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A Importância Da Psicopedagogia No Ensino Fundamental
A Importância Da Psicopedagogia No Ensino Fundamental
4ªSÉRIES
Palavras-chave
Introdução
Papel do Psicopedagogo
O fato que se deve considerar é que as tarefas que aparecem englobadas nos
eixos precedentes são objeto da intervenção psicopedagógica, não significa que todos os
psicopedagogos as executem em seu conjunto e, obviamente, não significa que as realizem
da mesma forma.
b) zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma
atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo;
e) difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que
possível;
1º- Ter uma formação acadêmica de nível superior voltada para a área humana, direcionado
para a educação;
3º- Conhecer este objeto de atuação de uma forma ampla,através das teorias de
desenvolvimento e de aprendizagem e suas dificuldades;
vai atuar, mas também ao modo dele pensar a Psicopedagogia e ao conhecimento que ele
tem da área, ou seja da sua atitude psicopedagógica.
A Psicopedagogia Educacional tem como objetivo, fazer com que os
professores, diretores e coordenadores educacionais repensem o papel da escola frente as
dificuldades de aprendizagem da criança. Por outro lado, mesmo que a escola passe a se
preocupar com os problemas de aprendizagem, nunca conseguiria abarcá-los na sua
totalidade, algumas crianças com problemas escolares apresentam um padrão de
comportamento mais comprometido e necessitam de um atendimento psicopedagógico
mais especializado em clínicas. Sendo assim, surge a necessidade de diferentes
modalidades de atuação psicopedagógica; uma mais preventiva com o objetivo de estar
atenuando ou evitando os problemas de aprendizagem dentro da escola e outra a clínico-
terapêutica, onde seria encaminhadas apenas as crianças com maiores comprometimentos,
que não pudessem ser resolvidos na escola.
Em síntese, uma escola é funcional quando conta com forte aliança entre a
comunidade, o corpo docente e administrativo, os quais trabalham os seus conflitos através
da colaboração e diálogo. Esses elementos são flexíveis em sua maneira de lidar com os
conflitos, utilizando-se do conhecimento de várias técnicas e métodos adequados. As
decisões são tomadas em conjunto e a participação dos alunos é solicitada, mas sem ser
igualitária. Cada membro do sistema escolar tem seu papel e função determinada. O
psicopedagogo observa e diagnostica o sistema escolar e então cria condições favoráveis
para a resolução dos problemas que surgem, fazendo com que o ensinar e o aprender se
tornem comprometidos. Sendo assim, a atuação do psicopedagogo dentro da escola exige
algumas características básicas.
2- É uma intervenção que requer uma definição coerente com àquilo que a própria
tarefa representa como recurso para a escola e precisa de análise e reflexão constantes,
como meio para atingir objetivos.
5- É uma intervenção que não se esgota com a demanda concreta,mas que fica ligada ao
contexto específico (sala de aula, instituição) e ao contexto mais amplo (família-
comunidade) e que se apóia na rede de serviços e recursos que a comunidade dispõe.
6- A maior parte das tarefas psicopedagógicas deve ser realizadas em equipe (diretor,
orientador pedagógico, professores e outros). O trabalho em equipe nem sempre é fácil,
mas as decisões devem ser tomadas em conjunto, para que todos assumam
responsabilidades. Um trabalho em equipe também impulsiona a cooperação entre os
profissionais. Desta forma, o psicopedagogo pode estimular junto ao coordenador
pedagógico a formação de equipes de professores, ou comissão de orientação pedagógica,
onde se torne possível um projeto comum de construir uma escola democrática para a
redução dos problemas de ensino aprendizagem.
g) promover a cooperação entre a escola e a família para uma melhor educação dos alunos,
participar no planejamento de reuniões com os pais, privilegiando a integração, a
cooperação e a informação, como também, atender individualmente alguns pais quando for
necessário;
Huguet (1996), afirma que pais e professores para que se obtenha esta boa
relação entre família-escola, atribui fundamentalmente a responsabilidade na escola. O grau
em que os familiares possam elaborar expectativas positivas em relação ao bem-estar e à
educação de seus filhos na escola vai depender da colhida que esta oferecer não somente
aos alunos mas à família em seu conjunto, assim como dos esforços destinados a manter e a
cuidar dessa relação. Assim, há uma variedade de intervenções que estão vinculadas à
cultura da escola em relação às famílias. Os conteúdos desta relação família-escola são: o
caráter sistêmico, mutante e interativo da família; a singularidade da função educacional da
família e sua complementariedade com a da escola; o benefício das relações fluidas entre o
regente e os familiares e, simultaneamente, a necessidade de estabelecer limites entre
ambos os sistemas, evitando as intromissões indesejadas. Outras intervenções dirigidas a
levar as famílias a conhecer a escola são: palestras gerais de início de ano, comunicações
escritas, personalizadas ou gerais, apresentação de projetos nos quais a escola está
envolvida, informar sobre o estilo, as formas de relação que se estabelecem na escola; onde
o psicopedagogo pode colaborar ajudando nestas atividades. Todas estas intervenções têm
como fim prioritário melhorar a comunicação entre a família e a instituição educacional e
fomentar entre elas relações positivas.
É uma área portanto, que não se volta apenas aos psicólogos e pedagogos.
Utiliza conhecimentos advindos da pedagogia e da psicologia, assim como de várias outras
áreas de conhecimento, alcançando aquilo que denominamos de transdisciplinaridade. É
uma área que requer um estudo específico, que vai além do conhecimento adquirido pelos
profissionais acima mencionados.
Conclusão
Atualmente, a Política Educacional Brasileira está resguardada na
Constituição de 1988 que garante à todas as crianças de 7 aos 14 anos o direito a educação,
sendo esta obrigatória e gratuita. Em contrapartida as estatísticas nos mostra que nem todas
as crianças nesta faixa etária estão freqüentando as escolas, ou aprendendo como deveriam,
ou seja, não estão recebendo um nível de educação necessário as demandas futuras, sejam
elas sociais ou de adaptação psicossocial.
nosso país tem a maior expectativa de repetência das crianças ao entrar no ensino
fundamental, entre os 16 países subdesenvolvidos estudados. Em 1995, uma em cada
quatro crianças da 2ª série do ensino fundamental apresentavam defasagem de idade e em
relação a evasão escolar, as pesquisas mostram que a expectativa de conclusão do ensino
fundamental (8ª série) é de 72%. O índice de abandono da escola é de 18% ao ano, na
média do país, onde nem sequer concluem a 1ª etapa da educação do ensino fundamental;
seriam os analfabetos do nosso país.
Referências Bibliográficas
NISKIER, Arnaldo. LDB – A nova LDB da Educação. 5.Ed. Rio de Janeiro: Consultor,
1996. 305p.
OLIVEIRA, Vera Barros et al; BOSSA, Nádia Aparecida (org). Avaliação Psicopedagógica
da criança de sete a onze anos. 2.Ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 215p.
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Publicado em 25/06/2002