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Assentamento de Orixá, Igba orixá, assentamentos de todos orixás no candomblé.

Assentamentos dos
orixás mais importantes.

Igba orixa, ibá orixa ou simplesmente ibá é o nome dos assentamentos sagrados dos orixás na cultura
nago vodun, onde são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada um deles na feitura de santo. Ao
lado de cada um dos igbas encontramos talhas, quartinhas e quartiões, que devem conter o líquido mais
precioso da vida chamado pelo povo do santo de omin (água).

Cada igba orixa é uma representação material e pessoal, simbolizando a captação de energia oriundo da
natureza, ligado aos orixás correspondentes e sempre emanando energias para seus adeptos e crentes.

Assentamentos (igba orixá) mais importantes num terreiro de candomblé

Igba exu

Igba ogun

Igba oxosse

Igba ossaim

Igba obaluaye

Igba omolu

Igba xango

Igba oxumare

Igba iywa

Igba oxun

Igba yemanja

Igba oya

Igba oba

Igba nanã

Igba logunede

Igba oxaguian
Igba oxalufan

Igba Ori

Igba exu ou assentamento de exu como é chamado comumente pelo povo de santo, são confeccionados
de várias formas, muitos são vistos em panela de ferro, alguidá, panela de barro, muitas vezes modelado
com tabatinga, em forma humana completa, ou apenas busto, com olhos e boca feito de búzios. Igba exu
também pode ser representado por uma pedra, preferencialmente de laterita ou um montículo de terra,
contendo vários elementos do reino animal, vegetal e mineral.

Uma mistura especial é feita pelo babalorixá ou iyalorixá, em conjuto com a Iyamorô, contendo azeite-
de-dendê, mel, vinho, diversos tipos de bebida alcoolica e sal. As folhas sagradas de exu são maceradas
com enxofre, mercúrio, carvão vegetal, inúmeros tipos de pimentas, não pode faltar (atarê, lelecun,
begerecum, aridan e aberê).

Pelo menos sete tipos de metais são colocados: Ouro, prata, cobre, zinco, ferro, níquel e estanho, depois
de ser banhado em água sagrada. Juntando-se tudo a terra de sete encruzilhadas e de alguns
estabelecimentos comerciais e coloca no respectivo recipiente, ornando com os tridentes e lanças,
moedas antigas e atuais, e muitos búzios. Deve conter no assentamento pelo menos uma quartinha com
quatro búzios dentro, para fazer a consulta em momento oportuno.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas.

Igba ogun ou assentamento de ogum como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos de várias formas, seguindo o mesmo princípio. As vezes são vistos em panela de ferro,
alguidá, panela de barro, ou recipientes de metal como cobre,alumínio e bronze, todavia sempre com
artefatos do metal ferro,(martelo, foice, espada, torquês, pá, picareta, facão), no mínimo de sete
ferramentas e no máximo de vinte e uma. Justificado a mitologia Yoruba como o orixá ferreiro, senhor
dos metais, caminhos e da agricultura.
Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada
são imprescindíveis. Determinados assentamentos de ogum são preparados da mesma forma do Igba
exu, embora o ato de sacralização seja diferente.

Nota: Todos assentamentos igba orixá , devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas.

Igba oxosse ou assentamento de oxosse como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos de duas formas, todavia as duas formas são semelhantes no que se refere a um artefato de
ferro em forma de arco e flecha denominado de ofá e um otá de cor escura.

Diferença

O ofá é fixado numa haste do mesmo metal, com base arredondada para que o conjunto possa ficar em
pé dentro de uma alguidá ou qualquer outro recipiente de barro. A grande diferença é que alguns
assentamentos são confeccionados com uma mistura especial de argamassa, contendo vários elementos
do reino animal, vegetal e mineral como folha sagrada, oguê, iruexin, rabo de tatu, chifre de veado e o
ofá fixado nesta mistura sagrada.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba ossaim, assentamento de osain ou agué, como é chamado popularmente pela cultura Jeje-Nago,
são construídos com recipientes de barro como alguidá, quartinha, talha etc.

