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Do corpo ao cosmos

Uma introdução aos 7 passos da Jornada da Consciência

Nicolai Cursino
Do corpo
ao cosmos
Uma introdução aos 7 passos da
Jornada da Consciência
As 7 dimensões da consciência
O Núcleo da Consciência® desenvolveu a Jornada da Consciência - uma
jornada de herói da consciência, em suas múltiplas variações. Uma espiral integrada e
infinita rumo a formas cada vez mais evoluídas de manifestação da grande Consciência
Divina.
São sete etapas posicionadas na mandala do Eneagrama original, seguindo a
lei das oitavas ou Lei do Sete. Sete dias da semana, sete cores do arco íris, sete notas
musicais a cada nova volta.
Assim são as sete etapas do desenvolvimento na Jornada da Consciência,
que pode ser dividida em três trechos de Jornadas da Alma:
• Jornada da Alma individual (corpo, coração e mente);
• Jornada da Alma coletiva (familiar e organizacional);
• Jornada da Alma universal (Gaia e Cósmica).
Atuam também neste ciclo, além dos pontos da consciência, três forças principais:
• Liderança (força ativa, vontade, decisão);
• Amor (compaixão);
• Surrender (força passiva, entrega, resiliência).
Essas forças se manifestam em maior ou menor grau em diferentes pontos do
ciclo, dependendo do desafio de elevação da consciência naquele ponto. A maestria
na utilização destas forças em nós é um dos fundamentos centrais da metodologia
do Núcleo da Consciência®.
Desenvolvemos e integramos metodologias para educação e cura de todas
estas manifestações da Consciência, atuando para o desenvolvimento humano-
psicológico e espiritual de forma abrangente, inovadora, profunda e amorosa.
Somos um movimento a serviço da elevação da consciência em todo o planeta.
Conheca o Núcleo da Consciência® : www.nucleodaconsciencia.com.br
Consciência do corpo
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Todo o universo está em uma jornada de elevar sua vibração. É uma espiral
infinita que segue subindo e subindo a cada trabalho de elevação de consciência que
é feito.
O corpo humano é formado de matéria, elementos da Mãe Terra, energias
mais concretas, ligadas à natureza, que se manifestam no ser humano como forças e
instintos animais.
São 3 os principais instintos que formam nossa parte animal:

• Autopreservação:

Nossos instintos de proteção da nossa vida e integridade física. Fugimos do


fogo e do barulho desde que nascemos. Sentimos um incômodo visceral quando
temos fome, quando temos sono. Sentimos medo de não ter dinheiro, de não ter
o que comer. Nos abrigamos quando temos frio e procuramos instintivamente
segurança e abrigo em casas quentes e protegidas. As primeiras bactérias que
surgiram no planeta já eram capazes de “nadar” fugindo do calor. Este é o instinto
mais antigo, que herdamos da Terra de muito longe. Somos programados no corpo
para proteger nossa sobrevivência. A energia de autopreservação é contida, se
preserva, se economiza, age pela manutenção. O João de barro não precisa aprender
a construir sua casa e nenhum pássaro precisa aprender a colher gravetos e montar o
ninho quando sente que os filhotes vêm por aí. Os ursos sabem a hora de se recolher
no inverno e a exata hora de despertar no verão. O castor sabe construir barragens
muito complexas. Não existem aulas ou pensamentos para tudo isso: são programas
da natureza, programados em todos os corpos que dela são filhos, e que formam
os instintos nos animais, incluindo os seres humanos. Nos humanos, a energia de
autopreservação está ligada ao primeiro chacra, o básico, sendo forte, visceral, densa,
ligada ao fundo da própria terra.

• Sexual:

A natureza continuou seu processo de evolução e, em algum momento, os


primeiros microrganismos celulares que habitavam nosso planeta foram tomados
por um instinto natural de se combinarem com outras células, fundindo seu material
genético, fundindo a si mesmo, para que pudessem “dar à luz” a uma terceira célula,
“filha” das anteriores. Que força animal é essa que possuímos em nosso corpo que
nos atrai ao sexo? Esquenta nosso corpo, enche a boca de água, aguça nossos cheiros
e toma nossa consciência, na maioria das vezes. Como os animais aprendem o sexo?
Não é preciso, é natural, visceral, programado em nosso corpo pela natureza, assim
como uma mãe não precisa aprender a dar a luz. A energia sexual é forte, competitiva,
intensa, confrontativa em toda a natureza. O macho alfa domina. Os alces se batem
de frente, até a morte, pelo domínio das fêmeas. O leão coloca os dentes na garganta
da leoa durante o sexo, para que possa matá-la caso decida fugir. Que força é essa
que nos atrai fortemente uns aos outros? Essa gravidade que atrai os planetas uns
aos outros? Do desespero do desejo à competição que pode matar. Energia vital da
criação, da geração da vida, da explosão orgásmica que gera a nova vida, que gera
um novo projeto, que transmuta o invisível em matéria. Nos seres humanos, é uma
energia ligada ao segundo chacra, o sexual.

• Social:

E a evolução da natureza continua. Animais de maior complexidade começam


a surgir e logo uma nova forma de consciência mais coletiva começa a brotar. Uma
força natural que começa a gerar a vida em comunidades, onde os indivíduos
passam a sentirem-se pedaços de um ser vivo maior: a sua comunidade. As formigas
começam a especializar-se em suas funções – cortadeiras, soldados, exploradores,
rainha. Cada uma com uma função diferente, operando para a proteção não mais
do indivíduo, mas da comunidade. Tranquilo para a abelha soldado sacrificar seu
abdômen em uma picada mortal para si mesma, desde que contribua para sua missão
de proteção da colmeia. Não é mais a minha vida, mas sim a nossa vida. E as formigas
e as abelhas não tiveram aula sobre isso e nem estudaram estratégia organizacional
e gestão para dividirem seus papéis. Acontece, é instintivo, é uma força da natureza
que engloba indivíduos em formas mais complexas de vida chamadas comunidades,
em um movimento infinito de evolução. Movimento que, nesse instinto social, leva
estas sociedades a níveis de comunicação muito mais complexos, fundamentais
para que tudo funcione melhor em grupo. Nos seres humanos aparece o instinto de
cuidar dos outros da “minha comunidade”, de doar “minha comida” para o meu
filho, de morrer por eles se for preciso. Animais com pouco desse instinto podem
até mesmo devorar os próprios filhos. Os humanos se agrupam em famílias, criam
uma divisão de funções, iniciam jogos políticos, disputas de poder, fofocas, jogos de
influência. Partidos que se agrupam para lutar contra outros partidos. Indivíduos
com poder tornando-se reis ou rainhas, assim como na colmeia. Uma força tão forte
que podemos até morrer se nos sentirmos rejeitados por nossas comunidades, se
não conseguirmos nos sentir pertencendo a nossas famílias ou empresas. Essa é
uma energia da natureza ligada ao terceiro chacra, o plexo solar, subindo no corpo
humano rumo a formas mais complexas de energia.

Mas a grande pergunta é: o que jornada da consciência tem a ver com tudo
isso? Com estas energias naturais? Com estes instintos animais?
Da mesma forma que o planeta Terra nasce caótico em fogo e terra,
desordenado, visceral, e vai se acalmando para receber a água que flui e de onde
se gera a vida, e o ar que resfria e sopra aos quatro cantos, mais perto do céu, os
instintos humanos podem sintonizar estas forças da natureza em diferentes níveis
de consciência, mais pesados ou mais sutis, manifestando-as na vida de forma
muito diferente. Como são energias fortes, animais, vindas da terra, a elevação da
vibração da consciência desses 3 instintos em nós é talvez o primeiro e um dos mais
importantes trabalhos necessários na humanidade hoje - a elevação da consciência
dos nossos instintos, a elevação da vibração dessas energias da natureza que nos
constituem. Para isso serão necessárias curas viscerais, celulares. Nossas energias
mais fortes terão que se transformar.
E o que acontece com estas energias quando nossa consciência é mais baixa
ou mais alta?

autopreservação

social sexual

A consciência abaixo dos nossos instintos se desequilibra, tornando-se


compulsiva ou exagerada, ou mesmo ficando sem energia e não atuando como
deveria atuar.

