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PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS E

LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS


DÚVIDAS MAIS FREQUENTES

LEONARDO VALENTE FAVARETTO


Auditor Fiscal de Controle Externo

JAMES HOLLYFYLD CARVALHO CAMARA


Auditor Fiscal de Controle Externo
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO
1. Padronização de Fontes de Recursos
2. Limite mínimo de aplicação em Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino (MDE)
3. Limite mínimo de aplicação com recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação (FUNDEB)
4. Limite mínimo de aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde
(ASPS)
5. Limite máximo para gastos com pessoal do Município (Poder Executivo e
Legislativo)
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE
RECURSOS
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

• Fonte ou Destinação de Recursos:


Agrupamento de receitas que possuem as
mesmas normas de aplicação na despesa,
identificando as vinculações legais existentes e
funcionando como um mecanismo integrador
entre a receita e a despesa.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Normas aplicáveis: Art. 3º. Obrigatória a partir de
2023

Portaria Conjunta STN/SOF nº 20, de 23 de fevereiro de 2021:


Estabelece a padronização das fontes ou destinações de recursos a ser
STN/SOF observada no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

Portaria nº 710, de 25 de fevereiro de 2021:


STN Estabelece a classificação das fontes ou destinações de recursos a ser
utilizada por Estados, Distrito Federal e Municípios.

Portaria SOF/ME nº 14.956, de 21 de dezembro de 2021:


SOF Dispõe sobre a classificação por fontes/destinação de recursos para aplicação
no âmbito da União.
Tabela de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 (De (2022) / para (2023))
disponível no e-Sfinge.

Nova estrutura de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 X.YYY.ZZZZ


5º ao 8º dígito
1º dígito 2º ao 4º dígitos
Código de Acompanhamento da A partir do 9º dígito
Grupo de Destinação de Recursos (GDR) Classificação por FR/Destinação
Execução Detalhamento da FR
Identificação do Exercício Especificação da FR
Orçamentária – CO
1 - Recursos do exercício corrente 000 a 499 - União 1001 a 6999 (STN)
2 - Recursos de exercícios anteriores 500 a 999 -Estados, DF e Municípios 7000 a 7999 (TCE/SC) Detalhamento livre
9 - Recursos Condicionados

Codificação não padronizada Codificação padronizada Codificação não padronizada Codificação não padronizada
Com envio ao e-Sfinge no formato definido Com envio ao e-Sfinge no
Com envio ao e-Sfinge Sem envio ao e-Sfinge
pelo TCE/SC formato definido pelo TCE/SC
Tabela de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 (De (2022) / para (2023))
disponível no e-Sfinge.

Nova estrutura de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 X.YYY.ZZZZ


5º ao 8º dígito
1º dígito 2º ao 4º dígitos
Código de Acompanhamento da A partir do 9º dígito
Grupo de Destinação de Recursos (GDR) Classificação por FR/Destinação
Execução Detalhamento da FR
Identificação do Exercício Especificação da FR
Orçamentária – CO
1 - Recursos do exercício corrente 000 a 499 - União 1001 a 6999 (STN)
2 - Recursos de exercícios anteriores 500 a 999 -Estados, DF e Municípios 7000 a 7999 (TCE/SC) Detalhamento livre
9 - Recursos Condicionados

Codificação não padronizada Codificação padronizada Codificação não padronizada Codificação não padronizada
Com envio ao e-Sfinge no formato definido Com envio ao e-Sfinge no
Com envio ao e-Sfinge Sem envio ao e-Sfinge
pelo TCE/SC formato definido pelo TCE/SC
Tabela de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 (De (2022) / para (2023))
disponível no e-Sfinge.

Nova estrutura de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 X.YYY.ZZZZ


5º ao 8º dígito
1º dígito 2º ao 4º dígitos
Código de Acompanhamento da A partir do 9º dígito
Grupo de Destinação de Recursos (GDR) Classificação por FR/Destinação
Execução Detalhamento da FR
Identificação do Exercício Especificação da FR
Orçamentária – CO
1 - Recursos do exercício corrente 000 a 499 - União 1001 a 6999 (STN)
2 - Recursos de exercícios anteriores 500 a 999 -Estados, DF e Municípios 7000 a 7999 (TCE/SC) Detalhamento livre
9 - Recursos Condicionados

Codificação não padronizada Codificação padronizada Codificação não padronizada Codificação não padronizada
Com envio ao e-Sfinge no formato definido Com envio ao e-Sfinge no
Com envio ao e-Sfinge Sem envio ao e-Sfinge
pelo TCE/SC formato definido pelo TCE/SC
Tabela de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 (De (2022) / para (2023))
disponível no e-Sfinge.

