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Rio de Janeiro
2011
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BRUNO LOURENÇO FICO
Rio de Janeiro
2011
2
BRUNO LOURENÇO FICO
Aprovado em 2011
Banca Examinadora
___________________________________________________________________
Profa. Lilian Calazans Costa – Orientadora
Centro Universitário Carioca
___________________________________________________________________
Profa. Sara Camacho – Coordenadora
Centro Universitário Carioca
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Aos familiares, professores, cientistas e amigos
que me auxiliaram a vencer esta jornada.
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AGRADECIMENTOS
A Professora Sara Camacho por todo incentivo, ao Professor Bruno pelo carisma,
Professora Lilian Calazans pela orientação, Professor Mineiro e Djalme pelo
diferencial, Professora Isabela pelo conceito. Agradeço ao Pedro Ururahy pela
competência, Rosa Lídice pela ética, Professor Mauro Miranda e Professor Leonardo
pela visão política, Professor Luiz Alfredo pela filosofia, Professor Antonio José pela
dinâmica e a todos os professores que me educaram e ensinaram durante minha vida
docente. Também quero agradecer aos cientistas John Christy e Carl Wunsch por me
atenderem com muita atenção e contribuíram com dados e informações de suma
importância para conclusão deste trabalho, ao Professor Geraldo Lino e Luiz Carlos
Molion que são referência em meteorologia no Brasil e me ajudaram com alguns
artigos. Quero agradecer também aos meus colegas acadêmicos por todos os
momentos de estudo, ação e descontração que vivemos juntos e minha família pelo
incentivo.
5
Contradições do Aquecimento Global
Resumo
Este trabalho é uma análise científica e aprofundada da matéria Efeito Estufa e
suas relações com o aquecimento global, que vem sendo tratada pela mídia jornalística de
forma sensacionalista, catastrófica e abordada nos centros de ensino de forma unilateral
não explanando as incertezas científicas no que diz respeito ao aumento de emissões de
gases de efeito estufa e suas consequências ao meio ambiente. Para isto foram analisadas,
teorias, experiências e resultados de cientistas contemporâneos, brasileiros e estrangeiros
que contradizem e mostram tamanha distorção do fato de que os gases de efeito estufa
produzidos pelo homem são os agentes causadores do aquecimento global. Também foram
analisados os interesses políticos das reduções de emissões de gases de efeito estufa
(GEE) e o movimento do Metamercado de carbono.
Abstract
This work is a thorough scientific analysis of the matter Greenhouse gases and its
relationship to Global Warming, which has been treated by the news media in a
sensationalist, catastrophic and addressed in education establishments unilaterally, not
explaining the scientific uncertainties regarding to increase emissions of greenhouse gases
and its consequences to the environment. For this were reviewed theories, experiences and
results of contemporary scientists, Brazilians and foreigners who contradict and show such
distortion of the facts that the anthropogenic greenhouses gases are the causative agents of
Global Warming. It was also analyze the political interests of greenhouse gases GHG
emission reductions and the movement of the Carbon Met market.
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Lista de Siglas e Abreviaturas
CFC Clorofluorcarbonetos
CQNUMC Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, sigla traduzida da
UNFCCC
EU ETS Europe Union Emission Trade Scheme (esquema de comércio de emissões da união
europeia).
IV Infravermelho
UV Ultra Violeta
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Sumário
Capítulo 1
Introdução........................................................................................................... 11
Capítulo 2
Joseph Fourier................................................................................................... 13
Robert Wood………………………………………………………………………….. 13
IPCC ..................................................................................................................... 16
Capítulo 3
Resultados
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Contestadores da teoria do aquecimento global.
Contestações de John Christy e Roy Spencer. ............................................ 19
Contestações de Luiz Molion. ......................................................................... 21
Capítulo 4
Discutindo os resultados.
Capítulo 5
Considerações finais.
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Aspectos políticos. .......................................................................................... 44
Capítulo 6
Referências Bibliográficas................................................................................ 48
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1. Introdução
Questões ambientais, tem sido de grande relevância nos últimos tempos, porém
tratada pela grande mídia de forma manipulativa e indutiva, como o derretimento das
geleiras, por exemplo, ou associações de grandes cataclismas, com atividades humanas. As
calotas polares já derreteram algumas vezes no decorrer dos milênios e grandes catástrofes
já ocorreram muito antes das intervenções humanas. O objetivo deste trabalho é divulgar a
análise crítica científica sobre o tema efeito estufa e aquecimento global e disseminar esta
informação para a maior quantidade possível de pessoas sejam leigos ou estudantes,
utilizando quaisquer recursos e meios necessários.
