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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Simulado
Criado em: 26/03/2024 às 14:07:43

1. [Q3132921]
INSTRUÇÃO: Leia o texto II para responder às questões de 6 a 8.

TEXTO II

A prática da atividade física é importante para evitar a enxaqueca

As atividades aeróbias, como caminhada, corrida, remo, natação, ciclismo, são as mais recomendadas porque permitem melhor oxigenação em todo o organismo e
este aporte de oxigênio é muito benéfico para nosso corpo

A enxaqueca é muito comum na população e acaba, muitas vezes, atrapalhando muito o dia a dia das pessoas. De acordo com o professor de Educação Física, com
especialização em Fisiologia do Exercício, José Carlos Farah, a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça de intensidade variável, muitas vezes acompanhada de náuseas
e sensibilidade à luz e ao som, que leva ao desconforto e interfere na qualidade de vida. Pode ser desencadeada por um dia estressante ou uma noite mal dormida, ou
por pular alguma refeição e até mesmo por doenças crônicas, entre outros motivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a enxaqueca afeta cerca de 15% da
população brasileira.

Farah explica que a prática da atividade física tem impacto positivo na qualidade de vida, tanto na prevenção como no tratamento de algumas doenças. “Não é
diferente com a enxaqueca. A prática ajuda na prevenção e na frequência das crises de enxaqueca. Muitos estudos mostram a importância dos exercícios na liberação
das endorfinas e da serotonina, que são hormônios que atuam na analgesia e aumentam a resistência à dor, reduzindo a frequência, a intensidade e duração das
crises.” O professor ressalta que pesquisas mostram que pessoas que se tratam com medicamentos e fazem atividade física têm um quadro de redução nos sintomas,
quando comparadas às pessoas que só utilizaram medicamento, além da melhora na qualidade de vida.

Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/a-pratica-da-atividade-fisica-e-importante-para-evitar-a-enxaqueca/. Acesso em: 23 ago. 2023 (adaptado).

Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto em discurso direto.

a )“[...] a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça de intensidade variável, muitas vezes acompanhada de náuseas e sensibilidade à luz e ao som, que leva ao
desconforto e interfere na qualidade de vida.”

b )“Farah explica que a prática da atividade física tem impacto positivo na qualidade de vida, tanto na prevenção como no tratamento de algumas doenças.”

c ) “O professor ressalta que pesquisas mostram que pessoas que se tratam com medicamentos e fazem atividade física têm um quadro de redução nos sintomas
[...]”

d )“‘Não é diferente com a enxaqueca. A prática ajuda na prevenção e na frequência das crises de enxaqueca. Muitos estudos mostram a importância dos exercícios
na liberação das endorfinas e da serotonina [...]’”.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2024 / Prefeitura de Curvelo - MG / Técnico em Meio Ambiente / Questão: 8

2. [Q2675166]
O Pataca bateu no ombro da rapariga.

— Como vais tu, Florinda?

Ela olhou para ele, rindo; disse que ia bem, e perguntou-lhe como passava.

— Rola-se, filha. Tu que fim levaste? Há um par de quinze dias que te não vejo!

— É mesmo. Desde que estou com seu Bento não tenho saído quase.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Disponível em: http://objdigital. bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acesso em: 20 ago. 2022.

No fragmento de Aluísio Azevedo, observa-se o(s) discurso(s)

a )direto, apenas.

b )indireto, apenas.

c ) direto e indireto.

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d )indireto livre.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2023 / Câmara de Contagem - MG / Técnico em Saúde Bucal / Questão: 3

3. [Q2676518]
A minha salamandra

Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia
envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.

Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.

Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma
mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.

Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não
obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o
atendeu ficou simplesmente perplexo:

– Caroço de manga? Que brincadeira é essa?

Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o
setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:

– Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?

– Não acho nada: preciso saber com exatidão.

– Por quê?

– Bem, porque...

Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:

– Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...

– Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.

– O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...

Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:

– Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência.

O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto
tempo leva para germinar um caroço de manga?

Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com
quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra —
quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo
as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo – vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um
caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação
do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais
misteriosos que a salamandra, salamandras...

(Fernando Sabino. As melhores crônicas – 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)

Em “As da salamandra – quatro, ou seis – nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro.” (18º§), o duplo
travessão tem como finalidade:

a )Evidenciar uma explicação.

b )Indicar uma informação precisa.

c ) Introduzir a fala no discurso direto.

d )Marcar uma pausa de longa duração.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Travessão > Aposto explicativo > Discurso direto
Fonte: Instituto Consulplan 2023 / Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar ISGH - CE / Técnico em Enfermagem / Questão: 4

4. [Q2844725]
MEDO DA FELICIDADE

(1º§) Muita gente tem medo da felicidade. Não se tem uma explicação sobre isto.

(2º§) Para essas pessoas, felicidade significa mudar uma série de hábitos - e perder sua própria identidade. As pessoas não são felizes ao se darem conta disto. Todas
vão em busca da felicidade.

(3º§) Muitas vezes, nós nos julgamos indignos das coisas boas que acontecem conosco.

(4º§) Não aceitamos - porque aceitá-los nos dá a sensação de que estamos devendo alguma coisa a Deus.

(5º§) Pensamos: "É melhor não provar o cálice da alegria, porque, quando este nos faltar, iremos sofrer muito". Quando se sofre muito, vive-se num mar de tristezas.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 2/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

(6º§) Por medo de diminuir, deixamos de crescer.

(7º§) Por medo de chorar, deixamos de sorrir.

(8º§) Por medo de ser feliz, você cria o medo de viver com felicidade.

(9º§) Descarte o medo! Busque a Felicidade! Mostre ação feliz sempre!

(10º§) Você merece ser feliz! Sua mão jamais tocará o medo. Medo e felicidade não se combinam, não estabelecem nexo entre si, mas convivem para criar conflitos
emocionais!

(Paulo Coelho) (https://www.mensagenscomamor.com/textos-felicidade) – (Adaptado)


Sobre os componentes linguísticos do (1º§), analise as assertivas com V(Verdadeiro) ou (Falso). Após análise, marque a alternativa correta.

I – Na escrita da frase: “Vive-se num mar de tristezas” – temos exemplo de hipérbole.

II – “Medo” é antônimo de “pavor”.

III – O pronome de tratamento da frase: “Você merece ser feliz!” - apresenta um exemplo de interlocutor direto.

IV – Entre os sinônimos de “Alegria” - temos: “entusiasmo”; “animação”; “bom-humor”.

Marque a expressão com análise correta.

a )V; V; V; V.

b )F; F; V; F.

c ) F; V; F; V.

d )V; F; F; V.

e )V; F; V; V.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Hipérbole > Pronome pessoais de tratamento > Discurso direto > Sinônimos > Antônimos
Fonte: MS Concursos 2023 / Prefeitura de Ituberá - BA / Orientador Social / Questão: 6

5. [Q2750842]
Atenção: Leia a crônica “Pai de família sem plantação”, de Paulo Mendes Campos, para responder às questões de números 1 a 12.

Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria:
“É, meu filho, tudo isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”

Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não
querendo, de uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos
matar codorna? A vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.

Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone
me põe a funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.

Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de
nada, de pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e
argênteo de crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Confio mais em mãos calosas, meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e
torresmos para minha fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.

Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário, o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso
da cadeia, todos eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor,
engavetem-me com simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)

O cronista dirige-se explicitamente a seus leitores no seguinte trecho:

a ) “Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva;” (4o parágrafo)

b ) Por favor, engavetem-me com simplicidade do lado da sombra.” (5o parágrafo)

c ) “É, meu filho, tudo isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...” (1o parágrafo)

d ) “Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete.” (5o parágrafo)

e ) Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro.” (3o parágrafo)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2023 / Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região TRT 18 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 2

6. [Q2771466]
INSTRUÇÃO: Leia o texto Il a seguir para responder às questões de 7 a 10.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 3/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

TEXTO II

Disponível em: https://bit.ly/3T2JMNX. Acesso em: 2 nov. 2022.


Sobre a tirinha apresentada, analise as afirmativas a seguir.

I. Possui um enredo bem definido.

Il. Faz uso de linguagem verbal e não verbal.

III. Utiliza discurso direto e indireto.

Estão corretas as afirmativas

a )l e ll, apenas.

b )l e lll, apenas.

c ) ll e lll, apenas.

d )I, II e III.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Linguagem verbal e não verbal > Discurso indireto
Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2023 / Fundação Uberlandense de Turismo Esporte e Lazer FUTEL - MG / Técnico em Segurança do Trabalho / Questão: 10

7. [Q2735050]
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.

DIA MUNDIAL SEM TABACO: BRASIL TEM REDUÇÃO NO NÚMERO DE FUMANTES

Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate ao tabagismo; ações de promoção à
saúde e webinários marcam a data

O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio do Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia
Mundial sem Tabaco.

Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve queda, de 51,1% para 46,6% dos
entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate ao fumo.

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de produtos derivados do tabaco, no Brasil, são
mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443 mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo,
contudo, até 2030, pode ser responsável por 10% do total de mortes globais.

Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50
doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório, como enfisema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do
miocárdio, hipertensão arterial e acidente vascular cerebral.

VIGITEL 2019

O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, apontou queda de prevalência de fumantes nas
capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27 capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%)
do que no feminino (7,7%). No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os adultos com 65
anos e mais.

A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de fumantes foram encontradas, entre homens,
em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e, entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As
menores frequências de fumantes, no sexo masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São Luís
(2,7%) e Teresina (2,8%).

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019

Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados. O número é menor do que o registrado em
2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013 para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou,
passando de 17,5% para 26,6%.

O perfil de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e fundamental incompleto, entretanto, as mulheres
apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo, principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.

Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados.
O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a
dependência de nicotina.

A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de
pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019,
segundo a PNS, e as mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.

TRATAMENTO NO SUS

O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de
reposição de nicotina) e bupropiona.

Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do município para informações sobre locais e
horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por
telefone, no Disque Saúde 136.

CAMPANHA DO INCA

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia
Mundial sem Tabaco. O tema, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de
fumantes e, consequentemente, a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a webconferência
“Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre tabagismo e Covid-19.

Disponível em: https://bityli.com/fYuwb. Acesso em: 1 maio 2022 (adaptado).


São recursos utilizados no texto, exceto:

a )Dados estatísticos.

b )Informatividade.

c ) Discurso direto.

d )Linguagem formal.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Dados estatísticos > Linguagem formal
Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2023 / Prefeitura de Lavras Prefeitura de Lavras - MG / Técnico em Laboratório / Questão: 3

8. [Q2709574]
Instrução: As questões 10 a 15 referem-se ao texto abaixo.

01.------Conheceram-se na Avenida Atlântica, calçada da

02.--praia. Passaram quase um ano cruzando um pelo outro,

03.--ou correndo na mesma direção, sem se falarem. Até

04.--que um dia ele tomou coragem.

05.------– Desculpe...

06.------– Sim?

07.------– Esse seu macacão...

08.------– Francês.

09.------– Não é nacional?

10.------– Não, não. É uma marca que não tem aqui.

11.-------– Bacana.

12.------– Obrigada. Eu notei os seus tênis...

13.------– Ah. Estes me trouxeram dos Estados Unidos...

14.------– Devem ser bons.

15.------– São ótimos.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

16.------A todas estas, correndo lado a lado.

17.------– Você faz a praia toda?

18.------– Não. Princesa Isabel. Posto quatro.

19.------– Eu, posto quatro, fim do Leme.

20.------– Quantas vezes?

21.------– Quatro. Semana que vem, aumento para cinco.

22.------– Eu, três.

23.------No dia seguinte se cruzaram e se abanaram. E todos

24.--os dias, depois disso, nunca deixaram de trocar palavras.

25.--Rápidas, quando se cruzavam. Mais demoradas,

26.--quando acontecia de emparelharem.

27.------Um dia chegaram juntos à Princesa Isabel e ele

28.--sugeriu:

29.------– Vamos até o fim do Leme.

30.------– Tá doido.

31.------– Vamos lá. Coragem.

32.------Ela foi. Foram e voltaram, lado a lado, no mesmo

33.--passo.

34.------– Você, hein? Me desencaminhou.

35.------Quando chegaram ao Posto 4, ela estava bufando. Ele

36.--adorava ouvi-la bufar. Um dia pararam para conversar

37.--em frente ao Lido. Pararam, não. Continuaram correndo,

38.--mas sem sair do lugar. Os dois suados, felizes. Ela

39.--prendia o cabelo atrás, mas alguns fios se soltavam e

40.--grudavam no rosto suado. Pelos lados passavam os

41.--outros corredores. Gente de todos os tipos. Velhos

42.--conhecidos do calçadão. Uma irmandade.

43.------– Como tem gente fazendo jogging, né? – disse ele.

44.------– Sabe que eu não gosto dessa palavra?

45.------– É verdade. Bobagem.

46.------– Prefiro o português mesmo.

47.------– Como é o português?

48.------– Cuper!

49.------– Separaram-se às risadas. Ele, apaixonado.

Adaptado de: VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. 101 crônicas escolhidas. Porto Alegre: L&PM, 1996. P. 84

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir.

( ) A versão em discurso indireto de Você faz a praia toda? (l. 17) é Ele perguntou se você fazia a praia toda.

( ) A versão em discurso indireto de Semana que vem, aumento para cinco (l. 21) é Ele disse que, na semana seguinte, aumentaria para cinco.

( ) A versão em discurso indireto de Vamos até o fim do Leme (l. 29) é Ele sugeriu que fossem juntos até o fim do Leme.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a )V – F – F.

b )V – F – V.

c ) F – V – V.

d )V – V – F.

e )F – V – F.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Passagem do discurso direto para o discurso indireto ou vice-
versa
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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.
Fonte: Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - FAURGS 2023 / Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS - RS / Assistente de Alunos / Questão: 14

9. [Q2729769]
Atenção: Leia a crônica “Pai de família sem plantação”, de Paulo Mendes Campos, para responder às questões de números 1 a 12.

Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa os assombros da cidade. Seu
velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu filho, tudo isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação,
não sei não...”

Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de morador do Rio de Janeiro. A
trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha
gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar
codorna? A vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.

Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos edifícios crescem fazendo barulho em
meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha
inocência não percebe o negócio de milhões articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.

Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre tábuas lavadas, claro e sem
segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que
me cumprimentam na cidade tem qualquer coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Confio mais em mãos calosas, meus sentidos querem uma brisa à boca da
noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que
sentimentos desfalecer.

Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário, o médico, o turco, o promotor que
lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria
a doçura do adro, olhando o cemitério em aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)

O cronista disse: − Não é preciso rezar por minha alma desgovernada.

Ao ser transposto para o discurso indireto, o texto acima assume a seguinte redação:

a )O cronista disse: − Não precisava rezar por sua alma desgovernada.

b )O cronista disse: − Não precisaria rezar por minha alma desgovernada.

c ) O cronista disse que não fora preciso rezar por minha alma desgovernada.

d )O cronista disse que não era preciso rezar por sua alma desgovernada.

e )O cronista disse que não é preciso rezar por sua alma desgovernada.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Passagem do discurso direto para o discurso indireto ou vice-versa > Discurso indireto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2023 / Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região TRT 18 - BR / Técnico Judiciário - Área: Policial Judicial / Questão: 8

10. [Q3030537]
Texto 1 – Bia Haddad se cobra após vitória inédita: "Fiquei um pouco insatisfeita" (adaptado)

Paulista supera Jaqueline Cristian, carimba vaga na terceira rodada – seu melhor resultado no Grand Slam –, mas não fica satisfeita com o próprio desempenho em
quadra

Por Redação do GE — Londres, Inglaterra

A vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira, alçou Bia Haddad Maia a uma inédita terceira rodada em Wimbledon. A paulista, porém, não ficou
satisfeita com a própria performance na quadra: ela admite que precisou ser conservadora para conquistar o resultado e promete melhorar na próxima fase.

— Estou na terceira rodada em Wimbledon pela primeira vez. Estou feliz pela minha luta, pela briga, mas fiquei um pouco insatisfeita com meu nível de tênis. Quero
parabenizar minha adversária, que jogou em alto nível bastante tempo, foi mais competitiva durante todo o jogo. Estou feliz pela minha luta, consegui dar um jeito de
ganhar não me sentindo bem. Fui resultadista, o que fez meu nível baixar bastante. Fui bastante conservadora. Tenho a oportunidade de melhorar meu tênis. Quero
agradecer a todo mundo pelo apoio e pela torcida – declarou a jogadora, que anotou sua nona vitória de virada em 2023, via assessoria de imprensa.

Décima terceira colocada do ranking, Bia Haddad vai enfrentar a romena Sorena Cirstea – que ocupa o 37º lugar – na terceira rodada, em data a ser anunciada pela
organização.

Disponível em: https://ge.globo.com/tenis/noticia/2023/07/06/bia-haddad-diz-que-foi-conservadora-mas-frisa-tenho-oportunidade-de-melhorar.ghtml

No primeiro parágrafo do texto 1, são veiculadas diversas informações por meio da voz do narrador. Dentre essas informações, a única que NÃO é retomada, no
segundo parágrafo, por meio de discurso direto é:

a )Bia Haddad está classificada para a terceira rodada de Wimbledon;

b )Bia Haddad nunca havia chegado à terceira rodada de Wimbledon anteriormente;

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

c ) Bia Haddad não ficou satisfeita com seu desempenho;

d )Bia Haddad atuou de forma conservadora;

e )Bia Haddad prometeu melhorar o nível do seu jogo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2023 / Tribunal de Justiça de Sergipe TJ SE - SE / Técnico Judiciário - Área Programação de Sistemas / Questão: 4

11. [Q3073021]
Assinale a alternativa que contém exemplo de discurso direto.

a )Meu sobrinho afirmara que precisou estudar muito para passar no vestibular para o curso de Psicologia.

b )O conselheiro, assim que chegou ao evento, aproximou-se de mim e foi me dizendo que tinha novas propostas promissoras para apresentar.

c ) Minha mulher não queria ir à festa de meu irmão. Disse que não iria sair de casa, em hipótese alguma.

d )– Por que não comeu o bolo de chocolate, querida? Indagou a mãe de Juliete.

e )Durante algum tempo – não mais de trinta segundos – só se ouviu, dentro do carro, o chiado dos pneus no asfalto. Aí, Nair me perguntou quem era a moça que me
cumprimentou.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos - FEPESE 2023 / Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina COREN SC - SC / Auxiliar Administrativo / Questão:
8

12. [Q2788819]
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:

IRACEMA VOOU (1998)

Chico Buarque

Iracema voou

Para América

Leva roupa de lã

E anda lépida

Vê um filme de quando em vez

Não domina o idioma inglês

Lava chão numa casa de chá

Tem saído ao luar

Com um mímico

Ambiciona estudar

Canto lírico

Não dá mole pia polícia

Se pude, vai ficando por lá

Tem saudade do Ceará

Mas não muita

Uns dias, afoita,

Me liga a cobrar.

- É Iracema da América.

O travessão, no último verso, sinaliza:

a )discurso direto.

b )discurso indireto.

c ) afirmação do receptor.

d )separação de oração intercalada.

e )discurso indireto livre.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Travessão > Discurso direto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional Ltda - CETAP 2023 / Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará IGEPREV - PA / Assistente de
Informática / Questão: 7

13. [Q2851232]
Em todas as opções abaixo há perguntas diretas, que foram transformadas em perguntas indiretas.

A opção em que essa modificação foi feita de forma adequada, é:

a )Por que o autor empregou esse pronome? / Queria saber como esse pronome foi empregado pelo autor;

b )Que consequências o barulho pode trazer à nossa audição? / Você pode me dizer o porquê de o barulho trazer consequências à nossa audição;

c ) Como você compreende a afirmação do autor? / Diga o modo como você compreende essa afirmação do autor;

d )Qual o maior interesse desse livro? / Desejava saber a finalidade da publicação desse livro;

e )Quem produz os melhores vinhos do mundo? / Gostaria de saber qual o método de produção dos melhores vinhos do mundo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2023 / Procuradoria Geral de Niterói - RJ PGM - RJ / Técnico em Procuradoria / Questão: 27

14. [Q2810340]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 6 a 10.

REFLEXÃO SOBRE O "ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE"

(1º§)O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8069/90) foi fruto da necessidade da criação de uma Justiça especializada e cujo objetivo é de julgar as
infrações cometidas pelos adolescentes entre doze e dezoito anos (artigo 2º) do ECA.

(2º§)O dicionário de Aurélio Buarque de Holanda conceitua o vocábulo adolescente como: aquele que está no começo, no início, que ainda não atingiu todo o vigor.
Adolescentes são pessoas ainda em formação, cuja estrutura física e psíquica não atingiu sua plenitude, bem como a sua personalidade. Sendo assim, são pessoas
especiais que merecem a criação de uma Justiça especializada, diferenciada daquela utilizada para adultos, haja vista, suas diferenças.

(3º§)Como seres especiais, cuja personalidade, intelecto, caráter estão ainda em formação a tarefa de redirecioná-los e reeducá-los é mais branda e menos
trabalhosa, pois as crianças e os adolescentes são mais suscetíveis em assimilar as ditas orientações. Pense nisso, redobre sua atenção para com os seres humanos
em formação! Eles merecem o nosso carinho!

(4º§)O ECA, portanto, prevê um tratamento diferenciado para os adolescentes infratores, classificando-os como pessoas especiais de direitos, procurando garantir que
sua formação seja sólida e harmoniosa perante a sociedade, garantindo assim a retomada de uma vida social plena sem problemas ou incidentes, lastreados em
valores éticos, sociais e familiares, afastando-os de uma vida pregressa gregária que não deve prevalecer, em nenhuma hipótese durante ao seu desenvolvimento, sob
pena de se tornar um doente incurável.

(Reflexões sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - Jus.com.br | Jus Navigandi) - (Adaptado)

Analise as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso).

(__)No texto, predomina linguagem denotativa.

(__)Verbete de dicionário é um texto que procura, da forma mais sintética e objetiva possível, definir uma palavra, dando conta de suas mais variadas acepções, este
gênero textual relaciona-se com propriedade ao texto "Reflexão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente".

(__)Uso de discurso direto, exemplificado pela frase: "Pense nisso, redobre sua atenção para com os seres humanos em formação!"

(__)Uso de discurso indireto predominante no texto, exemplo: "O ECA prevê um tratamento diferenciado para os adolescentes infratores".

Marque a alternativa com a sequência CORRETA da sua análise:

a )V, V, V, V.

b )V, V, F, F.

c ) V, F, V, F.

d )F, V, V, V.

e )V, V, V, F.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Sentido denotativo, próprio ou literal > Verbete > Discurso indireto
Fonte: Instituto de Desenvolvimento e Capacitação - IDCAP 2023 / Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo IASES - ES / Agente Socioeducativo / Questão: 7

15. [Q3101258]
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 9/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Um mundo sem culpa

O cristianismo é um legado indissociável da nossa cultura cotidiana e medeia nossos atos e valorações de forma explícita e implícita. Ainda que nossa moral -
normalmente frouxa - não seja capaz de dar consistência absoluta a esse legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante fazem uso dessa
herança quando lhes convém. Não há quem desconheça a oração Pai Nosso, texto seminal da cultura cristã.

O texto sagrado sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente perdoados por Deus. Não nos prendemos a essa disposição do
texto, fixamos mais na ideia de que Deus, por conta da sua magnânima bondade, perdoará a todos, apesar da não equivalência de compaixão. Suprimos da
consciência o conectivo de comparação "assim como" e esperamos que Deus se atenha só ao dito e ao escrito e que distraído não vasculhe os meandros de nossas
intenções e de nossos lapsos de memória.

Reparem que (certos do perdão divino, motivado pelo arrependimento e pela confissão mediada por padre, pastor ou em linha direta com Deus) pedimos
desculpa com a convicção absoluta de nossa absolvição. Não é raro que fiquemos incomodados e avexados quando alguém nos surpreende com a possibilidade de
não nos tirar a culpa. Se Deus nos perdoará, por que essezinho não o fará?

A consciência, dedurada somente aos atentos, é sempre arejada pelos artifícios da linguagem e das associações feitas. Quando não nos desculpam, criamos a
própria desculpa, transferindo a outros a culpa que seria nossa. "Desculpe-me pelo atraso, o trânsito desta cidade é uma loucura"; "Desculpa, era só uma brincadeira,
não fiz por mal"; "Foi mal, estava distraído".

Às vezes, escamoteamos a palavra "desculpa" no discurso, mas vislumbramos a possibilidade de entendimento dela. "A prova estava impossível, o professor
surtou"; "Não dá para entender o que o professor explica"; "Como cheguei correndo, não consegui pegar o livro". Assim, a falha que é nossa é transferida a um outro
culpado. Criamos, assim, um perdão "expresso", sem a intermediação de líderes religiosos e sem conversar com o "Homem lá de cima". E o pobre destinatário da
culpa transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão. ( ... )

Adaptado de https://revistaeducacao.com.br/2019/07 /14/mundo-sem-culpa-cristianismo/


A sentença "E o pobre destinatário da culpa transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão", retirada do texto, apresenta um discurso:

a )livre.

b )direto.

c ) indireto.

d )indireto livre.

e )direto e indireto.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Instituto Nosso Rumo de Educação e Desenvolvimento Social - NOSSO RUMO 2022 / Conselho Regional de Biologia da 4ª Região CRBio 4 Regiao - MG / Técnico / Questão: 4

16. [Q2643397]
Texto II

Padre António estava acabado, afirma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem não dormiu. Pereira perguntou o que
acontecera, e Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo? Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares,
afinal em que mundo vive, você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.

Pereira afirma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha
ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na
morte, na ressurreição da carne, em que não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma ficção de vida. E sentiu-se
esgotado, afirma Pereira.

(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)

* relativo ao Alentejo (região de Portugal) ou o que é seu natural ou habitante

Considerando que a passagem “Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo?” (1º§) ilustra o discurso direto, caso o fragmento destacado fosse transcrito
para discurso indireto, a construção verbal deveria ser a seguinte:

a )soube.

b )ficaria sabendo.

c ) tinha ficado sabendo.

d )tivesse sabido.

e )soubeste.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2022 / Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ MG - MG / Oficial Judiciário - Área Assistente de Controle Financeiro /
Questão: 12

17. [Q2575798]
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de números 8 a 13.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 10/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Meu velho pai sabe das coisas. Eu o chamo de “velho pai” não porque seja realmente velho: é como ele se chama ao falar comigo. Às vezes usa o epíteto num
modo semi-irônico, como quem põe um cachimbo na boca pra uma foto. Outras vezes é mais a sério − acende o cachimbo. Na semana passada, por exemplo, me
escreveu a uma e meia da manhã pedindo para lhe mandar um x-salada: “Alimente seu velho pai”. Meu velho pai não usa Uber Eats, iFood, Rappi ou qualquer uma
“dessas coisas”.

Meu velho pai tá injuriado com o furdunço global que estamos vivendo e tem uma proposta bem razoável para minorá-lo. “Cinco anos sem inventarem nada.
Nada. Todo mundo fica com o celular que tem, com o Android que tem, o IOS que tem, com os aplicativos que tem e os canais de televisão que tem. Quando a gente
aprender a usar tudo, assistir a todas as séries, ler todos os livros, ouvir todos os podcasts, vê se precisa inventar mais alguma coisa ou para por aí mesmo”.

Na faculdade eu penava pra entender o que o Marx queria dizer com aquele papo de “a infraestrutura produz a superestrutura”. Mais tarde entendi e era simples e
verdadeiro. A nossa maneira de agir molda a nossa maneira de pensar. Um pescador no século 19 se relaciona com o tempo, a comida, o sexo e as unhas dos pés de
formas completamente diferentes do que um programador de vinte e dois anos, hoje, no Vale do Silício. É evidente que existe uma ligação direta entre a placa do meu
celular e a minha placa para bruxismo. Quando meus dedos aflitos param de digitar, passam o turno pros dentes.

O supracitado alemão resumiu o que parecia ser o fim dos tempos com a frase “tudo o que é sólido desmancha no ar”. O que diria sobre nossa época em que o
próprio ar se desmancha, inundado por dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e sei lá mais o que?

“Tinha que ser geral”, sugere meu velho pai, “com Biden, Merkel, China, ONU, com tudo: cinco anos sem inventarem nada. Nada: que saudades da secretária
eletrônica.”

(Adaptado de: PRATA, Antonio. Saudades da secretária eletrônica. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br)

No trecho sublinhado em, Na semana passada, por exemplo, me escreveu a uma e meia da manhã pedindo para lhe mandar um x-salada: “Alimente seu velho pai”, o
autor recorre

a )ao registro oral.

b )à ironia.

c ) ao discurso direto.

d )ao eufemismo.

e )ao discurso indireto.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região TRT 22 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Tecnologia da
Informação / Questão: 12

18. [Q2652272]
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder às questões de números 1 a 9.

Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me porei a narrar a crônica dos Braga.
Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze anos, e se chamava Zig.

Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em todo o Cachoeiro era conhecido por Zig
Braga, isso apenas mostra como se identificou com o espírito da Casa em que nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.

Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha infância, e o ignóbil Valente, que
encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente
no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de minha mãe.

Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o olho do cachorro. Falou-se
da safra, das dificuldades da lavoura.

– Ó Chico, esse cachorro é veadeiro.

Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com a coleira presa a uma cordinha. O
sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente
sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...

– Sem-vergonhão!

Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.

Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este mundo a caçar ventos e melancolias.

(Rubem Braga. 50 crônicas escolhidas. São Paulo: Global Editora, 2021)

Tio Maneco disse para o meu pai: – Esse cachorro é veadeiro.

Ao se transpor o texto acima para o discurso indireto, a forma verbal sublinhada será substituída por

a )seja.

b )fora.

c ) foi.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 11/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

d )fosse.

e )era.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região TRT 17 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 8

19. [Q2652238]
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder às questões de números 1 a 9.

Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me porei a narrar a crônica dos Braga.
Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze anos, e se chamava Zig.

Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em todo o Cachoeiro era conhecido por Zig
Braga, isso apenas mostra como se identificou com o espírito da Casa em que nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.

Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha infância, e o ignóbil Valente, que
encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente
no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de minha mãe.

Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o olho do cachorro. Falou-se
da safra, das dificuldades da lavoura.

– Ó Chico, esse cachorro é veadeiro.

Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com a coleira presa a uma cordinha. O
sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente
sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...

– Sem-vergonhão!

Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.

Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este mundo a caçar ventos e melancolias.

(Rubem Braga. 50 crônicas escolhidas. São Paulo: Global Editora, 2021)

O cronista dirige-se explicitamente a seus leitores no seguinte trecho:

a ) Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. (3o parágrafo)

b ) Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o olho do cachorro. (4o parágrafo)

c ) Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze anos, e se chamava Zig. (1o parágrafo)

d ) Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me porei a narrar a crônica dos Braga. (1o
parágrafo)

e ) Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. (2o parágrafo)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Crônica


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região TRT 17 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 3

20. [Q2416588]
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

A Psicologia dos Reality Shows

Por Rafael Battaglia

1. Na vida normal, é fácil escapar de situações que gerem algum problema, e sempre há
2. uma autoridade ___ quem invocar em caso de conflito: o síndico do prédio, o RH da empresa, a
3. diretora da escola.
4. Num BBB, não. Você precisa resolver tudo na raça. E o ambiente estimula os conflitos, já
5. que os participantes ficam em competição constante.
6. Quando o pessoal entra na casa, tudo é novidade, claro. É como o primeiro dia da escola
7. ou um novo emprego: nossa atitude é analisar o ambiente. Depois, procuramos semelhanças
8. entre as pessoas, e ficamos amigos de quem despertou nossa empatia. Normal.
9. Então começa a análise política. O jogo ali é equilibrar o desafio de eliminar participantes
10. do jogo e evitar que você seja esse eliminado. Dessa forma, não há como fazer amizade com
11. todo mundo e ficar por isso mesmo. Os participantes precisam detectar quem tende a colaborar
12. com eles, e identificar possíveis traidores. E aí criam-se as panelas. “Todos nós buscamos, de
13. alguma maneira, posicionamentos dentro da vida social”, diz Marcelo Santos, professor de
14. psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
15. Dentro da casa, alguns participantes são submetidos a castigos, tipo o do “monstro”: a
16. produção escolhe uma fantasia e, em alguns momentos aleatórios do dia, são obrigados a pagar
17. um mico, como uma dancinha. Essa brincadeira, assim como as da vida real, é uma via de mão
18. dupla: quem não liga para o ve...ame se diverte; mas pode e vai deixar vulnerável quem se
https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 12/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

19. sentir desconfortável.


20. Algumas dinâmicas dentro da casa são feitas para turbinar certos tipos de
21. comportamento. As festas, regadas ___ bebidas alcoólicas, servem para que as pessoas se
22. e...ponham. Já as provas de liderança e outras atividades com prêmios funcionam como um
23. lembrete de que aquilo é uma competição, e mantêm o nível de rivalidade, e de estresse, lá em
24. cima.
25. “Em situações de estresse, o nosso organismo se prepara para dois modos: lutar ou fugir”,
26. explica Cláudia Oshiro, professora de psicologia da USP. No Big Brother, não há como fugir – e
27. tentar conviver num ambiente aversivo causa alterações de humor. Os participantes se tornam
28. facilmente irritáveis. Então coisas banais, como uma cama desarrumada ou uma louça suja, se
29. transformam em brigas homéricas – que são uma delícia de assistir.
30. “Existe a crença de que, em uma situação de grande pressão, as ‘máscaras vão cair’, e o
31. sujeito vai revelar quem realmente é”, diz Bruno Campanella, professor de comunicação da
32. Universidade Federal Fluminense (UFF), que, na década passada, estudou como fãs brasileiros
33. consumiam esse tipo de entretenimento.
34. A chave é que nós, humanos, somos animais sociais. Sentimos prazer quando outro
35. humano “revela sua personalidade” – já que isso nos dá ferramentas para conviver com esse
36. outro humano. Não importa que o outro esteja atrá... de uma tela de TV: temos o instinto de
37. sentir prazer ao ver as máscaras caindo.
38. Outro ponto essencial num reality é o conceito de “aversão ___ perda”, identificado pelo
39. psicólogo americano e Nobel de Economia Daniel Kahneman. Seus experimentos mostram que
40. a dor por uma perda é maior que a alegria por uma vitória. Traduzindo isso em termos de BBB:
41. a dor de ser indicado para o paredão é maior do que a alegria de sobreviver ao paredão. Os
42. brothers, então, farão de tudo para não passar por tal constrangimento. Como somos animais
43. sociais, isso significa que não mediremos esforços para tecer as melhores alianças – o que
44. alimenta o estresse geral, e a atratividade do programa.

(Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/a-psicologia-dos-reality-shows/ – texto adaptado especialmente para esta prova)


Considerando o emprego dos sinais de pontuação, analise as assertivas a seguir:

I. Nas linhas 12-13, o emprego das aspas deve-se à marcação de discurso direto.

II. Na linha 18, os dois pontos indicam a introdução de uma fala de terceiros em discurso direto.

III. Na linha 34, a dupla vírgula marca a separação de um aposto.

Quais estão corretas?

a )Apenas I.

b )Apenas II.

c ) Apenas I e II.

d )Apenas I e III.

e )Apenas II e III.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Uso das aspas > Uso da Vírgula > Discurso direto > Aposto explicativo
Fonte: Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências- FUNDATEC 2022 / Prefeitura de São José dos Ausentes - RS / Técnico em Informática / Questão: 9

21. [Q2303874]
Fome no Brasil é drama diário de 19,3 milhões (Adaptado)

O principal levantamento sobre a fome no mundo aponta que, no período de 2018 a 2020, a insegurança alimentar grave atingiu 7,5 milhões de brasileiros, quase o
dobro dos 3,9 milhões registrados entre 2014 e 2016. Por outro lado, estudo igualmente confiável aponta que, em 2021, o Brasil conta 19,3 milhões de pessoas vivendo
em pobreza extrema.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que “insegurança alimentar grave” é uma definição mais ou menos edulcorada que FAO, Unicef e OMS, responsáveis pelo
levantamento, dão para a fome, esse flagelo que hoje atormenta mais de um décimo da população mundial – 811 milhões de pessoas.