Nova estrutura de Destinação da Receita Pública aplicável a partir de 2023 X.YYY.ZZZZ


5º ao 8º dígito
1º dígito 2º ao 4º dígitos
Código de Acompanhamento da A partir do 9º dígito
Grupo de Destinação de Recursos (GDR) Classificação por FR/Destinação
Execução Detalhamento da FR
Identificação do Exercício Especificação da FR
Orçamentária – CO
1 - Recursos do exercício corrente 000 a 499 - União 1001 a 6999 (STN)
2 - Recursos de exercícios anteriores 500 a 999 -Estados, DF e Municípios 7000 a 7999 (TCE/SC) Detalhamento livre
9 - Recursos Condicionados

Codificação não padronizada Codificação padronizada Codificação não padronizada Codificação não padronizada
Com envio ao e-Sfinge no formato definido Com envio ao e-Sfinge no
Com envio ao e-Sfinge Sem envio ao e-Sfinge
pelo TCE/SC formato definido pelo TCE/SC
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
BLOCO DAS VINCULAÇÕES Códigos
RECURSOS LIVRES (NÃO VINCULADOS) 500, 501 e 502
RECURSOS VINCULADOS À EDUCAÇÃO 540 a 599
RECURSOS VINCULADOS À SAUDE 600 a 659
RECURSOS VINCULADOS À ASSISTÊNCIA SOCIAL 660 a 669
DEMAIS VINCULAÇÕES DECORRENTES DE TRANSFERÊNCIAS 700 a 749
DEMAIS VINCULAÇÕES LEGAIS 750 a 799
RECURSOS VINCULADOS À PREVIDÊNCIA SOCIAL 800 a 803
RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS 860 a 869
OUTRAS VINCULAÇÕES 880 a 899
Destinação Vinculada: é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos,
em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pelo marco legal. São amparadas
em normas legais ou por normativos ou instrumentos infralegais, tais como convênios,
contratos de empréstimos e financiamentos, transações sem contraprestação com
especificações, recursos de terceiros administrados pelo ente, etc.

Destinação Livre: é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos,


para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de
atuação do órgão ou entidade.
Fonte: MCASP, 9ª
Edição, pg. 145.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Código de Acompanhamento da Execução Orçamentária – CO:
codificação adicional 4 dígitos despesa despesa e receita para fins de relatórios (RCL, despesas)

Marcadores necessários na execução orçamentária da DESPESA (Empenho, Liquidação, Pagamento e Restos a Pagar), com registros
contábeis na classe de contas 6 – Controles da Execução Orçamentária:
1001 - Identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino;
1002 - Identificação das despesas com ações e serviços públicos de saúde;
1070 - Identificação do percentual aplicado no pagamento da remuneração dos profissionais da educação básica em efetivo exercício;
1111 - Benefícios previdenciários - Poder Executivo – Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário); Não há
1121 - Benefícios previdenciários - Poder Legislativo – Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário);
necessidade de
2111 - Benefícios previdenciários - Poder Executivo - Fundo em Repartição (Plano Financeiro);
2121 - Benefícios previdenciários - Poder Legislativo - Fundo em Repartição (Plano Financeiro). uso do CO na
Marcadores necessários na execução orçamentária da RECEITA e da DESPESA, com registros contábeis em todas as classes de contas elaboração da
utilizadas nos respectivos eventos contábeis (classes 1 a 8): LOA. Necessário
3110 - Identificação das Transferências da União decorrentes de emendas parlamentares individuais; apenas a
3120 - Identificação das Transferências da União decorrentes de emendas parlamentares de bancada;
informação dos
3210 - Identificação das Transferências dos Estados decorrentes de emendas parlamentares individuais;
7001 - Alienações de Bens destinados a Programas da Educação Básica; códigos de
7002 - Alienações de Bens destinados a Programas de Saúde; Especificação das
7003 - FIA Imposto de Renda; FRs (500 a 899).
7004 - Recursos Vinculados ao Trânsito – Polícia Militar;
7005 - Recursos Vinculados ao Trânsito – Polícia Civil;
7006 - Recursos Vinculados ao Trânsito – Prefeitura.

