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Caldeireiro II

Curva cilíndrica
Curva cilíndrica

Caldeireiro II

© SENAI-SP, 1995

Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria


de Educação do SENAI - SP.

Coordenação do projeto Célio Torrecilha


Elaboração Selma Ziedas
Célio Torrecilha
Conteúdo técnico Mauro Rocato (CFP 1.19)
Revisão técnica Lúcio Francisco Rosati
Luiz Carlos Maia (DPC)
Miguel A. Pereira Filho (CFP 1.24)
Nuncio Ricchiuti Crumo (CFP 3.01)
Reinaldo Rodrigues (CFP 1.18)
Roberlei Dias de Sousa (CFP 1.18)
Coordenação editorial Luiz Thomazi Filho
Assistência editorial Ivanisa Tatini
Composição Maria Verônica Rodrigues de Oliveira
Diagramação Teresa Cristina Maíno de Azevedo
Digitalização Sedoc – serviços especializados em mão – de – obra
e transporte de documentos impressos Ltda
Ilustração José Luciano de Souza Filho
Desenho técnico Gilvan Lima da Silva
José Luciano de Souza Filho
Arte - final Teresa Cristina Maíno de Azevdo
Produção gráfica Francisco Agostinho Rodrigues
Victor Atamanov

S47c SENAI.SP. Curva cilíndrica. Por Selma Ziedas et aliii. São Paulo, 1995
44p. (Caldeireiro II, 18)

1. Caldeiraria
2. Curva cilíndrica. I.t.II.s.

621.772
(CDU, IBICT, 1976)

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


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SENAI
Curva cilíndrica

Sumário

Introdução 05

Planificação de cilindro truncado 07


• Processo de desenho geométrico 07
• Processo de cálculo trigonométrico 10

Planificar segmento de curva cilíndrica 15

Curvar na prensa dobradeira 17

Calandra 21
• Calandras para chapas 24
• Calandras para tubos e perfis 27
• Acionamento da calandra 30

Calandrar superfície cilíndrica 33

Curva cilíndrica 39

Bibliografia 43

SENAI
Curva cilíndrica

Introdução

Tubulações feitas com chapas metálicas muitas vezes devem ter o seu sentido de
direção modificado.

Para mudar a direção, o caldeireiro constrói uma curva cilíndrica. Esta peça é
executada em segmentos e exige uma planificação cuidadosa, feita por meio de
geometria ou cálculos trigonmétricos.

Construir uma curva cilíndrica é a tarefa que você vai executar nesta unidade.

Para auxiliá-lo, são dadas informações relativas a planificação e calandra.

Esta tarefa exige as seguintes operações:


• Planificar segmento de curva cilíndrica;
• Curvar na prensa dobradeira;
• Calandrar superfície cilíndrica.

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Curva cilíndrica

Planificação de cilindro
truncado

Planificar superfície lateral de um cilindro truncado consiste em traçar a peça num


plano. Esta operação permite construir uniões, derivações, cotovelos e outras peças.

A planificação pode ser feita mediante o processo de desenho geométrico ou por


processo de cálculo trigonométrico.

Processo de desenho geométrico

O emprego do processo geométrico implica traçagem de elevação e da planta da peça


a ser planificada. Para tornar claro este processo, vamos planificar, a título de
ilustração, um cotovelo.

Após traçar a elevação e a planta, a circunferência é dividida no maior número possível


de partes. Quanto maior a divisão, mais preciso será o traçado.

Com base nas medidas feitas na circunferência, traçam-se linhas perpendiculares até
pontos correspondentes às medidas na elevação.

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Curva cilíndrica

Para obter o contorno do plano, transportam-se para a linha horizontal traçadas as


divisões feitas na circunferência e, em seguida, os pontos de intersecção da elevação
por meio de linhas paralelas à base.

Partindo dos pontos marcados na linha - base, traçam-se perpendiculares a esta linha
até que elas cruzem as paralelas já traçadas. Unem-se os pontos utilizando uma curva
francesa ou régua flexível.

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O mesmo princípio é usado em outras situações conforme segue:


• Intersecção de cilindros com diâmetros diferentes.

• Planificação de cilindro com duas bases inclinadas.

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Processo de cálculo trigonométrico

O processo trigonométrico é feito por meio de cálculos e implica a construção de


triângulos. Esses cálculos envolvem, basicamente, a construção de triângulos
retângulos, a partir dos quais podem ser encontradas as medidas necessárias à
planificação.

Por exemplo:

O desenho da peça apresenta as medidas do diâmetro médio, da altura e do ângulo.