Em relação ao Brasil, somados os que passam fome aos que padecem do que aqueles organismos internacionais classificam de insegurança alimentar moderada –
ou seja, têm alimentação precária ou estão sob risco de não tê-la todos os dias – são 49,6 milhões de pessoas subnutridas. Em 2014, eram 37,5 milhões.

O que significa que, embora alguns programas governamentais tenham conseguido diminuir substancialmente os índices de pobreza extrema em determinado
período, não foram efetivos o suficiente para reduzir, de forma sustentada, a profunda desigualdade estrutural, cuja manifestação mais brutal é o risco de passar
fome, que em algum grau aflige quase 50 milhões de brasileiros.

No Brasil, como em boa parte do mundo, a pandemia de Covid-19 agravou a situação alimentar, que já era dramática. Ou, como dizem os chefes das agências da
ONU responsáveis pelo relatório, “infelizmente, a pandemia continua a expor fraquezas em nossos sistemas alimentares, que ameaçam a vida e a subsistência de
pessoas ao redor do mundo.”

Sem dúvida, os R$ 293 bilhões – cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300 – do auxílio emergencial destinado pelo governo federal, em 2020, a trabalhadores
informais e população carente foram decisivos para garantir a segurança alimentar para dezenas de milhões de famílias.

Neste ano, com o auxílio limitado, por razões orçamentárias, a R$ 44 bilhões – quatro parcelas médias de R$ 250, com valores oscilando entre R$ 175 e R$ 375, de
acordo com a composição da família – um grande contingente de brasileiros está novamente exposto à chamada insegurança alimentar. Ou seja, ao risco real e
fatídico de passar fome.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Ainda que à luz crua dos números tenhamos de concordar com o ministro quanto a não ser “sustentável” o valor de R$ 600, que, se mantido, teria severos impactos
nas contas públicas, é aflitivo constatar que, com a redução do benefício, o Brasil deve somar, em 2021, 61,1 milhões de pessoas vivendo na pobreza, e 19,3 milhões
na extrema pobreza, de acordo com o Centro Brasileiro de Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (MADE-USP).

Como ‘extrema pobreza’ significa não ter o que comer, mais de 19 milhões de pessoas passam fome hoje no Brasil, país que está entre os líderes mundiais na
produção de alimentos.

Essa vexatória e dolorosa contradição pode ser ‘política’ – falta de políticas públicas adequadas, desemprego elevado e desigualdade crônica agravada pela
pandemia –, porém a sua face mais real e dramática é profundamente desumana. Portanto, não podemos encará-la como meros expectadores, como se não
tivéssemos nada a ver com isso.

Como seres humanos, não podemos aceitar passivamente que, em nosso país, quase vinte milhões de pessoas possam dormir todas as noites acossadas pela
incerteza sobre se terão o que comer no dia seguinte. Elas não têm o direito de satisfazer uma necessidade básica do ser humano, que é a alimentação. E isso deve –
ou deveria – nos tocar profundamente.

“A fome dói”, dizem os que amargaram – ou amargam agora – a desdita de senti-la. E se não nos condoemos diante dessa dor que atormenta milhões no Brasil e
quase um bilhão de nossos semelhantes ao redor do mundo, então não somos seres plenos, estamos renunciando a uma das virtudes essenciais de nossa natureza
humana, que é a solidariedade, a compaixão mesmo, diante do sofrimento de outrem.

Felizmente, existem hoje, no Brasil, centenas de organizações e iniciativas voltadas a combater a fome, todas elas – à exceção daquelas patrocinadas por grandes
corporações – dependentes do apoio de particulares, ou seja, de pessoas comuns que, em muitos casos, preferem contribuir de forma anônima.

Porém, diante da gravíssima crise humanitária que a fome configura, o que menos interessa é a forma como os que podem contribuir o fazem. O indispensável e
urgente é que façamos o que nos for possível fazer, para que todo ser humano possa ter garantido o direito, tão elementar quanto sagrado, de não passar fome.

(NEVES, Iran Coelho. Disponível em http://www.tce.ms.gov.br/noticias/artigos/detalhes/6241/fome-nobrasil-e-drama-diario-de-19-3-milhoes. Acessado em


28/01/2022)
Releia o trecho a seguir: “Ainda que à luz crua dos números tenhamos de concordar com o ministro quanto a não ser “sustentável” o valor de R$ 600, que, se
mantido, teria severos impactos nas contas públicas…”.

O termo destacado constitui uma citação do discurso alheio:

a )Indireta, sem auxílio de verbo de dizer.

b )Direta, com auxílio de verbo de dizer.

c ) Indireta, com auxílio de verbo de dizer.

d )Direta, sem auxílio de verbo de dizer.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM 2022 / Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM - BR / Técnico em Enfermagem / Questão: 3

22. [Q2674392]
Atenção: Leia os Textos 01 e 02 para responder às questões de números 1 a 11.

Texto 01

(Disponível em: https://site.sabesp.com.br/site/interna/)

Texto 02

Inquilinos

1. --Ninguém é responsável pelo funcionamento do mundo. Nenhum de nós precisa acordar cedo para acender as caldeiras e checar se a Terra está girando em torno
do seu próprio eixo na velocidade apropriada e em torno do Sol, de modo a garantir a correta sucessão das estações. Como num prédio bem administrado, os serviços
básicos do planeta são providenciados sem que se enxergue o síndico − e sem taxa de administração. Imagine se coubesse à humanidade, com sua conhecida

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

tendência ao desleixo e à improvisação, manter a Terra na sua órbita e nos seus horários, ou se − coroando o mais delirante dos sonhos liberais − sua gerência fosse
entregue a uma empresa privada, com poderes para remanejar os ventos e suprimir correntes marítimas, encurtar ou alongar dias e noites, e até mudar de galáxia,
conforme as conveniências de mercado, e ainda por cima sujeita a decisões catastróficas, fraudes e falência.

2. --É verdade que, mesmo sob o atual regime impessoal, o mundo apresenta falhas na distribuição dos seus benefícios, favorecendo alguns andares do prédio
metafórico e martirizando outros, tudo devido ao que só pode ser chamado de incompetência administrativa. Mas a responsabilidade não é nossa. A infraestrutura já
estava pronta quando nós chegamos. Apesar de tentativas como a construção de grandes obras que afetam o clima e redistribuem as águas, há pouco que podemos
fazer para alterar as regras do seu funcionamento.

3. --Podemos, isto sim, é colaborar na manutenção da Terra. Todos os argumentos conservacionistas e ambientalistas teriam mais força se conseguissem nos
convencer de que somos inquilinos no mundo. E que temos as mesmas obrigações de qualquer inquilino, inclusive a de prestar contas por cada arranhão no fim do
contrato. A escatologia cristã deveria substituir o Salvador que virá pela segunda vez para nos julgar por um Proprietário que chegará para retomar seu imóvel. E o
Juízo Final, por um cuidadoso inventário em que todos os estragos que fizemos no mundo seriam contabilizados e cobrados.

4. --− Cadê a floresta que estava aqui? − perguntaria o Proprietário. − Valia uma fortuna.

5. --E:

6. --− Este rio não está como eu deixei…

7. --E, depois de uma contagem minuciosa:

8. --− Estão faltando cento e dezessete espécies.

9. --A Humanidade poderia tentar negociar. Apontar as benfeitorias − monumentos, parques, áreas férteis onde outrora existiam desertos − para compensar a
devastação. O Proprietário não se impressionaria.

10. --− Para que eu quero o Taj Mahal? Sete Quedas era muito mais bonita.

11. --− E a Catedral de Chartres? Fomos nós que construímos. Aumentou o valor do terreno em…

12. --− Fiquem com todas as suas catedrais, represas, cidades e shoppings, quero o mundo como eu o entreguei.

13. --Não precisamos de uma mentalidade ecológica. Precisamos de uma mentalidade de locatários. E do terror da indenização.

(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 19-22)
No Texto 02, o cronista dirige-se explicitamente a seu leitor no seguinte trecho:

a ) Imagine se coubesse à humanidade (1o parágrafo).

b ) Ninguém é responsável pelo funcionamento do mundo (1o parágrafo).

c ) o mundo apresenta falhas na distribuição dos seus benefícios (2o parágrafo).

d ) O Proprietário não se impressionaria (9o parágrafo).

e ) A Humanidade poderia tentar negociar (9o parágrafo).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Departamento de Trânsito do Amapá DETRAN AP - AP / Assistente Administrativo / Questão: 10

23. [Q2422516]
As narrativas propiciam o uso frequente do discurso direto e do discurso indireto.

Qual frase apresenta exemplo de discurso INDIRETO?

a )Mentira! Eu não agredi ninguém, nem física, nem psicologicamente!

b )O informante relatou que as brigas entre o casal eram constantes.

c ) Quanto ao incêndio, não tenho nada a declarar.

d )Reitero que não conheço o suspeito.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto


Fonte: Fundação Mariana Resende Costa - FUMARC 2022 / Polícia Civil de Minas Gerais PC MG - MG / Técnico Assistente - Área: de Auxiliar de Dentista / Questão: 5

24. [Q2655494]
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 1 a 10.

Certo Juca Ludovico, oficial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que era assíduo. Surpreendendo a
consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam
com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos
acontecimentos”. Os ouvintes pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que pisara a
caçamba de altas cavalarias.

O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe inflara o apetite de glória. Raciocinava perfeitamente nas coisas triviais, insistindo
porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para
receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem
que rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava os cascos. Apenas dona Neném,
senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho, de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora,
minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a flor dos Josés, e por tua valia
serei cultuado na terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”

Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava os cascos. Apenas dona Neném,
senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho, de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora,
minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a flor dos Josés, e por tua valia
serei cultuado na terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”

Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava florido; era todo humildade e recato. Juca postou-se em relevo e soltou o verbo:
“Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão
grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo mindinho, e minha tia se convencerá”.

O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está firme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua vez. Preciso de meios para agir. A
propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos. Depende do senhor, padrinho”.

São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e televisão iniciar a campanha de
esclarecimento universal.”

O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu santo. Vou fazer-lhe uma igreja de
ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o
dedinho.”

A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira de são José. E estendendo-se o
braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse
estas palavras: “Juca, volte à oficina, pegue da enxó e da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe ficam bem, meu filho”. Ouviu-se um estouro no adro.
Era o Diabo que explodia, de ódio.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Pedia apenas que esperassem duas semanas (2o parágrafo)

Ao ser transpor o trecho acima para o discurso direto, o termo sublinhado assume a seguinte forma:

a )esperariam.

b )esperam.

c ) esperaram.

d )esperem.

e )esperavam.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT 5 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 6

25. [Q2651077]
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 1 a 10.

[1] ___ Aos 85 anos, goza de saúde brônzea e quer trabalhar, mas trabalho que dê dinheiro, não essa milonga de mover os braços por desfastio. Deseja manter-se
independente, estão ouvindo? O diabo é que não arranja serviço, e tem de viver em casa dos filhos − três, em três lugares distintos. No sítio de Mangaratiba, o genro
entra em pânico à sua chegada: o velho está sempre bulindo nas plantas, dando ordens, contrariando instruções do dono.

___ A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o:

___ − Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco alqueires, pois então escolha o mais distante e faça a sua horta nele.

___ − Planto onde eu quiser. Não faltava mais nada! Um homem como eu, já idoso…

[5] ___ E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua.

___ − Arranjo uma tesoura grande e saio por aí caçando serviço. Estou novo ainda, sabe? E a prefeitura está carecendo de gente disposta.

___ Não arranja nada, e a prefeitura não lhe sente a falta. Vai para Vitória, em casa do terceiro filho, e pensa em adquirir um rebolo para amolar facas, com que atenda
às necessidades do bairro. Ponderam-lhe:

___ − Eu, se fosse o senhor, fazia um orquidário. É tão lindo, distrai tanto. E depois, há espécies fabulosas, que rendem um colosso.

___ − É? Leva vinte anos para dar uma parasita que preste, não tenho lucro nenhum. Ora-e-essa!

[10] ___ Tem horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é bicho
ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.

___ No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o que
é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.

___ − Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água.

___ Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo, para despertar a cozinheira. Ele se
levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona da casa:

___ − Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!

[15] ___ As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.
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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

___ As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido por um mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que
pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí, conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?

___ − Vovô, o senhor é um monstro!

___ E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.

___ − A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a senhora deixa?

[20]___ − Não vão sozinhas, vão com os rapazes.

___ − Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa.

___ − Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.

___ − É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!

___ Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses, e
nova mudança nas mesmas condições. O velho é duro:

[25]___ − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. Mas volta.

___ − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
A voz de um personagem mescla-se à voz do cronista, configurando o chamado discurso indireto livre, no seguinte trecho:

a ) − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25o parágrafo)

b ) Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? (3o parágrafo)

c ) Deseja manter-se independente, estão ouvindo? (1o parágrafo)

d ) Menino é bicho ruim, comenta. (10o parágrafo)

e )− Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água. (12o parágrafo)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT 5 - BR / Técnico Judiciário - Área Tecnologia da Informação / Questão: 1

26. [Q2651079]
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 1 a 10.

[1] ___ Aos 85 anos, goza de saúde brônzea e quer trabalhar, mas trabalho que dê dinheiro, não essa milonga de mover os braços por desfastio. Deseja manter-se
independente, estão ouvindo? O diabo é que não arranja serviço, e tem de viver em casa dos filhos − três, em três lugares distintos. No sítio de Mangaratiba, o genro
entra em pânico à sua chegada: o velho está sempre bulindo nas plantas, dando ordens, contrariando instruções do dono.

___ A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o:

___ − Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco alqueires, pois então escolha o mais distante e faça a sua horta nele.

___ − Planto onde eu quiser. Não faltava mais nada! Um homem como eu, já idoso…

[5] ___ E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua.

___ − Arranjo uma tesoura grande e saio por aí caçando serviço. Estou novo ainda, sabe? E a prefeitura está carecendo de gente disposta.

___ Não arranja nada, e a prefeitura não lhe sente a falta. Vai para Vitória, em casa do terceiro filho, e pensa em adquirir um rebolo para amolar facas, com que atenda
às necessidades do bairro. Ponderam-lhe:

___ − Eu, se fosse o senhor, fazia um orquidário. É tão lindo, distrai tanto. E depois, há espécies fabulosas, que rendem um colosso.

___ − É? Leva vinte anos para dar uma parasita que preste, não tenho lucro nenhum. Ora-e-essa!

[10] ___ Tem horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é bicho
ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.

___ No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o que
é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.

___ − Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água.

___ Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo, para despertar a cozinheira. Ele se
levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona da casa:

___ − Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!

[15] ___ As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.

___ As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido por um mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que
pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí, conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?

___ − Vovô, o senhor é um monstro!

___ E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.

___ − A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a senhora deixa?

[20]___ − Não vão sozinhas, vão com os rapazes.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

___ − Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa.

___ − Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.

___ − É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!

___ Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses, e
nova mudança nas mesmas condições. O velho é duro:

[25]___ − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. Mas volta.

___ − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
O cronista manifesta-se explicitamente no próprio texto no seguinte trecho:

a ) − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo. (26o parágrafo).

b ) − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25o parágrafo).

c ) E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua. (5o parágrafo).

d ) Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. (10o parágrafo).

e ) E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa. (18o parágrafo).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT 5 - BR / Técnico Judiciário - Área Tecnologia da Informação / Questão: 2

27. [Q2475425]
Atenção: Para responder às questões de números 05 a 14, considere o trecho da crônica “O VIP sem querer”, de Carlos Drummond de Andrade.

1.

João Brandão foi ao Aeroporto Internacional para abraçar um amigo dileto, que viajava com destino ao Paraguai. Pessoa

comum despedindo-se de pessoa comum. Mas acontecem coisas. Alguém, informado da viagem, pedira ao amigo que levasse uma

encomenda a Assunção. A encomenda apareceu na hora, entregue por um senhor que foi logo dizendo:

– O doutor não precisa se incomodar. Eu providencio o despacho e tudo mais.

O avião estava atrasado duas horas, o que não é muito, em comparação com outros atrasos por aí, inclusive o da chegada do

estado de direito. O senhor da encomenda procurou amenizar a espera:

– O doutor não vai ficar duas horas sentado numa dessas cadeiras aí, vendo os minutos se arrastarem. Espere um momento,

que eu dou um jeitinho.

5.

Saiu para confabular mais adiante e voltou com a boa nova:

– Por obséquio, me acompanhe até a sala VIP.

– Não é preciso – objetou o meu amigo. – Posso esperar perfeitamente aqui mesmo.

– Não senhor. Estará melhor lá em cima.

– Acontece que estou aqui com um amigo.

10.

− Ele também vai com o doutor.

Não havia remédio senão subir à sala VIP. Seu amigo, encabulado, e João Brandão mais ainda. Seria indelicado insistir na recusa.

E depois, por que não ir àquela sala?

Subiram pelas escadas rolantes, precedidos de um abridor de caminhos, que com o indicador ia pedindo passagem para os

dois ilustres desconhecidos.

Na sala VIP, enorme e vazia, pois há uma hora na vida em que até os VIP escasseiam, João Brandão e seu amigo foram convidados

por um garçom solícito a beber qualquer coisa, a ler revistas, a pedir o que lhes aprouvesse.

– Obrigado – respondeu o amigo. – Não desejamos nada. Ou você, João, deseja alguma coisa?

15.

– Também não. Obrigado.

O garçom insistia:

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

– Nem um cafezinho, doutor?

Vá lá, um cafezinho. Sorvendo-o a lentos goles, pareciam sorver o espanto de serem promovidos a VIP.

– Veja como são as coisas, João. Nós aqui na maciota, em poltronas deleitáveis, contemplando quadros abstratos, e lá embaixo

o povo concreto fazendo fila para conferir as passagens ou esperando em cadeiras padronizadas a hora do embarque.

20.

– É mesmo, sô.

– Entretanto eles pagaram imposto como nós, custearam como nós a construção deste edifício, têm direitos iguais ao nosso de

desfrutar as comodidades deste salão, mas na hora de desfrutá-las só nós dois é que somos convocados.

– Nem me fale. Estou ficando com remorso.

– Vivemos numa república, João. Você acha isso republicano?

– Eu? Eu acho que estou aqui de intrometido. Você ainda passa, porque está levando alguma coisa a alguém, e por isso lhe

conferiram honras de VIP. Mas eu sou apenas acompanhante de um VIP, e acompanhante por cento e vinte minutos. E agora que você

me disse essas coisas, não aguento mais, vou-me embora já. Desculpe.

25.

– Que é isso, João, estava brincando. Pensando bem, o povão foi homenageado em nossas humildes pessoas. E, como diz o

Milton Carneiro na televisão, a vida é curta, e isto é muito bom!

João Brandão quis assimilar o sentimento do amigo, se é que este sentia realmente a doçura da situação, mas quando a gente

é promovida a VIP e não tem estrutura de VIP (é uma coisa que nasce com o indivíduo, ou não nasce, e jamais lhe será consubstancial)...

A verdade é que os dois continuaram ali sem a menor convicção de serem VIP.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Boca de luar. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
A voz do personagem mescla-se à voz do narrador, configurando o chamado discurso indireto livre, no seguinte trecho:

a ) Seria indelicado insistir na recusa. E depois, por que não ir àquela sala? (11o parágrafo)

b ) Alguém, informado da viagem, pedira ao amigo que levasse uma encomenda a Assunção. (1o parágrafo)

c ) – Não é preciso – objetou o meu amigo. – Posso esperar perfeitamente aqui mesmo. (7o parágrafo)

d ) – Obrigado – respondeu o amigo. – Não desejamos nada. Ou você, João, deseja alguma coisa? (14o parágrafo)

e ) – Eu? Eu acho que estou aqui de intrometido. (24o parágrafo)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto)


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região TRT 4 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 5

28. [Q2448360]
TEXTO V

____ O que mais a impressionou no passeio foi a miséria

___ geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste,

___ abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos

___ roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres.

5 __ Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não

___ eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele

___ sapé sinistro /.../. Por que ao redor dessas casas não

___ havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil,

___ trabalho de horas? /.../ Mesmo nas fazendas, o espetáculo

10_ não era mais animador. Todas soturnas, baixas, quase

___ sem o pomar olente e a horta suculenta. /.../ E todas essas

___ questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de

___ saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles

___ párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome,

15 _sorumbáticos!...

___ /.../ aproveitou a ocasião para interrogar a respeito o

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___ tagarela Felizardo.

___ Olga encontrou o camarada cá embaixo, cortando a

___ machado as madeiras mais grossas; /.../ Ela lhe falou.

20_ – Bons dias, sá dona.

___ – Então trabalha-se muito, Felizardo?

___ – O que se pode.

___ /.../

___ – É grande o sítio de você?

25_ – Tem alguma terra, sim senhora, sá dona.

___ – Você por que não planta para você?

___ – Quá, sá dona! O que é que a gente come?

___ – O que plantar ou aquilo que a plantação der em

___ dinheiro.

30_ – Sá dona tá pensando uma coisa e a coisa é outra.

___ Enquanto planta cresce, e então? Quá, sá dona, não é

___ assim.

___ /.../

___ – Terra não é nossa... E frumiga?... Nós não tem

35 ferramenta... isso é bom pra italiano ou alamão, que

___ governo dá tudo... governo não gosta de nós...

(BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: O Estado de São Paulo / Klick Editora, 1997, p. 97-98.)
Considerando os recursos de organização da narrativa do Texto V, julgue cada afirmativa a seguir como Verdadeira (V) ou Falsa (F).

( ) O emprego do discurso direto permite ao narrador inserir no texto marcas típicas da linguagem coloquial do personagem Felizardo.

( ) As três sentenças interrogativas do 1º parágrafo demonstram o emprego do discurso indireto livre na narrativa.

( ) O emprego do advérbio “cá” (𝓁. 18) demonstra que o narrador, mesmo sendo observador, faz-se presente na cena narrada no texto.

A partir da análise das afirmativas, é correto concluir que

a )todas estão corretas.

b )todas estão incorretas.

c ) apenas uma está correta.

d )apenas duas estão corretas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto
Fonte: Diretoria de Ensino da Aeronáutica - DIRENS - Aeronáutica 2022 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / Oficiais de Infantaria / Questão: 46

29. [Q2325610]
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.

Um mundo sem culpa

O cristianismo é um legado indissociável da nossa cultura cotidiana e medeia nossos atos e valorações de forma explícita e implícita. Ainda que nossa moral -
normalmente frouxa - não seja capaz de dar consistência absoluta a esse legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante fazem uso dessa
herança quando lhes convém. Não há quem desconheça a oração Pai Nosso, texto seminal da cultura cristã.

O texto sagrado sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente perdoados por Deus. Não nos prendemos a essa disposição do
texto, fixamos mais na ideia de que Deus, por conta da sua magnânima bondade, perdoará a todos, apesar da não equivalência de compaixão. Suprimos da
consciência o conectivo de comparação "assim como" e esperamos que Deus se atenha só ao dito e ao escrito e que distraído não vasculhe os meandros de nossas
intenções e de nossos lapsos de memória.

Reparem que (certos do perdão divino, motivado pelo arrependimento e pela confissão mediada por padre, pastor ou em linha direta com Deus) pedimos desculpa
com a convicção absoluta de nossa absolvição. Não é raro que fiquemos incomodados e avexados quando alguém nos surpreende com a possibilidade de não nos
tirar a culpa. Se Deus nos perdoará, por que essezinho não o fará?

A consciência, dedurada somente aos atentos, é sempre arejada pelos artifícios da linguagem e das associações feitas. Quando não nos desculpam, criamos a
própria desculpa, transferindo a outros a culpa que seria nossa. "Desculpe-me pelo atraso, o trânsito desta cidade é uma loucura"; "Desculpa, era só uma brincadeira,
não fiz por mal"; "Foi mal, estava distraído".

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Às vezes, escamoteamos a palavra "desculpa" no discurso, mas vislumbramos a possibilidade de entendimento dela. "A prova estava impossível, o professor
surtou"; "Não dá para entender o que o professor explica"; "Como cheguei correndo, não consegui pegar o livro". Assim, a falha que é nossa é transferida a um outro
culpado. Criamos, assim, um perdão "expresso", sem a intermediação de líderes religiosos e sem conversar com o "Homem lá de cima". E o pobre destinatário da
culpa transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão.( ... )

Adaptado de https://revistaeducacao.com.br/2019/07 /14/mundo-semculpa-cristianismo/


A sentença "E o pobre destinatário da culpa transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão", retirada do texto, apresenta um discurso:

a )livre.

b )direto.

c ) indireto.

d )indireto livre.

e )direto e indireto.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Instituto Nosso Rumo de Educação e Desenvolvimento Social - NOSSO RUMO 2022 / Prefeitura de Suzano - SP / Enfermeiro / Questão: 4

30. [Q2593844]
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, considere o poema do escritor mato-grossense Manoel de Barros.

[1] O lugar onde a gente morava quase só tinha bicho

solidão e árvores.

Meu avô namorava a solidão.

Ele era um florilégio de abandono.

[5] De tudo que me restou sobre aquele avô foi esta

imagem: ele deitado na rede com a sua namorada, mas

se a gente o retirasse da rede por alguma necessidade,

a solidão ficava destampada.

Oh, a solidão destampada!

[10] Essa imagem da solidão que ficara dentro de mim por

anos.

Ah, o pai! O pai vaquejava e vaquejava.

Ele tinha um olhar soberbo de ave.

E nos ensinava a liberdade.

[15] A gente então saía vagabundeando pelos matos sem aba.

Chegou que alcançamos a beira de um rio.

A manhã estava pousada na beira do rio desaberta moda

um pássaro.

Nessa hora já o morro encostava no sol.

[20] Logo adiante vimos um quati a lamber um osso de ema.

A tarde crescia por dentro do mato.

O lugar nos perdera de rumo.

A gente se sentia como um pedaço de formiga perdida

na estrada.

[25] Bernardo completava o abandono.

Logo encontramos uma criame de caracóis nas areias

do rio.

Quase todos os caracóis eram viúvos de suas lesmas.

Contam que os urubus, finórios, desciam naquele lugar

[30] para degustar as lesmas vivas.

Se diz que este recanto teria sido um pedaço do

Mar de Xaraiés.

Na beira da noite a gente estava sem rumo.

Bernardo apareceu e disse que vento é cavalo.


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[35] Então montamos na garupa do vento e logo chegamos

em casa.

A mãe aflitíssima estava.

Ela cuidava de todos: lavava, passava e cozinhava

para todos.

[40] Porém à noite a mãe ainda encontrava uma horinha

para o seu violino.

Ela tocava para nós Vivaldi.

E a gente ficava pendurado em lágrimas.

Um dia que outro contei para a Mãe que tinha visto

[45] um passarinho a mastigar um pedaço de vento. A Mãe

disse outra vez: Já vem você com suas visões! Isso é

travessura de sua imaginação.

É a voz de Deus que habita nas crianças, nos passarinhos

e nos tontos.

[50] A infância da palavra.

(Adaptado de: BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015)
“Um dia que outro contei para a Mãe que tinha visto / um passarinho a mastigar um pedaço de vento.” (versos 44 e 45) Ao se transpor o trecho acima para o discurso
direto, a locução verbal sublinhada assume a seguinte forma:

a )viu

b )vejo

c ) vê

d )vi

e )via

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Locuções e perífrases verbais
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região TRT 23 - BR / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 8

31. [Q2467477]
Texto 1

Gato por lebre

Imagine que você está no supermercado ou na farmácia, na seção que vende leite em pó. Ao avaliar as marcas disponíveis, vê que, em algumas latas, o rótulo destaca
que o produto é fonte de cálcio, ferro e zinco, além de conter um “mix” de vitaminas. Parece uma boa opção para crianças, certo? No entanto, se comprar esse
produto pensando que é leite, você estará levando gato por lebre. Embora a embalagem seja muito semelhante à do leite em pó, esse produto é, na verdade, um
composto lácteo – mistura de leite (51% no mínimo, de acordo com a legislação - Instrução Normativa 28/2007, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e
de ingredientes diversos, como soro de leite, óleos vegetais, açúcar e substâncias químicas para dar sabor, aroma, aumentar a durabilidade etc., chamadas de aditivos
alimentares.

Mais grave é o risco de confusão com fórmulas infantis e fórmulas de seguimento, alimentos artificiais substitutos do leite materno, indicados para recém-nascidos de
até 6 meses e para bebês entre 6 meses e 1 ano de idade, respectivamente. “Embora não exista produto industrializado que se equipare aos benefícios e à proteção à
saúde da mãe e do bebê proporcionados pelo aleitamento materno, as fórmulas infantis e de seguimento são desenvolvidas para suprir as necessidades nutricionais
do bebê quando a amamentação não é possível”, explica Rosana de Divitiis, expresidente e atual conselheira da Rede Internacional em Defesa do Direito de
Amamentar (IBFAN, na sigla em inglês) no Brasil.

O composto lácteo, ao contrário, não deve ser oferecido para crianças com menos de 1 ano. Porém, a IBFAN detectou problemas na oferta desses produtos, que
podem levar o consumidor a erro em relação à sua composição e para quem ele é indicado.

Em 2017, a organização fez novamente seu monitoramento anual do cumprimento da legislação que visa a proteger o direito à amamentação no Brasil, a chamada
NBCal, composta por resoluções, portarias e pela Lei Federal no 11.265/2006, regulamentada pelo Decreto n° 8.552/2015. A norma reúne regras sobre rotulagem,
comercialização e publicidade de uma série de produtos que podem atrapalhar o aleitamento materno, desde alimentos (leites artificiais, outros produtos lácteos e
papinhas, por exemplo) a acessórios como chupetas, mamadeiras e bicos.

Adaptado de: https://idec.org.br/materia/gato-por-lebre-0. Acesso em: 13 fev. 2022.

Texto 2

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Superalimentos: o que são e como podem melhorar sua saúde

Cada vez mais as pessoas tem se preocupado em ter uma alimentação saudável. A busca por saúde e bem-estar está diretamente conectada com o que comemos.
Todos os alimentos possuem propriedades específicas e atuam de formas diferentes no organismo. Mas existem aqueles que trazem diversos benefícios que ajudam o
organismo das mais diferentes formas, os chamados superalimentos.

O termo superalimento é empregado para designar os ingredientes que são ricos em nutrientes, sendo muito benéficos ao organismo. Com grande concentração de
vitaminas, proteínas, antioxidantes, fibras e outros, esses alimentos são verdadeiras fontes de saúde. Para se ter êxito com as vantagens que eles oferecem, é
importante incluí-los em um plano alimentar equilibrado.

Adaptado de: https://blog.tudogostoso.com.br/estilo-de-vida/alimentacao-saudavel/superalimentos/. Acesso em: 13 fev. 2022.

Assinale a alternativa que classifica corretamente o recurso empregado no trecho “(51% no mínimo, de acordo com a legislação - Instrução Normativa 28/2007,
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)”, do Texto 1.

a )Trata-se de intertextualidade explícita, com teor explicativo.

b )Trata-se de intertextualidade implícita, com teor crítico.

c ) Trata-se de discurso direto em primeira pessoa, apenas.

d )Trata-se de discurso direto em terceira pessoa, apenas.

e )Trata-se tanto de discurso direto em terceira pessoa quanto de intertextualidade implícita, com teor irônico.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Intertextualidade > Discurso direto


Fonte: Instituto AOCP 2022 / Câmara de Bauru - SP / Recepcionista / Questão: 16

32. [Q2669981]
Qual foi a primeira rede social?

Direto e reto, cara cajapioense: o vovô do Orkut, do Facebook, do Instagram e do TikTok é o classmates.com, criado em dezembro de 1995.

O site segue no ar até hoje e é uma plataforma para conectar colegas de escola, compartilhar fotos antigas — incluindo anuários com fotos de formandos — e
combinar encontros nostálgicos de turma. Mas só funciona para escolas dos Estados Unidos (fica a dica para empreendedores brasileiros).

Apesar de ser tão específico, o serviço tem envelhecido bem, acompanhando os novos tempos e está prestes a lançar seu aplicativo.

Há, contudo, quem defenda que as redes sociais existem muito antes disso, desde a pré-história da internet, quando ela ainda não era acessível a todos os mortais.

Dentre esses ancestrais, está o BBS (1973), um servidor que rodava um software que conectava, por meio de um modem ligado à rede telefônica, pessoas e
instituições em fóruns para compartilhamento de arquivos, programas, conversas sobre temas e até mensagens de texto.

Outro dinossauro das redes sociais é o Q-Link (abreviação de Quantum Link), lançado pela Quantum Computer Services em 1985.

Embora também fosse restrito — só rodava em computadores Commodore 64 e 128, nos EUA e no Canadá —, ele estava mais para um portal de conteúdo, oferecendo
notícias, jogos e, claro, ambientes de interação, como salas de bate-papo e fóruns para compartilhamento de arquivos.

Tanto parecia um portal que, em 1989, o Q-Link ampliou o acesso a todos os computadores pessoais e mudou de nome para dar origem ao America Online, ou AOL —
conhece, cara cajapioense?

Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/pergunta-pro-jokura/2022/05/30/qual-foi-a-primeira-rede-social.htm (adaptado)

Percebe-se que o texto é uma resposta a uma pergunta de uma leitora através:

a )Da utilização de um aposto.

b )Do uso de um vocativo.

c ) Da presença de um complemento nominal.

d )Da identificação, em discurso indireto, do leitor.

e )Da linha argumentativa adotada.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Inferência Textual > Aposto > Vocativo > Discurso indireto
Fonte: Instituto Vicente Nelson - IVIN 2022 / Prefeitura de Estreito - MA / Guarda Municipal / Questão: 1

33. [Q2468194]
Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.

Uso de termos corretos contribui para inclusão da pessoa com deficiência

01

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

02 longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

03

Pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Isso

04 representa quase 25% da população, segundo o último levantamento feito pelo

05 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010.

06

A equipe técnica da Secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso

07 (Sepedi) ressalta que para se construir uma sociedade inclusiva, é necessário o

08 cuidado com as palavras para se referir ao outro. Rotular as pessoas por uma

09 condição, sem verificar a sua competência para exercer determinado cargo ou

10 função, é limitante e errado.

11

“Hoje, recomenda-se o uso da expressão ‘pessoa com deficiência’. Ela é

12 adotada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU,

13 2006). Essa Convenção diz que a deficiência é resultante da combinação entre

14 dois fatores: os impedimentos clínicos que estão nas pessoas (que podem ser

15 físicos, intelectuais, sensoriais etc…) e as barreiras que estão ao seu redor (na

16 arquitetura, nos meios de transporte, na comunicação e, acima de tudo, na nossa

17 atitude). Ou seja, a deficiência é uma condição social que pode ser minimizada,

18 conforme formos capazes de eliminar tais barreiras”, explica o secretário da

19 Sepedi, Amauri Toledo.

20

A responsável pelo setor de Atendimento e Planejamento da Secretaria

21 da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi) de Caraguatatuba, Paula Hiromi,

22 reforça que usar as palavras certas para se referir às pessoas com deficiência é

23 fundamental para não perpetuar conceitos equivocados ou que já entraram em

24 desuso.