Quando não há necessidade de marcador CO, utiliza-se o código 7000, com a seguinte descrição:
7000 – Sem identificação de Código de Acompanhamento da Execução Orçamentária
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

DÚVIDAS MAIS FREQUENTES


PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Posso utilizar outros códigos de Fontes de Recursos e outros códigos de CO que não constam do Detalhamento de
Fonte de Recursos definido pelo TCE/SC?

R. Não. Deve ser utilizado somente os códigos de Fontes de Recursos e de CO que constam do Detalhamento de
Fonte de Recursos definido pelo TCE/SC, conforme layout do e-singe.

As FRs abaixo poderão ser utilizadas e serão recepcionadas pelo e-Sfinge? O TCE atualizará esta FR na tabela de
destinação de recursos?

803 Recursos Vinculados ao Sistema de Proteção Social dos Militares (SPSM)

860 Recursos Extraorçamentários Vinculados a Precatórios


861 Recursos Extraorçamentários Vinculados a Depósitos Judiciais

R. Não. A FR 803 deve ser utilizada para entes que possuem militares em seus quadros e as FRs 860 e 861 devem
ser utilizadas pelo Tribunal de Justiça para recebimento e pagamento de Precatórios e Depósitos Judiciais. Tais FRs
não serão atualizadas na tabela de destinação de recursos disponibilizada pelo TCE/SC.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Posso usar marcador 7000 em outras fontes diferentes das combinações publicadas? Exemplo: Fonte 501 com
marcador 1001 e 1002?

R. Sim. É possível associar qualquer CO com qualquer código de Fonte de Recursos apresentada no arquivo de
Fontes de Recursos para 2023 (de-para) publicado pelo TCE.

Entretanto, o sistema e-Sfinge considerará apenas algumas combinações para fins de relatório.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
R. Os Códigos de Acompanhamento da Execução Orçamentária (CO) devem ser marcados com as Fontes de
Recursos já associadas no referido documento. Por exemplo: os COs 1001 e 1002 devem ser associados à FR 500
e o CO 3110 deve ser associado às FRs 706, 700, 665, 631 e 570:
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Não necessariamente todos os COs associados às Fontes de Recursos no documento de-para deverão ser
marcados quando do uso dessas FRs, contudo quando não houver o uso destes COs específicos, deverá ser
marcado o CO 7000.

Por exemplo: é possível marcar o CO 7000 quando da execução da despesa com FR 500, assim como é possível
associar o CO 1001 à FR 500:
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Contudo, em determinadas Fontes de Recursos, não se recomenda a execução da despesa sem CO (7000).

Exemplo: FR 752 com os COs 7004, 7005 e 7006.


PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Os Código de Acompanhamento da Execução Orçamentária (CO) são considerados em quais classes do PCASP
para fins de relatório?

R. Para fins dos demonstrativos do Sistema e-Sfinge, serão utilizados os registros na classe 6.

Obs.: Considerando as contas contábeis constantes no Evento 2.72.13 (PRESTAÇÃO DE CONTAS DE DESPESAS
DECORRENTES DE CONTRATO DE RATEIO EXECUTADAS NO CONSÓRCIO – REGISTRO NO ENTE), a utilização do
marcador CO “1002 - Identificação das despesas com ações e serviços públicos de saúde” é necessária no Conta
Corrente “13 – Consórcios” para que os registros sejam computados nos limites com gastos de saúde, nas
contas:

7.5.3.2.0.00.00 – DESPESAS EXECUTADAS EM CONSÓRCIOS PÚBLICOS,


8.5.3.2.1.00.00 - CRÉDITO EMPENHADO A LIQUIDAR (CONSÓRCIOS), e

8.5.3.2.3.00.00 - CRÉDITO EMPENHADO LIQUIDADO A PAGAR (CONSÓRCIOS); e


8.5.3.2.4.00.00 – CRÉDITO EMPENHADO LIQUIDADO PAGO (CONSÓRCIOS).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Como identificar os recursos que antes eram realizados com os Grupos de Destinação de Recursos (GDRs) 1
(Recursos do Tesouro - Exercício Corrente) e 2 (Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente), sendo que a
partir de 2023 somente haverá o GDR 1 (Recursos do Exercício Corrente) e 2 (Recursos de Exercícios Anteriores)?

R. Para o TCE/SC não há necessidade de separação de recursos no GDR. O controle será feito na arrecadação
realizada em cada Unidade Gestora (UG).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Quando o recurso é arrecadado na fonte 1.500.7000, mas os gastos ocorrem nas fontes 1.500.1001 e
1.500.1002, devem ser feitos ajustes entre as fontes? No esfinge haverá algum impeditivo?

