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AULA 3
Vamos fazer uma pausa em HTML e CSS para falar sobre as diferentes
maneiras de usar imagens na web e integrá-las ao código. Primeiro vamos falar
sobre princípios como características das telas e diferentes formas de armazenar
cores, para então falar de arquivos de imagem. Esta aula se divide nos seguintes
temas:
• Pixels e telas
• Cores no meio digital
• Arquivos raster
• Imagens vetoriais, de vídeo e no código
• Outras possibilidades para usar imagens
CONTEXTUALIZANDO
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TEMA 1 – PIXELS E TELAS
No meio digital, tudo acaba em pixel. Pelo menos tudo o que é visual.
Desde os displays monocromáticos dos celulares do começo do século até telas
de celulares de alta definição, o meio digital se transmite por pixels. Ainda que
não sejam compostos por pixels, como os arquivos HTML, serão transformados
em pixels ao serem exibidos em uma tela.
O nome pixel é uma contração do termo picture element – elemento de
imagem. Em si, ele não tem medida. Pense em uma imagem gerada por um
projetor, com pixels visíveis a olho nu, e na tela de alta resolução de um celular
recente, cujos pixels são minúsculos e praticamente indistinguíveis.
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Figura 2 – Exemplo de renderização de elementos em telas normais e de alta
definição
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conseguiam exibir 16 intensidades para cada cor primária, o que resulta em um
total de 4.096 cores (16×16×16).
Tipicamente, arquivos digitais (imagens vetoriais, raster, vídeos, CSS)
usam o chamado true color, no qual são destinados oito bits para armazenar a
“intensidade” de cada cor primária – canal de cor. Um bit é a menor unidade de
armazenamento de informação, e pode ser 0 ou 1. Nesses oito bits, usando o
sistema binário, é possível armazenar os números do zero (00000000 em
binário) a 255 (11111111 em binário). Com isso, temos 256 tons para cada um
dos três canais, o que resulta em 16.777.216 cores possíveis (256×256×256).
Preste atenção!
Claro que usar código binário não é algo prático no dia a dia. Mas usar
cores no modelo RGB também não é. Vamos ver outras maneiras de descrever
cores no meio digital, especificamente em CSS. Esses códigos podem ser
usados tanto para trabalhar com código como com imagens.
Nos exemplos que você viu até agora, indicamos as cores com termos
como black e blue. O CSS aceita 140 nomes de cores, comoblack, navy, tomato,
maroon e DeepPink – mude as cores no seu arquivo CSS para ver quais são.
Podem ser úteis, mas são pouco precisas. O que são 140 cores em um
universo de 16,8 milhões de cores? Você pode precisar de um vermelho que
seja um pouco diferente do red e então precisará defini-lo com mais exatidão.
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2.1.2 RGB
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Ou seja, é outra maneira de expressar valores RGB. Na cor do exemplo
anterior, 0 vira 00, 191 vira bf e 255 vira ff. Juntamos tudo depois de um # e
temos a mesma cor, descrita com menos caracteres:
color: #00bfff;
Este sistema descreve uma cor com base no matiz (hue), saturação
(saturation) e brilho (lightnessou brightness).
O matiz (H) é a propriedade que chamaríamos de cor e é medido em graus
(0 a 359). 0 é vermelho, 120 é verde, 240 é azul, e o resto são as cores
intermediárias. A saturação é medida em porcentagem e determina que tão
“pura” é a cor. 100% é a cor pura, e 0% é cinza. O brilho determina que tão
“clara” ou “escura” é a cor. 0% é preto, 100% é branco, e 50% é a cor “pura”. Em
CSS:
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transparência. A diferença é que, ao ser transparente, o elemento vai se mesclar
ao que estiver debaixo dele, o que pode ou não ser desejado.
Saiba mais
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Esse processo elimina dados da imagem, logo a compressão JPEG é uma
compressão com perda, ou lossy. Essa compressão é ajustável, quanto maior a
compressão, mais dados são eliminados e, consequentemente, a qualidade da
imagem piora (Figura 3). Em alguns programas, a palavra usada é qualidade.
