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SUMÁRIO
1- REAÇÕES INORGÂNICAS .............................................................................................................................. 5
1.1- Equação química ....................................................................................................................................... 5
1.2- Leis das reações químicas: ........................................................................................................................ 7
1.3- Tipos de reações químicas......................................................................................................................... 8
2- CÁLCULOS QUÍMICOS ................................................................................................................................ 10
2.1- Unidade de massa atômica ..................................................................................................................... 10
2.2- Massa atômica (MA) ............................................................................................................................... 11
2.3- Massa atômica de um elemento ............................................................................................................. 11
2.4- Massa molecular (MM) ........................................................................................................................... 12
2.5- Mol e constante de avogadro.................................................................................................................. 14
2.6- Massa molar ............................................................................................................................................ 15
2.7- Conversão de massa em quantidade de matéria ou substância ............................................................. 16
2.8- Volume molar .......................................................................................................................................... 16
3- SOLUÇÕES .................................................................................................................................................. 18
3.1- Tipos de soluções .................................................................................................................................... 19
3.2- Concentração de soluções....................................................................................................................... 20
3.3- Diluição das soluções .............................................................................................................................. 22
4- O ESTUDO DOS GASES ............................................................................................................................... 25
4.1- Tranformação isocórica ou isovolumétrica ............................................................................................. 25
4.2- Transformação isobárica ......................................................................................................................... 26
4.3- Transformação isotérmica ....................................................................................................................... 26
4.4- Equação de clapeyron ............................................................................................................................. 27
4.5- Teoria cinética dos gases ......................................................................................................................... 27
4.6- Densidade absoluta dos gases ................................................................................................................. 28
5- TERMOQUÍMICA ........................................................................................................................................ 30
5.1- Estado físico e variação de entalpia ........................................................................................................ 31
5.2- Calores nas reações químicas .................................................................................................................. 31
6- QUÍMICA ORGÂNICA ................................................................................................................................. 35
6.1- Classificação das cadeias carbônicas ....................................................................................................... 35
6.2- Hibridização............................................................................................................................................. 37

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6.3- As cadeias carbônicas .............................................................................................................................. 37
6.4- Funções orgânicas e suas nomenclaturas ............................................................................................... 40
7- FUNÇÕES HIDRÓXILADAS .......................................................................................................................... 47
7.1- Função: álcool (R - OH) ............................................................................................................................ 47
7.2- Função: Enol (R - OH) .............................................................................................................................. 48
7.3- Função: Fenol (Ar - OH) ........................................................................................................................... 48
7.4- Função: ácido carboxílico (R - COOH) ...................................................................................................... 49
8- FUNÇÕES OXIGENADAS ............................................................................................................................. 51
8.1- Função: aldeído (R - CHO) ....................................................................................................................... 51
8.2- Função: cetona (R – CO - R) ..................................................................................................................... 51
8.3- Função: éter (R – O - R) ........................................................................................................................... 52
8.4- Função: éster (R – COO - R) ..................................................................................................................... 52
9- FUNÇÕES NITROGENADAS ........................................................................................................................ 54
9.1- Função: aminas (R – NH2) ........................................................................................................................ 54
9.2- Função: amidas (R – CONH2) ................................................................................................................... 54
9.3- Função: nitrocompostos (R – NO2) .......................................................................................................... 55

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1- REAÇÕES INORGÂNICAS

1.1- Equação química

Quando houver uma transformação química, esta poderá vir representada por uma
equação química. Mas o que é uma equação química? A seguir apresentamos uma
definição simples:
Uma equação química é a representação qualitativa e quantitativa de uma reação
química.
Essas equações sempre apresentam uma estrutura em que as fórmulas moleculares
ou unitárias das substâncias iniciais (reagentes) são escritas do lado esquerdo da seta e as
fórmulas das substâncias finais (produtos) são escritas do lado direito da seta:
Reagentes → Produtos
1º membro 2º membro

Por exemplo, imagine que o gás hidrogênio reaja com o gás oxigênio para formar a água. A
equação química simplificada que representa essa reação é dada por:
H2 + O2 → H2O
Escrita desse modo a equação química mostrou-nos o aspecto qualitativo da reação,
ou seja, quais foram as substâncias que reagiram e que foram produzidas. Existem símbolos
que podem ser acrescentados na equação que indicam outros aspectos qualitativos. Veja
alguns deles:
* Indicação do estado físico das substâncias ou soluções participantes da reação:
- gás = (g);
- vapor (v);
- líquido (l);
- moléculas ou íons em solução aquosa (aq);
- sólido (s)
- cristal (c);
- precipitado (ppt).

Exemplo: C2H6O(l) + O2(g) → CO2(g) + H2O(v)

* Indicação de que houve aquecimento: O símbolo Δ virá em cima da seta.


* Desprendimento de gases: Haverá uma seta na diagonal voltada para o lado direito ao
lado da substância gasosa. * Fórmulas químicas: As fórmulas moleculares ou unitárias (no
caso de compostos iônicos) indicam não só quais são os elementos que estão nas
substâncias e que participam das reações, mas também a quantidade de átomos de cada
elemento. Isso é mostrado pelo índice, ou seja, pelo número subscrito (fica no canto inferior
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direito do símbolo do elemento). Quando o índice é igual a 1, ele não precisa ser escrito.
Exemplos:
H2O: há dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio;
C2H6O: há dois átomos de carbono, seis átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio;
Al(OH)3: há um átomo de alumínio, três átomos de oxigênio e três átomos de hidrogênio;
Ca(H2PO4)3: há um átomo de cálcio, seis átomos de hidrogênio (2 . 3), três átomos de fósforo
(1 . 3) e doze átomos de oxigênio (4 . 3).

Observe que nos dois últimos exemplos, para descobrir a quantidade real de átomos
na molécula, foi preciso multiplicar o índice que estava do lado de fora do parênteses pelos
índices dos elementos de dentro. Assim:

Índices entre parênteses


* Coeficientes: números que aparecem escritos na frente da substância na reação. Veja um
exemplo de equação química em que os coeficientes estão em destaque:
2 H2 + 1 O2 → 2 H2O
Os coeficientes mostram a proporção estequiométrica em que os reagentes reagem e
a quantidade de produtos. Nesse caso, quer dizer que, para cada molécula de O2, são
necessárias duas moléculas de H2 para formar duas moléculas de água.
Outro aspecto quantitativo importante que as equações químicas devem transmitir
segue a Lei de Lavoisier, também conhecida como Lei de Conservação das Massas, que diz
que, em uma reação com sistema fechado, a massa total dos produtos é igual à dos
reagentes. Isso quer dizer que, em uma equação química, o número total de átomos dos
reagentes deve ser igual ao número total de átomos dos produtos. Quando isso
acontece, dizemos que a reação está balanceada.
O balanceamento de equações químicas é um recurso muito utilizado na Química,
principalmente em Estequiometria, Termoquímica, Cinética Química e Mistura de Soluções.
Por intermédio do balanceamento, temos uma noção sobre a quantidade de matéria de cada
um dos componentes da equação. De forma prática, realizar o balanceamento de uma
equação química é igualar a quantidade dos átomos dos elementos presentes nos
reagentes com a quantidade desses mesmos átomos dos elementos presentes nos
produtos.
O recurso que utilizamos para realizar o balanceamento de uma equação química é a
utilização de números inteiros, denominados de coeficientes, posicionados sempre à
esquerda da fórmula da substância, seja ela do produto, seja do reagente.
Convencionalmente, sempre utilizamos os menores números inteiros possíveis. Veja a
representação a seguir:
aA + bB → cC
As letras a, b e c representam os números (coeficientes) que tornam a equação balanceada.
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Como o balanceamento de equações é feito sempre por tentativa, não existem regras
específicas que nos ajudem. Todavia, algumas orientações podem ser úteis.
Orientações para o balanceamento de equações
 Sempre iniciar o balanceamento pela maior fórmula. Entende-se como maior fórmula aquela
que apresenta a maior quantidade de átomos. Por exemplo, na fórmula da água (H 2O),
temos a presença de três átomos;
 Colocar o coeficiente 1 na maior fórmula encontrada;
 Observar a quantidade de átomos de um elemento específico nessa fórmula utilizada como
ponto de partida e posicionar o coeficiente que deixa a mesma quantidade dele no produto;
 Todo coeficiente multiplica todas as quantidades de átomos presentes na fórmula.