R. Os recursos não vinculados de impostos e transferências de impostos (FR 500) necessitam de marcadores
apenas na execução orçamentária da despesa (empenho, liquidação e pagamento) para identificar os gastos com
Ensino (1001) e Saúde (1002) e serem computados na apuração dos limites constitucionais.

Na arrecadação da receita de recursos não vinculados de impostos e transferências de impostos (FR 500) não há
necessidade de marcador (utiliza-se o código 7000).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Em muitas Fontes de Recursos não é obrigatório o uso do CO no momento da arrecadação da receita, mesmo
assim posso utilizar? Exemplo: O CO 1070 só é obrigatório na execução da despesa, mas se arrecadar o FUNDEB
na fonte 1.540.1070, o esfinge vai aceitar?

R. Sim, é possível utilizar CO na arrecadação da receita mesmo quando só é obrigatório na execução da despesa.

Contudo, para fins dos demonstrativos do Sistema e-Sfinge, serão utilizados apenas os registros na execução
orçamentária da despesa (Empenho, Liquidação, Pagamento e Restos a Pagar).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Fontes de Recursos e Códigos de Acompanhamento de Execução Orçamentária - RPPS

Pagamento de benefícios previdenciários do poder executivo do plano financeiro com recursos do aporte para
cobertura de insuficiência financeira do RPPS:

R. FR 500 ou 501, CO 2111 (Benefícios previdenciários - Poder Executivo - Fundo em Repartição (Plano Financeiro)).

Pagamento de benefícios previdenciários do poder legislativo do plano financeiro com recursos do aporte para
cobertura de insuficiência financeira do RPPS:

R. FR 500 ou 501, CO 2121 (Benefícios previdenciários - Poder Legislativo - Fundo em Repartição (Plano
Financeiro)).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Pagamento de despesa com PASEP sobre o rendimento dos investimentos do RPPS plano previdenciário:

R. FR 800 (Recursos Vinculados ao RPPS - Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário)), sem CO (código 7000).

Pagamento de despesa com PASEP sobre o rendimento dos investimentos do RPPS plano financeiro:

R. Se financiado com recursos de contribuições no Plano Financeiro: FR 801 (Recursos Vinculados ao RPPS - Fundo
em Repartição (Plano Financeiro)), sem CO (código 7000).

Se financiado com recursos de aportes do tesouro municipal para cobertura de déficit financeiro: FR 500 ou 501,
sem CO (código 7000).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Pagamento de sentenças judiciais (benefícios previdenciários) do plano previdenciário:

R. FR 800 (Recursos Vinculados ao RPPS - Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário));

CO 1111 (Benefícios previdenciários - Poder Executivo – Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário)); ou

CO 1121 (Benefícios previdenciários - Poder Legislativo – Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário)).

Pagamento de sentenças judiciais (benefícios previdenciários) do plano financeiro:

R. Se financiado com recursos de contribuições no Plano Financeiro: FR 801 (Recursos Vinculados ao RPPS -
Fundo em Repartição (Plano Financeiro);

CO 2111 (Benefícios previdenciários - Poder Executivo - Fundo em Repartição (Plano Financeiro)); ou

CO 2121 (Benefícios previdenciários - Poder Legislativo - Fundo em Repartição (Plano Financeiro);

Se financiado com recursos de aportes do tesouro municipal para cobertura de déficit financeiro: FR 500 ou 501, CO
2111 ou 2121.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Pagamento da Compensação Financeira entre RGPS e RPPS com recursos do plano previdenciário:

R. FR 800 (Recursos Vinculados ao RPPS - Fundo em Capitalização (Plano Previdenciário)), sem CO (código 7000).

Pagamento da Compensação Financeira entre RGPS e RPPS com recursos do plano financeiro:

R. Se financiado com recursos de contribuições no Plano Financeiro: FR 801 (Recursos Vinculados ao RPPS - Fundo
em Repartição (Plano Financeiro)) sem CO (código 7000);

Se financiado com recursos de aportes do tesouro municipal para cobertura de déficit financeiro: FR 500 ou 501,
sem CO (código 7000).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Posso associar a Fonte de Recursos 718 (Auxílio Financeiro – Outorga Crédito Tributário ICMS – Art. 5º, Inciso V,
EC nº 123/2022) ao marcador CO 1001 - Identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do
ensino?

R. Sim. Mesmo que o CO 1001 (Identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino) não
esteja associado à Fonte de Recursos 718 na Tabela de Destinação da Receita para 2023, pode-se utilizar esse
marcador para essa FR.

