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Curva cilíndrica
Curva cilíndrica
Caldeireiro II
© SENAI-SP, 1995
S47c SENAI.SP. Curva cilíndrica. Por Selma Ziedas et aliii. São Paulo, 1995
44p. (Caldeireiro II, 18)
1. Caldeiraria
2. Curva cilíndrica. I.t.II.s.
621.772
(CDU, IBICT, 1976)
E-mail senai@sp.senai.br
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SENAI
Curva cilíndrica
Sumário
Introdução 05
Calandra 21
• Calandras para chapas 24
• Calandras para tubos e perfis 27
• Acionamento da calandra 30
Curva cilíndrica 39
Bibliografia 43
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Curva cilíndrica
Introdução
Tubulações feitas com chapas metálicas muitas vezes devem ter o seu sentido de
direção modificado.
Para mudar a direção, o caldeireiro constrói uma curva cilíndrica. Esta peça é
executada em segmentos e exige uma planificação cuidadosa, feita por meio de
geometria ou cálculos trigonmétricos.
Construir uma curva cilíndrica é a tarefa que você vai executar nesta unidade.
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Curva cilíndrica
Planificação de cilindro
truncado
Com base nas medidas feitas na circunferência, traçam-se linhas perpendiculares até
pontos correspondentes às medidas na elevação.
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Curva cilíndrica
Partindo dos pontos marcados na linha - base, traçam-se perpendiculares a esta linha
até que elas cruzem as paralelas já traçadas. Unem-se os pontos utilizando uma curva
francesa ou régua flexível.
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Curva cilíndrica
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Curva cilíndrica
Por exemplo:
Prolongam-se paralelas dos pontos das divisões até que elas se cruzem com a linha
correspondente às medidas dos desenhos da elevação.
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Curva cilíndrica
a b
cos 30º = cos 60º =
250 250
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Curva cilíndrica
Cálculo A1 Cálculo B2
A1 = H - P4 B2 = H - Q4
P4 Q4
tg 30º = tg 30º =
250 a
P4 = tg 30º . 250 Q4 = tg 30º . a
P4 = 0,577 . 250 Q4 = 0,577 . 216,5
P4 = 144,2 Q4 = 125
Cálculo C3
C3 = H - R4
R4
tg 30º =
b
R4 = 0,577 . 125
R4 = 72,1
C3 = 600 - 72,1
C3 = 527,9
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Curva cilíndrica
Cálculo D4 Cálculo E5
D4 = H
D4 = 600
E5 = H + S5
S5 = R4
E5 = 600 + 72,1
E5 = 672,1
Cálculo F6 Cálculo G7
F6 = H + T6 G7 = H + U7
T 6 = Q6 U7 = P4
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Curva cilíndrica
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Curva cilíndrica
Processo de execução
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Curva cilíndrica
Observação
• Trace a peça com a medida do diâmetro médio.
4. Divida a circunferência em partes iguais e trace paralelas que devem cruzar com a
linha do primeiro gomo.
Observação
• Divida a semicircunferência no maior número de partes iguais possível para obter
maior precisão no traçado.
Observação
• As linhas de solda entre os gomos devem ficar a uma distância de 180º uma da
outra.
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Curva cilíndrica
Este processo é muito utilizado para curvar as extremidades de chapas que serão
calandradas e na execução de peças que possuem raios próximos a dobras,
impossibilitando o uso da calandra para realizá-los.
Processo de execução
Observação
• Trace linhas paralelas no local de curvatura de acordo com o formato da peça a ser
obtida.
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Curva cilíndrica
Observação
• Selecione o estampo e a matriz de acordo com a espessura e o comprimento da
peça a ser curvada.
4. Ligue a máquina.
Observações
• Mantenha o pedal acionado.
• O estampo deve coincidir exatamente com as linhas de curvatura para que a região
curvada não fique torcida.
Precauções
• Conserve as mãos o mais afastadas possível das ferramentas de dobra.
• Use luvas de proteção.
