Você está na página 1de 31

QUILOMBOLA

UMA HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA E


SOBERANIA ALIMENTAR
Coleção "Mocambo dos Negros"

Rosimeire Morais Cardeal Simão


Helder Ribeiro Freitas
Xirley Pereira Nunes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOLOGIA
E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL - PPGADT

AUTORES: ILUSTRAÇÕES:

ROSIMEIRE MORAIS CARDEAL AFIRK- ARTE DIGITAL


SIMÃO MURILO A. SANTANA -
HELDER RIBEIRO FREITAS LÁPIS DE COR
XIRLEY PEREIRA NUNES BANCO DE ILUSTRAÇÃO -
FREEPIK

FICHA CATALOGRÁFICA
Simão, Rosimeire Morais Cardeal
S588q Quilombola: uma história de resistência e soberania alimentar / Rosimeire
Morais Cardeal Simão; Helder Ribeiro Freitas e Xirley Pereira Nunes. – Juazeiro-
BA, 2023.
32 f.: il. ; 29 cm.

Livro Digital (PDF).

ISBN: 978-85-5322-206-3

1. Quilombos. 2. Agricultura Familiar. I. Título. II. Freitas, Helder Ribeiro. III.


Nunes, Xirley Pereira. IV. Universidade Federal do Vale do São Francisco.

CDD 305.896

Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF


Bibliotecário: Márcio Pataro. CRB - 5 / 1369.
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................... 1
A terra, a alimentação e o quilombo ................................. 3
Alimentos da cultura alimentar cultivados na
comunidade Quilombola de Mocambo dos Negros
............................................................................................................................... 5
Território: construção histórica de vidas ................... 6
A pesquisa: Comunidade de Mocambo dos Negros,
Itapura, Miguel Calmon - BA..................................................... 13
Soberania alimentar e resistência .................................... 18
Pauta para a garantia da soberania alimentar ..... 20
Palavras finais ..................................................................................... 23
Referências .......................................................................................... 25
Para saber mais ................................................................................ 26
Introdução
Este é o volume um de um conjunto de três cadernos
da coleção "Mocambo dos Negros" que surgiu como
parte dos resultados do projeto de pesquisa intitulado
"Culturas Alimentares, agrobiodiversidade e Segurança
Alimentar no Território de Mocambo dos Negros, distrito
de Itapura no município de Miguel Calmon - BA",
realizado entre 2019 a 2023.
Com a produção desta coleção espera-se devolver
os dados à comunidade, além de divulgar e promover a
valorização das histórias e dos conhecimentos locais que
foram sistematizados com a pesquisa.
A Coleção de cadernos "MOCAMBO DOS NEGROS"
surge, assim, como realização de um compromisso ético
de devolução dos resultados à comunidade que foi
parceira no levantamento de dados em campo.
Acreditamos que os cadernos dessa coleção podem ser
instrumentos de múltiplas aprendizagens.
Os conhecimentos apresentados em cada um dos
cadernos são parte da história e dos costumes do povo
deste lugar. Contudo, esperamos que não somente a
população deste quilombo possa ter acesso ao material,
mas para todos que queiram ler os cadernos com as
histórias do quilombo Mocambo dos Negros.
1
Conhecer o sentido das lutas, de forma que
conquistem o reconhecimento social de sua identidade,
de seus saberes e de seus direitos.
Os quilombolas mantêm aspectos significativos da
sua cultura e de sua forma de reprodução cultural
enraizados na diversidade de ecossistemas presentes
neste lugar. Neste primeiro caderno “Quilombola: Uma
história de Resistência e Soberania Alimentar”,
tratamos da terra, alimentação, do território, da
construção de vidas, da soberania alimentar e
resistência e das pautas para a garantia da soberania
alimentar; no segundo caderno fala sobre as receitas
preparadas pelos moradores do lugar e no terceiro
caderno retrata as plantas alimentícias e medicinais
utilizadas pelos moradores.
Desta forma, este caderno tem como principal
objetivo apresentar a cultura alimentar e os desafios
para promoção da segurança alimentar e nutricional
junto aos agricultores familiares da comunidade
quilombola Mocambo dos Negros.

