ARTES VISUAIS, AMOR E RACIALIDADE - Rafa Éis Coart

OFICINAS ARTÍSTICAS COART 2023
O amor enquanto prática artística
ARTES VISUAIS, AMOR PRÓPRIO E RACIALIDADE

Rafa Éis
OFICINAS ARTÍSTICAS COART 2023 | O amor enquanto prática artística | Material por Rafa Éis
Mito Auset, Ausar e Set

06:09 a 13:05
Cosmofobia e cosmofilia
17:34 a 26:03
Orunmilá, equilíbrio e
autoconhecimento
28:00 a 45:00
Video completo:
https://www.youtube.com/wat
ch?v=yf7yPOmucV8&t=5470
s
Jean-Baptiste Debret
Uma Senhora de fortuna ordinária no interior
de seu lar em meio a atividades cotidianas.
Em Viagem pitoresca e histórica ao Brasil,
1834-9
Litograﬁa aquarelada.
Acervo: Banco Itaú. Fonte: Ficheiro Wikipédia

Tarsila do Amaral. A negra, 1923 (detalhe)

Óleo sobre tela. Tarsila do Amaral. A negra, 1923 (detalhe).
Óleo sobre tela. Coleção Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP). Foto de
Jaime Acioli, Romulo Fialdini.
Fonte: Revista
Select.
Still de Arte Pública, documentário de Paulo Roberto Martins e Jorge

Sirito Vives, 1967. Fonte: YouTube
EU NÃO SOU SEU NEGRO - James Baldwin
Trecho
16:43 a 17:55
Filme completo:
https://www.youtube.com/watch
?v=LAfLH2cTEOQ
Mapa 1 - A História da _rte (detalhe). Projeto de

arte/pesquisa de Amália dos Santos,
Bruno Moreschi e Gabriel Pereira, 2017.
Mapa dos países mais e menos citados em

livros de história da arte – A História da _rte (detalhe).
Projeto de arte/pesquisa de
Amália dos Santos, Bruno Moreschi e Gabriel Pereira,
2017
Fonte: Site do projeto.

Se nós, pessoas negras, aprendemos a apreciar imagens odiosas de nós mesmos,

então que processo de olhar nos permitirá reagir à sedução das imagens que
ameaçam desumanizar e colonizar? É evidente que esse é o jeito de ver que
possibilita uma integridade existencial que consegue subverter o poder da imagem
colonizadora. Apenas mudando coletivamente o modo como olhamos para nós
mesmos e para o mundo é que podemos mudar como somos vistos. Nesse processo,
buscamos criar um mundo onde todos possam olhar para a negritude e para as
pessoas negras com novos olhos.
bell hooks. Olhares negros: raça e representação.

São Paulo: Elefante, 2019, p38.
O amor-próprio é a base de nossa prática amorosa. Sem ele, nossos outros esforços amorosos
falham. Ao dar amor a nos mesmos, concedemos ao nosso ser interior a oportunidade de ter o
amor incondicional que talvez tenhamos sempre desejado receber de outra pessoa. Quando
interagimos com os outros, o amor que damos e recebemos sempre é necessariamente
condicional. Embora nao seja impossível, é muito difícil e raro que sejamos capazes de estender
o amor incondicional aos outros, em grande parte porque nao temos como exercer controle
sobre o comportamento deles e não podemos prever ou controlar totalmente nossas reações a
suas ações. Podemos, contudo, exercitar controle sobre as nossas.
bell hooks. Compromisso: Que o amor seja o amor-próprio.

In:_____. Tudo sobre o amor. São Paulo: Elefante, 2021, P 106.
O compromisso é inerente a qualquer relacionamento genuinamente amoroso. Qualquer um que esteja

realmente preocupado com o crescimento espiritual do outro sabe, consciente ou instintivamente, que só
pode alimentar esse crescimento através de um relacionamento constante. - M.Scott Peck
O compromisso de dizer a verdade estabelece os fundamentos para a abertura e a honestidade, que são
a pulsação do amor. Quando podemos nos ver como realmente somos, e nos aceitamos, construímos os
fundamentos necessários para o amor-próprio. Todos já ouvimos a máxima: "Se você não se ama, não
poderá amar mais ninguem". Soa bem. No entanto, é muito comum sentirmos certo grau de confusão ao
ouvir essa afirmação. A confusão surge pois a maioria das pessoas que pensam não serem dignas de
receber amor tem essa percepção porque, em algum momento de sua vida, foi socializada por forças fora
de seu controle para se ver indigna de amor.
bell hooks. Compromisso: Que o amor seja o amor-próprio.