Em consciência baixa, níveis de vibração mais densos da energia:

Instinto de autopreservação:
• Em desequilíbrio de excesso, compulsivo:

Ansiedade muito alta, com medo de ficar sem dinheiro, sem comida, sem
emprego, sem abrigo. Ansiedade alta e excessos de medo de violência, super-
vigilância, achando que está em risco de vida a todo momento. Ficar mais em
casa, economizar mais energia, preocupar-se em excesso com comida, casa, blusa,
remédios etc. Pensamentos mais “egoístas”, de “garantir o meu primeiro”. Conforto,
segurança financeira, estabilidade de vida como necessidades exageradas.
• Em desequilíbrio de falta, desenergizado:

Coloca a vida em risco com mais facilidade, podendo ser através de direção
em alta velocidade, esportes radicais, andar por locais perigosos sem ter preocupação
ou ansiedade ou nem mesmo perceber isso. Vida e finanças desorganizadas,
estabilidade mais baixa. Mesmo ganhando, o gasto é na mesma medida. Alimentação
menos saudável, falta de rotinas e estruturas, vida desorganizada e mais caótica,
com dificuldade de enxergar risco de vida ou de saúde nas coisas.

Instinto sexual:
• Em desequilíbrio de excesso, compulsivo:

Sexo na pele, explosão, atração intensa, visceral, inconsequente, animal.


Competição com outras pessoas para ser “o preferido” de alguém, ciúmes
desequilibrados, sensações de posse ou de abandono profundo, vontade de fundir-
se com o outro, podendo abandonar-se para isso, sentindo uma dor visceral na
separação energética. Aventureiro, busca novas experiências sensoriais e prazer
físico e energético. Ataque aos rivais, batendo de frente; competição para ser o
melhor, predador dos outros.

• Em desequilíbrio de falta, desenergizado:

Falta de tesão pelos outros, pela vida e por projetos novos. Menos energia
de atração, sentindo-se uma pessoal menos atraente. Menos energia vital e baixa
competitividade. Menor nível de “combate” e enfrentamento, podendo lutar menos
pelas coisas que quer ou que são suas, deixando-as ir mais facilmente. Menos conflito
com os outros. Menos guerra. Menos ambição.

Instinto social:
• Em desequilíbrio de excesso, compulsivo:

Dá excesso de importância ao fato de ter status na sociedade ou nos meios


sociais em que convive. Precisa fazer parte, ter um papel importante, ser influente,
visto, reconhecido pelos outros. Muita preocupação com a imagem perante o grupo.
Fofocas, jogos de poder, alianças e associações contra outros grupos. Política.
Tendência a “sacrificar-se” para cuidar dos outros, para cumprir seu papel no grupo.
Vontades do grupo superam as “minhas próprias”, desequilibra-se para tornar-se
um “mártir”, se fazer alguém importante e admirado no grupo.

• Em desequilíbrio de falta, desenergizado:

Pouca noção política ou de adequação social, podendo perder a noção de


como comportar-se em comunidades e empresas, sem perceber os jogos políticos
inerentes a qualquer comunidade. Tendência a se rebelar contra regras coletivas, a
não se envolver com políticas, associações e eventos comunitários, e desinteresse
por temas que envolvam sacrifícios pessoais em projetos sociais ou em nome de
terceiros. Sensação de que não tem poder de mudar as coisas coletivas, que não se
sente bem ali, e por isso foge desse meio justificando que ele não é importante ou
relevante, que pode ser uma “ilha” e viver sem interagir com os outros. Por outro
lado, a consciência alta e os níveis de vibração mais sutis e equilibrados dessas
energias através de nossos instintos animais são assim definidos:

Instinto de autopreservação: proteção adequada da própria vida,


organizando suas estruturas e cuidando bem de si mesmo, da saúde do seu corpo,
e tendo reservas adequadas financeiras, de alimento, de abrigo e de proteção.
Um corpo e uma vida prática saudáveis, estruturados, equilibrados, que servem
como base para uma vida terrena onde a prática espiritual pode ser incorporada,
encarnada, sustentável.

Instinto sexual: sexualidade saudável e cheia de vitalidade. Juventude


energética, força para buscar seus ideais e materializar no mundo sua missão. Uma
energia sexual que flui em êxtase pela vida. Uma energia capaz de elevar a união e
fusão mística com “Deus” e com a espiritualidade.

Instinto social: capacidade de viver em comunhão e comunidade, se


protegendo, se ajudando, compartilhando, cuidando uns dos outros. Doação de
parte de si, equilibrada, para que toda a comunidade esteja melhor, para que os
filhos dessa comunidade e as novas gerações possam viver em um lugar melhor.
Comunicação efetiva, influência, associações, parcerias, negociações, atuações em
rede e em comunidades.

No Núcleo da Consciência® atuamos de várias formas para que os processos


de cura e elevação da consciência possam acontecer nestas energias instintivas de
cada pessoa. Por serem energias viscerais, grudadas na célula, ligadas ao cérebro
reptiliano, são necessárias também abordagens “animais”, vivenciais, viscerais,
como, por exemplo, técnicas de respiração e rebirthing, regressões e ressignificações
de traumas desta e de outras vidas, EFT (Emotion Freedom Technique) e outras
técnicas de dessensibilização de traumas, constelações familiares aplicadas às
heranças instintivas, praticas de Presença, reprogramações mentais e muitas técnicas
envolvendo as várias formas de conhecimento que compõem o Eneaocoaching®, em
especial nosso programa de imersão chamado Eneacoaching® - Cura dos Instintos.
Também organizamos, dentro da metodologia de elevação do ponto da consciência
do corpo, conhecimentos ligados a todas as formas de equilíbrio, saúde, vitalização e
sutilização das energias do nosso corpo. Alimentação mais vegetariana e de origem
natural, práticas de yoga, Presença, meditação, Tai-Chi, práticas de esportes, e muito mais.
A elevação da consciência do corpo demanda muitas esferas e vertentes,
com certeza não abordadas neste curto texto. A integração de todas essas formas
rumo à educação desta esfera da consciência é o objetivo e a jornada específica deste
primeiro ponto –lembrando que, claro, ele interage a todo momento com as outras
6 dimensões da Jornada da Consciência: Coração, Mente, Família, Organizações,
Gaia e Cosmos.
Consciência do coração
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Seguimos agora para o mundo das águas, das emoções e sentimentos que são
sintonizados pelo nosso coração energético, trazendo para nós as experiências do
centro cardíaco de inteligência.
Assim como as outras dimensões da consciência, nosso coração pode vibrar
em consciência mais alta, sutil, ou vibrar em consciências mais baixas, densas.
A experiência humana contém uma infinidade de dores, mágoas e tristezas
em sua alma coletiva e nas almas individuais. Vivemos no planeta dos dramas
emocionais, onde grande parte do nosso desafio de elevação da consciência envolve
as curas e desenvolvimentos necessários em nossas energias emocionais.
Um dos conceitos centrais do Eneagrama das Personalidades é conceito de
Paixões. Paixões são formas de sofrimento do coração humano. Emoções densas que
se repetem em nós com muita frequência e intensidade, de forma automática, das
quais nos tornamos viciados emocionalmente.
Esse conceito deriva de um ensinamento antigo dos Padres do Deserto,
grupos de Padres místicos e estudiosos dos primeiros anos do cristianismo. Um de
seus estudos centrais envolvia o conceito de Harmatia, que significava “errar o alvo
em direção a Deus”. Para eles, era muito importante entender como o ser humano
errava sua experiência em direção a Deus, para que pudesse nomeá-la, reconhecê-la
em si e, assim, se dar conta que precisaria desapegar, abandonar essa experiência,
pois ela necessariamente o faria errar o alvo da alma.
As Harmatias deram origem aos Pecados Capitais, que inicialmente eram
nove: Preguiça, Ira, Orgulho, Vaidade, Inveja, Avareza, Medo, Gula e Luxúria.
Era importante na prática espiritual reconhecer exatamente o que cada um desses
nove pecados fazia no coração humano, não para que houvesse alguma forma
de punição externa de Deus, mas para entender que, se o nosso coração estivesse
experimentando alguma daquelas emoções, necessariamente já estava em sofrimento,
já estava errando o alvo e, de certa forma, já estava no inferno.
O Eneagrama do Núcleo da Consciência® mapeia e nomeia nove Paixões
principais na experiência emocional humana de baixa consciência, que derivam do
conceito dos nove pecados originais.