11
liberados pelo homem por queima de combustíveis fósseis, dando início então a histeria
global.
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2. Metodologia
Como o assunto efeito estufa é muito pouco explicado nos livros de ciência, será
feita uma revisão bibliográfica desde os primeiros homens a descreverem ou proporem que
a atmosfera terrestre funciona de forma a reter o calor proveniente da inserção periódica de
raios solares.
Jean Baptiste Joseph Fourier (1768 -1830), matemático e físico francês que ao
desenvolver a Teoria Analítica do calor em 1822, acabou deixando contribuições muito
importantes para a matemática, observando funções descontínuas e resolvendo equações
que são ensinadas até hoje aos estudantes. Fourier também é considerado como o primeiro
a relatar sobre o efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures
Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura
do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824.
John Tyndall (1820 - 1893), físico irlandês, realizou pesquisas significativas sobre a
radiação térmica e conseguiu produzir uma série de descobertas dos processos
atmosféricos. Tyndall foi um grande contribuidor para a teoria do efeito estufa, pois observou
o potencial de absorção de raios infravermelhos de moléculas de nitrogênio, oxigênio,
dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água. Sua obra mais importante neste
assunto, foi publicada em 1872, intitulada “Contributions to Molecular Physics in the domain
of Radiant Heat” (Contribuições para à Física Molecular sobre a Radiação Térmica).
O físico e inventor americano Robert Williams Wood (1868 – 1955), foi o primeiro
contestador da teoria do efeito estufa, comprovadamente, com o artigo publicado no volume
17 da Philosophical Magazine em 1909 intitulado “Note on the Theory of the greenhouse”
(Nota sobre a teoria de estufa). Wood apresentou a experiência por ele realizada,
construindo dois tipos de estufa, uma de vidro e a outra de quartzo, que não absorve
radiação infravermelha. Analisando que a temperatura final das duas estufas eram iguais,
Wood concluiu que o papel desempenhado pelo vidro foi a prevenção da fuga do ar quente
13
aquecido pelo solo dentro do ambiente e não a reemissão de energia térmica pelas paredes
de vidro.
Charles David Keeling (1928 – 2005), cientista americano, também foi um dos
pioneiros a associar as emissões antrópicas de CO2 ao aceleramento do efeito estufa e
possível aquecimento global. Realizou coletas de amostra de dióxido de carbono desde
1958 até 2005 e alertou o mundo para a possibilidade da contribuição antrópica para o efeito
estufa.
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2.7 Roy Spencer
O senhor James E. Hansen diretor do GISS (Goddard Institute for Space Studies),
Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA (National Aeronautics and Space
Administration), é Astrônomo, PhD em Física, publicou vários trabalhos sobre a atmosfera
do planeta Vênus, no final dos anos 60 e início dos anos 70. Em 1981, Hansen publicou sua
primeira análise da temperatura pelo GISS e escreveu um artigo para a revista Science com
o título “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide” (Impacto climático do
crescimento de dióxido de carbono atmosférico). Neste artigo, Hansen faz um relato de sua
análise meteorológica de superfície, enfocando os anos 1880 e 1980 mostrando as
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concentrações médias de CO2 atmosférico em 1880, de 280 a 300 ppm e em 1980 foi de
335 a 340 ppm. Analisando o aumento de 0,2°C na temperatura global entre meados da
década de 60 até a década de 80, o que gerou um aquecimento global de 0,4°C no século
passado, Hansen chegou a conclusão de que o dióxido de carbono emitido principalmente
por combustíveis fósseis, é a principal causa deste aquecimento.
