disposta a negociar são:

20
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

a) Prazo da concessão;

b) Remuneração fixa a pagar na data da celebração do contrato de


concessão;

c) Limites físicos da área da concessão.

19.4 As propostas que não sejam alteradas nas sessões de negociação,


quando não sejam apresentadas novas versões finais das mesmas,
são consideradas, para efeitos de avaliação, nas respectivas
versões iniciais.

19.5 Terminadas as sessões de negociação, a Comissão notifica os


concorrentes para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem as
versões finais das propostas.

19.6 A Comissão procede à análise e avaliações das versões finais das


propostas de acordo com os critérios previstos no Programa de
Concurso, e elabora um novo relatório preliminar, no qual propõe a
ordenação das propostas, concedendo um prazo de 5 (cinco) dias
para os concorrentes admitidos à fase de negociação se
pronunciarem em sede audiência prévia.

19.7 Cumprido o disposto no numero anterior, a Comissão elabora o


relatório final, no qual pondera as observações dos concorrentes
efectuadas ao abrigo da audiência prévia, mantendo ou modificando
o teor e conclusões do relatório antecedente.

19.8 O relatório final é enviado ao Ministro dos Transportes, órgão


competente para a decisão de adjudicação do Contrato de
Concessão e respectiva notificação aos concorrentes.

19.9 A notificação fornece os elementos necessários para que os


interessados fiquem a conhecer todos os aspectos relevantes para a
decisão, nas matérias de facto e de direito, indicando também as
horas e o local onde o processo poderá ser consultado.

21
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

19.10 Salvo decisão expressa em contrário, a entidade competente para


a realização da audiência prévia é a comissão de análise das
propostas.

19.11 O Despacho Ministerial que adjudique a concessão deverá ser


proferido no prazo de três meses a contar da data de abertura das
propostas, podendo, se necessário, este prazo ser prorrogado,
mediante notificação aos concorrentes.
19.12 A adjudicação publicar-se-á no Diário da República, considerando-
se este acto como notificação aos interessados, para todos os
efeitos.

19.13 A adjudicação será notificada por via electrónica e por carta,


mediante comprovativo de recepção da notificação.

20 MINUTA DO CONTRATO, NOTIFICAÇÃO, ADJUDICAÇÃO


E CAUÇÃO

20.1 Após a adjudicação, ou simultaneamente a esta, será remetida ao


proponente cuja proposta haja sido preferida, a minuta do contrato
para que o mesmo sobre ela se pronuncie no prazo de cinco dias
úteis, findo o qual, se o não fizer, se considerará tal minuta aprovada.

20.2 Aquando da notificação da adjudicação, o proponente preferido


será também notificado da obrigação de prestar caução definitiva, no
prazo de 10 (dez) dias, no valor equivalente a dois anos de renda
fixa, que será revista anualmente na proporção em que o for a
referida renda, sob pena de a adjudicação se considerar sem efeito.

20.3 A caução será prestada, conforme escolha do adjudicatário, por


garantia bancária, emitida nos termos do anexo V do Programa,
prestada à primeira solicitação, por uma instituição bancária que
deverá cumprir os requisitos exigidos no artigo 6.3 do Caderno de
Encargos, e que tenha sido previamente aceite pela Concedente, ou
por depósito em dinheiro, efectuado numa instituição bancária
previamente aceite pela Concedente.

22
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

20.4 A garantia bancária só poderá ser aceite caso não tenha qualquer
prazo de validade ou qualquer restrição ao pagamento imediato e
integral dos valores caucionados, quando solicitado pela Concedente.

21 ENCARGOS DOS CONCORRENTES E DO


ADJUDICATÁRIO
21.1 Constituem encargos dos concorrentes todas as despesas com a
elaboração e apresentação da proposta.

21.2 Serão por conta do adjudicatário todos as despesas e encargos


inerentes ao concurso e à sua adjudicação, tais como anúncios,
impostos, direitos, taxas ou quaisquer tributações sobre bens
imóveis que integrem a Concessão e, em geral, todos aqueles que
sejam exigíveis como consequência da abertura e exploração das
instalações concessionadas.

21.3 Igualmente, correm por conta do adjudicatário as despesas e


encargos inerentes à celebração do contrato, incluindo as
decorrentes da prestação da caução definitiva.