25

“Pessoas com deficiência são acima de tudo, pessoas. Não estão doentes

26 e nem são ineficientes. As deficiências são reais e não há porque serem

27 disfarçadas, por isto, não tenha receio em usar a palavra deficiência”, diz.

28

Os termos “portador de deficiência” e “portador de necessidades

29 especiais (PNE)” não devem ser mais usados. O correto é usar apenas “pessoa

30 com deficiência” ou, na forma abreviada, “PcD”.

31

A sigla PcD é invariável, por exemplo: a PcD, as PcD, o PcD, os PcD.

32 Também é importante atentar ao plural: pessoas com deficiência, e não pessoas

33 com deficiências, a não ser que elas tenham, de fato, mais de uma deficiência.

[...]

Disponível em https://www.caraguatatuba.sp.gov.br/pmc/2021/08/uso-de-termos-corretos-contribui-para-inclusaoda-pessoa-com-deficiencia/ Acessado em


30/05/1966, Texto adaptado.
No quarto parágrafo do texto, as aspas duplas foram empregadas para indicar

a )ironia.

b )linguagem conotativa.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

c ) discurso direto.

d )figura de linguagem.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Uso das aspas > Discurso direto
Fonte: Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP 2022 / Prefeitura de Marabá - PA / Cuidador / Questão: 5

34. [Q2645361]
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 1 a 10.

[1] _____ Aos 85 anos, goza de saúde brônzea e quer trabalhar, mas trabalho que dê dinheiro, não essa milonga de mover os braços por desfastio. Deseja manter-se
independente, estão ouvindo? O diabo é que não arranja serviço, e tem de viver em casa dos filhos − três, em três lugares distintos. No sítio de Mangaratiba, o genro
entra em pânico à sua chegada: o velho está sempre bulindo nas plantas, dando ordens, contrariando instruções do dono.

A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o:

− Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco alqueires, pois então escolha o mais distante e faça a sua horta nele.

− Planto onde eu quiser. Não faltava mais nada! Um homem como eu, já idoso…

[5] _____ E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua.

− Arranjo uma tesoura grande e saio por aí caçando serviço. Estou novo ainda, sabe? E a prefeitura está carecendo de gente disposta.

Não arranja nada, e a prefeitura não lhe sente a falta. Vai para Vitória, em casa do terceiro filho, e pensa em adquirir um rebolo para amolar facas, com que atenda
às necessidades do bairro. Ponderam-lhe:

− Eu, se fosse o senhor, fazia um orquidário. É tão lindo, distrai tanto. E depois, há espécies fabulosas, que rendem um colosso. −

− É? Leva vinte anos para dar uma parasita que preste, não tenho lucro nenhum. Ora-e-essa!

[10] _____ Tem horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é
bicho ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.

No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o que
é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.

− Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água.

Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo, para despertar a cozinheira. Ele se
levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona da casa:

− Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!

[15] _____ As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.

As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido por um mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que
pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí, conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?

− Vovô, o senhor é um monstro!

E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.

− A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a senhora deixa?

[20] _____ − Não vão sozinhas, vão com os rapazes.

− Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa.

− Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.

− É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!

Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses,
e nova mudança nas mesmas condições. O velho é duro:

[25] _____ − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. Mas volta.

− Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

O cronista manifesta-se explicitamente no próprio texto no seguinte trecho:

a ) − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo. (26o parágrafo).

b ) − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25o parágrafo).

c ) E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua. (5o parágrafo).

d ) Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. (10o parágrafo).

e ) E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa. (18o parágrafo).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Crônica > Discurso direto


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT 5 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Enfermagem /
Questão: 1

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 25/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

35. [Q2645362]
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 1 a 10.

[1] _____ Aos 85 anos, goza de saúde brônzea e quer trabalhar, mas trabalho que dê dinheiro, não essa milonga de mover os braços por desfastio. Deseja manter-se
independente, estão ouvindo? O diabo é que não arranja serviço, e tem de viver em casa dos filhos − três, em três lugares distintos. No sítio de Mangaratiba, o genro
entra em pânico à sua chegada: o velho está sempre bulindo nas plantas, dando ordens, contrariando instruções do dono.

A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o:

− Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco alqueires, pois então escolha o mais distante e faça a sua horta nele.

− Planto onde eu quiser. Não faltava mais nada! Um homem como eu, já idoso…

[5] _____ E cisma de ganhar dinheiro na cidade, podando árvore de rua.

− Arranjo uma tesoura grande e saio por aí caçando serviço. Estou novo ainda, sabe? E a prefeitura está carecendo de gente disposta.

Não arranja nada, e a prefeitura não lhe sente a falta. Vai para Vitória, em casa do terceiro filho, e pensa em adquirir um rebolo para amolar facas, com que atenda
às necessidades do bairro. Ponderam-lhe:

− Eu, se fosse o senhor, fazia um orquidário. É tão lindo, distrai tanto. E depois, há espécies fabulosas, que rendem um colosso. −

− É? Leva vinte anos para dar uma parasita que preste, não tenho lucro nenhum. Ora-e-essa!

[10] _____ Tem horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é
bicho ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.

No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o que
é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.

− Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água.

Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo, para despertar a cozinheira. Ele se
levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona da casa:

− Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!

[15] _____ As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.

As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido por um mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que
pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí, conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?

− Vovô, o senhor é um monstro!

E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.

− A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a senhora deixa?

[20] _____ − Não vão sozinhas, vão com os rapazes.

− Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa.

− Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.

− É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!

Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses,
e nova mudança nas mesmas condições. O velho é duro:

[25] _____ − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. Mas volta.

− Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

A voz de um personagem mescla-se à voz do cronista, configurando o chamado discurso indireto livre, no seguinte trecho:

a ) − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25o parágrafo)

b ) Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? (3o parágrafo)

c ) Deseja manter-se independente, estão ouvindo? (1o parágrafo)

d ) Menino é bicho ruim, comenta. (10o parágrafo)

e )− Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água. (12o parágrafo)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Crônica
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2022 / Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT 5 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Enfermagem /
Questão: 2

36. [Q2329426]
Texto I

O conto do vigário

(Joseli Dias)

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Um conto de réis. Foi esta quantia, enorme para a época, que o velho pároco de Cantanzal perdeu para Pedro Lulu, boa vida cuja única ocupação, além de levar à
perdição as mocinhas do lugar, era tocar viola para garantir, de uma casa em outra, o almoço de todos os dias. Nenhum vendeiro, por maior esforço de memória que
fizesse, lembraria o dia em que Pedro Lulu tirou do bolso uma nota qualquer para comprar alguma coisa. Sempre vinha com uma conversa maneira, uma lábia
enroladora e no final terminava por comprar o que queria, deixando fiado e desaparecendo por vários meses, até achar que o dono do boteco tinha esquecido a
dívida, para fazer uma nova por cima.

A vida de Pedro Lulu era relativamente boa. Tocava nas festas, ganhava roupas usadas dos amigos e juras de amor de moças solteironas de Cantanzal. A vida
mansa, no entanto, terminou quando o Padre Bastião chegou por ali. Homem sisudo, pregava o trabalho como meio único para progredir na vida. Ele mesmo dava
exemplo, pegando no batente de manhã cedo, preparando massa de cimento e assentando tijolos da igreja em construção. Quando deu com Pedro Lulu, que só
queria sombra e água fresca, iniciou uma verdadeira campanha contra ele. Nos sermões, pregava o trabalho árduo. Pedro Lulu era o exemplo mais formidável que
dava aos fiéis. “Não tem família, não tem dinheiro, veste o que lhe dão, vive a cantar e a mendigar comida na mesa alheia”, pregava o padre, diante do rebanho.

Aos poucos Pedro Lulu foi perdendo amizades valiosas, os almoços oferecidos foram escasseando e até mesmo nas rodas de cantoria era olhado de lado por
alguns.

“Isso tem que acabar”, disse consigo.

Naquele dia foi até a igreja e prostou-se diante do confessionário. Fingindo ser outra pessoa, pediu ao padre o mais absoluto segredo do que iria contar, porque
havia prometido a um amigo que não faria o mesmo diante das maiores dificuldades, mas que vê-lo em tamanha necessidade, tinha resolvido confessar-se passando
o segredo adiante.

O Padre, cujo único defeito era interessar-se pela vida alheia, ficou todo ouvidos. E foi assim que a misteriosa figura contou que Pedro Lulu era, na verdade,
riquíssimo, mas que por uma aposta que fez, não podia usufruir de seus bens na capital, que somavam milhares de contos de réis. [...]
A passagem ‘”Isso tem que acabar”’ (4º§) traz um exemplo de discurso direto e revela:

a )um desejo de Pedro Lulu.

b )uma ordem do Padre Bastião.

c ) a expectativa dos demais moradores.

d )um medo de Padre Bastião.

e )uma desconfiança de Pedro Lulu.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2022 / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH EBSERH - BR / Técnico em Segurança do Trabalho /
Questão: 9

37. [Q2438021]
O que uma menina de 9 anos tem a nos ensinar sobre propósito?

Encontrar um propósito através do qual se consiga deixar sua marca no mundo ou um sentido para aquilo que se faz todos os dias tornou-se um fenômeno.

Luciana Rodrigues 6 de abril de 2022

Em uma das despretensiosas conversas que tive com a Isadora, minha filha de 9 anos, ela soltou, como quem não quer nada: “Sabia que todo mundo quer ser lembrado?”. Sem entender muito bem como ela tinha
chegado a essa conclusão, pedi-lhe para que me contasse um pouco mais sobre essa sua observação.

“Quando eu crescer, quero abrir um café. Acho triste passar pelo mundo sem deixar alguma coisa para as pessoas lembrarem da gente”. Mesmo sem saber ao certo de onde veio essa inspiração repentina, confesso
que meu lado mãe-fã-número-um ficou super orgulhoso.

Indo além das paredes do meu apartamento, encontrar um propósito, através do qual se consiga, de fato, deixar sua marca no mundo – como sonha a Isadora –, ou ainda, conseguir um sentido para aquilo que se
faz todos os dias, tornou-se um fenômeno que une de tech-nerds do Vale do Silício a profissionais dos mais variados cargos e salários pelo Brasil e o mundo. Obviamente, isso só é possível quando a base da Pirâmide de
Maslow (lembra dela?) está muito bem estabelecida.

Nos EUA, existe até um nome para esse movimento: “The Great Resignation” ou “A Grande Demissão”. Segundo o U.S. Department of Labor, só no último mês de fevereiro, 4,4 milhões de americanos deixaram seus
empregos formais. Os motivos para esses números vão do desejo de fazer mudanças drásticas na carreira à necessidade de largar a profissão para cuidar de crianças ou parentes idosos. Além de sintomas típicos dos
tempos atuais, como o burnout e o sentimento de abismo existente entre o que as pessoas acreditam e os valores do seu empregador.

Os números não afirmam, categoricamente, qual é o principal fator para essa debandada de trabalhadores, mas uma coisa é certa: para milhões de pessoas ao redor do mundo, a pandemia veio para rever suas
prioridades. A remuneração deixa de ser o fator decisivo para a permanência em um emprego, ganhando relevância questões que, há poucos anos, ficavam em segundo plano, como modelos híbridos e flexíveis de
trabalho, tempo gasto em deslocamentos, equilíbrio maior entre vida pessoal x trabalho, e até mesmo afinidade com o propósito da empresa.

Para Ariana Huffington: “A Grande Demissão na verdade é uma Grande Reavaliação. O que as pessoas estão abandonando é uma cultura de esgotamento e uma definição quebrada de sucesso. Ao deixar seus
empregos, as pessoas estão afirmando seu desejo por uma maneira diferente de trabalhar e viver”.

Conheci uma dessas histórias de perto, em um dos encontros mensais que organizo na empresa em que atuo como CEO. A ideia dos bate-papos é trazer novos repertórios para dentro da nossa rotina de trabalho,
com convidados que, à primeira vista, não têm nada a ver com o nosso “core-business”, mas que ajudam imensamente a furar a bolha em que vivemos.

Um desses convidados foi uma enfermeira. Uma mulher muito culta, expansiva e encantadora que, no alto dos seus 30 anos, decidiu dar uma guinada em sua vida. Depois de um período sabático pela América
Latina, decidiu abandonar uma carreira bem-sucedida na área do entretenimento e estudar enfermagem. Uma profissão com menos perspectivas financeiras, mas completamente alinhada com o seu chamado.

“Para alguns, hospital significa morte. Para mim, é sinônimo de vida”. Essa foi uma das frases ditas por ela que mais me impactou em seu depoimento, e que, por semanas, me fez refletir sobre sua história de
coragem e seu olhar transformador.

Mas não espere respostas certas nos momentos certos. Cada um tem seu tempo e suas formas de encontrá-las. Sabemos tão pouco sobre nós. Por isso, investir seu tempo (que também é dinheiro) em coisas que
ninguém pode tirar de você, como autoconhecimento, é a decisão mais sábia que você pode tomar. É um processo transformador, que envolve desconforto, mas que vai te colocar numa posição de maior controle das suas
emoções.

Não passe uma vida inteira esperando algo que ninguém jamais poderá lhe oferecer.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

E, se eu pudesse dar mais uma dica, seria: assim como no mercado financeiro, nunca invista todo seu patrimônio em só um ativo. Não fique esperando que o trabalho supra todas as suas necessidades. Encontre
um hobby. Dedique-se a um trabalho voluntário. Seja mentor de um jovem aprendiz. Ou, então, coloque no papel um plano para daqui a 2 anos e persiga-o incansavelmente.

Talvez “A Grande Demissão” seja um movimento coletivo de pessoas querendo encontrar seu verdadeiro propósito aqui na Terra. Ou, talvez, uma oportunidade para que consigam usar suas histórias para dar
sentido às próprias vidas. Mas também pode ser apenas o reflexo de dois anos trancados em casa, e o desejo por uma mudança, seja ela qual for.

Na animação da Pixar “Viva – A Vida é uma Festa”, de que aliás, a Isadora é fã, é contada a história do “Dia de Los Muertos”, típica tradição mexicana de celebração aos que se foram. Diz-se que, após a morte de
uma pessoa, ela vai para o mundo dos mortos e permanece lá apenas enquanto os vivos ainda se lembrarem dela. Quando for esquecida, aí, sim, será seu verdadeiro fim.

Não posso afirmar que veio daí a inspiração para a reflexão inicial da Isa, mas a conversa, que começou com uma questão existencial, terminou com: “Mamãe, qual é o sentido da vida?”. Dei a última mordida no
pão de queijo e respondi: “Isa, que tal fazermos um brigadeiro?”

Luciana Rodrigues é CEO da Grey Brasil, conselheira do board da Junior Achievement, membro do conselho da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e do comitê estratégico de presidentes da Amcham.

Vocabulário:

• tech-nerds: estudiosos de tecnologia.

• CEO: diretor executivo.

• core-business: negócios principais.

• burnout: síndrome de esgotamento mental no trabalho.

• hobby: passatempo, atividade para lazer.

RODRIGUES, Luciana. O que uma menina de 9 anos tem a

nos ensinar sobre propósito? Forbes Brasil, 06 de abril de

2022. Colunas. Disponível em:

https://forbes.com.br/coluna/2022/04/luciana-rodrigues-o-

que-uma-menina-de-9-anos-tem-a-nos-ensinar-sobre-

proposito/.

Analise as proposições a seguir, cuja temática é o uso das aspas no texto de Luciana Rodrigues.

I. No 1º, no 2º, no 9º e no último parágrafo, as aspas foram utilizadas para sinalizar falas em discurso indireto.

II. No 7º parágrafo, as aspas foram inseridas para marcar um estrangeirismo dentro do texto.

III. No penúltimo parágrafo, as aspas foram empregadas para sinalizar títulos dados a uma produção artística e a uma festa popular.

Está(ão) correta(s)

a )apenas a I.

b )apenas a II.

c ) apenas a III.

d )a II e a III.

e )a I, a II e a III.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Uso das aspas
Fonte: Instituto Avança São Paulo - Avança SP 2022 / Câmara de Sorocaba Camara de Sorocaba - SP / Oficial de Comunicação / Questão: 11

38. [Q2554292]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.

Monkeypox: histórico e chegada no Brasil

O vírus da varíola de macacos (nome que será alterado, segundo orientações da OMS), também chamado de monkeypox, espalhou-se por mais de 40 países nos
últimos meses e chegou ao Brasil no início de junho. Após a detecção de 10 casos suspeitos em várias cidades, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da cidade de
São Paulo, confirmou, no início de junho, a identificação do vírus em um homem de 41 anos que havia viajado à Espanha e Portugal, países com número alto de casos,
e sido internado no próprio hospital com sintomas da doença.

No dia 7 de junho de 2022, uma equipe do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenada pela médica Ester
Sabino, fez o sequenciamento genético - o primeiro no país - do vírus coletado das lesões de pele desse paciente. Completado em 18 horas, o resultado foi entregue às
autoridades médicas e confirmado por análises laboratoriais. Publicado dois dias depois no site virological.org, o genoma foi comparado com outros 81 já registrados
na base de dados GenBank e mostrou grande semelhança com os vírus que circulavam em Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Espanha.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 28/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

De origem ainda incerta, o monkeypox está solto pelo mundo - e infectando pessoas - há muito tempo. Identificado nos anos 1970 na República Democrática do
Congo (RDC), chegou nas décadas seguintes à Nigéria e a outros países da África Ocidental. Em 2003, emergiu nos Estados Unidos e em 2018 e 2019 no Reino Unido,
em Singapura e Israel.

De 2010 a 2019, em comparação com a década de 1970, o número de casos aumentou 10 vezes e as crianças cederam o lugar de grupo predominante de pessoas
atingidas para os adultos com idade entre 20 e 40 anos. De maio até o dia 24 de junho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 4.106 pessoas com
esse vírus na Europa, Américas, Oriente Médio e Austrália.

"A disseminação do vírus era previsível porque os casos na África estavam aumentando e quase ninguém dava a devida atenção", comenta a virologista Clarissa
Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessora do conselho da OMS para pesquisa com o vírus da varíola, erradicada mundialmente em 1980.
"Houve uma negligência completa com o que se passa na África, como ocorreu antes com o vírus ebola, que causa surtos desde 1976 e só ganhou atenção em 2016,
quando chegou à Europa e aos Estados Unidos".

O que ninguém esperava, segundo ela, é a chamada transmissão sustentada - ou comunitária - do vírus da varíola de macacos de uma pessoa para outras, ampliando
o número de casos.

Descoberto em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958, embora infecte também roedores silvestres, o monkeypox causa uma doença similar à varíola,
embora de menor gravidade, que começa com dor de cabeça e no corpo, febre e inchaço dos gânglios linfáticos debaixo do maxilar ou na nuca e culmina com a
formação de pústulas - bolhas na pele - que liberam milhões de vírus quando se rompem. Como a varíola, também deixa marcas na pele.

O vírus da varíola de macacos é transmitido principalmente pelo contato com fluidos respiratórios, lesões, roupas ou objetos de pessoas infectadas. A letalidade
(número de mortes em relação ao total de casos) varia de 10% na África Central a 3,6% na região oeste do continente. É menos que a letalidade média de 30% da
varíola humana, de acordo com um estudo de revisão feito por pesquisadores da Holanda, Suíça, Alemanha e Estados Unidos, publicado em fevereiro deste ano na
PLOS Neglected Tropical Diseases.

Os autores desse trabalho atribuem o avanço do monkeypox nas últimas décadas ao fim da imunização contra a varíola, em 1979. A vacina promovia uma proteção
cruzada, que barrava também outros vírus do gênero Orthopoxvirus - quem não a recebeu, portanto, está mais suscetível que os vacinados.

Em 20 de maio, a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), braço da OMS, distribuiu um alerta epidemiológico com recomendações para a identificação do vírus e
os cuidados médicos a serem tomados com as pessoas infectadas. Nos países com casos já registrados, os órgãos da saúde enfatizam que o atual surto pode ser
contido com medidas de prevenção, que incluem o isolamento das pessoas infectadas e a higienização de suas roupas com água quente. O tratamento é feito com
antivirais e medicamentos para combater os sintomas.

Seguindo a recomendação da OMS, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido começaram a usar a vacina contra varíola humana para imunizar as pessoas próximas a um
caso confirmado e deter o monkeypox, de acordo com a revista Nature, de 8 de junho.

Retirado e adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Varíola de macaco chega ao Brasil.Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa. fapesp.br/variola-de-
macaco-chega-ao-brasil/ Acesso em 28 jun. 2022.
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona a função da pontuação com seu emprego no texto "Monkeypox: histórico e chegada no Brasil":

Primeira coluna: função da pontuação

(1)Aposto

(2)Inserção de discurso direto

(3)Inserção de sinônimo

Segunda coluna: trechos do texto

(_)O que ninguém esperava é a chamada transmissão sustentada - ou comunitária - do vírus da varíola de macacos de uma pessoa para outras, ampliando o número
de casos.

(_)O vírus da varíola de macacos, também chamado de monkeypox, espalhou-se por mais de 40 países nos últimos meses e chegou ao Brasil no início de junho.

(_)"A disseminação do vírus era previsível porque os casos na África estavam aumentando e quase ninguém dava a devida atenção", comenta a virologista Clarissa
Damaso.

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:

a )2 - 3 - 1.

b )1 - 2 - 3.

c ) 1 - 3 - 2.

d )3 - 1 - 2.

e )3 - 2 - 1.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sinônimos > Aposto > Discurso direto
Fonte: Universidade de Blumenau - FURB 2022 / Prefeitura de Blumenau Prefeitura - SC / Agente Comunitário de Saúde / Questão: 1

39. [Q2435074]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.

SE ÉS CAPAZ

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 29/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

(1º§) A longa lista de desafios - Se és capaz, se és capaz, se és capaz - intimidava-me e, ao mesmo tempo, exercia sobre mim o maior dos fascínios. E, muitas vezes,
ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários: o próximo me julgaria com crueldade e eu teria para ele o melhor dos pensamentos. Se me batessem num lado
da face, imediatamente ofereceria outro...

(2º§) E quando estourassem aquelas greves políticas que eu tanto amava - a escola ferveria em pleno clima revolucionário sob o tacão da ditadura - eu teria que ficar à
margem, porque estava escrito que, quando todos em redor perdessem a cabeça, eu devia conservar serenamente a minha.

(3º§) Estava escrito. E foi daí por diante que eu comecei a perceber então que de nada vale decorar máximas que ficam gravadas na memória, mas não ficam no
coração.

(4º§) Sim, diariamente, eu lia poemas antes de sair. Para ir fazendo tudo ao contrário em seguida: se me atacavam, eu respondia, se me faziam esperar, eu me
desesperava, se me odiavam, eu odiava mais ainda, e no dia em que o meu professor de latim me deu zero, porque pensou que eu colara na prova, fui falar com ele
em meio dos maiores protestos, ai! - A cólera da injustiça doendo na carne, embora me lembrasse muito bem que colara no exame anterior e que, portanto, o castigo
viera meio fora de tempo, mas merecido.

(5º§) Isso vai valer para quando eu for mais velha, pensei, tirando o poema da parede. E até hoje ainda o conservo no fundo da minha gaveta, um belo trabalho
literário e tipográfico, sem dúvida alguma.

(6º§) Mas quando eu topo com ele, não posso deixar de sorrir. Mas então, senhor Kipling? De que material somos feitos? Hein?

(7º§) Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana, não, não somos deuses, nem semideuses, nem santos. A gente faz o que pode. E embora
nossa alma - que tem o toque de Deus - continue intacta, apesar de tudo, intacta, no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis que nós somos tão
vulneráveis, tão sem defesa.

(8º§) Se nós somos capazes de tantas maravilhas? Não, não somos. Às vezes, temos gestos e pensamentos de anjo. Mas eu disse, às vezes!

(Lygia Fagundes Telles. "Se és capaz" Apud Wagner Ribeiro. Antologia Luso-brasileira. Editora FTD. 1964. São Paulo.)
Sobre os componentes estruturais do (7º§), marque a alternativa INCORRETA.

a )Os componentes linguísticos de: "A gente faz o que pode." - comprovam o descontentamento da voz do texto e exemplifica discurso indireto livre.

b )No segmento: "no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis" - temos ideia de comparação, similaridade.

c ) No segmento: "nem semideuses, nem santos." - temos elementos coesivos alternativos.

d )No trecho: "E embora nossa alma" - o elemento coesivo conjuntivo destacado equivale a " já que".

e )No trecho: "Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana," temos exemplo de sujeito elíptico identificado pela desinências verbal (mos).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sujeito oculto, elíptico ou desinencial > Conjunções coordenativas alternativas > Conjunções subordinativas
concessivas > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense - AMAUC 2022 / Prefeitura de Ipumirim Prefeitura de Ipumirim - SC / Escriturário / Questão: 2

40. [Q2588869]
Leia:

Durante a conversa sobre o livro a ser editado, Wálter advertiu que os custos talvez o inviabilizassem. Edwalds ponderou que os benefícios é que deveriam ser
destacados. Douglas, o mais sensato do grupo, preferiu não opinar. Por que ficar discutindo coisas particulares? Já Eduardo achou que a ideia era digna de ser levada
adiante.

Há um discurso indireto livre no segmento referente a

a )Wálter.

b )Douglas.

c ) Eduardo.

d )Edwalds.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto)


Fonte: Diretoria de Ensino da Aeronáutica - DIRENS - Aeronáutica 2022 / Escola de Especialistas de Aeronáutica EEAR - BR / Sargento - Área: Aeronavegantes/Não-Aeronavegantes /
Questão: 6

41. [Q2690855]
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul: do Império à Era Vargas

01 ____ A primeira Constituição Brasileira (outorgada pelo Imperador D. Pedro I em 25 de março

02 de 1824) não prevê a delegação de poderes legislativos ___ Províncias do Império, embora

03 estabeleça órgãos deliberativos sobre assuntos de seu interesse peculiar (os "Conselhos Gerais").

04 Essa situação perdura até a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, em cumprimento

05 ao Ato Adicional de 1834. Em 20 de abril de 1835, em plena sessão de instalação da Assembleia

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 30/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

06 Legislativa, o Deputado Bento Gonçalves da Silva é acusado pelo Presidente da Província de

07 articular a separação do Rio Grande do Sul do restante do Império. Essa data é considerada o

08 marco político da Revolução Farroupilha. De 20 de setembro de 1835, quando os farrapos tomam

09 Porto Alegre, até 15 de junho de 1836, quando a perdem para os legalistas, somente

10 comparecem à Assembleia Legislativa os Deputados favoráveis ___ rebelião. Em 1837, inverte-

11 se a situação: somente os membros da Assembleia favoráveis ao Império participam dos

12 trabalhos legislativos. A Guerra dos Farrapos impede a realização de eleições para a renovação

13 dos mandatos findos em 31 de dezembro de 1837, os quais permanecem vagos até a instalação

14 da 2ª Legislatura, em 1º de março de 1846. Daí em diante, até o final do Império, o Plenário do

15 Casarão Rosado da Rua da Igreja (rebatizada Duque de Caxias em 29/12/1869) é o centro da

16 discussão política na Província. Em 1884, o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) passa a

17 editar o jornal "A Federação", em cujas páginas combate a Monarquia e o centralismo político.

18 ____ Com a Proclamação da República, o PRR de Júlio de Castilhos chega ao poder. Elaborada

19 conforme os preceitos positivistas, a Constituição promulgada em 14 de julho de 1891 outorga

20 ao Presidente do Estado a pre...ogativa de editar as leis; a Assembleia (então denominada

21 "Assembleia dos Representantes") reúne-se apenas dois meses por ano, exclusivamente para

22 votar o orçamento do Estado e dispor sobre tributos. A asfixia política leva ___ eclo...ão da

23 Revolução de 1893, na qual chimangos (castilhistas) e maragatos (monarquistas e republicanos

24 não-positivistas, sob a liderança de Gaspar Silveira Martins) banham em sangue os campos do

25 Rio Grande. Júlio de Castilhos sufoca a revolta e consolida seu governo, durante o qual nenhum

26 maragato ocupa um cargo público e nenhum Deputado oposicionista é eleito à Assembleia dos

27 Representantes ou ao Congresso Nacional. Em 1923, Borges de Medeiros vence J. F. de Assis

28 Brasil (que fora o primeiro Deputado do PRR à Assembleia Provincial) e conquista seu quinto

29 mandato. Os maragatos alegam fraude e levantam-se em armas contra o governo. O Pacto de

30 Pedras Altas sela a paz, mediante o compromisso de revisão da Constituição castilhista e de que

31 o Presidente do Estado não concorreria a um sexto mandato. Getúlio Vargas sucede a Borges e

32 pacifica o Estado sob a bandeira da Frente Única Gaúcha, reunindo chimangos e maragatos.

33 ____ Após haver unido o Rio Grande, Getúlio agrega o apoio de Minas Gerais e Paraíba e lança-

34 se candidato à Presidência da República pela Aliança Liberal, nas eleições de 1929. Derrotado,

35 deflagra em 3 de outubro de 1930 um movimento revolucionário que, um mês depois, o empo...a

36 como chefe do Governo Provisório da República. Em 1932, Borges de Medeiros e Raul Pilla

37 apoiam no Estado a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Embora vencida militarmente, a

38 revolta leva Getúlio a convocar eleições para a reconstitucionalização do país. A Constituição

39 Federal de 1934 manda convocar eleições para as Assembleias Constituintes dos Estados, as

40 quais devem transformar-se em Assembleias Legislativas assim que elaboradas as respectivas

41 Constituições. Instalada com poderes constituintes em 12 de abril de 1935, a Assembleia Gaúcha

42 é fechada no dia 10 de novembro de 1937, com a decretação do "Estado Novo". O Plenário do

43 Casarão Rosado permanece em silêncio até o fim da ditadura de Vargas.

(Disponível em: https://ww4.al.rs.gov.br/institucional/historia – texto adaptado especialmente para esta prova).


Considerando o emprego correto dos sinais de pontuação, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) As vírgulas hachuradas nas linhas 05 e 06 devem-se à separação de um adjunto adverbial intercalado.

( ) Na linha 11, os dois pontos hachurados introduzem uma fala em discurso direto.

( ) Na linha 15, os parênteses hachurados isolam uma expressão explicativa que adiciona uma informação sobre um termo anteriormente citado.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a )V – F – V.

b )V – V – V.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 31/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

c ) V – V – F.

d )F – F – V.

e )F – V – F.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Parênteses > Uso da Vírgula > Discurso direto > Uso dos dois-pontos > Oração intercalada
Fonte: Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências- FUNDATEC 2022 / Câmara de Capão da Canoa - RS / Assistente Legislativo / Questão: 7

42. [Q2436500]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.

SE ÉS CAPAZ

(1º§) A longa lista de desafios - Se és capaz, se és capaz, se és capaz - intimidava-me e, ao mesmo tempo, exercia sobre mim o maior dos fascínios. E, muitas vezes,
ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários: o próximo me julgaria com crueldade e eu teria para ele o melhor dos pensamentos. Se me batessem num lado
da face, imediatamente ofereceria outro...

(2º§) E quando estourassem aquelas greves políticas que eu tanto amava - a escola ferveria em pleno clima revolucionário sob o tacão da ditadura - eu teria que ficar à
margem, porque estava escrito que, quando todos em redor perdessem a cabeça, eu devia conservar serenamente a minha.

(3º§) Estava escrito. E foi daí por diante que eu comecei a perceber então que de nada vale decorar máximas que ficam gravadas na memória, mas não ficam no
coração.

(4º§) Sim, diariamente, eu lia poemas antes de sair. Para ir fazendo tudo ao contrário em seguida: se me atacavam, eu respondia, se me faziam esperar, eu me
desesperava, se me odiavam, eu odiava mais ainda, e no dia em que o meu professor de latim me deu zero, porque pensou que eu colara na prova, fui falar com ele
em meio dos maiores protestos, ai! - A cólera da injustiça doendo na carne, embora me lembrasse muito bem que colara no exame anterior e que, portanto, o castigo
viera meio fora de tempo, mas merecido.

(5º§) Isso vai valer para quando eu for mais velha, pensei, tirando o poema da parede. E até hoje ainda o conservo no fundo da minha gaveta, um belo trabalho
literário e tipográfico, sem dúvida alguma.

(6º§) Mas quando eu topo com ele, não posso deixar de sorrir. Mas então, senhor Kipling? De que material somos feitos? Hein?

(7º§) Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana, não, não somos deuses, nem semideuses, nem santos. A gente faz o que pode. E embora
nossa alma - que tem o toque de Deus - continue intacta, apesar de tudo, intacta, no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis que nós somos tão
vulneráveis, tão sem defesa.

(8º§) Se nós somos capazes de tantas maravilhas? Não, não somos. Às vezes, temos gestos e pensamentos de anjo. Mas eu disse, às vezes!

(Lygia Fagundes Telles. "Se és capaz" Apud Wagner Ribeiro. Antologia Luso-brasileira. Editora FTD. 1964. São Paulo.)

Sobre os componentes estruturais do (7º§), marque a alternativa INCORRETA.

a )No segmento: "no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis" - temos ideia de comparação, similaridade.

b )Os componentes linguísticos de: "A gente faz o que pode." - comprovam o descontentamento da voz do texto e exemplifica discurso indireto livre.

c ) No trecho: "Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana," temos exemplo de sujeito elíptico identificado pela desinências verbal (mos).

d )No segmento: "nem semideuses, nem santos." - temos elementos coesivos alternativos.

e )No trecho: "E embora nossa alma" - o elemento coesivo conjuntivo destacado equivale a " já que".

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas alternativas > Análise das estruturas linguísticas do texto > Sujeito oculto, elíptico ou
desinencial > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense - AMAUC 2022 / Prefeitura de Ipumirim Prefeitura de Ipumirim - SC / Técnico Agrícola / Questão: 1

43. [Q2669990]
Qual foi a primeira rede social?

Direto e reto, cara cajapioense: o vovô do Orkut, do Facebook, do Instagram e do TikTok é o classmates.com, criado em dezembro de 1995.

O site segue no ar até hoje e é uma plataforma para conectar colegas de escola, compartilhar fotos antigas — incluindo anuários com fotos de formandos — e
combinar encontros nostálgicos de turma. Mas só funciona para escolas dos Estados Unidos (fica a dica para empreendedores brasileiros).

Apesar de ser tão específico, o serviço tem envelhecido bem, acompanhando os novos tempos e está prestes a lançar seu aplicativo.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 32/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Há, contudo, quem defenda que as redes sociais existem muito antes disso, desde a pré-história da internet, quando ela ainda não era acessível a todos os mortais.

Dentre esses ancestrais, está o BBS (1973), um servidor que rodava um software que conectava, por meio de um modem ligado à rede telefônica, pessoas e
instituições em fóruns para compartilhamento de arquivos, programas, conversas sobre temas e até mensagens de texto.

Outro dinossauro das redes sociais é o Q-Link (abreviação de Quantum Link), lançado pela Quantum Computer Services em 1985.

Embora também fosse restrito — só rodava em computadores Commodore 64 e 128, nos EUA e no Canadá —, ele estava mais para um portal de conteúdo, oferecendo
notícias, jogos e, claro, ambientes de interação, como salas de bate-papo e fóruns para compartilhamento de arquivos.

Tanto parecia um portal que, em 1989, o Q-Link ampliou o acesso a todos os computadores pessoais e mudou de nome para dar origem ao America Online, ou AOL —
conhece, cara cajapioense?

Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/pergunta-pro-jokura/2022/05/30/qual-foi-a-primeira-rede-social.htm (adaptado)


No trecho “O site segue no ar até hoje...”, a forma verbal destacada tem como característica:

a )Ser um verbo dicendi.

b )Estar na forma imperativa.

c ) Ligar o sujeito ao seu predicativo.

d )Ser intransitivo.

e )Ser bitransitivo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Imperativo > Verbos intransitivos > Discurso direto > Verbo transitivo direto e indireto
Fonte: Instituto Vicente Nelson - IVIN 2022 / Prefeitura de Estreito - MA / Técnico em Radiologia / Questão: 10

44. [Q2435166]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.

SE ÉS CAPAZ

(1º§) A longa lista de desafios - Se és capaz, se és capaz, se és capaz - intimidava-me e, ao mesmo tempo, exercia sobre mim o maior dos fascínios. E, muitas vezes,
ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários: o próximo me julgaria com crueldade e eu teria para ele o melhor dos pensamentos. Se me batessem num lado
da face, imediatamente ofereceria outro...

(2º§) E quando estourassem aquelas greves políticas que eu tanto amava - a escola ferveria em pleno clima revolucionário sob o tacão da ditadura - eu teria que ficar à
margem, porque estava escrito que, quando todos em redor perdessem a cabeça, eu devia conservar serenamente a minha.

(3º§) Estava escrito. E foi daí por diante que eu comecei a perceber então que de nada vale decorar máximas que ficam gravadas na memória, mas não ficam no
coração.

(4º§) Sim, diariamente, eu lia poemas antes de sair. Para ir fazendo tudo ao contrário em seguida: se me atacavam, eu respondia, se me faziam esperar, eu me
desesperava, se me odiavam, eu odiava mais ainda, e no dia em que o meu professor de latim me deu zero, porque pensou que eu colara na prova, fui falar com ele
em meio dos maiores protestos, ai! - A cólera da injustiça doendo na carne, embora me lembrasse muito bem que colara no exame anterior e que, portanto, o castigo
viera meio fora de tempo, mas merecido.

(5º§) Isso vai valer para quando eu for mais velha, pensei, tirando o poema da parede. E até hoje ainda o conservo no fundo da minha gaveta, um belo trabalho
literário e tipográfico, sem dúvida alguma.

(6º§) Mas quando eu topo com ele, não posso deixar de sorrir. Mas então, senhor Kipling? De que material somos feitos? Hein?

(7º§) Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana, não, não somos deuses, nem semideuses, nem santos. A gente faz o que pode. E embora
nossa alma - que tem o toque de Deus - continue intacta, apesar de tudo, intacta, no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis que nós somos tão
vulneráveis, tão sem defesa.

(8º§) Se nós somos capazes de tantas maravilhas? Não, não somos. Às vezes, temos gestos e pensamentos de anjo. Mas eu disse, às vezes!

(Lygia Fagundes Telles. "Se és capaz" Apud Wagner Ribeiro. Antologia Luso-brasileira. Editora FTD. 1964. São Paulo.)

Sobre os componentes estruturais do (7º§), marque a alternativa INCORRETA.

a )No segmento: "no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis" - temos ideia de comparação, similaridade.

b )No segmento: "nem semideuses, nem santos." - temos elementos coesivos alternativos.

c ) No trecho: "E embora nossa alma" - o elemento coesivo conjuntivo destacado equivale a " já que".

d )No trecho: "Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana," temos exemplo de sujeito elíptico identificado pela desinências verbal (mos).

e )Os componentes linguísticos de: "A gente faz o que pode." - comprovam o descontentamento da voz do texto e exemplifica discurso indireto livre.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Conjunções coordenativas alternativas > Conjunções subordinativas concessivas
> Sujeito oculto, elíptico ou desinencial > Análise das estruturas linguísticas do texto
Fonte: Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense - AMAUC 2022 / Prefeitura de Ipumirim Prefeitura de Ipumirim - SC / Auxiliar de Bibliotecário / Questão: 4

45. [Q2435123]
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 33/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

SE ÉS CAPAZ

(1º§) A longa lista de desafios - Se és capaz, se és capaz, se és capaz - intimidava-me e, ao mesmo tempo, exercia sobre mim o maior dos fascínios. E, muitas vezes,
ficava a sonhar com feitos assim tão extraordinários: o próximo me julgaria com crueldade e eu teria para ele o melhor dos pensamentos. Se me batessem num lado
da face, imediatamente ofereceria outro...

(2º§) E quando estourassem aquelas greves políticas que eu tanto amava - a escola ferveria em pleno clima revolucionário sob o tacão da ditadura - eu teria que ficar à
margem, porque estava escrito que, quando todos em redor perdessem a cabeça, eu devia conservar serenamente a minha.

(3º§) Estava escrito. E foi daí por diante que eu comecei a perceber então que de nada vale decorar máximas que ficam gravadas na memória, mas não ficam no
coração.

(4º§) Sim, diariamente, eu lia poemas antes de sair. Para ir fazendo tudo ao contrário em seguida: se me atacavam, eu respondia, se me faziam esperar, eu me
desesperava, se me odiavam, eu odiava mais ainda, e no dia em que o meu professor de latim me deu zero, porque pensou que eu colara na prova, fui falar com ele
em meio dos maiores protestos, ai! - A cólera da injustiça doendo na carne, embora me lembrasse muito bem que colara no exame anterior e que, portanto, o castigo
viera meio fora de tempo, mas merecido.

(5º§) Isso vai valer para quando eu for mais velha, pensei, tirando o poema da parede. E até hoje ainda o conservo no fundo da minha gaveta, um belo trabalho
literário e tipográfico, sem dúvida alguma.

(6º§) Mas quando eu topo com ele, não posso deixar de sorrir. Mas então, senhor Kipling? De que material somos feitos? Hein?

(7º§) Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana, não, não somos deuses, nem semideuses, nem santos. A gente faz o que pode. E embora
nossa alma - que tem o toque de Deus - continue intacta, apesar de tudo, intacta, no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis que nós somos tão
vulneráveis, tão sem defesa.

(8º§) Se nós somos capazes de tantas maravilhas? Não, não somos. Às vezes, temos gestos e pensamentos de anjo. Mas eu disse, às vezes!

(Lygia Fagundes Telles. "Se és capaz" Apud Wagner Ribeiro. Antologia Luso-brasileira. Editora FTD. 1964. São Paulo.)
Sobre os componentes estruturais do (7º§), marque a alternativa INCORRETA.

a )No segmento: "nem semideuses, nem santos." - temos elementos coesivos alternativos.

b )No trecho: "E embora nossa alma" - o elemento coesivo conjuntivo destacado equivale a "já que".

c ) Os componentes linguísticos de: "A gente faz o que pode." - comprovam o descontentamento da voz do texto e exemplifica discurso indireto livre.

d )No trecho: "Devemos é confessar humildemente nossa frágil condição humana," temos exemplo de sujeito elíptico identificado pela desinências verbal (mos).

e )No segmento: "no comportamento falhamos como pobres bichos frágeis" - temos ideia de comparação, similaridade.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sujeito oculto, elíptico ou desinencial > Discurso indireto livre (misto) > Conjunções subordinativas concessivas
> Conjunções coordenativas alternativas > Análise das estruturas linguísticas do texto
Fonte: Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense - AMAUC 2022 / Prefeitura de Ipumirim Prefeitura de Ipumirim - SC / Auxiliar Administrativo / Questão: 1

46. [Q2600099]
“Qual é a verdadeira extensão da vida humana?” é um exemplo de frase em discurso direto que, se colocada em discurso indireto, deveria estar reescrita do seguinte
modo:

“Ele perguntou qual era a verdadeira extensão da vida humana”.

Assinale a pergunta a seguir que está corretamente reescrita em discurso indireto.

a )Qual é o seu nome? / Ele perguntou qual era o nome dela.

b )Onde Pedro foi ontem? / Ele perguntou onde Pedro ia ontem.

c ) Bernardo chegará amanhã? / Ele perguntou se Bernardo chegava amanhã.

d )Eles foram ontem ao cinema? / Ele perguntou se eles vão ontem ao cinema.

e )Qual o preço pago pelo livro? / Ele perguntou qual seria o preço pago pelo livro.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto


Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2022 / Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP - MG SEJUSP MG - MG / Agente de Segurança Penitenciário (polícia penal)
/ Questão: 7

47. [Q2608683]
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 e, a seguir, responda às questões que a ele se referem. Texto 04

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disponível em: https://bichinhosdejardim.com. Acesso em: 12 jun. 2022.


As aspas presentes no texto marcam o uso do(a)

a )ressignificação.

b )tom enfático.

c ) discurso direto.

d )estrangeirismo.

e )recurso da ironia.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Estrangeirismo > Uso das aspas > Discurso direto
Fonte: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas- COTEC - FADENOR 2022 / Prefeitura de Dores de Guanhães - MG / Técnico - Área: Patologia /
Questão: 20

48. [Q2505621]
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 1 a seguir para responder às questões que a ele se referem.

Texto 1

A complicada arte de ver

1 ---------Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que

ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas,

os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já

fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive

5 --um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo

neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a

ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os

tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”

---------Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes

10 --Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é

comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de

água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver”.

---------Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais

fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de

15 --fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

---------William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso

por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma

epifania do sagrado. [...]

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u947.shtml. Acesso em: 24 mar. 2022. Adaptado.

Tendo em vista a estrutura de composição do texto, verifica-se

I - no primeiro parágrafo, a predominância da narração.

II - em todos os parágrafos, a presença da citação direta.

III - no segundo parágrafo, o uso da linguagem metafórica.

IV - no terceiro parágrafo, a predominância da subjetividade.

V - no primeiro parágrafo, aspas marcando o discurso direto.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 35/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Estão CORRETAS as afirmativas


a )I, III e V, apenas.

b )I, II, IV e V, apenas.

c ) I, III, IV e V, apenas.

d )II, III, IV e V, apenas.

e )I, II, III, IV e V.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sentido conotativo, figurado ou metafórico > Interpretação de Texto > Texto Narrativo > Discurso direto
Fonte: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas- COTEC - FADENOR 2022 / Prefeitura de Montes Claros - MG / Agente de Combate às Endemias
/ Questão: 25

49. [Q2546464]
Texto I

Simples assim

Ruy Castro

Quantas vezes você já ouviu hoje alguém dizer pontuar, robusto, assertivo, resiliência e empatia?

1 A todo momento há alguém dizendo na televisão: “Eu só queria pontuar que…”. Apresentadores,

repórteres, comentaristas, entrevistados, todos estão freneticamente querendo pontuar. Ninguém está

a fim de virgular, exclamar, interrogar e muito menos ponto-virgular. Só de pontuar. É uma das

palavras do momento. E, como outras do gênero, desnecessária. Se, em vez de pontuar, a pessoa

5 disser logo aquilo que quer pontuar, sua supressão não fará a menor falta.

Outra mania em curso na praça é “simples assim”. Para mim, o primeiro a usá-la, há mais de 30 anos,

foi Paulo Francis. Era tradução de “that simple” e combinava com o jeito de Francis argumentar. Ele

morreu em 1997 e, por décadas, não ouvi ninguém dizer “simples assim”. Mas, de há algum tempo,

passei a escutá-la no atacado e no varejo — não no sentido original de “não é complicado”, mas no de

10 “Ponto final!”, “Cala a boca!”, (...). O mesmo se aplica à “Vida que segue”, expressão popularizada no

rádio dos anos 60 por João Saldanha. Definia um certo fatalismo, como o singelo “É isso aí”. Hoje é

também sinônimo de “Assunto encerrado!”

Há transmigrações semânticas benignas. “Robusto” é o caso. Até há pouco, designava uma pessoa

forte, rija, maciça. De repente, passou a definir também um conjunto de provas capazes de condenar

15 alguém — “Provas robustas”, dizem os magistrados. (...)

As palavras vão e vêm. Impossível ficar hoje mais de cinco minutos sem ouvir alguém dizer

“assertivo”, “resiliência” e “empatia”. No passado, já foram palavras de 100 dólares e só os

intelectualizados as usavam. Agora saem de graça.

Tudo bem. Temo apenas que, assim como entraram, logo saiam da língua — sem saber por quê.

Fonte: Adaptado por Solda em 17 de janeiro de 2022. Disponível em: https://cartunistasolda.com.br/simples-assim/.

De acordo com o Texto I, responda às questões números de 1 a 9.

Em “Quantas vezes você já ouviu hoje alguém dizer pontuar, robusto, assertivo, resiliência e empatia?”, o autor dirige-se ao leitor com o tratamento “você”. Tal
estratégia deflagra:

a )um desejo de mostrar intimidade com o leitor, já que a escolha pelo tratamento “você” é informal e, em certas situações, desrespeitosa

b )um recurso que sinaliza dificuldade de se construir argumentos capazes de convencer o leitor acerca do que se pretende apresentar

c ) uma vontade de definir um debate que pode ser realizado por qualquer pessoa, pois não há um ponto de vista defendido

d )uma intenção de trazer o leitor para mais perto da discussão, por meio de uma suposta interlocução

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Inferência Textual
Fonte: Centro de Produção da Universidade do Rio de Janeiro- CEPUERJ 2022 / Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ - RJ / Técnico Universitário - Área: Técnica em
Mecânica / Questão: 2

50. [Q2529265]

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 36/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

_____________________TEXTO V

________O que mais a impressionou no passeio foi a miséria

______geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste,

______abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos

______roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres.

5_____Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não

______eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele

______sapé sinistro /.../. Por que ao redor dessas casas não

______havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil,

______trabalho de horas? /.../ Mesmo nas fazendas, o espetáculo

10___-_não era mais animador. Todas soturnas, baixas, quase

______sem o pomar olente e a horta suculenta. /.../ E todas essas

______questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de

______saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles

______párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome,

15___-_sorumbáticos!...

_________/.../ aproveitou a ocasião para interrogar a respeito o

______tagarela Felizardo.

_________Olga encontrou o camarada cá embaixo, cortando a

______machado as madeiras mais grossas; /.../ Ela lhe falou.

20_______– Bons dias, sá dona.

_________– Então trabalha-se muito, Felizardo?

_________– O que se pode.

_________/.../

_________– É grande o sítio de você?

25_______– Tem alguma terra, sim senhora, sá dona.

_________– Você por que não planta para você?

_________– Quá, sá dona! O que é que a gente come?

_________– O que plantar ou aquilo que a plantação der em

______dinheiro.

30_______– Sá dona tá pensando uma coisa e a coisa é outra.

______Enquanto planta cresce, e então? Quá, sá dona, não é

______assim.

_________/.../

_________– Terra não é nossa... E frumiga?... Nós não tem

35____ferramenta... isso é bom pra italiano ou alamão, que

______governo dá tudo... governo não gosta de nós...

(BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São

Paulo: O Estado de São Paulo / Klick Editora, 1997, p. 97-98.)

Considerando os recursos de organização da narrativa do Texto V, julgue cada afirmativa a seguir como Verdadeira (V) ou Falsa (F).

( ) O emprego do discurso direto permite ao narrador inserir no texto marcas típicas da linguagem coloquial do personagem Felizardo.

( ) As três sentenças interrogativas do 1º parágrafo demonstram o emprego do discurso indireto livre na narrativa.

( ) O emprego do advérbio “cá” (


ℓ.
18) demonstra que o narrador, mesmo sendo observador, faz-se presente na cena narrada no texto.

A partir da análise das afirmativas, é correto concluir que

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 37/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

a )todas estão corretas.

b )todas estão incorretas.

c ) apenas uma está correta.

d )apenas duas estão corretas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Discurso direto
Fonte: Diretoria de Ensino da Aeronáutica - DIRENS - Aeronáutica 2022 / Academia da Força Aérea - AFA AFA - BR / Oficial Aviador / Questão: 46

51. [Q2400728]
Texto 4

A CAUSA DA CHUVA

01 ____ Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns

02 diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma

03 conclusão.

04 ____ – Chove só quando a água cai do teto do meu galinheiro, esclareceu a galinha.

05 ____ – Ora, que bobagem! disse o sapo de dentro da lagoa. Chove quando a água da lagoa

06 começa a borbulhar suas gotinhas.

07 ____– Como assim? disse a lebre. Está visto que chove quando as folhas das árvores começam

08 a deixar cair as gotas d’água que tem dentro.

09 ____Nesse momento começou a chover.

10 ____- Viram? gritou a galinha. O teto do meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!

11____ – Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? disse o sapo.

12____ – Mas, como assim? tornava a lebre. Parecem cegos? Não veem que a água cai das folhas

13 das árvores?

14____ MORAL: Todas as opiniões estão erradas.

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.

Com base no texto 4 e de acordo com a variedade padrão da língua escrita, é correto afirmar que:

a )“uns” (linha 01) e “outros” (linha 02) são pronomes indefinidos que remetem ao grupo de animais que acredita na demora da chuva.

b )em “Não chovia há muitos e muitos meses” (linha 01), a substituição do verbo sublinhado pelo verbo “fazer” requer a flexão de terceira pessoa do plural.

c ) em “Não chovia há muitos e muitos meses” (linha 01), o sujeito da oração é “meses”.

d )“esclareceu” (linha 04), “disse” (linhas 05, 07 e 11) e “gritou” (linha 10) são verbos empregados pelo narrador para marcar a fala das personagens da fábula em
discurso indireto.

e )os termos “logo” (linha 02) e “ainda” (linha 02) são marcadores de tempo e modo, respectivamente.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Narrador > Interpretação de Texto > Discurso indireto
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC 2022 / Universidade Federal de Santa Catarina UFSC - BR / Técnico em Agropecuária / Questão: 9

52. [Q2551996]
A questão (05) refere-se ao texto abaixo.

DIA DA EDUCAÇÃO: ter ensino superior amplia chances de crescimento salarial, revela pesquisa Mercado de trabalho busca profissionais com diploma

Hoje, 28 de abril, é o Dia da Educação. A data convida a sociedade a refletir sobre a importância do tema. Dentre as muitas formas de educar, o consenso atribui a essa
palavra o ato de desenvolver um indivíduo para a formação cidadã.

A longo prazo, a educação é capaz de assegurar oportunidades e competividade na conquista e manutenção de um emprego, com melhores salários e cargos. Para a
pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia da Anhanguera, Camila Fortuna, à medida que a taxa de escolaridade da população aumenta é natural que o
mercado de trabalho também amplie seu nível de exigência na qualificação da mão de obra. “Os cargos disponíveis no mercado de trabalho exigem um diploma de
nível superior. Com isso, a busca por uma carreira estável e bem-sucedida está atrelada à qualificação profissional oferecida em uma faculdade”, afirma.

Estado de Minas, Educação, 28/04/2022. Acesso em 01 mai. 2022 (adaptado).

Considerando o discurso e o tipo e gênero do texto, avalie as assertivas a seguir.


https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 38/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

I- As aspas presentes em “Os cargos disponíveis no mercado de trabalho exigem um diploma de nível superior. Com isso, a busca por uma carreira estável e bem-
sucedida está atrelada à qualificação profissional oferecida em uma faculdade” indicam o discurso de um locutor distinto do autor do texto.

II- O texto mescla, em sua composição, discurso direto e indireto.

III- A notícia publicada no jornal Estado de Minas foi escrita usando, predominantemente, o tipo textual injuntivo.

IV- O gênero notícia tem por objetivo principal refutar uma tese.

Estão corretas apenas as afirmativas


a )I e II.

b )I e III.

c ) III e IV.

d )I, II e IV.

e )II, III e IV.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Notícia > Discurso indireto > Discurso direto > Tipo injuntivo ou instrucional
Fonte: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET/MG - CEFET/MG 2022 / Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET MG - BR / Técnico de
Laboratório - Área:Computação / Questão: 5

53. [Q2360787]
Assinale a alternativa que apresenta discurso indireto.

a )“O homem perguntou aos vizinhos, aos conhecidos, se sabiam de tal cidade. Ninguém sabia. (...) Por fim, perguntou ao seu coração, e seu coração lhe respondeu
que, quando se quer o que ninguém conhece, melhor é ir procurar pessoalmente.” (Marina Colasanti)

b )“O rumor crescia, condensando-se; o zum-zum de todos os dias acentuava-se, já se não destacavam vozes dispersas, mas sim um só ruído compacto que enchia
todo o cortiço.” (Aluísio Azevedo)

c ) “Quando Estêvão a saudou, como quem a conhecia de longo tempo, ela mal pôde retribuir-lhe o cumprimento; em todo o resto da noite não lhe deu palavra.”
(Machado de Assis)

d )“A resposta de Félix foi um sorriso ambíguo, que podia ser benevolente ou malévolo, mas que pareceu não produzir impressão no hóspede.” (Machado de Assis)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto


Fonte: Diretoria de Ensino da Aeronáutica - DIRENS - Aeronáutica 2022 / Escola de Especialistas de Aeronáutica EEAR - BR / EAGS - Sargento da Aeronáutica - Especialidade: Obras /
Questão: 14

54. [Q2131930]
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

No Dia Nacional do Livro, jovem autista comemora seu 4º lançamento em SC; ‘Meu braço como extensão do pensamento dele’, diz mãe

Apenas em 2021, Thor Cugnier Guenther lançou duas obras. Além de escrever, o adolescente ainda ilustrou os livros.

No Dia Nacional do Livro, celebrado nesta sexta-feira (29), um morador de Balneário Camboriú, no Litoral Norte, comemora uma semana do lançamento de sua 4ª
obra. Thor Cugnier Guenther é portador de autismo e escreveu, ao lado da mãe, a história de Kolni, um pequeno humano que cresceu entre animais em um reino na
África do Sul.

Além de autor, o jovem de 17 anos também ilustrou o livro. Essa é a quarta obra escrita pelo catarinense e o segundo lançamento deste ano. “Thor disse que esse é o
livro que ele mais se orgulhou em fazer. E, realmente, o processo foi muito bonito. Fica muito marcado o processo de desenvolvimento do Thor na construção desta
história, já que ela está mais elaborada e o livro é mais denso”, explica Cláudia, a mãe de Thor.

Cláudia, que é fonoaudióloga e mestre em distúrbios da comunicação, conta que a última obra tem como inspiração uma viagem que os dois fizeram em 2019. A mãe
narra que o livro já estava pronto quando Thor pensou que poderia conceber uma música tema para a obra. “Ele desenhou todos os personagens e a história foi
mentalmente elaborada. A partir disso ele começou a contar a história como se fosse um teatro. Eu sou coautora do livro, eu empresto meu braço como extensão do
pensamento dele. Eu coloco no papel aquilo que ele cria, mas não interfiro no que ele constrói”, explica.

A paixão de Thor pelos livros vem de longa data, segundo a mãe. A produção da sua primeira obra foi estimulada após um trabalho escolar. “[A produção dos livros]
tem ajudado cada vez mais em um processo de desenvolvimento que vai além do escrever. Ele escreve, lê, desenha, conta, ilustra, cria. É sempre muito maior do que
só escrever”.

Thor Cugnier Guenther foi criador e ilustrador das obras “O bebê dragão” e “Perdidos no meio do deserto” e participou do processo de ilustração da capa e do livro “O
mundo das letras e dos sons”, de autoria da mãe. No 1° semestre de 2021 lançou “Os dinossauros que mudaram a minha vida” e a obra Kolani, de Kuvuziguet.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 39/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disponível em: https://bityli.com/g0SDJg. Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).

Releia este trecho.

“‘E, realmente, o processo foi muito bonito. Fica muito marcado o processo de desenvolvimento do Thor na construção desta história, já que ela está mais elaborada e
o livro é mais denso’, explica Cláudia.”

Assinale a alternativa que identifica uma marca característica de oralidade no discurso direto citado nesse trecho.

a )Períodos curtos.

b )Substituição de termos técnicos e jargões por lexias de uso comum.

c ) Uso de impessoalidade.

d )Repetição de elementos.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2021 / Prefeitura de Lagoa Santa - MG / Técnico em Saúde Bucal / Questão: 8

55. [Q2071302]
Atenção: Considere a crônica “Vende a casa”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de números 1 a 10.

1.----------O homem falou:

2.----------− Comprei esta casa; vendi-a. No intervalo, passaram-se 21 anos. Aconteceram diferentes coisas nesse intervalo. O ditador caiu, subiu de novo, matou-se. A
bomba atômica explodiu, inventou-se outra bomba ainda mais terrível. Veio a paz, ou uma angústia com esse nome. Apareceram antibióticos, aviões a jato,
computadores eletrônicos. O homem deu a volta ao universo e viu que a terra era azul. Fabricaram-se automóveis no Brasil. Pela rua passam biquínis aos três, aos
quatro, e a geração nova usa rosto novo e nova linguagem. Mas a casa não mudou.

3.---------- Veja esta pérgula. Está cercada de edifícios agressivos, não tem mais razão de ser, mas é uma pérgula. Quem a mandou fazer deu recepções neste terraço, de
onde se descortinavam os morros da Gávea e o mar. Hoje não se vê nada em redor, mas a pérgula é a mesma. O construtor morreu, como o dono primitivo; a pérgula
está viva, com sua buganvília.

4.---------- Esta escada, eu a subia com pernas de gato, nem reparava. Hoje subo contando os degraus que faltam, e, podendo evitar, evito a subida, fico lá embaixo. Ela
deve estar-se rindo de mim, que me cansei depressa.

5.---------- A sala, o pequeno escritório, está vendo? Tudo resistiu mais do que o morador. Não queria acabar, e decerto, chegando a hora, me enterraria. Não usa mais
sair defunto de casa, mas bem que a casa gostaria se, depois de me abrigar tanto tempo, pudesse me expor na sala, prestando mais um serviço. Porque não tem feito
outra coisa senão prestar serviço. Às vezes com ironia ou aparentemente de mau humor: porta empenada, soalho abatido, defeitos na instalação elétrica antiquada.
Porém seu mau humor nunca foi maior do que o meu, que usei e abusei de seus serviços com impaciência e tantas vezes a desprezei, chamando-a feia e desajeitada.

6.---------- Tem goteiras; sempre teve, é um de seus orgulhos, ao que parece. Certa madrugada acordamos com a cachoeira no quarto. Tinham-se rompido umas telhas,
e o mundo parecia vir abaixo, derretido em chuva. Pois não havia nada de mais sólido na terra do que esta velha casa remendada e maltratada. A prova aí está. Você
nos compare, e diga.

7.---------- Ratos? Sim, é próprio do lugar. Baratas, nem me fale. Passamos 21 anos lutando contra bichos pequenos, mas era combate leal, em igualdade de condições.
Eles moravam no porão; nós, na parte de cima. A luta nunca se decidiu, e a casa nos dava chances idênticas. Era seu ingênuo divertimento.

8.---------- Creio que fui feliz aqui. Trouxemos uma menina, que se levantava cedinho para ir ao colégio; ouço ainda o despertador, vozes matutinas, sinto o cheiro de
café coado na hora. Seu quarto é o mesmo, a mesma mobília de sucupira que naquele tempo se usava. O retrato dela, feito por um pintor que já morreu, está ali. Hoje
é uma senhora que mora longe, e uma vez por ano chega com um senhor e três garotos do capeta. É quando a casa fica matinal, ruidosa, fica plenamente casa,
bagunça, festa cheia de gritos. Esses rabiscos na parede, cadeiras remendadas, vidros partidos, está reparando? São das melhores alegrias da casa.

9.---------- Agora temos de fechar e sair; vendi a casa. Será demolida, como todas as casas que restam serão demolidas. Era a única que sobrava nesta quadra; fora do
alinhamento, sua massa barriguda tinha alguma coisa de insolente, de provocativo. Não podia continuar.

10.---------- Isto é, podia. Eu é que entreguei os pontos. Agora veja o que está se passando. Mal assinei a escritura e voltei, começo a sentir-me estranho na casa.
Rompeu-se um laço, mais do que isso, uma fibra. Eu não sabia ao certo o que é uma casa. Agora sei, e estou meio envergonhado.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

Ao se transpor o trecho O homem falou: – Comprei esta casa (1o e 2o parágrafos) para o discurso indireto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:

a )fosse comprada.

b )seria comprada.

c ) teria comprado.

d )compraria.

e )tinha comprado.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Texto Narrativo > Discurso indireto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2021 / Manaus Previdência MANAUSPREVI - AM / Técnico Previdenciário - Área Informática / Questão: 7

56. [Q1880536]
Observe o diálogo:
https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 40/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

— Não posso fazer o relatório agora porque estou muito ocupado, esclareceu Jorge.

— Então me entregue até amanhã, pediu Alice.

Assinale a alternativa que contém a correta transposição do diálogo acima para o discurso indireto.
a )Jorge esclareceu que não podia fazer o relatório naquele momento porque estava muito ocupado. Alice então lhe pediu que entregasse até o dia seguinte.

b )Jorge disse que não ia fazer o relatório nesse momento porque estava muito ocupado. Alice lhe pediu então que entregue até o dia seguinte.

c ) Jorge esclareceu que não poderia fazer o relatório agora porque estou muito ocupado. Alice então lhe pediu que entregasse até amanhã.

d )Jorge disse que não irá fazer o relatório hoje. Estou muito ocupado, disse. Alice então lhe solicitou que entregue até o dia seguinte.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Diretoria de Ensino da Aeronáutica - DIRENS - Aeronáutica 2021 / Escola de Especialistas de Aeronáutica EEAR - BR / Sargento - Especialidade: Topografia / Questão: 37

57. [Q1889007]
Os pais devem consolar o seu filho ou deixar que ele se acalme sozinho? Maria Montessori

nos orienta sobre isso.

01 Vivemos dias de pressa. A sobrecarga de tarefas e o infinito de

02 informação nos fazem cada vez mais distanciados daqueles que amamos e,

03 talvez, até mesmo daquilo que amamos em nós mesmos.

04 Os números alarmantes sobre a depressão e até suicídio de crianças

05 nos faz duvidar do caminho que estamos trilhando, na administração de nossas

06 emoções e das emoções de nossos filhos.

07 Não raro deixamos de lado o choro, as lamúrias, a tristeza dos nossos

08 pequeninos. Para isso, valemo-nos não apenas da desatenção proveniente da

09 pressa, como ainda de conceitos antigos e repetidos ao longo de gerações.

10 Não querer deixar a criança “manhosa”, “mimada”, dando atenção a ela quando

11 chora ou se desestabiliza emocionalmente é uma dessas formas de desprezo.

12 Acerca disso, aqui trouxemos uma reflexão de grande sabedoria da

13 revolucionária pedagoga Maria Montessori:

14 “Alguns pais têm diferentes princípios pedagógicos: não consolam a

15 criança porque sabem por experiência que no final de contas ele vai parar de

16 chorar e se acalmará sozinho. Acham que se intervierem com carícias e

17 carinhos para confortá-lo vai se tornar caprichoso e acabará por tomá-lo por

18 costume, com o único fim de obter atenção com cada birra. Eu respondo que

19 todas as lágrimas sem motivo aparente, começam a aparecer muito antes que

20 a criança possa perceber que com elas pode obter atenção. Essas lágrimas são

21 o indício da angústia que sofre o seu espírito.”

22 Saibamos antever a angústia e o sofrimento dos nossos filhos,

23 acolhendo-os, afagando-os e amando-os de modo especial já nos primeiros

24 indícios da sua tristeza. Essa será a base sólida sobre a qual a sua emoção se

25 fortalecerá e florescerá!

Disponível em https://www.revistapazes.com/os-pais-devem-consolar-os-seus-filhos-ou-deve-deixar-que-ele-se-acalme

sozinho-maria-montessori-nos-orienta-sobre-isso/

Acessado em 3/03/2020

Em Não querer deixar a criança “manhosa”, “mimada”, dando atenção a ela quando chora ou se desestabiliza emocionalmente é uma dessas formas de desprezo
(linhas 10 e 11), as aspas foram empregadas para destacar

a )discurso direto.

b )discurso indireto.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 41/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

c ) sentido denotativo.
d )sentido conotativo

e )linguagem coloquial.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Pontuação > Emprego dos sinais de pontuação > Discurso indireto livre (misto) > Discurso direto > Discurso
indireto > Interpretação de Texto > Linguagem Informal, popular, coloquial e vulgar > Tipos de discurso narrativo > Uso das aspas
Fonte: Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP 2021 / Câmara de Marabá Camara de Maraba - PA / Técnico em Tradução e Interpretação de Libras / Questão:
9

58. [Q1879897]
Para responder as questões de 1 a 6, leia o texto o “Cobrança” de Moacyr Scliar.

“Cobrança”

Moacyr Scliar.

asdasdEla abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes:
“Aqui mora uma devedora inadimplente”.

asdasd— Você não pode fazer isso comigo — protestou ela.

asdasd— Claro que posso — replicou ele. — Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar,
você não pagou.

asdasd— Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...

asdasd— Já sei — ironizou ele. — Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu?
Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.

asdasd— Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...

asdasd— Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha
paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este cartaz, até você saldar sua dívida.

asdasdNeste momento começou a chuviscar.

asdasd— Você vai se molhar — advertiu ela. — Vai acabar ficando doente.

asdasdEle riu, amargo:

asdasd— E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.

asdasd— Posso lhe dar um guarda-chuva...

asdasd— Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.

asdasdEla agora estava irritada:

asdasd— Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.

asdasd— Sou seu marido — retrucou ele — e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não
ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça?
Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.

asdasdChovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa,
carregando o seu cartaz.

In: O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.

© by herdeiros de Moacyr Scliar.

Na narrativa “Cobrança” verifica-se que o autor optou pelo discurso direto, estrutura muito utilizada em crônicas. Qual alternativa corrobora essa afirmação?

a )Durante a narrativa há uma intensa identidade entre narrador e personagem.

b )O narrador absorve na sua linguagem a fala dos personagens e, assim, expõe seu sentimento.

c ) O narrador reproduz textualmente as palavras, as falas e as características dos personagens.

d )O narrador coloca-se na condição de intermediário durante o diálogo entre os personagens principais, expondo seu ponto de vista.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto > Discurso direto > Texto Narrativo
Fonte: CRS - Polícia Militar de Minas Gerais - CRS - PMMG 2021 / Polícia Militar de Minas Gerais PM MG - MG / Técnico em Farmácia / Questão: 2

59. [Q2142588]
INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir, para responder às questões de 1 a 11.

TEXTO I

ICMS cultural: como o imposto que você paga ajuda a restaurar igrejas

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 42/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Programa de destinação de recursos para o patrimônio cultural completa 25 anos ajudando a preservar templos, outros bens históricos e práticas consagradas entre
mineiros

Na terra do escritor mineiro Guimarães Rosa (1908- 1967), autor de Grande sertão: veredas, a Capela de Santo Antônio, no distrito de Lagoa Bonita, a 14 quilômetros
do Centro de Cordisburgo, na Região Central de Minas, prima pelo restauro. O templo do século 18 está preservado, livre de goteiras e com pintura nova, e o trabalho
se deu “graças aos recursos do ICMS do Patrimônio Cultural”, informa a secretária municipal de Cultura, Turismo, Ecologia, Meio Ambiente e Agricultura, Rachel
Barbosa Oliveira. “Se não fosse o repasse, a prefeitura não teria como arcar com os gastos da obra, pois o templo estava bem degradado”, afirma a secretária. O
serviço totalizou R$ 800 mil.

O exemplo de Cordisburgo se reflete na maioria das cidades mineiras, pois o recurso do ICMS do Patrimônio Cultural, que completa 25 anos, é fundamental para
garantir a integridade dos bens – só no período de 2015 a 2019, o valor repassado aos municípios foi de R$ 450 milhões. De acordo com os dados enviados ao Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), gestor do programa, em 2018, cerca de R$ 30 milhões foram investidos em conservação,
restauração, promoção do patrimônio cultural e também em projetos de educação patrimonial em diversas localidades do estado. Do total, mais de R$ 9 milhões
foram usados pelas municipalidades para apoiar aproximadamente 1,2 mil ações de salvaguarda do patrimônio imaterial.

