Você está na página 1de 22

MEU AMIGO SACI

Correndo nessa manhã cinzenta de


domingo, me deparei com Ele,
aquele que, muito alé m das histó rias
de Monteiro Lobato e do Realismo
Fantá stico de Dias Gomes, com seu
Lobisomem, Homem que Voava e
Mulher que Explodia, é meu amigo
Saci
Ao Amigo Poeta Colombiano

Poeta de Rua

Poesia por Esmola

Poesia sem Floreios

Poesia sem Rodeios

Pedi que Escrevesse Rio/Bogotá

Ele Desnuda o Papel

Pela Mãe África

Sangra cada Palavra

Bate Doído cada Letra

Na Velha Máquina de Escrever

Sem Entreterimento

Escreve Sofrimento

Poeta do Violão

Lembra uma Canção

Da Escravidão

Marca Comum da Nossa População


A Escravidão

Foi Canal de Comunicação

Ligou a Mãe África

Ao Brasil, Colômbia e Venezuela

Pelo Atlântico Imensidão

O Mar Interligou Povos

Culturas e Dores

Comidas e Sabores

Selva Amazônica

Espaço Comum Machucada

Colômbia, Brasil

Explorada

Extermínio dos Povos Originários

Suas Tribos e Rituais

Sem Respeito à Ancestralidade

Natureza e Animais

Identidades Modificadas

Nomes Cristãos
Para Inclusão

Do Novo Cidadão

Meu Amigo Poeta

De Escrita Dura e Contundente

Como Simbolismos e Respeito

A Nossa História Recente

Novembro/2023

CAFÉ
Jarra com Óleo

Óleo Negro

Xícara com Água Fervente

Transforma o Óleo em Café

Ambiente de Taberna

Mulher ao Fogão

Manhã Cinzenta

Galinha no Caldeirão

Alimentação Matutina

Herança Camponesa

Inicia a Rotina

Café e Galinha à Mesa

SOL
Vermelho Sol

Mês de Janeiro

Sem Girassol

Vermelho Sol

Areia, Mar

Sem Pescar

Vermelho Sol

Inaugurando mais um Dia

Sem Girassol

Sem Melodia

Janeiro/2022

CATEDRAL DO SAL

Caverna Deslumbrante
Iniciada pelos Muíscas

Povo Originário

Séculos Passados

Descendo sem Limites

Escavando Conhecimentos

Descobrindo Túneis

Entre Martírios e Cruzes

Novembro/2023.

MACHU PICCHU

Em Cusco, onde me hospedei, acordei às quatro horas da manhã


para o passeio a Machu Picchu. Não tinha água no quarto. Falei
com o “Morenito”, que dormia na fria portaria. Me informou que a
água ficava desligada em virtude de racionamento. Consegui uma
chuveiro no térreo.

Aguardei a condução para o destino, que chegou por volta das 5


horas. O Frio era intenso, o vento rasgava o rosto. No caminho
observei campanhas políticas pelos muros, em comunidades
pobres similares ao Brasil. A moeda do Peru, Novo Soles, vale R$
1,50, ou seja, 50% mais valorizada que o real brasileiro.

Cheguei à simpática ferroviária após uma hora e meia de Van.


Nesta, embarquei no trem, e viajei mais uma hora e meia até Machu
Picchu, com apitos e música peruana ambiente.

Chegando ao destino, ainda tinha um caminho a percorrer de


ônibus até Machu Picchu. A montanha Verônica, a mais alta e
importante da região, tem uma população de 200 habitantes. Do
trem, observei famílias que mantêm a cultura Inca em seus
costumes, rotina e vestes; vivendo da caça e da agricultura. Local
Inóspito, pequeno e cortado por um rio, que fornece água para
região.

Finalmente chegando a Machu Picchu, fui recepcionado pelo guia


Daniel. Peruano baixo, branco e falante. Chovia ao desembarcar.
No grupo com esse guia tinha uma menina argentina, Maria, uma
senhora com dois rapazes, mexicanos.

Com a chuva, Daniel falou que talvez não conseguíssemos


fotografar Machu Picchu em virtude da densa neblina. Explicou as
novas trilhas criadas para chegar ao monumento e as
regulamentações do Estado para preservar o local. A chuva
finalmente pára. E Daniel inicia a aula:

Relata que os Incas construíram o local em 1420 d.c e os estudos


Arqueológicos indicam que aquele local foi escolhido em virtude do
excesso de água das montanhas, de onde foram construídos dois
dutos para seu escoamento. Os nativos nunca beberam água do rio
que passa próximo ao local.