De acordo como Comunicado Oficial emitido pela DGO em 21/09/2022:

4.2 - Sistema e-Sfinge (exercício 2023): Empenhos com código de FR 718 - Auxílio Financeiro – Outorga Crédito
Tributário ICMS – Art. 5º, Inciso V, EC nº 123/2022, código de Função 12 – Educação, e marcador 1001 -
Identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino;
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Como identificar as despesas com saúde e educação que serão realizadas por Emendas Parlamentares (Trans.
Especial)? FR 706 - CO 3110 ou FR 710 – CO 3210?

R. Não há CO separado para educação ou saúde, visto que as transferências especiais independem de celebração
de convênio ou de instrumento congênere.

Caso necessite da identificação da destinação de recursos (saúde ou educação), pode ser feito pelo detalhamento
da especificação de recursos diretamente pelo município.

Obs.: os valores recebidos de emendas parlamentares não são incluídos na apuração do cumprimento mínimo das
despesas com educação e saúde.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS
Posso utilizar o CO 3120 (Identificação das Transferências da União decorrentes de emendas parlamentares de
Bancada) ou CO 3110 (Identificação das Transferências da União decorrentes de emendas parlamentares
Individuais) em despesas com educação e saúde, mesmo em FR que não estão no bloco das vinculações de
educação e saúde?

R. Sim. Considerando que os recursos de Emenda de Bancada e Individuais (modalidade com finalidade definida)
podem ser recebidos por meio de Convênios e Instrumentos Congêneres vinculados à Saúde ou à Educação, pode
ser adotada a classificação da especificação de Fonte de Recursos mais adequada com o CO 3120 ou 3110.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Posso classificar todas as receitas de fundos (exceto fundo de saúde, educação, assistência social e de regimes
de previdência ) com Fonte de Recursos 759 ou obrigatoriamente devo abrir as receitas em 501, 753 e 759?

Se um fundo arrecadar receita proveniente de taxa, deve-se utilizar a Fonte de Recursos 753 (Recursos
Provenientes de Taxas, Contribuições e Preços Públicos) ou 759 (Recursos Vinculados a Fundos)?

R. A Fonte de Recursos 759 (Recursos Vinculados a Fundos) deverá ser utilizada quando houver alguma vinculação
legal de recursos a um fundo público.

Será utilizada para classificação dos recursos arrecadados pelo próprio fundo e vinculados ao fundo por
determinação legal (Orientações da STN, pg. 12).

Quando a receita de taxa for vinculada a um fundo, deve ser dada prioridade para a classificação na fonte 759
(Recursos Vinculados a Fundos).

Se o fundo arrecadar receita que não houver vinculação legal, pode-se utilizar a Fonte de Recursos 501 (Outros
Recursos não Vinculados).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

As Taxas, Contribuições e Preços Públicos sem destinação vinculada podem ser classificadas com Fonte de
Recursos 501 (Outros Recursos não Vinculados) ou deve ser 753 (Recursos Provenientes de Taxas, Contribuições
e Preços Públicos)?

R. Taxas, Contribuições e Preços Públicos sem destinação vinculada devem ser classificadas com Fonte de
Recursos 501 (Outros Recursos não Vinculados).

Se houver destinação específica definida na legislação, deve-se utilizar a Fonte de Recursos 753 (Recursos
provenientes de Taxas, Contribuições e Preços Públicos).

Obs.: Em regra quando a prefeitura transferir ao fundo, este deve manter a mesma FR que a prefeitura utilizou.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Quando deve ser utilizado o código de FR 880 - Recursos Próprios dos Consórcios? Todos os recursos serão da
FR 880, ou somente os gerados no âmbito do consórcio?

R. Os Consórcios Públicos podem utilizar o código de Fonte de Recursos 880 - Recursos Próprios dos Consórcios.

Adicionalmente, pode ser utilizado o detalhamento da Fonte de Recursos para identificar a origem dos recursos
recebidos.

Ressalta-se que este código deve ser utilizado apenas pelos consórcios públicos.

A Unidade Gestora que transfere os recursos (Exemplo: Fundo Municipal de Saúde) deverá utilizar o código de
Fonte da transferência dos Recursos ao consórcio. Exemplo: FR 500 - Recursos não vinculados de Impostos; CO
1002 - Identificação das despesas com ações e serviços públicos de saúde.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

A desvinculação da COSIP (FR 751 - Recursos da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública –
COSIP) pode ser realizada em qual Fonte de Recursos?