Conforme levantamento do Iepha, dos 853 municípios mineiros, cerca de 700 cidades já têm legislação própria de proteção ao patrimônio cultural. Como
consequência, o estado já soma quase 5 mil bens culturais materiais e imateriais reconhecidos, presentes em todas as regiões. Por meio de documentação enviada
pelos agentes públicos municipais, o Iepha analisa e pontua cada município pelas ações promovidas em defesa do patrimônio cultural. Somente este ano, o órgão
estadual recebeu, para análise, documentos de quase 700 municípios. A pontuação é informada pelo Iepha à Fundação João Pinheiro, que calcula os valores a serem
repassados mensalmente às prefeituras participantes, em virtude da Lei 18.030/2009, que determina os critérios para distribuição da cota-parte do ICMS em Minas
Gerais, incluindo o critério patrimônio cultural.

Solidez

De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, os 25 anos do programa reafirmam a solidez das políticas públicas geridas pela
instituição. “O ICMS Patrimônio Cultural, além de ser a única iniciativa desse tipo no país, é uma importante ferramenta de fomento à política patrimonial em Minas.
Os 25 anos desse programa são muito mais do que uma celebração. A data marca a força da política pública patrimonial no nosso estado, ao mesmo tempo em que
nos lembra da importância de se investir em ações que preservem a memória e a história do povo mineiro”.

Para a presidente do Iepha, MicheleArroyo, a celebração dos 25 anos do programa ICMS Patrimônio Cultural é uma oportunidade para avaliação da importância da
continuidade e permanência de ações de fomento às políticas públicas. “Essa ação contínua implementada pelo Iepha durante todos esses anos consolidou em nosso
estado a mais relevante rede de articulação de ações de conhecimento, proteção e salvaguarda do patrimônio cultural no país”, ressalta.

Ainda segundo Michele, além da distribuição de uma média de R$ 90 milhões ao ano para mais de 800 municípios mineiros, o estado e as prefeituras construíram
juntos uma importante rede de política pública participativa com a existência de conselhos, fundos e um acervo de quase 5 mil bens culturais, materiais e imateriais
protegidos. “Como muitos desafios já enfrentados ao longo desses anos, queremos também aumentar o percentual de repasse, criar ferramentas para facilitar a
apresentação de informações e a análise do ICMS. Para isso, buscamos ampliar mecanismos de formação e apoio aos gestores municipais e, sobretudo, fortalecer as
práticas de gestão compartilhada. Dessa maneira, essas ações fomentam as cadeias produtivas da cultura e do patrimônio, através do apoio às comunidades e
coletivos com a integração às políticas voltadas para o incremento do turismo no estado”.

Apoio

Ao longo de todo o ano, são realizadas ações pelo Iepha para orientar e auxiliar os gestores na condução das políticas públicas municipais de preservação. A diretora
de promoção do Iepha, Clarice Libânio, explica que os dados relativos ao trabalho executado pelos municípios em 2019 ainda estão em fase de análise. “Mesmo
diante da pandemia e do isolamento social causados pelo novo coronavírus, a documentação enviada pelos municípios participantes do programa ao Iepha está
sendo analisada normalmente pelos técnicos, em regime de teletrabalho, desde 19 de março.”, afirma. A diretora ainda ressalta que já foram enviadas orientações aos
municípios a respeito das ações a serem realizadas no atual ano de ação e preservação, em caráter excepcional, entre as quais se destaca o curso ICMS Patrimônio
Cultural on-line, que substituirá os encontros presenciais da 10ª Rodada Regional do Patrimônio, impedida de ser realizada devido à pandemia.

Bens protegidos

• Minas tem 4.414 bens materiais protegidos, sendo 212 em esfera federal, 148 em esfera estadual e 4.054 nas esferas municipais.

• Os bens imateriais registrados somam 621, sendo quatro protegidos pela esfera federal, sete pela esfera estadual e 610 pelas esferas municipais.

• Quase R$ 11 milhões foram investidos pelos municípios na conservação de bens tombados e inventariados, sendo cerca de R$ 9 milhões em restauração de bens
tombados e inventariados e aproximadamente R$ 750 mil na promoção de bens tombados e inventariados e ações de educação para o patrimônio.

• Mais de R$ 9 milhões foram empregados em ações de salvaguarda dos bens imateriais.

Disponível em: https://cutt.ly/4mqo8e7. Acesso em: 25 jun. 2021 (adaptado). Matéria publicada em 8 jul. 2020.
Releia este trecho:

O templo do século 18 está preservado, livre de goteiras e com pintura nova, e o trabalho se deu “graças aos recursos do ICMS do Patrimônio Cultural” [...]

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 43/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Nessa ocorrência, as aspas indicam


a )discurso direto.

b )discurso indireto.

c ) discurso direto livre.

d )discurso indireto livre.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2021 / Prefeitura de Itapecerica - MG / Agente Comercial / Questão: 3

60. [Q1790320]
Leia o texto abaixo e responda as questões 1 a 10.

Por que temos sobrenomes?

Houve um tempo em que as pessoas tinham apenas um nome.

Já imaginou a confusão?

Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer aos romanos por isso. Foi esse povo que há mais de dois mil anos ergueu um
império com a conquista de boa parte das terras banhadaspelo Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram aideia de juntar ao nome comum, ou prenome (do
latim praenomen), um nome (ou nomen). Por quê? Porque o Império Romano crescia e eles precisavam indicar o clã a que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha
nascido. Com a decadência do Império Romano, essa prática foi se enfraquecendo até que, na Idade Média, os sobrenomes caíram em desuso e as pessoas passaram
a serchamadas apenas pelo seu prenome. Eu, por exemplo, seria apenas Raquel nessa época. Que grande confusão isso deveria causar, não é mesmo? Imagine
quantas outras pessoas com o nome “Raquel” não deviam existir? Por isso mesmo, os sobrenomes voltaram a ser usados e passaram a ser obrigatórios no século 11.
Assim não tinha mais como confundir uma Raquel Pereira com uma Raquel Valença, e isso era muito importante na hora de cobrar impostos das pessoas certas e
evitar casamentos entre pessoas da mesma família. Novamente, os sobrenomes não foram inventados do nada. Os homens passaram a escolher sobrenomes que
tinham a ver com o seu local de origem – Coimbra é um caso destes – ou paraconfirmar o parentesco – o sobrenome Fernandes, porexemplo, significa ‘filho do
Fernando’. Outros escolheram sobrenomes que se referiam a características físicas e de personalidade, como Louro, Calvo e Severo. Também houve aqueles que
adotaram sobrenomes ligados a atividades desenvolvidas pela família, como é o caso de Ferreira que, provavelmente, é uma referência à profissão de ferreiro. O
costume de usar sobrenomes se mostrou muito útil, foi se espalhando pela Europa, pelas colônias europeias e, depois, pelo mundo. Hoje não dá mais para imaginar
alguém sem sobrenome, está na carteira de identidade, na ficha que preenchemos na matrícula da escola e em tantos outros documentos importantes, é ou não é?

Raquel Teixeira Valença

Disponível em: http://chc.org.br/por-que-temossobrenomes/.

“Eles tiveram a ideia de juntar ao nome comum, ou prenome (do latim praenomen), um nome (ou nomen).”A frase acima refere-se ao:

a )Discursos direto.

b )Discurso indireto.

c ) Discurso indireto livre.

d )Nenhuma das alternativas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Interpretação de Texto > Discurso direto > Discurso indireto > Discurso indireto
livre (misto)
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de São Bento do Sul - SC / Atendente Educativo / Questão: 6

61. [Q2017182]
Assinale a alternativa que apresenta uma correta correspondência entre a pessoa do discurso que se evidencia no verbo grifado e o que está indicado entre os
parênteses.

a )Sabemos que passamos a maior parte dos nossos dias, dentro de uma organização, ou seja, sobra pouco tempo para outras atividades! (1ª PESSOA)

b )Não pude viajar em função da pandemia por duas vezes e não permitem que eu altere para novas datas! (3ª PESSOA)

c ) Tens vindo muito por aqui? (3ª PESSOA)

d )Na China, por exemplo, fala-se em "transmissão sustentada" ou "comunitária". (2ª PESSOA)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto > Discurso direto > Discurso indireto
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de São Bento do Sapucaí - SP / Escriturário / Questão: 10

62. [Q1789644]
Leia o texto abaixo e responda as questões 1 a 10.

Por que temos sobrenomes?

Houve um tempo em que as pessoas tinham apenas um nome.


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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Já imaginou a confusão?

Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um

sobrenome e temos de agradecer aos romanos por isso. Foi

esse povo que há mais de dois mil anos ergueu um império

com a conquista de boa parte das terras banhadas pelo

Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram aideia

de juntar ao nome comum, ou prenome (do latim

praenomen), um nome (ou nomen). Por quê? Porque o

Império Romano crescia e eles precisavam indicar o clã

que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido.

Com a decadência do Império Romano, essa prática foi se

enfraquecendo até que, na Idade Média, os sobrenomes

caíram em desuso e as pessoas passaram a serchamadas

apenas pelo seu prenome. Eu, por exemplo, seria apenas

Raquel nessa época. Que grande confusão isso deveria

causar, não é mesmo? Imagine quantas outras pessoas

com o nome “Raquel” não deviam existir? Por isso mesmo,

os sobrenomes voltaram a ser usados e passaram a ser

obrigatórios no século 11. Assim não tinha mais como

confundir uma Raquel Pereira com uma Raquel Valença,

e isso era muito importante na hora de cobrar impostos das

pessoas certas e evitar casamentos entre pessoas da

mesma família. Novamente, os sobrenomes não foram

inventados do nada. Os homens passaram a escolher

sobrenomes que tinham a ver com o seu local de origem –

Coimbra é um caso destes – ou para confirmar o parentesco

– o sobrenome Fernandes, por exemplo, significa ‘filho do

Fernando’. Outros escolheram sobrenomes que se referiam

a características físicas e de personalidade, como Louro,

Calvo e Severo. Também houve aqueles que adotaram

sobrenomes ligados a atividades desenvolvidas pela

família, como é o caso de Ferreira que, provavelmente, é

uma referência à profissão de ferreiro. O costume de usar

sobrenomes se mostrou muito útil, foi se espalhando pela

Europa, pelas colônias europeias e, depois, pelo mundo.

Hoje não dá mais para imaginar alguém sem sobrenome,

está na carteira de identidade, na ficha que preenchemos

na matrícula da escola e em tantos outros documentos

importantes, é ou não é?

Raquel Teixeira Valença

Disponível em: http://chc.org.br/por-que-temossobrenomes/.


“Eles tiveram a ideia de juntar ao nome comum, ou prenome (do latim praenomen), um nome (ou nomen).”A frase acima refere-se ao:

a )Discursos direto

b )Discurso indireto.

c ) Discurso indireto livre.

d )Nenhuma das alternativas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto > Discurso
indireto
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de São Bento do Sul - SC / Secretário de Escola / Questão: 6

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

63. [Q1887041]
Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões de 01 a 10.

Os pais devem consolar o seu filho ou deixar que ele se acalme sozinho? Maria Montessori nos orienta sobre isso.

1. ____Vivemos dias de pressa. A sobrecarga de tarefas e o infinito de


2. informação nos fazem cada vez mais distanciados daqueles que amamos e,
3. talvez, até mesmo daquilo que amamos em nós mesmos.
4. ____Os números alarmantes sobre a depressão e até suicídio de crianças
5. nos faz duvidar do caminho que estamos trilhando, na administração de nossas
6. emoções e das emoções de nossos filhos.
7. ____Não raro deixamos de lado o choro, as lamúrias, a tristeza dos nossos
8. pequeninos. Para isso, valemo-nos não apenas da desatenção proveniente da
9. pressa, como ainda de conceitos antigos e repetidos ao longo de gerações.
10. Não querer deixar a criança “manhosa”, “mimada”, dando atenção a ela quando
11. chora ou se desestabiliza emocionalmente é uma dessas formas de desprezo.
12. ____Acerca disso, aqui trouxemos uma reflexão de grande sabedoria da
13. revolucionária pedagoga Maria Montessori:
14. ____“Alguns pais têm diferentes princípios pedagógicos: não consolam a
15. criança porque sabem por experiência que no final de contas ele vai parar de
16. chorar e se acalmará sozinho. Acham que se intervierem com carícias e
17. carinhos para confortá-lo vai se tornar caprichoso e acabará por tomá-lo por
18. costume, com o único fim de obter atenção com cada birra. Eu respondo que
19. todas as lágrimas sem motivo aparente, começam a aparecer muito antes que
20. a criança possa perceber que com elas pode obter atenção. Essas lágrimas são
21. o indício da angústia que sofre o seu espírito.”
22. ____Saibamos antever a angústia e o sofrimento dos nossos filhos,
23. acolhendo-os, afagando-os e amando-os de modo especial já nos primeiros
24. indícios da sua tristeza. Essa será a base sólida sobre a qual a sua emoção se
25. fortalecerá e florescerá!

Disponível em https://www.revistapazes.com/os-pais-devem-consolar-os-seus-filhos-ou-deve-deixar-que-ele-se-acalmesozinho-maria-montessori-nos-orienta-
sobre-isso/ Acessado em 3/03/2020

Em Não querer deixar a criança “manhosa”, “mimada”, dando atenção a ela quando chora ou se desestabiliza emocionalmente é uma dessas formas de desprezo
(linhas 10 e 11), as aspas foram empregadas para destacar

a )discurso direto.

b )discurso indireto.

c ) sentido denotativo.

d )sentido conotativo.

e )linguagem coloquial.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Sentido conotativo, figurado ou metafórico > Discurso indireto > Interpretação de
Texto > Texto Narrativo > Linguagem Informal, popular, coloquial e vulgar > Discurso direto
Fonte: Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP 2021 / Câmara de Marabá Camara de Maraba - PA / Técnico Legislativo / Questão: 9

64. [Q2240356]
Leia o texto abaixo e responda as questões de 01 a 10:

..

O homem trocado

...

O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.

- Tudo perfeito

- diz a enfermeira, sorrindo.

- Eu estava com medo desta operação...

- Por quê? Não havia risco nenhum.

- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...

E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que
nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois o
pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.

- E o meu nome? Outro engano.

- Seu nome não é Lírio?

- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...

Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O
computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.

- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.

- O senhor não faz chamadas interurbanas?

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

- Eu não tenho telefone!

Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.

- Por quê?

- Ela me enganava.

Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:

- O senhor está desenganado.

Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.

- Se você diz que a operação foi bem...

A enfermeira parou de sorrir.

- Apendicite? - perguntou, hesitante.

- É. A operação era para tirar o apêndice.

- Não era para trocar de sexo?

....

..

Luis Fernando Verissimo

...Disponível em: http://files.jornalagito.webnode.com.br/200000103- 7b0077b18a/Comedias%20pra%20ler%20na%20escola.p df.


“O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.

- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.

- Eu estava com medo desta operação...

- Por quê? Não havia risco nenhum.

- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...”

No trecho acima , há a presença de

a )Discurso indireto e direto.

b )Discurso direto apenas.

c ) Discurso indireto apenas.

d )Nenhuma das alternativa.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Discurso indireto
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de Sant'ana do Livramento Prefeitura de Sant Ana do Livramento - RS / Secretário de Escola / Questão: 3

65. [Q2402077]
TEXTO I

Por que a bolha da maconha legal do Canadá

estourou

Quando o Canadá legalizou a maconha, cerca de um ano atrás, a disputa para entrar no recém-criado mercado, que envolveu investidores como o rapper Snoop Dogg
e um ex-chefe da polícia de Toronto, foi apelidada pela imprensa de “corrida verde”.

Mas, assim como na corrida pelo ouro nos anos 1850, o brilho desvaneceu, e investidores acabaram comendo poeira. Para completar, a despeito da legalização,
muitos canadenses ainda compram maconha no mercado negro.

“Não era preciso ser um especialista para reconhecer que essas transações (financeiras envolvendo a maconha) estavam baseadas em fantasia”, diz Jonathan Rubin,
CEO da New Leaf Data Services.

Com décadas de experiência no mercado de commodities de energia, Rubin viu a legalização da Cannabis em Estados como Colorado e Califórnia, nos EUA, e depois
no Canadá, como oportunidade única para estrear em uma nova commodity.

“Tive uma epifania de que essa iria ser uma commodity como qualquer outra”, ele disse à BBC. Ou seja: para ele, o preço da Cannabis no atacado flutuaria como o
valor do trigo ou do porco.

Por isso, em vez de investir no produto em si, Rubin começou a New Leaf para rastrear o preço da Cannabis nos Estados onde era legal. Investidores e outras pessoas
do setor pagam pelo acesso a esses dados.

Esse modelo de negócios deu a Rubin um ponto de vista interessante de como o mercado se desenvolveu. No Canadá, diz, ele decepcionou.

“Não houve o crescimento em vendas e os ganhos imaginados”, afirmou ele. “Não quero dizer que é um fracasso, mas definitivamente houve decepções.”

Os preços no atacado caíram cerca de 17% desde que a New Leaf começou a rastrear os dados, o que manteve as margens de lucro apertadas para os produtores.

As vendas também desaceleraram, de acordo com o Statistics Canada.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Isso causou uma montanha-russa nos preços das ações de empresas de capital aberto no mercado de Cannabis.

Em maio de 2018, a produtora canadense Canopy Growth ganhou as manchetes quando se tornou a primeira empresa de maconha a ser listada na Bolsa de Valores
de Nova York.

Seis meses depois, o preço de suas ações havia dobrado, atingindo US$ 52,03.

Agora, os papéis voltaram ao patamar original — e os concorrentes da Canopy sofreram perdas igualmente drásticas.

Problemas de crescimento

Os sinais de problemas surgiram logo no início. Quando a maconha foi legalizada, em 17 de outubro de 2018, não havia oferta suficiente para atender a demanda.

Longas filas e pedidos atrasados atormentavam os consumidores. Os produtores não tinham certeza de quais tipos seriam mais populares em que lugares, e os
problemas na cadeia de distribuição ainda estavam sendo resolvidos.

“Tentamos entender quais tipos deveríamos cultivar, em quais formatos e quantidades [...]. Fizemos um ótimo trabalho, mas não acertamos em tudo”, diz Rade
Kovacevic, presidente da Canopy.

Uma colcha de retalhos de leis locais canadenses também tornou o acesso dos consumidores aos produtos mais difícil. Embora seja fácil comprar maconha em
algumas regiões, em outras as lojas físicas são escassas e distantes entre si.

Isso acontece especialmente em Ontário, a província mais populosa do Canadá. A burocracia e o limite no número de pontos de venda de maconha tornaram a
implementação lenta. Apenas 24 licenças de varejo e todas foram concedidas (por loteria) para atender a uma população de 14,5 milhões.

E, onde antes havia escassez, agora há muito produto disponível, em parte por causa da falta de pontos de venda.

Em setembro de 2019, os canadenses compraram 11.707 kg de Cannabis seca no Canadá. Mas os produtores tinham um total de cerca de 165.000 kg de produtos
acabados e inacabados prontos para venda — mais que o suficiente para atender a demanda por um ano inteiro.

Kovacevic atribui muitos dos problemas de sua empresa a dificuldades no varejo em Ontário.

“Acho que a falta de continuidade dos pontos de venda em todo o país atrasou a transição do mercado negro para o mercado legal”, afirma. “Foi um desafio.”

Mercado negro prosperando

Quando o governo anunciou a decisão de legalizar a maconha, uma de suas principais motivações era reduzir o mercado negro.

Mas o Statistics Canada, que mede as estatísticas do país, estima que cerca de 75% dos usuários de maconha ainda usam Cannabis ilegal.

“Há uma resistência muito forte a lojas legais porque a) são mais caras e b) não há suficientes. As lojas não estão perto das pessoas, que então decidem continuar
comprando com o seu ‘cara’ de sempre”, diz Robin Ellis, cofundador da varejista de Toronto The Friendly Stranger e ativista da legalização da maconha.

Havia apenas cinco lojas de varejo abertas em Toronto em 2019, e todas estavam concentradas no centro da cidade, o que significava que muitas pessoas tinham que
dirigir quilômetros se quisessem comprar maconha legal.

Além disso, a maconha legal também é muito mais cara.

O preço de varejo da Cannabis legal aumentou, de 9,82 dólares canadenses por grama em outubro de 2018 para 10,65 dólares canadenses por grama em julho,
segundo o Statistics Canada.

Enquanto isso, o preço do grama ilegal caiu de 6,51 para 5,93 dólares canadenses.

Legalizar a maconha

Talvez uma das razões pelas quais as vendas tenham sido fracas para os produtores seja que, ao contrário do que alguns especialistas em saúde temiam, a legalização
da maconha não transformou todos em maconheiros.

No ano passado, a porcentagem de canadenses que consumiam maconha cresceu de 14% para 17%.

Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-50935153>. Acesso em: 5 jan. 2020 (Adaptação).

INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder às questões 8 e 9.

TEXTO II

Venda de Cannabis no Canadá em quilos

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 48/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-50935153>. Acesso em: 5 jan. 2020.


Analise as afirmativas a seguir.

I. O texto I faz uso de dados estatísticos, argumento de autoridade e discurso direto.

II. O texto II utiliza linguagem verbal, multimodalidade e concisão nas informações.

III. Os textos I e II são de gêneros textuais (notícia e infográfico) pertencentes ao universo jornalístico, sendo utilizados apenas nesse ambiente.

Estão corretas as afirmativas

a )I e II, apenas.

b )I e III, apenas.

c ) II e III, apenas.

d )I, II e III.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Testemunho de autoridade > Concisão > Linguagem verbal e não verbal > Discurso direto > Dados estatísticos
Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2021 / Câmara de Uberlândia Camara de Uberlandia - MG / Oficial Legislativo / Questão: 9

66. [Q2103939]
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

No Dia Nacional do Livro, jovem autista comemora seu 4º lançamento em SC; ‘Meu braço como extensão do pensamento dele’, diz mãe

Apenas em 2021, Thor Cugnier Guenther lançou duas obras. Além de escrever, o adolescente ainda ilustrou os livros.

No Dia Nacional do Livro, celebrado nesta sexta-feira (29), um morador de Balneário Camboriú, no Litoral Norte, comemora uma semana do lançamento de sua 4ª
obra. Thor Cugnier Guenther é portador de autismo e escreveu, ao lado da mãe, a história de Kolni, um pequeno humano que cresceu entre animais em um reino na
África do Sul.

Além de autor, o jovem de 17 anos também ilustrou o livro. Essa é a quarta obra escrita pelo catarinense e o segundo lançamento deste ano. “Thor disse que esse é o
livro que ele mais se orgulhou em fazer. E, realmente, o processo foi muito bonito. Fica muito marcado o processo de desenvolvimento do Thor na construção desta
história, já que ela está mais elaborada e o livro é mais denso”, explica Cláudia, a mãe de Thor.

Cláudia, que é fonoaudióloga e mestre em distúrbios da comunicação, conta que a última obra tem como inspiração uma viagem que os dois fizeram em 2019. A mãe
narra que o livro já estava pronto quando Thor pensou que poderia conceber uma música tema para a obra. “Ele desenhou todos os personagens e a história foi
mentalmente elaborada. A partir disso ele começou a contar a história como se fosse um teatro. Eu sou coautora do livro, eu empresto meu braço como extensão do
pensamento dele. Eu coloco no papel aquilo que ele cria, mas não interfiro no que ele constrói”, explica.

A paixão de Thor pelos livros vem de longa data, segundo a mãe. A produção da sua primeira obra foi estimulada após um trabalho escolar. “[A produção dos livros]
tem ajudado cada vez mais em um processo de desenvolvimento que vai além do escrever. Ele escreve, lê, desenha, conta, ilustra, cria. É sempre muito maior do que
só escrever”.

Thor Cugnier Guenther foi criador e ilustrador das obras “O bebê dragão” e “Perdidos no meio do deserto” e participou do processo de ilustração da capa e do livro “O
mundo das letras e dos sons”, de autoria da mãe. No 1° semestre de 2021 lançou “Os dinossauros que mudaram a minha vida” e a obra Kolani, de Kuvuziguet.

Disponível em: https://bityli.com/g0SDJg.

Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).

Releia este trecho.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 49/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

“‘E, realmente, o processo foi muito bonito. Fica muito marcado o processo de desenvolvimento do Thor na construção desta história, já que ela está mais elaborada e
o livro é mais denso’, explica Cláudia.”

Assinale a alternativa que identifica uma marca característica de oralidade no discurso direto citado nesse trecho.
a )Períodos curtos.

b )Substituição de termos técnicos e jargões por lexias de uso comum.

c ) Uso de impessoalidade.

d )Repetição de elementos.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2021 / Prefeitura de Lagoa Santa - MG / Cargos de Nível Médio / Questão: 8

67. [Q2912562]
Para responder as questões de 1 a 6, leia o texto “Cobrança” de Moacyr Scliar.

Cobrança

Moacyr Scliar

Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes:
“Aqui mora uma devedora inadimplente”.

— Você não pode fazer isso comigo — protestou ela.

— Claro que posso — replicou ele. — Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar,
você não pagou.

— Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...

— Já sei — ironizou ele. — Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu?
Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.

— Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...

— Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha
paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este cartaz, até você saldar sua dívida.

Neste momento começou a chuviscar.

— Você vai se molhar — advertiu ela. — Vai acabar ficando doente.

Ele riu, amargo:

— E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.

— Posso lhe dar um guarda-chuva...

— Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.

Ela agora estava irritada:

— Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.

— Sou seu marido — retrucou ele — e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não
ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça?
Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.

Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa,
carregando o seu cartaz.

In: O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001. © by herdeiros de Moacyr Scliar.

Na narrativa “Cobrança” verifica-se que o autor optou pelo discurso direto, estrutura muito utilizada em crônicas. Qual alternativa corrobora essa afirmação?

a )Durante a narrativa há uma intensa identidade entre narrador e personagem.

b )O narrador absorve na sua linguagem a fala dos personagens e, assim, expõe seu sentimento.

c ) O narrador reproduz textualmente as palavras, as falas e as características dos personagens.

d )O narrador coloca-se na condição de intermediário durante o diálogo entre os personagens principais, expondo seu ponto de vista.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: CRS - Polícia Militar de Minas Gerais - CRS - PMMG 2021 / Polícia Militar de Minas Gerais PM MG - MG / Oficial - Área: Armeiro / Questão: 2

68. [Q2135940]

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 50/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Atenção: Para responder às questões de números 01 a 11, considere o texto abaixo.

1 ___Amélia, 80, interrompe sonho de ter vaga na universidade para comprar geladeira. Amélia Pires fará 80 anos em 6 de dezembro um pouco mais distante de seu
sonho. Há anos faz o exame vestibular para o curso de administração.

2 ___Mas este ano teve de desistir. A geladeira estava imprestável, e o dinheiro da inscrição − ajuda de um sobrinho − foi usado para pagar a prestação de uma nova.
(Cotidiano, 24 de novembro de 2008)

3 ___Não foi uma decisão fácil, como se pode imaginar. Curso de administração ou geladeira? A favor de ambas as coisas, o curso e a geladeira, havia argumentos.

4 ___O curso era algo com que sonhava havia muito tempo, desde jovem, para dizer a verdade. Primeiro, porque era uma fervorosa admiradora da atividade em si, da
administração. Organizar as coisas, fazer com que funcionem, levar uma empresa ao sucesso, mesmo em épocas de crise, sobretudo em épocas de crise, parecia-lhe
um objetivo verdadeiramente arrebatador. Com o curso, ela poderia tornar-se, mesmo com idade avançada, numa daquelas dinâmicas executivas cuja foto via em
jornais e em revistas.

5 ___Mas a geladeira... A verdade é que ela precisava de uma geladeira nova. A antiga estava estragada, e tão estragada que o homem do conserto a aconselhara a
esquecer “aquele traste” e partir para algo mais moderno. E isso precisava ser feito com urgência: todos os dias estava jogando fora comida que estragara por causa
do inconfiável eletrodoméstico.

6 ___Era o curso ou a geladeira. Era apostar no futuro ou resolver os problemas do presente. Ou se inscrevia na universidade ou pagava a prestação na loja: tinha de
escolher. Dilema penoso. Durante duas noites não dormiu, fazendo a si própria cálculos e ponderações. “Faça o curso”, sussurrava-lhe ao ouvido uma vozinha, “você
será outra pessoa, uma pessoa com conhecimento, com dignidade, uma pessoa que todos respeitarão”. E aí intervinha outra vozinha: “Deixe de bobagens, querida.
Geladeira é comida, e comida é o que importa. Como é que você vai se alimentar se a comida continuar estragando desse jeito? Seja prática.” Duas vozinhas. Anjinho e
diabinho? Nesse caso, qual era a voz do anjinho, qual a do diabinho? Mistério.

7 ___Na manhã do terceiro dia sentiu um mau cheiro insuportável, vindo da cozinha. Foi até lá, abriu a geladeira e, claro, era a carne que simplesmente tinha
apodrecido.

8 ___Foi a gota d’água. Vestiu-se, foi até a loja, e comprou a geladeira nova. Que lhe foi entregue naquele mesmo dia. Era uma bela geladeira, com muitos dispositivos
que ela mal conhecia. “Vou ter de fazer um curso para aprender a operar essa coisa”, disse ao homem da entrega. Ele concordou: “Sempre é bom fazer cursos”.

9 ___Instalada a geladeira, ela tratou de colocar ali os alimentos e as bebidas. Foi então que encontrou a garrafa de champanhe. O champanhe que tinha comprado
para celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade. Suspirou. O que fazer com aquilo, agora? Dar de presente para o sobrinho que a ajudara com o dinheiro
da inscrição?

10 ___Resolveu guardar a garrafa. Bem no fundo da geladeira. Um dia ela ainda ingressaria no curso de administração, um dia brindaria a seu futuro. Era só questão
de esperar. Sem medo: uma boa geladeira conserva qualquer champanhe.

(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. “O futuro na geladeira”. Folha de S.Paulo, 01.12.2008)

Mantendo o sentido original, o trecho “Faça o curso”, sussurrava-lhe ao ouvido uma vozinha (6o parágrafo) assume a seguinte redação em discurso indireto: Uma
vozinha

a )sussurrou-lhe ao ouvido: − Faça o curso.

b )sussurrava-lhe ao ouvido que fizesse o curso.

c ) que lhe sussurrava ao ouvido disse que fará o curso.

d )ao sussurrar-lhe ao ouvido disse que fizera o curso.

e )sussurrava-lhe ao ouvido: que faça o curso.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reescrita de frases e parágrafos do texto > Equivalência, substituição, reorganização e transformação de
palavras ou trechos do texto > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2021 / Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ SC - SC / Técnico Judiciário Auxiliar / Questão: 8

69. [Q2723345]
Leia atentamente o trecho destacado de Numa e a ninfa e o compare às declarações de I a III. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA.

Era a política, era Campelo a garantir-lhe a impunidade e, mais alto, os protetores de Campelo dando a este mão forte e prestígio... Se o Estado é uma coação
organizada, essa coação cessava por abdicação do próprio Estado... Era o ruir de tudo... Onde nos levaria tudo isso?... A sua colaboração não seria criminosa? Tinha
direito perante a sua própria consciência de contribuir para semelhante ruína? Sentiu perfeitamente que esse afrouxamento da lei e da autoridade tinha por fim
recrutar dedicações aos ambiciosos antipáticos à opinião. A coação legal do Estado fizera-se, para uma mascarada eleitoral, ameaça de valentão...

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 51/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

I. O narrador usa o discurso direto para se distanciar da personagem.

II. O discurso indireto é usado unicamente para explicitar ao leitor as certezas da personagem.

III. O uso do discurso indireto livre não é evidenciado pela falta de referência direta aos pensamentos da personagem.
a )apenas I é verdadeira.

b )apenas II é verdadeira.

c ) apenas I e II são falsas.

d )apenas III é falsa.

e )todas são falsas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto > Sentidos do texto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto) > Discurso direto
Fonte: Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA 2021 / Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA - BR / Engenheiro / Questão: 19

70. [Q2510976]
Leia o texto para responder às questões 6, 7 e 8.

7 de Setembro: grupos bolsonaristas se dividem entre euforia e frustração com manifestações

Membros de grupos bolsonaristas no Telegram tiveram reações variadas às manifestações pró-governo deste Sete de Setembro.

Enquanto alguns exaltaram os atos e se disseram esperançosos com atitudes que poderiam ser tomadas por Jair Bolsonaro nos próximos dias, outros expressaram
frustração com os discursos do mandatário e avaliaram que ele perdeu a chance de adotar medidas mais drásticas.

A BBC News Brasil monitorou as reações às manifestações em três grupos bolsonaristas. Muitos integrantes postaram fotos e vídeos dos protestos em várias cidades e
elogiaram a quantidade de pessoas presentes. Entre os mais entusiasmados, sobraram críticas a órgãos de imprensa que cobriam os eventos e insinuações de que
falhas na transmissão dos discursos do presidente teriam sido causadas propositalmente.

A BBC News Brasil monitorou as reações às manifestações em três grupos bolsonaristas. Muitos integrantes postaram fotos e vídeos dos protestos em várias cidades e
elogiaram a quantidade de pessoas presentes. Entre os mais entusiasmados, sobraram críticas a órgãos de imprensa que cobriam os eventos e insinuações de que
falhas na transmissão dos discursos do presidente teriam sido causadas propositalmente.

"Meu Deus, eu nunca vi algo tão gigante", disse outro.

Uma ativista bolsonarista em Jundiaí (SP) também exaltou o "bom público" presente no ato na cidade, mas reclamou da ausência de jovens.

"Sem intercorrências, filas, crianças, idosos. Mas infelizmente adolescentes e jovens nenhum! Precisamos repensar como atingir esta população de 16 a 40 anos,
lembrando que eles serão o futuro e destino da nação! E hoje não conseguem nem ver de forma concreta o que está acontecendo", alertou.

Vários membros, porém, tiveram uma avaliação mais negativa dos atos e se queixaram dos discursos do presidente, dizendo que esperavam ações mais
contundentes.

Para eles, Bolsonaro deveria ter mobilizado as Forças Armadas para uma "intervenção" ou anunciado medidas mais duras em seu embate contra o Supremo Tribunal
Federal (STF).

"Qual ação ele vai tomar? Mais uma vez fomos às ruas para NADA", disse um apoiador.

"Achei o pronunciamento muito fraco. O povo quer mais. Chega de 4 linhas da Constituição. Presidente devia ter intimado o impeachment de no mínimo três
ministros do STF ", escreveu outro.

"Parabéns ao povo por seu empenho, mas não adiantou de nada, cadê a intervenção? Só deu oportunidade de ferrarem ainda mais o presidente ", disse um
integrante.

Diante das críticas ao presidente, alguns membros pediram paciência aos colegas.

"Calma, amigo, Deus está no comando, não se resolve as coisas do dia para noite, tem que ter estratégia", ponderou um apoiador.

"Os discursos e o povo todo na rua é um passo nessa guerra", afirmou outro.

"O pessoal quer botar o carro na frente dos bois. Bolsonaro é o cara mais inteligente dentro da política", disse uma integrante.

Vários membros dos grupos se disseram esperançosos quanto ao anúncio de que Bolsonaro convocaria o Conselho da República nesta quarta-feira (8/9).

O órgão tem entre suas atribuições tratar da "estabilidade das instituições democráticas de direito".

"Bolsonaro já agiu, pessoal. Vai acionar o conselho da república dia 8. Tudo pode acontecer. Oremos", escreveu um apoiador. "Amanhã o chicote estrala", disse outro.