22 REQUISITOS PRÉVIOS E FORMALIZAÇÃO DO


CONTRATO

22.1 Quando a adjudicação do concurso já tiver sido notificada, o


Adjudicatário deverá, no prazo de dois meses, preencher os
seguintes requisitos:

a) Constituir a sociedade concessionária, cujos estatutos


devem cumprir as condições estipuladas no Caderno de Encargos;

b) Garantir o exacto e pontual cumprimento das obrigações que


se referem a equipamento, obras e instalações, bem como a
exploração e obrigações gerais, na forma e prazos indicados no
Caderno de Encargos;

c) Solicitar autorização para o exercício das actividades de


operador de terminal, passada pelo Ministério dos Transportes;

d) Apresentar certificados de Registo Criminal dos seus


administradores e gerentes.

22.2 O incumprimento dos requisitos indicados nas alíneas do n.º 22.1


terá como consequência a anulação da adjudicação, com todos os

23
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

seus efeitos legais, inclusive a perda da caução provisória, que


reverterá a favor da EPL.

22.3 A concessão poderá ser reduzida a escritura pública a pedido de


qualquer das partes. Se for a pedido da Concessionária, ficarão a
seu cargo todas as despesas decorrentes do acto.

23 RECURSOS

O despacho do Ministro dos Transportes pelo qual se adjudique a


concessão está sujeito ao regime impugnatório previsto na lei geral.

24 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Em tudo o que estiver omisso no presente Programa de Concurso,


observar-se-á o disposto na Lei Geral da República de Angola, em
especial a Lei 9/16, de 16 de Junho, sobre os Contratos Públicos, com a
Rectificação 23/16 de 27 de Outubro, o Decreto 52/97, de 18 de Julho,
que aprova as Bases Gerais das Concessões Portuárias, a Lei n.º 9/98,
de 18 de Setembro, do Domínio Portuário e a Lei nº 27/12, de 28 de
Agosto, Da Marinha Mercante, Portos e Actividades Conexas, nas
Convenções Internacionais de que Angola seja parte e na restante
legislação aplicável.

24
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

ANEXOS

Anexo I – Planta de localização do Terminal

Anexo II – Declaração sob compromisso de honra

Anexo III – Declaração de aceitação incondicional do Caderno de


Encargos

Anexo IV – Minuta de Garantia Bancária (caução provisória)

Anexo V – Minuta de Garantia Bancária (caução definitiva)

Anexo VI - Modelo da Proposta

Anexo VII – Relatório do estado do equipamento portuário afecto à


Concessão (Relatório de Comissão de Gestão 01/TM/2019);

Anexo VIII - Quadro de Pessoal afecto à Concessão

25
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

ANEXO II
Declaração sob Compromisso de Honra
(Nos termos do artigo 58.º, 3 da Lei 9/16 de 16 de Junho – dos Contratos
Públicos)
[●] (indicar nome, estado, profissão e morada, ou firma, associação de
empresas e sede) [●] (com identificação completa), Concorrente ao
concurso público para a adjudicação, em regime de Concessão de
serviço público, por um período de 20 anos, da gestão, manutenção e
exploração comercial, a título exclusivo, do Terminal Multiuso do Porto de
Luanda compreendendo, para esse efeito, os direitos de utilização e
exploração de bens do domínio público portuário da Empresa Portuária
de Luanda, conforme publicitado no Diário da República em [●], declara,
sob compromisso de honra, que os documentos abaixo listados não são
emitidos no Estado de que é nacional:

a) Comprovativo da situação regularizada relativamente às


contribuições para a Segurança Social;
b) Comprovativo da regularização da situação tributária;
c) Comprovativo da entrega da declaração fiscal mais recente;
d) Comprovativo da titularidade de habilitação profissional (se
aplicável).

Mais declara a aqui Concorrente que:

a) Todas as obrigações a que se referem os pontos a) a d) acima


estão integralmente cumpridas;
b) Possui capacidade financeira e técnica adequadas ao cabal
cumprimento das obrigações resultantes do Programa do
Concurso, do Caderno de Encargos e do Contrato de Concessão;
c) Não impendem sobre si quaisquer limitações de natureza
financeira, fiscal, contabilística, técnica, judicial ou outras de
qualquer natureza que possam pôr em causa a participação no
Concurso Público e o cumprimento das obrigações que resultarem
do Contrato de Concessão.

Data..................................

Assinatura ............................