Os arquivos JPEG suportam vários modos de cor, como escala de cinzas
e CMYK, voltados para o impresso, e RGB, que é o que nos interessa para o
meio digital.
As características do JPEG fazem que a compressão dele seja melhor
para imagens de tom contínuo, que precisam de uma grande quantidade de
cores, como fotografias, reproduções de ilustrações e pinturas, imagens com
gradientes e texturas, entre outras. Já para imagens com cores uniformes, há
outros formatos mais adequados, como o PNG – veja a comparação da Figura
4.
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3.2 Arquivos PNG
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uniforme. O JPEG em qualidade máxima não tem esses artefatos visíveis, mas
o tamanho do arquivo é mais do que o dobro do PNG.
Um diferencial dos arquivos PNG é que eles suportam transparência. No
GIF, é possível determinar se um pixel é transparente ou não. Já no PNG, cada
pixel tem uma opacidade que pode ser graduada, além de manter a informação
de cor. Isso pode ser aproveitado de várias maneiras no desenho de produtos
digitais.
3.3 E o GIF?
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arquivos de vídeo. Como o formato conseguiu ser usado para isso, se é tão
inadequado? Provavelmente porque o resultado é engraçado.
Saiba mais
Além das imagens raster, é possível usar imagens vetoriais na web, com
as mesmas vantagens e limitações do meio impresso – vamos focar nas
vantagens. As imagens vetoriais também apresentam possibilidades de
interação, assim como os vídeos, que também ficaram mais fáceis de serem
usados na web.
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Também vamos ver outras maneiras de trabalhar com imagens, como uso
de dingbats e de estilos CSS.
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Como sempre, é importante testar e verificar, na prática, qual a melhor
solução.
Você já deve ter encontrado em seu computador uma fonte que em vez
de letras tinha desenhinhos. A ideia dessas fontes é fornecer desenhos que
possam ser usados como ícones sem a necessidade de carregar novas imagens.
São as chamadas fontes dingbats.
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A fonte Webdings é um exemplo disso. Em vez de carregar uma imagem,
ou um ícone, escrevíamos a letra correspondente ao ícone que queríamos que
aparecesse, e configurávamos o estilo para usar a fonte dingbat que quisessmos
– geralmente, a Webdings, que sabíamos que provavelmente estaria instalada
no computador da maioria das pessoas que usasse nosso site.
Com a possibilidade de usarmos outras fontes, também é possível
usarmos fontes dingbats para situações nas quais precisemos de ícones ou
ilustrações simples. Há ícones disponíveis no Google Fonts, que podem ser
usados de maneira similar às fontes.
Assim como com textos, é possível usar CSS para formatar essas
ilustrações e refinar nosso trabalho. Como sempre, é bom testar qual alternativa
é a mais eficiente, porque, na prática, o resultado pode ser diferente do que
esperamos.
5.2 Emojis
O padrão CSS3 apresentou várias novidades que foram aproveitadas para fazer
ilustrações de várias complexidades. Em vários casos, se torna mais um
exercício de código do que algo que possa ter aplicações práticas. Veja alguns
exemplos aqui: <https://www.bypeople.com/50-impressive-css-drawings>; e um
tutorial aqui: <https://redstapler.co/css-drawing-tutorial-for-beginners>.
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TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
Provavelmente você vai usar muitas imagens para seu portfólio. Prepare
os arquivos da maneira mais otimizada possível. Defina um tamanho que seja
adequado para um site e mantenha um padrão. A partir dos arquivos originais,
gere imagens que possam ser usadas em um site. Veja quais imagens
funcionam melhor em JPEG, quais em PNG e se é possível usar um SVG. Deixe
tudo pronto para ser inserido.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
W3C. CSS Values and Units Module Level 3. 2019. Disponível em:
<https://www.w3.org/TR/css3-values>. Acesso em: 8 set. 2021.
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