As construções em pedras eram montadas de acordo com a


importância do local. O corte de pedras nas construções era
preciso, eram limadas intencionalmente para serem encaixadas
milimetricamente, mesmo que as peças fossem de grande tamanho.
O fascínio e as dúvidas são sobre de que maneira foram unidas e
como era feito o limo. Há hipóteses de que os incas dominavam
técnicas também de mineração e fundição, fazendo com que as
pedras se tornassem muros por meio de minérios fundidos. Outra
teoria é sobre o encaixe, que teria sido feito com tamanha precisão
que sobreviveu até os dias atuais.

Os templos; locais de sacrifícios de animais, e por vezes de


humanos, eram construídos com as melhores pedras, sem qualquer
material de fixação.

A civilização dos incas foi, junto à dos Maias e Astecas, uma das
mais relevantes da América pré-colombiana e do mundo.
Construiram um grande império em 100 a.C. a 1100 d.C., com
diversas fases e características específicas.

A política Inca era imperial, com uma forma de governo teocrático,


ou seja, o poder político se encontra fundamentado no poder
religioso.

O Império Inca dominou grande parte da América do Sul.

Inicialmente, ocuparam a região de Cusco, no Peru. A partir do


século XII, realizaram uma expansão que chegou a ocupar as terras
que hoje são Equador, Colômbia, parte da Argentina, Bolívia e
Chile.

A economia era pautada na agricultura e na criação de lhamas,


vicunhas e alpacas.

Como o império inca foi muito extenso, ele precisava se defender,


por isso as construções mais notáveis eram as de grandes
muralhas e fortalezas.

São impressionantes também os locais dessas obras. Machu


Picchu, por exemplo, que é uma cidade-fortaleza, fica no alto da
Cordilheira dos Andes. Incrível o transporte de tamanhas pedras até
o pico da montanha.

Na religião os incas praticavam o politeísmo, ou seja, acreditavam


em vários deuses e deusas. Tal prática era comum na América pré-
colombiana. Por meio dessas divindades e seus mitos, tentavam
explicar o mundo, desde a origem da Terra a pequenos fatos do
cotidiano.

Cusco, enquanto capital imperial dos Incas, tinha um forte exército,


agricultura avançada e uma economia muito rica.

A queda do império Inca se inicia com batalhas e revoltas internas,


principalmente a batalha entre os irmãos Huáscar e Atahualpa,
filhos de Huayna Capac, pela sucessão do trono. Com a súbita
morte do imperador Capac, por varíola, sem uma linha de sucessão
definida, os irmãos iniciaram uma verdadeira guerra dentro do reino
para ver quem seria o próximo imperador, o que acabou por
fragmentar o governo depois de cinco anos de luta.

Ao observar a fragmentação do gigantesco império inca, com cerca


de 12 milhões de pessoas em sua população, os colonizadores
espanhóis, que à essa altura já tinham chegado, aliaram-se aos
inimigos dos incas, os destituíram e colocaram fim ao império mais
organizado e vasto das Américas. Os espanhóis inferiorizaram o
povo e a cultura ameríndia, mesmo com toda sua sociedade
avançada em vários aspectos.

Finalmente, em 1533, os espanhóis conseguiram capturar e


assassinar o então imperador Atahualpa.

Liderados pelo diplomata Francisco Pizarro e com a execução dos


chefes incas, os espanhóis dominaram o local e tomaram seu
comando, instituindo o vice-reinado do Peru.

Daniel ressaltou também os vários grupos do Brasil que chegam


com fins exotéricos e místicos, mas na verdade misturam a cultura
Inca com as indígenas da Bolívia, Colômbia, ou seja, não se
restringe a cultura Inca.

Após toda essa aula de história, fui almoçar com Daniel no Mercado
Popular de Águas Calientes. Realmente se trata de um grande
mercado popular onde os trabalhadores da região almoçam
sentados em banquetas com seu prato no balcão por dez soles.

Local bem raiz, gostei !! Daniel falava muito e ressaltava que,


apesar de não conhecer o Brasil, achava que era bom, pois tinha
mulheres bonitas, carnaval, praia e caipirinha (repetiu várias
vezes!!) e que no Peru não tinha essas delícias, e que a mulher
peruana era muito feia (baixinha e sem graça). Frisou ainda que
havia uma grande exploração com a espiritualidade de Macho
Picchu, que não gostava de abordar esses conhecimentos, se
atendo mais à história e a arquitetura.

A experiência em cada pedacinho do local foi incrível.

Cidade Perdida

Vale Sagrado dos Incas

Refúgio do Imperador

Toda Esplendor

Construção em Granito

Patrimônio da Humanidade

Espiritualidade Latente

Ritos Ardentes

Templo do Sol

Águas Abundantes

Montanha dos Deuses

Experiência Enebriante

Junho/2023
MONTANHA 7 CORES.

O passeio começou às quatro horas. Um café rápido na subida da


van. Estrada de acesso horroroso; de chão, esburacada, estreita, e
cercada de montanhas. Sem dúvida muito perigosa. Altitude de
quatro mil metros acima do mar.