Esses dados servem de referência para traçar a peça.

Traça-se uma semicircunferência dividindo-a em partes iguais. Quanto maior o número


de divisões, maior será a precisão da planificação. Neste exemplo são feitas seis
divisões.

Prolongam-se paralelas dos pontos das divisões até que elas se cruzem com a linha
correspondente às medidas dos desenhos da elevação.

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Traçam-se triângulos retângulos na elevação e na semicircunferência.

Destacam-se da semicircunferência os triângulos retângulos e determinam-se os


valores de a e b, lados dos catetos dos triângulos, por meio de trigonometria.

a b
cos 30º = cos 60º =
250 250

a = 250 . cos 30º b = 250 . cos 60º


a = 250 . 0,866 b = 250 . 0,5
a = 216,5 b = 125

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Curva cilíndrica

Destacam-se do desenho da elevação os triângulos retângulos e determinam-se os


valores A1, B2, C3, D4, E5 e F6, usando-se trigonometria:

Cálculo A1 Cálculo B2

A1 = H - P4 B2 = H - Q4

P4 Q4
tg 30º = tg 30º =
250 a
P4 = tg 30º . 250 Q4 = tg 30º . a
P4 = 0,577 . 250 Q4 = 0,577 . 216,5
P4 = 144,2 Q4 = 125

A1 = 600 - 144,2 B2 = 600 - 125


A1 = 455,8 B2 = 475

Cálculo C3

C3 = H - R4

R4
tg 30º =
b
R4 = 0,577 . 125
R4 = 72,1

C3 = 600 - 72,1
C3 = 527,9

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Cálculo D4 Cálculo E5

D4 = H
D4 = 600

E5 = H + S5

S5 = R4

E5 = 600 + 72,1
E5 = 672,1

Cálculo F6 Cálculo G7

F6 = H + T6 G7 = H + U7

T 6 = Q6 U7 = P4

F6 = 600 + 125 G7 = 600 + 144,2


F6 = 725 G7 = 744,2

Os valores obtidos orientam a planificação.

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O mesmo princípio é válido para outras situações. Por exemplo:

• Planificação de curva cilíndrica.

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Planificar segmento de curva


cilíndrica

Planificar segmento de curva cilíndrica consiste em traçar em um plano a superfície de


uma secção cilíndrica, com o objetivo de formar uma curva.

Seu emprego é muito freqüente na construção de tubulações de exaustão de gases.

Processo de execução

1. Prepare as ferramentas e instrumentos de traçagem.

2. Prepare a chapa para o traçado.

3. Trace a elevação da peça e uma semicircunferência.

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Observação
• Trace a peça com a medida do diâmetro médio.

4. Divida a circunferência em partes iguais e trace paralelas que devem cruzar com a
linha do primeiro gomo.

Observação
• Divida a semicircunferência no maior número de partes iguais possível para obter
maior precisão no traçado.

5. Transporte para uma linha horizontal o dobro do número de divisões da


semicircunferência, trace perpendiculares aos pontos das divisões e planifique os
gomos.

Observação
• As linhas de solda entre os gomos devem ficar a uma distância de 180º uma da
outra.

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Curvar na prensa dobradeira

Curvar na prensa dobradeira é uma operação que consiste em dar formas


arredondadas à chapa. Este trabalho é feito por intermédio de estampos e matrizes
previamente selecionadas de acordo com o trabalho a executar; a curvatura desejada
é obtida por batidas sucessivas sobre a chapa, após a regulagem adequada da
prensa.

Este processo é muito utilizado para curvar as extremidades de chapas que serão
calandradas e na execução de peças que possuem raios próximos a dobras,
impossibilitando o uso da calandra para realizá-los.

Processo de execução

1. Trace as linhas de curvatura.

Observação
• Trace linhas paralelas no local de curvatura de acordo com o formato da peça a ser
obtida.

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2. Faça um sagma para conferir o raio de curvatura da peça.

3. Coloque o estampo na prensa.

Observação
• Selecione o estampo e a matriz de acordo com a espessura e o comprimento da
peça a ser curvada.

4. Ligue a máquina.

5. Coloque a matriz na prensa.

6. Regule a pressão de trabalho.

7. Introduza a chapa entre o estampo e a matriz, acione o pedal e curve.

Observações
• Mantenha o pedal acionado.
• O estampo deve coincidir exatamente com as linhas de curvatura para que a região
curvada não fique torcida.

• A cada batida do estampo na chapa, movimente-a para a próxima linha de


curvatura.

Precauções
• Conserve as mãos o mais afastadas possível das ferramentas de dobra.
• Use luvas de proteção.
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8. Confira o raio de curvatura.