A convocação do Conselho, no entanto, não aconteceu.

Boa parte das mensagens publicadas ao longo do dia, porém, não tratava das manifestações em si, mas sim denunciava a presença de "esquerdistas infiltrados" nos
grupos.

"Pessoal, deixem os infiltrados falando sozinhos, não vamos dar ibope pra eles, é isto que eles querem....vamos em frente", pediu uma apoiadora.

"A real é que este grupo está abandonado", queixou-se outro membro. "O dia inteiro ficamos denunciando esquerdistas infiltrados e NENHUM administrador se
manifestou."

Extraído de: BBC NEWS BRASIL, 2021. Disponível em:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-5848334. Acesso em 07 set. 2021.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Quanto ao uso das aspas durante o texto é correto afirmar que:

a )Na maioria das vezes as aspas são utilizadas no texto com o objetivo de marcar discursos diretos.

b )Os autores utilizaram este sinal de pontuação de maneira equivocada.

c ) As aspas são um sinal que serve para destacar as partes mais importantes para a compreensão do texto.

d )As aspas são utilizadas no texto apenas como um recurso de ironia e sarcasmo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Interpretação de Texto > Uso das aspas
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de Iraceminha Prefeitura de Iraceminha - SC / Agente Comunitário de Saúde / Questão: 7

71. [Q2469080]
LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES DE 01 A 10

QUARENTENA, GIM-TÔNICA E SERASA

Escrevo esta coluna bêbado 10 kg acima do meu peso, num teclado besuntado de maionese e com o nome no Serasa: sou um quarentão, mas pode me chamar de
quarentener.

Em março eu estava na melhor forma da minha vida. Vinha treinando havia meses para uma meia maratona.

Bebia moderadamente. Comia quinoa. Brócolis. Kiwi. Fazia ginástica funcional. Meu assoalho pélvico tava tinindo como um porcelanato com Pinho Sol. Cheguei
perto, juro, de ter uma barriga de tanquinho. Então veio o corona.

No primeiro mês, tentei manter a normalidade. Para mim e para as crianças. Aquela pose austera e meio boba, tipo: não e porque estou sozinho que posso comer de
boca aberta.

Tudo mudou em abril, quando li uma matéria no New York Times. No artigo, uma nutricionista sugeria que a quarentena não era o momento de educar as crianças
para uma alimentação saudável. Elas já estavam sem escola, sem avós, sem a pracinha, sem amigos; talvez, nos dois meses que deveria durar a quarentena, fosse
mais importante reconfortar suas pequenas almas com batata frita e ovo de páscoa recheado de chocotone do que proporcionar aos seus diminutos corpos a
quantidade ideal de fibras, betacaroteno e flavonoides.

Fechei o iPad, abri um Diamante Negro de 500 gramas pros meus filhos e - numa regra de três autoindulgente - escancarei um caminho sem volta pra mim.

Ué, se as crianças merecem açúcar e afeto, pensei, eu também mereço os meus correlatos. Começava ai um mergulho perigoso no alcoolismo no hamburguismo, no
pizzismo, no sedentarismo e no amazonismo - o vicio de entrar na Amazon quase todo dia e comprar coisas absolutamente inúteis.

Comprei: um estilingue que seria aprovado pelo COI, caso estilingue fosse esporte olímpico, um microscópio, uma barraca de camping, uma luminária a energia solar,
um pandeiro, formas de pelo que parecem ter sido desenvolvidas pela Nasa, um saca-rolhas elétrico. um fone de ouvidos sem fio, outro fone de ouvidos sem fio mais
um fone de ouvidos sem fio, um moedor de carne manual, um moedor de carne elétrico, umas rodelas de metal pra moldar hambúrguer, umas minitampas de panela
pra derreter o queijo do hambúrguer e uma quantidade de livros que três gerações dos meus descendentes não darão conta de ler.

Pros meus filhos: bastões luminescentes de camping, 28 bonecos dos Power Rangers, 189 mil jogos de iPad, caixa de lápis de cor. caixa de massinha. caixa de argila, 25
bonecas LOL (aí que entrei pro Serasa: uma Ferrari é mais barata do que as bonecas LOL).

Foi emocionante e divertido no começo. Eu trabalhava de casa todo dia, das dez às cinco e cinquenta e nove.

Assim que dava seis da tarde, porém, eu sextava furiosamente

Por dois meses, como disse a nutricionista do NYT, tudo bem. Mas a pandemia, ao contrário do que ela previa, não acabou. E essa existência mezzo saloon de velo
oeste, mezzo Passaporte da Alegria no Playcenter, oito meses depois, tá cobrando seu preço. Pro meu cartão de crédito. Pras minhas coronárias. Pra educação dos
meus filhos.

Num mesmo dia o Dani perguntou: "Papai, o que a gente vai comprar hoje?". E a Olivia: "Papai, se eu te falar uma coisa, você não vai ficar bravo?". "Claro que não,
filhota, o que é? " "É que a sua barriga tá ficando engraçada."

Decidi que tinha chegado ao fundo do poço. Precisava tomar uma atitude. Botei os dois pra dormir, fiz uma gim-tônica, entrei na Amazon e comprei um telescópio.

Antonio Prata

Escritor e roteirista, autor de "Nu, de Botas"

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2020/10/quarentena-gim-tonica-e-serasa.shtml

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Em: "Papai, o que a gente vai comprar hoje?", sobre essa passagem do texto é correto afirmar que:

a )Trata-se de uma perguntar retórica.

b )Tem como sujeito indagador sua filha.

c ) Mostra que a ação de comprar ainda não se tornara uma compulsão.

d )Está em discurso direto.

e )Trata-se de uma performance teatral e linguística.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Pergunta retórica
Fonte: Instituto Vicente Nelson - IVIN 2021 / Prefeitura de Redenção Prefeitura - PA / Fiscal Ambiental / Questão: 6

72. [Q2073960]
Sobre os tipos de discurso, é correto o que se afirma em:

a )O discurso direto é narrado em terceira pessoa.

b )O discurso direto transmite autenticidade e espontaneidade.

c ) O discurso indireto é uma transcrição fiel da fala do personagem.

d )No discurso direto, o narrador interfere na fala do personagem.

e )No discurso indireto livre, há marcas de pontuação específicas para delimitar as falas do personagem.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias Textuais > Discurso direto > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto livre
(misto)
Fonte: Instituto Nosso Rumo de Educação e Desenvolvimento Social - NOSSO RUMO 2021 / Centrais de Abastecimento de Campinas CEASA Campinas - SP / Assistente
Administrativo / Questão: 33

73. [Q2081225]
Texto para responder às questões de 01 a 15.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da
Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma
promessa de que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca
da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um
cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com “fundos insuficientes”. Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos
a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas
de liberdade e a segurança da justiça.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós
não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que
conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e
novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à
comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença
deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente à nossa
liberdade. Nós não podemos caminhar sós. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca
estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não puderem ter hospedagem nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Nós
não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós
não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu tenho um sonho de que
um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são
criados iguais.

Eu tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos
poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho de que um dia, até mesmo o estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão,
será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho de que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo
de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

(Trecho do Discurso de Martin Luther King. 28/08/1963. Disponível em: http://www.palmares.gov.br/sites/000/2/download/discursodemartinl

utherking.pdf. Adaptado.)

Predominantemente, no discurso proferido no texto, é possível reconhecer o emprego da primeira pessoa do plural. Sobre tal escolha, pode-se afirmar que:

a )Demonstra generalização do discurso.

b )Realça as escolhas pessoais do enunciador.

c ) Reflete o tom intimista do público a que se dirige.

d )Promove um distanciamento entre os interlocutores do discurso.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Interpretação de Texto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto) >
Discurso direto > Pressupostos e subentendidos

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.
Fonte: Instituto Consulplan 2021 / Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais TJM MG - MG / Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Tecnologia da Informação
/ Questão: 3

74. [Q2050493]
Conforme Cunha & Cintra (2001, p. 635), “Para dar-nos a conhecer os pensamentos e as palavras de personagens reais ou fictícios, dispõe o narrador de três
moldes linguísticos diversos, conhecidos pelos nomes de: discurso direto; b) discurso indireto; c) discurso indireto livre”. Com base nessa afirmação, assinale
a alternativa CORRETA com relação aos trechos em destaque nos excertos a seguir:

a )Em “Adélia disse ao filho mais velho: – No domingo, vamos visitar sua vó, está bem?”, classifica-se o discurso como “indireto livre”.

b )Em “Manoela encheu o peito de ar e gritou: – Tem alguém em casa?”, classifica-se o discurso como “direto”.

c ) Em “Mais cedo, Paulo confessou que era apaixonado por Helena.”, classifica-se o discurso como “direto”.

d )Em “Marina estava cheia de raiva. Um mentiroso, é o que ele é. Olhou para o namorado com os olhos marejados.”, classifica-se o discurso como “indireto”.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Texto Narrativo > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto > Discurso indireto
Fonte: OMNI Concursos Públicos - OMNI 2021 / Prefeitura de Osvaldo Cruz - SP / Monitor - Área: Saúde e Qualidade de vida / Questão: 10

75. [Q2070824]
Atenção: Considere a crônica “Vende a casa”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de números 1 a 10.

1.--- O homem falou:

2.--- − Comprei esta casa; vendi-a. No intervalo, passaram-se 21 anos. Aconteceram diferentes coisas nesse intervalo. O ditador caiu, subiu de novo, matou-se. A
bomba atômica explodiu, inventou-se outra bomba ainda mais terrível. Veio a paz, ou uma angústia com esse nome. Apareceram antibióticos, aviões a jato,
computadores eletrônicos. O homem deu a volta ao universo e viu que a terra era azul. Fabricaram-se automóveis no Brasil. Pela rua passam biquínis aos três, aos
quatro, e a geração nova usa rosto novo e nova linguagem. Mas a casa não mudou.

3.--- Veja esta pérgula. Está cercada de edifícios agressivos, não tem mais razão de ser, mas é uma pérgula. Quem a mandou fazer deu recepções neste terraço, de onde
se descortinavam os morros da Gávea e o mar. Hoje não se vê nada em redor, mas a pérgula é a mesma. O construtor morreu, como o dono primitivo; a pérgula está
viva, com sua buganvília.

4.--- Esta escada, eu a subia com pernas de gato, nem reparava. Hoje subo contando os degraus que faltam, e, podendo evitar, evito a subida, fico lá embaixo. Ela deve
estar-se rindo de mim, que me cansei depressa.

5.--- A sala, o pequeno escritório, está vendo? Tudo resistiu mais do que o morador. Não queria acabar, e decerto, chegando a hora, me enterraria. Não usa mais sair
defunto de casa, mas bem que a casa gostaria se, depois de me abrigar tanto tempo, pudesse me expor na sala, prestando mais um serviço. Porque não tem feito
outra coisa senão prestar serviço. Às vezes com ironia ou aparentemente de mau humor: porta empenada, soalho abatido, defeitos na instalação elétrica antiquada.
Porém seu mau humor nunca foi maior do que o meu, que usei e abusei de seus serviços com impaciência e tantas vezes a desprezei, chamando-a feia e desajeitada.

6.---Tem goteiras; sempre teve, é um de seus orgulhos, ao que parece. Certa madrugada acordamos com a cachoeira no quarto. Tinham-se rompido umas telhas, e o
mundo parecia vir abaixo, derretido em chuva. Pois não havia nada de mais sólido na terra do que esta velha casa remendada e maltratada. A prova aí está. Você nos
compare, e diga.

7.---Ratos? Sim, é próprio do lugar. Baratas, nem me fale. Passamos 21 anos lutando contra bichos pequenos, mas era combate leal, em igualdade de condições. Eles
moravam no porão; nós, na parte de cima. A luta nunca se decidiu, e a casa nos dava chances idênticas. Era seu ingênuo divertimento.

8.--- Creio que fui feliz aqui. Trouxemos uma menina, que se levantava cedinho para ir ao colégio; ouço ainda o despertador, vozes matutinas, sinto o cheiro de café
coado na hora. Seu quarto é o mesmo, a mesma mobília de sucupira que naquele tempo se usava. O retrato dela, feito por um pintor que já morreu, está ali. Hoje é
uma senhora que mora longe, e uma vez por ano chega com um senhor e três garotos do capeta. É quando a casa fica matinal, ruidosa, fica plenamente casa,
bagunça, festa cheia de gritos. Esses rabiscos na parede, cadeiras remendadas, vidros partidos, está reparando? São das melhores alegrias da casa.

9.---Agora temos de fechar e sair; vendi a casa. Será demolida, como todas as casas que restam serão demolidas. Era a única que sobrava nesta quadra; fora do
alinhamento, sua massa barriguda tinha alguma coisa de insolente, de provocativo. Não podia continuar.

10.---Isto é, podia. Eu é que entreguei os pontos. Agora veja o que está se passando. Mal assinei a escritura e voltei, começo a sentir-me estranho na casa. Rompeu-se
um laço, mais do que isso, uma fibra. Eu não sabia ao certo o que é uma casa. Agora sei, e estou meio envergonhado.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

Ao se transpor o trecho O homem falou: – Comprei esta casa (1o e 2o parágrafos) para o discurso indireto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:

a )seria comprada.

b )teria comprado.

c ) compraria.

d )tinha comprado.

e )fosse comprada.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Verbos


Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2021 / Manaus Previdência MANAUSPREVI - AM / Técnico Previdenciário - Área Administrativa / Questão: 7

76. [Q1878590]
TEXTO 01 (Questões de 01 a 14)

A Inspiração

O busto grande, quadris largos, olhos castos, castanhos e sonhadores. Uma vez ou outra exclamava. Disse com ar alegre, aflito, muito rápido como para que não a
ouvissem totalmente:

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 55/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

- Acho que eu não podia ser escritora, sou tão ... tão resumida! Um dia, porém, como escondida de si mesma, teve uma inspiração e anotou no caderno de despesas
algumas frases sobre a beleza do Pão de Açúcar. Só algumas palavras, ela era resumida. Muito tempo depois, numa tarde em que estava só, lembrou-se de que
escrevera alguma coisa sobre alguma coisa - sobre o Corcovado? Sobre o mar? Só se lembrava de que havia usado as palavras "beleza muito pitoresca". Foi procurar o
antigo caderno de despesas. Por toda a casa. Móvel por móvel. Abria caixas de sapatos na esperança de ter sido tão secretiva quanto a sua inspiração a ponto de
guardar o escrito revelador de sua alma numa caixa de sapatos. Teria sido uma boa ideia. Aos poucos a sufocação crescia, ela passava a mão pela testa - agora era
mais do que o caderno de despesas que ela procurava, procurava o que a inspiração lhe ditara, vejamos, paciência, procuraremos de novo. O que estaria escrito no
caderno? Lembrava-se de que era algo muito espiritual sobre alguma coisa pitoresca. Pitoresco era para ela o máximo. Procuremos, é questão de força de vontade, é
questão de ir e pegá-lo. Que desastre - sentia imóvel no meio da sala, sem direção, sem saber onde mais procurar - que desastre. A casa calma á tarde. E em alguma
parte havia uma coisa escrita, um pensamento Intimo, disso tinha certeza. Desabotoou afogueada a gola da blusa: não achar seria perder alguma coisa muito sua.
Não desanime, dizia-se, procure entre os papéis, entre as cartas, entre as raras notícias que lhe mandavam. Ah, raciocinava ilogicamente, tivessem-lhe escrito mais e
ela teria onde procurar. Mas sua vida ordenada era exposta, tinha poucos esconderijos, era limpa. O único esconderijo era a sua alma que uma vez se manifestara no
caderno de despesas. Mas que felicidade ter móveis, caixas onde encontrar por acaso. Uma vez ou outra procurava de novo. De vez em quando se lembrava do
caderno de despesas num sobressalto de esperança. Até que, depois de alguns anos, um dia ela disse, modesta:

- Quando eu era mais moça, eu escrevia.

LISPECTOR, Clarice. Disponível em:<https://notaterapia.com .br/2019/02/28/vender-alma-nocotidiano-13-cronicas-curtas-de-clarice-lispector>. Acesso em 19 jan


2021.
Assinale a opção em que ocorre o emprego do discurso direto.

a )"- Sobre o corcovado? Sobre o mar?" (3º §)

b )"- agora era mais do que o caderno de despesas que ela procurava [ ... ]" (3º §)

c ) "- sentia imóvel no meio da sala[ ... ]" (3º §)

d )"Desabotoou afogueada a gola da blusa[ ... ]" (3º §)

e )"- Quando eu era mais moça, escrevia [ ... ]" (4º §)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto > Texto Narrativo > Tipologias e Gêneros Textuais
Fonte: Ministério da Defesa - Marinha - ComDN 2021 / Ministério da Defesa - Marinha do Brasil Marinha - BR / Praça de 2ª Classe da Reserva da Marinha / Questão: 2

77. [Q1787201]
Observe o diálogo:

— Não posso fazer o relatório agora porque estou muito ocupado, esclareceu Jorge.

— Então me entregue até amanhã, pediu Alice.

Assinale a alternativa que contém a correta transposição do diálogo acima para o discurso indireto.

a )Jorge esclareceu que não podia fazer o relatório naquele momento porque estava muito ocupado. Alice então lhe pediu que entregasse até o dia seguinte.

b )Jorge disse que não ia fazer o relatório nesse momento porque estava muito ocupado. Alice lhe pediu então que entregue até o dia seguinte.

c ) Jorge esclareceu que não poderia fazer o relatório agora porque estou muito ocupado. Alice então lhe pediu que entregasse até amanhã.

d )Jorge disse que não irá fazer o relatório hoje. Estou muito ocupado, disse. Alice então lhe solicitou que entregue até o dia seguinte.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias e Gêneros Textuais > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Escola de Especialistas de Aeronáutica - EEAR 2021 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS - Sargento da Aeronáutica - Especialidade: Obras / Questão:
37

78. [Q1529946]
Assinale a alternativa em que os versos apresentados contêm discurso direto.

a )“São casas simples/ Com cadeiras nas calçadas/ E na fachada/ Escrito em cima que é um lar” (Vinícius de Moraes)

b )“Perdoem a cara amarrada/ Perdoem a falta de abraço/ Perdoem a falta de escolha / Os dias eram assim” (Ivan Lins e Vítor Martins)

c ) “Eu preparo uma canção/ em que minha mãe se reconheça,/ todas as mães se reconheçam,/ e que fale com os dois olhos.” (Carlos D. de Andrade)

d )“Dizem que finjo ou minto/ Tudo que escrevo. Não/ Eu simplesmente sinto/ Com a imaginação./ Não com o coração.” (Fernando Pessoa)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Escola de Especialistas de Aeronáutica - EEAR 2021 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS - Sargento da Aeronáutica - Especialidade: Pavimentação /
Questão: 28

79. [Q1725555]
No trecho "Ela ficou muito triste quando soube da morte do avô. — Não pude nem me despedir!", a presença do travessão indica:

a )Uso do discurso direto.

b )Uso do discurso indireto.

c ) Interrupção indevida na narração.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 56/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

d )Pontuação que exprime um pensamento do autor.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Instituto de Consultoria e Concursos - ITAME 2020 / Câmara de Itauçu Camara de Itaucu GO - GO / Auxiliar de Administração / Questão: 9

80. [Q2399726]
Leia o texto abaixo e responda às questões de 21 a 31.

AS MARGENS DA ALEGRIA

Esta é a estória.

Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho.
Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-
se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com
ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes
raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao
mais. Assim um crescer e desconter-se - certo como o ato de respirar - o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das
necessidades. [...]

O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem. Chegavam,

Enquanto mal vacilava a manhã. A grande cidade apenas começava a fazer-se, num semi-ermmo, no chapadão: a mágica monotonia, os diluídos ares. O campo
de pouso ficava a curta distância da casa - de madeira, sobre estacões, quase penetrando na mata. O Menino via, vislumbrava. Respirava muito. Ele queria poder ver
ainda mais vívido - as novas tantas coisas - o que para os seus olhos se pronunciava. A morada era pequena, passava-se logo à cozinha, e ao que não era bem quintal,
antes breve clareira, das árvores que não podem entrar dentro de casa. Altas, cipós e orquideazinhas amarelas delas se suspendiam. Dali, podiam sair índios, a onça,
leão, lobos, caçadores? Só sons. Um - e outros pássaros - com cantos compridos. Isso foi o que abriu seu coração. Aqueles passarinhos bebiam cachaça?

Senhor! Quando avistou o peru, no centro do terreiro, entre a casa e as árvores da mata, O peru, imperial, dava-lhe as costas, para receber sua admiração.
Estalara a cauda, e se entufou, fazendo roda: o rapar das asas no chão - brusco, rijo, - se proclamara, Grugulejou, sacudindo o abotoado grosso de bagas rubras; e a
cabeça possuía laivos de um azul-claro, raro, de céu e sanhaços; e ele, completo, torneado, redondoso, todo em esferas e planos, com reflexos de verdes metais em
azul-e-preto - o peru para sempre. Belo, belo! Tinha qualquer coisa de calor, poder e flor, um transbordamento. Sua ríspida grandeza tonitruante. Sua colorida
empáfia. Satisfazia os olhos, era de se tanger trombeta. Colérico, encachiado, andando, gruziou outro gluglo. O Menino riu, com todo o coração. Mas só bis-viu. Já o
chamavam, para passeio. [..]

Pensava no peru, quando voltavam. Só um pouco, para não gastar fora de hora o quente daquela lembrança, do mais importante, que estava guardado para ele,
no terreirinho das árvores bravas. Só pudera tê-lo um instante, ligeiro, grande, demoroso. Haveria um, assim, em cada casa, e de pessoa?

Tinham fome, servido o almoço, tomava-se cerveja. O Tio, a Tia, os engenheiros. Da sala, não se escutava o galhardo ralhar dele, seu grugulejo? Esta grande
cidade ia ser a mais levantada no mundo. Ele abria leque, impante, explodido, se enfunava... Mal comeu dos doces, a marmelada, da terra, que se cortava bonita, o
perfume em açúcar e carne de flor. Saiu, sôfrego de o rever,

Não viu: imediatamente, A mata é que era tão feia de altura. E - onde? Só umas penas, restos, no chão. - “Ué, se matou. Amanhã não é o dia-de-anos do doutor?"
Tudo perdia a eternidade e a certeza; num lufo, hum átimo, da gente as mais belas coisas se roubavam. Como podiam? Por que tão de repente? Soubesse que ia
acontecer assim, ao menos teria olhado mais o peru - aquele. O peru - seu desaparecer no espaço. Só no grão nulo de um minuto, o Menino recebia em si um
miligrama de morte. Já o buscavam: - “Vamos aonde a grande cidade vai ser, o lago...”

Cerrava-se, grave, num cansaço e numa renúncia à curiosidade, para não passear com o pensamento. Ia. Teria vergonha de falar do peru. Talvez não devesse, não
fosse direito ter por causa dele aquele doer, que põe e punge, de dó, desgosto e desengano. Mas, matarem-no, também, parecia-lhe obscuramente algum erro. Sentia-
se sempre mais cansado. Mal podia com o que agora lhe mostravam, na circuntristeza: o um horizonte, homens no trabalho de terraplenagem, os caminhões de
cascalho, as vagas árvores, um ribeirão de águas cinzentas, o velamedo-campo apenas uma planta desbotada, o encantamento morto e sem pássaros, o ar cheio de
poeira, Sua fadiga, de impedida emoção, formava um medo secreto: descobria o possível de outras adversidades, no mundo maquinal, no hostil espaço; e que entre o
contentamento e a desilusão, na balança infidelíssima, quase nada medeia. Abaixava a cabecinha. [...]

De volta, não queria sair mais ao terreirinho, lá era uma saudade abandonada, um incerto remorso. Nem ele sabia bem. Seu pensamentozinho estava ainda na
fase hieroglífica. Mas foi, depois do jantar. E - a nem espetaculosa surpresa - viu-o, suave inesperado: o peru, ali estava! Oh, não. Não era o mesmo. Menor, menos
muito, Tinha o coral, a arrecauda, a escova, O grugrulhargrufo, mas faltava em sua penosa elegância o recacho, o englobo, a beleza esticada do primeiro. Sua chegada
e presença, em todo o caso, um pouco consolavam.

Tudo se amaciava na tristeza. Até o dia; isto era: já o vir da noite. Porém, o subir da noitinha é sempre e sofrido assim, em toda a parte. O silêncio saía de seus
guardados. O Menino, timorato, aquietava-se com o próprio quebranto: alguma força, nele, trabalhava por arraigar raízes, aumentar-lhe alma.

Mas o peru se adiantava até à beira da mata. Ali adivinhara - o quê? Mal dava para se ver, no escurecendo. E era a cabeça degolada do outro, atirada ao monturo.
O Menino se dola e se entusiasmava.

Mas: não. Não por simpatia companheira e sentida o peru até ali viera, certo, atraído. Movia-o um ódio. Pegava de bicar, feroz, aquela outra cabeça. O Menino não
entendia. A mata, as mais negras árvores, eram um montão demais; o mundo.

Trevava,

Voava, porém, a luzinha verde, vindo mesmo da mata, O primeiro vaga-lume. Sim, o vaga-lume, sim, era lindo! - tão pequenino, no ar, um instante só, alto,
distante, indo-se. Era, outra vez em quando, a Alegria.

ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. (Texto adaptado)

Assinale a opção cujo trecho reproduzido apresenta um discurso indireto livre.

a )“Assim um crescer e desconter-se - certo como o ato de respirar - o de fugir para o espaço em branco.” (2°§)

b )“ O campo de pouso ficava a curta distância da casa - de madeira sobre estacões, quase penetrando a mata.” (5º§)

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

c ) “Não viu: imediatamente. A mata é que era tão feia de altura. E - onde? Só umas penas, restos, no chão.” (9º§)

d )“Ué, se matou. Amanhã não é o dia-de-anos do doutor? ” (9º§)

e )“Só no grão nulo de um minuto, o Menino recebia em si um miligrama de morte. Já o buscavam - Vamos aonde a grande cidade vai ser, o lago...” (9º§)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Diretoria de Ensino da Marinha - DIRENS - Marinha 2020 / Escola Naval Escola Naval - BR / Aspirante da Escola Naval - Prova 2 / Questão: 27

81. [Q2314804]
Sobre discurso direto, indireto e indireto livre, marque a alternativa incorreta.

a )O médico recusou pagamento. Era cristão levar a saúde à casa dos pobres. (Discurso indireto).

b )O sacerdote estava com o coração a sangrar. Positivamente, aquele país não era amigo de Deus. (Discurso indireto livre).

c ) Eu ordenei-lhe que viesse imediatamente. (Discurso indireto).

d )Indagou o médico qual seria a verdadeira idade do doente. (Discurso indireto).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: MS Concursos 2020 / Prefeitura de Chiador Prefeitura - MG / Técnico de Enfermagem / Questão: 5

82. [Q1854015]
TEXTO I

Jogo Eletrônico: amigo ou vilão?

- Meu filho, há quanto tempo você está na frente desse joguinho? Vamos desligar, rápido! E não joga mais até o fim de semana, escutou??

Quem de vocês nunca ouviu essas palavras da mamãe ou do papai? Os jogos eletrônicos são uma febre nos dias de hoje, quase todas as crianças tiveram ou têm
acesso a jogos de videogame ou de computador. E, cá entre nós, quase todas gostam muito, não é mesmo?

Os pais é que costumam ficar muito apreensivos com esse tipo de diversão de seus pequenos, porque acham que jogar videogame não ensina nada de bom a seus
filhos. Mas você sabia que especialistas enxergam muitos pontos positivos na cultura digital?

O professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, na área de Tecnologias na Educação, Gilberto Lacerda, diz que não dá para negar que os jogos
eletrônicos fazem parte da cultura do jovem hoje em dia, lembrando que cada vez crianças mais novas, de 4, 5 anos, já se dão muito bem nos joguinhos, deixando
muitos adultos no chinelo.

Longe de ser contrário a essa cultura, Gilberto Lacerda diz que os jogos eletrônicos contribuem para que os jovens desenvolvam várias habilidades, como raciocínio
lógico e resolução rápida de problemas. Quando os jogos são online, Lacerda diz que os jovens vivenciam um momento da capacidade de comunicação. Henry
Jenkins, especialista em jogos de aprendizado, diz que os jogos eletrônicos encorajam as crianças a adquirirem riscos intelectuais sem grandes medos de fracasso.

“Unir o lúdico e o educativo é o grande desafio dos jogos eletrônicos”, destaca o professor Gilberto Lacerda.

Até aí tudo bem. O problema, diz o professor Gilberto, é quando os jogos de computador se tornam a única forma de lazer da criança. Aí, cabe aos pais – ou quem
estiver cuidando da criança – estabelecer limites para os jogos eletrônicos. [...]

Mas ainda existem correntes educacionais que não valorizam tanto a associação entre crianças e jogos eletrônicos ou computadores, principalmente nos sete
primeiros anos de vida. As escolas que seguem a pedagogia Waldorf têm como proposta pedagógica o foco no desenvolvimento humano e nas atividades manuais,
como o preparo do lanche de cada dia. Ela, ainda, considera fundamental a alternância sadia e equilibrada entre atividade intelectual e prática.

O professor Valdemar W. Setzer, da Universidade de São Paulo, é adepto da pedagogia Waldorf. Para ele, crianças deveriam ficar longe dos computadores porque o
aparelho forçaria um pensamento matemático próprio dos adultos, o que seria prejudicial a essa fase da vida dos pequenos.

Observe-se uma criança usando um computador: ela está numa atitude infantil ou adulta?, questiona o professor, que decreta: “deixem as crianças serem infantis,
não lhes deem acesso a TV, jogos eletrônicos e computador!”. Ele também diz que o ser humano deve pensar antes de fazer algo, avaliando as consequências de seus
atos.

E se os joguinhos forem violentos, aí as críticas são maiores. Eles podem trazer aumento de comportamento agressivo, baixa autoestima, vício e introversão.

Fonte: http://www.plenarinho.gov.br/noticias/reportagem-especial/jogo-eletronico-amigo-ou-vilao. Adaptado.

Com o discurso do professor Gilberto Lacerda, entende-se que este:

a )Mostra-se apreensivo por entender que videogame não ensina nada de bom às crianças.

b )Analisa os pontos positivos para decretar o fim do uso de jogos por crianças.

c ) Defende que os jogos possam encorajar crianças e diminuir o medo de fracasso.

d )Considera a diminuição de algumas habilidades, como a da comunicação.

e )Vê pontos positivos no uso de jogos eletrônicos por crianças.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso direto > Texto Narrativo > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Colégio Militar de Manaus 2020 / Colégio Militar de Manaus CMM - AM / Aluno do Colégio Militar - Área: Matemática e Português 1º ano do Ensino Médio / Questão: 14

83. [Q1604822]
TEXTO 01

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Leia o texto abaixo e responda às questões de 21 a 31.

AS MARGENS DA ALEGRIA

Esta é a estória.

Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho.
Saiam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-
se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com
ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes
raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao
mais. Assim um crescer e desconter-se - certo como o ato de respirar - o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: •as satisfações antes da consciência das
necessidades.[...]

O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem. Chegavam.

Enquanto mal vacilava a manhã. A grande cidade apenas começava a fazer-se, num semi-ermo, no chapadão: a mágica monotonia, os diluídos ares. O campo
de pouso ficava a curta distância da casa - de madeira, sobre estações, quase penetrando na mata. O Menino via, vislumbrava. Respirava muito. Ele queria poder ver
ainda mais vivido - as novas tantas coisas - o que para os seus olhos se pronunciava. A morada era pequena, passava-se logo à cozinha, e ao que não era bem quintal,
antes breve clareira, das árvores que não podem entrar dentro de casa. Altas, cipós e orquideazinhas amarelas delas se suspendiam. Dali, podiam sair índios, a onça,
leão, lobos, caçadores? Só sons. Um - e outros pássaros - com cantos compridos. Isso foi o que abriu seu coração. Aqueles passarinhos bebiam cachaça?

Senhor! Quando avistou o peru, no centro do terreiro, entre a casa e as árvores da mata. O peru, imperial, dava-lhe as costas, para receber sua admiração.
Estalara a cauda, e se entufou, fazendo roda: o rapar das asas no chão - brusco, rijo, - se proclamara. Grugulejou, sacudindo o abotoado grosso de bagas rubras; e a
cabeça possuía laivos de um azul-claro, raro, de céu e sanhaços; e ele, completo, torneado, redondoso, todo em esferas e planos, com reflexos de verdes metais em
azul-e-preto - o peru para sempre. Belo, belo! Tinha qualquer coisa de calor, poder e flor, um transbordamento. Sua ríspida grandeza tonitruante. Sua colorida
empáfia. Satisfazia os olhos, era de se tanger trombeta. Colérico, encachiado, andando, gruziou outro gluglo. O Menino riu, com todo o coração. Mas só bis-viu. Já o
chamavam, para passeio. [...]

Pensava no peru, quando voltavam. Só um pouco, para não gastar fora de hora o quente daquela lembrança, do mais importante, que estava guardado para
ele, no terreirinho das árvores bravas. Só pudera tê-lo um instante, ligeiro, grande, demoroso. Haveria um, assim, em cada casa, e de pessoa?

Tinham fome, servido o almoço, tomava-se cerveja. O Tio, a Tia, os engenheiros. Da sala, não se escutava o galhardo ralhar dele, seu grugulejo? Esta grande
cidade ia ser a mais levantada no mundo. Ele abria leque, impante, explodido, se enfunava ... Mal comeu dos doces, a marmelada, da tenra, que se cortava bonita, o
perfume em açúcar e carne de flor. Saiu, sôfrego de o rever.

Não viu: imediatamente. A mata é que era tão feia de altura. E - onde? Só umas penas, restos, no chão. - "Ué, se matou. Amanhã não é o dia-de-anos do
doutor?" Tudo perdia a eternidade e a certeza; num lufo, num átimo, da gente as mais belas coisas se roubavam. Como podiam? Por que tão de repente? Soubesse
que ia acontecer assim, ao menos teria olhado mais o peru - aquele. O peru - seu desaparecer no espaço. Só no grão nulo de um minuto, o Menino recebia em si um
miligrama de morte. Já o buscavam: - "Vamos aonde a grande cidade vai ser, o lago ... "

Cerrava-se, grave, num cansaço e numa renúncia à curiosidade, para não passear com o pensamento. la. Teria vergonha de falar do peru. Talvez não devesse,
não fosse direito ter por causa dele aquele doer, que põe e punge, de dó, desgosto e desengano. Mas, matarem-no, também, parecia-lhe obscuramente algum erro.
Sentia-se sempre mais cansado. Mal podia com o que agora lhe mostravam, na circuntristeza: o um horizonte, homens no trabalho de terraplenagem, os caminhões
de cascalho, as vagas árvores, um ribeirão de águas cinzentas, o velame-do- campo apenas uma planta desbotada, o encantamento morto e sem pássaros, o ar cheio
de poeira. Sua fadiga, de impedida emoção, formava um medo secreto: descobria o possível de outras adversidades, no mundo maquinal, no hostil espaço; e que
entre o contentamento e a desilusão, na balança infidelíssima, quase nada medeia. Abaixava a cabecinha. [...]

De volta, não queria sair mais ao terreirinho, lá era uma saudade abandonada, um incerto remorso. Nem ele sabia bem. Seu pensamentozinho estava ainda na
fase hieroglífica. Mas foi, depois do jantar. E - a nem espetaculosa surpresa - viu-o, suave inesperado: o peru, ali estava! Oh, não. Não era o mesmo. Menor, menos
muito. Tinha o coral, a arrecauda, a escova, o grugrulhargrufo, mas faltava em sua penosa elegância o recacho, o englobo, a beleza esticada do primeiro. Sua chegada
e presença, em todo o caso, um pouco consolavam.