R. A desvinculação da COSIP deve ser feita no mesmo código de Fonte de Recursos em que houve a arrecadação,
que geralmente é na FR 751 (Recursos da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP).
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Na tabela de Destinação da Receita Púbica, não encontrei classificação específica de receita cuja aplicação seja
vinculada. Devo utilizar Fonte de Recursos 899 ou 799?

R. Deve-se utilizar a Fonte de Recursos 899 (Outros Recursos Vinculados) que não sejam oriundos de transferências
ou 799 (Outras Vinculações Legais) para recursos oriundos de transferências.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Em qual situação devo utilizar o código de Fonte de Recurso 898 (Recursos a Classificar)?

R. O código 898 deve ser utilizado de maneira temporária e transitória até que se defina a classificação mais
adequada para o recurso ingressado.
PADRONIZAÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

Devo utilizar a Fonte de Recurso Extraorçamentária 869 para registrar as consignações?

R. O roteiro de contabilização disposto no evento 2.87 é facultativo em 2023.

Contabilização atual: Contabilização futura:


LIMITE MÍNIMO DE APLICAÇÃO EM
MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO (MDE)
Limite mínimo de aplicação em Manutenção
e Desenvolvimento do Ensino (MDE)

Qual o posicionamento do TCE/SC em relação à Emenda Constitucional nº 119/2022?

R. A EC 119/2022 afastou a responsabilização pelo não atendimento ao mínimo constitucional em


manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE) nos exercícios de 2020 e 2021 e estabeleceu o dever de
complementar a diferença a menor entre o valor aplicado e o valor exigível até 2023.

Em 2023, o TCE/SC fará o monitoramento com a inclusão de um item específico relativo ao tema na
verificação do cumprimento mínimo constitucional de 25% em MDE no Processo de Prestação de Contas
de Prefeito do exercício de 2022.

A complementação deverá ser realizada com base na diferença a menor entre o valor aplicado e o valor
exigível e não com base no percentual aplicado a menor.
Limite mínimo de aplicação em Manutenção
e Desenvolvimento do Ensino (MDE)

É possível realizar despesas com recursos de superávit de impostos (FR: 2.500.1001) para que sejam
consideradas na apuração do mínimo constitucional em MDE?

R. Sim. De acordo com o Manual de Demonstrativos Fiscais da STN (MDF 13º Edição), é possível realizar
despesas com recursos do superávit de impostos para fins de apuração do mínimo constitucional de 25%
em MDE.
LIMITE MÍNIMO DE APLICAÇÃO COM
RECURSOS DO FUNDO DE MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E
DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO (FUNDEB)
Limite mínimo de aplicação com recursos do FUNDEB

A partir de 2023 os municípios vão passar a receber os recursos do VAAR (FR 543). Os municípios que
receberem VAAR podem aplicar este recurso no pagamento de folha?

R. É permitida a utilização dos recursos do VAAR em despesas com profissionais da educação básica, sendo
que esses recursos devem ser excluídos da base de cálculo da receita para apuração da aplicação de 70% dos
recursos do FUNDEB, em atendimento ao disposto no art. 26 da Lei nº 14.113/2020.

Assim, os recursos do VAAR podem ser aplicados para financiar despesas com folha de pagamento de
profissionais da educação básica, contudo essas despesas não podem ser consideradas na apuração da
aplicação mínima de 70% dos recursos do FUNDEB.
Limite mínimo de aplicação com recursos do FUNDEB

Em relação aos recursos recebidos do VAAT (FR 542), devo aplicar 50% em educação infantil e 15% em
despesas de capital?

R. De acordo com o art. 16, VII, da Lei n. 14.113/2020, o Poder Executivo federal publicará, até 31 de
dezembro de cada exercício, para vigência no exercício subsequente, as aplicações mínimas pelas redes
de ensino em Educação Infantil.

A aplicação na proporção de 50% (cinquenta por cento) em Educação Infantil deve realizada ser com base
nos recursos globais da complementação-VAAT da União.

Assim, o município deve aplicar mais ou menos de 50% dos recursos recebidos de VAAT em Educação
Infantil, de acordo com Portaria disponível no site do FNDE (Indicador para Educação Infantil - Portaria
MEC/MF nº 2, de 19 de abril de 2023)

Em relação às despesas de capital, deve ser aplicado o percentual mínimo de 15% (quinze por cento) dos
recursos recebidos da complementação-VAAT, conforme art. 27, da Lei n. 14.113/2020.
Limite mínimo de aplicação com recursos do FUNDEB

Salário do Secretário de Educação pode ser pago com recursos do FUNDEB?

