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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

JÚLIO DE MESQUITA FILHO

RAQUEL MAGRI

MICROAPRENDIZAGEM COMO UMA FERRAMENTA DE


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: ESTUDO TERMOANALÍTICO
DO GALO DO TEMPO

Bauru
2021
RAQUEL MAGRI

MICROAPRENDIZAGEM COMO UMA FERRAMENTA DE


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: ESTUDO TERMOANALÍTICO
DO GALO DO TEMPO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Departamento de Química da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –
UNESP, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Licenciado em Química.

Orientador: Prof. Assoc. Gilbert Bannach

Bauru
2021
i

Magri, Raquel.
Microaprendizagem como uma ferramenta de divulgação
científica: estudo termoanalítico do galo do tempo/
Raquel Magri, 2021.
36 f.

Orientador: Prof. Assoc. Gilbert Bannach

Monografia (Graduação)– Universidade Estadual Paulista.


Faculdade de Ciências, Bauru, 2021.

1. 1. Pentacloreto de Nióbio. 2. Reações Multicomponentes. 3.


Derivados Quinolínicos I. Universidade Estadual Paulista.
Faculdade de Ciências. II. Título.
ii
iii

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço aos meus pais, pelo total incentivo e suporte que me deram
durante a graduação.
Agradeço ao meu orientador Prof. Assoc. Gilbert Bannach, pela oportunidade de
realizar minha IC, pela confiança em mim depositada, por todos os ensinamentos, e pela
amizade construída durante esse período.
Agradeço ao Ms. Rafael Turra Alarcon e a Ms. Aniele de Moura por fazerem parte da
minha banca. Aos Ms. citados e a Ms. Caroline Gaglieri, agradeço pela ajuda em pesquisas,
análises e desenvolvimento do projeto.
Agradeço ao Prof. Dr. Aguinaldo por total suporte desde a construção da ideia até a
finalização do trabalho de conclusão de curso.
Agradeço a Prof. Ms. Karina Nomidome Senna por tornar as aulas de estágio remotas
significativas e descontraídas.
Agradeço aos demais professores da Faculdade de Ciências, além dos professores do
Departamento de Química da UFPEL, por cada ensinamento durante a graduação.
Agradeço as agências de fomento FAPESP (processos: 2020/00906-3 e 2021/02152-9),
CAPES (processos: 024/2012 e 011/2009) e CNPq (processo: 301857/2018-0) que foram
essenciais para o desenvolvimento do projeto.
Por fim, agradeço a todos os meus colegas do grupo de pesquisa e de turma que
estiveram comigo durante essa etapa.
iv

RESUMO

Este trabalho visou a produção e divulgação de vídeos que seguem a metodologia da


microaprendizagem, de forma a explicar as propriedades físico-químicas do cloreto de cobalto
hexahidratado por meio de análise térmica e determinar a confiabilidade do galo do tempo.
Devido ao avanço tecnológico mundial, ocorreram acelerações temporais e sociais, fazendo
com que houvesse uma mudança nas metodologias de ensino tradicionais, explorando, assim,
novas estratégias de ensino. Na metodologia de microaprendizagem, segmentos curtos e
conteúdos específicos podem ser transmitidos para qualquer pessoa a qualquer momento.
Além disso, relacionar novas informações às experiências de um indivíduo pode favorecer o
processo de ensino-aprendizagem. O galo do tempo é um ornamento de origem portuguesa,
que prevê se irá chover ou não, devido que possui em sua composição cloreto de cobalto
hexahidratado. Este composto foi caracterizado por TG-DTA (Termogravimetria - Análise
Térmica Diferencial) e DSC (Calorimetria Exploratória Diferencial). Verificou-se que, entre
42,3 e 207,5 °C, o sal perdeu suas seis moléculas de água de hidratação e coordenação (Δmexp
= 45,1%), confirmado pelo cálculo estequiométrico (Δmcalc = 45,4%), fazendo com que o
composto mudasse da cor rosa para azul, que confirma a credibilidade do galo do tempo para
prever o tempo.