In:_____. Tudo sobre o amor. São Paulo: Elefante, 2021,p93.
.
Gê Viana
Atualizações traumáticas de
Debret Levantamento do
Mastro. (2020), Colagem
digital.
Releitura da obra Aplicação do

Castigo do Açoite, de Debret (c.
1824).
Gê Viana
Atualizações traumáticas de
Debret – Loja de ervas 1810
vendas de tabaco e especiarias
como chá, raízes, sementes,
plantas. Rainha Ndatté Yalla
passa pros filhos e sobrinhos
sua experiência de curandeira
no estudo das folhas (2020),
colagem digital.
Releitura da obra Sapataria, de

Debret (1824).
Gê Viana
Atualizações traumáticas de Debret –

Homens cultivam plantas e
cogumelos em sua moradia. Com o
forte cheiro das plantas em torno
passarinhos se aproximam tentando
aproveitar do licor das flores (2020),
colagem digital.
Releitura da obra Pequena Moenda

de Cana-de-açúcar, de Debret
(1825).
Fonte
https://nutricaovisual.art.br/historia/art
istas-em-pesquisa/ge-viana/
Gê Viana nasceu em Santa Luzia,

Maranhão, em 1986, mas vive e trabalha
em São Luís. Formada em Artes Visuais
pela Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), a artista produz colagens e
fotomontagens, analógicas e digitais,
inspiradas em acontecimentos da vida
familiar e do cotidiano, confrontando a
cultura colonizadora hegemônica e os
sistemas de arte e comunicação.
Yhuri Cruz.
Monumento à voz de
Anastácia, 2019
Fonte: Site do
artista
Rio de Janeiro, RJ, 1991.

Vive e trabalha em Rio de Janeiro, RJ
Yhuri Cruz, 27, artista visual e escritor, graduado em

Ciência Política, Rio de Janeiro. Desenvolve sua prática
artística a partir de configurações poéticas entre o
fantasmagórico e o real, buscando dar conta do que
denomina memórias subterrâneas e da necropolítica como
plano neocolonial. Tomando essas memórias como
assombrações, sua produção escultórica recente se
materializa numa fusão de pedras e gravuras. Outras
pesquisas de caráter mais instalativo tendem a se relacionar
com monumentos, presenças afrodiaspóricas, memoriais e
informações silenciadas.
Silvana Rodrigues
Relaxamento Afro
Silvana Rodrigues
Artista cofundadora do grupo Pretagô.
Compartilha a direção da videoarte
Corpos Ditos com Bruno Fernandes e
atua nos espetáculos Qual a Diferença
entre o Charme e o Funk?, AfroMe,
Noite Pretagô e Mesa Farta.
É dramaturga, performer, atriz e
bacharela em Direção Teatral pela
UFRGS.
Agrade Camiz
Post it
Entrevista/matéria com a artista

https://www.youtube.com/watch?v=D94mw0d5z2o
Agrade Camíz cresceu no conjunto habitacional IAPC,
localizado às margens da favela do Jacaré na zona
norte carioca. Produz intervenções na rua há 9 anos,
pintando murais, graffitis, passando inicialmente pela
pichação. Atualmente desenvolve sua pesquisa a partir
da estética do subúrbio do Rio de Janeiro, sua cidade
natal, utilizando expressões, formas e signos da cultura
local e da habitação popular.
Miranda July e
Harrel Fletcher
Learning to love you

more
LIVRO COMPLETO:
https://monoskop.org/images/9/95/Ono_Yoko_Grapefruit_
O_Livro_de_Instrucoes_e_Desenhos_de_Yoko_Ono.pdf
Considerando…
-o amor próprio como um afeto/ação de auto-cuidado
-o amor próprio como uma ética
-auto aceitação
-auto construção com respeito, dignidade e verdade
-o amor próprio como aumento de potências de vida (biofílico)
-o amor próprio como um movimento que busca o equilíbrio
-o amor próprio como algo que irradia e afeta seu círculo
-que o amor próprio não se refere a auto-adoração. Tem mais a ver com os
espelhos de Yemanjá e Oxum do que o espelho de Narciso
Criar para si e para o mundo um pequeno programa de ações

que impliquem em um exercício de amor-próprio para realizar
ao longo da semana.
Este programa é de criação aberta. Para começarmos podemos partir de um
gesto que aumente a potência de vida, a potência de ação, presença e
existência. Neste mesmo registro podemos envolver um lugar onde você se
sinta acolhida(o). Estabelecer um título, tal como um título para uma poesia e
uma periodicidade de execução.
Título
1. Gesto (ação descrita com verbo no infinitivo)

2. Lugar
3. Tempo de realização
autoria

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O amor enquanto prática artística

ARTES VISUAIS, AMOR PRÓPRIO E RACIALIDADE

Mito Auset, Ausar e Set

Acervo: Banco Itaú. Fonte: Ficheiro Wikipédia

Tarsila do Amaral. A negra, 1923 (detalhe)

Still de Arte Pública, documentário de Paulo Roberto Martins e Jorge

Mapa 1 - A História da _rte (detalhe). Projeto de

Mapa dos países mais e menos citados em

Fonte: Site do projeto.

Se nós, pessoas negras, aprendemos a apreciar imagens odiosas de nós mesmos,

bell hooks. Olhares negros: raça e representação.

bell hooks. Compromisso: Que o amor seja o amor-próprio.

O compromisso é inerente a qualquer relacionamento genuinamente amoroso. Qualquer um que esteja

bell hooks. Compromisso: Que o amor seja o amor-próprio.

Releitura da obra Aplicação do

Releitura da obra Sapataria, de

Atualizações traumáticas de Debret –

Releitura da obra Pequena Moenda

Gê Viana nasceu em Santa Luzia,

Rio de Janeiro, RJ, 1991.

Yhuri Cruz, 27, artista visual e escritor, graduado em

Entrevista/matéria com a artista

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Criar para si e para o mundo um pequeno programa de ações

1. Gesto (ação descrita com verbo no infinitivo)

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