26
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

ANEXO III

Declaração de aceitação incondicional do Caderno de Encargos

[●] (indicar nome, estado, profissão e morada, ou firma, associação de


empresas e sede) [●] (identificação completa), tendo tomado
conhecimento do objecto do concurso público para adjudicação,
mediante celebração de um Contrato de Concessão de serviço público,
por um período de 20 anos, para gestão e exploração do Terminal
Multiuso do Porto de Luanda, compreendendo, para esse efeito, os
direitos de utilização e exploração de bens do domínio público portuário
da Empresa Portuária de Luanda, declara aceitar incondicionalmente as
normas constantes do Caderno de Encargos, obrigando-se a cumprir
todas as obrigações nele previstas.

Data..................................

Assinatura ............................

27
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

ANEXO IV

GARANTIA BANCÁRIA
(Caução Provisória a que se refere o n.º 13.5, als. b) e ba) do Programa
de Concurso)

O Banco __________, com sede em _________, NIF ________,


representado por ______ e _____, na qualidade de _____, com poderes
para o acto, adiante designado Garante, a pedido da sua Cliente
_________, doravante designada Ordenante, e tendo conhecimento de
que:

- A Ordenante é concorrente ao concurso público para a adjudicação,


em regime de Concessão de serviço público, por um período de 20
anos, da gestão, manutenção e exploração comercial, em regime de
exclusividade, do Terminal Multiuso do Porto de Luanda
compreendendo, para esse efeito, os direitos de utilização e
exploração de bens do domínio público portuário da Empresa
Portuária de Luanda, conforme publicitado no Diário da República em
[●];
- A Ordenante é obrigada, nos termos do artigo 13º.5.b) do Programa
de Concurso, a constituir uma caução provisória no montante de USD
250.000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil Dólares Americanos),
destinada a assegurar o exacto e pontual cumprimento de todas as
obrigações em que incorre com a apresentação da proposta,
derivadas das normas do concurso.

28
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

Pela presente garante, na qualidade de principal pagador, a favor da


Empresa Portuária de Luanda, EP, adiante designada Beneficiária, o
pontual cumprimento pela Ordenante de todas as obrigações em que
esta incorre com a apresentação da proposta, nos termos e condições
seguintes:

1. A presente garantia assegura o pagamento de qualquer quantia


que a Beneficiária solicite ao Garante, até ao montante máximo de
[●];
2. A presente garantia bancária é autónoma, irrevogável,
incondicional e paga à primeira solicitação, obrigando-se o Garante
a pagar à Beneficiária a quantia por esta indicada, até ao limite
estabelecido no número 1, no prazo de vinte e quatro horas a
contar da solicitação, e por uma ou mais vezes;
3. Caso o termo do prazo para pagamento ocorra em dia em que os
Bancos estejam encerrados na cidade de Luanda, a quantia
deverá estar disponível até às doze horas do primeiro dia útil
seguinte, na conta bancária para o efeito indicada pela
Beneficiária;
4. O Garante aceita definitiva, irrevogável e incondicionalmente não
contestar a legalidade ou a justeza dos pedidos que a Beneficiária
lhe endereçar, renuncia expressamente e sem reservas ao
benefício da excussão prévia dos bens da Ordenante e ao direito
de contestar os pagamentos que realizar ao abrigo desta garantia;
5. O Garante procederá ao pagamento das quantias que lhe forem
solicitadas pela Beneficiária, independentemente de autorização
ou concordância da Ordenante ou da prévia notificação desta;
6. O Garante não poderá opor à Beneficiária qualquer meio de defesa
ou de excepção que a Ordenante pudesse invocar perante a
Beneficiária, nem poderá operar qualquer compensação com
créditos que detenha sobre a Beneficiária;

29
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

7. Sendo o Garante obrigado por lei a deduzir quaisquer quantias ao


montante pago à Beneficiária, obriga-se a entregar-lhe um
montante líquido igual ao valor reclamado, considerando-se que o
montante garantido é reduzido apenas no valor do pagamento
líquido efectuado à Beneficiária;
8. Os pedidos que a Beneficiária dirija ao Garante deverão ser
remetidos por e-mail para o endereço [●], devendo o original ser
entregue em mão, logo que possível, nas instalações do Garante,
sitas em [●]; o pedido de pagamento deverá ser assinado por
quem represente a Beneficiária, não carecendo as assinaturas de
qualquer reconhecimento; o prazo de que o Garante dispõe para
realizar o pagamento conta-se a partir da hora de recepção do e-
mail atrás referido;
9. Os pagamentos a efectuar pelo Garante serão processados por
transferência bancária para a conta que a Beneficiária indicar, até
ao termo do prazo indicado nos números 2 e 3;
10.A garantia é de solicitação permanente e manter-se-á em vigor
mesmo após a liquidação ou dissolução da Ordenante, da
nomeação de um administrador ou liquidatário judicial, da emissão
de despacho de prosseguimento de acção como de recuperação
ou de falência ou do despacho a declarar a falência;
11.Sem prejuízo do disposto no número 13 infra, as obrigações do
Garante e os direitos da Beneficiária não serão afectados por
qualquer acto ou facto jurídico que afecte as relações jurídicas
existentes ou que no futuro se estabeleçam entre Ordenante,
Beneficiária, Garante ou qualquer terceiro;
12.Se alguma das disposições da garantia for anulada ou declarada
nula, as restantes manter-se-ão em vigor, com as necessárias
adaptações;
13.A garantia só poderá ser alterada mediante concordância expressa
e por escrito da Beneficiária;