1.2- Leis das reações químicas:

- Lei da conservação da Massa, de Lavoisier:


Esta lei foi elaborada, em 1774, pelo químico francês Antoine Laurent Lavoisier. Os
estudos experimentais realizados por Lavoisier levaram-no a concluir que numa reação
química, que se processa num sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual
à soma das massas dos produtos:
m (reagentes) = m (produtos)

Assim, por exemplo, quando 2 gramas de hidrogênio reagem com 16 gramas de


oxigênio verifica-se a formação de 18 gramas de água; quando 12 gramas de carbono
reagem com 32 gramas de oxigênio ocorre a formação de 44 gramas de gás carbônico.
Essa lei, inclusive, incorporou-se aos "saberes populares", sendo frequentemente enunciada
como:
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."

- Lei das proporções constantes (lei de Proust):


Esta lei foi elaborada, em 1797, pelo químico Joseph Louis Proust. Ele verificou que as
massas dos reagentes e as massas dos produtos que participam de uma reação química
obedecem sempre a uma proporção constante. Esta proporção é característica de cada
reação e independente da quantidade das substâncias que são colocadas para reagir.
Assim, para a reação entre, por exemplo, hidrogênio e carbono formando nitrogênio,
os seguintes valores experimentais podem ser obtidos:
hidrogênio (g) carbono (g) nitrogênio (g)
30 60 120
8 16 32
2 2 4

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Observe que para cada reação, a massa do produto é igual à massa dos reagentes, o
que concorda com a lei de Lavoisier.
No caso das reações de síntese, isto é, aquelas que originam uma substância, a partir
de seus elementos constituintes, o enunciado da lei de Proust pode ser o seguinte:

Resumindo: A proporção, em massa, dos elementos que participam da composição de uma


substância é sempre constante e independe do processo químico pelo qual a substância é
obtida.

1.3- Tipos de reações químicas

3.4 Tipos de Reações Químicas:


As reações químicas são classificadas em quatro tipos:
1. Síntese ou combinação;
2. Análise ou decomposição;
3. Simples-troca ou deslocamento;
4. Dupla-troca ou metátese.
- Síntese ou adição: é a reação onde duas ou mais substâncias reagem para se transformar
em uma. Exemplos:
C + O2 → CO2
CaO + H2O → Ca(OH)2

• Análise ou decomposição: é a reação onde uma substância se divide em duas ou mais


substâncias de estrutura mais simples.
Exemplos:
2AgBr → 2Ag + Br2
2Cu(NO3)2 → 2CuO + 4NO2 + O2

• Simples-troca ou deslocamento: é a reação onde uma substância simples troca de lugar


com um elemento de uma substância composta, se transformando em uma nova substância
simples.
Exemplos:
Zn + H2SO4 → ZnSO4 + H2
Fe + CuSO4 → FeSO4 + Cu
Dupla-troca : é a reação onde duas substâncias compostas reagem e trocam seus
elementos, se transformando em duas substâncias também compostas.
Exemplos:
HCl + NaOH → NaCl + H2O
FeS + 2HCl → FeCl2 + H2S
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2- CÁLCULOS QUÍMICOS
Antes de se entender o conceito de massa atômica, é necessário ter bem claro o
conceito de medida de uma grandeza. A medida de uma grandeza é feita por comparação
com uma grandeza padrão convenientemente escolhida. Assim, a medida da massa de um
corpo é feita comparando-se a sua massa com a massa de um padrão convenientemente
escolhido.
O quilograma (kg) é um padrão muito utilizado para exprimir a massa dos corpos. Por
exemplo, quando dizemos que uma pessoa pesa 70kg, isto é, tem massa igual a 70kg,
significa que essa pessoa tem a massa 70 vezes maior que a massa padrão de 1kg.
Nem sempre o quilograma é um padrão conveniente. Para indicar a massa de um
grão de areia, é mais conveniente utilizar como padrão a massa de 1 miligrama (mg). Deste
modo, é mais conveniente referir-se à massa de um grão de areia por 2mg do que expressar
sua massa por 0,000002kg. O quilograma também não e um padrão conveniente para
exprimir a massa de um navio. Nesse caso, a tonelada é um padrão mais conveniente.
Para exprimir a massa de um átomo, o padrão miligrama (mg) não é conveniente, pois
é muito grande.
Apenas como curiosidade, vejamos como ficaria o valor da massa de um átomo de
12C expressa em kg e em mg. m = 2 . 10–26 kg = 2 . 10–20 mg.

2.1- Unidade de massa atômica


Os químicos procuraram um padrão conveniente para exprimir a massa dos átomos.
Em 1962, num Congresso Internacional de Química, foi escolhida a unidade de massa
atômica (u):

Unidade de massa atômica (u) é a massa de 1/12 do átomo de carbono com número
de massa igual a 12 (12C).

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2.2- Massa atômica (MA)

Massa atômica é a massa de um átomo expressa em u. Indica quantas vezes a massa do


átomo é maior que 1/12 da massa do átomo de 12C.

Assim, a massa atômica do 12C é igual a 12u.

Existem métodos experimentais que permitem a determinação da massa atômica com uma
precisão tal que o seu valor pode ser expresso com até seis algarismos significativos,
tais como:

Massa atômica do átomo 24Mg = 23,9847u Massa atômica do átomo 35Cl = 34,997u
Massa atômica do átomo 37Cl = 36,975u Massa atômica do átomo 27Al = 26,9815u

Note que os valores das massas atômicas são muito próximos dos respectivos números de
massa. Quando dizemos, por exemplo, que a massa atômica do átomo 24Mg é igual a 24 u
concluímos que:

Massa de um átomo de 24Mg = 24u


Massa de um átomo de 24Mg = 24 x massa de 1/12 do átomo de 12C

Massa de um átomo de 24Mg = 2 x massa de um átomo de 12C

O átomo de 24Mg pesa duas vezes mais que o átomo de 12C.

2.3- Massa atômica de um elemento

Massa atômica de um elemento é a média ponderada das massas atômicas dos


átomos de seus isótopos constituintes.

Assim, o cloro é formado pelos isótopos 35Cl e 37Cl, na proporção:

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Como a massa atômica de um isótopo é aproximadamente igual ao seu número de massa,
a massa atômica de um elemento é aproximadamente igual à média ponderada dos números
de massa de seus isótopos constituintes. Logo, a massa atômica aproximada do cloro será:

Não existe átomo de Cl com massa igual a 35,5u. Este é o valor médio da massa do
átomo de Cl:
Massa média do átomo de Cl = 35,5u
Massa média do átomo de Cl = 35,5 x massa de 1/12 do átomo de 12C Massa média do
átomo de Cl = 35,5 / 12 x massa do átomo de 12C

A maioria dos elementos é formada por misturas de diferentes isótopos, em


proporção constante.

