Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o Plano de Ação da Rede Federal de Fiscalização do Programa Bolsa Família
e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico, para implementação
das ações referentes ao ano de 2024, nos termos do Anexo, na forma do caput do artigo 10 do
Decreto 11.762, de 2023.
Art. 3º São diretrizes gerais para orientar toda a ação da Rede Federal de Fiscalização e seus
planos anuais:
I - não criminalização da pobreza;
II - evolução de cruzamento de dados e ampliação das bases;
III - ações estruturantes de combate a fraudes, inclusive, cibernéticas;IV - estruturação do
Sistema Único de Assistência Social - SUAS nos estados e municípios; e V - transparência e
comunicação com a sociedade.
Art. 4º O Plano está estruturado nas seguintes ações:
I - ação 1: Construção do Plano de Comunicação da Rede;
II - ação 2: Implantação de Unidade de Pesquisa, Estratégia e Gestão de Riscos;
III - ação 3: Proposta de Melhoria da Qualidade das Bases de Dados;
IV - ação 4: Contribuição e Avaliação dos Termos de Adesão;
V - ação 5: Cronograma de Averiguação e Auditorias;
VI - ação 6: Averiguação de Unipessoais e Petição ao TCU;VII - ação 7: Fluxo de Denúncias; e
VIII - ação 8: Comunicação Externa.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
A P R ES E N T AÇ ÃO
A Rede Federal de Fiscalização do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal - CadÚnico foi criada a partir do artigo 13 da Lei nº 14.601, de 19 de
junho de 2023, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família
e Combate à Fome, e regulamentada pelo Decreto nº 11.762, de 2023.
A Rede transforma o acompanhamento do Programa Bolsa Família - PBF e do Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico em uma tarefa de todo o Governo Federal,
sendo composta permanentemente por indicações do Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome, Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da
União, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e da Secretaria-Geral da
Presidência da República, além de diversos outros órgãos e entidades convidadas ao pleno ou para
participação em grupos técnicos.
A atual gestão do Governo Federal no CadÚnico se deparou com diversas distorções do período
anterior, além de um insuficiente planejamento e monitoramento de programas sociais que
cresceram orçamentariamente. Ainda no Governo de Transição, foi feito um diagnóstico da
situação do CadÚnico e dos programas sociais, contando com o aporte do Relatório de Alto Risco
do Tribunal de Contas da União. O cenário encontrado mostrava um desmonte na qualidade das
informações cadastradas e um menor monitoramento, inclusive na articulação federativa, dos
programas sociais. Foram encontradas especialmente divergências de renda e de composição
familiar, além de falta de atualização e inconsistência de dados.
A presente iniciativa faz parte de uma ação mais ampla de reconstrução do sistema de proteção
social brasileiro, garantindo a transferência de renda com maior segurança e qualidade, a partir da
integração de programas e informações, de forma a fortalecer e expandir a Assistência Social junto
ao Pacto Federativo. A transferência de renda necessita de uma política pública robusta, que possa
ser composta de seus diversos aspectos necessários, inclusive um monitoramento à altura do
tamanho orçamentário dos programas, onde se insere a Rede de Fiscalização.
Destarte, foi elaborado o presente Plano de Ação da Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família
e CadÚnico 2024, que prevê a realização de oito ações voltadas à melhoria das informações e a
fiscalização dos programas sociais.
O presente Plano de Ação da Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e CadÚnico 2024, por
ser um instrumento de planejamento e aprimoramento contínuo, não será estático e poderá
ocorrer alterações em seus prazos e ações durante a sua execução, sempre visando garantir os
melhores resultados.
PRINCÍPIOS
Os princípios a serem observados pela Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e CadÚnico
foram estabelecidos no artigo 3º do Decreto nº 11.762, de 2023, que regulamenta a Rede Federal
de Fiscalização do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal - CadÚnico são os seguintes: I - auxílio mútuo, observada a competência de cada órgão
integrante;
II - compartilhamento de informações e de bases de dados, observada a legislação;
III - integração e aprimoramento de metodologias de trabalho;
IV - observância das competências e dos processos de gestão e operacionalização de cada
órgão participante; eV - promoção do intercâmbio de experiências.
As famílias brasileiras vulnerabilizadas devem ser acolhidas de todas as formas, sendo o Sistema
Único de Assistência Social - SUAS a principal porta de acesso delas. As eventuais situações de
recebimento indevido devem observar os ritos administrativos já existentes para a correção de
erros na concessão e a Rede pode atuar no sentido de contribuir para a qualificação desses fluxos,
sobretudo no que se refere à responsabilização dos gestores que participam de ações que
favoreçam práticas contrárias às regras de inclusão no Cadastro e no PBF.
