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Departamento de Arquitetura

ARQ. 01005 – Arquitetura no Brasil

Professoras:
Anna Paula Canez
Luisa Durán Rocca

AULA 02
Antecedentes pré-colombianos
Arte e Arquitetura indígena
Glauco Campello. O brilho e a simplicidade
Identifica um eixo constante e unificador da
produção arquitetônica brasileira.
Atributos: singeleza, concisão e clareza

Edgard Graeff. Oito vertentes e dois


momentos de síntese da arquitetura
brasileira.
Inclui a arquitetura indígena
20.000 aC: primeiros esquimos
10.000 aC: extinção grandes animais
Cultura El Jobo, Venezuela
7.000 aC:: Culturas arcaicas na costa
oeste norteamericana
6.000 aC: Retirada da glaciação
Possível caminho ao sul
5.000 aC: Cultivo do milho
3.500 aC: Cultivo do algodão
3.000 aC: Cerâmica mais antiga
conhecida: Puerto Hormiga, Costa
caribe da Colômbia
1.500 aC: Metalurgia mais antiga
conhecida.
Sebastião Münster. Nova
Insulae.Basilea, 1540.
Norte América:
Mesa Verde, Arizona-Colorado. 700 a 1300 DC. Construções
nas falésias segundo princípios de conforto térmico
Meso América:
Cronologia das principais culturas
VALE DO MEXICO
E COSTAS

Período arcaico:
7000-2000 aC
Olmecas: 1800
aC - 200aC
Zapotecas: Monte
Albán, 600 aC -
900 dC
Teotihuacán: Vale
do México, 200 -900
dC.
El Tajin: Veracruz
250-1150 dC
Monte Albán:
Os Zapotecas
600 aC -800 dC
Teotihuacan:
Vale do México, 200 -900 dC.
El Tajin, Veracruz:
250 - 1150 dC
PENÍNSULA DE YUCATÁN
Os Maias Clássicos: 250 – 950 dC
Cidades Estado, agricultura rotativa
Colapso: 800 dC
Conquistas toltecas: 900 dC
Caida de Chichen Itzá: 1250dC
Batalha de Utathán: 1524 Derrota dos
maias-quiché pelos espanhóis

Sistema numérico
Palenque (México)
Tikal (Guatemala)
Copán (Honduras)
Chichen Itzá (México)
Maia-tolteca
O império Azteca

Fundação de Tenotchtitlán: 1345

Vale do México Plano de Benedetto Bordene, 1528


Tenotchtitlán

Planta da Praça Maior de Cidade de México com


os traçados aztecas. Benévolo (1981, p.626)
Culturas ourives da Colômbia
Tayronas
Koguis: descendentes dos Tayronas
Sinú
Qimbaya

Nariño
Muisca
Transporte coletivo de Bogotá, 2008
Chavin de Huantar (Perú)
Apogeu: 1500 a 300 a.C
Tiahuanaco
(Bolívia)
Centro espiritual e político
500 a 900 d.C
Chan-Chán (Perú)
Apogeu no séc XV.
Expansão do Império Inca -
Cuzco
Fortaleza de Sacsahuaman - Cuzco
Fotografias de Martín Chambi
Machu Picchu
Os grupos indígenas do Brasil
Primeiras referências:
Crônicas dos conquistadores e desenhos dos viajantes

Carta de Pedro Vas de Caminha


Foram-se lá todos e andaram entre eles e, segundo eles diziam, foram bem
uma légua e meia a uma povoação de casas, em que haveria nove ou dez
casas, as quais, diziam, eram tão compridas cada uma como esta nau
capitania. E eram de madeira, e das ilhargas, de tábuas, e cobertas de palha;
de razoada altura e todos em uma só casa, sem nenhum compartimento.
Tinham dentro muitos esteios e d’esteio a esteio uma rede, atada pelos
cabos a cada esteio, altas, em que dormiam, e, debaixo, para se aquentarem,
faziam seus fogos. E tinha cada casa duas portas pequenas, uma em um
cabo e outra no outro. E diziam que, em cada casa, se acolhiam trinta ou
quarenta pessoas.
Coleção Albert Eckhout, RJ.

Índio Tupi Índia Tarairui


Hans Staden. Duas viagens ao Brasil. (1548-51)
Aldeias Tupinambá (Foz do rio São Francisco, SC): 4 ou 5 unidades ao redor de um espaço
central e cercamento com paliçadas. As casas não tem quartos separados
Karl Heins. Índios das Guianas

ORBIGMY, M. Voyage dit resque danas les jeux Amerique. Paris, 1836.