Dessa maneira, a massa atômica dos elementos é também constante. No caso dos
elementos formados de um único isótopo, a massa atômica do seu único isótopo será
também a massa atômica do elemento.

2.4- Massa molecular (MM)

Massa molecular de uma substância é a massa da molécula dessa substância


expressa em unidades de massa atômica (u).

Numericamente, a massa molecular (MM) é igual à soma das massas atômicas (MA)
de todos os átomos constituintes da molécula.

Exemplo:
12
MA do H = 1u
MA do O = 16u
MM do H2O = 2 x 1 + 16 = 18u

Como a maioria dos elementos é formada por misturas de diferentes isótopos, a


maioria das substâncias é formada por misturas de moléculas com diferentes massas
moleculares.
No caso da água, por exemplo, podemos ter 18 moléculas diferentes de H 2O,
resultantes da combinação dos diferentes isótopos, cujas massas moleculares variam de
18u a 24u.
Observe a constituição isotópica dos elementos hidrogênio e oxigênio:
H1 = 99,98%; H2 = 0,02%; H3 = 10-7%
O16 = 99,76%; O17 = 0,04%; O18 = 0,20%
Desta forma a molécula de H2O com menor massa molecular é 18u, sendo inclusive a
molécula de massa molecular predominante, pois é constituída pelos isótopos de hidrogênio
e oxigênio mais abundantes na natureza. A molécula de H2O com maior massa molecular
corresponde a 24u. Como na mistura isotópica do H e do O há nítida predominância dos
isótopos 1H e 16O, na substância água há nítida predominância de moléculas 1H2O16 e a
massa molecular média da água é muito próxima de 18u. Por isso, podemos afirmar que:

A molécula de água tem massa 18u


12C
A molécula de água tem massa 18 vezes maior que a massa de 1/12 do átomo de A
molécula de água tem massa 1,5 vezes maior que a massa do 12C

12C,
Uma molécula de H2O pesa 18 vezes mais que 1/12 do átomo de isto é, uma
molécula de água pesa 1,5 vezes mais que o átomo de 12C.

A massa atômica do Cl é igual a 35,5u e a massa molecular do Cl2 é igual a 2 . 35,5 = 71,0u.

Assim como não existe átomo de Cl com massa igual a 35,5u, não existe molécula de Cl2
com massa igual a 71,0u; este é o valor médio da massa das moléculas de Cl2. A substância
Cl2 é formada por uma mistura das moléculas:
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Existem moléculas de Cl2 com massas moleculares 70u, 72u e 74u, em proporção tal que a
massa média das moléculas de Cl2 é igual a 71,0u. Conhecendo a massa molecular do Cl2,
podemos afirmar que:

Massa média da molécula Cl2 = 71u


12C
Massa média da molécula Cl2 = 71 x massa de 1/12 do átomo de Massa média da
molécula Cl2 = 71 / 12 x massa do átomo 12C

A rigor, no caso de substâncias iônicas, o termo massa molecular deve ser substituído por
fórmula-massa, pois não existe molécula de substância iônica. Entretanto, na prática,
costuma-se usar a expressão massa molecular também nesses casos.

Embora seja mais correto indicar a unidade (u) nos valores das massas moleculares, na
prática, por uma questão de simplicidade, omite-se a unidade (u).

2.5- Mol e constante de avogadro

De acordo com resolução recente da IUPAC: Mol é a quantidade de matéria que


contém tantas entidades elementares quantos são os átomos de 12C contidos em 0,0 12kg
de 12C.
Constante de Avogadro é o número de átomos de 12C contidos em 0,012kg de 12C. Seu
valor é: 6,02.1023 mol–1.

Assim como uma dúzia são 12 unidades e uma centena são 100 unidades, um mol
são 6,02.1023 unidades.

Exemplos:
• Um mol de carbono (C) significa um mol de átomos de C, ou seja, 6,02 . 1023 átomos
de C. • Um mol de cloro (Cl2) significa um mol de moléculas de Cl2, ou seja, 6,02 . 1023
moléculas de Cl2.

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• Um mol de cloreto de sódio (Na+Cl–) significa um mol de aglomerados iônicos (Na+Cl–
), portanto, 6,02.1023 íons Na+ e 6,02.1023 íons Cl–.

2.6- Massa molar


Massa molar é a massa que contém 6,02.10 23 entidades representadas pela respectiva
fórmula. A unidade mais usada para a massa molar é g.mol–1.

Massa molar de um elemento é a massa de um mol de átomos, ou seja, 6,02.1023 átomos


desse elemento. É numericamente igual à sua massa atômica.

Massa atômica do Cl = 35,5u


Massa molar do Cl = 35,5 g . Mol–1

Interpretação: Um mol de átomos do elemento Cl, ou seja, 6,02 . 1023 átomos do elemento
Cl, pesa 35,5g.

Massa atômica do C = 12,011u


Massa molar do C = 12,011 g . mol–1

Interpretação: Um mol de átomos do elemento C, ou seja, 6,02.1023 átomos de C, pesa


12,011g.

Massa molar de um isótopo é a massa de um mol de átomos desse isótopo, ou seja,


6,02.1023 átomos desse isótopo. A massa molar de um isótopo é numericamente igual à sua
massa atômica.

Massa atômica do 35Cl = 34,997u Massa molar do 35Cl = 34,997 g.mol–1

Interpretação: Um mol de átomos, ou seja, 6,02.1023 átomos do isótopo 35Cl, pesa 34,997g.

Massa atômica do 12C = 12,0000


Massa molar do 12C = 12,0000g.mol–1

Interpretação: Um mol de átomos, ou seja, 6,02.1023 átomos do isótopo 12C, pesa 12,0000g.

Massa molar de uma substância é a massa de um mol de entidades representadas pela


sua fórmula. A massa molar de uma substância é numericamente igual à sua massa
molecular.

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Massa molecular do H2O = 18,0u
Massa molar do H2O = 18,0g.mol–1

Interpretação: Um mol de moléculas, ou seja, 6,02.1023 moléculas de H2O, pesa 18,0g.

Fórmula-massa do Na+Cl– = 58,5u


Massa molar do Na+Cl– = 58,5 g.mol–1

Interpretação: Um mol de aglomerados iônicos (Na+Cl–), ou seja, 6.02.1023 aglomerados


iônicos de (Na+Cl–), pesa 58,5g.

Massa molar de um íon é a massa de um mol de íons, ou seja, 6,02.1023 íons. Massa molar
do Cl– = 35,5g.mol–1

Interpretação: Um mol de íons Cl–, ou seja, 6,02.1023 íons Cl–, pesa 35,5g.
Massa molar do SO42- = 96,0 g.mol–1
Interpretação: Um mol de íons SO42-, ou seja, 6,02.1023 íons SO42- pesa 96,0g.