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Curva cilíndrica
Observação
• Se o raio de curvatura ficar aberto, repasse novamente a chapa na prensa, fazendo
com que o estampo fique entre as linhas traçadas e não sobre elas.
9. Desligue a máquina.
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Curva cilíndrica
Calandra
Calandras são máquinas usadas para curvar chapas, perfis e tubos. São constituídas
por conjunto de rolos ou cilindros com movimento giratório e pressão regulável. O
material que se quer curvar é colocado entre os rolos que giram e pressionam até que
o curvamento esteja pronto.
A calandra permite curvar peças de acordo com o raio desejado.O diâmetro mínimo
que pode ser calandrado varia de 1,3 a 1,5 vezes o diâmetro do cilindro superior.
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Curva cilíndrica
O rolo fixo é aquele que tem apenas o movimento giratório; o rolo móvel, além de
girar, também pode ser movimentado para cima ou para baixo, de modo que o raio de
curvatura será maior ou menor, de acordo com a distância entre os rolos e de acordo
com a pressão que é aplicada.
Existe um tipo de calandra com rolos inferiores que se deslocam inclinados entre si no
sentido vertical; este tipo de calandra facilita a conformação de um cone, cujos raios de
curvatura são diferentes.
Outras calandras podem ter um dos rolos inferiores e o superior fixos e o outro rolo
inferior móvel; neste caso, o rolo móvel é que é responsável pela pressão aplicada à
chapa e pelo conseqüente raio de curvatura.
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Curva cilíndrica
curvadas para que possam ser justapostas perfeitamente. Essa curvatura deve
representar 1/10 do comprimento total da chapa.
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Curva cilíndrica
As calandras para chapas podem ser de dois tipos: as de três rolos e as de quatro
rolos.
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Curva cilíndrica
A calandra com três rolos em pirâmide apresenta dois rolos fixos situados no mesmo
plano horizontal em um terceiro rolo superior e móvel, responsável pelo curvamento.
Neste caso, a ação do rolo curvador não é exercida na borda da chapa; por isso, fica
uma região plana em cada extremidade. Para conseguir o curvamento total, é preciso
fazer o pré-curvamento.
Os dois rolos de arraste estão no mesmo plano vertical; um deles é fixo e o outro
móvel e giram em sentidos opostos; a pressão destes dois rolos é suficiente para
arrastar a chapa e endireitá-la, enquanto que nas máquinas em pirâmide é necessária
a ação dos três rolos.
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Curva cilíndrica
• Para curvar a outra extremidade, deve-se abaixar os rolos laterais e fazer deslizar a
chapa sobre os rolos fixos até que a outra extremidade fique alinhada;
• Após o curvamento das bordas, a chapa é passada pelos rolos tantas vezes
quantas forem necessárias para que o cilindro seja conformado. A cada passada é
aumentada a pressão dos rolos curvadores.
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Curva cilíndrica
Essas calandras podem curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados, cantoneiras,
perfis T, U, redondos, tubos, etc.
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Curva cilíndrica
Para curvar tubos usam-se dois rolos com rebaixos correspondentes ao diâmetro do
tubo.
Os rolos com movimentos simétrico estão dispostos de modo que o rolo superior é
imóvel e os laterais são fixos, fazendo com que a distância entre os eixos dos rolos
seja a mesma.
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Curva cilíndrica
De acordo com o modelo, a calandra pode ter rolos com eixo horizontal e com eixo
vertical.
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Curva cilíndrica
Tanto as máquinas com eixo vertical quanto as que têm eixo horizontal apresentam um
rolo - guia, também regulável, cuja função é manter o perfil ou tubo no plano de
curvamento e permitir curvamento em espiral.
Acionamento da calandra
As calandras tanto para chapas quanto para tubos e perfis podem ser: manuais,
mecânicas e hidraúlicas.
Calandra manual
A calandra manual possui um volante para fazer girar os rolos e dois manípulos para
aplicar a pressão necessária de trabalho.