Palavras-chave: Análise Térmica, Cloreto de cobalto hexahidratado, Microaprendizagem


v

ABSTRACT

This work aimed at the production and dissemination of videos that follow the microlearning
methodology, in order to explain the physicochemical properties of cobalt chloride
hexahydrate through thermal analysis and to determine the reliability of the weather rooster.
Due to world technological advances, temporal and social accelerations occurred, causing a
change in traditional teaching methodologies, exploring new teaching strategies. In
microlearning methodology, short segments and specific content can be transmitted to anyone
at any time. Furthermore, relating new information to an individual's experiences can favor
the teaching-learning process. The weather rooster is an ornament of Portuguese origin, which
predicts whether it will rain or not, as it has cobalt (II) chloride hexahydrate in its
composition. This compound was characterized by TG-DTA (Thermogravimetry -
Differential Thermal Analysis) and DSC (Differential Scanning Calorimetry). It was found
that, between 42.3 and 207.5 °C, the salt lost its six molecules of hydration and coordination
water (Δmexp = 45.1%), confirmed by stoichiometric calculation (Δmcalc = 45.4%), causing the
compost to change from pink to blue, which confirms the weather rooster's credibility for
predicting the weather.

Keywords: Cobalt (II) chloride hexahydrate; Microlearning; Thermal Analysis.


vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Galo do tempo: azul quando exposto à baixa umidade e rosa quando hidratado .................................... 3
Figura 2 - Equipamento STA Jupiter 449 F3 da Netzsch. ..................................................................................... 10
Figura 3 - Equipamento DSC 1 Stare System da Mettler-Toledo. ......................................................................... 11
Figura 4 - Curvas TG/DTG-DTA para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O. ........................................................................... 13
Figura 5 - Esquema proposto da decomposição térmica para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O. ......................................... 14
Figura 6 - Curva DSC para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O. As imagens correspondem às temperaturas (a) 25,0, (b) 72,6,
(c) 125,8, (d) 160,8 e (e) 194,2 °C. ........................................................................................................................ 16
Figura 7 – Equilíbrio Químico do Cloreto de Cobalto Hexahidratado .................................................................. 18
vii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Eventos Térmicos (θ), Perda de massa experimental (Δmexp), Perda de massa teórica (Δmcalc), e
Temperatura de Pico (Tp) observada nas curvas TG-DTA para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O. ..................................... 15
viii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DSC Calorimetria Exploratória Diferencial

DTG Termogravimetria Derivada

DTA Análise Térmica Diferencial

TG Termogravimetria

TGA Análise Termogravimétrica

Tp Temperatura de Pico

Δmcalc Perda de massa calculada

Δmexp Perda de massa experimental

Δmres Massa residual

ΔH Entalpia

θ Eventos Térmicos

↑ Exo Evento Exotérmico


ix

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 2
1.1 MICROAPREDIZAGEM ............................................................................................... 2
1.2 GALO DO TEMPO ......................................................................................................... 3
1.3 CLORETO DE COBALTO HEXAHIDRATADO....................................................... 4
1.4 ANÁLISE TÉRMICA ..................................................................................................... 4
1.4.1 Termogravimetria (TG) ................................................................................................ 5
1.4.2 Análise Térmica Diferencial (DTA) ............................................................................. 5
1.4.3 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) ............................................................ 5
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 8
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 8
3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 10
3.1 TERMOGRAVIMETRIA – ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (TG-DTA) .. 10
3.2 CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) ............................... 10
3.3 PRODUÇÃO DOS VÍDEOS ......................................................................................... 11
3.3.1 Desidratação do Cloreto de Cobalto Hexahidratado – Microanálise ..................... 11
3.3.2 Microaprendizagem .................................................................................................... 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 13
4.1 TERMOGRAVIMETRIA – ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (TG-DTA) .. 13
4.2 CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) ............................... 15
4.3 PRODUÇÃO DOS VÍDEOS ......................................................................................... 16
4.3.1 Desidratação do Cloreto de Cobalto Hexahidratado – Microanálise ..................... 16
4.3.2 Microaprendizagem .................................................................................................... 17
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 20
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 22
1

1. INTRODUÇÃO
2

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o uso de novas tecnologias cresceu exponencialmente,


principalmente após a pandemia de Covid-19, e trouxe uma mudança no ritmo de vida,
formando uma sociedade mais imediatista, na qual as instituições de ensino tiveram que
acompanhar esse ritmo, buscando novos estratégias e metodologias de ensino voltadas para a
continuidade e qualidade do processo de ensino e aprendizagem (WAJCMAN, 2008;
SISWATI; ASTIENA; SAVITRI, 2020; MISHRA; GUPTA; SHREE, 2020). Nesse sentido, a
educação não formal, que é intencional, mas pouco estruturada e sistematizada, tem ganhado
visibilidade, principalmente nas mídias de stream (LIBÂNEO, 2005).