R. Sim. De acordo com o Prejulgado 2369/2023:

1. Com a vigência da nova redação do § 1º, II, do art. 26 da Lei n. 14.113/2020, dada pela Lei n.
14.276/2021, poderão ser remunerados, com os recursos da parcela mínima de 70% do FUNDEB, os
profissionais em efetivo exercício nas escolas ou órgão/unidade administrativa integrantes da rede
municipal de ensino voltadas à consecução dos objetivos exclusivamente da educação básica de atuação
prioritária do Município, inclusive as atividades próprias da Secretaria Municipal da Educação, abrangendo-
se também os profissionais definidos nos incisos II a IV do art. 61 da Lei n. 9.394/1996 (LDB), sendo
vedado o pagamento de despesas relativas às atividades em desvio de função ou alheias à manutenção e
desenvolvimento do ensino, conforme disposto no art. 71, VI, da LDB;

2. A referência da Lei n. 14.276/2021 ao efetivo exercício nas redes de ensino remete aos trabalhadores do
conjunto das instituições municipais voltadas à consecução dos objetivos da educação básica, inclusive
das atividades próprias da Secretaria Municipal da Educação, sendo vedado o pagamento de despesas
relativas às atividades em desvio de função ou alheias à manutenção e desenvolvimento do ensino (art. 71,
VI, da Lei n. 9.394 de 1996 - LDB), para fins de cumprimento do art. 212 da Constituição Federal.
Limite mínimo de aplicação com recursos do FUNDEB

É possível realizar o pagamento de salários com recursos do Fundeb em uma conta de banco privado?

R. Sim. De acordo com as alteração ocorridas em 2021 na Lei n. 14.113/2020 e com o Prejulgado 2314:

Em conformidade com os arts. 20 e 21 da Lei n. 14.113/2020, os órgãos e entidades da administração


pública que possuam contratos administrativos com instituições financeiras privadas, que tenham como
objeto a exclusividade de centralização, processamento e gerenciamento dos créditos provenientes da folha
de pagamento de todos os servidores, devem ajustar seus instrumentos contratuais, para que os recursos
oriundos do FUNDEB sejam mantidos nas contas únicas e específicas da Caixa Econômica Federal ou do
Banco do Brasil S.A., e nelas serem executados, sendo vedada a transferência para outras contas, exceto
aos casos em que os governos estaduais, distrital ou municipais, para viabilizar o pagamento de salários,
de vencimentos e de benefícios de qualquer natureza aos profissionais da educação em efetivo exercício,
tenham contratado ou venham a contratar instituição financeira, que deverá receber os recursos em conta
específica e observar o disposto no § 6º do art. 21 da Lei n. 14.113/2020.
LIMITE MÍNIMO DE APLICAÇÃO EM AÇÕES E
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (ASPS)
Limite mínimo de aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde
(ASPS)

Qual a Fonte de Recursos adequada para utilizar no exercício de 2023 referente as transferências
SUS/União para pagamento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às
endemias?

R. A classificação das receitas de transferência do SUS/União para pagamento dos agentes


comunitários de saúde (ACS) e dos agentes de combate às endemias (ACE) a partir de 2023 pode ser
feita na Fonte de Recursos 604 - Transferências provenientes do Governo Federal destinadas ao
vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias.
LIMITE MÁXIMO PARA GASTOS COM PESSOAL DO
MUNICÍPIO (PODER EXECUTIVO E LEGISLATIVO)
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)

As despesas com pagamento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de
enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, no âmbito da EC 127/2022, serão deduzidas da Despesa
com Pessoal?

R. Em 2022 e 2023, as despesas para pagamento do piso da enfermagem não serão computadas para fins
dos limites da LRF (Incisos I, II e III, § 2º, art. 38 da EC 127/22), quando custeadas com recursos provenientes
do auxílio financeiro prestado pela União.

De acordo com a EC 127/2022, a partir de 2024, serão deduzidas em 90% do seu valor; entre o 2024 e 2033, a
dedução será acrescida em 10% ao ano até que o piso passe a ser plenamente computado.

A partir da Portaria STN/MF n. 688/2023, foi criada a Fonte de Recursos 605 - Assistência financeira da União
destinada à complementação ao pagamento dos pisos salariais para profissionais da enfermagem.