2.7- Conversão de massa em quantidade de matéria ou


substância

Sendo m a massa de uma substância, expressa em gramas, e sendo M a sua massa


molar, expressa em g/mol, podemos escrever a seguinte proporção:

Massa Quantidade de substância mg –––––––––– n mol Mg –––––––––– 1 mol

2.8- Volume molar


O volume ocupado por um mol de qualquer substância no estado gasoso não depende
do conhecimento dessa substância, mas somente das condições de temperatura e pressão
em que o gás se encontra. Pode-se afirmar isto, pois o mol é um número fixo de unidades
(6,02 x 1023). Então, um mol de qualquer gás contém sempre o mesmo número de moléculas,
por isso dizemos que o volume molar não depende do conhecimento da substância, mas

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sim das condições de temperatura e pressão, às quais a substância está submetida. O
volume molar foi então calculado nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP)
e nestas condições para qualquer gás o volume molar corresponde a 22,4L

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3- SOLUÇÕES
Soluções são as misturas resultantes da união de duas ou mais substâncias
diferentes, que se apresentam obrigatoriamente em uma única fase no seu aspecto visual,
como a água do mar (formada pela associação de água e diferentes sais). Por se tratar de
misturas homogêneas, as soluções são formadas pela associação de pelo menos um
material capaz de ser dissolvido por outro. Esse material dissolvido é denominado soluto, e
o que dissolve é denominado solvente. A água do mar é uma solução em que o solvente é
a água e os sais são os solutos. A propriedade mais importante da matéria nas soluções é
a solubilidade, já que nesse tipo de mistura existe a dissolução de um material por outro.
Porém, vale ressaltar que cada solvente apresenta uma solubilidade para cada tipo de soluto
de acordo com a temperatura, o que é denominado de coeficiente de solubilidade.

3.1- Tipos de soluções

Classificação das soluções quanto ao estado físico do solvente:

 Sólidas: soluções em que o solvente está no estado sólido. Exemplo: ouro 18 quilates;
 Líquidas: soluções em que o solvente está no estado líquido. Exemplo: refrigerante;
 Gasosas: soluções em que o solvente está no estado gasoso. Exemplo: ar atmosférico.

Classificação das soluções quanto à natureza do soluto dissolvido:

 Iônica: é a solução que apresenta um soluto de natureza iônica, ou seja, é capaz de


sofrer o fenômeno da dissociação ou ionização. Exemplo: cloreto de sódio;
 Molecular: é a solução que apresenta um soluto de natureza molecular, ou seja, não é
capaz de sofrer o fenômeno da dissociação ou ionização. Exemplo: glicose.

Para classificar uma solução quanto à saturação, precisamos conhecer o coeficiente de


solubilidade (Cs) do soluto.

Coeficiente ou grau de solubilidade é a máxima


quantidade de soluto que se pode dissolver em
uma massa padrão de solvente, em determinadas
condições de temperatura e pressão.
Existe uma quantidade limite ou máxima de soluto que se dissolve em um solvente. Essa
relação é chamada de coeficiente de solubilidade. Assim, podemos classificar uma solução
de três maneiras:
– Solução insaturada: é a solução em que a quantidade de soluto está abaixo do seu
coeficiente de solubilidade. Ou seja, é possível colocar mais soluto que ainda será dissolvido.

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– Solução saturada: é a solução que apresenta o coeficiente de solubilidade. Nesse caso,
a quantidade de soluto presente é o máximo que se pode obter.
– Solução supersaturada: quando se aquece uma solução saturada com corpo de fundo,
esse soluto vai se dissolver, pois o coeficiente de solubilidade aumenta nessa situação.
Quando a solução esfria, o precipitado volta a se formar.

3.2- Concentração de soluções

1º- Concentração em massa (C) ou comum


Tomemos uma solução de V litros, onde exista uma massa de m1 gramas de soluto. Qual
seria a massa de soluto contida em 1 Litro dessa solução?
V(L) de solução---------m1 (g) de soluto 1 (L) de solução -------C(g) de soluto
A concentração ( C ) indica a massa de soluto contida em um litro de solução e é expressa
em g/L.
C = m1
V
Onde:
C= concentração comum m1 = massa do soluto
V = volume
A unidade da concentração será composta por uma unidade de massa qualquer (mg,
g,kg, t, etc) dividida por uma unidade de volume qualquer (cm3, mL, dm3, L, m3, atc.).
Segundo, o volume que se leva em conta nessa definição não é o volume de solvente usado
para fazer a solução, mas sim o volume da solução.
Vejamos agora a leitura do rótulo identificador de uma solução aquosa contida em um
frasco. No rótulo do frasco vão as seguintes informações:

20
NaOH(aq)
C = 80 g/L
NaOH(aq) indica que a substância dissolvida (soluto) é o NaOH e que o solvente é a
água. C = 80 g/L indica uma solução aquosa de NaOH de concentração igual a 80 g/L.
Interpretação da informação: Existem 80 g de soluto em cada litro de solução.
Exemplo 1:
Qual a concentração ( C ) de uma de brometo de potássio contendo 11,9g em 1L de solução?
Resolução:
C=? m1
m1 = 11,9 g C = ----- C = 11,9 g/L
V=1L V
Portanto em 1L de solução de brometo de potássio há 11,9 g.

2º- MOLARIDADE, CONCENTRAÇÃO MOLAR OU CONCENTRAÇÃO EM


QUANTIDADE DE MATÉRIA
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto e o volume,
em litros, da solução:
n1
M = ------
V
Onde:
n1 = número de mols do soluto V = volume, em litros, da solução = concentração molare
limonada, na qual o açúcar está presente na concentração de 96 g/L?

3º- Título e porcentagem em massa

Chamamos de título de uma solução a razão estabelecida entre a massa do soluto (m 1) e a


massa dessa solução (m), ambas medidas na mesma unidade.
m1 m1
τ = ---------- τ ou
= ----------m
m1 + m2
onde:
m1 = massa de soluto m2 = massa de solvente m = massa da solução (soluto + solvente). τ
= título da solução (número puro, isto é, sem unidade).
Podemos conhecer a porcentagem em massa do soluto na solução fazendo:
% em massa = τ% = 100 . τ

4º- Partes por milhão (ppm) em massa e em volume


21
Para um soluto em concentração muito pequena, o título ou a porcentagem são
números muito pequenos. É comum, nessas situações, o uso da unidade partes por milhão,
representada por ppm, que pode se referir ao título em massa ou ao titulo em volume. A
unidade ppm é útil para expressar a concentração de soluções com baixa concentração.
Para concentrações ainda menores, os químicos empregam as unidades ppb (partes por
bilhão) e ppt (partes por trilhão). É útil lembrar que um milhão é 10 6, um bilhão é 109 e um
trilhão é 1012.

1- PARTE POR MILHÃO EM MASSA


É a massa do soluto, em mg, dissolvida em cada 1 kg de solução ou de solvente ou massa
do soluto, em g, dissolvida em cada 1 tonelada de solução ou de solvente.

“m1” em mg ou g; m em kg ou T

2- PARTE POR MILHÃO EM VOLUME


É o volume do soluto, em mL, dissolvido em cada 1 m3 de solução ou de solvente.

“V1” em mL; “V” em m3

3.3- Diluição das soluções


Diluir uma solução consiste em adicionar a ela uma porção do solvente puro.
Essa operação é denominada diluição da solução. Evidentemente a massa de soluto
(m1) será a mesma na solução inicial e na final; no entanto, a concentração C irá diminuir
para C’, pois o volume aumentou de V para V’. Podemos então calcular:
Para a solução inicial: C = m1/V m1 = C . V , Para a solução final: C’ = m1/V’ m1 = C’
. V’
Uma vez que m1 é constante, temos:
C . V = V’ . C’
Conclusão:
O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
Demonstrações idênticas podem ser feitas para a molaridade e a normalidade.
V . = V’ . e V . N = V’ . N’
Observação:

22
A operação inversa a diluir chama-se concentrar a solução; ela consiste num
aquecimento cuidadoso da solução, de modo que apenas o solvente venha a evaporar
9evidentemente supondo que o soluto não seja volátil). Nesse caso, continuam valendo as
fórmulas matemáticas acima apresentadas.