2
A terra, a alimentação e o
quilombo
A base da alimentação brasileira surge não só da
terra cativa, mas também do quilombo, representação
da luta pela liberdade. Assim, o cultivo e a culinária
desde o Brasil colônia revela a força, a luta pela
liberdade, sendo uma representação do território
mãe, a África. Para os negros fugidos o alimento lhe
trazia uma memória afetiva.
Embora, muitos de nós possamos consumir esses
alimentos, sem pensar em sua história, eles só
existem, devido a essa luta. Os territórios
quilombolas, na atualidade, são locais de reprodução
e manutenção dessa cultura alimentar.

3
Diversos preparos alimentares oriundos das cozinhas
do quilombo como o frango com angu, o acarajé, a
comida mais apimentada, e tantos outros, foram em
alguns casos adaptados e incorporados à base da
alimentação brasileira.

A base da alimentação brasileira nasce não


só da terra cativa, mas também do quilombo,
representação da luta pela liberdade.
Assim, o cultivo, a culinária desde o Brasil
colônia revela a força, a luta pela liberdade,
sendo uma representação do território mãe,
a África.

4
Alimentos da cultura alimentar cultivados
na comunidade Quilombola de Mocambo
dos Negros.

Pimenta do reino Pimenta

Mamão Abóbora

5
Território: construção
histórica de vidas
TERRITÓRIO é aquele
espaço que uma comunidade
usa e tem nele sua história,
onde a vida é (re)produzida
socialmente, imersa em
distintas relações de poder.

Os territórios tradicionais são, assim, indispensáveis


e necessários à reprodução cultural, social e econômica
dos povos e comunidades tradicionais. Ao serem
utilizados de forma permanente ou temporária, esses
territórios tornam-se parte constitutiva de seus modos
de vida e valores.
Entretanto, apesar do território estar citado em lei
e, por isso, ter se tornado um direito, o acesso e uso do
território não são facilmente garantidos e exige muita
luta das comunidades tradicionais.
O reconhecimento de seus direitos territoriais é uma
dificuldade, pois a terra no Brasil ainda é fruto de muita
disputa, em razão da conhecida estrutura fundiária
concentrada em uma cultura política do poder do
latifúndio.

6
Mesmo convivendo com pressões ambientais e
econômicas, a população de Mocambo dos Negros
possui uma história de convivência com o local que
possibilitou a seus moradores desenvolver
agroecossistemas.
É preciso sistematizar os conhecimentos construídos
ao longo da história de vida e de luta dessas
populações, a fim de dar maior visibilidade a essa
comunidade, em suas necessidades, em seus direitos e
identidades.
O território e sua relação com as formas de
organizar, de trabalhar, de elaborar o espaço estão
ligados à cultura quilombola. Ser quilombola está mais
associado a uma maneira de produzir coletivamente,
de entender-se como parte de um grupo, inclusive
também, nas características biológicas.
Dessa forma, as mudanças de território evidenciaram
prejuízos relacionados à identidade dessa população.
Os novos patrimônios culturais que emergem hoje,
também revelam um novo orgulho pelo passado,
pautado por novas reivindicações por direitos e
reparações no presente.

7
IDENTIDADE é a forma como um grupo ou indivíduo se vê ou
é visto por outros. É construída socialmente, no indivíduo ou
no grupo, quando da autoafirmação de suas marcas
características e também se afirma pelo reconhecimento
atribuído pelos outros que se entendem diferentes do grupo
ou do indivíduo.

Os grupos étnicos denominados quilombolas de


Mocambo dos Negros obtiveram o título de certificação
em 2015. Estes têm na sua historicidade de ocupação
de territórios e, como tal, a escolha de onde se fixar,
baseada na disponibilidade de recursos para garantia
de sobrevivência, a partir do aproveitamento da
biodiversidade alimentar inerente ao ambiente.
A história é sempre recriada e recordada mostrando
o tempo passado e os desafios do presente. Para
conservação dessas memórias, durante a pesquisa, os
autores procuraram registrar os depoimentos das
pessoas, de forma que fossem mantidas as descrições
de histórias de vida em seu contexto socioambiental e
cultural. Na busca de sistematização de saberes e
práticas foram realizados os registros de relatos, da
dinâmica socioambiental e da cultura agroalimentar da
comunidade quilombola Mocambo dos Negros.