Paixões do
coração
• IRA: o coração que experimenta a raiva, mistura com mágoa e ressentimento.
• ORGULHO: o coração que infla se achando mais importante que as outras
pessoas, que não precisa de ajuda, considerando-se acima das limitações das
condições humanas, travestido em roupagem de humildade.
• VAIDADE: o coração que infla se considerando o centro de tudo e todas as
coisas.
• HIPERSENSIBILIDADE: o coração melancólico, hipersensível, apegado às
emoções de vazio e em uma experiência de vítima.
• AVAREZA: o coração que se contrai, se recolhe, se congela e não fica disponível
para sentir as emoções suas e dos outros.
• ANSIEDADE: o coração que pulsa de medo, que respira curto e sente
“fraqueza nas pernas”.
• GULA: o coração faminto que não consegue se preencher, em desespero por
não sentir a profundidade do momento presente e, também, eufórico de medo deste
vazio.
• LUXÚRIA: o coração ferido que se cobre de armaduras, que ataca para se
defender por medo de ser traído novamente.
• DESENGAJAMENTO: o coração que sente preguiça da vida, que se
desengaja de suas fortes sensações, tornando suas experiências emocionais mornas
e sem intensidade.
Quando nosso coração está experimentando alguma destas emoções mais
densas, as Paixões no caso, estamos necessariamente em sofrimento. E para não
sentir esse imenso sofrimento no centro do peito, que por ser denso se torna físico
e sensorial, nossa máquina da personalidade desvia a nossa atenção, nos torna
insensíveis em coração, para nos proteger destas dores. Raríssimas são as pessoas
que sentem de fato essas experiências no coração. A maioria age mecanicamente,
transforma essas emoções em movimento do corpo, e consegue se autoenganar
sobre seu próprio desespero.
Além das nove Paixões, existe uma infinidade de outras curas e
desenvolvimentos que são necessários neste ponto da consciência do coração.
Especialmente na infância, experimentamos carências, dores, abandonos, vergonhas,
vazios, medos e tristezas de múltiplas formas. Traumas, expectativas não realizadas,
perdas fundamentais e as próprias dores do crescimento como ser humano. É
fundamental que haja muita cura destas experiências mais densas antes que nosso
coração possa se sutilizar e sintonizar os sentimentos mais elevados, mais “próximos
de Deus”.
No Núcleo da Consciência® muitas são as técnicas usadas para as
curas e desenvolvimento do coração. Uma primeira limpeza envolve processos
psicoterapêuticos, regressões e técnicas da Programação Neurolinguística (PNL
Sistêmica) como mudança de estória pessoal e Reimprint, técnicas de ressignificação
associadas a sessões de hipnose ericksoniana, técnicas de respiração e constelação
familiar aplicadas às curas do coração e os processos de acolhimento e sustentação
de nossa criança interna ferida.
No livro “Eneagrama e PNL”, descrevo uma técnica aplicada ao Tipo 2 do
Eneagrama chamada de “Acolhendo Sentimentos Difíceis”, criada pela famosa
terapeuta familiar Virginia Satir, que particularmente acho umas das mais valiosas em
muitos processos de cura do coração. Também em meu livro “Hipnose Ericksoniana
- Palavras que Curam”, apresento uma série de técnicas hipnóticas extremamente
efetivas no auxílio das curas do coração, incluindo ressignificações, metáforas de
cura, scripts de induções e muito mais.
Uma vez limpos das dores emocionais mais grosseiras, frutos, em sua maioria,
de experiências de dor na infância ou até mesmo repetidas de vidas passadas,
podemos incluir também o processo mais profundo de transmutação das Paixões
em Virtudes. Virtudes são sentimentos elevados, arquetípicos, agraciados a nós pelo
Divino e que podemos sintonizar mais e mais nossos corações quando estes estão mais
curados e sensíveis, vibrando em frequências mais sutis. Essa prática fundamental
de desenvolvimento espiritual, tão central em muitas das filosofias e religiões, é o
ponto tratado em nosso programa de formação chamado Eneacoaching® Espiritual.
O Eneagrama do Núcleo da Consciência® mapeia e nomeia nove Virtudes
principais que o coração humano pode sintonizar emocionalmente, quando aberto,
vulnerável, sensível e sutil.

Virtudes do
coração

• SERENIDADE: o coração sereno, em paz com a vida como ela é.


• HUMILDADE: o coração reverente ao sagrado, que reconhece seu pequeno
tamanho e se põe a serviço genuíno do criador.
• VERACIDADE: o coração que sabe, sente e assume profundamente a verdade
de quem é.
• EQUANIMIDADE: o coração em calma e equilíbrio com tudo ao seu redor,
que vivencia as emoções deixando-as ir e vir em seu tempo natural.
• ABUNDÂNCIA (NÃO APEGO): o coração aberto sendo atravessado por
todos os fluxos de sentimentos da vida, em retenção, sem proteção e sem apego.
• CORAGEM: Cor (coração); Age (agir). O coração que age com firmeza e força
ao seu chamado de alma, com ou sem medo.
• SOBRIEDADE: o coração sóbrio, que degusta profundamente o momento
presente, sem desespero e em profunda gratidão.
• INOCÊNCIA: o coração vulnerável, entregue, rendido e suave.
• ENGAJAMENTO: o coração vibrante pela própria vida, que leva o corpo a
agir na direção certa do crescimento da alma.
Muitos são os caminhos de cura e consciência do coração. Muitas são as
lágrimas que correm neste processo, para todos nós.
Também a importância de se praticar as Virtudes, de abrir espaço em si
mesmo para receber a Graça Divina, de tomar a gratidão como uma prática diária e
disciplinada.
As experiências de doação, de curar os corações dos outros, que nos aproximam
do altruísmo e de nosso próprio preenchimento.
Embora estejamos falando aqui de experiências mais individuais, nós curamos
uns aos outros, assim como machucamos uns aos outros, o tempo todo. O coração
cresce na experiência das relações.
Sempre lembrando, lá no fundo, que apenas o Amor cura.
Que possamos, como humanidade, mais e mais nos abrir para a experiência
divina do Amor.

Consciência da mente
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Seguindo agora para o mundo do ar, para o alto das montanhas, entramos
nos domínios das energias da Mente.
A mente distorcida, em consciência baixa, é caótica como o furacão. Milhares
de pensamentos involuntários surgem na cabeça todos os dias, vozes que falam,
discutem, se atropelam. Uma mente que tenta entender tudo, conhecer tudo, se
prevenir para que o futuro não guarde surpresas ou pregue peças. Uma mente
soberba que acredita que seus pensamentos são formas superiores às emoções ou
às sensações, que se perdem da intuição dos anjos em meio a tanto barulho. Uma
mente que perdeu a certeza de que está sendo guiada pelo eu superior, pelo Divino e
passa a calcular em excesso, planejar, duvidar, iludir-se de que suas projeções e suas
prevenções do futuro vão garantir um andar pela vida de forma segura.
Em meu livro “O Anjo e o Líder”, o anjo Jophiel vem das estrelas para
ajudar Mario, o presidente de uma grande multinacional, a fazer uma jornada de
crescimento espiritual. Logo nos primeiros capítulos, ele esclarece a Mario que, antes
de levá-lo para os mundos superiores em projeções astrais durante o sonho, para
que pudesse aprender e se desenvolver, Mario deveria, entre outras coisas, aquietar
a sua mente. Jophiel explica que a mente é como um rádio, que pode sintonizar
diferentes estações, a maioria delas muito barulhenta. E para sintonizar a música
dos anjos, a intuição superior, silêncio e desapego ainda deveriam ser praticados por
Mario.
A mente em consciência baixa é também povoada de crenças e conceitos
fechados, certezas absolutas, pontos de vista fixados, conceitos de “certo” e “errado”
que parecem absolutos, mas que na verdade são apenas estórias particulares, modos
particulares e individuais de ver as coisas.
A mente densa tem muitos pensamentos e conceitos repetitivos. Estórias
que chamamos de “verdades”, mas que nem nossas são. Herdamos de nossos
pais, que herdaram de seus pais. Herdamos de nossa cultura social. Repetimos e
brigamos para estarmos “certos” em conceitos que raramente são de fato nossos,
mas sim repetições de interpretações feitas por outros que vieram antes de nós e
que assumimos como certezas, em sua maioria, antes dos nossos sete anos de vida.
Não sabemos que temos nossas mentes já programadas. Realmente acreditamos que
temos pensamentos livres. Talvez ele possa ser livre do ponto de vista externo, mas
raramente é livre e fresco do ponto de vista interno.
Conduzindo programas de identificação e transformação de crenças no Brasil
e exterior por mais de dez anos, pude interagir com os desafios de milhares de
pessoas em busca de compreender suas próprias crenças inconscientes e o porquê
de suas estórias de vida se repetirem sem parar, mesmo não as desejando mais.
Regressões profundas nos levam a crenças como “Eu não mereço ser feliz”,
“Eu não mereço viver pois...”, “Eu não sou capaz”, “Eu não consigo”, “Se eu tiver
sucesso algo de ruim vai acontecer”, “A vida é difícil e sempre me dou mal...”, “Eu
não mereço ser amado”, na maioria das vezes. Pessoas que racionalmente sequer
achavam que acreditavam nisso, mas lá no fundo de sua programação central de
infância já estavam estes conceitos, definindo comportamentos, estórias e tomadas
de decisões importantes em suas vidas.
O Eneagrama do Núcleo da Consciência® mapeia e nomeia nove Fixações
Mentais principais que povoam a mente humana em sua consciência mais baixa.
Visões de mundo fixadas, crenças assumidas como verdades, lentes pelas quais
nossas mentes olham a vida e sequer percebem.