Figura1: Desvios de temperatura média global (esq.) e dos Estados Unidos (dir.) de 1880 a
2000. (GISS / NASA, 2007)
2.11 IPCC
16
3. Resultados
Nesta obra, Joseph Fourier relata sobre as três fontes de calor da Terra que são os
raios solares, as radiações das inúmeras estrelas ao redor do sistema solar e o calor
primitivo (época de formação dos planetas) do interior da Terra. Analisando isoladamente a
segunda opção, Fourier concluiu que a temperatura da terra seria menor do que a dos pólos
se não existissem as outras duas fontes. A respeito do calor primitivo da terra, que é o calor
proveniente desde a época da formação dos planetas, Fourier fala bastante sobre uma
teoria que a temperatura da superficial aumenta cerca de um grau celsius para cada 32
metros no sentido vertical em direção para baixo, supondo uma temperatura muito elevada
no interior. Porém este tipo de calor não tem influência dos raios solares.
Nos estudos dos raios de calor proveniente do Sol, Jean Fourier descreveu pela
primeira vez na história o efeito estufa. Em sua obra, Fourier relata que:
Fourier descreve perfeitamente a etapa que a radiação ultra violeta (UV) de ondas
curtas, definida como calor luminoso, penetra pela atmosfera até entrar em contato com
corpos terrestres e retornar em forma de calor sem luz, ou infra vermelho (IV). Logo em
seguida relata sobre um efeito produzido pela pressão atmosférica que por falta de
observações não é definido. Apesar de não definir completamente, fica bem claro a qual
efeito Fourier estava se referindo. No objetivo de aperfeiçoar este estudo foi feito o
experimento de aferir a temperatura no interior de vasos de vidros transparentes chegando
17
ao resultado que a cada camada para dentro do vaso a temperatura aumenta. Este estudo
foi usado para comparar os efeitos solares dentro de uma estufa aos efeitos solares na
atmosfera sendo inegavelmente o pioneiro no estudo.
O inventor e engenheiro inglês, Guy Stewart Callendar, foi um dos pioneiros para a
formulação da teoria do aquecimento global. Publicou 35 artigos científicos entre 1938 e
1964, sobre radiação infravermelha, dióxido de carbono antropogênico e deixou como
contribuição principal, a relação do aumento da concentração do CO2 atmosférico com a
temperatura global. Em 1938, Guy escreveu a obra “The artificial production of Carbon
Dioxide and its influence on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas
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influencias no clima), que associou o aumento da temperatura global entre 1925 e 1937 à
emissão de CO2 antropogênico, proveniente das termelétricas.
A teoria de Gaia proposta por James Lovelock, surgiu a partir de estudos realizados
para a NASA, com o objetivo principal de detectar vida em outros planetas do sistema Solar.
Com a análise da composição química da atmosfera de Vênus e Marte, que mantém um
equilíbrio estável, Lovelock concluiu que um planeta que apresenta vida, indica em sua
atmosfera um constante desequilíbrio químico, assim como a Terra. A teoria tem como
objetivo a afirmação da existência de um sistema complexo interrelacionando os seres vivos
e as reações físico-químicas do meio ambiente, que resultaria em uma auto-regulação do
sistema planetário para que seja propícia a vida.
Lovelock, faz uma analogia as era glaciais, como se fosse um fenômeno provocado
pela Terra para se manter conservada, e o período interglacial atual, como um estado febril
do planeta, que é irreversível devido as ações humanas de degradação e pode durar por
mais cem mil anos.
Existem duas maneiras de medir a temperatura na atmosfera que são por meio de
balões meteorológicos ou através de satélites. Para obter precisão em suas pesquisas,
Christy focalizou o satélite na direção em que o balão meteorológico foi liberado, para
observar a mesma coluna de ar e achou convergência nos dados.
Por meio deste estudo, o professor Christy observou que em grande parte do
planeta, a maior parte da atmosfera, não está tão aquecida quanto na superfície da mesma
região. O aumento da temperatura atmosférica é muito mais leve que a temperatura
registrada na superfície. Achou então um desacordo, pois a teoria diz que se a superfície se
aquece, a troposfera superior deve aquecer-se rapidamente. Christy escreveu na página 6
do seu Relatório de Temperatura Global (1978-2003):
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exibiu um gráfico mostrando tendências de temperatura centrais da Califórnia nos distritos
desenvolvidos e na Serra praticamente inexplorada de San Joaquin Valley:
Professor Roy Já publicou mais de cem artigos científicos, alguns livros sobre
mudanças climáticas e um dos mais recentes livros de 2008 (Climate Confusion) “Confusão
Climática”. Este livro é um Best Seller, considerado pela sociedade literária, a melhor
abordagem dada ao aquecimento global. Dentre todos os assuntos, ele fala da tendência
humana de crer, que se acontece qualquer tipo de tormenta (seca, terremotos, maremotos)
em qualquer lugar, o mundo inteiro vai ser afetado por esta tormenta. Isto se deve a
qualquer evento climático local, ser dado uma importância global.