Observação
• Se o raio de curvatura ficar aberto, repasse novamente a chapa na prensa, fazendo
com que o estampo fique entre as linhas traçadas e não sobre elas.

9. Desligue a máquina.

10. Ajuste o raio de curvatura de acordo com o sagma, se necessário.

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Calandra

Calandras são máquinas usadas para curvar chapas, perfis e tubos. São constituídas
por conjunto de rolos ou cilindros com movimento giratório e pressão regulável. O
material que se quer curvar é colocado entre os rolos que giram e pressionam até que
o curvamento esteja pronto.

A calandra permite curvar peças de acordo com o raio desejado.O diâmetro mínimo
que pode ser calandrado varia de 1,3 a 1,5 vezes o diâmetro do cilindro superior.

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Os rolos das calandras são fixos e móveis.

O rolo fixo é aquele que tem apenas o movimento giratório; o rolo móvel, além de
girar, também pode ser movimentado para cima ou para baixo, de modo que o raio de
curvatura será maior ou menor, de acordo com a distância entre os rolos e de acordo
com a pressão que é aplicada.

Quando se emprega calandra em que apenas o rolo superior é móvel, é necessário


curvar as bordas previamente para evitar que a superfície da borda fique plana,
causando a ovalização.

Existe um tipo de calandra com rolos inferiores que se deslocam inclinados entre si no
sentido vertical; este tipo de calandra facilita a conformação de um cone, cujos raios de
curvatura são diferentes.

Outras calandras podem ter um dos rolos inferiores e o superior fixos e o outro rolo
inferior móvel; neste caso, o rolo móvel é que é responsável pela pressão aplicada à
chapa e pelo conseqüente raio de curvatura.

A calandragem ou curvatura na calandra começa com a traçagem da peça a ser


curvada e o corte da chapa nas medidas exigidas. Em seguida, as bordas são

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Curva cilíndrica

curvadas para que possam ser justapostas perfeitamente. Essa curvatura deve
representar 1/10 do comprimento total da chapa.

Quando a chapa é fina, isto é, tem aproximadamente 1,5mm de espessura, o


curvamento inicial pode se feito a mão, com auxílio de martelo ou macete; se a chapa
apresentar espessura superior, suas bordas são curvadas por meio da prensa
dobradeira.

Quando se deseja conformar um cilindro, utiliza-se geralmente uma calandra com um


conjunto de três rolos, dispostos como vértices de um triângulo.

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Curva cilíndrica

Os rolos inferiores giram para a esquerda e para a direita, combinando com o


movimento vertical para baixo do rolo superior que também gira para a esquerda e
paraa direita, até o completo fechamento do cilindro.

Quanto à aplicação, as calandras podem ser classificadas em calandras para chapas e


calandras para tubos e perfis.

Calandras para chapas

As calandras para chapas podem ser de dois tipos: as de três rolos e as de quatro
rolos.

Calandras de três rolos


São as mais comuns na indústria. Os rolos podem estar dispostos em uma formação
de pirâmide ou com dois rolos paralelos e o terceiro que se desloca em posição
oblíqua.

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Curva cilíndrica

A calandra com três rolos em pirâmide apresenta dois rolos fixos situados no mesmo
plano horizontal em um terceiro rolo superior e móvel, responsável pelo curvamento.

Neste caso, a ação do rolo curvador não é exercida na borda da chapa; por isso, fica
uma região plana em cada extremidade. Para conseguir o curvamento total, é preciso
fazer o pré-curvamento.

A calandra com dois rolos paralelos e um oblíquo também é conhecida como


curvadora desempenadora.

Os dois rolos de arraste estão no mesmo plano vertical; um deles é fixo e o outro
móvel e giram em sentidos opostos; a pressão destes dois rolos é suficiente para
arrastar a chapa e endireitá-la, enquanto que nas máquinas em pirâmide é necessária
a ação dos três rolos.

Calandra de quatro rolos


Facilitam o trabalho de pré-curvamento das extremidades. Esse trabalho é feito da
seguinte maneira:
• Alinha-se a chapa entre os rolos de modo que a extremidade da chapa coincida
com o centro do rolo superior;

• Determina-se a pressão adequada dos rolos laterais responsáveis pelo curvamento


de uma das extremidades e aciona-se a máquina até atingir a curvatura desejada;

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• Para curvar a outra extremidade, deve-se abaixar os rolos laterais e fazer deslizar a
chapa sobre os rolos fixos até que a outra extremidade fique alinhada;

• Novamente é determinada a pressão adequada dos rolos laterais para curvar a


extremidade;

• Após o curvamento das bordas, a chapa é passada pelos rolos tantas vezes
quantas forem necessárias para que o cilindro seja conformado. A cada passada é
aumentada a pressão dos rolos curvadores.