8
A relação da produção de alimentos e uma
alimentação adequada e saudável é um direito
humano, e deve estar baseada nas práticas produtivas
dos agroecossistemas, atendendo aos princípios da
variedade, equilíbrio, moderação, prazer e a garantia
do acesso permanente e regular, de forma social e
justa para toda população.
Uma prática alimentar adequada aos aspectos
biológicos e sociais do indivíduo e baseada em práticas
sustentáveis, devem estar em acordo com as
necessidades alimentares especiais e ser referenciada
pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero,
raça e etnia e acessível do ponto de vista físico e
financeiro.
Assim, a alimentação deve se dar de forma
harmônica em quantidade e qualidade, para evitar
enfrentamentos nas interações humanas. Deste modo,
é essencial proporcionar às comunidades o saber
sobre hábitos alimentares favoráveis e práticas
propostas no âmbito das agricultura de base ecológica
promovidas pela agroecologia, em detrimento das
práticas da agricultura industrial.

9
Nesse contexto, a identidade é uma construção
que precisa da memória e da história de um grupo
social. É bom saber que, aquilo que nossos ancestrais
nos deixaram a memória contribui para a valorização
de uma cultura, preservação da memória e a
grandiosidade das histórias, que através do registro,
podem ser permanentes.

A agrobiodiversidade é todo o conjunto


de plantas cultivadas ou coletadas, bem como os
saberes necessários para o seu plantio, manejo e
extração. A agrobiodiversidade é como uma colcha de
retalhos em constante transformação, criada pelas
relações entre as pessoas, as plantas e o ambiente, que
estão sempre lidando com novos problemas e em
busca de novos caminhos (PEREIRA et al., 2016).

10
A atual complexidade da cadeia produtiva de
alimentos coloca a sociedade brasileira diante de
novos riscos à saúde, como a presença de agrotóxicos,
aditivos, contaminantes, organismos geneticamente
modificados e a inadequação do perfil nutricional dos
alimentos (BRASIL, 2013).

Cultivo de alimentos

Fonte: Os Autores (2021) Fonte: Os Autores (2021)

A agrobiodiversidade é essencial à segurança


alimentar e nutricional, que consiste na realização do
direito de todos ao acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade e em quantidade suficiente,
sem comprometer o acesso à outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respeitem a diversidade
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis (SANTILLI,2015).

11
Nesse contexto, existe uma necessidade urgente de
promover novos sistemas alimentares locais para
garantir a produção de alimentos em quantidade e
qualidade, sendo estes acessíveis a toda população,
sem comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais na busca pela proteção da saúde humana.

Frente a insegurança alimentar dessa população,


onde a ausência de políticas públicas destinadas à
segurança alimentar e nutricional está
relacionada à realidade dessa comunidade
quilombola, que em sua maioria, vivem em
condições precárias, com recursos limitados para
investir na produtividade.

12
A pesquisa: Comunidade de
Mocambo dos Negros, Itapura,
Miguel Calmon - BA
Mocambo dos Negros é uma vila fundada no final do
século XIX por escravos fugidos, localizada no vale das
serras do Mocambo, no município de Miguel Calmon-BA,
com uma população de 1722 habitantes e atualmente,
segundo dados da Secretaria Municipalde Saúde do
Município, essa população atinge os 970 habitantes,
sendo 465 composta por homens e 505 mulheres,
segundo os dados do instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística- IBGE (2022).
O nome da vila inicialmente era Mocambo dos Negros,
depois passou a Itabira e, a partir do Decreto Estadual
nº 1.978 de 01/01/1944, Itabira passou a se chamar
Itapura, também de origem indígena, significa “a pedra
que emerge” (VILARONGA, et al., 2007).

13
Localização do Distrito de Itapura-Mocambo dos Negros, Miguel Calmon-BA.

14
Fonte: Os autores, 2021
Formalmente reconhecido como distrito de Itapura,
o quilombo de Mocambo dos Negros trava na
atualidade uma luta pelo reconhecimento do direito de
uso e posse sobre seu território. Além disso, pelos
relatos obtidos na comunidade, constam registros de
dificuldades com a alimentação ou mesmo total falta de
alimentos.
Trabalhador do campo em Mocambo dos Negros

Fonte: Ana Mires, residente em Mocambo dos Negros, 2021

Comunidade de Mocambo dos Negros

Fonte: Ana Mires, residente em Mocambo dos Negros, 2021

15
A receptividade do povo quilombola de Mocambo dos
Negros, facilitou compreender aspectos da agricultura
familiar quilombola e suas práticas alimentares e
agroecológicas que contribui para a Segurança Alimentar
e Nutricional.
Foi possível identificar no modo de vida camponês das
famílias quilombolas de Mocambo dos Negros, os
aspectos que garantem o manejo sustentável e a
organização familiar da comunidade.