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pela análise dos gráficos, não se pode concluir que o aumento da concentração de CO 2 é a
causa do aumento de temperatura (Figura 2). Molion nota que:
A curva superior é a concentração de CO2, que variou entre 180 e 300 ppmv
(escala à esquerda), e a inferior é a dos desvios de temperatura do ar, entre 8 e +6º C
(escala à direita). Uma análise cuidadosa dessa Figura mostra, claramente, que a curva
de temperatura apresentou 4 picos, superiores à linha de zero (tracejada), que
representam os interglaciais passados – períodos mais quentes, com duração de 10 mil
a 12 mil anos que separam as eras glaciais que, por sua vez, duram cerca de 100 mil
anos cada uma – a cerca de 130 mil, 240 mil, 320 mil e 410 mil anos antes do presente.
Portanto, as temperaturas dos interglaciais passados parecem ter sido superiores às do
presente interglacial, enquanto as concentrações de CO2 correspondentes foram
inferiores a 300 ppmv. (Molion 2008).
Tratando ainda dos testemunhos de gelo, Molion cita que segundo o glaciologista
polonês Zbigniew Jaworowski, os resultados produzidos pelos cilindros de gelo tendem a
reproduzir concentrações de 30% a 50% inferior das reais. A hipótese de que a composição
química original do ar aprisionado no gelo permanece inalterada, é falsa, pois o
aprisionamento da bolha de ar no gelo é um processo demorado. A neve deve ter
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acumulado no mínimo 80 metros de altura, para sofrer a pressão necessária que aprisiona a
bolha de ar no gelo definitivamente. Molion conclui:
Dessa análise, conclui-se que, ou existiram outras causas físicas, que não a
intensificação do efeito-estufa pelo CO2, que tenha sido responsáveis pelo aumento de
temperatura verificado nesses interglaciais passados, ou as concentrações de CO2 das
bolhas no gelo tendem, sistematicamente, a serem subestimadas e, de fato, não
representam a realidade da época em que foram aprisionadas. Molion (2008).
no período 1915 a 1956 ... a atividade vulcânica foi a menor dos últimos 400
anos e o albedo planetário reduziu-se (aumentou a transparência atmosférica),
permitindo maior entrada de ROC no sistema durante 40 anos consecutivos e
aumentando o armazenamento de calor nos oceanos e as temperaturas superficiais dos
oceanos e do ar. É muito provável, portanto, que o aquecimento observado entre 1925 e
1946, que corresponde à cerca de 60% do aquecimento verificado nos últimos 150 anos,
tenha resultado do aumento da atividade solar, que atingiu seu máximo em 1957/58, e
da redução da atividade vulcânica, ou seja, reduções de albedo planetário e aumento da
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transparência atmosférica, e não do efeito-estufa intensificado pelas atividades humanas
que, na época, eram responsáveis por menos de 10% das emissões atuais de carbono!
(Molion, 2005).
Outra contestação do Senhor Luiz Carlos, é a própria teoria do efeito estufa, que foi
colocada em questionamento, desde 1909 pelo cientista Robert Wood, quando provou por
experiência, que uma estufa é aquecida pelo confinamento do ar dentro dela e não pela
reflexão de IV pelos vidros. Molion explica que:
Uma molécula de GEE, ao rodar ou vibrar, devido à absorção da radiação IV
seletiva, dissipa a energia absorvida na forma de calor ao interagir com outras moléculas
vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas de ar adjacentes e
não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada em
energia mecânica e, por atrito, em calor! (Molion, 2010).
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3.8 Aquecimento Global na Mídia.
Em meio a este clima frio, um cientista sueco chamado Bertin Bolin, sugeriu que o
CO2 produzido pelo homem, devido ao ritmo acelerado da queima de combustíveis fósseis,
poderia aquecer o mundo no futuro. O colunista da New Scientist e apresentador da BBC de
Londres, Nigel Calder, que é contra a teoria oficial do aquecimento global, foi o responsável
por colocar Bert Bolin na televisão internacional falando sobre os perigos do CO 2, e lembra
ter sido severamente criticado por especialistas por apoiar Bert na sua fantasia absurda para
a época.