1.1 MICROAPREDIZAGEM

As metodologias de microaprendizagem, abordam os conteúdos de forma reduzida,


distribuindo o conhecimento em pequenas frações, interligando atividades curtas e
determinando o enfoque nas necessidades individuais de aprendizagem. Nesse método, a
velocidade de aprendizado depende de cada indivíduo, já que o acesso ao conteúdo pode ser
feito no tempo e ritmo de preferência de cada um. Além disso, estudos recentes mostram que
esta metodologia de ensino pode melhorar a capacidade de aprendizagem em relação ao
método tradicional, onde o indivíduo é capaz de reter informações de forma eficaz, além de
auxiliar a memória de longo prazo. Neste contexto, os conceitos de microaprendizagem e
microconhecimento oferecem alternativas flexíveis e dinâmicas que são necessárias devido as
imposições da mídia e mudanças sociais (GIURGIU, 2017; MOHAMMED; WAKIL;
NAWROLY, 2018; HUG, 2007; DOLASINSKI; REYNOLDS, 2020; MADDOX, 2021;
WIMMER, 2018).
Uma forma de apresentar novas informações a alguém é partir de um problema
relacionado ao contexto do indivíduo, por dois motivos: primeiro, a contextualização facilita o
entendimento; a segunda razão está relacionada ao fato de essas informações serem
significativas ou não para o sujeito, pois a pessoa só aprende por necessidade, e não
simplesmente por aprender. Por conseguinte, a aprendizagem será significativa se puder ser
aplicada às experiências vividas (BISSESSAR, 2014; SABRI, 2018).
3

1.2 GALO DO TEMPO

O galo do tempo (Figura 1) é um objeto decorativo de origem portuguesa, também


conhecido como Galo de Barcelos ou Good Luck Rooster. A história conta que no século
XVII, um galego foi detido e acusado de um crime na cidade de Barcelos. Contudo, ao não
acreditarem em sua inocência, o homem determinou que quando fosse enforcado, um galo
assado, cantaria. O predito aconteceu e soltaram o galego. Desde então o galo se tornou um
símbolo de honestidade, sabedoria e fé, mas apenas em 1950 se tornou um símbolo nacional
da cultura e turismo português e, os portugueses possuem em suas casas estatuetas de
cerâmicas coloridas do galo como símbolo de boa sorte (THE... 2020).
No Brasil, o galo é conhecido por mudar de cor conforme as mudanças no clima
ocorrem, devido que ele é revestido por um material absorvente e possui cloreto de cobalto
hexahidratado impregnado suas asas e penas da cauda. Se o tempo estiver seco (sem chance
de chuva), o cloreto de cobalto perde moléculas de água e fica com uma cor azulada. Quando
a umidade relativa do ar é alta, o cloreto de cobalto se hidrata, tornando-se rosa. Além disso,
as variações de temperatura também influenciam a mudança de cor: em altas temperaturas, o
galo fica azul; em baixas temperaturas, torna-se rosa. Consequentemente, a coloração rosa das
penas do galo indica a possibilidade de chuva com temperaturas amenas (PARUSSOLO;
LOMBARDE; BARON, 2015).

Figura 1 - Galo do tempo: azul quando exposto à baixa umidade e rosa quando hidratado

Fonte: Saber Atualizado (2019)