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Calandra para tubos e perfis

A calandra para tubos e perfis apresenta conjuntos de rolos ou cilindros sobrepostos,


feitos de aço temperado, com aproximadamente 200mm de diâmetro.

Observe a figura a seguir.

Essas calandras podem curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados, cantoneiras,
perfis T, U, redondos, tubos, etc.

No caso de curvar perfil, usa-se um rolo especial que apresenta um rebaixo


correspondente à forma do perfil a ser curvado, L, T, U, fazendo o papel de matriz; o
outro rolo é responsável pelo curvamento.

Curvamento de perfil em Curvamento de perfil em


T U

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Curva cilíndrica

Para curvar tubos usam-se dois rolos com rebaixos correspondentes ao diâmetro do
tubo.

O curvamento é feito introduzindo o perfil entre os rolos da calandra. O espaço entre


dois rolos do mesmo jogo deve ser igual à espessura do perfil. Este espaço é
conseguido por meio de uma placa da mesma espessura do perfil, intercalada entre os
rolos.

Os rolos da calandra para perfis desempenham o mesmo papel que os rolos da


calandra para chapas.

Os rolos da calandra para perfis podem ter um movimento simétrico ou assimétrico.

Os rolos com movimentos simétrico estão dispostos de modo que o rolo superior é
imóvel e os laterais são fixos, fazendo com que a distância entre os eixos dos rolos
seja a mesma.

No caso de disposição assimétrica, os rolos laterais são móveis e o superior é fixo;


deste modo, os rolos seguem um movimento inclinado, fora do eixo dos rolos.

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Curva cilíndrica

De acordo com o modelo, a calandra pode ter rolos com eixo horizontal e com eixo
vertical.

As calandras com eixo horizontal curvam o perfil em um plano vertical.

As calandras com eixo vertical curvam o perfil em um plano horizontal.

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Curva cilíndrica

Tanto as máquinas com eixo vertical quanto as que têm eixo horizontal apresentam um
rolo - guia, também regulável, cuja função é manter o perfil ou tubo no plano de
curvamento e permitir curvamento em espiral.

Acionamento da calandra

As calandras tanto para chapas quanto para tubos e perfis podem ser: manuais,
mecânicas e hidraúlicas.

Calandra manual
A calandra manual possui um volante para fazer girar os rolos e dois manípulos para
aplicar a pressão necessária de trabalho.

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Calandra mecânica
A calandra mecânica tem um motor elétrico para movimentar os rolos curvadores e
dois manípulos para pressionar o cilindro responsável pela curvatura da chapa.

Calandra hidráulica
A calandra hidráulica também apresenta motor elétrico para movimentar os rolos
curvadores e um sistema hidráulico, acionado por botão, que imprime maior ou menor
pressão ao rolo. Geralmente a calandra hidráulica é usada para serviços mais
pesados.

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Curva cilíndrica

Todos os tipos de calandra apresentam em uma das extremidades um dispositivo que


permite soltar o cilindro superior para retirar a peça calandrada.

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Curva cilíndrica

Calandrar superfície
cilíndrica

Calandrar superfície cilíndrica consiste em dar à chapa ou a um perfilado uma forma


cilíndrica total ou parcial. Esta operação é executada na construção de corpos ou
costados de tanques, caldeiras; permutadores de calor, colunas de destilação, etc.

Processo de execução

1. Prepare o material a ser calandrado.

2. Faça um sagma para conferir o raio de curvatura.

3. Curve os extremos quando a peça for totalmente cilíndrica ou quando for um

segmento de raio.

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Curva cilíndrica

Observações
• Se a curvatura for feita na prensa dobradeira, regule-a de modo que não fiquem
marcas da ferramenta na chapa.
• Se a curvatura for feita por intermédio de ferramenta de impacto, evite marcar o
material.

4. Regule o paralelismo dos cilindros fazendo com que fiquem tangenciados entre si.

Observação
• Para tangenciar os cilindros, movimente o cilindro móvel de acordo com o sistema
da máquina utilizada.

Precaução
• Faça a regulagem com a máquina desligada.

5. Regule a distância entre o cilindro móvel e o fixo, introduzindo a chapa entre eles.

Observações
• Mantenha o paralelismo entre os cilindros no sentido horizontal.
• Centralize a chapa na calandra de modo que os espaços laterais, no sentido
horizontal dos rolos, fiquem aproximadamente iguais.