O IPCC foi criado em 1988 reunindo cientistas de todo o mundo com o objetivo de
pesquisar e encontrar soluções para as mudanças climáticas globais. Em 88 os EUA
estavam liderando as negociações climáticas e o astrônomo James Hansen da NASA, em
depoimento ao Congresso Americano, afirmou que o aquecimento global era devido ao
aumento de CO2 antropogênico, por meio da queima de combustíveis fósseis. Foi um dos
anos mais quentes nos EUA afetando o meio ambiente e principalmente a agricultura.
No início dos anos 90, as pressões de ambientalistas eram fortes e foi mais um
agravante para a implantação de um tratado mundial. Então a Organização Meteorológica
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Mundial (OMM) junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
criaram o CQNUMC (Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)
durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,
conhecida popularmente como ECO-92 ou Rio 92 aqui no Rio de Janeiro.
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de GEE conforme os limites propostos no Artigo 3 do Protocolo. São três os mecanismos de
flexibilização:
Este Protocolo entra em vigor no nonagésimo dia após a data em que pelo
menos 55 Partes da Convenção, englobando as Partes incluídas no Anexo I que
contabilizaram no total pelo menos 55 por cento das emissões totais de dióxido de
carbono em 1990 das Partes incluídas no Anexo I, tenham depositado seus instrumentos
de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT.
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3.11 O Mercado de Carbono
Estas variações são estudadas e divulgadas pelo World Bank através do relatório
intitulado “State and Trends of the Carbon Market” (Estado e Tendências do Mercado de
Carbono). Os fatores que contribuem como variantes, são muitos, de acordo com o país que
está sendo comercializado, o tipo de atividade MDL que foi feita para obtenção dos CER, e
a forma de negociação, já que os CER são negociados voluntariamente no mercado. Por
exemplo em 2005, no começo das negociações, a RCE foi negociada entre U$ 3,00 e U$
7,15/tCO2 gerando uma média ponderada de U$ 5.63/tCO2 no período de Janeiro de 2004 a
Abril de 2005. Segundo o relatório de 2008, transações feitas no Brasil comercializaram a
RCE por € 16,40/tCO2.
No último relatório (Junho de 2011), o World Bank divulgou uma visão geral do
Mercado de Carbono, um movimento na casa dos Bilhões de dólares.
Tabela1: Visão financeira do mercado de carbono (em Bilhões de dólares). Fonte: State and
trends of the carbon market 2011, World Bank.
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de mitigação de hidrofluorcarbonos da qualidade HFC-23. Aproximadamente no período
referido, em 31 de Agosto de 2010 o jornal O Estado de S. Paulo, publicou uma matéria
sobre uma fraude de 40 Bilhões de Euros que abalou o mercado de carbono. “empresas
chinesas e, estima-se indianas, teriam produzido deliberadamente HFC-23 para, então,
destruí-lo obtendo créditos de carbono, vendidos no mercado a empresas interessadas em
compensar seu grau de poluição” (O Estado de S. Paulo 2010).
o
Art. 9 O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será
operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de
balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, onde se
dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito
estufa evitadas certificadas.
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ecossistemas brasileiros. Para alcançar os objetivos de redução de emissões, a PNMC
estabelece uma meta de mitigar as emissões de gases de efeito estufa, entre 36% e 39% as
emissões projetadas até 2020.
O aquecimento global foi visto desde que entrou em pauta na mídia, como um
efeito adverso, maléfico, causado pelas ações humanas e que ameaça a existência da
própria espécie, sendo a única que pode fazer alguma coisa para reverter este fenômeno.
Com esta preocupação foram criados órgãos governamentais específicos para tratar das
mudanças climáticas como o IPCC e comitês como a CQNUMC e as COPs.
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4. Discutindo os resultados.
Nesta obra, Fourier constata que o calor proveniente dos raios solares é o mais
importante para manter a temperatura da Terra e explica ordenadamente o processo. A
primeira fase onde a ROC definido pelo autor como calor luminoso atravessa as camadas
da atmosfera, penetrando sólidos ou líquidos transparentes até entrar em contato com
corpos terrestres (solo, gelo, florestas). A segunda parte também é bem descrita quando em
contato com os corpos terrestres o calor luminoso é transformado em calor irradiante sem
luz (infra vermelho). Então Fourier fala sobre o calor luminoso (ROC), (UV) que pelo contato
com corpos terrestres é transformado em calor sem luz (ROL), (IV) (transformação de
ondas).