Fixações da
mente

1) JULGAMENTO: a mente que julga e prejulga a todo momento.


2) ADULAÇÃO: a mente que elogia, agrada e manipula.
3) AUTOENGANO (ILUSÃO): a mente que se ilude de quem realmente é.
4) FANTASIA: a mente melancólica que romantiza a falta.
5) ESCASSEZ: a mente avarenta que vive do pouco, calcula e economiza.
6) DÚVIDA: a mente cética, que perdeu a fé na intuição.
7) ANTECIPAÇÃO POSITIVA: a mente que foge pensando em coisas positivas.
8) OBJETIFICAÇÃO: a mente que torna a vida excessivamente concreta e pragmática.
9) RUMINAÇÃO: a mente que masca pensamentos de distração da realidade
como quem masca um chiclete por horas e fio.
Por outro lado, a mente em consciência alta, em vibrações elevadas e sutis,
é silenciosa, intuitiva. Não repete conceitos e nem assume verdades. Entra em
meditação e observa o que se apresenta, sem julgamentos, sem eleições, apenas
aceita o que vem.
A mente de consciência alta fecha os olhos e permite que a intuição do
silêncio sintonize entendimentos divinos, conhecimentos diretos, grandes insights
poderosos e simples. Entende agora de um jeito que nunca entendeu antes, escuta o
sopro e deixa-se expressar em voz ou escrita conceitos que nos fazem compreender,
que transformam o completo em simples, que nos iluminam, que nos guiam e nos
orientam.
O Eneagrama do Núcleo da Consciência® mapeia e nomeia nove aspectos
da Mente Iluminada, experiências espirituais sintonizadas através de nosso centro
mental desperto e receptivo.

Mente
iluminada

1) SANTA PERFEIÇÃO (ACEITAÇÃO): a mente que enxerga a perfeição divina


em tudo o que é, acontece, compreende e aceita em paz.
2) SANTA VONTADE: a mente que compreende amorosamente, aceita a
vontade do universo maior e o livre arbítrio de todas as pessoas.
3) SANTA ESPERANÇA (FLUXO): a mente que compreende que tudo no
universo se desdobra sem que o meu pequeno ego precise apressar o rio, sintonizando-
se ao ritmo e à sincronicidade de todas as coisas.
4) SANTA BELEZA: a mente que vê a Beleza de Deus em todas as coisas da
vida, especialmente as mais simples e mundanas.
5) SANTA CLAREZA: a mente que vê tudo, claramente, entende de forma
simples porque recebeu a compreensão que veio do alto.
6) SANTA FÉ: a mente que crê na orientação que vem do alto, sem hesitação e
sem comprovações.
7) SANTA OBRA: a mente que consegue ver a “obra de Deus” em tudo o que se
apresenta, se rende ao seu plano sem interferir.
8) SANTA VERDADE: a mente que compreende a sutileza por detrás de toda a
matéria concreta do universo, vê além da Matrix.
9) SANTA UNIÃO: a mente que vê a união de tudo e de todas as coisas,
compreende que só existe um.

O trabalho de reconhecimento em si mesmo das atuações das nove fixações


na mente, sua prática, desapego e de sintonia da mente aos nove aspectos da mente
iluminada, é uma das práticas centrais de desenvolvimento espiritual do Eneagrama
do Núcleo da Consciência®, presente em muitos dos programas de formação.
O mesmo vale para todas as técnicas de reprogramação mental e transformações
de crenças oriundas da PNL Sistêmica e da psicologia positiva, quando se trata do
trabalho mais inicial necessário na mente do buscador que ainda precisa de faxinas
mais grosseiras em sua mente.
E finalmente, em um estágio de consciência mais sutil, as práticas profundas
de Presença, Mindfulness e meditação em suas mais variadas formas, vislumbrando
silêncio, desapego e abrindo espaço para manifestações da mente de Deus em
sintonia com a minha mente humana.

Consciência familiar
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Um salto quântico em complexidade e refinamento da vida acontece a partir