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Curva cilíndrica

• Mantenha o material entre os cilindros no esquadro para evitar que o produto final
fique torcido.

Precaução
• Faça a regulagem com a máquina desligada.

6. Acione o motor e calandra a chapa.

Observação
• Os cilindros devem girar de modo a permitir a passagem da chapa entre eles.

7. Desligue a máquina fazendo com que a extremidade oposta do material fique em


posição inversa à inicial.

8. Faça a regulagem da pressão de curvatura do cilindro gradualmente, até terminar a


calandragem.

Observações
• A cada duas passadas da chapa de uma extremidade a outra, desligue a máquina
e aumente a pressão de curvatura.
• A pressão de curvatura deve ser aplicada na extremidade da chapa.

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Curva cilíndrica

• Na calandragem de cilindros de chapa com até 3mm de espessura, deve-se deixar


que uma extremidade se sobreponha à outra para compensar a elasticidade do
material.

9. Gire os manípulos para soltar os parafusos e deixar a peça livre entre os cilindros.

Observação
• Em trabalhos com chapas de grande espessura e diâmetro, dê pontos de solda na
junta antes de soltar os parafusos.

10. Fixe os cilindros superior girando o manípulo para apertar a esfera do prolongador
ou coloque calço quando não houver prolongador.

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Curva cilíndrica

11. Retire a bucha do mancal basculante, solte a borboleta de fixação e incline o


mancal.

12. Retire a peça da calandra.

Observação
• Para facilitar a retirada da peça, apóie o mancal sobre um calço de madeira.

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Curva cilíndrica

Curva cilíndrica

Ferramentas e instrumentos
• Trena;
• Régua de traçar;
• Escala;
• Riscador;
• Transferidor de graus;
• Curva francesa;
• Martelo;
• Punção de bico;
• Broca;
• Lima;
• Compasso;
• Esquadro.

Ordem de execução

1. Planifique, corte e ajuste os gomos da peça nº 1.

2. Calandre, arredonde, ponteie e solde os gomos.

3. Monte e ponteie formando o conjunto.

4. Trace, corte e chanfre os segmentos para formar a peça nº 2.

5. Monte os segmentos, ponteie, solde, dê acabamento e desempene os flanges.

6. Trace e fure os flanges.

7. Monte os flanges na curva, ponteie, solde o conjunto e dê acabamento.

SENAI 39
02 Curva 01 Ch. aço ABNT 1010/20 3,2 x 500 x 600
01 Flange 02 Ch. aço ABNT 1010/20 # 4,7 x 25,4 x 795
Peça Denominação e observações Quant. Material e dimensões
TÍTULO
TAREFA UNIDADE: mm
CURVA CILÍNDRICA PROJEÇÃO:

18 CALDEIREIRO
ESCALA: 1:5
DATA: 24/11/92
ORIGEM: QUALIFICAÇÃO: REGISTRO:

CFP-0.00 MECÂNICO DE USINAGEM GED / DD-4.1735 01/01


Curva cilíndrica

Bibliografia

LARBURU, Nicolás. El trazado em el taller de calderaría. Barcelona, Editorial


Gustavo Gili, 1967.

SENAI - SP. Razões trigonométricas: Aplicações. São Paulo, 1988


(Matemática II, 7).

-----------------.SMO Caldeireiro. São Paulo, 1976.

SENAI 43
Aprendizagem Industrial
Caldeireiro

46.30.11.075-4 Caldeireiro I
1. Prisma com duas faces limitadas
2. Chapa traçada e puncionada
3. Bloco Limado
4. Bloco roscado
5. Braçadeira
6. Pá de lixo
7. Soldagem pelo processo oxiacetilênico
8. Oxicorte de chapas
9. Talhadeira e bedame
10. Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
11. Escumadeira
12. Parafuso com olhal
13. Caixa lateral do redutor

46.30.12.083-1 Caldeireiro II
14. Feixe tubular
15. Tubo curvado com frange
16. Churrasqueira
17. Coifa com base quadrada e com base retangular
18. Curva cilíndrica
19. Tubo especial com base quadrada e saída redonda
20. Ralo
21. Base para vaso de pressão

46.30.13.091-7 Caldeireiro III


22. Tubo com intersecções
23. Tampo semi-esférico com intersecção cilíndrica paralela
24. Tampo elíptico
25. Vaso de pressão
26. Cesto basculante
27. Hélice transportadora
28. Tubo especial com base redonda e saída retangular
29. Tubo com bifurcação cônica
30. Curva de redução

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