Tudo se amaciava na tristeza. Até o dia; isto era: já o vir da noite. Porém, o subir da noitinha é sempre e sofrido assim, em toda a parte. O silêncio sala de seus
guardados. O Menino, timorato, aquietava-se com o próprio quebranto: alguma força, nele, trabalhava por arraigar raízes, aumentar-lhe alma.

Mas o peru se adiantava até à beira da mata. Ali adivinhara - o quê? Mal dava para se ver, no escurecendo. E era a cabeça degolada do outro, atirada ao
monturo. O Menino se doía e se entusiasmava.

Mas: não. Não por simpatia companheira e sentida o peru até ali viera, certo, atraído. Movia-o um ódio. Pegava de bicar, feroz, aquela outra cabeça. O Menino
não entendia. A mata, as mais negras árvores, eram um montão demais; o mundo.

Trevava.

Voava, porém, a luzinha verde, vindo mesmo da mata, o primeiro vaga-lume. Sim, o vaga-lume, sim, era lindo! - tão pequenino, no ar, um instante só, alto,
distante, indo-se. Era, outra vez em quando, a Alegria.

ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. (Texto adaptado)
Assinale a opção cujo trecho reproduzido apresenta um discurso indireto livre.

a )"Assim um .crescer e desconter-se - certo como o ato de respirar - o de fugir para o espaço em branco." (2º§)

b )" O campo de pouso ficava a curta distancia da casa - de madeira sobre estações, quase penetrando a mata." (5° §)

c ) "Não viu: imediatamente. A mata é que era tão feia de altura. E - onde? Só umas penas, restos, no chão." (9º§)

d )'"Ué, se matou. Amanhã não é o dia-de-anos do doutor? "' (9°§)

e )"Só no grão nulo de um minuto, o Menino recebia em si um miligrama de morte. Já o buscavam - 'Vamos aonde a grande cidade vai ser, o lago...'" (9º§)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Texto Narrativo > Interpretação de Texto

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.
Fonte: Serviço de Seleção do Pessoal da Marinha - SSPM 2020 / Ministério da Defesa - Marinha do Brasil Marinha - BR / Aspirante da Escola Naval - Prova 2 / Questão: 22

84. [Q2627305]
Assinale a alternativa CORRETA para os tipos de discursos direto, indireto e indireto livre.

I- O dia está ensolarado. Ótimo para ir à praia.

II- Alisson disse que ligaria, se houvesse algum problema.

III- Vou sair com minhas amigas.

a )I-Discurso indireto livre, II-discurso indireto, III-discurso direto.

b )I-Discurso indireto, II-discurso indireto livre, III-discurso direto.

c ) I-Discurso direto, II-discurso indireto, III-discurso indireto livre.

d )Nenhuma das alternativas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Excelência Seleções e Concursos Públicos - Excelência 2019 / Prefeitura de Barra Velha - SC / Fiscal de Postura / Questão: 6

85. [Q1856161]
Assinale a alternativa que relaciona corretamente um trecho em discurso indireto livre e sua função.

a ) Dar a conhecer os pensamentos da personagem, como em: “Dionóra amara-o três anos, dois anos dera-os às dúvidas, e o suportara os demais. Agora, porém,
tinha aparecido outro. Não, só de por aquilo na ideia, já sentia medo... Por si e pela filha... Um medo imenso. Se fosse, se aceitasse de ir com o outro, Nhô Augusto
era capaz de matá-la. Para isso, sim, ele prestava muito. Matava, mesmo, como dera conta do homem da foice, pago por vingança de algum ofendido.'' [Sagarana,
p. 298].

b ) Caracterizar a personagem principal, como em: “[...] finalmente o Padre Lopes explicou tudo com este conceito digno de um observador: —Sabe a razão por que
não vê as suas elevadas qualidades, que aliás todos nós admiramos? É porque tem ainda uma qualidade que realça as outras: — a modéstia.” [Contos, p. 326].

c ) Analisar psicologicamente o narrador, como em: “Fui indo sempre de mal a pior. Tive a impressão de que me achava doente, muito doente. Fastio, inquietação
constante e raiva. Madalena, Padilha, D. Glória, que trempe!" [S. Bernardo, p. 163].

d ) Registrar na escrita a linguagem falada popular, como em: “E, pois, foi aí por aí, dias depois, que aconteceu uma coisa até então jamais vista, e té hoje mui
lembrada pelo povinho do Tombador.” [Sagarana, p. 313].

e ) Conversar com o leitor para aguçar a sua imaginação, como em: “—O que é que me está dizendo? perguntou o alienista quando um agente secreto lhe contou a
conversação do barbeiro com os principais da vila." [Contos, p. 321].

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Tipos de discurso narrativo > Tipologias e Gêneros Textuais
Fonte: Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA 2019 / Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA - BR / Engenheiro / Questão: 24

86. [Q1668802]
Assinale a alternativa onde temos um discurso indireto livre.

a )Acabou a noite. Bem, lá vou eu trabalhar!

b )O aluno disse: – Tirei dez.

c ) A menina confessou que estava amando.

d )Os passageiros disseram que não viajariam naquela aeronave.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Interpretação de Texto > Discurso indireto livre (misto) > Tipologias e Gêneros
Textuais > Texto Narrativo > Tipologias Textuais
Fonte: MS Concursos 2019 / Prefeitura de Alagoinhas - BA / Técnico de Nível Médio / Questão: 6

87. [Q1080694]
Texto: Zap

Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver. Passo os
dias sentado na velha poltrona, mudando de um canal para outro — uma tarefa que antes exigia certa movimentação, mas que agora ficou muito fácil. Estou num
canal, não gosto — zap, mudo para outro. Não gosto de novo — zap, mudo de novo. Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca de
canal em uma hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão fantasiosa, mas pelo menos indica disposição para o humor, admirável nessa mulher.

Sofre, minha mãe. Sempre sofreu: infância carente, pai cruel etc. Mas o seu sofrimento aumentou muito quando meu pai a deixou. Já faz tempo; foi logo
depois que nasci, e estou agora com treze anos. Uma idade em que se vê muita televisão, e em que se muda de canal constantemente, ainda que minha mãe ache isso
um absurdo. Da tela, uma moça sorridente pergunta se o caro telespectador já conhece certo novo sabão em pó. Não conheço nem quero conhecer, de modo que —
zap — mudo de canal. “Não me abandone, Mariana, não me abandone!” Abandono, sim. Não tenho o menor remorso, em se tratando de novelas: zap, e agora é um
desenho, que eu já vi duzentas vezes, e — zap — um homem falando. Um homem, abraçado à guitarra elétrica, fala a uma entrevistadora. É um roqueiro. Aliás, é o que
está dizendo, que é um roqueiro, que sempre foi e sempre será um roqueiro. Tal veemência se justifica, porque ele não parece um roqueiro. É meio velho, tem cabelos
grisalhos, rugas, falta-lhe um dente. É o meu pai.

É sobre mim que fala. Você tem um filho, não tem?, pergunta a apresentadora, e ele, meio constrangido — situação pouco admissível para um roqueiro de
verdade —, diz que sim, que tem um filho, só que não o vê há muito tempo. Hesita um pouco e acrescenta: você sabe, eu tinha de fazer uma opção, era a família ou o
rock. A entrevistadora, porém, insiste (é chata, ela): mas o seu filho gosta de rock? Que você saiba, seu filho gosta de rock?

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Ele se mexe na cadeira; o microfone, preso à desbotada camisa, roça-lhe o peito, produzindo um desagradável e bem audível rascar. Sua angústia é
compreensível; aí está, num programa local e de baixíssima audiência — e ainda tem de passar pelo vexame de uma pergunta que o embaraça e à qual não sabe
responder. E então ele me olha. Vocês dirão que não, que é para a câmera que ele olha; aparentemente é isso, aparentemente ele está olhando para a câmera, como
lhe disseram para fazer; mas na realidade é a mim que ele olha, sabe que em algum lugar, diante de uma tevê, estou a fitar seu rosto atormentado, as lágrimas me
correndo pelo rosto; e no meu olhar ele procura a resposta à pergunta da apresentadora: você gosta de rock? Você gosta de mim? Você me perdoa? — mas aí comete
um erro, um engano mortal: insensivelmente, automaticamente, seus dedos começam a dedilhar as cordas da guitarra, é o vício do velho roqueiro, do qual ele não
pode se livrar nunca, nunca. Seu rosto se ilumina — refletores que se acendem? — e ele vai dizer que sim, que seu filho ama o rock tanto quanto ele, mas nesse
momento zap — aciono o controle remoto e ele some.

Moacyr Scliar, “Zap”, in: Os cem melhores contos brasileiros do século. Sel. de Ítalo Moriconi. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, pág. 555. Adaptado.
Em “Não me abandone, Mariana, não me abandone!” (2º parágrafo), o narrador reproduz um diálogo, empregando discurso direto. Esse procedimento se repete na
seguinte frase:

a )Da tela, uma moça sorridente pergunta se o caro telespectador já conhece certo novo sabão em pó.

b )Aliás, é o que está dizendo, que é um roqueiro, que sempre foi e sempre será um roqueiro.

c ) Hesita um pouco e acrescenta: você sabe, eu tinha de fazer uma opção, era a família ou o rock.

d )Um homem, abraçado à guitarra elétrica, fala a uma entrevistadora.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto
Fonte: Subsecretaria de Serviços Compartilhados 2019 / Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro SME - RJ / Agente Educador / Questão: 10

88. [Q1824252]
Para responder às questões de números 1 a 10, leia o texto a seguir.

Futuro: pacientes serão 'médicos deles mesmos', aponta neurologista

Entenda como a medicina está evoluindo em tecnologia e tratamentos

Com avanços das tecnologias voltadas à medicina,

expectativa de vida pode chegar a mais de 150 anos

1asd Qual é o limite da longevidade humana?

Para alguns futuristas e entusiastas, a primeira

pessoa que viverá até os 150 anos já nasceu. Ou-

tros vão ainda mais longe nas previsões: Ray Kur*

5 zweil, o cientista e autor do livro "A Singularidade

está próxima" (ainda sem tradução para o portu-

guês), prevê que a expansão exponencial de novas

soluções elevará a expectativa de vida de maneira

radical, chegando a mil anos.

10 asdUm dos principais fatores que aponta esta

transformação na relação com a vida é a medicina

de precisão. Diferentemente do enfoque dado atu-

almente, em que a doença está no centro da ques-

tão, essa outra linha visa aumentar a saúde e o

15 bem-estar do paciente. A prática começa com a

observação da constituição genética, entendendo

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 61/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

que cada indivíduo é único e, portanto, responde

de maneira diferente aos tratamentos.

— A medicina tradicional é reativa. Espera

20 a doença para poder agir. Já a medicina do

futuro é proativa. É a medicina dos cinco

"Ps": preventiva, preditiva, proativa, per

sonalizada e parceira, explica Pedro Sches

tatsky, professor de neurologia da UFRGS e es

25 pecialista em medicina de precisão.

Com isso, a relação médico-paciente tam-

bém mudará, opina Schestatsky. Com acesso às

muitas informações sobre o seu corpo, cada um

poderá tomar decisões e diagnosticar sintomas. O

30 médico reforça que não haverá uma substituição

do profissional da saúde, mas uma mudança de

comportamento:

— A tecnologia não vai substituir o médi-

co e, sim, empoderá-lo. Assim como o pa-

35 ciente, que passa a ser médico dele mesmo.

A tecnologia vai resolver as limitações da

medicina, que hoje cresce de maneira line-

ar. O médico se tornará um parceiro mais

do que uma autoridade.

Fonte: Jornal Zero Hora, Informe Comercial,

edição de 07/04/18, p.7. (Adaptado)


Para aumentar a credibilidade do que se declara, foi incorporada a voz de especialistas ao longo do texto, o que implicou o emprego de verbos introdutores do
discurso citado. Assinale a alternativa em que os dois verbos em destaque desempenham a função de introduzir o discurso indireto.

a )prevê ( ℓ.7) e entendendo ( ℓ. 16)

b ) prevê ( ℓ.7) e reforça ( ℓ.30)

c ) entendendo (ℓ..16) e explica ( ℓ.23

d ) responde ( ℓ.17) e reforça (ℓ.30)

e ) explica (ℓ.23) e opina (ℓ.27)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Interpretação de Texto
Fonte: Universidade Federal de Santa Maria - UFSM 2018 / Universidade Federal de Santa Maria UFSM - BR / Técnico em Eletricidade / Questão: 6

89. [Q2375735]
Quanto às características do discurso, assinale a alternativa incorreta.

a )Discurso direto: a personagem fala diretamente.

b )Discurso indireto: o narrador conta o que a personagem diz.

c ) Discurso indireto: a fala da personagem é separada da fala do narrador. É geralmente introduzida pelo sinal de travessão, ou vem entre aspas.

d )Discurso indireto: A fala da personagem é contada indiretamente pelo narrador, chega ao leitor pelas palavras do narrador.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Discurso indireto
Fonte: MS Concursos 2018 / Câmara de Itaguara - MG / Auxiliar Legislativo / Questão: 7

90. [Q1688204]
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 9.

Batizada Arlette e sublimada como Fernanda, a atriz carioca moldou − e continua moldando − cada personagem vivida no rádio, no teatro, no cinema e na televisão
por 75 anos. Leia abaixo um trecho da entrevista de Fernanda Montenegro à Revistae.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 62/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Por viver tantos personagens, o ator não se torna um ser diferente?

− Nós somos estranhos. Porque, o que é que nós somos? Esquizofrênicos? Só não estamos num hospício porque nos aceitamos e nos aceitam quando acertamos. É
uma vida dupla. Você tem um espetáculo à noite e faz toda sua vida durante o dia, seja ela qual for, uma vida calma, incontestada, desassossegada, e à noite, você tem
que dar conta de outra esfera. Ninguém te obriga a ir [trabalhar]. Nem quando você passa pela perda de um amor. A gente até acha que aquele amor teria gostado se
você fosse lá fazer seu espetáculo. Ítalo Rossi perdeu um irmão num desastre e fez o espetáculo da noite. Estou contando um caso extremo, mas isso acontece.

Em casos como esse dá para guardar as emoções?

− A gente não guarda emoção. A gente vai [trabalhar] com o que acontece, com o que bate na hora. Cada plateia provoca outro estágio no espetáculo. Tem sempre
alguma coisa [que muda] porque é tudo muito sutil, embora você faça sempre o “mesmo” gestual. É algo imponderável e inexplicável. Porque é o seguinte, não é só
uma pessoa, um elenco e a plateia. Ali tem que haver uma comunhão. Porque às vezes um ator está de um lado do palco, outro ator está do outro lado, eles se olham
e dizem: “Hoje não vai sair como a gente quer”. É uma energia cósmica. Mas nunca é exatamente a mesma coisa. Não é. Tanto que às vezes uma pessoa vai ver o
espetáculo e se apaixona, mas um amigo vai ver e não gosta, não entrosou, não comungou, entendeu? Não deveria haver uma luta para conquistar a plateia, mas
provocar fascínio e buscar uma comunhão.

O que significa esse ofício de atriz?

– É como se fosse um ato religioso: você entra no teatro e espera começar. Já estão todos sentados? Já está na hora? Aí, faz-se alguma coisa: toca-se uma campainha,
uma luz muda, os atores entram mesmo com a luz... Ou seja, tem um início. Aí você fica diante de um ser humano. É como uma missa. O que é o padre? Um ator. Ele
está ali paramentado, num cerimonial religioso. Se é Páscoa, é uma cor, se é Semana Santa ou Natal, são outras cores. Se fala um texto, não deixa de ser um auto
medieval, e as pessoas ficam ali. Acho que, no fundo, tudo na vida é um teatro. Já falava o Velho Bardo [William Shakespeare]: para cada pessoa, você se apresenta,
mesmo que um pouquinho, de maneira diferente. Às vezes até a cada hora do dia, até para você mesmo. Quem é a gente?

(Adaptado de: Revistae, São Paulo, Sesc, jul. 2018.)


...o ator não se torna um ser diferente? - Nós somos estranhos.

Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido, as frases acima encontram-se transpostas para o discurso indireto em:

a )Ao ser questionada sobre se o ator se tornaria um ser diferente, Fernanda Montenegro respondeu que eles seriam estranhos.

b )Quando fosse questionada sobre se o ator se torna um ser diferente, Fernanda Montenegro responderia que eles são estranhos.

c ) À pergunta sobre o ser diferente que o ator se torna, Fernanda Montenegro responde que seríamos estranhos.

d )Fernanda Montenegro responde à pergunta sobre quão diferente se tornaria um ator, dizendo que seríamos estranhos.

e )Fernanda Montenegro, ao responder à pergunta sobre como um ator se torna um ser diferente, teria dito: somos estranhos.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto > Interpretação de Texto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2018 / Empresa Metropolitana de Águas e Energia EMAE - SP / Eletricista de Manutenção / Questão: 2

91. [Q1238652]
Assinale a alternativa onde temos um discurso indireto.

a )É esta a rua? – perguntou ela.

b )Meneou a cabeça com ar triste e acrescentou:

– O homem acostuma-se a tudo, sim, a tudo, até a esquecer-se que é um homem... (Castro Soromenho).

c ) – Penso – disse minha namorada – que te darás melhor em Medicina.

d )Margarete garantiu que sim, que amava.

e )A namorada estava com o coração a sangrar. Com certeza, aquele homem não era filho de Deus.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: MS Concursos 2018 / Grupo Hospitalar Conceição GHC - RS / Técnico em Eletrônica / Questão: 4

92. [Q1296772]
De acordo com as regras do discurso direto, é CORRETO afirmar:

a )Utilizamos sinais de pontuação, utilizamos verbos de elocução.

b )Não utilizamos sinais de pontuação, não utilizamos verbos de elocução.

c ) Inserimos o discurso no meio do texto, não utilizamos sinais de pontuação.

d )Nenhuma das alternativas

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto
Fonte: Instituto Excelência 2018 / Prefeitura de Taubaté - SP / Agente de Trânsito / Questão: 11

93. [Q998607]

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Sócrates perguntou: − O que você vai me contar já passou pelas três peneiras? Essa frase fica corretamente transposta para o discurso indireto em: Sócrates
a )perguntou ao rapaz se o que ele lhe iria contar já havia passado pelas três peneiras.
b )pergunta-lhe se o que o rapaz iria lhe contar já passaria pelas três peneiras.
c ) perguntou ao rapaz se o que ele lhe contaria já passaria pelas três peneiras.
d )perguntara ao rapaz se o que ele iria lhe contar já passou pelas três peneiras.
e )pergunta ao rapaz: o que você vai me contar já passou pelas três peneiras.
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2018 / Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região TRT 2 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Tecnologia da
Informação / Questão: 9

94. [Q1723700]
O texto abaixo, uma transcrição da fala em vídeo do youtuber Felipe Castanhari, é referência para as questões 08 a 10.

Olá, meus queridos amigos. Tudo bem com vocês? Eu sou Felipe Castanhari. E vocês devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Síria. Que estamos o tempo todo na
tevê e na internet. E eu notei que a grande maioria das pessoas não fazem ideia do que tá rolando. Por que uma galera tá enchendo os barcos com risco de morrer só
pra sair de um país? Mano, o que está acontecendo? Basicamente, o que tá rolando ali é uma guerra civil que está devastando o país. São centenas de milhares de
pessoas mortas. E tem muita gente desesperada tentando sair desta M. Pessoas que perderam suas casas, perderam suas famílias estão tentando deixar o país a
procura de uma vida decente. Mas como assim, a Síria chegou nessa situação de M.? Vamos imaginar que a Síria é um grande colégio, uma grande escola. E esse
colégio é governado por um cara chamado Bashar al-Assad, que está comandando esse grande colégio desde 2000. Antes disso, quem comandava esse grande colégio
era seu pai, um rapaz chamado Hafez al-Assad. Digamos que a democracia não é um conceito muito cultuado nesse colégio, porque é a mesma família que manda
naquela P. há 40 anos. Só que aconteceu uma grande M. em 2011 e tudo mudou. Lembra que estamos fazendo de conta que a Síria é um grande colégio, certo? Então
temos várias turmas no ensino médio. Cada uma delas com 30 alunos mais ou menos. Ninguém gostava do diretor, do dono da escola. Só que mesmo assim o pessoal
ficava meio de boa. Ficava todo mundo meio que passando de ano, sabe? [...] Só que em 2011 a galera de uma das salas resolveu descer pro pátio e protestar contra o
diretor. Porque ele dava meio que uns privilégios só pra umas turmas. E o resto do colégio meio que se F., meio que se F. legalmentis. Então, tinha uma galera que tava
meio cansada disso e foi lá pro pátio protestar. Eles foram lá e fizeram um protesto pacífico. Ele chegou lá e viu aquela confusão no pátio e resolveu expulsar todo
mundo que tava ali protestando. [...] Meteu bala geral. [...] Só que foi aí que começou a virar uma loucura, porque as próprias salas começaram a se dividir. Então ao
invés do colégio inteiro partir pra cima do diretor, eles começaram meio que formar panelinhas. E quando as panelinhas se encontravam no pátio, elas começavam a
brigar entre elas. [...] Véio, isso é um P. absurdo [...]. Pessoal, vamo entender isso. As pessoas preferem arriscar suas vidas e morrer afogado no mar do que ficar lá na
Síria. Olha a M. que tá acontecendo. [...] Além de ter bombardeio, as pessoas de Alepo, a principal cidade do conflito da Síria, elas estão sem água, sem comida,
remédios, energia elétrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez isso esteja muito longe da
gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como ajudar. Existem várias entidades como a Unicef que estão fazendo um trabalho de socorro aos civis na Síria, especialmente
as crianças, galera. A gente pode fazer doações para essas entidades. E às vezes uma pequena quantia pra você pode fazer uma P. diferença pruma criança lá na
guerra.

Considere o trecho que vem na sequência da fala de Castanhari.

E outra coisa que você podia fazer é não apoiar pessoas de políticas do mal ou contra os refugiados da Síria. Porque no meio disso tudo tem pessoas ignorantes que
dizem que os refugiados da Síria são todos terroristas. Porque no meio disso tudo, o que as pessoas precisam é de países dispostos a estender a mão para elas.
Porque no meio de todo esse sofrimento, dessa guerra, de toda essa morte, a única esperança que um refugiado tem de ter uma vida normal está nas mãos de um
país vizinho disposto a estender a mão pra essa pessoa. [...]

Assinale a alternativa que sintetiza o trecho em formato de discurso indireto.

a )O youtuber propõe uma política internacional de defesa dos refugiados contra as ameaças de morte que eles encaram em países vizinhos, pois na maioria dos
casos esses refugiados são considerados terroristas, e isso põe a comunidade internacional em estado de alerta contra ataques.

b )Nós, brasileiros, podemos ajudar e lutar contra os políticos sírios que rotularam estrategicamente os refugiados como terroristas. A ajuda está em nossas mãos,
pois além dos países vizinhos, os países de outros continentes são também responsáveis pelo acolhimento.

c ) Felipe Castanhari defende que os brasileiros podem colaborar. Apesar de haver pessoas que consideram os refugiados terroristas, eles precisam de ajuda, pois
sua única esperança pode estar na solidariedade de outros países.

d )Os usuários do YouTube concordam com Felipe Castanhari quanto à proposta de que eles precisam diferenciar os bons políticos – que defendem ajuda
humanitária de qualquer país, inclusive os mais distantes – dos maus políticos, que consideram os refugiados terroristas.

e )Os refugiados precisam de ajuda, pois não há condições de vida no país. Você e os usuários do YouTube fazem parte dos países que podem ajudar com amparo
humanitário, desfazendo o equívoco internacional do juízo desses refugiados como terroristas.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 64/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Texto Narrativo > Discurso indireto > Interpretação de Texto
Fonte: Universidade Federal do Paraná - FUNPAR NC/UFPR 2017 / Polícia Militar do Paraná PM PR - PR / Cadete - PM/BM / Questão: 9

95. [Q1749122]
Leia o texto abaixo para responder às questões 7 e 8.

As margens da alegria

Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em
caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele,
justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o
piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A
vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança:
ao não sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das
necessidades. Davam-lhe balas, chicles, à escolha. Solícito de bem-humorado, o Tio ensinava-lhe como era reclinável o assento — bastando a gente premer manivela.
Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo. Entregavam-lhe revistas, de folhear, quantas quisesse, até um mapa, nele mostravam os pontos em que ora e ora se
estava, por cima de onde. O Menino deixava-as, fartamente, sobre os joelhos, e espiava: as nuvens de amontoada amabilidade, o azul de só ar, aquela claridade à
larga, o chão plano em visão cartográfica, repartido de roças e campos, o verde que se ia a amarelos e vermelhos e a pardo e a verde; e, além, baixa, a montanha. Se
homens, meninos, cavalos e bois — assim insetos? Voavam supremamente. O Menino, agora, vivia; sua alegria despedindo todos os raios. Sentava-se, inteiro, dentro
do macio rumor do avião: o bom brinquedo trabalhoso. Ainda nem notara que, de fato, teria vontade de comer, quando a Tia já lhe oferecia sanduíches. E prometia-
lhe o Tio as muitas coisas que ia brincar e ver, e fazer e passear, tanto que chegassem. O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-
longa nuvem. Chegavam. [...]

ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Assinale a alternativa cujo trecho retirado do texto apresenta um discurso indireto livre.

a )“A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente.’’

b )“Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade.”

c ) “Davam-lhe balas, chicles, à escolha.”

d )“Se homens, meninos, cavalos e bois — assim insetos? Voavam supremamente.”

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Tipos de discurso narrativo > Texto Narrativo > Interpretação de Texto
Fonte: Instituto Nosso Rumo de Educação e Desenvolvimento Social - NOSSO RUMO 2017 / Minas Gerais Administração e Serviços S.A. MGS - MG / Auxiliar Administrativo / Questão:
7

96. [Q2568209]
Economia fraca aumenta sintoma de depressão.

Por William Helal Filho.

Um assunto se tornou predominante nos consultórios psiquiátricos de uma clínica particular na Zona Sul e no programa de atendimento gratuito da área de
saúde mental da Santa Casa da Misericórdia, no Centro. A crise econômica foi parar no divã, levada por profissionais de diferentes perfis. São trabalhadores temendo
perder o emprego ou já dispensados e executivos atormentados por ter de demitir centenas de pessoas na recessão.

-Há uma angústia com a situação atual e a falta de uma perspectiva de melhora na economia. Principalmente entre aqueles com predisposição, aparecem
sintomas claros de depressão. Insônia, estresse e angústia são comuns nesses pacientes - descreve a psiquiatra Analice Giglioti, diretora do Espaço Clif. - Aumentou
muito também a procura por antidepressivos, mas os médicos devem ter toda cautela ao receitar esses remédios.

Na clínica em Botafogo, cada consulta com um psiquiatra custa a partir de R$ 490. Entre os pacientes afetados pela crise, executivos são maioria. Este também é o
perfil mais comum entre as pessoas atendidas nas unidades de medicina preventiva da Med-Rio Check-Up. Segundo uma pesquisa da empresa com dados de seus
pacientes, de 2014 a 2015, aumentaram de 8% para 11 % os casos de depressão, de 21 % para 25% os quadros de insônia, de 20% para 32% os relatos de ansiedade e
de 55% para 70% os registros de estresse.

-O Brasil está fazendo mal à saúde dos brasileiros. O ambiente hoje é rico em emoções negativas, como tristeza e medo. Isto abre portas para problemas como
gastrite, úlcera, hipertensão e até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto - comenta o médico Gilberto Ururahy, diretor da Med-Rio e autor do livro
"Emoções e saúde" junto com o psiquiatra Eric Albert. -Alimentação equilibrada e exercícios regulares são ótimas formas de evitar esses males. Sedentarismo só
agrava os problemas causados pelo estresse.

'Não durmo sem medicamento: Diferentes estudos associam crises como aquelas que abateram a Europa e os EUA a partir de 2008 a elevações de casos de
depressão emocional e até de suicídios. O uso de antidepressivos também pode apresentar curva ascendente. No Brasil, segundo dados compilados pela Associação
da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (lnterfarma), o consumo de antidepressivos e tranquilizantes subiu 14% de novembro de 2014 a outubro de 2015, quando
superou 1,5 bilhão de doses.

Vendidos sob apresentação de receita médica, esses remédios são caros e, portanto, fora do alcance da maior parte da população. Da mesma forma, consultas
psiquiátricas representam um custo que pessoas com renda menor nem sempre conseguem arcar. Na Santa Casa de Misericórdia, porém, um serviço de atendimento
gratuito recebe pacientes de baixa renda. Também lá, a inflação e o desemprego se tornaram o tópico principal das consultas.

-A angústia gerada pela possibilidade de não pagar o aluguel ou mesmo de não comprar comida para a família é gatilho para a depressão - explica a psiquiatra
Fátima Vasconcelos, da Santa Casa. -Alguns pacientes abandonam o tratamento por falta de dinheiro até para as passagens de ônibus. É muito triste.

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 65/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

Já a advogada X., que pediu para não ser identificada, vive o impacto da crise na classe média. Casada com um engenheiro que está sem salário há mais de um
ano, ela desenvolveu insônia e depressão, mas abandonou as consultas com sua psiquiatra por não ter como pagar:

- Tenho rezado muito para me acalmar. Mas não consigo dormir sem medicamento.

(GE PORTUGUÊS 2017)


O emprego do travessão em "- Tenho rezado muito para me acalmar.", deve-se:

a )ao discurso indireto.

b )ao discurso indireto livre

c ) à presença do aposto.

d )à presença de elementos enumerativos.

e )ao discurso direto.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Travessão


Fonte: Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional Ltda - CETAP 2016 / Prefeitura de Barcarena - PA / Agente de Trânsito / Questão: 5

97. [Q2279200]
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.

FELICIDADE CLANDESTINA

1 ____ Ela possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

2 Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela

3 nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai.

4 ____ Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho.

5 Como essa menina devia nos odiar. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia

6 de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os

7 livros que ela não lia.

8 ____ Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como

9 casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

10 ____ Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o.

11 E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que

12 ela o emprestaria.

13 ____ Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava

14 devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

15 ____ No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim

16 numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro

17 a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a

18 esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo

19 estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte

20 viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei

21 pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

22 ____ Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e

23 diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir

24 a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte.

25 ____ E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não

26 escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às

27 vezes adivinho.

28 ____ Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o

29 livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina.

30 E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

31 ____ Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa,

32 apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 66/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

33 casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco

34 elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe

35 boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de

36 casa e você nem quis ler!

37 ____ E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta

38 horrorizada da filha que tinha. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha:

39 “você vai emprestar o livro agora mesmo.” E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser."

40 Entendem? Isso valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa,

41 grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

42 ____ Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu

43 não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que

44 segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar

45 em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

46 ____ Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.

47 Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda

48 mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns

49 instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade

50 sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia

51 orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

52 ____ Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase

53 puríssimo.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. In: Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016. p. 293-296. (Adaptado).
A frase "E você fica com o livro por quanto tempo quiser" (linha 39), que constitui a fala de uma das personagens da narrativa, está no discurso

a )livre

b )direto

c ) indireto

d )direto livre

e )indireto livre

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Discurso indireto livre (misto) > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Interpretação
de Texto > Tipologias e Gêneros Textuais > Tipologias Textuais > Texto Narrativo
Fonte: Universidade Estadual de Goiás / Núcleo de Seleção - UEG 2016 / Câmara de Luziânia - GO / Cargos de Nível Médio / Questão: 8

98. [Q1685316]
No lixo, uma fonte de energia para o futuro

Depois de uma alta de mais de 50% nas contas de luz no ano passado, vale quase tudo para economizar. Até mesmo investir em lixo. Já existem cidades
no país que planejam gerar sua própria energia a partir de matéria orgânica (lixo, resíduos agrícolas e dejetos animais). Em Curitiba, um projeto-piloto prevê não
apenas o uso de lixo urbano, mas também do próprio esgoto.

A multiplicação de projetos não é à toa. O biometano, com poder calorífico igual ao do gás natural, permitiria gerar até

5 37 milhões de megawatts (MW) por ano de energia, pouco mais de um terço da energia gerada por ano pela usina de Itaipu.

− A geração de energia em usinas de biogás tem baixo custo, e há abundância de matéria-prima. Pode-se, além de aliviar a conta de luz, reduzir o
lançamento de dejetos em rios e a emissão de gases do efeito estufa − afirmou Cícero Bley Júnior, presidente da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás e
Biometano).

Essa fonte, no futuro, poderia representar até 12% da matriz energética brasileira, contra o patamar atual de 0,05%.

10 Representantes do setor pretendem levar ao Ministério de Minas e Energia uma proposta para um Programa Nacional de Biogás e Biometano. Segundo Bley Júnior,
o país já tem a tecnologia necessária:

− Uma política nacional poderá incentivar o surgimento de novos fabricantes de usinas de biogás, de biodigestores e componentes, gerando mais
investimentos e empregos.

O estudo estima que um projeto de biogás para produção de 1 MW custa R$ 2,5 milhões, um patamar vantajoso em relação ao de outras fontes de energia,
como microcentrais hidrelétricas, por exemplo.

Ramona Ordonez

Adaptado de O Globo, 21/02/2016.

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Uma fala relatada na notícia em discurso direto está exemplificada no seguinte trecho:

a )A multiplicação de projetos não é à toa. (l. 4)

b )Representantes do setor pretendem levar ao Ministério de Minas e Energia uma proposta (l. 10)

c ) Segundo Bley Júnior, o país já tem a tecnologia necessária: (l. 11)

d )Uma política nacional poderá incentivar o surgimento de novos fabricantes (l. 12)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto
Fonte: FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência - FUNRIO 2016 / Câmara de Tanguá Camara de Tangua - RJ / Oficial Legislativo / Questão: 4

99. [Q1713606]
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas de 01 a 20.

RECICLAGEM DE POLUIÇÃO

Cientistas avançam na busca para converter CO2 em combustível de forma eficaz e barata

1 ___ Um dos principais gases causadores do efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2), é alvo de diversas estratégias que procuram reduzir sua concentração na
atmosfera para combater o aquecimento global. Uma delas é justamente convertê-lo de volta nos combustíveis de cuja queima ele se originou, como a gasolina e o
óleo diesel, numa espécie de “reciclagem”. Este processo, no entanto, enfrenta dois grandes obstáculos: o alto custo e a baixa eficiência; isto é, normalmente se gasta
muito mais energia para completá-lo do que a que será fornecida pelo combustível resultante. Assim, nos últimos anos, grupos de cientistas espalhados pelo mundo
têm buscado formas de tornar esta reação mais eficiente e barata, como mostram dois estudos publicados recentemente nas revistas científicas “Nature” e “Science”.

2 ___ No primeiro deles, pesquisadores liderados por Ted Sargent, professor da Faculdade de Ciências e Engenharia Aplicadas da Universidade de Toronto, no
Canadá, lançaram mão da nanotecnologia para aumentar a concentração de CO2 junto às superfícies catalisadoras que transformam o gás em monóxido de carbono
(CO), primeiro passo para sua conversão em combustíveis, num tipo de reação química conhecida como redução. A solução adotada pelos cientistas foi fabricar redes
com agulhas de ouro extremamente pequenas, com pontas dez mil vezes menores que a espessura de um fio de cabelo, de forma que, quando submetidas a uma
pequena corrente elétrica, elas criassem um campo que atraísse o CO2, acelerando sua redução em CO.