deste ponto. Na imagem da Jornada da Consciência acima vemos uma grande
passagem, um portal que leva da Jornada da Consciência Individual (corpo, coração
e mente) para a Jornada da Consciência Coletiva (famílias e organizações), e não é
a toa que a força mais requerida neste ponto de passagem é a força do amor. O amor
que transcende a mim mesmo, e que faz o “eu” tornar-se “nós”.
O sangue, o espírito, o carma, a missão e a jornada de alma de uma família
estão entrelaçados desde tempo imemoriáveis. Vidas e mais vidas, e um palco, uma
situação, uma convivência que permite a experiência de diferenças e afinidades tão
profundas que, em consciência elevada, frequentemente podem se tornar as maiores
e mais desafiadoras oportunidades de cura e crescimento que as consciências
individuais podem experimentar em uma existência.
A família é também a primeira célula da grande família humana. A cura e a
consciência das pequenas famílias é o movimento em direção à cura e à consciência
da humanidade como um só corpo, um só coração, uma só mente e um só espírito.
Do ponto de vista da evolução, temos agora um organismo muito mais
complexo - assim como um órgão de nosso corpo é mais complexo do que as células
que o formam, assim como o nosso corpo inteiro é mais complexo que apenas um
órgão isoladamente. Sistemas ligados a sistemas, mais e mais partes, cada vez mais
complexas, tornando-se um só novo ser um passo mais perto de Deus, que é o grande
Ser, composto por tudo e todas as coisas (lembro sempre que uso a palavra “Deus”
em sua forma poética, com profundo respeito a todas as crenças, significando o
Grande Espírito, a Grande Inteligência, O Amor Supremo, O Grande Mistério, A
Deusa, o Tao etc.). Importante ressaltar que, sim, o órgão tem uma complexidade
maior do que as células, mas não é mais importante do que elas porque, sem elas, ele
mesmo não existiria. Ser mais ou menos complexo não significa ser mais ou menos
importante. Todos os seres são infinitamente sagrados em seus microcosmos como
parte da Grande Alma e da Grande Teia da vida.
Uma família é um Ser coletivo, uma alma coletiva. Podemos dizer que cada
família tem um coração diferente, a despeito das individualidades das pessoas.
Sabemos que há famílias que carregam dores e dificuldades cármicas há gerações,
assim como há outras que carregam bênçãos e talentos, geração após geração.
O que torna uma família um único Ser?
O seu corpo, através da ligação de sangue e das ligações energéticas dos
corpos sutis que formam uma teia física; um corpo sujeito a todos os pontos que
falamos no passo um da Jornada da Consciência, a Consciência do Corpo.
O coração de uma família, e todas as ligações emocionais que unem estas
pessoas, é o que une esta família a outras famílias e aos seus povos de origem,
famílias ainda maiores. Sentimos as dores e os amores de quem amamos e de quem
desamamos em nossas famílias, seja nesta geração ou em muitas gerações anteriores.
Trazemos essa família em nossos corações, quer queiramos ou não. Existe um só
grande coração do qual fazemos parte, sujeito também a todos os processos da
consciência do coração, que abordamos na etapa dois da Jornada da Consciência.
Como um Ser físico, emocional, mental e energético, essa família também
pode espiralar a sua consciência coletiva para baixo ou para cima. Pode ser um Ser
de vibrações mais altas, mais sutis, e de consciência mais elevada. Pode ser também
um Ser de vibrações mais lentas, mais densas, e de consciência mais baixa.
O primeiro elemento fundamental de educação e elevação da consciência em
uma família é a relação entre os pais. Aqui tratarei da relação de um casal homem-
mulher nos moldes de uma família tradicional apenas para fins didáticos desta
explicação, sabendo que o conceito em si da saúde e das curas desta relação vale
igualmente para casais do mesmo sexo, famílias compostas por pais separados,
novos casamentos, e todas as formas de organização que esta alma familiar pode
assumir.
Existe fundamentalmente, na herança da alma coletiva da humanidade, uma
grande disputa entre as energias masculina e feminina. Existem ainda ódios, guerras,
ressentimentos e carências que vêm de muito longe. Quando nascemos homens,
trazemos em nosso campo energético uma pitada de violência, de dominação,
de subjugação pela força, como se tivéssemos inveja do coração, da beleza e da
sensibilidade das mulheres. Como se Deus tivesse tirado isso de nós e só nos resta,
então, possuir o que não temos, pela força, aterrorizar. No fundo, estamos sofrendo.
Sentimos muita falta dessa parte sensível e bela em nossos corações. Temos dores de
batalhas, dores de “ter que ser forte”. Nosso masculino já nasce muito ferido.
Da mesma forma o feminino já nasce muito ferido. Expor a sexualidade
e a beleza representou, por eras e mais eras, receber a violência, a dominação, a
escravidão, a subjugação pela força e a repressão das relações com a magia da Mãe
Terra. A magia das plantas, das flores, das danças sensuais apenas como expressão
da felicidade de alma. Estamos em um mundo onde ainda as mulheres ganham
menores salários, são perseguidas, violentadas, assassinadas, invejadas por homens
feridos e violentos, e muitas vezes, endurecem-se, se anulam e se fecham, em
proteção.
É impossível negar que as famílias refletem profundamente esta dinâmica,
em graus mais ou menos conscientes. O masculino sagrado, curado, é forte e gentil,
e projeta firmeza, autoridade e proteção aos filhos com muito equilíbrio, assim como
projeta segurança, proteção e apoio à sua mulher, sem dominação nem violência. O
propósito da espada é proteger a beleza da flor, como disse o anjo Jophiel, em meu
livro “O Anjo e o Líder”.
O feminino curado, sagrado, é espontâneo, dança à luz da lua, beija, cuida,
traz o amor, o carinho e a arte. Demonstra aos filhos que a vida dá uma segunda
chance, que é compassiva e amorosa com nossos espíritos, mesmo nos momentos
mais difíceis. A beleza da flor acende nossos corações.
As dores e o grau de consciência da relação entre as energias femininas e
masculinas do espirito de uma família se reflete profundamente em sua consciência
coletiva. Reflete-se na relação dos pais e se reflete nos filhos.
Essa é uma cura interna a ser feita primeiramente dentro de cada um dos
pais, podendo usar a sua relação romântica e sexual como palco para esta cura.
Cada um precisará curar, dentro de si, ambas energias, harmonizar esta luta interna.
Curar em si masculino e feminino e, a partir daí, transbordar essa cura em acordos,
comunicação assertiva e amorosa, e compromissos em sua relação com o parceiro
ou parceira. É preciso curar e elevar a consciência da instituição casamento (usando
aqui a palavra para designar o compromisso entre as duas pessoas) muito antes de
podermos, de fato, elevar as consciências familiares. Essa cura é urgente e prioritária
neste momento do tempo.
Como vimos no ponto um da Jornada da Consciência, a Consciência do
Corpo, a maioria da humanidade ainda é dominada por sua parte animal instintiva.
Sendo assim, entramos nas relações a dois para satisfazer os nossos instintos: é isso
que a maioria das pessoas busca num parceiro, consciente ou inconscientemente. Se
o meu instinto de autopreservação é alto, busco estabilidade, segurança e proteção.
Se o meu instinto sexual é alto, busco sexo, intensidade, aventura, novidade e
energia. Se o meu instinto social é alto, busco influência, pertencimento, um papel
comunitário, status, uma causa.
E assim temos casamentos com cada um estando ali para satisfazer as
suas necessidades. O mesmo vale para as necessidades emocionais, que vimos no
ponto dois, a Consciência do Coração. Carência, abandono, autoestima e outras
necessidades do nosso coração incompleto.
Como seria, ao invés disso, entrarmos nas relações com foco naquilo que
podemos doar nesta relação, entregar de nós, praticar? Fazermos dela um palco e
um compromisso para que eu, dia após dia, possa entregar o que tenho de melhor
para ela, e me melhorar por ela.
Aí falamos de pessoas conscientes, premissas para relações conscientes.
Pessoas inteiras são premissas para relações inteiras.
Veja que se esta dinâmica na relação dos pais não tem consciência alta, o
núcleo familiar inteiro sofre esta consequência, e limita a evolução da consciência
naquela família.
E este é apenas um dos elementos de cura dentro de uma família.
Existe também a relação dos pais para com os filhos. Sendo pai de dois
meninos, sinto que, do ponto de vista educacional, estas é uma das maiores falhas
em nossa sociedade. É muito difícil ser pai ou mãe. Não para que nossos filhos
sobrevivam ou ganhem dinheiro, mas para que eles sejam espíritos profundamente
conscientes e felizes, inteiros, emocionalmente completos, e que naveguem muito
bem também no mundo material.
Os pais são, por si só, em sua maioria, crianças muito feridas, agindo com
linguagem e adaptação social de adultos. São crianças cuidando de crianças. Crianças
grandes que, elas mesmas, não possuem cura, consciência e autoconhecimento
suficientes para lidar com as suas próprias sombras, crenças e dores. Como poderiam
fazer isso para seus filhos? Como poderiam dar a eles o que não tiveram e o que
não sabem fazer? Dão a eles, sim, o amor, a exaustão, mas também projetam suas
carências, inseguranças, incertezas, medo e solidão. Quem cuida desses pais? Pais
precisam ser cuidados e apoiados psicologicamente de uma forma urgente. É preciso
que a nossa sociedade reconheça que precisamos cuidar e formar esses pais, como
premissa para uma humanidade saudável.
E não é isso que temos. O corpo humano está preparado biologicamente para
ter filhos por volta dos 15 anos. O ser humano bem intencionado e educado só vai
encontrar um pouco mais de maturidade e preenchimento de si mesmo depois dos
40 anos, quando isso acontece.
Precisamos cuidar de nossas crianças feridas, as pequeninas e as grandes. É
fundamental o trabalho de elevação da consciência e cura da relação desses adultos
pais com os seus pais, e depois o desdobramento dessa relação curada em seus
papéis de pais nesta família.
Há alguns anos venho atuando como mentor de psicólogos, professores,
coaches parentais e pedagogos para a construção de uma metodologia que use a
educação da consciência e os conhecimentos do Eneagrama da consciência para
a educação emocional e psicológica de crianças e dos pais. Tenho a alegria de
apoiar os professores na escola dos meus filhos e de assistir a sessão semanal de
desenvolvimento com eneagrama que eles fazem com a ajuda de uma pedagoga,
professora de eneagrama, PNL e consteladora familiar. Todos nós fazemos
psicoterapia - os dois filhos, pai e a mãe - e adoramos. Somos gratos à oportunidade
de termos o desenvolvimento humano no centro da prioridade de nossa família.
Seguimos assim a outro ponto importante na consciência familiar: famílias
são times, e times têm objetivos, querem vencer, e conhecem os talentos, as fraquezas
e a posição exata para cada um dos seus jogadores.
Famílias têm missão. Acredito profundamente que minha família tem
uma missão profunda com a educação e com o desenvolvimento humano. Sou
filho de dois professores. Minha esposa é terapeuta corporal energética e uma
das organizadoras dos retiros e dos cuidados com os participantes do Núcleo da
Consciência. Meus filhos conhecem o Eneagrama, conhecem meus alunos, fazem
práticas de aterramento, constelação, e falamos de espiritualidade e felicidade
abertamente todos os dias, assim como falamos de dinheiro, matemática, geografia
e assistimos comédias bestas na TV, tudo com o mesmo amor.
Quais são talentos que vêm em sua família geração após geração? Você os
recebe como benção ou os nega?
Quais os elementos pelos quais começar o desenvolvimento da consciência em
sua família? Constelação familiar? Psicoterapia? Práticas de agradecimento? Práticas
de felicidade? Livros? Autoconhecimento? Conversas? Viagens com propósito?
Sei que muito pouco foi falado ainda neste e-book sobre as formas de
diagnóstico e elevação da consciência em uma família. Estamos organizando aos
poucos essa informação no Núcleo da Consciência® e em breve disponibilizaremos
guias de quais ferramentas usar e quando usar. O que for possível para a cura e a
consciência desta pequena célula do espírito da humanidade chamada família.
Pequena em tamanho, mas imensa na importância da construção da grandeza
em nosso espírito e em nossa jornada humana.