30
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

14.A garantia permanecerá em vigor até à adjudicação definitiva da


Concessão, não sendo atendida qualquer reclamação endereçada
ao Garante após as dezassete horas da data em que a
adjudicação definitiva se verifique;
15.A Beneficiária deverá devolver o original do documento da garantia
ao Garante quando expirar o prazo da garantia ou se encontrar
pago o montante total garantido;

À garantia aplica-se a lei Angolana, sendo o Tribunal Provincial de


Luanda exclusivamente competente para dirimir qualquer litígio que
lhe diga respeito.

O Garante declara ainda que:

- É legal e possível a emissão da garantia nos termos


exarados;
- A emissão da garantia não está em contradição com
qualquer lei, regulamento ou instrução que, de algum modo,
limite o montante do crédito que pode ser concedido pelo
Garante a um único mutuário ou cliente.

__________________ (local e data de emissão)

__________________ (nome completo dos signatários, qualidade em


que assinam e reconhecimento das assinaturas nessa qualidade)

31
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

ANEXO V

GARANTIA BANCÁRIA
(Caução Definitiva a que se refere o n.º 20.2 do Programa de Concurso)

O Banco __________, com sede em _________, NIF ________,


representado por ______ e _____, na qualidade de _____, com poderes
para o acto, adiante designado Garante, a pedido da sua Cliente
_________, doravante designada Ordenante, e tendo conhecimento de
que:

- A Ordenante é adjudicatária do Contrato de Concessão do serviço


público, por um período de 20 anos, para gestão, manutenção e
exploração comercial, em regime de exclusividade, do Terminal Multiuso
do Porto de Luanda compreendendo, para esse efeito, os direitos de
utilização e exploração de bens do domínio público portuário da Empresa
Portuária de Luanda, conforme publicitado no Diário da República em [●];

- Nos termos do artigo 20º.2 do Programa do Concurso é obrigação da


Ordenante a constituição de uma caução definitiva no montante
equivalente a USD 6.000.000,00 (Seis Milhões de Doláres Americanos),
para garantia do exacto e pontual cumprimento de todas as obrigações
decorrentes do Contrato de Concessão;

Pela presente garante, na qualidade de principal pagador, em favor da


Empresa Portuária de Luanda, EP, adiante designada Beneficiária, o
pontual cumprimento pela Ordenante de todas as obrigações que para
ela decorrem do contrato de Concessão, nos termos e condições
seguintes:

32
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

1. A presente garantia assegura o pagamento de qualquer quantia


que a Beneficiária solicite ao Garante, até ao montante máximo de
[●];
2. A presente garantia bancária é autónoma, irrevogável,
incondicional e paga à primeira solicitação, obrigando-se o Garante
a pagar à Beneficiária a quantia por esta indicada, até ao limite
estabelecido em 1., no prazo de vinte e quatro horas a contar da
solicitação, e por uma ou mais vezes;
3. Caso o termo do prazo para pagamento ocorra em dia em que os
Bancos estejam encerrados na cidade do Porto, a quantia deverá
estar disponível até às doze horas do primeiro dia útil seguinte, na
conta bancária para o efeito indicada pela Beneficiária;
4. O Garante aceita definitiva, irrevogável e incondicionalmente não
contestar a legalidade ou a justeza dos pedidos que a Beneficiária
lhe endereçar, renuncia expressamente e sem reservas ao
benefício da excussão prévia dos bens do Ordenante e ao direito
de contestar os pagamentos que realizar ao abrigo desta garantia;
5. O Garante procederá ao pagamento das quantias que lhe forem
solicitadas pela Beneficiária, independentemente de autorização
ou concordância da Ordenante ou da prévia notificação desta;
6. O Garante não poderá opor à Beneficiária qualquer meio de defesa
ou de excepção que a Ordenante pudesse invocar perante a
Beneficiária, nem poderá operar qualquer compensação com
créditos que detenha sobre a Beneficiária;
7. Sendo o Garante obrigado por lei a deduzir quaisquer quantias ao
montante pago à Beneficiária, obriga-se a entregar-lhe um
montante líquido igual ao valor reclamado, considerando-se que o
montante garantido é reduzido apenas no valor do pagamento
líquido efectuado à Beneficiária;