3 ___ — A redução do CO2 é um grande desafio devido à inatividade da molécula — lembra Min Liu, pesquisador da Universidade de Toronto e um dos coautores do
artigo que relata o desenho e uso das nanoagulhas de ouro nos conversores do gás, publicado pela “Nature” — E as nanoagulhas funcionam como para-raios para
catalisar essa reação.

4 ___ Já outra equipe de cientistas, da Universidade de Illinois, em Chicago, nos EUA, foi buscar inspiração nas plantas por um processo mais eficiente para esta
conversão de CO2 em combustível. E a escolha não é por menos, já que há milhões de anos os vegetais fazem isso, transformando o dióxido de carbono que tiram do
ar e a água que sugam do solo em açúcares com ajuda da luz do Sol, na conhecida fotossíntese. Assim, eles criaram o que apelidaram de “folhas artificiais”, um
modelo de células solares que agem de forma integrada na captação de energia, CO2 e água para novamente reduzir o gás do efeito estufa em monóxido de carbono e
fornecer o chamado syngas (sigla em inglês para “gás de síntese”), uma inflamável mistura de CO e hidrogênio que pode ser queimada diretamente ou transformada
nos combustíveis propriamente ditos, como metano, etanol e diesel, por meio de processos químicos adicionais com água.

5 ___ — A nova célula solar não é fotovoltaica, é fotossintética — resume Amin Salehi-Khojin, professor da universidade americana e autor sênior do estudo publicado
pela revista “Science” — No lugar de produzirmos energia em uma via de mão única insustentável, de combustíveis fósseis para um gás do efeito estufa, podemos
agora reverter este processo e reciclar o carbono da atmosfera em combustível usando a luz do Sol.

6 ___ Para tanto, Salehi-Khojin e seus colegas desenvolveram e analisaram novos compostos catalisadores para converter o CO2 em CO. No lugar de usarem metais
preciosos e caros como ouro, platina e prata, que têm sido a base dos catalisadores mais efi cientes na redução do dióxido de carbono, eles se focaram em uma
família de compostos nanoestruturados chamados metais de transição dicalcogenetos (TMDCs, também na sigla em inglês), que uniram a um incomum líquido iônico
como eletrólito na célula da “folha artificial” montada em dois compartimentos com três eletrodos.

7 ___ Entre esses compostos, os que mais se destacaram foram nanoflocos de disseleneto de tungstênio que, segundo os pesquisadores, promoveu a redução do CO2
mil vezes mais rápido que os catalisadores feitos com metais nobres, com um custo cerca de 20 vezes menor.

8 ___ — O novo catalisador é mais ativo e mais capaz de quebrar as ligações químicas do dióxido de carbono — diz Mohammad Asadi, primeiro autor do artigo na
“Science”.

9 ___ Professor de química da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, Antônio Otávio de Toledo Patrocínio está otimista com os avanços na área.
Segundo ele, a fotossíntese natural, mesmo que não tenha uma eficiência gigantesca, é prova de que usar o CO2 para produzir combustíveis é algo perfeitamente
viável, tanto que ela garante a sustentação de toda a biomassa do planeta.

10 ___ — Do ponto de vista ambiental, é crítico o desenvolvimento de tecnologias de reaproveitamento de CO2 — justifica. — Primeiramente, o mundo precisa reduzir
as emissões, mas, em segundo lugar, o que nós estamos tentando fazer agora é recapturar o CO2 gerado pela ação antropogênica, que desbalanceou o ciclo natural do
carbono. Mas não adianta só ter um processo eficiente, é preciso que ele se encaixe nos processos industriais existentes. Senão, não existe viabilidade econômica —
finaliza.

(BAIMA, Cesar & MATSUURA, Sergio. O Globo, 22/08/16, p. 20.)

Nos itens abaixo, foram transcritos fragmentos do texto em discurso direto e, ao lado, os mesmos fragmentos foram redigidos em discurso indireto.

Está INADEQUADA a redação em discurso indireto a que se expressa na opção:

a )“— A redução do CO2 é um grande desafio devido à inatividade da molécula — lembra Min Liu, pesquisador da Universidade de Toronto e um dos coautores do
artigo que relata o desenho e uso das nanoagulhas de ouro nos conversores do gás, publicado pela ‘Nature’” (3º §). / Min Liu, pesquisador da Universidade de
Toronto e um dos coautores do artigo que relata o desenho e uso das nanoagulhas de ouro nos conversores do gás, publicado pela “Nature”, lembrou que a
redução do CO2 era um grande desafio devido à inatividade da molécula.

b )“— A nova célula solar não é fotovoltaica, é fotossintética — resume Amin Salehi-Khojin” (5º §) / Amin Salehi-Khojin resumiu que a nova célula solar não era
fotovoltaica, mas sim fotossintética.

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c ) [Segundo] Amin Salehi-Khojin “— No lugar de produzirmos energia em uma via de mão única insustentável, de combustíveis fósseis para um gás do efeito estufa,
podemos agora reverter este processo e reciclar o carbono da atmosfera em combustível usando a luz do Sol.” (5º §) / Amin Salehi-Khojin afi rmou que no lugar de
se produzir energia em uma via de mão única insustentável, de combustíveis fósseis para um gás do efeito estufa, poder-se-á, a partir de então, reverter tal
processo e reciclar-se o carbono da atmosfera em combustível, pelo uso da luz do Sol.

d )“— O novo catalisador é mais ativo e mais capaz de quebrar as ligações químicas do dióxido de carbono — diz Mohammad Asadi, primeiro autor do artigo na
‘Science’.” (8º §) / Mohammad Asadi, primeiro autor do artigo na “Science”, disse que o novo catalisador era mais ativo e mais capaz de quebrar as ligações
químicas do dióxido de carbono.

e )“[Antônio Otávio de Toledo Patrocínio] justifica. — Primeiramente, o mundo precisa reduzir as emissões, mas, em segundo lugar, o que nós estamos tentando
fazer agora é recapturar o CO2 gerado pela ação antropogênica, que desbalanceou o ciclo natural do carbono.” (10º §) / Antônio Otávio de Toledo Patrocínio
justificou que, primeiramente, o mundo precisa reduzir as emissões, mas, em segundo lugar, o que nós estamos tentando fazer agora é recapturar o CO2 gerado
pela ação antropogênica, que desbalanceou o ciclo natural do carbono.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto
Fonte: Fiotec/Fiocruz 2016 / Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ - BR / Técnico em Saúde Pública - Área: Técnicas Laboratorias em Parasitologia / Questão: 9

100. [Q1433193]
TEXTO 1

1. O casal chegou .......... cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela,
2. grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel,
3. hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro.
4. Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem
5. de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da
6. recepção olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse
7. que não tinha, na pressa da viagem esquecera-os. ―E como pretende o senhor conseguir
8. um lugar num hotel, se não tem documentos?'' — disse o encarregado. ―Sei lá se vai
9. pagar a conta!"
10. O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No
11. terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta
12. hospedaria — havia, mas o dono também desconfiou e resolveu dizer que o
13. estabelecimento estava lotado, dando uma desculpa: ―O senhor vê, se o governo nos
14. desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma.
15. Poderia até receber delegações estrangeiras. Se eu conhecesse alguém influente... O
16. senhor não conhece ninguém nas altas esferas?"
17. O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse alguém nas altas
18. esferas. "Pois então" — disse o dono da hospedaria — "fale da minha hospedaria para
19. esse seu conhecido. Assim, da próxima vez que o senhor .........., talvez já possa lhe dar
20. um quarto de primeira classe, com banho e tudo." O viajante agradeceu, lamentando
21. apenas que seu problema fosse mais urgente.
22. No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava esperando um casal de
23. conhecidos artistas, que viajavam incógnitos. Quando o homem e a mulher
24. apareceram, pensou que fossem eles e disse que sim, que o quarto já estava pronto.
25. Ainda fez um elogio: ―O disfarce está muito bom." ―"Que disfarce?" — perguntou o
26. viajante. ―Essas roupas velhas que vocês estão usando‖, disse o gerente. ―Isso não é
27. disfarce", disse o homem, ―são as roupas que nós temos." O gerente aí percebeu o
28. engano: ―"Sinto muito," — desculpou-se — "eu pensei que tinha um quarto vago, mas
29. ele já foi ocupado."
30. No hotel seguinte, também não .......... vagas, e o gerente era metido a
31. engraçadinho. Ali perto havia uma manjedoura, disse, que tal hospedarem-se lá? Não
32. seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para surpresa dele,
33. o viajante achou a ideia boa, e até agradeceu. Para lá se dirigiram.
34. Não demorou muito, apareceram três Reis, perguntando por um casal de
35. forasteiros. E foi aí que o gerente começou a achar que tinha perdido hóspedes
36. importantes – os mais importantes já chegados a Belém de Nazaré.

Adaptado de Moacyr Scliar, ―A noite em que os hotéis estavam cheios", in Contos para um Natal brasileiro. Rio de Janeiro: Relume/IBASE, 1996, p.9.

Instrução: As questões 1 a 8 estão relacionadas ao Texto 1.

Considere as seguintes propostas de transposição de trechos em discurso direto a discurso indireto, ou vice-versa:

I. O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse alguém nas altas esferas. (l.17-18)

O viajante hesitou, depois disse: ''Sim, talvez eu conheça alguém nas altas esferas.''

II. [O gerente] ainda fez um elogio: ''O disfarce está muito bom.'' (l.25)

[O gerente] ainda fez um elogio dizendo que aquele disfarce estaria muito bom.

III. ''Sinto muito,'' — [o gerente] desculpou-se — ''eu pensei que tinha um quarto vago, mas ele já foi ocupado.'' (l.28-29)

O gerente desculpou-se dizendo que sentia muito, que pensou que tinha um quarto vago, mas que ele já estava ocupado.

Quais propostas de transposição são corretas?

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a )Apenas I.

b )Apenas II.

c ) Apenas III.

d )Apenas I e II.

e )Apenas II e III.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Discurso direto
Fonte: Ministério Público do Rio Grande do Sul - MPRS 2016 / Ministério Público do Rio Grande do Sul MPE RS - RS / Agente Administrativo / Questão: 8

101. [Q941445]
Assinale a alternativa que apresenta exemplo de discurso indireto livre.
a )– Desejo muito conhecer Carlota – disse-me Glória, a certo ponto da conversação. – Por que não a trouxe consigo?
b )Omar queixou-se ao pai. Não era preciso tanta severidade. Por que não tratava os outros filhos com o mesmo rigor?
c ) – Isso não pode continuar assim, respondeu ela; – é preciso que façamos as pazes definitivamente.
d )Uma semana depois, Virgília perguntou ao Lobo Neves, a sorrir, quando seria ele ministro. Ele respondeu que, pela vontade dele, naquele mesmo instante.
e )Daí a pouco chegou João Carlos e, após ligeiro exame, receitou alguma coisa, dizendo que nada havia de anormal...
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Exército Brasileiro - Exército 2016 / Escola Preparatória de Cadetes do Exército ESPCEX - BR / Cadete - Prova de Português, Redação, Física e Química / Questão: 16

102. [Q2900832]
Texto I

- Liza, você conhece o significado da palavra “férias”?

- Já disse que não gosto de gracejos de manhã.

- Conhece ou não, Liza?

- Claro que conheço. Não me tome por uma tola.

- E o que significa?

- Afastar-se para descansar no mar e na praia. E agora suma daqui com as suas tolices, Samuel.

- Não posso imaginar como conhece a palavra.

- Não quer dizer logo o que está pensando? Por que eu não deveria conhecê-la?

- Alguma vez já tirou férias, Liza?

- Ora, eu...

Ela parou de falar.

- Em cinquenta anos, alguma vez já teve férias, minha pequena e tola esposa?

(John Steinbeck. A leste do éden. São Paulo: Círculo do Livro, s.d. p. 309-10)

A estratégia utilizada pelo autor para representação das falas de seus personagens foi:

a )o discurso indireto, que representa a voz do narrador.

b )o discurso direto, que confere autonomia aos personagens.

c ) o discurso indireto livre, que revela o conhecimento do narrador sobre seus personagens.

d )o discurso indireto, pela sugestão dos pensamentos de cada personagem.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Discurso indireto livre (misto) > Discurso direto
Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2014 / Instituto de Previdência dos Servidores do Estado IPSEMG - MG / Técnico em Enfermagem / Questão: 2

103. [Q1817101]
TEXTO II

ELAS QUEREM O TOPO

(Marcela Buscato)

O sucesso de algumas mulheres pioneiras em áreas

dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar lá

– e revela como isso anda difícil.

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

O passeio preferido da brasiliense Neiriane

Marcelli da Silva Costa, quando criança, era

acompanhar seu pai, suboficial da Força Aérea

Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de

5 observar os aviões no céu e sonhava em estar um dia

no lugar dos pilotos. “Eu me desiludia ao pensar que

nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas

homens pilotavam aviões militares”, diz Marcelli, hoje

com 28 anos. Até o dia em que oficiais da FAB foram ao

10 colégio dela para contar uma novidade: a partir daquele

ano, 2002, as meninas também poderiam se inscrever

no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco

anos depois na Academia da Força Aérea (AFA),

integrou um esquadrão em Belém, no Pará, e hoje

15 ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de

São Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a

intimidou. “Não pensei se faria alguma diferença ser

mulher. Era o que queria fazer.”

A tenente Marcelli faz parte de uma geração de

20 mulheres criadas para pensar que o limite para elas é o

mesmo que para os homens: o céu. Algumas

alcançaram essa fronteira literalmente, como Marcelli.

Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres

chegaram tão longe: à Presidência da República ou da

25 Petrobrás, a maior empresa do país. As conquistas,

como sempre, dão origem a novas e ainda mais

ambiciosas aspirações. As mulheres querem

permanecer na liderança e avançar em muitas áreas.

Elas conquistaram um território dominado pelos

30 homens. Contaram com mudanças na sociedade (que

permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de

determinação pessoal. Suas histórias contêm lições

para outras desbravadoras – e para os homens também.

(...)

(Época, número 823, 10 de março de 2014. Editora Globo; p.60 – adaptado)


O primeiro parágrafo do texto é uma narrativa que conta como Marcelli realizou o sonho da menina – hoje uma das mulheres pioneiras como piloto militar na FAB. É
típico dessa construção textual a presença de discursos direto, indireto e indireto livre. Assinale a alternativa em que o discurso apresentado DIFERE dos demais.

a )“Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar o meu sonho...” (l.6 e 7)

b )“... a partir daquele ano, 2002, as meninas poderiam se inscrever no curso...” (l.10 a 12)

c ) “... Não pensei se faria alguma diferença ser mulher.” (l.17 e 18)

d )“ Era o que queria fazer.” (l.18)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto > Discurso direto > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Pressupostos e
subentendidos
Fonte: Escola Preparatória de Cadetes do Ar - EPCAR 2014 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / Aspirante a Oficial - Área: Aviador / Questão: 13

104. [Q1596029]
Atenção: Para responder às questões de números 8 a 14, considere o texto abaixo.

Em 1973, um livro afirmou que as plantas são seres sencientes que têm emoções, preferem música clássica a rock’n’roll e podem reagir a pensamentos não
expressos verbalmente de seres humanos a centenas de quilômetros de distância. Entrou para a lista de best-sellers do New York Times, na categoria não ficção.

A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, apresentou uma fascinante miscelânea de ciência botânica autêntica, experimentos fajutos e
culto místico da natureza, que arrebatou a imaginação do público numa época em que o ideário new age começava a ser assimilado pela cultura dominante. As
passagens mais memoráveis descreviam os experimentos de Cleve Backster, um ex-agente da CIA especialista em detectores de mentiras. Em 1966, porque lhe deu na

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

veneta, Bakster ligou um galvanômetro − medidor de correntes elétricas − à folha de uma dracena plantada num vaso do seu escritório. Ficou pasmo ao constatar que,
quando ele imaginava a dracena pegando fogo, a agulha do polígrafo se mexia, registrando um surto de atividade elétrica indicador de que a planta sentia estresse. “A
planta leu a mente dele?”, indagam os autores. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando: “As plantas pensam!”

Nos anos seguintes, vários botânicos sérios tentaram em vão reproduzir o “efeito Backster”. Boa parte da ciência em A Vida Secreta das Plantas caiu em descrédito.
Mas o livro deixou sua marca na cultura. Norte-americanos começaram a conversar com plantas e a tocar Mozart para elas, e sem dúvida muitos ainda o fazem. Isso
pode parecer inofensivo − provavelmente sempre haverá uma veia sentimentalista a influenciar nosso modo de ver as plantas −, mas, na opinião de muitos botânicos,
esse livro causou danos duradouros a sua área de estudo. Segundo o biólogo Daniel Chamovitz, Tompkins e Bird foram responsáveis por emperrar “importantes
pesquisas sobre o comportamento das plantas, pois os cientistas passaram a desconfiar de qualquer estudo que sugerisse paralelos entre sentidos dos animais e
sentidos dos vegetais”.

(POLLAN, Michael. “A Planta Inteligente”, In: Piauí, maio de 2014. p. 63-64)


“A planta leu a mente dele?”, indagam os autores. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando: “As plantas pensam!” (2o parágrafo)

A transposição correta para o discurso indireto do trecho acima está em:

a )A planta teria lido sua mente é o que indagam os autores. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando: que pensem as plantas!

b )Indagam os autores que a planta lera a mente dele. Backster teria tido vontade de sair pelas ruas gritando que as plantas pensavam.

c ) Os autores indagam se a planta teria lido a mente dele. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando que as plantas pensam.

d )Indagam os autores como a planta teria lido a mente dele. Backster teria tido vontade de sair pelas ruas gritando que as plantas pensam.

e )Os autores indagam se a planta haveria de ler a mente dele. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando como as plantas pensam!

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo > Tipologias e Gêneros Textuais > Interpretação de Texto
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2014 / Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região TRT 13 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Tecnologia da
Informação / Questão: 10

105. [Q1348115]
Dize-me os teus genes que te direi quem és

No século XX, descobriu-se que cada célula do seu corpo carrega uma quantidade enorme de informação que define quem você é: qual a cor dos seus olhos, da pele,
dos cabelos, qual o seu sexo, qual a sua altura. Esses armazéns de informação são chamados de "genes" e a parte da biologia que estuda os genes é a genética.
Ninguém tem exatamente os mesmos genes, a não ser gêmeos idênticos.
O interessante é que cada espécie animal tem seu código genético, o conjunto de genes que define as características da espécie. Nós e os chimpanzés temos um
código genético quase idêntico: apenas 2% de diferença! Como eu disse antes, qualquer semelhança não é mera coincidência: nós somos geneticamente muito
parecidos com os macacos. Por outro lado, esses 2% de diferença no código genético são muito importantes. Afinal, nós não passamos a vida trepando em árvores e
os macacos não estudam Biologia.
As mutações que transformam as características de uma espécie (tamanho do pescoço da girafa, por exemplo) ocorrem nos genes e são causados por fatores
externos, como a radioatividade de algum mineral ou uma reação química. Elas são completamente acidentais e raras vezes são úteis. Em geral, o ser mutante morre
cedo ou nem chega a nascer. Mas, quando uma mutação é útil, o animal mutante sobrevive melhor e transmite sua informação genética aos filhotes. Aos poucos, a
espécie inteira se transforma, o que pode demorar muito tempo. Mais de três milhões de anos se passaram até que os primeiros primatas que andavam sobre duas
pernas se transformassem em seres humanos como nós.
Hoje, sabemos exatamente onde encontrar a informação genética das espécies. Uma grande parte do nosso código genético já foi estudada e arquivada num projeto
internacional chamado Genoma Humano. Essas descobertas irão revolucionar a medicina do futuro: apoiada em uma nova ciência – a Engenharia Genética – ela
poderá curar, por meio de modificações diretas nos genes, muitas doenças que hoje afligem milhões de pessoas. O século XXI, o seu século, será o século da genética,
que, aliada a descobertas na Física, na Química e na Engenharia, irá transformar profundamente nossas vidas.

(GLEISER, Marcelo in: Livro do Cientista)

Há, no texto de Gleiser, uma estratégia discursiva que se define por uma referência direta ao leitor. Essa interlocução tem como objetivo:

a )agregar o leitor ao enunciador, de forma a torná-lo cúmplice daquilo que este diz e, assim, responsável direto pelas posições tomadas pelo produtor do texto

b )colocar, em um mesmo nível de informação, leitor e enunciador, de maneira a mostrar que não há diferença de conhecimento entre as partes discursivas

c ) nivelar enunciador e leitor de forma uníssona, uma vez que ambos apresentam visões próximas e trabalham suas ideias coerentemente

d )aproximar o leitor do enunciador, de modo a estabelecer entre eles uma relação mais íntima, mais direta

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Pressupostos e subentendidos
Fonte: Centro de Produção da Universidade do Rio de Janeiro- CEPUERJ 2012 / Conselho Regional de Biologia da 2º Região CRBio 2 Regiao - RJ / Assistente Administrativo /
Questão: 7

106. [Q3139230]
Uma Esperança

1. Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim
2. nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
3. Houve o grito abafado de um de meus filhos:
4. — Uma esperança! E na parede bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas
5. esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem
6. ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra
7. e verde não podia ser.
8. — Ela quase não tem corpo, queixei-me.
9. — Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava
10. das duas esperanças.
11. Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente
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12. uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
13. — Ela é burrinha, comentou o menino.
14. — Sei disso, respondi um pouco trágica.
15. — Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
16. — Sei, é assim mesmo.
17. — Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
18. — Sei, continuei mais infeliz ainda.
19. Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do
20. lar para que não apagasse.
21. — Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
22. Andava mesmo devagar — estaria por acaso ferida? Ah! não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem
23. sido sempre assim comigo.
24. Foi então que farejando o mundo que é comível saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me
25. parecia a aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós
26. também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê-la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa,
27. sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:
28. — É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
29. — Mas ela vai esmigalhar a esperança! Respondeu o menino com ferocidade.
30. — Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros — falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo
31. cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe
32. diria apenas: — você faça o favor de facilitar o caminho da esperança.
33. O menino, morta a aranha, fez um trocadilho com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo
34. televisão, ouviu e riu de prazer. Não há dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
35. Mas como é bonito o inseto: mas pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso
36. explica porque eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.
37. Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta pousara no meu braço. Não senti nada, de
38. tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço
39. e pensei: “e essa agora? Que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido
40. em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

LISPECTOR, Clarice. Uma Esperança. Jornal do Brasil, 10 de maio de 1969.


O discurso direto é usado pelo autor de uma narrativa para apresentar a fala ou o pensamento de personagens. Assinale a alternativa que NÃO apresenta exemplo
desse recurso.

a )“Mas a outra bem concreta e verde: o inseto” (



. 2).

b )“Sei, é assim mesmo” (



. 16).

c ) “Mas ela vai esmigalhar a esperança!” (



. 29).

d )“Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros...” (



. 30).

e )“e essa agora? Que devo fazer?” (



. 39).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto


Fonte: Associação Catarinense de Estudos e Pesquisas - ACEP 2010 / Banco do Nordeste do Brasil S.A. BNB - BR / Analista Técnico - Área: Técnico em Segurança do Trabalho /
Questão: 5

107. [Q1243487]
Assinale a alternativa que apresenta somente discurso direto.

a)
“ – Lanche?

A aeromoça, com bandejas.”

b)
“Tudo perdido.

Seria preciso recomeçar – mas terá ele forças? Terá tempo?”

c)
“– O que pretende? – indagou rispidamente.

Ela balbuciou que não queria nada.

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d )“Não pareceu de urgências. Disse (novidade!) que a pressa era inimiga da perfeição."

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Ministério da Defesa - Aeronáutica 2010 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS GSIN - Sargento - Especialidade: Informática / Questão: 13

108. [Q1244514]
Há presença de discurso indireto livre em:

a )“Olhou-o com ansiedade e espanto. O Fonseca não teria mais a dizer senão aquilo? O Fonseca deveria ter pensado que ele estava distraído.” (Fernando Namora)

b )“É Jesus que volta, pensou, a alegria deixou-a, no primeiro momento, paralisada e confusa.” (José Saramago)

c ) “Eu, na rua, com pressa, e o menino me segurou pelo braço, falou qualquer coisa (...) Fui logo dizendo que não tinha, certa de que estava pedindo esmola.”
(Marina Colassanti)

d )“Por mais que a mulher lhe pedisse para ir a Goiana ouvir dr. Belarmino, não foi.(...) E por isto mais longe de todos foi ficando. Pensava em Deus e se recolhia
ainda mais.” (José Lins do Rego)

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto) > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Ministério da Defesa - Aeronáutica 2009 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS GSIN - Sargento - Especialidade: Informática / Questão: 10

109. [Q1244887]
Observe os períodos:

I – “Escobar refletiu um instante e acabou dizendo que o correspondente do pai esperava por ele.”

II – “Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!”

III – “— Cuidado, Levindo — disse Nando. — Violência é coisa que quem procura encontra sempre.

IV – “Depois referiu uma história de sonhos e afirmou-me que só tivera um pesadelo, em criança.”

Há discurso indireto em

a )I e IV.

b )II e III.

c ) II e IV.

d )II apenas.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Ministério da Defesa - Aeronáutica 2008 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS GSIN - Sargento - Especialidade: Informática / Questão: 21

110. [Q1244888]
Assinale a alternativa em que não ocorre discurso indireto livre.

a )“Sinhá Vitória tentou sossegá-lo dizendo que ele poderia entregar-se a outras ocupações.”

b )“Baleia assustou-se. Que faziam aqueles animais soltos de noite? A obrigação dela era levantar-se, conduzi-los ao bebedouro.”

c ) “... todos na casa dormiam, menos Maria que cismava em como e onde estaria àquela hora o filho (...) se acoberto duma árvore (...) se em poder dos romanos (...),
que o Senhor não o permita (...) e o coração deu-lhe um salto à boca...”

d )“Bobagem aquilo que pensou da primeira vez, quando chegou na cidade. A gente tem cisma, superstição. Vê uma brasa alumiando no escuro, pensa que é
assombração, vai ver é o pai da gente pitando. Tudo parecia um aviso para ele [...]”

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Ministério da Defesa - Aeronáutica 2008 / Ministério da Defesa - Aeronáutica Aeronautica - BR / EAGS GSIN - Sargento - Especialidade: Informática / Questão: 22

111. [Q1442233]
Instruções: Para responder às questões de números 31 a 40, considere os textos I, II e III apresentados abaixo.

Texto I

Quando me perguntam

Quando me perguntam por que não aderi a essa história de “estória”, respondo (e não evasivamente) que é simplesmente porque, para mim, tudo é verdade
mesmo. Acredito em tudo. Acreditar no que se lê é a única justificativa do que está escrito. Ai do autor que não der essa impressão de verdade! Que é uma história? É
um fato – real ou imaginário – narrado por alguém. O contador de histórias não é um contador de lorotas. Ou, para bem frisar a diferença, o contador de histórias não
é um contador de estórias. E depois, por que hei de escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo? Não sou tão analfabeto assim. Parece incrível
que talvez a única sugestão infeliz do mestre João Ribeiro tenha pegado por isso mesmo ... Também um dia parece que Eça de Queirós se distraiu e o Conselheiro
Acácio, por vingança, lhe soprou esta frase pomposa: “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia.” Tanto bastou para que lhe erguessem um
monumento, com a citada frase perpetuada em bronze! Pobre Eça ...

O mundo é assim.

(Mario Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 242)

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Texto II

Encontra-se registrado no Dicionário Aurélio, p. 839 e 1055, respectivamente, o seguinte:

estória – s.f. V. história. [Recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais
acepções.]

história – S.f. 1. narração metódica dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade, em geral. 2. Conjunto de conhecimentos
adquiridos através da tradição e/ou por meio de documentos, relativos à evolução, ao passado da humanidade. 3. Ciência e método que permitem adquirir e
transmitir aqueles conhecimentos. 4. O conjunto das obras referentes à história. 5. Conjunto de conhecimentos relativos a esta ciência, ou que têm implicações com
ela, ministrados nas respectivas faculdades. 6. Tratado ou compêndio de história. 7. Exemplar de um desses tratados ou compêndios. 8. Estudo das origens e
processos de uma arte, de uma ciência ou de um ramo de conhecimento. 9. Narração de acontecimentos, de ações, em geral cronologicamente dispostos. 10.
Narração de fatos, acontecimentos ou particularidades relativas a um determinado assunto. 11. Conto, narração, narrativa. 12. Enredo, trama, fábula. 13. Patranha,
lorota, peta, conto. 14. Complicação, amolação, chateação. 15. Luxo, melindre, dengue, complicação. 16. Relação amorosa, caso, aventura. 17. Coisa, objeto, negócio,
troço.

Texto III

Lê-se no Dicionário Houaiss, p. 1259:

estória – s.f. 1. ant.m.q. HISTÓRIA. 2. (1912) narrativa de cunho popular e tradicional; história. ETIM. ingl. story (s XIIIXV) narrativa em prosa ou verso , fictícia ou não,
com o objetivo de divertir e/ou instruir o ouvinte ou o leitor, do anglo-francês estorie, do fr. ant. estoire e, este, do lat. historia, ae, f. dvg. de história, adotada pelo
conde de Sabugosa com o sentido de narrativa de ficção, segundo informa J.A.Carvalho em seu livro

Discurso & Narração.

Atenção: As questões de números 31 a 39 baseiam-se no Texto I.


... por que hei de escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo?

O questionamento acima está corretamente transposto para discurso indireto em:

a )O autor quer saber por que escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo?

b )Como escrever “estória” se nunca era pronunciada a palavra desse modo, como queria o autor.

c ) Porque não queria escrever “estória” se nunca pronunciava a palavra desse modo, como dizia o autor?

d )O autor se pergunta por que há de escrever “estória” se nunca pronunciou a palavra desse modo.

e )Por que havia de escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo? pergunta–se o autor.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias Textuais > Interpretação de Texto > Discurso indireto > Tipos de discurso narrativo
Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2008 / Ministério Público do Rio Grande do Sul MPE RS - RS / Técnico de Áudio / Questão: 36

112. [Q72225]

Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 01 a 12.

TERRA ACUMULA MAIS CALOR DO QUE DISSIPA

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

As aspas justificam-se pelo emprego de discurso direto em

a )"interferência perigosa" (terceiro parágrafo).

b )"on-line" (sexto parágrafo).

c ) "Science" (sexto parágrafo).

d )"céticos" (nono parágrafo).

e )"Se esperarmos mais evidências empíricas avassaladoras da mudança climática antes de agirmos, a inércia implica que mudanças maiores nos aguardam no
futuro, que podem ser difíceis ou impossíveis de evitar" (último parágrafo).

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Uso das aspas > Discurso indireto
Fonte: Centro de Processos Seletivos da Universidade Federal do Pará - CEPS UFPA 2005 / Banco do Estado do Pará BANPARA - PA / Técnico Bancário / Questão: 12

113. [Q351342]
O jornalista disse:

– Tenho aqui em minhas mãos a melhor câmera do mundo.

Das alternativas abaixo, apenas uma delas transpõe adequadamente o trecho acima para o discurso indireto.

Aponte-a.

a )O jornalista disse que tem aqui em suas mãos a melhor câmera do mundo.

b )O jornalista disse que tem ali em suas mãos a melhor câmera do mundo.

c ) O jornalista disse que tinha aqui em suas mãos a melhor câmera do mundo.

d )O jornalista disse que tinha ali em suas mãos a melhor câmera do mundo.

e )O jornalista disse que teve ali em suas mãos a melhor câmera do mundo.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo > Discurso indireto livre (misto)
Fonte: Cetro Concursos Públicos - CETRO 2004 / Indústria de Material Bélico do Brasil IMBEL - BR / Assistente Administrativo / Questão: 9

114. [Q127693]

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26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

De acordo com a organização das idéias e suas relações no texto acima, julgue os itens subseqüentes.

As passagens dialogadas reproduzem, em discurso direto indicado pelos travessões, a invocação da personagem a Deus e a sua conversa com o marinheiro.

c ) Certo
e )Errado
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Travessão > Discurso direto
Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2003 / Corpo de Bombeiro Militar do Pará CBM PA - PA / Soldado do Corpo de Bombeiros / Questão: 6

115. [Q109885]
Releia o trecho: "Eu sempre me preocupei com a situação social do país. Chamei um amigo e decidi fazer um estudo". Se fosse mais de uma pessoa a falar, devia-se
dizer:

1) Nós sempre nos preocupamos com a situação social do país. Chamamo um amigo e decidimos fazer um estudo.

2) Nós sempre se preocupamos com a situação social do país. Chamamos um amigo e se decidimos por fazer um estudo.

3) Nós sempre nos preocupamos com a situação social do país. Chamamos um amigo e decidimos fazer um estudo.

Está(ão) correta(s) apenas:

a )1
b )2
c )3
d )2 e 3
e )1 e 2
Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Regência verbal
Fonte: COVEST Comissão de Processos Seletivos e Treinamentos - COVEST 2003 / Prefeitura de Recife - PE / Agente Administrativo / Questão: 12

116. [Q104885]

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 77/78
26/03/2024, 14:07 Gran Cursos Questões - Questões de concursos públicos comentadas por professores.

O discurso direto pode ser observado na alternativa:

a )O suspeito declara que não estava no local do crime.

b )Achamos a vítima "descontrolada" e perguntamos o que havia acontecido.

c ) A detetive afirma: "Há fortes indícios de culpabilidade".

d )O indiciado disse que apontou o "berro" para a mulher.

e )O Delegado sugeriu que investigássemos novamente a farmácia.

Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso direto > Interpretação de Texto
Fonte: ACADEPOL - MG - Academia de Polícia Civil de Minas Gerais 2003 / Polícia Civil de Minas Gerais PC MG - MG / Policial Civil / Escrivão / Questão: 8

Gabarito
Criado em: 26/03/2024 às 14:07:43

(1 = d) (2 = c) (3 = a) (4 = e) (5 = b) (6 = a) (7 = c) (8 = c) (9 = d) (10 = e) (11 = d) (12 = a) (13 = c) (14 = a) (15 = c) (16 = c) (17 = c) (18 = e) (19 = e) (20 = d) (21 = a) (22 = a) (23 = b) (24 = d) (25 = c) (26 = a) (27 = a) (28 =
a) (29 = d) (30 = d) (31 = a) (32 = b) (33 = c) (34 = a) (35 = c) (36 = a) (37 = d) (38 = d) (39 = a) (40 = b) (41 = a) (42 = b) (43 = d) (44 = e) (45 = c) (46 = a) (47 = c) (48 = a) (49 = d) (50 = a) (51 = d) (52 = a) (53 = a) (54 = d)
(55 = e) (56 = a) (57 = e) (58 = c) (59 = a) (60 = b) (61 = a) (62 = b) (63 = e) (64 = a) (65 = a) (66 = d) (67 = c) (68 = b) (69 = e) (70 = a) (71 = d) (72 = b) (73 = a) (74 = b) (75 = d) (76 = e) (77 = a) (78 = b) (79 = a) (80 = c)
(81 = a) (82 = e) (83 = c) (84 = a) (85 = a) (86 = a) (87 = c) (88 = b) (89 = c) (90 = a) (91 = d) (92 = a) (93 = a) (94 = c) (95 = d) (96 = e) (97 = b) (98 = d) (99 = e) (100 = a) (101 = b) (102 = b) (103 = b) (104 = c) (105 = d)
(106 = a) (107 = a) (108 = a) (109 = a) (110 = a) (111 = d) (112 = e) (113 = d) (114 = c) (115 = c) (116 = c)

https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/simulado/18232526/resolver 78/78

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