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Manuel I - Tavira
Escola Básica D. Manuel I
Departamento de Português
Disciplina de Português 9 Ano Letivo: 2023/24
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Professora: Ângela Fonseca Disciplina: Português 9
30 diferença.
Através da experiência nas duas áreas, o especialista em medicina geral e familiar
estabelece um paralelismo. «A medicina identifica-se muito com o humor porque temos
sempre de fazer uma leitura da pessoa que está à nossa frente. Se estou num
espetáculo,
35 tenho de perceber o público e, com o meu discurso, como é que vou chegar a ele. Isto
acontece na prática clínica. Tenho de perceber com a pessoa de que forma é que
consigo chegar a ela.»
É por isso que utiliza o humor no dia a dia enquanto profissional de saúde, como
um recurso que funciona como «elemento aglutinador3» e que «consegue quebrar
40 barreiras».
«Na minha prática clínica o humor é essencial porque consigo quebrar o gelo e fazer
com que a relação médico-doente se fortaleça. Acredito muito que o humor na prática
clínica se converte em empatia. Consigo, através do humor, perceber até onde é que
posso ir, como é que a pessoa está a sentir aquele problema e isso acaba por nos
aproximar.»
1. Numera as frases de 1. a 5., de acordo com a ordem pela qual as ideias apresentadas
surgem no texto.
(C) A medicina tende a relegar para segundo plano o estudo das emoções positivas.
3. Em «Carlos Vidal, médico e humorista que estudou o tema, partilha o que une as duas
áreas» (linha 2), a palavra destacada é… (assinala com X a opção correta)
5. O médico e humorista Carlos Vidal utiliza o humor na relação com os doentes. Também Gil
Vicente, na sua obra, recorreu ao humor com um propósito/objetivo. Explicita-o.
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avês logo de partir?
VOCABULÁRIO:
1
sam Pimentel: personagem da época; 2 Nam cures de mais linguagem: escusas de falar mais; 3 infernal comarca: inferno; 4 Dix: já
disse (exprime medo e surpresa); 5 avantagem: vantagem, superioridade; 6 havês logo de partir?: estais preparado para partir?; 7
quant’eu: quanto a mim; 8 mui fora estou: não estou de acordo; 9 quem te enganou: o diabo; 10 bolsão: bolsa grande para guardar o
dinheiro; 11 Tomara: tomaria; 12 Nam já no teu coração: o coração ainda estava cheio de cobiça; 13 fica de rondão: em confusão; 14
onzena: juro de 11%, o que, na época era excessivo.
7. Para cada item, seleciona, com X, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o
sentido do texto.
7.2. A expressão do Diabo «Oh que gentil recear» (verso 3), perante a resposta do
Onzeneiro, revela…
(A) ironia.
(B) simpatia.
(C) piedade.
(D) empatia.
8. Comprova, com duas expressões do texto, que tanto o Diabo como o Anjo têm a certeza do
destino do Onzeneiro.
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9. Identifica o recurso expressivo presente nos versos «Porque esse bolsão / Tomara todo o
navio.» (versos 27 e 28) e clarifica o seu valor expressivo.
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10. Identifica o elemento cénico que acompanha o Onzeneiro e explicita a sua simbologia.
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11. Nos versos «Oh onzena como és fea / e filha de maldição. (versos 33 e 34), o constituinte
sublinhado desempenha a função sintática de… (seleciona, com X, a opção correta)
(A) predicado.
(B) sujeito.
(C) vocativo.
12. Transcreve dos versos «Essa barca que lá está / vai pera quem te enganou.» (versos 24 e
25), a oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
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OS PEDINTES RICOS
E, de vez em quando, lemos no jornal que numa cidade qualquer do mundo um pedinte
foi preso e lhe foram descobertas e apreendidas no fato que vestia, ou no tugúrio 1 onde
morava, somas avultadas. Enfim, somas avultadas para um pedinte. De vez em quando, o
pedinte referido até conta bancária possuía.
Mas porque não há de um indivíduo, pergunto eu, guardar o que lhe sobra? Porque há de
uma tal atitude – a de guardar – ser aconselhável para todos menos para ele, pedinte? Ora,
ele não roubou nada e, parece-me, nunca prejudicou ninguém. Pode mesmo dizer-se que
aquele dinheiro é limpo e que, para existir, não houve gente pisada nem magoada. Pelo
contrário. Ao dá-lo, sentimo-nos muito bons e quase com um lugar marcado no céu.
Talvez esse dinheiro não tenha sido ganho – isso é outra história – de um modo muito
ortodoxo2. Mas a chuva e o frio, e o estar ali ou além, de pé, horas e horas, meses e meses,
anos e anos, estendendo a mão à caridade? E tudo isso? Não estou a defender a profissão
– que às vezes o é, pelos vistos (mas tão raramente, senhores, que as exceções são
notícia) – do pedinte que triunfa, [...]. Estou só a pensar que há muitas pessoas com contas
bancárias de dinheiro muito mal ganho, muito sujo, que lhes custou muito menos a ganhar, e
que nunca ninguém lhes apreenderá. E os seus nomes também nunca serão publicados
assim, acusadoramente, nos jornais do mundo.
Maria Judite de Carvalho, Obras completas de Maria Judite de Carvalho – Volume V,
Lisboa, Minotauro, 2019, p. 135 (originalmente publicado em O Jornal, a 11-07-1980).
VOCABULÁRIO:
1
tugúrio: habitação pequena e pobre, casebre; 2ortodoxo: conjunto de práticas e princípios tidos como verdadeiros.
14. Relaciona a intenção crítica presente no excerto do Auto da Barca do Inferno com o assunto
do terceiro parágrafo da crónica de Maria Judite de Carvalho.
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15. Escrita
Ter como objetivo vital o triunfo pessoal tem consequências. Mais tarde ou mais cedo,
tornamo--nos egoístas, mais concentrados em nós mesmos, insolidários.
José Saramago
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