Consciência organizacional
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As organizações também são almas coletivas e vivem um momento crucial


em seu processo de cura e elevação da consciência.
Quando comecei a dar consultoria e treinamentos de desenvolvimento de
lideranças nas organizações, há quase 15 anos, o solo era bem menos fértil. Já utilizava
o Eneagrama e uma série de outras ferramentas de autoconhecimento e consciência.
Era comum eu ter que medir minhas palavras, disfarçar minha linguagem e precisar
tomar muitos cuidados em minhas interações com as áreas de recursos humanos,
educação corporativa e com a alta gestão organizacional, para que nosso trabalho
não fosse visto como uma ameaça aos medos inconscientes daquelas pessoas e
daquelas organizações. As pessoas eram tímidas para assumir o autoconhecimento.
Poucas vinham falar comigo nos intervalos dos treinamentos. Tudo parecia
distante do que parecia ser o “mundo real”.
Sou apaixonado pelo tema do desenvolvimento profundo da consciência das
lideranças e das culturas organizacionais. Acredito que um líder faz muita diferença.
Gandhi, Martin Lutter King, Mandela. Ou mesmo os líderes de organizações que
influenciam milhares de pessoas em suas decisões. Ou mesmo os líderes das
pequenas equipes, de cinco pessoas, que tocam com sua ação, inspirando, sendo
exemplo e dando oportunidade de crescimento aos liderados. Estes o fazem em suas
casas, com seus filhos, e o milagre do amor acontece. O mundo está sendo curado,
em especial o coração daquele próprio líder.
Acredito na força da ação e do compromisso. Para mim, construir o mundo
que queremos envolve também competência, metas, eficiência, equipes engajadas,
liderança, prosperidade, sacrifícios e muito trabalho. Muitas organizações e muitos
líderes já trazem em si a benção desses talentos, apenas não sabem a serviço de que
ou de quem usar tudo isso.
É importante reconhecer que a era onde o trabalho significa uma luta por
sobrevivência, receber ordens autoritárias, detestar o que se faz repetitivamente
e sem propósito, buscar status executivo para suprir vazio e baixo senso de valor
em sua alma, trucidar de forma predatória concorrentes, pessoas e o planeta para
dominar as finanças mundiais, tudo isso já está na hora de ficar para trás. É chegada
a hora de uma nova era de consciência nas organizações.
Organizações conscientes conhecem o seu propósito no mundo. Sabem para
que existem e qual o seu papel sagrado na construção de um mundo de consciência
mais alto. Sabem sua responsabilidade, sabem sua entrega, amam o que fazem,
querem colaborar, prestar serviço.
Organizações conscientes envolvem as pessoas e as fazem sentir pertencente
a um time que busca um propósito, uma visão e uma missão maiores. “Elevar o
nível de consciência da humanidade” é o propósito do Núcleo da Consciência®.
Promover a cura, a consciência e a educação. Sou apaixonado por este propósito e
muitas pessoas também são. Podemos fazer isso juntos, nos unir em volta de uma
mesma organização ou de organizações irmãs, em uma rede planetária, que busca
o mesmo caminho. “Organizar a informação do planeta” é o propósito do Google.
Considero sagrado, quero contribuir. “Prover alimentação saudável e sustentável”
é o propósito da Whole Foods, uma das organizações pioneiras no movimento do
capitalismo consciente.
Em seu livro “Reiventando as Organizações”, onde propõe os cinco
estágios da consciência das organizações, Frederic Laloux pontua: “Toda vez que a
humanidade muda para um novo estágio de consciência, as organizações também
evoluem e desenvolvem novas formas de se estruturar e gerenciar para lidar com
níveis maiores de complexidade”.
Acredito que é isso e muito mais. Acredito que as organizações têm alma e
são seres vivos. Que elas têm um propósito espiritual no planeta e desejam cumprir
esse propósito. Que são emanações da vontade que vem do alto de que tudo cresça,
espirale para cima. Em meu livro “O Anjo e o Líder”, Mario é o presidente de uma
grande empresa, ainda bastante inconsciente. Jophiel, o anjo, desce do mundo dos
anjos para propor a Mario uma aliança entre o mundo dos homens e o mundo
celestial. Ele ajudaria Mario em sua jornada de alma e Mario o ajudaria conduzindo
sua organização a um novo estágio de consciência, pois sim, esse era o desejo do
mundo dos anjos.
Acredito que o mundo está hoje com centro de uma grande transição
planetária, que é reflexo do que já está acontecendo no mundo espiritual, ou seja,
na origem invisível de todas as coisas. Acredito que está havendo uma elevação da
frequência vibratória em nosso universo e que isso, por simples lei de ressonância,
está se refletindo drasticamente no mundo da matéria. Consciências individuais e
coletivas estão sendo puxadas para cima, puxadas para se transformar. Da mesma
forma, aqueles que optam por manterem-se uma frequência mais densa, mais
associada ao medo, controle e ignorância, se seguram e tentam resistir cada vez mais,
mas não há alternativa nesta passagem do tempo, ficarão apenas neste planeta físico
e espiritual aqueles que estiverem em sintonia com a nova música. É um tempo de
ruptura, de choques, de desabar de velhas estruturas. Pode gerar medo sim, mas
pode também gerar leveza, benção, se fizermos bem a nossa lição de casa de termos
a coragem de nos render ao novo, de nos render a sermos guiados pela consciência
que vem do alto.
Essa elevação vibratória vai se refletir no estágio da consciência dos líderes
das organizações, assim como aconteceu com Mario em “O Anjo e o Líder”. Ele teve
que enfrentar suas sombras, tornar seu coração vulnerável, entregar-se a ser guiado
pelo plano maior.
Refletirá também na cultura organizacional. Formas de comunicação,
métodos e ferramentas de gestão, estrutura de times, equipes, remuneração, relação
com clientes, investidores, sociedade e muito, muito mais.
Frederic Laloux em “Reiventando as Organizações” fala dos cinco estágios
das organizações.
• Vermelhas: estágio da consciência do planeta 10.000 anos atrás. Comando
e autoridade. Divisão específica do trabalho. Líder autoritário, o líder da matilha.
Organizações tribais, milícias, máfias, gangues, etc.
• Âmbar: estágio da consciência do planeta 1000 anos atrás. Papéis formais.
Hierarquia e organograma bem definidos. Processos claros e rígidos. Visão de
longo prazo. Organização na forma do exército, com cadeia de comando e postos
de autoridade. Organizações como os militares, a igreja católica e muitas escolas
públicas.
• Laranja: estágio da consciência do planeta 100 anos atrás. Meritocracia,
produção em escala, inovação, responsabilidade pela função, mentalidade de eficácia
e funcionamento como uma máquina. As organizações multinacionais do século XX
com seus executivos super-remunerados.
• Verde: estágio da consciência humana desde 10 anos atrás. Empoderamento
dos funcionários, cultura baseada em valores, modelo de parcerias, liderança-
coaching. Organizações como a Southwest Airlines e a Ben & Jerry´s.
• Teal (azuis): estágio da consciência humana emergindo neste momento.
Autogestão e equipes envolvidas em projetos, movidas por propósito e com papéis
flutuantes. Conhecimento, decisão e poder distribuídos na rede. Integralidade entre
vida pessoal, profissional, interna e externa. Mentalidade de organismo vivo, de
comunidade. Organizações como a Buurtzorg e Patagônia. Holocracia.

Podemos citar ainda o movimento da consciência verde, que dentro do


modelo do Núcleo da Consciência®, estamos falando da relação das organizações
com a Consciência de Gaia, a mãe Terra. Sustentabilidade, plástico zero, elevação da
consciência do seu impacto e de ser parte de um organismo maior, vivo, chamado
planeta e humanidade, tanto no nível físico quando espiritual.
As organizações do capitalismo consciente e também a certificação do Sistema
B, todas revelam movimentos que de estruturas materiais e filosóficas que estão se
adequando ao novo padrão vibratório do planeta. Na própria descrição do Sistema
B: “um MOVIMENTO GLOBAL que pretende redefinir o conceito de sucesso nos
negócios e identificar empresas que utilizem seu poder de mercado para solucionar
algum tema SOCIAL E AMBIENTAL”.
Eu quero fazer parte de uma empresa dessas. A maioria dos jovens das
novas gerações só aceitam consumir e participar se for em uma empresa dessas,
verdadeiramente.
A consciência individual cada vez mais elevada puxa o sistema para cima. As
organizações puxam e ao mesmo tempo são puxadas. E todos que se entregam ao
plano maior, assistem o ruir das velhas estruturas, nossos desejos de alma de refletir
na matéria, os desejos mais fundos de nosso espírito imortal, que é chamado pela
eternidade ao amor, à harmonia e à participação na construção da nova era de ouro.
Uma nova era dentro de nós e fora de nós, em nossos corações, em nossas
cidades e empresas.
Convido a todos a darem as boas-vindas ao movimento de elevação da
consciência e de espiritualização das organizações e de suas lideranças.
Este é um dos grandes chamados do Núcleo da Consciência® e queremos
que você faça parte.
Consciência de gaia
Clique e assista a live de Nicolai Cursino sobre a consciência de gaia.
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Essa grande consciência viva que chamamos de Gaia é um grande espírito.