Para garantir a higidez do Cadastro Único e, cada vez mais, sua confiabilidade, trata-se de uma
premissa a manutenção e expansão dos processos de qualificação do cadastro. Assim, esforços
adicionais serão envidados para ampliar a qualidade e atualidade dos dados, a partir de estudos
que possam aperfeiçoar os processos de verificação automática dos dados inseridos no Cadastro
Único e ampliar a interoperabilidade com registros administrativos, inclusive, com a incorporação
de novas tecnologias que tornem o processo mais seguro, sem causar erros de exclusão da
população de baixa renda.
Ações estruturantes de combate a fraudes, inclusive, cibernéticas A Rede terá sua atuação voltada
para grandes e sofisticadas fraudes, ou seja, a sua prioridade, como já dito, não é a fiscalização do
beneficiário em situação de vulnerabilidade individualmente, mas sim, esquemas fraudulentos de
maiores proporções, inclusive, cibernéticas.
Além disso, especial atenção será dada para combater e prevenir fraudes por hackers e quadrilhas
especializadas, fortalecendo e ampliando processos de inteligência já executados para garantir o
controle, inclusive por meio de parcerias com as autoridades policiais.
O objetivo será ampliar e garantir a higidez dos dados, para excluir fraudes por parte de
associações ou organizações criminosas, buscando encaminhar às autoridades policiais eventuais
casos de articulações criminosas, de forma a garantir que os recursos financeiros não tenham seus
fins desviados, quais sejam, a real distribuição de renda e a diminuição da desigualdade social.
Estruturação do SUAS nos estados e municípios A Rede possui um compromisso orgânico com os
princípios e as diretrizes da Assistência Social, sendo um dos objetivos do SUAS, de acordo com o
art. 6º, III da LOAS, e portando, da Rede, a valorização do Pacto Federativo e a responsabilidade
dos entes federados. Todavia, para que isso ocorra, mostra-se fundamental o investimento público
na Assistência Social nos estados e nos municípios, para que o monitoramento dos programas e do
próprio CadÚnico possa ter o tamanho que os programas sociais necessitam ter nacionalmente.
A Rede apoiará, portanto, no processo de identificação e monitoramento de gargalos existentes no
âmbito municipal e estadual, que possam impactar a prestação dos serviços públicos ao cidadão
usuário da política de assistência social, na perspectiva de que se trata de população em situação
de vulnerabilidade.
Assim, consiste em meta da Rede também buscar saídas para a falta de financiamento das gestões
municipais em sua Seguridade Social, de forma a oferecer o suporte necessário para fortalecer o
SUAS e a implementação do programa Bolsa Família nos municípios, com segurança e qualidade.
Isso se dará a partir do auxílio à própria atualização do Cadastro Único, por exemplo.
Essa atuação se dará, entre outras formas, a partir do diálogo permanente com os entes federados,
reconhecendo, de um lado, a autonomia dos municípios na organização da oferta local, as regras
de gestão destes serviços, os recursos destinados para sua execução, bem como as
responsabilidades assumidas por estes entes, no cumprimento do que preceitua o Termo de
Adesão do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família.
Assim, busca-se articular, junto à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (SECOM),
iniciativas de conscientização sobre os novos parâmetros do programa Bolsa Família e as
consequências de um cadastramento fraudulento, apresentando as possibilidades de correção a
serem feitas pelas unidades do SUAS, como também, pelas próprias famílias.
E, ainda, conta-se com a Secretaria Geral da Presidência da República, que articula as diversas
instâncias federais, municipais e estaduais de participação social, que a Rede possa ter um contato
direto e um apoio cotidiano dos conselhos municipais, especialmente os de assistência social e de
segurança alimentar, no auxílio a suas resoluções e na aplicação dos planos anuais.