4

1.3 CLORETO DE COBALTO HEXAHIDRATADO

O cloreto de cobalto hexahidratado ([CoCl2(OH2)4]·2H2O) é um composto de


coordenação com geometria octaédrica, sendo que possui dois íons cloreto na posição trans e
quatro moléculas de água nas posições equatoriais de um plano quadrado e são
perpendiculares ao plano Cl-Co-Cl. As outras duas moléculas de água fazem ligações de
hidrogênio com os íons cloreto e o íon cobalto está localizado no centro, formando um eixo de
simetria (JOY; FOGEL, 1975; WAIZUMI et al., 1990).
Este sal possui diversos usos tanto na sua forma hidratada quanto anidra (CoCl2). A
literatura reporta que o composto de coordenação tem um papel significativo na inibição e
desagregação da proteína de Tau, podendo ser um potencial agente terapêutico para a doença
de Alzheimer e doenças neurodegenerativas (GORANTLA et al., 2019), além de induzir a
morte celular em células cancerígenas (MAHEY et al., 2016). Sucipto et al. (2020) relata que
o cloreto de cobalto possui atividade antiviral contra a dengue. Além disso, o composto pode
ser usado como catalisador (MIDYA et al., 2017) e na síntese de polímeros de coordenação
(CAMPOS et al., 2014).

1.4 ANÁLISE TÉRMICA

As técnicas termoanalíticas começaram a ser estudadas e inventadas no início do século


XX e graças aos avanços científicos e tecnológicos foi possível projetar e desenvolver
equipamentos termoanalíticos sofisticados, permitindo o desenvolvimento de novos produtos
e melhorar o controle de qualidade durante a produção.
A análise térmica é o estudo da relação entre uma propriedade da amostra e sua
temperatura, enquanto a amostra é aquecida ou resfriada de forma controlada, sendo possível
obter informações sobre variações de massa, estabilidade térmica, pontos de fusão e ebulição,
transições vítreas, entre muitos outros fatores (IONASHIRO; CAIRES; GOMES, 2014).
5

1.4.1 Termogravimetria (TG)

Termogravimetria (TG) ou Análise Termogravimétrica (TGA), é uma técnica em que a


massa da amostra é registrada em função da temperatura, e normalmente três tipos de análises
são realizadas. Na análise isotérmica, a temperatura é constante e a massa da amostra é
medida em função do tempo. Já na análise quase-isotérmica, a amostra é aquecida a uma
razão linear enquanto a massa é constante, e a partir do momento que a balança detecta
variação na massa, o aquecimento é mantido constante. E, por fim, pode-se realizar uma
análise dinâmica, que acompanha as variações de massa sofridas pela amostra em função da
temperatura, quando é submetida a aquecimento ou resfriamento linear (IONASHIRO;
CAIRES; GOMES, 2014).

1.4.2 Análise Térmica Diferencial (DTA)

A análise térmica diferencial (DTA) é uma técnica em que a diferença de temperatura


entre uma amostra e um material de referência é medida em função da temperatura do forno
ou do tempo, e a razão de aquecimento ou resfriamento deve ser linear. A partir desta análise
obtém-se uma curva que mostra os eventos que a amostra sofre quando submetida a mudança
de temperatura, podendo ser exotérmicos ao liberar calor e normalmente esses eventos são
mostrados para cima na figura ou, devido à absorção de calor, endotérmicos e na direção
oposta (IONASHIRO; CAIRES; GOMES, 2014).

1.4.3 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)

A calorimetria exploratória diferencial com fluxo de calor (DSC) é uma técnica em que
a diferença na razão do fluxo de calor entre uma amostra e um material de referência em
função da temperatura é determinada. Como no DTA, a área da curva DSC é diretamente
6

proporcional à mudança na entalpia. A principal diferença entre as técnicas DSC e DTA é que
o DSC realiza uma análise quantitativa, sendo capaz de determinar a entalpia envolvida em
eventos endotérmicos e exotérmicos (IONASHIRO; CAIRES; GOMES, 2014).
7

2. OBJETIVOS
8

2 OBJETIVOS

O presente trabalho teve como objetivo principal, a caracterização térmica do cloreto de


cobalto hexahidratado, presente no galo do tempo, para explicar as características físico-
químicas e determinar a confiabilidade deste adorno. Além disso, pretende-se produzir vídeos
seguindo a metodologia da microaprendizagem como ferramenta de divulgação científica dos
resultados termoanalíticos.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar a análise térmica do cloreto de cobalto hexahidratado utilizando TG-DTA e


DSC, a fim de avaliar as propriedades térmicas, físicas e químicas do composto.
Observar ocorrências de mudanças nas propriedades físicas ou químicas na microanálise
do composto realizada no DSC.
Produzir vídeos curtos explicando o comportamento do composto analisado presente no
galo do tempo.
9

