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5 RAZÕES PARA NÃO CELEBRAR O NATAL

1. O Natal é uma festa puramente comercial e consumista


Todo cristão verdadeiro deve se sentir minimamente incomodado pela
ânsia de consumo que aflora e se apodera das pessoas nesta época do
ano. Passar horas e horas nos corredores dos shoppings, gastar
dinheiro que temos e não temos para presentear os outros e a nós
mesmos e, por fim, reunir a família para comer mais do que convém –
além de ingerir muita coisa que não convém! – são maneiras nada
cristãs de celebrar o Natal.
Contudo, deixar de celebrar o Natal somente porque muitos o tratam
como uma celebração do consumo não é a única opção. A meu ver, o
Dia das Mães e o Dia dos Pais são datas igualmente exploradas pelos
marqueteiros. Mas isso não quer dizer que você não possa observar
essas datas apesar de não presentear seu pai ou sua mãe com um
presente. E dizer que todo dia é Dia dos Pais, Dia das Mães e Dia de
Natal é o mesmo que dizer que todos os dias são iguais e nenhum
deles é especial. Então, se tiramos um dia do ano para honrarmos
nossos progenitores, não poderíamos e deveríamos fazer o mesmo
pelo nosso Redentor?
2. O Natal é uma festa de origem pagã
Muitos cristãos já devem ter ouvido que a data do dia 25 de dezembro
coincide com uma antiga tradição pagã – a “festa do Sol Invicto” –
que celebra o renascimento da natureza após a longa e escura noite do
solstício de inverno no hemisfério Norte. Vários dos símbolos
tradicionais de Natal – pinheiros, guirlandas e velas – também estão
associados a essa tradição. Junte-se a isso todo o folclore mítico do
Papai Noel e das renas, gnomos e duendes que o cercam para que
muitos crentes tenham abolido de vez o Natal em seus lares.
De fato, usar os símbolos tradicionais de Natal sem conhecer seu real
significado e enfeitar a sua casa com uma árvore de Natal e a
companhia do Papai Noel sem fazer nenhuma menção à Encarnação
do Filho de Deus é incompatível com a fé que professamos em Cristo.
Porém, eu nunca vi um retiro de Carnaval ou uma programação
evangelística no dia de Finados cancelados por motivo de
“convergência de data com celebração pagã”. O real valor do dia 25
de dezembro não reside nas tradições pagãs que envolvem esta festa,
mas no uso que fazemos do período de preparação e da própria data
para honrar e glorificar o nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo.
3. O Natal é uma festa que pertence ao calendário litúrgico
romano
A celebração preparatória para o Natal – conhecida como Advento, do
latim que significa “vinda”, e que começa no quarto domingo anterior
ao dia 25 de dezembro – está associada a todo um calendário litúrgico
que muitos crentes tem rejeitado junto com as demais datas
comemorativas acrescentadas a este ano festivo pela tradição Católica
Romana, como o próprio dia de Finados.
É certo que a celebração do Natal não pode se tornar apenas uma
comemoração religiosa mecânica e fria. É certo que não podemos
fazer da lembrança e da celebração da vinda de Cristo – como também
da sua Crucificação e Ressurreição – um exercício meritório aos
nossos olhos e aos olhos de Deus, como se a simples recordação do
fato histórico do nascimento virginal nos tornasse melhores que
aqueles que ignoram ou rejeitam tal acontecimento.
Porém, é igualmente certo que, quer nós o reconheçamos ou não,
definimos os ciclos do nosso ano a partir de datas-chave: aniversários,
casamentos, nascimentos, óbitos etc. Historicamente, a igreja tem
marcado o seu ano pela comemoração dos eventos que marcaram a
história da redenção – o nascimento de Cristo (Natal), sua morte e
ressurreição (Páscoa) e a descida do Espírito Santo (Pentecostes).
Assim como a comemoração de um aniversário de casamento não é
definitiva para a permanência do matrimônio, embora seja salutar,
assim também faz bem à fé e à vida da igreja anualmente celebrar os
marcos históricos da sua confissão.
4. Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro
A Bíblia não é apenas omissa quanto à data exata do nascimento de
Jesus, como os historiadores e críticos argumentam que é bastante
improvável que ele tenha nascido no dia 25 de dezembro. A data pode
muito bem ter sido escolhida pela igreja para servir de opção para os
cristãos que não celebravam a “festa do Sol Invicto” (vide ponto 2
acima), mas que desejavam celebrar o raiar do “Sol da Justiça”. Outra
tradição ensina que a Igreja antiga cria que Jesus teria morrido no
mesmo dia em que foi concebido. Como a Páscoa costumava ser
celebrada no Ocidente por volta do dia 25 de março, Jesus teria
nascido nove meses depois.
Independentemente da origem da escolha da data, devemos entender
que o Natal não se trata da celebração do aniversário de Jesus.
Historicamente, o Natal tem servido para lembrar da Primeira Vinda
de Cristo e para anunciar a Segunda Vinda. “Cantar parabéns para
Jesus” e “não se esquecer do principal aniversariante” do dia 25 não
são as razões centrais do Natal cristão e, por isso, a festa não depende
da fixação exata da data de nascimento do Cristo.
5. A Bíblia não ordena que celebremos o Natal
Longe de nós sugerirmos que a celebração do Natal é exigida pelas
Escrituras. Não é. E longe de nós concluirmos que os que não
celebram o Natal são menos cristãos dos que o celebram. Não são.
Contudo, simplesmente querer encerrar a questão dizendo que a Bíblia
não fala sobre a celebração do Natal não é o fim da história. A Bíblia
tampouco proíbe a celebração do Natal. Como veremos no próximo
artigo – 5 razões para celebrar o Natal, ela nos dá muitas outras
razões para observarmos esta festa de acordo com os princípios
ensinados pelas próprias Escrituras Sagradas.

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