Confecção

Sobreposto em um alguidá um vasso de barro ou talha de duas ou três alças, são dispostos vários
apetrechos, são encontrados vários tipos de búzios, moedas antigas de prata, cobre e níquel, vários tipos
de sementes como aridan olho de boi, lelecun, bejerecum, aribé, obi, atarê orobô, miniatura de
cachimbo em quantidade de quatorze (14) confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa
com variado tipo de folha sagrada, em especial sete plantas chamadas gervão,akoko, Irokò,
Kunkundukunku, Ewê lará, peregun, Iji opé. Nesta mistura perfeita fixa um Oposayin "ferramenta de
ossaim" (uma haste central com um pássaro na ponta construído de ferro, do meio dessa haste saem
sete pontas, onde são colocados os cachimbos, em baixo o sagrado apetrecho mais importante de todos
os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande contendo no mínimo quatorze (14) tipos de folha
sagrada e uma pequena cabaça cheia de fumo de corda, serve de suporte para este precioso igba orixa.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba obaluaye ou assentamento de obaluaye como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com dois recipientes de barros de formas arredondadas, na parte inferior um alguidá e na
parte superior um cuscuzeiro, simbolizando o planeta terra, em alusão ao seu nome, Oba (rei), Olu
(senhor), Aye (mundo ou Planeta terra), "Beniste Orum Aye".

Confecção

Dentro do alguidá são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e
complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, moedas antigas
de prata, vários tipos de sementes como aridan e olho de boi, miniatura de xaxará e uma argamassa com
variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de
ekodidé e o sagrado apetrcho mais importate de todos os orixas, o otá.

A parte superior é um cuscuzeiro de barro com sete orificios, onde são depositadas cuidadosamente as
sete lanças chamadas de Ichã, ornado com grande quantidade de búzio (religião) e marfim. Não
necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca que constitui a
maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba xango ou assentamento de xango como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com recipientes de madeira denominado de gamela, podendo ser de formato arredondadas
ou ovaladas. São utilizadas três tipos de árvores diferentes em sua construção, conhecida no Brasil como
jenipapeiro, jaqueira e umbaúba.

Confecção

Dentro da gamela principal tem dispostos vários apetrechos, podemos encontrar várias moedas de
cobre, pulseiras e pequenos machados do mesmo metal, três tipos de sementes são indispensáveis, são
elas aribés, orobôs e aridans em quantidade de 6 em acordo com o odu obara ou 12 ejilaxebora. Um
apetrecho especial, bem peculiar a este grande orixá é o meteorito, podendo ser aerólito, astrólito,
meteorólito, uranólito, pedra-de-raio. Todavia, muitas pedras (itá) consagrada ao orixá xango tem
formato de machado, em particular uma pedras do período neolítico, utilizadas como utensílios pelos
humanos na pré-história fazem parte do igba orixá, também chamada de Aráodu.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba oxumare, assentamento de oxumare, dan, dangbe, e becem como é chamado popularmente pela
cultura Jeje-Nago, são construídos com recipientes de barro como alguidá, cuscuzeiro, quartinha, talha
etc.

Confecção
Dentro de um alguidá ou cuscuzeiro "de pé", são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade
deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e
salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como aridan olho de boi, orobô, miniatura
de serpente em quantidade de quatorze (14) confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa
com variado tipo de folha sagrada, em especial duas plantas chamadas gervão e Kunkundukunku, onde é
fixado um caduceu e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande é ornada com grande quantidade de conchas e búzios,
contendo o líquido mais precioso do universo denominado de Omim preferencialmente de chuva, serve
de suporte para este precioso igba orixa.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba oxun ou assentamento de oxum como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com detalhes na cor
amarela e dourada, simbolizando sua ligação e domínio com a gema do ovo. Geralmente no centro da
terrina sai uma haste com um abebé ou um peixe dourado na ponta, construído de metal amarelo,
chamado de ferramenta de oxum.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma
média de oito (8) ou dezeseis (16) búzios, cinco (5) pequenas bolas de ouro e cobre, obis, moedas de
cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu Ôxê, e o sagrado apetrecho mais importante de todos
os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite
doce em algus tipos de oxum azeite de dendê e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com búzios de praia, colares de ouro, colheres douradas e muitas jóias a depender da posse do
iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de água,
geralmente com muito perfume, chamada pelo povo de santo de água de cheiro .

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são iIgba yemanja ou assentamento de yemanja como é chamado popularmente
pelo povo de santo, são construídos com materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor
branca, mas podendo ser de cores variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são dispostos vários apetrechos, são encontrados
uma média de nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e salgada, obis, fava de yemanja
aridan moedas de prata, confirmando sua ligação com o odu ossá, e o sagrado apetrecho mais
importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com azeite doce, manteiga de karité chamado
de ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com conchas e vários cristais que termina em pirâmides de seis lados e conservados em água
dentro do vaso do mesmo material.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba Oya ou assentamento de iansan como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com detalhes na cor
vermelha ou marron, simbolizando sua ligação com o fogo. Geralmente no centro da terrina sai uma
haste com uma espada na ponta, construído de metal acobriado, chamado de ferramenta de Oya.
Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma
média de nove (9) ou dezesseis (16) búzios, nove (9) ou sete (7) pequenas bolas de ouro e cobre, obis,
moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu ossá e odi, e o sagrado apetrecho mais
importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com azeite de dendê, mel de abelha e azeite
doce.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre um (1) prato que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com dois (2) ogues, dois (2) erukeres e nove (9) idés de cobre ou de ouro a depender da posse
do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de água,
geralmente de chuva ou de rio.