23
24
4- O ESTUDO DOS GASES
Compressibilidade e expansibilidade são as características principais dos gases.

Gás perfeito ou ideal:


É um gás hipotético cujas moléculas não apresentam volume próprio; Inexistência de
forças coesivas entre suas moléculas; Não sofre mudanças de fase. Variáveis de estado:
Volume ‘V’;
Pressão ‘p’;
Temperatura ‘T’ (Usa-se o Kelvin, por ele ser absoluto).
 Condições normais de pressão e temperatura (CNTP): Temperatura a 0°C (273K) e
pressão à 1atm (760mmHg).
 Uma quantidade de um gás se transforma de estado quando se modificam pelo
menos 2 variáveis de estado.
 Quando se varia 1 dessas grandezas, pelo menos outra automaticamente se altera.

4.1- Tranformação isocórica ou isovolumétrica

O volume ‘V’ é constante.


A pressão ‘p’ e a temperatura ‘T’ variam.
Lei de Charles e Gay-Lussac: Sob volume constante, a pressão e a temperatura de
um gás são diretamente proporcionais.

25
4.2- Transformação isobárica

A pressão ‘p’ é constante.


O volume ‘V’ e a temperatura ‘T’ variam.
Lei de Charles e Gay-Lussac: Sob pressão constante, o volume e a temperatura de
um gás são diretamente proporcionais.

4.3- Transformação isotérmica

A temperatura ‘T’ é constante.


O volume ‘V’ e a pressão ‘p’ variam.
Lei de Boyle: A pressão e o volume, sob uma temperatura constante, de um gás são
inversamente proporcionais.

A curva do gráfico é chamada de ramo de hipérbole eqüilátera.

26
4.4- Equação de clapeyron
As variáveis de estado de um gás ideal estão relacionadas com a quantidade de um
gás.
 é diretamente proporcional ao número ‘n’ de mols de um gás ideal.
 Constante Universal dos gases perfeitos: ‘R’ é uma constante proporcional, igual para
todos os gases, e não uma característica deles:
 Se a pressão estiver em atmosferas (atm), o volume em litros (l) e a temperatura em
Kelvin (K), ‘R’ vale 0 ,082 atm.l/mol.K;
 Se a pressão estiver em Joule (J), o volume em metros cúbicos (m³) e a temperatura
em Kelvin (K), ‘R’ vale 8,31 J/mol.K; Equação de Clapeyron:

Lei Geral dos gases perfeitos:

4.5- Teoria cinética dos gases

Agitação térmica – Movimento desordenado das moléculas.


Modelo microscópico para o gás ideal que explica se comportamento global (as Leis
de Boyle e de Charles).
 1ª Hipótese: As moléculas se encontram em movimento desordenado, regido pelos
princípios fundamentais da Mecânica Newtoniana. Velocidade Média das moléculas:
460m/s.
 2ª Hipótese: As moléculas não exercem força umas sobre as outras, exceto quando
colidem. Entre as colisões elas realizam movimento retilíneo uniforme.
 3ª Hipótese: As colisões das moléculas entre si e contra as paredes do recipiente que
as contém são perfeitamente elásticas e de duração desprezível. Há conservação de
energia cinética e da quantidade de movimento.
 4ª Hipótese: As moléculas têm dimensões desprezíveis em comparação com os
espaços vazios entre elas. O volume do gás é o volume do espaço entre as moléculas,
que é o volume do recipiente onde o gás está.
Os gases ideais se enquadram nesse modelo.
Os gases reais podem aproximar mais ou menos do modelo proposto. Ele aplicase
melhor a baixas pressões e elevadas temperaturas:
27
 Menos pressão significa menor número de moléculas por unidade de volume – Gás
rarefeito;
 Maior temperatura eleva a velocidade média das moléculas.

Conclusões:
Os gases são facilmente compressíveis porque a distância entre as moléculas pode ser
diminuída sem que elas se deformem;
Um gás mistura-se rapidamente a outro gás porque os espaços vazios entre as
moléculas são preenchidas com as moléculas do outro;
Os gases possuem baixa densidade porque seu volume constante consiste apenas
em espaços vazios;
A pressão de um gás é resultado das colisões das moléculas contra a parede do
recipiente.

4.6- Densidade absoluta dos gases


Podemos expressar a lei dos gases ideais em função da densidade. Dessa forma,
podemos calcular a variação de densidade de um gás quando se varia a pressão ou a
temperatura, sem nos preocuparmos com o volume. De acordo com a equação da lei dos
gases acima, podemos reescrevê-la da seguinte maneira:

Na equação acima, notamos que n/V é o número de mols de átomos ou moléculas


por unidade de volume. Assim, para encontrarmos a densidade, basta multiplicarmos n/V
pela massa molecular M do gás em questão. Portanto, multiplicando ambos os lados da
equação pela massa molar do gás, obtemos:

Que diz que a densidade absoluta de um gás é diretamente proporcional à massa


molecular e a pressão é inversamente proporcional à temperatura.
Lembre-se: 1 mol = 6,02 x 1023 moléculas
Massa molecular é a massa de 1 mol de moléculas
1 mol de gás nas CNTP* (0ºC 1atm) ocupa 22,4 litros.
*CNTP – condições normais de temperatura e pressão

28
29
5- TERMOQUÍMICA
A termoquímica é o ramo da Química que estuda as reações através da quantidade
de energia liberada ou absorvida durante o processo reacional. Para saber se um sistema
perde ou ganha energia utilizamos a variação de entalpia, representado pelo ∆H, como
referência. A variação de entalpia é definida como a energia em kJ liberada ou absorvida
quando o número de moles de reagentes indicado pela equação balanceada descreve a
reação completa. A variação de entalpia é calculada da seguinte forma:
∆H= H produtos – H reagentes
Quando a variação de entalpia tem um valor positivo dizemos que a reação é
endotérmica e quando a variação de entalpia é um valor negativo a reação é exotérmica.
Uma reação exotérmica é uma reação que recebe calor do ambiente ao redor. Este tipo de
reação ocorre quando a energia produzida formando ligações é maior do que a energia
necessária para quebrá-las, a partir disso o excesso de calor dessa reação é liberado para
o ambiente. Alguns exemplos desse tipo de reação são: todas as reações de combustão,
por exemplo a queima de combustível.
Já uma reação endotérmica é uma reação que liberal energia, na forma de calor, para o
meio. Ela ocorre quando o calor produzido formando as ligações é menor do que a
quantidade necessária para rompe-las, desta forma o sistema precisa absorver energia do
ambiente para compensar essa deficiência. Alguns exemplos de reação endotérmica são: a
ebulição da água e a fotossíntese.
Podemos também representar graficamente este tipo de reação, conforme mostrado abaixo:

Nas reações endotérmicas a energia começa baixa e aumenta no decorrer da reação.


Nas reações exotérmicas ocorre o inverso, ou seja, a energia começa alta e acaba sendo
liberada para o ambiente terminando menor.