3. MATERIAIS E MÉTODOS
10

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 TERMOGRAVIMETRIA – ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (TG-DTA)

As curvas TG-DTA foram obtidas pelo equipamento STA 499 F3 (Netzsch), utilizando
cadinho aberto de α-alumina de 200 μL e 15 mg de amostra ([CoCl2(OH2)4]·2H2O). O
equipamento foi ajustado para uma razão de aquecimento de 10 °C min−1, usando um fluxo de
ar seco de 70 mL min−1. A faixa de temperatura foi de 30 °C a 1000 °C.

Figura 2 - Equipamento STA Jupiter 449 F3 da Netzsch.

Fonte: da autora

3.2 CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC)

O equipamento DSC 1 Stare System da Mettler-Toledo foi usado para obter a curva
DSC. 10 mg de [CoCl2(OH2)4]·2H2O foram inseridas em um cadinho de alumínio (40 μL). O
equipamento foi ajustado para uma razão de aquecimento de 10 °C min-1 em atmosfera de ar
seco com vazão de 50 mL min-1. A análise foi realizada na faixa de 25 °C a 250 °C.
11

Figura 3 - Equipamento DSC 1 Stare System da Mettler-Toledo.

Fonte: da autora

3.3 PRODUÇÃO DOS VÍDEOS

3.3.1 Desidratação do Cloreto de Cobalto Hexahidratado – Microanálise

As imagens do cloreto de cobalto hexahidratado foram obtidas durante análise de DSC,


com a câmera digital SC30 Olympus (sensor CMOS de 3,3 megapixels, Navitar 1-6232D,
aumento de 6,5x e foco de 3 mm) e foram fotografadas a cada 0,6 °C. As condições utilizadas
foram as mesmas citadas na análise DSC, com exceção do cadinho, que foi α-alumina (40
uL). AnalySIS Docu 5.2 (Build 3554) foi usado para juntar as imagens e produzir um vídeo.

3.3.2 Microaprendizagem

Wondershare Filmora, versão 10.2.0.32(6.6.1.34) foi usado para gravar os vídeos


"Glycerol Thermal Analysis" e "Is portuguese good luck rooster trustworthy?".
12

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
13

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 TERMOGRAVIMETRIA – ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (TG-DTA)

A Figura 4 exibe as curvas TG/DTG-DTA do cloreto de cobalto hexahidratado


([CoCl2(OH2)4]·2H2O). A primeira derivada da curva TG (DTG) foi utilizada para auxiliar os
intervalos de perda de massa observados na curva TG. O composto é estável até 42,3 °C.
Além disso, a curva DTG indica três perdas de massa consecutivas e complexas (Δmexp =
45,1%), visto que se sobrepõem entre 42,3 e 207,5 °C e estão relacionadas à perda de água de
hidratação, podendo ser confirmado pelos quatro picos endotérmicos na curva DTA. O
cálculo estequiométrico elucidou que o composto perdeu suas seis moléculas de água que
representam 45,4% da massa total (teórico), confirmando a variação de massa observada para
a perda de seis moléculas de água (Δmexp = 45,1%).

Figura 4 - Curvas TG/DTG-DTA para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O.

Fonte: da autora
14

Pela DTG, a perda de massa entre 42,3 e 135,3 °C (Δmexp = 29,2%) está relacionada aos
picos endotérmicos na curva DTA em 72,6 °C e 125,8 °C. O primeiro está relacionado à
perda de duas moléculas de água que fazem ligações de hidrogênio e são coordenadas fora da
esfera de coordenação ([CoCl2(OH2)4]·2H2O), e após a perda de água passa a ser
[CoCl2(OH2)4]. O segundo evento refere-se à perda de duas moléculas de água de
cristalização. Esses dois eventos são simultâneos e, portanto, ocorrem em apenas uma etapa,
formando um complexo ácido azul, devido que em meio aquoso ocorre a formação de
hidróxido de cobalto e uma molécula de H3O+ é liberada no meio (DUVAL, 1936; RIBAS,
1986; VOGEL, 1981). Além disso, Waizumi et al. (1990) reporta que acima de 50 °C não há
evidência do sal hexahidratado por análise de raios-X para o composto (WAIZUMI et al.,
1990). O pico em 160,8 °C deve-se à perda de água estrutural, covalentemente ligada ao
metal, e o pico em 194,2 °C ocorre pela perda de água de coordenação, formando o anidro
CoCl2 (RIBAS, 1986; DUVAL, 1936). A Figura 5 exibe o esquema proposto da
decomposição térmica do cloreto de cobalto haxahidratado.