Pesquisa de Campo em Mocambo dos Negros

Fonte: Os autores, 2020

16
O levantamento existente sobre as condições de
vida dos quilombolas de Mocambo dos Negros foi
realizado a partir de diferentes estratégicas, como
visitas previamente agendadas, conversas informais,
entrevistas e observação participante, visitas ao local
para observação de campo.
As informações foram registradas em um diário
de campo, coletando durante as visitas e
observações, as falas dos moradores, informações de
documentos disponibilizados pela associação dos
moradores, fotos do acervo de Mocambo dos negros
e os resultados dos questionários aplicados pela
pesquisadora. Todos esses instrumentos de coleta de
dados colaboraram para a definição do objeto de
investigação.
Comunidade de Mocambo dos Negros

Fonte: Arquivo da associação dos moradores de Mocambo dos Negros

17
Soberania alimentar e
resistência
A Soberania diz respeito a suprir sem dependência
as necessidades alimentares básicas. O cultivo, o
beneficiamento e o preparo das receitas fazem parte
desta soberania dos quilombos. Se em outro momento
a resistência se dava em relação a fugir do cativeiro,
hoje se faz na luta pela manutenção e reprodução
dessa cultura alimentar.

As comunidades quilombolas, nesse contexto,


representam a própria reprodução da vida. As
experiências consolidadas nos processos individuais, na
luta diária, na rotina do trabalho, na observação da
natureza, na experimentação e na pesquisa cotidiana
são enriquecidas nesses coletivos produtivos (MOTA et
al., 2021).

18
É essa luta que se reproduz no seio da comunidade
quilombola de Mocambo dos Negros: a busca diária
pela garantia da alimentação, e luta pela sobrevivência,
ao mesmo tempo que buscam garantir a reprodução da
cultura inerente ao modo que vivem, inclusive nas
práticas de produção de alimentos.

A agricultura desenvolvida nas


comunidades quilombolas fazem
parte importante do abastecimento
do mercado interno para a
alimentação da população
brasileira.

19
Pauta para a garantia da
soberania alimentar

A Necessidade de políticas públicas apropriadas


para o incentivo e viabilização da produção
alimentar, agrícola e pesqueira, que aconteçam
por meio de relações trabalhistas dotadas de
direitos, com manejos adequados de solos e
água, de forma que sejam ecológica, econômica e
socioculturalmente apropriadas aos grupos
sociais e seus contextos políticos específicos;

Reconhecimento do direito à autonomia dos


B
grupos para definir sua dieta alimentar e seu
sistema alimentar próprio, ao decidir o que
produzir de alimento, como, quantidade,
qualidade, onde, sob quais condições visando a
autossuficiência. De forma mais abrangente, isso
significa autonomia da nação;

C Manutenção de práticas sociais de sistemas


produtivos e de distribuição sustentáveis, por
meio das quais se garante uma produção
agroecológica, que utiliza técnicas agrícolas livres
de agrotóxicos, distantes de organismos
geneticamente modificados e que respeitam o
meio ambiente;

20
D Estruturação de sistemas de comercialização com
preços acessíveis aos trabalhadores e
trabalhadoras e que os protejam contra a
especulação e pressão dos preços dos grandes
mercados. Promoção de sistemas de alternativos
e institucionais de comercialização, que
possibilitem trocas, tanto de alimentos como de
outros produtos, como artesanatos, quanto
trocas de dias de trabalho ou serviços;

D Acesso à alimentação saudável e diversificada,


que promova, além da valorização da cultura
local, alimentos seguros, nutritivos e
culturalmente apropriados à preservação das
práticas alimentares;

F instituição de formas de vida com qualidade e


distribuição equitativa, entre homens e mulheres,
direito ao acesso e uso dos bens naturais, como a
terra, a água, e a agrobiodiversidade
prioritariamente, redefinindo os direitos de
propriedade;

21
G Promoção do empoderamento das mulheres e
jovens em momentos chave, por exemplo, na
tomada de decisões sobre o uso do território.
Reconhecimento social da importância das
mulheres na gestão da oferta dos alimentos;