É a mãe Terra (com “T” maiúsculo), que usa um veículo, um corpo material, um
planeta feito de terra (com “t” minúsculo), também como forma de “encarnação”, de
manifestação material para sua evolução.
É um Ser amoroso, feminino, que eleva sua consciência encontrando formas
mais e mais elevadas de equilíbrio entre suas energias, sua matéria, e todas as formas
de vida de todos os seus filhos e filhas (florestas, lagos, animais de todas as espécies,
humanos, águas, ventos etc.).
Neste sexto ponto da Jornada da Consciência, a Consciência de Gaia, damos
mais um salto quântico em complexidade deste Ser vivo, assim como na imensa teia
de seres vivos a ele conectados - cada um deles cada vez mais consciente. Muitas
células formam o corpo, uma consciência mais complexa. Muitas pessoas formam
uma família ou uma organização, uma consciência bem mais complexa. Muitos
sistemas, infinitas formas de vida, infinitas e diversas manifestações de energia,
formam Gaia, a grande mãe, ela mesmo um Ser vivo consciente.
Como Ser vivo, podemos falar do corpo de Gaia, assim como no passo um
da Jornada, a Consciência do Corpo. Um corpo, um planeta, também é formado
de energias naturais de autopreservação e proteção de si, sexuais e de destruição e
construção, sociais e agrupamentos e organizações. Um corpo que também nasce
caótico e, transformado através do fogo por bilhões de anos, resfria seus instintos
selvagens e recebe a suavidade e a fluidez da água, permite a vida, e permite a
expressão das emoções, dos nascimentos, do coração. Leva seus ares de um lado
para o outro, reage ao seu desequilíbrio com furacões, calor e derretimento das neves
dos polos.
No início da Jornada da Consciência, é necessária, em especial, a força que
chamamos de Liderança. É preciso nossa vontade, nosso esforço e nosso protagonismo
para assumirmos os processos de elevação da consciência em nosso corpo, coração e
mente. Em seguida, entra força do Amor onde, através da compaixão e da comunhão
com os outros, transcendemos para o coletivo, para as famílias e as organizações.
Ainda assim, como seres humanos, podemos atuar para a elevação da consciência
nas famílias e nas organizações.
Neste novo ponto, saímos da Jornada da Alma Coletiva e entramos na
Jornada da Alma Universal. O salto em complexidade é tão grande que nós, seres
humanos, já somos muito pequenos para atuar para a elevação da consciência
de Gaia ou Cósmica. Não podemos fazer isso, somos muito pequenos. Estes são
espíritos e consciências infinitamente mais inteligentes, complexos e antigos do que
nós. Seria como um bebê querer dar diretrizes a seus pais, ou muito mais do que
isso.
E, ainda assim, podemos dizer que os bebês mudam os pais, não mudam?
Não porque nos dão diretrizes, não porque lideramos o processo, mas
porque nos rendemos a ele. Na etapa da Jornada da Alma Universal, cabe a nós,
seres humanos, elevarmos a nossa consciência através da relação com esta grande
consciência, Gaia, ou nos rendendo à sua inteligência e amorosidade. Somos filhos
de sua teia, nos cabe receber sua prosperidade, e encontrarmos o nosso lugar
equilibrado de filhos.
O xamanismo, para mim, foi fundamental para que pudesse me reconhecer
novamente como um filho do espírito da mãe Terra, para que eu pudesse abrir o meu
coração para sentir esse amor, para que eu pudesse abrir meu coração para sentir o
amor pelos outros seres filhos da Terra, meus irmãos, e para que eu novamente me
reconhecesse como parte única dessa teia de sangue que nos une.
O xamanismo trabalha todas as formas de curas nativas, que envolvem dar
de volta ao nosso corpo, coração, mente e espírito, o equilíbrio que os traz de volta
a saúde. A mãe é quem cura. Ervas, águas limpas, a harmonia com os seus ciclos, o
amor que sentimos pelos bichos. A paz que é trazida quando vamos ao parque, ao
mar ou a uma cachoeira no final de semana, ou quando sentimos a brisa do silêncio
no alto das montanhas, ou o calor do sol. Todos os remédios vêm da própria Terra,
pois dela vem o nosso corpo. O que aconteceu para que o ser humano se afastasse
tanto da própria mãe?
Afastar-se da mãe traz tristeza, solidão e abandono, e assim aconteceu
com as civilizações modernas. A vida cinzenta é uma doença da humanidade, um
afastamento do espírito da mãe. Assim é a queimação de carvão e o aquecimento
global, as ilhas de plástico nos oceanos, os mares de apartamentos e buzinas, a pressa
que não nos dá tempo de olhar para o céu.
A consciência de Gaia nos chama a voltarmos para a harmonia com os ciclos
da vida. Há tempo para plantar e há tempo para colher. Dançamos no verão e nos
recolhemos no inverno. Começamos a morrer para o novo no outono e florescemos
na primavera.
O homem moderno ficou surdo para seus ciclos de bicho, de filho da grande
mãe. Ficou apressado e ansioso. Sente tristeza e não sabe de onde vem. Sente alegria
perto da mata, das águas, dos bichos, e não se dá conta disso. Esqueceu-se que é um
deles.
Sustentabilidade é uma forma de elevação da consciência de Gaia nos
humanos. Percebemos a teia, o grande sistema, e agimos assim mais equilibradamente,
aumentando nossa compaixão para com tudo, assim como nosso entendimento de
que o desequilíbrio de Gaia é por fim o nosso desequilíbrio, porque somos filhos.
Como fica um bebê na barriga da mãe quando esta fica doente, solitária, nervosa,
com medo?
Ao mesmo tempo em que a própria Terra segue seu caminho rumo a níveis
de vibração mais e mais elevados, nós nos adaptamos escolhendo elevarmos
nossa consciência e amorosidade em relação a ela, em relação aos filhos dela, nos
equilibrando cada vez mais com tudo e com todos, limpando os nossos corpos
físicos, amando nossas águas e bichos.
E, acima de tudo, em meditação e dança, reverenciando, sentindo a mãe. Da
forma que pudermos.
Ahow grande Mãe.
Te amo. Te cuido. Te agradeço.
Consciência cósmica
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Termos consciência de que somos parte de um cosmos de infinito tamanho é