30
5.1- Estado físico e variação de entalpia

5.2- Calores nas reações químicas

1º - Calor de formação
É a variação de entalpia da reação de síntese total de um mol da referida substância.
Exemplo: "Qual é o calor de formação da amônia?"

∆Hf = ∑∆Hformação produtos -∑∆Hformação reagentes

Resolução: Inicialmente, devemos escrever a equação de síntese total da amônia:

N2(g) + 3H2(g)  2NH3(g)


A seguir, devemos calcular o calor da reação:
ΔH = H f – H i
ΔH = [2.( –11,0)] – [0 + 3.0]
ΔH = – 22,0 kcal

O calor liberado nessa reação, corresponde à formação de 2 mol de NH 3. O calor de


formação deve ser para 1 mol. Assim temos que o calor de formação da amônia é – 11,0 kcal
por mol de NH3.

2º - Calor de combustão
É a variação de entalpia da reação de combustão de um mol do referido combustível,
onde a água produzida, deve estar no estado liquido.
Exemplo: Qual o calor de combustão do acetileno?
Resolução: Inicialmente, devemos escrever a equação:
2C2H2(g) + 5 O2(g)  4CO2(g) + 2H2O(l)
A seguir, devemos calcular o calor da reação:
31
ΔH = Hf - H i
ΔH = [4.( – 94,1) + 2.(-68,3)] – [2 . 54,2 + 5.0]
ΔH = - 5 1 3 – 1 0 8 , 4
ΔH - – 621,4 kcal
Como o calor desta reação corresponde à combustão de 2 mol de C2H2, temos que o
calor de combustão do acetileno é -310,7 kcal/mol de C2H2.

3º- Calor de dissolução


É a variação de entalpia devida à dissolução de um mol de soluto, em solvente
suficiente para não se observar efeito térmico, após uma nova adição de solvente. Tal
diluição, é chamada de diluição infinita.
Exemplo: calor de dissolução do NaOH = – 10,2 kcal

4º- Energia de ligação


É a variação de entalpia no processo de ruptura de um mol de ligações, de um
determinado tipo, no estado gasoso. A energia de ligação tem sempre valor positivo. Energia
é sempre absorvida quando são quebradas ligações químicas: ∆H >0. Por outro lado,
sempre que se formam ligações a partir de átomos gasosos e isolados, ocorre liberação
de calor: ∆H <0

Exemplo: H2(g)  2H(g) ΔH = 104,2 kcal


Cl2(g)  2Cl(g) ΔH = 57,9 kcal

Exemplo: Calcule o ΔH da reação:


C2H4 (g) + H2 (g)  C2H6 (g)

Dadas as energias de ligação em kcal:


C = C 146,8 kcal/mol C―C 83,2 kcal/mol
C―H 98,8 kcal/mol H―H 104,2 kcal/mol

H H

ΔH = [4 . 98,8 + 146,8 + 104,2 ] – [ 6.(98,8) + 83,2]


ΔH = – 29,8 kcal

5º - Lei de Hess
A variação de entalpia de uma reação, depende apenas dos estados inicial e final. Na
32
prática, a lei de Hess é útil para encontrar o calor de uma dada reação, através dos calores
de outras reações. Para isso, é preciso "ajeitar" as reações dadas, tal que somadas, membro
a membro, resulte na reação desejada.
Considere as reações abaixo, a 25°C e 1 atm.

1) C(grafita) + O2(g)→CO2(g) ∆H = - 94,1 kcal

1
2) H2(g) + 2O2(g)→H2(l) ∆H = - 68,3 kcal

3) CH4(g)+ 2O2(g)→CO2(g) + 2H2(l)∆H = - 212,8 kcal

Vamos determinar o ∆H da reação:

C(grafita) + 2H2(g)→ CH4(g) ∆H = ?

Siga os passos abaixo:

a) escreva a equação 1.
b) escreva a equação 2 multiplicada por 2.
c) escreva a equação inversa de 3.

O próximo passo é somá-las.

C(grafita) + O2(g)→ CO2(g) ∆H = - 94,1 kcal

2H2(g) + O2(g)→2H2O(l) ∆H = - 136,6 kcal

CO2(g) + 2H2O(l)→CH4(g) + 2O2(g) ∆H = + 212,8 kcal

C(grafita) + 2H2(g)→ CH4(g) ∆H = - 17,9 kcal

Através da lei de Hess, as equações termoquímicas podem ser somadas como se fossem
equações matemáticas ou algébricas.

33
34
6- QUÍMICA ORGÂNICA

Química Orgânica: é o ramo da Química que estuda os compostos que contém


carbono, chamados compostos orgânicos.

6.1- Classificação das cadeias carbônicas


Cadeia Carbônica é a estrutura formada por todos os átomos de carbono de uma
molécula orgânica e também pelos heteroátomos que estejam posicionados entre esses
carbonos.

Cadeia é o nome dado à seqüência de átomos ligados entre si.


Em todas as cadeias carbônicas, observamos que o número de ligações covalentes de um
átomo de C é igual a quatro. Entretanto, dois átomos de C podem ligar-se entre si por
ligações simples, dupla ou tripla.

35
Tipo de Ligações Hibridação Geometria Ângulo Exemplo
ligação estabelecidas do carbono entre as
entre C ligações
4 lig. 4 sp3 tetraedro 109º28’ CH4
simples
1 lig. dupla 3e1 sp2 triangular 120º H2C = O
1 lig. tripla 2e2 sp linear 180º H–CN
2 lig. duplas 2e2 sp linear 180º O=C=O

1. Classificação do carbono na cadeia carbônica:


Observando modelos de várias cadeias carbônicas, os cientistas notaram que determinado
átomo de carbono podia estar unido a um, dois, três ou quatro átomos de carbono. Em
função dessas observações, os carbonos foram classificados da seguinte maneira:

Classificação Conceito Exemplo


C primário Ligado a apenas outro C–C
átomo de carbono
C secundário Ligado a dois átomos de C–C–C
carbono
C terciário Ligado a três átomos de C–C–C
carbono
C
C quaternário Ligado a quatro átomos de C
carbono (o número
máximo de ligações que o
C–C–C
carbono admite).
C

Exemplo: C1 1  carbonos primários

C1 – C2 – C3 – C4 – C1 2  carbono secundário

C1 C1 3  carbono terciário

4  carbono quaternário

Um átomo de carbono é nulário (n) quando não se liga a nenhum outro átomo de carbono.
O número de compostos que exibem apenas carbonos nulários é muito pequeno; não
chamaremos a atenção para os átomos nulários.

36
6.2- Hibridização

Define-se como hibridização a união de orbitais atômicos incompletos. Um orbital é


classificado como incompleto quando ele apresenta apenas um elétron em seu interior em
vez de dois. Veja uma representação de um orbital incompleto e um orbital completo:

Na imagem A, temos um orbital completo; na imagem B, um orbital incompleto.


A hibridização é um fenômeno natural que ocorre com alguns elementos químicos, como o
Fósforo, o Enxofre, o Carbono etc. A hibridização do Carbono permite que os átomos
desse elemento sejam capazes de realizar quatro ligações químicas, ou seja, o carbono só
realiza quatro ligações após sofrer o fenômeno da hibridização.

