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O amor de Deus no Casamento

Queremos falar-lhes sobre o amor, o caminho sobremodo excelente!

Temos aprendido que a grande missão de Deus para o homem é que


sujeite a terra e domine sobre todos os animais (Gn 1.26-28), e não
que domine sobre outros homens! Jesus disse: “… Sabeis que os
governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem
autoridade sobre eles. Não é assim entre vós…” (Mt 20.25,26).

Mas, para dominar a terra, o homem precisava perceber a


necessidade e a bênção de uma família; tinha que saber que
precisaria dela para tal tarefa, pois não seria possível fazê-lo sozinho!
E assim foi com Adão e Eva, Noé e sua esposa, Abraão e Sara, José
e Maria (Gn 2.18; 9.1-10; 12.1-3; Lc 1.26-38; Mt 1.18-25). E Jesus
começa sua Igreja derramando Seu Espírito sobre famílias inteiras:
homens, mulheres, jovens, velhos, crianças (At 2.17,18). Conclui-se,
então, que o propósito de Deus está entranhado na família, e a família
no propósito eterno de Deus. E não há como separá-los!

Sobre o casamento, a principal coisa a se saber é que ele não é


nosso, é de Deus; não é para a nossa felicidade, mas para a glória de
Deus e seus desígnios; não é para nós, é para Ele! (Rm 11.36; Cl
1.16,17). E, tão importante quanto saber que o casamento não é algo
nosso ou para nós, é entender que nem todo amor serve para o
casamento! E a falta do amor de Deus nos relacionamentos é o
principal motivo por trás de tantos divórcios e separações. O amor
(ágape – 1Co 13.4-9) que Jesus tem para com a Igreja (Ef 5.25-31) é
o tipo de amor que deve haver no casamento! E esse amor tem que
ser abastecido, e só Deus pode fazê-lo através do seu Espírito. Ele é
o gerador do amor!

Segundo Efésios 3.17-19, o amor de Deus é largo – extenso,


abrangente (abrange tudo o que vemos e o que não vemos); é
comprido – durável e de qualidade; é alto – devolve a dignidade à
pessoa amada; levanta, ergue, enaltece, incentiva, apoia, ajuda o
outro a se desenvolver. Sendo assim, o outro vai sendo restaurado,
porque o casamento, segundo Deus, provê as condições ideais para
que as pessoas sejam restauradas à sua capacidade máxima, onde
todos os membros da família podem desenvolver todo o seu potencial
nas mais diversas áreas; é profundo – alcança as maiores
profundezas da pessoa, e descobre suas fraquezas, deslealdades,
traições, pecados: as “baixesas” humanas; e para amarmos dessa
forma tão profunda, temos que nos dispor a perdoar! Jesus disse: “[…]
aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7.47). E, por fim, o
amor (ágape de Deus) jamais acaba (1Co 13.8)!

Paulo fala aos coríntios que todos os que estão em Cristo são
membros igualmente importantes, sendo Jesus o cabeça deste corpo:

1Co 11.3: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo
homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.”

1Co 12.12-14: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos


membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só
corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito,
todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só
Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.”

O Espírito diz através do apóstolo, que, no corpo de Cristo, todos


dependem uns dos outros e devem servir e edificar uns aos outros.
Falando sobre o mesmo assunto aos Gálatas (3.26-28), ele escreve:
“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos
revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo
nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus.”. Aqui ele acrescenta as mulheres, que são membros
igualmente importantes, e igualmente capazes de servir e edificar o
corpo de Cristo, a começar pela família!

Concluindo esse assunto sobre o corpo – os membros e os dons que


o servem e edificam – Paulo fala sobre o amor no capítulo 13 de sua
carta aos Coríntios.

Sabemos que as funções de um marido são: governar o lar (1 Tm


3:4,12); prover o sustento familiar (Gn 3:19; 1 Ts 4:11,12; 1 Tm 5:8);
amparar, cuidar e proteger esposa e filhos (Ef 5:29); ser sacerdote
para a família (Gn 18:19); ter a responsabilidade principal na disciplina
dos filhos (1 Sm 3:12,13; Hb 12:7-9). Enquanto a esposa tem como
funções suas: atender a família e cuidar da casa (Pv 31:21,22,27; Tt
2:5), ocupando-se da criação dos filhos (1 Tm 2:15; 5:14). Mas, para
que marido e esposa exerçam suas funções, ambos têm que estar
buscando o ágape de Deus, o tipo de amor que vai capacitá-los a
serem pacientes, bondosos, e a não serem ciumentos, soberbos,
inconvenientes, egoístas, exasperados, ressentidos, injustos. Só o
amor de Deus tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E,
principalmente, o amor jamais acaba!
O marido expressa o amor exercendo sua autoridade servindo com
toda a amabilidade, gentileza, afabilidade, não tratando sua esposa
com amargor (Cl 3:19), tendo consideração por ela como parte mais
frágil, e tratando-a com dignidade (1 Pe 3:7). A esposa expressa o
amor respeitando o marido, não sendo independente em nenhum
aspecto ou assunto, mostrando submissão ao deixar que o marido
seja, de fato, o cabeça, governando o lar em sujeição a Cristo.

Sendo assim, marido e esposa desfrutam da ‘nova criação’ que Deus


começa a operar a partir de dois indivíduos diferentes, que deixam pai
e mãe (apesar do ensino, das virtudes, dos hábitos, das manias, etc.,
herdados). Tornam-se, então, uma só carne e uma nova família, com
virtudes, hábitos, manias, etc., próprios!

Quando amamos, de fato, abrimos mão do nosso modo de ser e


pensar para, juntos, buscarmos o pensamento e a vida de Cristo no
nosso casamento e serviço ao Senhor. E o amor não é sentimento, é
escolha, é prática recheada de bondade, afeto, gentileza, e sacrifício
em favor do outro. Casamento, eis um caminho excelente!

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