Figura 5 - Esquema proposto da decomposição térmica para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O.

Fonte: da autora

Além disso, a curva DTG possibilitou a observação de mais duas perdas de massa
(Δmexp = 23,0%), consecutivas e complexas, entre 599,3 e 784,0 °C, relacionadas ao pico
15

endotérmico em 710,0 °C devido à decomposição do composto liberando cloro e sua


transformação em óxido de cobalto (II, III) (Co3O4) (MACHADO et al., 2020). Por fim, a
última etapa de perda de massa (Δmexp = 1,8%) ocorre entre 909,7 e 980,3 °C, apresentando o
evento endotérmico em 938,9 °C devido à formação de óxido de cobalto (II) (CoO), em
concordância com a literatura, obtendo um pó cinza escuro como resíduo (Δmres = 28,2%)
(MISHRA; KANUNGO, 1992; MACHADO et al., 2020). As temperaturas relacionadas às
curvas TG/DTG-DTA podem ser vistas na Tabela 1.

Tabela 1 - Eventos Térmicos (θ), Perda de massa experimental (Δmexp), Perda de massa teórica (Δmcalc), e
Temperatura de Pico (Tp) observada nas curvas TG-DTA para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O.
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa
θ/ ºC 42,3 – 207,5 599,3 – 784,0 909,7 – 980
Δmexp/ % 45,1 23,0 1,8
Δmcalc/ % 45,4 20,9 1,1
↓72,6,
↓125,8,
Tp/ ºC ↓710,0 ↓938,9
↓160,8,
↓194,2
↓ Pico Endotérmico.
Fonte: da autora

4.2 CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC)

A curva DSC (Figura 6) confirma os eventos apresentados na curva DTA. Os picos


endotérmicos em 68,6 °C e 101,9 °C (ΔH = 691,6 J g-1) estão relacionados à perda de duas
moléculas de água superficiais e duas estruturais, respectivamente, formando um composto de
coordenação ácido azul (Figura 6c). Os picos em 152,7 °C e 197,9 °C (ΔH = 414,2 J g-1)
ocorrem devido à perda de água de coordenação e formação do CoCl2, observada na Figura 6e
devido à cor azul-acinzentada (RIBAS, 1986; DUVAL, 1936; WAIZUMI et al., 1990).
16

Figura 6 - Curva DSC para o [CoCl2(OH2)4]·2H2O. As imagens correspondem às temperaturas (a) 25,0, (b) 72,6,
(c) 125,8, (d) 160,8 e (e) 194,2 °C.

Fonte: da autora

4.3 PRODUÇÃO DOS VÍDEOS

4.3.1 Desidratação do Cloreto de Cobalto Hexahidratado – Microanálise

O vídeo produzido conjuntamente à análise DSC exibe a desidratação do cloreto de


cobalto hexahidratado (link). Acima de 25 °C, o composto tende a ficar azul, mostrando que
nos dias mais quentes o galo também ficará desta cor. Verifica-se que a forma do cristal
muda, provavelmente devido à formação do complexo Co[CoCl3(OH2)3]2. Este
comportamento foi observado para outros compostos de cloreto (MACHADO et al., 2020).
Fazendo uso da análise térmica, foi possível determinar a confiabilidade do galo do
tempo, demonstrando que quando o ambiente está úmido, o composto tende a ficar rosa
(cloreto de cobalto hexahidratado), e quando o clima é seco, o composto tende a ficar azul, em
que moléculas de hidratação do sal são perdidas.
17