Peculiaridade no igba de oya igbale

Assentos de Oya ygbale no Candomblé.Dentro de uma terrina de porcelana ou louça exclusivamente na


cor branca ou branca e prateada são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de nove
(9) a onze (11) búzios, nove (9) ou onze (11) pequenas bolas de ouro branco e prata, obis, moedas de
prata e ouro branco, confirmando sua ligação com o odu ossá e owarin, e o sagrado apetrecho mais
importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com mel de abelha, azeite doce e manteiga
de karité chamado de ori ou limo da costa.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre um (2) prato que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com dois (2) ogues, dois (2) erukeres, onze (11) idés de prata ou de ouro branco, nove (9) ichãs
e uma grande cabaça, que será utilizada nos rituais fúnebres denominado de axexe. Tudo colocado
cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de areia ou terra, simbolizando sua
ligação com mensan orum e os ancestrais (eguns).
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba yemanja ou assentamento de yemanja como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor branca, mas podendo ser de
cores variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são dispostos vários apetrechos, são encontrados
uma média de nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e salgada, obis, fava de yemanja
aridan moedas de prata, confirmando sua ligação com o odu ossá, e o sagrado apetrecho mais
importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com azeite doce, manteiga de karité chamado
de ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com conchas e vários cristais que termina em pirâmides de seis lados e conservados em água
dentro do vaso do mesmo material.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.
Igba nanã ou assentamento de nanã como é chamado popularmente pelo povo de santo na cultura
Nagô-Vodun, são construídos com dois recipientes diferentes, barros e porcelana.

Confecção

Dentro de terrina de porcelana ou de barro, são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade
deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e
salgada, pulseiras de marfim, (sabendo-se que nenhum objeto de metal pode compor este sagrado Igba
orixa, pois é considerado ewo), búzio, vários tipos de sementes como aridan, orobô, obi e olho de boi,
miniatura de ibiri e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada
gervão, onde é fixado uma pena de ekodidé, juntamente com um montículo de efun e o sagrado
apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre cinco (5) pratos que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
(confirmando sua ligação com o odu ejilobon, ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios,
conchas e objetos de marfim.

A parte superior é coberta com um cuscuzeiro de barro com sete orifícios, onde são depositadas
cuidadosamente as sete colheres de pau, simbolizando o ibiri, ornado com grande quantidade de búzio e
marfim. Não necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca
que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba oxaguian ou assentamento de oxaguian como é chamado popularmente pelo povo de santo, são
construídos com materiais de porcelana ou louça na cor branca, bem parecido com o Igba oxalufan,
diferenciando-se por determinados apetrechos. Geralmente com um agadá "espada", escudo, mão de
pilão e pombos, todos contruidos de prata, chumbo ou estanho preso na tampa que cobre uma terrina
onde são guardados os objetos mais valiosos deste orixá.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são dispostos vários apetrechos, são encontrados
uma média de oito (8) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo, obis, moedas de prata,
confirmando sua ligação com os odus ejionile, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os
orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite doce
e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de
apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais,
ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios e objetos de marfim, colocada cuidadosamente
sobre um Pilão.

Igba oxalufan, assentamento de oxalufan ou oxalá como é chamado popularmente pelo povo de santo,
são construídos com materiais de porcelana ou louça na cor branca, geralmente com um opaxoro preso
na tampa que cobre uma terrina onde são guardados os objetos mais valiosos.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são dispostos vários apetrechos, são encontrados
uma média de dez (10) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo, obis, moedas de prata,
confirmando sua ligação com os odus ôfun e êjibé, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os
orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa. A terrina é
colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e
mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com
cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios e objetos de marfim.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha
sagrada e água sagrada são imprescindíveis.
Igba ori, ou ibá ori o é o nome do assentamento sagrado da cabeça de um individuo na cultura nago
vodun, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ossá.

Cada igba ori é uma representação material e imaterial de um individuo, captando constantemente
energias oriundo da natureza para equilibrar a mente do seu adeptos e crentes. É considerado o
primeiro orixá da existência (a essência real do ser). Deve ser assentado e louvado antes de qualquer
outro Orixá depois de exu no ritual de Bori, pois só ori permite a compreensão e o transe.