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Calandra mecânica
A calandra mecânica tem um motor elétrico para movimentar os rolos curvadores e
dois manípulos para pressionar o cilindro responsável pela curvatura da chapa.
Calandra hidráulica
A calandra hidráulica também apresenta motor elétrico para movimentar os rolos
curvadores e um sistema hidráulico, acionado por botão, que imprime maior ou menor
pressão ao rolo. Geralmente a calandra hidráulica é usada para serviços mais
pesados.
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Curva cilíndrica
Calandrar superfície
cilíndrica
Processo de execução
segmento de raio.
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Curva cilíndrica
Observações
• Se a curvatura for feita na prensa dobradeira, regule-a de modo que não fiquem
marcas da ferramenta na chapa.
• Se a curvatura for feita por intermédio de ferramenta de impacto, evite marcar o
material.
4. Regule o paralelismo dos cilindros fazendo com que fiquem tangenciados entre si.
Observação
• Para tangenciar os cilindros, movimente o cilindro móvel de acordo com o sistema
da máquina utilizada.
Precaução
• Faça a regulagem com a máquina desligada.
5. Regule a distância entre o cilindro móvel e o fixo, introduzindo a chapa entre eles.
Observações
• Mantenha o paralelismo entre os cilindros no sentido horizontal.
• Centralize a chapa na calandra de modo que os espaços laterais, no sentido
horizontal dos rolos, fiquem aproximadamente iguais.
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Curva cilíndrica
• Mantenha o material entre os cilindros no esquadro para evitar que o produto final
fique torcido.
Precaução
• Faça a regulagem com a máquina desligada.
Observação
• Os cilindros devem girar de modo a permitir a passagem da chapa entre eles.
Observações
• A cada duas passadas da chapa de uma extremidade a outra, desligue a máquina
e aumente a pressão de curvatura.
• A pressão de curvatura deve ser aplicada na extremidade da chapa.
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Curva cilíndrica
9. Gire os manípulos para soltar os parafusos e deixar a peça livre entre os cilindros.
Observação
• Em trabalhos com chapas de grande espessura e diâmetro, dê pontos de solda na
junta antes de soltar os parafusos.
10. Fixe os cilindros superior girando o manípulo para apertar a esfera do prolongador
ou coloque calço quando não houver prolongador.
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Curva cilíndrica
Observação
• Para facilitar a retirada da peça, apóie o mancal sobre um calço de madeira.
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Curva cilíndrica
Ferramentas e instrumentos
• Trena;
• Régua de traçar;
• Escala;
• Riscador;
• Transferidor de graus;
• Curva francesa;
• Martelo;
• Punção de bico;
• Broca;
• Lima;
• Compasso;
• Esquadro.
Ordem de execução
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02 Curva 01 Ch. aço ABNT 1010/20 3,2 x 500 x 600
01 Flange 02 Ch. aço ABNT 1010/20 # 4,7 x 25,4 x 795
Peça Denominação e observações Quant. Material e dimensões
TÍTULO
TAREFA UNIDADE: mm
CURVA CILÍNDRICA PROJEÇÃO:
18 CALDEIREIRO
ESCALA: 1:5
DATA: 24/11/92
ORIGEM: QUALIFICAÇÃO: REGISTRO:
Bibliografia
SENAI 43
Aprendizagem Industrial
Caldeireiro
46.30.11.075-4 Caldeireiro I
1. Prisma com duas faces limitadas
2. Chapa traçada e puncionada
3. Bloco Limado
4. Bloco roscado
5. Braçadeira
6. Pá de lixo
7. Soldagem pelo processo oxiacetilênico
8. Oxicorte de chapas
9. Talhadeira e bedame
10. Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
11. Escumadeira
12. Parafuso com olhal
13. Caixa lateral do redutor
46.30.12.083-1 Caldeireiro II
14. Feixe tubular
15. Tubo curvado com frange
16. Churrasqueira
17. Coifa com base quadrada e com base retangular
18. Curva cilíndrica
19. Tubo especial com base quadrada e saída redonda
20. Ralo
21. Base para vaso de pressão