4.3.2 Microaprendizagem

O ato de ensinar não está relacionado apenas à transferência de conhecimento, mas sim
em criar possibilidades para a concepção e estruturação de novas ideias. Neste sentido, este
trabalho procurou não só fornecer dados, mas relacioná-los à uma experiência, criando
ligações entre o galo de origem portuguesa, o cloreto de cobalto hexahidratado, análise
térmica, metodologia de microaprendizagem e produção de vídeos visando a divulgação
científica em um canal do YouTube (Explaining Chemistry), que é uma plataforma de vídeos
aberta. O vídeo “Glycerol Thermal Analysis” (link) fornece uma breve descrição das
principais técnicas termoanalíticas TG, DTA e DSC, além das curvas TG/DTG-DTA e DSC
do glicerol como exemplo, explicando como as curvas são analisadas. Outro vídeo, “Is
portuguese good luck rooster trustworthy?” (link), explica as curvas TG/DTG-DTA e DSC da
desidratação do cloreto de cobalto hexahidratado, que está presente nas penas do galo, para
determinar se esse adorno pode prever o tempo com segurança. Além disso, foi possível criar
o verbete “Galo do Tempo” na Wikipédia (link), para futuramente criar links relacionando o
adorno ao ensino de Química, sendo mais um espaço para divulgação científica (MAGRI,
2021a, 2021b, 2021c).
Além disso, o estudo termoanalítico do cloreto de cobalto hexahidratado, pode ser
relacionado a outros conteúdos químicos, como o Equilíbrio Químico. Parussolo, Lombarde e
Baron (2015) e Bonifácio et al. (2020) utilizaram o galo do tempo como um jogo didático
para auxiliar no ensino deste conteúdo (BONIFÁCIO et al., 2020, PARUSSOLO;
LOMBARDE; BARON, 2015). O princípio de Le Chatelier afirma que se uma tensão externa
é aplicada a um sistema em equilíbrio, a composição se ajusta de tal forma que a tensão é
parcialmente compensada quando o equilíbrio é restabelecido (NGUYEN et al., 2014). No
caso do cloreto de cobalto hexahidratado, a mudança de cor pode ser usada para ilustrar este
princípio. E neste sentido, o equilíbrio mostrado na Reação 1, responde à concentração de
cloreto, composição do solvente e ao calor. Por conseguinte, o aumento da temperatura e da
concentração dos reagentes favorece o deslocamento do equilíbrio no sentido da formação dos
produtos e, consequentemente, a mudança de cor de rosa para azul, e se houver um aumento
da concentração dos produtos ou diminuição da temperatura, o equilíbrio tende a deslocar no
sentido dos reagentes, e a coloração rosa pode ser observada (NGUYEN et al., 2014;
PARUSSOLO; LOMBARDE; BARON, 2015).
18

Figura 7 – Equilíbrio Químico do Cloreto de Cobalto Hexahidratado

Fonte: da autora
19

5. CONCLUSÃO
20

5 CONCLUSÃO

A desidratação do cloreto de cobalto hexahidratado foi analisada por técnicas


termoanalíticas. As curvas TG/DTG-DTA mostraram que o composto é estável até 42,3 °C e
os eventos endotérmicos da curva DTA em 72,6 °C, 125,8 °C, 160,8 °C e 194,2 °C estão
relacionados à perda das seis moléculas de água de hidratação (Δmexp = 45,1%), confirmadas
pela estequiometria. Os dois primeiros eventos envolvem a formação do complexo
(Co[CoCl3(OH2)3]2) e, no último, o CoCl2 anidro é formado. A curva DSC confirma os
eventos da curva DTA e as temperaturas de pico são próximas. Por fim, a análise
microscópica mostrou que acima de 25 °C o sal deixa de ser rosado e, no primeiro evento
endotérmico, o composto muda de forma devido à formação de um complexo azul.
Neste sentido, a análise térmica determinou que o galo da sorte português, que possui
as penas impregnadas de cloreto de cobalto hexahidratado, é confiável para a prever o tempo,
devido que em dias chuvosos, úmidos ou com temperaturas amenas o galo é rosa significando
que o composto tem suas seis moléculas de água de hidratação; e em dias de alta temperatura
ou baixa umidade relativa do ar, o galo fica azul porque o sal está desidratado.
Por conseguinte, foi possível desenvolver dois vídeos que se complementam, seguindo
a metodologia do microlearning, onde um objeto que fez parte da vida de muitos indivíduos
pode ser relacionado a técnicas termoanalíticas, contribuindo para a divulgação científica.
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