6.3- As cadeias carbônicas


De acordo com a disposição dos átomos de carbono de uma cadeia carbônica, ela
pode apresentar diferentes tipos de classificação:
- aberta ou fechada
- normal ou ramificada
- saturada ou insaturada
- homogênea ou heterogênea
- aromática ou não-aromática (esta classificação é específica para as cadeias fechadas)

Cadeia ABERTA, ACÍCLICA ou ALIFÁTICA


Apresenta pelo menos duas extremidades (pontas) e nenhum ciclo ou anel

37
Cadeia FECHADA ou CÍCLICA
Não apresenta extremidades, e os átomos de carbono se unem originando um ou mais ciclos
(ou anéis).

Essas cadeias podem ser representadas de outras formas, como:

ou ou
O

N
ou ou

Cadeia NORMAL, RETA ou LINEAR


Apresenta somente duas extremidades, e seus átomos estão dispostos numa única
seqüência.

Observação: Numa cadeia normal, reta ou linear, não é preciso que todos os átomos estejam
representados numa mesma linha. Observe:

Cadeia RAMIFICADA
Apresenta no mínimo três extremidades, e seus átomos não estão dispostos em seqüência
única, apresentado ramificações.

38
Cadeia SATURADA
É aquela que apresenta somente ligações simples entre os átomos de carbono.

Cadeia INSATURADA
É aquela que apresenta pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre os átomos de
carbono.

Cadeia HOMOGÊNEA
É constituída somente por átomos de carbono.

Cadeia HETEROGÊNEA
Existe pelo menos um heteroátomo entre os átomos de carbono da cadeia.

Principais heteroátomos: NITROGÊNIO (N), OXIGÊNIO (O), ENXOFRE (S) e FÓSFORO


(P).

Cadeia AROMÁTICA
É aquela que apresenta pelo menos um anel benzênico.

39
Cadeia ALICÍCLICA, não-AROMÁTICA ou CICLOALIFÁTICA
Cadeia fechada que não apresenta o núcleo aromático ou benzênico.

Cadeia Mista
Apresenta parte aberta e parte fechada.
C
C
C C C
C
C

6.4- Funções orgânicas e suas nomenclaturas

I) FUNÇÃO ORGÂNICA: É o conjunto de substâncias com propriedades químicas


semelhantes (denominadas, então, propriedades funcionais). O grupamento dos compostos
orgânicos com propriedades semelhantes,ocorre em conseqüência de características
estruturais comuns. Cada função é caracterizada por um grupo funcional.

II) NOMENCLATURAS:

2.1) Nomenclatura Usual: nomes relacionados a sua fonte de obtenção.


Exemplo: ácido láctico – obtido a partir do leite.
40
2.2) Nomenclatura Oficial – IUPAC – União Internacional de Química Pura e Aplicada.

 Prefixo – Indica o número de átomos de Carbonos na cadeia.

 Intermediário – Indica o tipo de ligação que ocorre entre os Carbonos.

 Sufixo – Indica a função a que pertence o composto orgânico.

PREFIXO
1C – MET
2C – ET
3C – PROP
4C – BUT
5C – PENT
6C – HEX
7C – HEPT
8C – OCT
9C – NON
10C – DEC

INTERMEDIÁRIO
AN – ligações simples C – C
EN – 1 ligação dupla C = C
IN – 1 ligação tripla C  C
DIEN – 2 ligações duplas
DIIN – 2 ligações triplas
SUFIXO
O – Hidrocarbonetos
OL – Álcool e Enol
ONA – Cetona
AL – Aldeído
ÓICO – Ácido carboxílico

Observações:

41
 Escolha da cadeia principal: caso ocorra, deve conter o grupo funcional e a
insaturação.

 Deve possuir o maior número de átomos de carbonos e formar os radicais mais


simples.

Ordem de prioridade de numeração: Grupo funcional  Insaturação  Ramificação.

 Devemos buscar sempre os menores números, seguinte a ordem de prioridade.

 Os números são separados por vírgulas e entre os nomes e no e nome separa-los


por hífens.

EXEMPLOS: Cadeias Normais

a) CH3 – CH = CH – CH2 – CH3 


2 – Penteno ou Penteno – 2

b) CH2 = CH – CH2 – CH = CH – CH3


 1, 4 – Hexadieno ou Hexadieno – 1,4 ou Hex – 1,4 – adieno

OH OH
 
c) CH3 – CH – CH2 – CH – CH2 – CH3  2,4 – Hexanodiol ou Hexanodiol – 2,4

OH

d) CH3–CH–CH2–CH=CH–CH2–CH3 
4 – Heptenol – 2 ou Hepten – 4 ol – 2 ou Hept – 4 – en – 2 – ol.

III) FUNÇÕES E SUAS NOMENCLATURAS:

42
HIDROCARBONETOS: compostos formados somente por carbono e hidrogênio.

1) Cadeias alifáticas:

a) ALCANOS ou Hidrocarbonetos parafínicos (Parafinas): possui somente ligações simples


(sp3).

Exemplo: CH3 – CH2 – CH3  Propano  Fórmula molecular (FM) = C3H8


Fórmula Geral (FG): CnH2n + 2
Terminação: ANO

b) ALCENOS, Alquenos, Olefinas ou Etilênicos: possui uma ligação dupla (sp 2).

Exemplo: CH2 = CH – CH2 – CH3 


1 – Buteno (F.M = C4H8)
F.G = CnH2n
Terminação: ENO

c) ALCINOS, Alquinos ou Acetilênicos: possui uma ligação tripla (sp).

Exemplo: HC  C– CH2 – CH3 


1 – Butino (F.M = C4H6)
F.G = CnH2n - 2
Terminação: INO

d) ALCADIENOS ou dienos: possui duas ligações duplas (sp/sp2).

Exemplo: H3C – CH = C = CH2 


1,2 – butadieno (F.M = C4H6)
F.G = CnH2n – 2
Terminação: DIENO

Observações:

1ª) Dienos:
acumulado  Ex: CH3–CH=C=CH2, conjugado  Ex: CH2=CH-CH=CH-CH3,
isolado  Ex: CH2=CH-CH2-CH=CH2.

43
2ª) Alcinos verdadeiros: pelo menos 1 carbono da tripla ligação faz ligação com o hidrogênio
(HC  C– CH2 – CH3) e
Alcinos falsos: nenhum carbono da tripla ligação faz ligação com o hidrogênio
(CH3–C  C– CH2 – CH3).

2) Cadeias Alicíclicas:

a) CICLOALCANOS, ciclanos ou cicloparafinas: possui somente ligações simples (sp 3).

Exemplo:  Ciclobutano 
(FM) = C4H8
F.G = Cn H2n
Nome: prefixo CICLO + terminação ANO

b) CICLOALCENOS, ciclenos ou ciclolefinas: possui uma ligação dupla (sp2) .

Exemplo:  Ciclobuteno 
(FM ) = C4H6
F.G = Cn H2n – 2
Nome: prefixo CICLO+ terminação ENO

Observação: A insaturação receberá sempre as numerações 1, 2 , logo não há necessidade


de numerar a dupla. A seguir procurar o sentido (horário ou anti-horário, para encontrar os
menores números para as ramificações.

3) Cadeias Aromáticas:

Exemplos:

44
Observações:

 Fórmulas moleculares:

Benzeno  C6H6
Naftaleno  C10H8
Antraceno  C14H10
Fenantreno  C14H10

 Posições no anel benzênico: orto(1,2), meta (1,3) e para (1,4).

 Posições no anel naftalênico:  (acima e abaixo) e  (laterais).