Para chegar ao destino, se caminha por mais de três quilômetros


em chão de terra batida, pedregoso sob sol escaldante e vento frio
nas sombras. Clima bem pitoresco. Sofri um pouco com a altitude
durante a caminhada, porém consegui êxito. Muitos recorreram aos
cavalos dos nativos para chegar ao destino, pagando bons soles
pelo conforto.

O guia relatou que o povoado tem cerca de 200 (duzentas)


pessoas, membros de famílias que vivem ao redor das montanhas,
chamado Povo das Montanhas. Vivem da agricultura, das pacas e
hoje, após algumas crises, do turismo, do artesanato e aluguel de
cavalos.

Há um rodízio das famílias para atender aos turistas que se utilizam


dos cavalos em sistema cooperativa. Essa visitação acontece há
seis anos. As cores da montanha acontecem por oxidação natural,
como ocorre com a Estátua da Liberdade, que hoje se encontra
verde em razão desse mesmo processo.

Após o sacrifício do trajeto, uma verdadeira peregrinação no


deserto, a chegada à montanha é emocionante. Realmente dos
Deuses.

Junho/2023

BOTERO
Exuberante o museu do pintor e escultor em Bogotá. Artista que
exalta os volumes, modelos rechonchudos. O pintor das tradições,
virtudes, violências e problemas da Colômbia.

Botero é um dos observadores mais agudos da conjuntura


colombiana e é interessante notar os dois traços mais salientes de
quase toda a sua obra: suas figuras são gordas e têm a boca
fechada. Alguns críticos ressaltam que parecem pessoas bem
enredadas em sistemas de clientelismo, no qual recebem comida
em troca de seu silêncio.

Há quem não goste de suas pinturas e esculturas. O “Boterismo” ,


para alguns, é uma apologia à obesidade, por retratar figuras
rechonchudas, sempre com um volume exagerado.

Realmente um prazer testemunhar a obra desse Mestre.

SANTO ALEIXO
Santo Aleixo

Paraíso Perdido

Esquecido

Ao Pé da Serra

Cachoeiras Exuberantes

Pedras de Rio

Trilhas Verdejantes

Andorinhas

Terra da Minha Gente

Mãe, Pai

Ascendentes

Antepassados Presentes

Da Fábrica

Operários Calejados

Operários Cansados

Cemitério de Vidas

Da Migração
Caminhos Tortuosos

Das Antigas Juras

De Vida Melhor

Sangue e Suor

Dos Esquecidos

Adormecidos

Mortos Queridos

Alexandre Lamella

Fevereiro/2023

Lagoa Humantay

Maravilha da natureza. Reservatório natural de água proveniente


do desgelo das geleiras da montanha Humantay, que está
localizada na província de Anta, departamento de Cusco, Peru. A
lagoa está a 4.270 metros de altitude acima do nível do mar e
abrange uma área de 6 hectares, possui a profundidade máxima de
20 metros, em sua área central. Sua bacia tem o formato afunilado
e seu solo é plano. A água é de coloração turquesa e possui uma
temperatura média de 8° C, com visibilidade máxima de 8 metros.

Para acesse-la, há uma trilha com início na comunidade de


Soraypampa. A trilha só pode ser percorrida a pé ou a cavalo. A
trilha possui aproximadamente dois quilômetros e bem desgastante,
porém o resultado é maravilhoso.

ANJOS GUARDIÕES
A dupla atenta a tudo ao redor.
Vigilâ ncia constante. Guardam a
residê ncia com tenacidade e afinco. O
proprietá rio tem total confiança nos
olhos atentos e vorazes dos vigias.
Ningué m ousa invadir o territó rio
sagrado dos Anjos Guardiõ es.
CUSCO

HISTÓRIA DO INTI RAYMI


O "Inti Raymi" ou "Festival do Sol" foi o maior, mais importante, espetacular e magnífico
festival realizado nos tempos do Império Tahuantinsuyo, que baseou sua religião no culto
ao Sol. O "Inti Raymi" foi criado para adorar o "Apu Inti" (Deus Sol) também conhecido
em certos setores como "Apu P'unchau" (Deus Dia).



NextPrev

Passeio de 5 dias a Machu Picchu e 7 Colours Mountain

Você visitará a mágica cidade de Cusco, a tradição e lugares incríveis do Vale Sagrado, Águas Calientes e
Machu Picchu e, finalmente, subiremos até a Montanha das Sete Cores.