Após explicar o fenômeno na sequencia certa, relata que o calor sem luz (IV), que
retorna à direção contrária a da superfície, sofre um efeito da mesma espécie produzido
pela pressão da atmosfera, porém, não pôde definir exatamente por falta de observações na
época (1824). Esta etapa do fenômeno não é explicada por Fourier, logicamente porque não
foi ele que descobriu os GEE, porém, já tinha certeza que o fenômeno acontecia. Alguns
gases tinham sido recentemente descobertos, como o CO2 em 1754 por Joseph Black e o
oxigênio em 1774 por Joseph Priestley, embora haja reivindicações de Carl Wilhelm Scheele
e Antoine Lavoisier.
John Tyndall foi um físico notável do século XIX. Sua fama científica surgiu na
década de 1850 com seu estudo de diamagnetismo. Em 1871 descobriu o fenômeno do
regelo. Foi um grande estudioso da radiação térmica, e produziu uma série de descobertas
sobre processos na atmosfera. Tyndall também é um pioneiro, pois resolveu a incógnita
surgida nas pesquisas de Fourier, a capacidade de vários gases atmosféricos para absorver
o calor radiante, a radiação infravermelha. Ele foi o primeiro a medir corretamente os
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poderes de absorção de infravermelho dos gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono,
ozônio, metano, vapor d’água etc..
Tyndall foi um grande pesquisador das geleiras em várias expedições para o Monte
Blanc, Monte Rose nos Alpes Weisshorn, e Matterhorn, entre outros na cordilheira da
Europa, mas o seu maior foco foi estudar a irradiação de calor solar. Desenvolveu seus
estudos baseados em descobertas de vários físicos que estudaram sobre a transmissão de
calor solar, entre eles, Saussure e o próprio Fourier.
Guy Callendar e David Keeling foram os cientistas que serviram como os pilares
para a construção da teoria do aquecimento global. Foram eles que realizaram a maioria
dos estudos que relacionavam a crescente demanda de emissões de GEE antropogênicos
com o aumento de temperatura global. Na época seus estudos foram rejeitados pelos
climatologistas renomados, devido ao clima frio entre 1947-1976.
33
homem poderia ajudar a aquecer o mundo, ainda que não demonstrasse certeza. Bert Bolin
foi o primeiro presidente do IPCC, atuando no cargo até 1997.
James Lovelock propôs no seu trabalho mais recente “A Vingança de Gaia” (2006),
que o aquecimento global atual é grave, pois o compara com um estado febril. Logo no
primeiro capítulo, fala sobre o estado da Terra “a resposta da terra viva ao que fazemos, não
depende só da quantidade de solo que exploramos e da contaminação que geramos, mas
também do seu estado atual de saúde” (Lovelock 2006). Lovelock afirma que esta
recuperação de saúde do planeta pode estar comprometido devido a sua idade atingir uma
fase avançada (cerca de 4,5 bilhões de anos). James não julga apenas os GEE emitidos
pelo homem, mas todas as ações de degradação humana ao meio ambiente, causadores do
atual aquecimento global.
34
4.6 As contradições da teoria.
Em entrevista para revista Fortune em 2009, o professor John Christy, acusa James
Hansen de ter errado gravemente nas previsões feitas em 1988. Hansen contactado pela
mesma revista, admitiu que suas projeções foram baseadas em um modelo que
intensificaria “ligeiramente” o aquecimento global. No seu novo modelo, Hansen pressupôs
um aumento de 3 Cº na temperatura global até 2100, contra 4,2 Cº na antiga.
Chirsty também realizou, junto com Roy Spencer, pesquisas sobre o poder de
controle climático de El Niños e La Niñas. O El Niño de 1997, considerado o mais intenso do
século, produziu um aumento de temperatura global na faixa de 0,9 Cº e a La Niña de 1984
resultou em um resfriamento de -0,5 Cº.