parte da elevação da nossa consciência cósmica.
Somos tão pequenos, e muitas vezes nos esquecemos disso. Às vezes é
importante nos darmos conta, mesmo que teoricamente, dos números do universo.
Nosso planeta é grande, não é? Depende. É pequeno perto do tamanho do
nosso sol, que por sua vez é muito pequeno perto de milhões ou bilhões de outras
estrelas.
Júpiter nos parece longe? Nossa galáxia inteira é um cisco no universo.
Existem bilhões iguais a ela ou maiores. Não fazemos a menor ideia de quem somos,
não sabemos nada sobre o nosso universo (ou nossos multiversos), não temos ação
nenhuma, controle nenhum, não conseguiremos parar um cometa se ele resolver vir
em nossa direção, nada poderemos fazer quando o sol resolver se apagar.
Toda a história desse planeta em seus cinco bilhões de anos é um cisco de
tempo na história de nosso universo. Toda a história da jornada humana neste
planeta em suas centenas de milhares de anos é insignificante perto do tempo da
Terra, que é insignificante perto do tempo do cosmos. Isso se é que existe tal coisa
chamada tempo, ou é mais uma das ilusões que sofremos por sermos tão pequenos,
tão vulneráveis, com tão pouco conhecimento e sabedoria sobre as coisas.
Sou filho de um matemático e um engenheiro formado na USP. Dava aulas
preparatórias de física e matemática para o vestibular do ITA - Instituto Tecnológico
de Aeronáutica - aos 19 anos, depois de ter sido aprovado em seu vestibular,
considerado o mais difícil do país na área de exatas. Meu pai fez seu mestrado e
doutorado na área de trajetória de foguetes e, então, ele via o espaço como matemática
pura. É possível imaginar o quanto o pensamento matemático faz parte de mim.
Quando fiz o primeiro mapa astral sério de minha vida, estava em transição
de carreira, saindo de área de negociações internacionais da Embraer, para fundar
uma escola de treinamento e desenvolvimento humano fortemente baseada em
autoconhecimento. Fiquei encantado com a ajuda que aquele mapa me deu naquele
momento do tempo, com as orientações, compreensões e ajuda para tomada de
decisões. Comecei a me dar conta mais fortemente da influência que recebemos
a todo momento do cosmos, e que raramente nos damos conta. Passei um ano
me orientando pelas revoluções, e prestando atenção nas influências daqueles
momentos, para que eu pudesse ser cada vez mais consciente das minhas reações,
escolhas, sentimentos, pensamentos e sensações.
Foi quando aprendi sobre influências básicas do cosmos, como vemos todos
os dias. A gravidade da lua que puxa as marés todos os dias, interfere no nascimento,
na menstruação. Se isso acontece com as águas do oceano, não aconteceria com as
águas dentro de nós? Nossos corpos são formados basicamente de água.
O homem rural sabe a lua certa para plantar e para colher. O caiçara sabe a
lua certa para pescar. E até mesmo nós, e todos os outros animais, temos nossa vida
influenciada todos os dias pelo astro Sol, e mudamos quando ele se vai na noite, ou
quando ele se vem no dia.
Se a pequena gravidade da lua assim nos afeta, por que não nos afetariam
na verdade todos os astros no sistema solar? Há planetas muito maiores do que ela,
cada com suas qualidades e energias diferentes.
Como em uma constelação sistêmica, estamos ligados ao todo e somos
afetados por tudo, sabendo ou não. Cada pessoa, cada representante daquele sistema
nos afeta ao elevar nossa consciência. Vamos nos dando conta de que há uma lógica
mágica nesse movimento dos sistemas, das coincidências.
Nós estamos e vivemos sempre dentro de uma grande constelação sistêmica,
interagindo e sendo afetados por todos os astros solares, e não nos damos conta disso.
A astrologia séria é um conhecimento maravilhoso para elevar nossa consciência em
relação a essas influências, e assim elevamos nosso autoconhecimento e escolhemos
com mais domínio.
Eu acredito que, assim como a Terra, cada astro no céu tem um espírito e é um
Ser consciente. Sei que este é um conceito maluco para a maioria das pessoas, mas eu
realmente sinto isso em minhas meditações profundas, que posso me relacionar com
estas consciências, com estas energias, e receber muito delas.
Nesses últimos anos de condução de nossas formações em Eneacoaching®,
aprendi a me render profundamente aos mistérios. Foram anos aumentando minha
sensibilidade em relação à percepção dos campos energéticos que se apresentavam
na sala nos diferentes momentos, podendo aos poucos reconhecê-los, atribuir
qualidades a eles e, até mesmo, com o tempo, solicitar sua presença quando assim
fosse útil para os trabalhos de cura e consciência necessários naquele momento.
Em meu livro “O Anjo e o Lider” falo muito sobre a presença de Jophiel, o
anjo amarelo. Pude sentir muitas vezes a presença dos anjos e até mesmo ver suas
cores, imagens e símbolos. Da mesma forma pude sentir muitas vezes as presenças
de energias xamânicas, energias emocionais de cura, energias mentais de iluminação
e meditação, e de muitos seres, a ponto de poder reconhecer na mandala do
Eneagrama a frequência vibratória de cada uma dessas energias nos nove diferentes
pontos, nos diferentes níveis da espiral da consciência, e muito mais. O engenheiro
que se rendeu ao invisível e que, ainda assim, aprecia entender o funcionamento
da máquina do cosmos. Definitivamente o bruxo e o engenheiro, o consultor de
liderança e o curador xamânico, após tantos anos, finalmente encontraram paz em
mim.
Uma das presenças que sempre me intrigaram foi a presença de campos
energéticos de extraterrestres. No princípio eu não sabia reconhecer, até começar
a receber instruções, equações matemáticas, ver símbolos, máquinas tecnológicas e
muito mais. Eram povos diferentes, vinham de lugares diferentes. Uns tecnológicos,
outros mais simplistas e curadores. Uns com formatos parecidos aos nossos humanos,
outros completamente diferentes.
Anjos, extraterrestres e energias elementais da terra, da água, do fogo e do ar.
Se eu conversasse comigo mesmo há vinte anos atrás, em meus tempos de faculdade,
mesmo sendo sempre um curioso, nada nisso faria sentido para mim.
Eu não sentia nada, apenas via o que entendia.
A descrição da parte dessa minha jornada de vida é apenas uma forma de
contar como a minha consciência cósmica aumentou. E como sei que não sei nada. E
como sei que não sabemos de absolutamente nada ainda. Mas que podemos aprender,
que podemos nos relacionar com todos os nossos irmãos cósmicos de formas
diferentes, sejam eles seres, planetas, energias. Está muito além da possiblidade de
nossa compreensão mental.
E no fim da linha, todas essas inteligências juntas, todos os sistemas, talvez
formem um único ser vivo, um “Universo Autoconsciente”, como no livro do físico
quântico Amit Goswami e talvez seja a quem chamamos de Deus.
Seríamos nós partes do próprio Deus?
Somos nós os criadores de universo que parecemos ser apenas partes?
Não sei e sei que jamais saberei.
Mas entendo que nesse nível de consciência quem atua é a força do Surrender
(rendição) ao plano maior, da confiança de ser guiado, da confiança de ser amado, de
ser imortal, de fazer tudo nesse exato momento, ao mesmo tempo em que tudo isso
sempre esteve pronto.
Imaginem o dia que trouxermos essas questões cósmicas de volta ao centro
dos nossos estudos nas escolas? Como faziam os gregos?
Sinto que essa faz parte da minha missão e também da missão do Núcleo da
Consciência®.
Através dos ensinamentos dos mistérios de forma moderna, vamos evoluir
em direção ao Santo Amor, à Santa Iluminação, e à Santa União.
Que assim seja.
Seja bem-vindo à Jornada da Consciência.

Nicolai Cursino
Outubro de 2019.
Nicolai Cursino dedica sua vida à Expansão de Consciência da Humanidade.

Dono de um compromisso inegociável com a Espiritualidade e com o Conhecimento,


acredita em uma nova Era de Educação para o Planeta. Uma Educação baseada em Consciência,
Amor e Comunidade.

Como professor, autor e treinador internacional de Eneagrama, já ensinou diretamente para


mais de 15.000 pessoas ao redor do mundo. Seus vídeos de Eneagrama no Youtube já atingiram
mais de 1 milhão de views e seu aplicativo, o “Eneagrama para Líderes” (oferecido gratuitamente
em português e inglês em Android e IOS) conta com mais de 100.000 downloads em mais de 40
países.

Sua metodologia une uma série de experiências, incluindo o contato com os trabalhos de
Russ Hudson (Enneagram Institute EUA), a certificação como professor pela Escola de Tradição
Narrativa (Helen Palmer e David Daniels), e a certificação como trainer pelo Enneagram in Business
(Ginger Lapd-Bogda), além de conhecimentos do sufismo, do Eneagrama de Gurdjieff e do
cristianimo gnóstico.

Inclui também diversas participações em conferências da IEA (International Enneagram


Association) nos EUA, da qual é membro profissional e também um dos fundadores da IEA Brasil
(afiliada brasileira), além de professor e apresentador em diversos dos congressos brasileiros da
IEA e também na International Enneagram Summit 2019 (Portugal), a conferência europeia do
Eneagrama.

É também pesquisador e desenvolvedor de uma série de novas abordagens de


transformação através do Eneagrama. Em 2010 criou a metodologia exclusiva chamada
Eneacoaching® (marca registrada no Brasil), combinando diversas formas e manifestações
do Eneagrama com técnicas da Bioenergética, Terapia Corporal, Mindfulness, PNL Sistêmica,
Coaching, Constelação, Hipnose Ericksoniana, Xamanismo, além dos trabalhos corporativos
envolvendo liderança e cultura organizacional.

É autor dos livros “Eneagrama para Líderes” (Enneagram For Leaders - versão em
inglês disponível na Amazon), “O Anjo e o Líder” (The Angel and the Leader - versão em inglês
disponível na Amazon) , e “Hipnose Ericksoniana - Palavras que Curam”. É também coordenador
e co-autor dos livros “Coaching com Eneagrama”, “Eneagrama e PNL” e “Coaching com Hipnose”.

Engenheiro formado pela Universidade de São Paulo (USP) , foi profissional da EMBRAER
na área de relações internacionais com autoridades governamentais. Participou e liderou missões
em diversos países, incluindo EUA, Canadá, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália e Grécia,
tendo vivido também na França, Espanha e Austrália. Em 2007 fundou a Iluminatta Escola de
Transformação, onde atuou até outubro de 2019.

É treinador de PNL Sistêmica pela Neuro-Linguistic Programming University - EUA


(Robert Dilts), Coach certificado pela International Coaching Community (ICC), Treinador de
Liderança Situacional pelo Ken Blanchard Institute e especialista em Design de Academias de
Liderança e Educação Corporativa.

Desenvolve programas de Liderança (Incluindo C-Level e Executive Board) e


Transformação Cultural e Digital em grandes organizações há mais de dez anos, incluindo: Natura
(Brasil), Engie, Portugal Telecom, Itau, Vivo, Unilever, Embraer, e muitas outras.

Idealizador do Núcleo da Consciência e Presidente da Sociedade Brasileira de Eneagrama.


Mora em Mogi das Cruzes, SP, onde nasceu, por escolha e amor. Filho da Dona Erli e do Seu Juca
Cursino. Marido realizado da Tais. Papai do Gael (8 anos) e do Benicio (6 anos).
www.nucleodaconsciencia.com.br

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