O assentamentos de ori são sempre visto em recipientes de: Porcelana (Variedade de cerâmica dura,
branca e translúcida), usado principalmente por iniciantes na feitura de santo. Vaso de cristal (Vidro
muito límpido e puro), usado por Babalorixás, Iyalorixás e pessoas de cargo.

Dentro dos recipientes são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada Ori (Yoruba), geralmente
uma pedra de cristal de rocha com limpidez e transparência, e dezesseis búzios, tudo conservado em
água de chuva ou mineral. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha,
folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por
Babalorixas ou Iyalorixas.

O BORI é o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a possibilidade de

transformar um " ORI BURUKU" em "ORI RERE".

È através do Jogo de Búzios que o Babaloorisá recebe as instruções para

realizar este ato (BORI) ritualístico que possibilitará não só a mudança da

sorte como também a manutenção da mesma, para que não se a perca.

É o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza trazendo a


esperança, alegria e a harmonia.

Desta forma, o BORI é uma das oferendas mais importantes que visa o bem

estar individual no Candomblé.

O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Por isso, o sacerdote

deve ter grande conhecimento e respeito em relação à questão do Ori e da

evolução humana. Ori é o Orisá mais importante na vida de um homem, uma vez

que, sem ele, o homem simplesmente não existiria. Ori significa,

literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orisá a ser cultuado. É

ele o portador do destino humano.

O Ritual de Bori independe de qualquer processo iniciático e independe do

culto aos outros Orisás.(variando assim de casa para casa,mas,sem fuigir da

finalidade em si) Seu objetivo é o de alimentar o Ori, seja qual for o sexo,

raça, profissão, idade, nível social da pessoa. Com este ritual busca-se o

equilíbrio através da ação do Ori, condutor do destino pessoal. Muitas vezes

se realiza um Ritual de Bori com o objetivo de afastar o mal do caminho da

pessoa, o que não significa que, retirada esta ameaça nenhum outro mal possa

ocorrer. Assim sendo, o Ritual de Bori não tem "prazo de validade", não tem

freqüência determinada (anual, semestral, mensal, etc.), devendo ser

repetido sempre que se mostre necessário.

O Odu manifestado através do" jogo" é que determina a necessidade de

realização do Bori e indica quais materiais devem ser usados. Há dois tipos

de Bori:

Aquele que é considerado pré-requisito para uma iniciação, ou seja,

primeiramente se alimenta o Ori, divindade pessoal, para a seguir alimentar

outros Orixás.
2) Aquele realizado a fim de buscar a solução de um problema que aflige a

pessoa através do alimento oferecido ao seu Ori, sem que haja necessidade de

iniciação.

O local mais apropriado para realização deste Ritual é a casa do sacerdote.

Este deve Ter bom senso quanto a necessidade de recolhimento. Se o Bori for

acompanhado de Eje, é recomendável o recolhimento como meio de repouso e

proteção, pois o Ori que está sendo venerado não deve receber energia do sol

nem do sereno. O recolhimento evita, ainda, que a "sombra daquele que passou

pelo Bori seja pisada."

O sacerdote deve saber que durante este Ritual a pessoa somente poderá

entrar em transe no momento que seu Orisá for louvado. Deve conhecer a

finalidade e o significado de cada material que usa. Omi e Obi, por exemplo,

são elementos indispensáveis no BORI. Omi, a água, representa paz,

abundância e fertilidade enquanto o Obi é usado para aplacar a fúria das

adversidades, alimentar e agradar as divindades.

O jogo DE Búzios determinará, através de Odu, que material deve ser usado no

Bori e este material poderá ser desde apenas um copo d’água e um Obi até uma

oferenda bem grande.

ORI RERE = ORI de sorte = Cabeça de sorte, cabeça iluminada

ORI BURUKU = ORI sem sorte = Cabeça sem sorte, confusa, insegura…

ORI INU = "Cabeça Interna"

É o ORI NU que gerencia a cabeça física do homem.

É o oriSá mais importante do ser humano, pois ele é ÚNICO, cada pessoa tem o

seu.

É Ele quem conhece e está ligado ao destino de cada indivíduo, conhece e


sabe das suas restrições, das suas fragilidades , das suas potencialidades.

É no ORI que se encontra a ferramenta para a solução dos nossos problemas…

Quando estamos em harmonia com ele, superamos os obstáculos mais facilmente

e assim, certamente conectados à positividade interna e à dinâmica perfeita

da natureza, encontramos a vitória e o sucesso na consecução dos nossos

objetivos pessoais….

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