35
Uma das observações mais plausíveis do professor Molion, foi a análise do período
de resfriamento global entre 1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, pois esta redução
de temperatura ocorreu justamente na época em que a revolução industrial começou a
ganhar força demasiada, ou seja, as emissões de GEE começaram a ser emitidas em larga
escala. Molion percebeu que este período de queda de temperatura global, aconteceu
durante a fase fria da ODP.
36
O IPCC alega que as espécies transmissoras da malária, não sobrevivem em
temperaturas abaixo de 16 Cº, e alerta que com o aquecimento global, a doença pode
migrar para o norte. Paul Reiter acusa esta informação de ser falsa, criticando a falta de
menção da literatura científica feita por especialistas nesses campos.
4.7.1 O Sol.
O Sol é a fonte primária de energia do planeta Terra, ele que determina as estações
do ano, por isso deve ser dada a principal importância como controlador climático. No final
dos anos 80, o astrofísico britânico Piers Corbyn decidiu tentar uma nova maneira de
prognosticar o tempo. A técnica de Corbyn produziu resultados consistentemente mais
precisos do que os da Oficina Meteorológica Oficial e foi consagrado na imprensa
internacional como o “Super-Homem do tempo”. O segredo de seu êxito foi o Sol. Corbyn,
diretor do Weather Action, uma empresa que vende suas previsões, declarou que a origem
de sua técnica solar para prever o tempo a longo prazo, provinha do estudo das manchas
solares e seu desejo de predizê-las. Molion também é um dos defensores que as atividades
solares devem ser o primeiro aspecto a ser observado quando se fala em controlador
climático.
4.7.2 Oceanos.
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(Molion 2008). Convém ressaltar a percepção de Molion durante o resfriamento global entre
1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, e coincide com a fase fria da ODP. O professor
Luiz Carlos também reparou que no período entre 1977-1998 onde houve um aquecimento
global, foi justamente na fase fria da ODP.
No trabalho realizado por Maria Emília Rehder e Américo Kerr, do instituto de física
da USP, publicado no Caderno Brasileiro de Ensino de Física em 2004, foi feito uma análise
do efeito estufa em textos paradidáticos e periódicos jornalísticos analisando os seguintes
critérios:
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a) se a apresentação do Efeito Estufa foi feita como algo maléfico,misturando o
que é o efeito principal com as suas possíveis alterações;
b) se houve ou não diferenciação entre o que é a contribuição do vapor de água,
dióxido de carbono e outros gases para o efeito principal e em suas alterações;
c) se o tratamento de hipóteses foi como algo definitivo, apresentando-as de
forma taxativa;
d) se houve ou não discussão quanto às incertezas nas mudanças do Efeito
Estufa e nas correspondentes projeções de conseqüências.
(Xavier, M. E. R. e Ker, A. S. 2004).
Já o professor Luiz Carlos Molion, declara que a forma como o efeito estufa é
abordado nos livros de meteorologia, é questionável, pois desafia as leis da termodinâmica.
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A equação usada para calcular a temperatura que a Terra teria se não houvesse
efeito estufa, não leva em consideração, que se não existisse atmosfera, não existiriam
nuvens, gerando um resultado distorcido do cálculo em 13 Cº.
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Cientistas relatam que antes da época de Bush (pai), os fundos para pesquisas
relacionadas com o clima era cera de 170 milhões de dólares por ano. A partir da gestão de
Bush, este recurso saltou para U$ 2 bilhões por ano e foi aumentando com o tempo. A
crítica é que estes recursos eram disponibilizados exclusivamente para pesquisas que
tratassem do aquecimento global.
41
5. Considerações finais.
Desde 1909 ficou provado, que a função do vidro em uma estufa, é de aprisionar o
ar dentro dela mantendo-o quente, e não de refletir a radiação resultada da transformação
do comprimento de onda.
O efeito estufa também é um fator que influencia a temperatura global, porém não
existem fundamentos científicos comprovados, que os GEE são os causadores do
aquecimento global.
42
A ameaça dos países baixos serem submersos pelos mares, está relacionado a
expansão térmica dos oceanos e nada tem a ver com o derretimento das geleiras. A
expansão térmica dos oceanos é um fenômeno da ordem de séculos e até milênios. As
calotas polares mostram uma expansão e contração natural do gelo marítimo desde 1990
quando as medições por satélite começaram. Noticiários mostram com frequência o gelo
caindo da borda do Ártico, mas não dizem que é um aquecimento normal naquela região
que ocorre todo início de primavera.
