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AS PRIMEIRAS CÉLULAS

 Nas décadas de 1950 e 1960, o


cientista Sidney Walter Fox
mostrou que em certas
condições, aminoácidos podem
se unir espontaneamente e
formar pequenos peptídeos.

 Posteriormente, outros cientistas


mostraram que esse tipo de
síntese poderia ter ocorrido com
auxilio de catalisadores
minerais, como sulfetos
metálicos e silicatos de certas
rochas ou da argila.
 Essa síntese pode ter originado vários tipos de polímeros.

 Fox também demonstrou que proteínas em solução em água


quente poderiam, por resfriamento, produzir pequenas vesículas
esféricas, chamadas microsfera.
 Algumas microsfera podem reagir a variações osmóticas e
absorver compostos orgânicos em sua superfície.

 Elas ainda apresentam complexidade muito inferior à do ser


vivo mais primitivo, mas, se colocarmos em seu interior
enzimas e seus substratos, começam a ocorrer reações químicas,
surgindo, assim, uma espécie de metabolismo primitivo.
 Outro tipo de aglomerado de moléculas orgânicas foi obtido
por Oparin ao misturar ácido a uma solução de proteínas em
água, chamada coloide.
 Com a mudança de acidez, várias moléculas de proteínas se
aproximam, formando aglomerados visíveis ao microscópio, os
coacervados.

 Essas moléculas poderiam ter formado uma espécie de


membrana primitiva.
 Os experimentos descritos mostram que muitos aglomerados
de proteínas e outras moléculas podem ter se formado ao
longo de milhões de anos nos mares primitivos, na forma de
coacervados e de microsfera.

 Mas esses aglomerados só deveriam ser considerados seres


vivos primitivos se apresentassem as propriedades da vida:
metabolismo, reprodução, hereditariedade, evolução, etc.
 Uma protocélula poderia
apresentar as propriedade de vida
se: estivesse protegida por uma
membrana de lipídios, que,
separando-a do ambiente,
selecionaria as substâncias que
entram e saem da célula, e
garantido uma diferença entre o ser
vivo e o ambiente
 Houvesse em seu interior enzimas que tornassem possíveis as
reações químicas do metabolismo; tivesse alguma espécie de
molécula com capacidade de se replicar e controlar a síntese
das enzimas, como fazem os ácidos nucléicos.
 Alguns cientistas acham mais provável que o primeiro gene
fosse feito de RNA, ou de alguma molécula semelhante e mais
simples, uma espécie de pré-RNA.

 Á medida que os primeiros seres vivos se replicavam, surgiam


mutações ao acaso, incorporadas, ao material genético.

 Alguns teriam aprimorado o processo de replicação e, assim,


começava o processo de seleção natural.

 Os seres que se reproduziam mais rapidamente ou que tinham


enzimas mais eficientes para obtenção de alimento e energia
aumentavam de número ao longo das gerações.
 O resultado foi a evolução de sistemas vivos cada vez mais
complexos, capazes de se duplicar e conseguir energia de
forma mais eficiente.

 O surgimento da molécula de DNA, mais estável, que passou a


ocupar o lugar do RNA como material genético do ser vivo,
pode ter sido conseqüência dessa evolução.
HIPÓTESE HETEROTRÓFICA
 Os primeiros seres vivos deveriam apresentar nutrição sapróbia,
ou seja, conseguiam alimento pela absorção de moléculas
orgânicas simples dos mares primitivos.

 Nos mares e na atmosfera primitiva não existia oxigênio e a


coleção enzimática dos seres pioneiros era pequena.

 Logo, é mais provável que os primeiros seres vivos


conseguissem energia através de um processo anaeróbio, como a
fermentação.
MUDANÇAS NO PLANETA
 As condições ambientais da Terra foram se alterando com o
passar do tempo. Entre as modificações que ocorreram,
algumas foram causadas pela própria atividade dos organismos
iniciais. As alterações mais importantes foram:

A transformação dos gases da atmosfera em moléculas orgânicas


simples.
 O resfriamento da Terra reduziu a freqüência de tempestades, o que
dificultou a produção de moléculas orgânicas na atmosfera.
 O aumento da população dos organismos iniciais, que provocou
consumo maior de moléculas orgânicas simples.
SUCESSO AUTOTRÓFICOS
 Enquanto o ambiente se modificava, os seres vivos sofriam
mutações. Aquelas mais vantajosas, aos poucos, se acumulavam.

 Dessa foram, podem ter aparecido alguns organismos capazes de


obter alimento pela fotossíntese.

 Como não dependiam do alimento dissolvido no mar, esses


seres teriam maior possibilidade de sobreviver que os demais.

 Pela seleção natural, eles eram cada vez mais numerosos; surgia
os organismos autotróficos.
 Como o aumento do número desses autotróficos, a
concentração de oxigênio aumentou na atmosfera.

 Parte desse oxigênio foi transformada em ozônio, que, com o


tempo, formou uma camada no alto da atmosfera. Essa
camada filtra os raios ultravioleta, representando uma proteção
importante para os seres vivos atuais.
SUCESSO DOS AERÓBIOS
 A facilidade com que o oxigênio oxida as substâncias
orgânicas deve ter ocasionado alguns problemas para os
primeiros organismos.

 Os seres, que por mutação, foram capazes de provocar uma


reação controlada do oxigênio molecular com o hidrogênio ou
outras substâncias do metabolismo, contornando o problema da
oxidação, tiveram sucesso na luta pela sobrevivência.

 Podemos supor que a respiração aeróbia surgiu, com sucesso, a


partir dessa forma de defesa contra a ação oxidante do
oxigênio.
 Surgiam, assim, os seres aeróbios, que, por causa da maior
eficiência metabólica, sobreviviam mais tempo e aumentavam
gradativamente em número.

 A respiração aeróbia possibilitou o aparecimento de


organismos maiores e mais complexos, com necessidades
energéticas mais altas.

 A liberação de oxigênio pelos autotróficos teve outra


consequência importante: a destruição das condições que
permitiram o aparecimento da vida na Terra a partir da matéria
bruta.
DE PROCARIONTES A EUCARIONTES
 Essa passagem deve ter acontecido de duas maneiras:

 Por meio do desenvolvimento de dobras da membrana


plasmática, que originaram o retículo, o complexo de Golgi e
outras vesículas e canais da célula.

 Pela endossimbiose; essa associação pode ter ocorrido quando


uma bactéria aeróbia foi fagocitada por outro procarionte
anaeróbio maior e, em vez de ser destruída, passou a viver no
interior dele, recebendo proteção e alimento, ao mesmo tempo,
que aumentava a eficiência energética da associação por meio
da respiração aeróbia.

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