33
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

8. Os pedidos que a Beneficiária dirija ao Garante deverão ser


remetidos por e-mail para o endereço ________, devendo o
original ser entregue em mão, logo que possível, nas instalações
do Garante em _________; o pedido de pagamento deverá ser
assinado por quem represente a Empresa Portuária de Luanda,
EP, não carecendo as assinaturas de qualquer reconhecimento; o
prazo de que o Garante dispõe para realizar o pagamento conta-se
a partir da hora de recepção do e-mail atrás referenciado;
9. Os pagamentos a efectuar pelo Garante serão processados por
transferência bancária para a conta que a Beneficiária indicar, até
ao termo dos prazos indicados em 2 e 3;
10. A garantia é de solicitação permanente e manter-se-á em vigor
mesmo após a liquidação ou dissolução da Ordenante, da
nomeação de um administrador ou liquidatário judicial, da emissão
de despacho de prosseguimento de acção como de recuperação ou
de falência ou do despacho a declarar a falência;
11. Sem prejuízo do disposto em 13 infra, as obrigações do Garante e
os direitos da Beneficiária não serão afectados por qualquer acto ou
facto jurídico que afecte as relações jurídicas existentes ou que no
futuro se estabeleçam entre Ordenante, Beneficiária, Garante ou
qualquer terceiro;
12. Se alguma das disposições da garantia for anulada ou declarada
nula, as restantes manter-se-ão em vigor, com as necessárias
adaptações;
13. A garantia só poderá ser alterada mediante concordância expressa
e por escrito da Beneficiária;
14. A garantia permanecerá em vigor até 60 (sessenta dias) após o
termo da Concessão, não sendo atendida qualquer reclamação
endereçada ao Garante após as dezassete horas do último dia do
referido prazo;

34
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

15. A Beneficiária deverá devolver o original do documento da garantia


ao Garante quando expirar o prazo da garantia ou se encontrar
pago o montante total garantido;
16. À garantia aplica-se a lei Angolana, sendo o Tribunal Provincial
Luanda exclusivamente competente para dirimir qualquer litígio que
lhe diga respeito.

O Garante declara ainda que:

a. É legal e possível a emissão da garantia nos termos


exarados;
b. A emissão da garantia não está em contradição com
qualquer lei, regulamento ou instrução que, de algum modo,
limite o montante do crédito que pode ser concedido pelo
Garante a um único mutuário ou cliente.

[●] (local e data de emissão)

[●] (nome completo dos signatários, qualidade em que assinam e


reconhecimento das assinaturas nessa qualidade)

35
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

Anexo VI - Modelo da Proposta

[●] (indicar nome, estado, profissão e morada, ou firma e sede), ou


Agrupamento constituído pelas sociedades [●] (com identificação
completa) depois de ter/em tomado conhecimento do objecto do
concurso público relativo à adjudicação, mediante celebração de um
contrato de concessão de serviço público, por um período de 20 anos,
para gestão e exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda,
compreendendo, para esse efeito, os direitos de utilização e exploração
de bens do domínio público portuário da Empresa Portuária de Luanda,
obriga-se a cumprir todas as obrigações previstas no Caderno de
Encargos, obrigando-se a pagar à Concedente os montantes indicados
no anexo à presente proposta.

Data..................................

Assinatura ............................

36
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

(Anexo ao Modelo da Proposta)

1. Pela Concessão é devida pela Concessionária à Concedente o


montante de USD 100.000.000,00 (Cem Milhões de Dólares
Americanos) a serem pagos na data da assinatura do contrato de
concessão.