 Não existe fórmula geral e regra de nomenclatura para os compostos


aromáticos.

45
46
7- FUNÇÕES HIDRÓXILADAS

A substituição de um átomo de H de um hidrocarboneto por um radical hidroxila pode


gerar três funções distintas: álcool, enol e fenol.

7.1- Função: álcool (R - OH)


Os compostos desta função apresentam a hidroxila ligada a um carbono saturado.
Grupo funcional: Hidroxila ou oxidrila.

 Classificação de álcoois:

a) Quanto à posição da hidroxila:

Álcool primário: OH ligado à carbono primário.


Álcool secundário: OH ligado à carbono secundário.
Álcool terciário: OH ligado à carbo terciário.

b) Quanto ao número de hidroxilas:

Monol ou monoálcool: somente uma hidroxila.


Diol ou diálcool: duas hidroxilas.
Triol ou triálcool: três hidroxilas.
Poliol ou poliálcool: a partir de 4 hidroxilas.

 Fórmula Geral: CnH2n + 2O ou


CnH2n+1OH

 Nomenclatura oficial (IUPAC):

hidrocarboneto + terminação OL

 Nomenclatura usual 1:

álcool + nome do radical + ico


 Nomenclatura usual 2:

nome dos radicais + carbinol


(C – OH)

47
 Obs: ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional 
insaturação  radical.

7.2- Função: Enol (R - OH)


Os compostos desta função apresentam a hidroxila ligada a carbono insaturado (ligação
dupla).
Grupo funcional: Hidroxila ou oxidrila.

H2C = CH H3C – C = CH2 Tome cuidado: H2C – CH = CH2

OH OH OH
etenol prop-1-en-2-ol é alcool, e não enol
prop-2-en-1-ol

 Fórmula Geral: CnH2nO ou


CnH 2n-1OH

 Nomenclatura oficial (IUPAC):

hidrocarboneto + terminação OL

 Obs: ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional 


insaturação  radical.

OH

Exemplo: H3C  C = CH  CH3 
2 – Butenol – 2

7.3- Função: Fenol (Ar - OH)


Presença de hidroxila ligada diretamente a um carbono que faz parte do anel aromático.

 Nomenclatura IUPAC:

Hidroxi + radical + nome do aromático

 Nomenclatura Usual:
48
Radical + Fenol

Exemplo:
OH

CH2CH2CH3
 1,2- hidroxi-propil-benzeno (IUPAC) ou orto-hidroxi -propil – benzeno (IUPAC) ou orto –
propil –fenol.

7.4- Função: ácido carboxílico (R - COOH)


Caracteriza-se pela presença do grupo funcional carboxila (COOH).

 Fórmula Geral: CnH2nO2

 Nomenclatura oficial:

Ácido + hidrocarboneto + ÓICO

 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional 


insaturação  radical.

Exemplo: CH3 – CH2 – COOH  ácido propanóico

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8- FUNÇÕES OXIGENADAS

A substituição de um átomo de H de um hidrocarboneto por um radical com o


elemento oxigênio pode gerar quatro funções distintas: aldeído, cetona, éter e éster.

8.1- Função: aldeído (R - CHO)


Os compostos desta função apresentam a carbonila (C=O) na extremidade da cadeia. O
grupo funcional CHO é chamado aldoxila ou carbonila aldeídica.

 Fórmula Geral: CnH2n O

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + terminação AL

 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica : grupo funcional 


insaturação  radical.

H–C=O H3C – C = O

H H
metanal etanal

8.2- Função: cetona (R – CO - R)


Os compostos apresentam a carbonila no interior da cadeia. O grupo funcional é chamado
carbonila cetônica.

 Fórmula Geral: CnH2nO

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + ONA

 Nomenclatura usual:

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nomes dos radicais + cetona
 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica : grupo funcional 
insaturação  radical.

Exemplo: H3C–CH2–CH2–CO–CH3 
2 – pentanona ou pentan-2- ona.

8.3- Função: éter (R – O - R)


Os éteres apresentam o átomo de oxigênio como heteroátomo.

 Fórmula Geral: CnH2n + 2 O

 Nomenclatura oficial:

Prefixo (cadeia menor) + Oxi + hidrocarboneto (cadeia maior)

 Nomenclatura usual:

Éter + nomes dos radicais (menor/ maior) + ico

Exemplo:
H3C – CH2 – O – CH2 – CH2 – CH3  Etóxi – propano ou Éter- etil-propílico.

8.4- Função: éster (R – COO - R)


É caracterizada pelo grupo funcional carboxilato (– COO – ).

 Fórmula Geral: CnH2n O2

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + ATO + nome do radical (ila)

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53
9- FUNÇÕES NITROGENADAS

9.1- Função: aminas (R – NH2)


São resultantes da substituição dos hidrogênios do NH 3 por radicais orgânicos.

 Classificação:

Amina Primária  R – NH2


Ex: CH3 – NH2  metilamina

Amina Secundária  R – NH – R
Ex: CH3 – NH – CH2 – CH3  etil – metilamina

Amina Terciária  R – N – R

R
Ex: (CH3)2 – N – CH2 – CH3 
etil - dimetilamina

 Fórmula Geral: CnH2n +3 N

 Nomenclatura oficial:

nomes dos radicais ligados ao N(ordem alfabética) + amina.

 Nomenclatura usual:

amino + nome do hidrocarboneto

Exemplo : CH3  CH2  CH2  CH2  NH2  Butilamina ou 1 – amino – butano.

9.2- Função: amidas (R – CONH2)


São compostos resultantes da substituição de hidrogênios do NH 3, por radicais acila (R –
CO –).

 Classificação:

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Amida Primária  R – CONH2
Ex: CH3 – CONH2  etanoamina

Amida Secundária  R – CONH – R


Ex: CH3 – CONH – CH2 – CH3  N – etil – etanoamina

Amina Terciária  R – CON – R

R
Ex: CH3– CON – (CH3)2  N – dimetil – etanoamida

 Fórmula Geral: CnH2n +1 ON

 Nomenclatura oficial:

nome do hidrocarboneto + amida

 Nomenclatura usual:

nome usual do ácido carboxílico - ICO + amida

O

Exemplo: CH3  CH2  C  NH2  Propanoamida ou Propionamida

9.3- Função: nitrocompostos (R – NO2)

 Fórmula Geral: CnH2n +1 NO2

 Nomenclatura oficial:

Nitro + nome do hidrocarboneto

Exemplo: CH3 – CH2 – CH2 – NO2 


1 - nitropropano

OBS: Função: HALETO ORGÂNICO


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(R - X)

Os compostos são denominados derivados halogenados. A função pode ser identificada


conforme o radical (R), como haletos de alquila e arila. Se R for um radical alquila (alcano),
o chamamos de haleto de alquila, por exemplo o cloro – metano ou cloreto de metila,CH3 –
Cl e, sendo R um radical arila (aromático), o chamamos de haleto de arila, como por exemplo
o cloro – benzeno ou cloreto de fenila, C6H5 – Cl.
São compostos resultantes da substituição de um ou mais hidrogênios dos
hidrocarbonetos por um ou mais halogênios (X).

 Fórmula Geral: CnH2n +1 X

 Nomenclatura IUPAC:

nome do halogênio + nome do hidrocarboneto

 Nomenclatura Usual:

haleto + nome do radical (ila)

Exemplo:

CH3 – CH2 – CH2 – Cl 


1 – cloro – propano ou cloreto de propila

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