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TEORIA DO SURGIMENTO DA CÉLULA PROCARIOTA E CÉLULA

EUCARIOTA

*A PARTIR DO TEXTO FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU


SOBRE A TEORIA DO SURGIMENTO DA CÉLULA E DA FORMAÇÃO DA
PRIMEIRA CÉLULA EUCARIOTA.

O aparecimento das primeiras células marcou a origem da vida na Terra. No


entanto, antes das células formarem, as moléculas orgânicas devem ter se unidas umas
com as outras para formarem moléculas mais complexas chamados polímeros.
Exemplos de polímeros são polissacáridos e proteínas.

Na década de 1950, Sidney Fox colocou aminoácidos em condições primitivas


da Terra e mostrou que os aminoácidos se unem para formar polímeros chamados
proteinóides. Os proteinóides eram aparentemente capazes de agir como enzimas e
catalisar reações orgânicas.
Evidências mais recentes indicam que as moléculas de RNA tem a capacidade de dirigir
a síntese de novas moléculas de RNA, bem como moléculas de DNA.

Porque o DNA contém o código genético para a síntese de proteínas, é


concebível que o DNA se possa ter formado no ambiente da Terra primitiva como uma
consequência da atividade de RNA. Então atividade DNA poderia ter levado a síntese
de proteínas.

Para uma célula de vir a ser, algum tipo de membrana é necessária manter juntos
os materiais orgânicos do citoplasma. Uma geração atrás, os cientistas acreditavam que
as gotas membranosas se formavam espontaneamente.

Se presumia essas gotículas membranoso, chamadas de protocélulas, para serem


as primeiras células.

Teoria mais aceita

Admite-se que as primeiras células que surgiram na terra foram os procariontes.


Isso deve ter ocorrido há 3,5 bilhões de anos, no começo do período pré-cambiano.

Naquela época a atmosfera provalvelmente continha vapor de água, amônia,


metano, hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás carbônico. O oxigênio livre só apareceu
depois, graças à atividade fotossintética das células autotróficas.

Antes de surgir a primeira célula teriam existido grandes massas líquidas, ricas
em substâncias de composição muito simples.

Estas substâncias, sob a ação do calor e radiação ultravioleta vinda do Sol e de


descargas elétricas oriundas de tempestades frequentes, combinaram-se quimicamente
para constituírem os primeiros compostos contendo carbono. Substâncias relativamente
complexas teriam aparecido espontaneamente.
Stanley Miller realizou em 1953 experimentos fundamentais que corroboraram
essa possibilidade.

Produzindo descargas elétricas em um recipiente fechado, contendo vapor de


água, Hidrogênio, Metano e amônia, descobriu que se formavam aminoácidos, tais
como alanina, glicina, e ácidos aspárticos e glutâmicos. Estudos posteriores, simulando
Nas condições pre-bióticas, permitiram a produção de 17 aminoácidos (dos 20
presentes nas proteínas).

Também foram produzidos açúcares, ácidos graxos e as bases nitrogenadas que


formam parte do DNA e RNA.

Esta etapa de evolução química foi provalvelmente precedida de outra na qual se


formaram as proteínas pela polimerização dos aminoácidos. Essa etapa posterior
provavelmente teve lugar em meios aquosos onde as moléculas orgânicas se
concentravam para formar uma espécie de “Sopa Primordial” na qual foram favorecidas
as interações e onde se formaram complexos maiores denominados coacervados ou
proteinóides, com uma membrana externa envolvendo um fluido no interior (micelas).

Posteriormente originou-se o código genético, talvez primeiro como RNA, e em


seguida o DNA e as diversas moléculas que participaram na síntese de proteínas e na
replicação, produzindo células capazes de se autoperpetuarem.

É razoável supor-se que a primeira célula a surgir foi precedida por agregados de
micelas que apresentavam apenas algumas das características hoje consideradas
peculiares dos seres vivos (metabolismo, crescimento e reprodução). Isto é a primeira
célula era das mais simples, porém mesmo uma célula desse tipo é ainda complexa
demais para admitir-se que ela tenha surgido ao acaso, já pronta e funcionando.

É possível que não havendo Oxigênio na atmosfera, os primeiros procariontes


foram heterotróficos e anaeróbicos. Posteriormente surgiram os procariontes
autotróficos, tais como as algas azul-esverdeadas que contém pigmentos fotossintéticos.
Através da fotossíntese se produziu o Oxigênio da atmosfera e este permitiu o
surgimento de organismos aeróbicos a partir dos quais recém originaram-se os
eucariontes. Até aquele momento a vida só estava presente na água, porém , finalmente,
as plantas e os animais colonizaram a Terra.

Teorias para explicar o fato do aperfeiçoamento das células procariontes


autotróficas iniciais.

Teoria da Invaginação da Membrana Plasmática

Por mutação genética, alguns procariontes teriam passado a sintetizar novos


tipos de proteínas, e isso levaria ao desenvolvimento de um complexo sistema de
membranas, que, invaginando-se da membrana plasmática, teria dado origem às
diversas organelas delimitadas por membranas. Assim teriam aparecido o retículo
endoplasmático, o aparelho de Golgi, os lisosomas e as mitocôndrias. Pelo mesmo
processo surgiria a membrane nuclear, principal característica das células eucariontes.
Embora à primeira vista este teoria pareça sólida, ela não tem apoio em fatos
conhecidos. É, ao contrário, de difícil aceitação, pois não existe célula intermediária
entre procarionte e eucarionte, nem se encontrou fóssil que indicasse uma possível
existência destes tipos intermediários.

Teoria da Simbiose de Procariontes

Segundo este teoria alguns procariontes passaram a viver no interior de outros,


criando células mais complexas e mais eficientes. Vários dados apóiam a suposição de
que as mitocôndrias e os cloroplastos surgiram por esse processo. Demonstrou-se, por
exemplo, que tais organelas contêm DNA, e que esse DNA contém informação genética
que se transmite de uma célula a outra, de um modo comparável à informação contida
no DNA dos cromosomas nucleares. Ainda mais, ao menos no que se refere às
mitocôndrias, demonstrou-se também que a molécula de DNA é circular, como nas
bactérias. Estas e outras observações nos levam à conclusão de que mitocôndrias e
cloroplastos de fato se originaram por simbiose.

As primeiras células vivas provavelmente surgiram na terra por volta de 3,5


bilhões de anos por reações espontâneas entre moléculas que estavam longe do
equilíbrio químico. Do nosso conhecimento acerca dos organismos existentes nos dias
atuais, e das moléculas neles contidas, parece plausível que o desenvolvimento de
mecanismos autocatalíticos fundamentais para os sistemas vivos tenha começado com a
evolução de uma família de moléculas de RNA, que poderiam catalisar sua própria
replicação. Com o tempo, uma das famílias do RNA catalisador desenvolveu a
habilidade de dirigir a síntese de polipeptídeos.

Finalmente, o acúmulo adicional de proteínas catalisadoras permitiu que células


mais complexas evoluíssem, o DNA dupla hélice substituiu o RNA como uma molécula
mais estável para a estocagem de uma quantidade crescente de informações genéticas
necessárias às células.

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