Priorização à uma reforma agrária como forma


H
efetiva de apoio à agricultura familiar, para que
modifique a estrutura agrária que impede o
acesso à terra aos camponeses e seus filhos. O
acesso à terra deve ser visto como um direito de
uso e permanência nos territórios utilizados
pelos camponeses, povos e comunidades
tradicionais.
PEREIRA, et al., 2016

22
Palavras finais
Falar em agricultura familiar quilombola é entender
que trata-se da busca pela garantia da soberania
alimentar, pelo combate à fome que tem assolado esse
país, e principalmente falar da reprodução cultural de
um povo. É processo educativo, das técnicas, das
receitas, das cantigas de roda, do modo de vida.
Dessa maneira, estudar as questões relativas a
comunidade de Mocambo dos Negros no distrito de
Itapura, Miguel Calmon-BA, nos levou a compreender
todo o sentido político, social e cultural contido no
alimento. Nos direcionando, assim, a escolha
consciente de qual alimento consumir, por entender
que, escolher pela compra e consumo de um
determinado alimento é reafirmar qual tipo de
agricultura queremos ter.
Assim, apesar de toda a força do povo quilombola,
da sua reprodução e permanência em seus territórios
é fundamental o apoio governamental para a
produção, práticas tradicionais de manejo sustentável
dos agroecossistemas, que garantem o abastecimento
de maior parte dos alimentos consumidos pela
população brasileira.

23
Desta forma, o fortalecimento das práticas agrícolas
e alimentares das comunidades quilombolas é
importante para toda sociedade. Por fim, meus
agradecimentos aos moradores de Mocambo dos
Negros que acolheu a pesquisa.

GRATIDÃO!!!

24
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Atenção BRASIL. Política Nacional
de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

IBGE, 2013. Levantamento da população da cidade de


Miguel Calmon-BA. Disponível em:
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?
lang=&codmun=292120&s earch=bahia|miguel-calmon..
Acesso em 10 de março. 2023.

MOTA, M.D; SILIPRANDI, E; PACHECO,M.E.L. Soberania


alimentar : biodiversidade, cultura e relações de gênero,
editoras técnicas. – Brasília, DF : Embrapa, 2021. PDF (391
p.) : il. color. (Coleção Transição Agroecológica; v.5).

PEREIRA, M.H.F; SERRANO, G.A; PORTO. A.P.B. Quilombolas


e Quilombos: Histórias do povo brasileiro. Belo Horizonte:
Roma, 2012.

PEREIRA et al,. cartilha 1 : Ambientes, história, identidade


e plantas alimentares, Viçosa, MG : Universidade Federal de
Viçosa; MEC/SESU, 2016. (Coleção Norte de Minas).

SANTILLI, J. O reconhecimento de comidas, saberes e


práticas alimentares como patrimônio cultural imaterial.
Demetra v. 10, n. 3, p. 585–606, 2015.

VILARONGA, D; CARVALHO, G. Retrato de Miguel Calmon:


análise geral do Município. Moreira gráfica e editora,
(Gráfica Oxente), 2007.

25
Para saber mais...
APONTE A CÂMERA DO SEU CELULAR PARA O QR
CODE

Material complementar
SANTILLI, Juliana. Agrobiodiversidade e direitos dos
agricultores. São Paulo: Peirópolis, 2009.
ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA).
Soberania e Segurança Alimentar. ANA. 2007 (Caderno
do II Encontro Nacional de Agroecologia).

26
Sobre os autores
Rosimeire Morais Cardeal Simão
Doutora em Agroecologia e Desenvolvimento
Territorial (UNIVASF). Mestre em Educação (UPE).
Graduada em Ciências Biológicas e Nutrição (UPE)
Pós graduação em Nutrição Clínica: Ambulatorial e
Hospitalar (CEFAPP/FACESF) Pós graduação em
Oncologia (INADES). Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0561136187080972

Helder Ribeiro Freitas


Doutor e Mestre em Agronomia (UFV).
Graduado em Engenharia Agronômica (UFV).
Professor Associado II da Fundação
Universidade Federal do Vale do São
Francisco (UNIVASF). Currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/1667909181096511

Xirley Pereira Nunes


Doutora e Mestra em Produtos Naturais e
Sintéticos Bioativos (UFPB). Graduada em
Farmácia (UFPB). Professora Associada IV da
Universidade Federal do Vale do São
Francisco (UNIVASF). Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1401646896322684
2023

Você também pode gostar