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O critério usado pelo IPCC para dar maior importância ao dióxido de carbônico para
o aquecimento global, é devido o CO2 ser o principal responsável pela intensificação do
efeito estufa. Este critério é muito abstrato, pois não existem meios de provar que o aumento
da concentração de CO2 atmosférico é devido a emissão antrópica de GEE. O CO2 é um
gás natural da atmosfera, liberado por todos os seres vivos, vulcões e oceanos, constituindo
um percentual mínimo, as emissões antrópicas. Utilizando um critério mais concreto, o vapor
d’água é o gás mais importante para o efeito estufa, pois sua concentração atmosférica é
cem vezes maior do que o dióxido de carbono e seu potencial de estufa é duas vezes maior
(Tabela 2).
A politização do assunto começou no final dos anos 70, quando Margareth Thatcher
com o objetivo de desenvolver energia nuclear, financiou pesquisas para associar a emissão
de CO2 proveniente de combustíveis fósseis com o aquecimento global. As pesquisas já
partiram com um pressuposto de que emissões antrópicas de GEE causassem o
aquecimento global, e parecem terem ignorado muitas teorias físicas e meteorológicas para
chegar a uma conclusão positiva. Foram financiadas para isto, acusar o CO 2 antrópico de
causar o aquecimento global, e consequentemente culpar as indústrias consumidoras de
combustíveis fósseis.
Uma nova geração de jornalismo foi criada, o jornalista ambiental, porém, no amplo
contexto do meio ambiente, o sensacionalismo caiu sobre o assunto das mudanças
climáticas, com previsões exageradas, incertas e apocalípticas. Cientistas que se opõem a
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estas teorias, não aparecem, e quando isto ocorre, ganham muito pouco destaque e
credibilidade. Parece que a mídia generalizou uma formação de opinião, desrespeitando a
efemeridade do conhecimento científico, e estabeleceu uma parceria com o governo que
tem seus interesses políticos.
Para o PNUMA tomar essa atitude opressora com o professor Molion, é evidente
que estava defendendo interesses políticos. O PNUMA e o IPCC pertencem à ONU, que é
um órgão político e são representados por pessoas escolhidas para defender os interesses
dos seus governos. Muitos outros cientistas, de vários países, que são contra esta “teoria
política do aquecimento global”, relatam sofrerem a mesma opressão quando solicitam
verbas para pesquisas de relevância científica. Esta tática do sistema fere totalmente a ética
científica, que trabalha sempre visando o bem para a humanidade. Isto é um ditadura
tecnológica.
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Essas políticas de prevenção do aquecimento global, causam um efeito desastroso
às pessoas mais pobres do mundo. Campanhas ambientalistas falam dos riscos de usar
combustíveis fósseis, mas nunca falam dos seus benefícios. O princípio da prevenção,
neste caso, tira totalmente o foco da solidariedade de estabelecer maneiras de fazer chegar
energia elétrica para um terço da população mundial que é desprovida deste recurso, que é
o princípio básico para uma vida digna e saudável.
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5.3 A farsa do aquecimento global.
O clima da Terra é controlado por inúmeros fatores, internos, solares até extra
galácticos, e afirmar que o dióxido de carbono controla o clima terrestre, é a maior farsa no
contexto do aquecimento global, e esta notícia ainda é divulgada disparadamente pela
grande mídia. Os proprietários dos meios de comunicação conseguiram enraizar firmemente
a teoria do aquecimento global causado pelo homem, de forma que as vozes da oposição
são severamente silenciadas, não importando o quão forte seja a prova contrária.
Com toda a atenção voltada para o CO2, perde-se o foco dos reais problemas que
estas mesmas indústrias causam, as automotivas por exemplo, liberam o monóxido de
carbono que é um gás muito mais venenoso do que o dióxido de carbono podendo levar a
morte de um indivíduo que tenha mais de 50% de CO no sistema sanguíneo.
Os óxidos de enxofre que são os causadores da chuva ácida, são esquecidos com
essa histeria de aquecimento global, mesmo tendo grande participação em mudanças
climáticas que são realmente causadas pelo homem, pois é difícil a ocorrência de chuva
ácida natural.
Que este trabalho sirva de alerta, pois é sério e apresenta evidências de grande
relevância científica.
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6. Referências bibliográficas
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