Controle dos recursos transferidos pela União, a título de assistência financeira complementar, para o
cumprimento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o
auxiliar de enfermagem e a parteira, conforme estabelecido pela CF/88, art. 198, §§12 a 15.
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)
Quando devo empenhar a despesa de mão-de-obra no elemento 34.01 - Substituição de mão-de-obra (LRF,
art. 18, §1º), e quando devo empenhar no elemento 39 – Outros serviços de terceiros – pessoa jurídica?

R. De acordo como Manual de Demonstrativos Fiscais da STN (MDF) (págs.. 510-514), o Elemento de Despesa
34 – Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização deve ser utilizado quando há
contratação indireta de serviços pela administração pública em substituição ao servidor ou ao empregado
público, que sejam inerentes a categorias funcionais abrangidas por plano de cargos do quadro de pessoal do
órgão ou entidade ou relacionadas à atividade-fim.

Assim, quando for possível identificar que a remuneração da mão de obra relacionada à atividade-fim ou
inerente a categorias funcionais abrangidas por plano de cargos do quadro de pessoal do ente público é
custeada com recursos públicos, essa despesa deverá ser incluída no cômputo da despesa com pessoal, para
fins de verificação dos limites estabelecidos na LRF.

Se os serviços prestados forem considerados somente acessórios à atividade-fim, os serviços podem ser
empenhados no elemento de despesa 39 – Outros serviços de terceiros – pessoa jurídica, não incluída no
cômputo da despesa com pessoal.
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)
Despesas com prestação de serviços com substituição de mão-de-obra em autarquia:

Devo considerar o quadro de pessoal somente da autarquia ou o quadro de pessoal da Prefeitura,


considerando que cargo contratado está previsto no quadro de pessoal da prefeitura?

R. O art. 20 da LRF dispõe que o limite de despesa com pessoal nos municípios deve observar a repartição
global entre o Poder Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e o Poder
Executivo.

Assim, se a autarquia for vinculada ao Gabinete do Prefeito, a classificação da despesa orçamentária deve
ser observado sob a ótica do Poder Executivo.

Nesse sentido, a classificação orçamentária mais adequada para esse caso é 3.3.90.34.
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)
As despesas com pessoal das organizações da sociedade civil com contratos de gestão que atuam na
atividade fim do ente da Federação e que recebam recursos financeiros da administração pública devem ser
consideradas como despesa com pessoal para fins de limite da LRF?

R. De acordo com o §1º, do artigo 18, da Lei de Responsabilidade Fiscal, os valores dos contratos de
terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos devem ser
contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal“ (ED 34), no cômputo da despesa total com pessoal do
ente.

Caso ocorra contratação de OS com contrato de gestão, o empenhamento deve se dar na classificação
3.3.50.85 e o registro em contas de controle, conforme orienta o prejulgado 2279 do TCE/SC:

[...] 19. Dos recursos repassados, a partir do exercício de 2022, o montante utilizado no custeio das despesas
com pessoal relacionada à atividade-fim deverá ser controlado por meio de contas de controle (a débito de
conta da classe 7 denominada “Controles da Despesa com Pessoal para fins da LRF” e a crédito de conta da
classe 8 denominada “Despesas com Pessoal nas Entidades com Contrato de Gestão”) após a prestação de
contas ao ente estatal, a qual deverá ocorrer mensalmente. [...]

Nesse sentido, foi publicado na tabela de download 2022 no site do TCE/SC, o Evento Contábil 2.85, para
registro das transferências decorrentes de contratos de gestão e as respectivas despesas com pessoal, como
segue:
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)
Limite máximo para gastos com pessoal do Município
(Poder Executivo e Legislativo)

Como contabilizar as despesas de pessoal não empenhadas? Exemplo: despesas não empenhadas que
serão parcelados junto ao RPPS

R. A apuração dos gastos com pessoal deve ocorrer por regime de competência, segundo a LRF,
independentemente do empenho. Para tanto foi criada no PCASPSC a conta 8.6.3.3.1.00.00 - DESPESA
COM PESSOAL NÃO EXECUTADA ORÇAMENTARIAMENTE, que deve ser utilizada para registrar esses
valores anulados, como segue:

D 7.6.3.3.0.00.00 CONTROLES DA DESPESA COM PESSOAL PARA FINS DA LRF

C 8.6.3.3.1.00.00 DESPESA COM PESSOAL NÃO EXECUTADA ORÇAMENTARIAMENTE


Muito Obrigado!
Diretoria de Contas de dgo@tcesc.tc.br
Governo (DGO)
(48) 3221-3764

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