2. Pela Concessão é ainda devida pela Concessionária à Concedente


uma remuneração anual correspondente ao somatório de:

(i) renda fixa de USD 3.000.000,00 (Três Milhões de Dólares


Americanos) a preços constantes de Janeiro de 2020, a aplicar
a partir do início da Concessão; mais
(ii) renda variável apurada pelo produto da aplicação das taxas
unitárias de carga contentorizada de cada escalão constantes
da proposta apresentada, que não podem ser inferiores às
taxas unitárias mínimas para cada escalão constantes da
Tabela A abaixo, pelo número de TEUs movimentados
anualmente constantes na Tabela B e que não podem ser
inferiores a 300.000 TEUs anuais; mais
(iii) renda variável apurada pelo produto da aplicação das taxas
unitárias de carga geral ou especial constantes da Tabela C
abaixo, pelas respectivas quantidades anuais movimentadas
em toneladas; mais
(iv) renda variável apurada pelo produto da aplicação das taxas
unitárias de carga especial constantes da Tabela D abaixo,
pela quantidade de carga geral movimentada anualmente em
número de veículos.

37
Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

3. No que se refere à renda variável, se a Concessionária não cumprir,


em qualquer ano de vigência do contrato, com a receita variável total
resultante da sua proposta, que resulta da aplicação das taxas
unitárias propostas pelas respectivas quantidades propostas
conforme informação constante das Tabelas B, C e D, pagará, ainda
assim, o valor resultante da receita variável resultante da sua
proposta para esse ano, devendo a receita variável resultante da sua
proposta a preços de Janeiro de 2020 ser revista para o ano em
questão com base no regime de indexação estipulado em (4) abaixo.

4. Os valores em USD das diferentes tarifas que resultem da proposta


apresentada, bem como o valor da renda fixa são atualizados
anualmente, em Janeiro de cada ano civil, com início no ano seguinte
ao da assinatura do Contrato de Concessão, de acordo com o
aumento verificado no Índice de Preços ao Consumidor (CPI)
publicado pela entidade americana Bureau of Labor Statistics, no
período compreendido entre os meses de Setembro dos dois
exercícios imediatamente anteriores.

5. Para efeitos de cálculo da renda variável de carga contentorizada, a


quantidade global de TEUs alocada a cada escalão será repartida
entre carga em transbordo e carga com saída ou entrada no terminal,
para aplicação das respectivas taxas unitárias constantes da Tabela
A. Essa distribuição basear-se-à na respectiva proporção de cada
categoria face à quantidade global observada em cada ano.

6. As tarifas propostas por cada escalão constantes da Tabela A não


podem ser decrescentes, ou seja, a tarifa aplicada a um determinado
escalão terá que ser igual ou superior ao escalão anterior. Esta regra
não é aplicável ao escalão acima de 500.000 TEUs cuja única
restrição será a de a tarifa não poder ser inferior à tarifa proposta
para o segundo escalão (escalão entre 300.001 e 350.000 TEUs).

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

Tabela A - Taxas Unitárias Propostas (USD / TEUs, a preços


constantes de Janeiro de 2020)
Escalões Valores Valores Valores Valores
TEUs a
Mínimos Propostos Mínimos Propostos
considerar
em cada por TEUs por TEUs por TEUs por TEUs
ano
com saída com saída em em
ou entrada ou entrada transbordo transbordo
no terminal no terminal
A partir de 0 10 8
até 300.000
A partir de 20 16
300.001 até
350.000
A partir de 30 24
350.001 até
425.000
A partir de 40 32
425.001 até
500.000
Acima de 20 16
500.000

Tabela B – Quantidades Anuais Propostas (TEUs)


Anos Quantidades Quantidades Quantidades de Quantidades
Mínimas Propostas TEUs com saída de TEUs
Totais Totais = (1) + ou entrada por transbordo
(2) terminal (1) (2)
1 300.000
2 300.000

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Concessão do Terminal Multiuso
PORTO DE LUANDA

3 300.000
4 300.000
5 300.000
6 300.000
7 300.000
8 300.000
9 300.000
10 300.000
11 300.000
12 300.000
13 300.000
14 300.000
15 300.000
16 300.000
17 300.000
18 300.000
19 300.000
20 300.000

Tabela C – Proposta de Quantidades e Taxas Unitárias (a preços


constantes de Janeiro de 2020) para Carga Geral ou Especial em
Toneladas
Anos Quantidades Tarifa Proposta
Propostas Carga Carga Geral ou
Geral ou Especial em Especial (USD /
Toneladas Tonelada)
1
2
3
4

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5
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17
18
19
20

Tabela D – Proposta de Quantidades e Taxas Unitárias (a preços


constantes de Janeiro de 2020) para Carga Especial Veículos
Anos Quantidades Tarifa Proposta
Propostas Carga Carga Especial
Especial em (USD / Veículo)
Veículos
1
2
3
4
5
6
7

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