Luta entre Botocudos no Rio Grande de Belmonte Dança dos Camaçã


Séc. XVIII: Comissões de demarcação de limites (1750), expulsão dos jesuítas
(1763) e pesquisas de naturalistas.
Alexandre Rodrigues Ferreira. Viagem para inventário da Capitania de Grão
Pará (...) Desenhos de Joaquim José Codina e Joaquim Freire.

Casa de Aldeia dos Curutú / Rio Apaporis e Rio Negro (atual Colômbia)
Áreas culturais segundo Eduardo GALVÃO:
8 grupos linguísticos e 216 tribos.
YANOAMAS (norte do Amazonas)
Aldeia-casa circular
XINGÚ - XAVANTES
Aldeia em arco e casas circulares

Espaço social central


com casa dos homens
“warã”
Caminhos radiais para
os homens e periféricos
para as mulheres
YAWALAPITI (alto Xingú)
Aldeia radial e construções elípticas
MARUBO (Amazonas)
Aldeia radial - casas poligonais
com cobertura ate o chão
KARAJÁS
Aldeia linear - casas retangulares
com diferentes soluções de telhado
TUKANOS
Antiga casa-aldeia
semi-elíptica
Estrutura de madeira
Casa do Alto Xingu
Indígenas no Rio Grande do Sul

Os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul foram os povos indígenas,


formados por três grupos: Jê, Guaranis e Pampianos.
Na maioria dos casos, os grupos indígenas se organizavam em pequenas
comunidades, formando unidades familiares ou clãs.

Moravam em casas subterrâneas. Cavavam buracos no chão, e os protegiam
com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por ramos de palmeiras.
A cobertura estendia-se até o chão para impedir a invasão da água, de
animais e do frio e teria uma estreita abertura para acesso dos moradores.
Guaranis
Habitavam em casas coletivas, com planta baixa de forma retangular, que
variava de tamanho conforme o número de pessoas. A aldeia possuía
como ponto central a casa sagrada do pajé Opy. Eram construídas com
palha, esteios de madeira, barro, cipó, taquara, folhas de vegetação.
Pampianos
Moravam em tendas e quando o grupo se deslocava, havia a possibilidade
de transportar essas habitações, pois eram desmontáveis. Essas tentas
eram estruturados a partir de quatro estacas de madeira nativa e a cobertura
era feita de esteiras. Não se organizavam em aldeias com chefia, exceto em
tempo de guerra.
Situação atual

Cultura Wajapi (grupo tupi-guarani)

-Reconhecimento de valores culturais imateriais


- Sociedades em perigo de extinção e acelerada miscigenação decorrentes do
desrespeito das reservas indígenas, ampliação de áreas agrícolas e execução de
obras de infra-estrutura de grande impacto.
- Mudanças das técnicas construtivas tradicionais (em madeira, sapé e palha) por
alvenaria; porem há um notável esforço em preservar as formas de aldeamento
tradicionais por decisão da comunidade.
Permanências na arquitetura contemporânea

Luis Barragán (México)


Ricardo Legorreta (México)
Rogelio Salmona
(Colômbia)
Museu Quimbaya, Armenia
Biblioteca Virgilio Barco, Bogotá
Severiano Porto (Brasil)
Centro de Proteção Ambiental, Usina
hidroelética de Balbina, 1988
Casa do Arquiteto
Auditório UFAM
Leiko Motomura e Anima Arquitetura (Brasil)
Uso de técnicas locais e sustentabilidade
Centro Cultural Max Fefer
Bibliografia

MONTEZUMA, Roberto (org.) Arquitetura Brasil 500 anos: uma invenção


recíproca. Recife: Editora da UFPE , 2000.

NOVAES, Sylvia Caiuby. Habitações indígenas. São Paulo: Editora Nobel

WEIMER, Günter. Arquitetura indígena brasileira : suas origens remotas. In:


Arquitetura & urbanismo : posturas, tendências e reflexões

ZANIN, Nauíra Zanardo. Abrigo na natureza : construção Mbyá-Guarani,


sustentabilidade e intervenções externas. 2006.
https://www.archdaily.com.br/br/927142/o-que-podemos-aprender-com-a-
arquitetura-indigena
https://www.archdaily.com.br/br/923178/manual-de-arquitetura-kamayura

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