. Grupo Técnico 01
. REDUÇÃO DE LITIGIOSIDADE
. Coordenação AG U
. Apoio e Subsídios CONJUR/MDS e DPU
. Período de implementação janeiro de 2024 a dezembro de 2024
. Status Aprovada
.Grupo Técnico 02
. ORÇAMENTO DE FISCALIZAÇÃO E DE ESTRUTURAÇÃO DO SUAS
. Coordenação do Grupo SNAS
. Apoio e Subsídios SPOG e SAGICAD/MDS
. Período de implementação janeiro de 2024 a dezembro de 2024
. Status Aprovada
RETIFICAÇÃO
Na Portaria MDS nº 962, de 21 de fevereiro de 2024, publicada no Diário Oficial da União nº 36, de
22 de fevereiro de 2024, Seção 1, páginas 24 a 26, que estabelece procedimentos relativos à
certificação de entidades beneficentes atuantes na redução de demanda de drogas, no âmbito do
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e dá outras
providências, onde se lê: "Art. 9º O requerimento deverá ser instruído, na forma prevista na Lei
Complementar nº 187, de 2021, e no Decreto nº 11.791, de 2023, com:
I - declaração firmada pelo representante legal da entidade, nos termos do artigo 5º, I, do Decreto
nº 11.791, de 2023, conforme Anexo III - certidão negativa ou certidão positiva com efeito de
negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;
II - certidão de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
III - estatuto social em vigor que preveja, em caso de dissolução ou
extinção, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidades beneficentes certificadas
ou a entidades públicas;
IV - demonstrações contábeis e financeiras que registrem as receitas e as despesas, por área de
atuação, bem como o registro em gratuidade, de forma segregada, em consonância com as normas
do Conselho Federal de Contabilidade e com a legislação fiscal em vigor, observado o disposto no
Decreto nº 11.791, de 2023, e devendo estar:
a) devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos
Regionais de Contabilidade, quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado
pelo inciso II do caput do artigo 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
b) acompanhadas de notas explicativas, a que se refere o artigo 32, §6º, da Lei Complementar nº
187, de 2021;
V - relatório de atividades desempenhadas no exercício anterior ao requerimento, na área de
redução da demanda de drogas, nos termos do artigo 32 da Lei Complementar nº 187, de 2021, e
em outras áreas que atue, certificáveis ou não, conforme Anexo II;
VI - declaração firmada pelo representante legal da entidade de que:
a) seus dirigentes estatutários, conselheiros, associados, instituidores ou benfeitores não recebem
remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em
razão das competências, das funções ou das atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos
atos constitutivos; ou
b) os dirigentes foram remunerados de modo compatível com o seu resultado financeiro do
exercício, observado o disposto no artigo 3º, caput, V, e §§ 1º e 2º, da Lei Complementar nº 187,
de 2021, nos moldes do Anexo I;
VII - declaração emitida por autoridade federal, estadual, distrital ou municipal competente que
ateste atuação na área de controle do uso de drogas ou atividade similar”.
leia-se: "Art. 9º O requerimento deverá ser instruído, na forma prevista na Lei Complementar nº
187, de 2021, e no Decreto nº 11.791, de 2023, com:
I - declaração firmada pelo representante legal da entidade, nos termos do artigo 5º, I, do Decreto
nº 11.791, de 2023, conforme Anexo I;
II - certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos
administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional;
III - certidão de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
IV - estatuto social em vigor que preveja, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do
eventual patrimônio remanescente a entidades beneficentes certificadas ou a entidades públicas;
V - demonstrações contábeis e financeiras que registrem as receitas e as despesas, por área de
atuação, bem como o registro em gratuidade, de forma segregada, em consonância com as normas
do Conselho Federal de Contabilidade e com a legislação fiscal em vigor, observado o disposto no
Decreto nº 11.791, de 2023, e devendo estar:
a) devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos
Regionais de Contabilidade, quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado
pelo inciso II do caput do artigo 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; e
b) acompanhadas de notas explicativas, a que se refere o artigo 32, §6º, da Lei Complementar nº
187, de 2021.
VI - relatório de atividades desempenhadas no exercício anterior ao requerimento, na área de
redução da demanda de drogas, nos termos do artigo 32 da Lei Complementar nº 187, de 2021, e
em outras áreas que atue, certificáveis ou não, conforme Anexo II;
VII - declaração firmada pelo representante legal da entidade de que:
a) seus dirigentes estatutários, conselheiros, associados, instituidores ou benfeitores não recebem
remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em
razão das competências, das funções ou das atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos
atos constitutivos; ou
b) os dirigentes foram remunerados de modo compatível com o seu resultado financeiro do
exercício, observado o disposto no artigo 3º, caput, V, e §§ 1º e 2º, da Lei Complementar nº 187,
de 2021, nos moldes do Anexo I.
VIII - declaração emitida por autoridade federal, estadual, distrital ou municipal competente que
ateste atuação na área de controle do uso de drogas ou atividade similar”