VER DETALHES E LIVRO

Durante a época da conquista, os súditos do Inca continuaram a celebrar a festa escondida


das autoridades espanholas e um mestiço chamado "Garcilaso de la Vega" compilou o
melhor desta festa e a capturou em sua famosa obra "Comentarios Reales" (Comentários
Reais).
A entrada do Inca na Plaza de Armas ou na esplanada de Saqsayhuaman era sempre
presidida por um grupo de "Acllas" que aspergia flores e, por sua vez, eram acompanhados
pelo "Pichaq", homens encarregados de afugentar com vassouras de palha os maus espíritos
que poderiam estar a caminho. O Inca em todas as suas apresentações ao ar livre sempre foi
acompanhado por seu "kumillo", ou corcunda anão que carregava o "Achiwa", uma espécie
de guarda-chuva ou guarda-sol feito de plumas coloridas.

Outra parte da celebração do "Inti Raymi" foi a cerimônia do novo incêndio. Nesta parte da
cerimônia, a ordem do Inca para apagar o fogo em todos os fogões em Cusco e arredores foi
cumprida, com o objetivo de acender o novo fogo que foi distribuído de uma fogueira a
todos os fogões da cidade. Isto porque os cozinheiros eram especialistas não apenas em
cozinhar, mas também em manter o fogo nas cinzas.

Data:

Inti Raymi é celebrado todos os anos em 24 de junho durante o solstício de inverno, em


outras palavras, o início do Ano Novo Andino.

A Festa do Sol

Considerado o maior festival do Império Inca, o Inti Raymi é comemorado todos os anos no dia 24
de junho, que coincide com o solstício de inverno, o dia mais curto e a noite mais longa do ano.

Durante as atividades, há mais de 800 artistas que, vestindo trajes típicos, realizam diversas
apresentações, como danças e performances que têm como cenários principais o templo de
Qorikancha e o parque arqueológico de Sacsayhuamán, além da Praça de Armas de Cusco.

Um pouco de história

De acordo com o escritor Inca Garcilaso de la Vega, essa celebração, também conhecida como
"Festa do Sol", tinha o objetivo de garantir um ano de colheita próspera durante o Tahuantinsuyo.
Naquela época, o Inti Raymi durava 15 dias, durante os quais eram realizadas diferentes danças.

Em suas crônicas, Guamán Poma de Ayala afirma que a celebração foi estabelecida por Pachacutec
em homenagem ao Deus Sol, que era conhecido no Império Inca como Apu P'unchao ou Apu Inti.

Ela foi a capital do Império Inca e hoje é um importante centro turístico,


declarado Patrimônio Mundial da UNESCO.
Cusco possui belos casarões, igrejas e palácios e é rodeada por colinas.
Foi construída pelos espanhóis, por cima de edificações do Incas. Essa foi
uma das maneiras dos colonizadores, demonstrar o poderio sobre os
nativos.
Durante as visitas é possível observar as ruínas Incas bem preservad

Centro de Cusco – Praça da Armas


A Praça de Armas é o centro da cidade, rodeada pela Catedral, templos e
diversas lojas e restaurantes.
O centro da Praça da Armas ostenta uma estátua de Pachacuteq, junto ao
uma fonte, sem dúvida um dos lugares mais fotografados da cidade
Além da bonita arquitetura, a cidade tem um astral ótimo, com visitantes
do mundo inteiro.
Eu gosto de perambular pela praça e observar os habitantes com seus
trajes andinos típicos, além dos jovens e turistas que dão um colorido
especial ao lugar

Catedral de Cusco
A Catedral Basílica da Virgem da Assunção, junto como os templos do
Triunfo e da Sagrada Família formam um conjunto, que estão situados na
Praça da Arma

Ladeiras Vielas e Casarões de Cusco


As ladeiras e vielas de Cusco com seus bonitos casarões, estão instalados
hotéis, pousadas, restaurantes, boutiques e lojinhas. Um mundo a ser
descoberto pelos turistas.
A dica é explorar cada cantinho a cidade, cheia de surpresas. Você pode
cruzar com nativos com suas roupas coloridas que pousam para fotos em
troca de gorjetas.

O Museu de Arte Pré-colombiana


O Museu de Arte Pré-colombiana se destaca pela arte das antigas culturas
do país.
Está localizado em um bonito edifício que foi um convento. O acervo está
dividido entre artefatos das fases históricas da cultura peruana, como no
Salão do Ouro e o Salão da Prata.
Restaurantes em Cusco
A premiada comida do Peru é um “case” de sucesso, como uma marca do
país. O famoso prato Ceviche e a bebida Pisco Sour caíram no gosto
popular dos visitantes.
A gastronomia peruana criativa, utiliza os produtos andinos e mescla a
influência Inca com os métodos modernos.
Há diversos restaurantes excelentes em volta da Praça das Armas.
Um dos destaques é restaurante Chicha comandado pelo famoso Gastón
Acurio.
O restaurante Limo Peruano Nikkey, também na Praça das Armas, une a
comida peruana e japonesa.
Outra boa opção também na praça central é o Ceviche – Meat & Wine Co.

Você também pode gostar