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SÍNTESE DO TEXTO: CONCEPÇÕES DE GESTÃO ESCOLAR PÓS–LDB: O

GERENCIALISMO E A GESTÃO DEMOCRÁTICA

Givanildo da Silva
Alex Vieira da Silva
Inalda Maria dos Santos

O texto trata sobre altercações sobre os padrões de gestão escolares


aplicador no período pós – LDB/1996 e suas conseqüências para o panorama
educacional. Possuem como modelos a gestão gerencial e a democrática como
padrões opostos, configurando-se em distintos entendimentos de educação. As
idéias perpassam pelos inícios fundamentais de cada um dos pontos de vista,
assim como oferece a conservação da gestão democrática nos métodos
escolares.
Na primeira parte do texto, os autores procuram estabelecer como
surgiram as bases do gerencialismo público, em suma, o gerencialismo teve
sua gênese em meio à dificuldades do governo e as oposições de concretizar
um Estado de comodidade social em múltiplos países do mundo na década de
80, consistindo em uma opção para o Estado concentrar suas desempenhos à
sociedade e ao mercado. O gerencialismo começou a simular as ambições do
Estado, cujas procedências estão no entendimento político do neoliberalismo.
No Brasil, esse ideal de gerenciamento teve estréio nos anos 90, com o debate
da reforma gerencial do Estado e o desenvolvimento da administração pública
gerencial.
Apesar da crença que o gerencialismo iria favorecer todas as esferas da
sociedade, na prática, sua gestão teve um caráter de exclusão, uma vez que o
mercado era o elemento primordial para a aplicabilidade das medidas
idealizadas.
As prerrogativas do modelo gerencialista são inclinadas sobre a parceria
público-privado, removendo as forças das esferas públicas e movendo-as para
a responsabilidade do setor privado.
Segundo o texto:

As principais características da concepção de gestão pública


gerencialista são a perspectiva hegemônica, na qual se consolidam
ideais burgueses, tendo a população que se adequar às condições
implementadas e buscar alternativas para competir e conquistar
espaços na sociedade, uma vez que a intenção do Estado consiste não
só em diminuir a intervenção na economia, mas também em suas
próprias dimensões.

Uma vez que o Estado é movido pela procura da eficiência e da eficácia,


ele usa da educação para influenciar as massas as suas estratégias políticas.
Como já fora dito, desde os anos 90, a educação vem dando ênfase aos
projetos de gestão gerencial, tanto introduzida nas políticas educacionais do
momento, quanto em documentos legais; a procura da qualidade da educação
e a gestão escolar é o primeiro alvo a ser alcançado pelos países que não tem
um resultado significativo em seus padrões educacionais. Esse modelo tem
como base o Estado mínimo, o neoliberalismo que responsabiliza a
comunidade escola pelo sucesso ou fracasso das instituições de ensino.
Segundo o texto, muitos teóricos defendem que a gestão gerencial
rivaliza contra as expectativas auxiliadas pela gestão democrática, isso se dá
porque o gerencialismo não beneficia a educação pública de qualidade e ativa
a racionalização dos recursos e a responsabiliza a comunidade escolar e local
pelas atividades financeiras.
Caminhando pelo texto, chega o momento dos autores falarem sobre a
gestão democrática; ela teve início nos anos 60, em meio a diversos
movimentos sociais, sindicais, pastorais e de políticas de esquerda. Pela sua
maneira de gerenciamento, a gestão democrática pode ser considerada
utópica, pois um país como o Brasil, marcado historicamente por culturas e
meios sociais de que pregam o coronelismo, clientismo e mandonismo
desfavorecem as atitudes de descentralização do poder.
Assim como foi visto, existem vários teóricos que manifestam sua altivez
contra a gestão generalista, entretanto os mesmos demonstram grande
empatia em favor da gestão democrática e não só esses, mas a própria Carta
Magna, efetivada pelo art. 206, defende um estima especial pela democracia.
O texto nos fala sobre o art. 206 da seguinte maneira:

Com base nesse artigo, nota-se que a educação é vista,


teoricamente, como uma dimensão significativa para possibilitar
autonomia aos agentes envolvidos, bem como uma importante
mediadora para uma possível transformação social. As ações
norteadoras, que se vinculam às práticas educativas, são a igualdade, a
liberdade e o pluralismo de expressão. Nessa perspectiva, “a
Constituição de 1988 avançou um pouco no sentido da melhor
caracterização no campo do ensino”

O texto do art. 206 é um marco importantíssimo para a escola pública,


nele há probabilidade de alterações na sua organização, tornando o gestor um
fundamental agente que necessita modificar seus atos e dividir suas
competências, tomando como base que seu intuito não é apenas o de
coordenar e vigiar, mas de adentrar na comunidade escolar e permitir a divisão
das atividades, descentralizando o poder no contexto escolar.
Dessa premissa, diversas reivindicações surgiram na sociedade civil,
constituída por representantes eleitos pelas instituições educativas, para tentar
mudar os paradigmas de gestão, movimento oposto à gestão gerencial, que
desembocou em uma nova perspectiva para diversos segmentos que compõe
a comunidade educativa; surge então a LDB em 1996.
De acordo com os autores, através da LDB:

A educação brasileira apresenta alguns avanços em sua


organização, especialmente porque é elaborada a partir dos
pressupostos da CF/1988, em que a gestão democrática é um dos
principais elementos de mudança no contexto da sociedade brasileira
[...] instituições públicas passam a ter relativa autonomia3 quanto à
organização e às funções da equipe gestora, em especial, nas práticas
pedagógica, administrativa e financeira. Essas funções são
ressignificadas na legislação atual e sinalizam a interação entre a
equipe escolar, de modo que sejam vivenciados alguns mecanismos da
gestão democrática, entre eles a descentralização do poder, a
participação e a autonomia.

Na última parte do texto, os autores procurar dar uma ênfase ainda


maior a defesa de uma gestão escolar democrática, e, para isso será
necessário a presença de diferentes setores da sociedade para se obter um
modelo de educação alicerçado pelo caráter social, cultural e político onde ela
esteja inserida.
As várias estruturas de domínio social da instituição escolar são
respeitáveis para o quebra de técnicas que concentra a equipe gestora, que
tem a prerrogativa de deliberar ações da instituição de ensino por meio de seu
projeto político-pedagógico (PPP), uma vez que “uma escola mais democrática,
é por definição, uma escola mais autónoma e participativa”. A gestão da escola
é um trabalho coletivo que necessita do conhecimento da realidade de atuação
em que a escola se encontra como também é um aprendizado que carece de
informações amplas sobre a identificação dos profissionais e os fundamentos
característicos do entorno social.
De acordo com o texto:

É oportuno que os demais profissionais da educação participem


do processo de decisão da escola, contribuindo nos aspectos
pedagógico, administrativo e financeiro, pois eles estão no cotidiano da
escola e têm uma visão ampla sobre as práticas na instituição escolar.
É importante que esses profissionais sejam ouvidos e façam parte da
organização escolar, mudando a lógica da hierarquia e rompendo com o
paradigma de que apenas os docentes e gestores sabem o que é
melhor para a educação [...] A presença dos pais na escola é outro
mecanismo de defesa por uma educação de qualidade, com a visão de
atores que não estão no dia a dia, dentro da escola, mas que têm
interesse na oferta de uma educação com oportunidades para todos. A
discussão da presença dos pais na escola é relevante, visto que são
agentes sociais que, se bem aproveitados, contribuirão no processo das
decisões e das avaliações da instituição educativa.

A presença dos alunos é uma estrutura primordial para a eficaz arma


para a implementação da gestão democrática, A função dos educandos na
gestão estabelecida na escola pública é expressivo, pois os mesmos se
sentem respeitáveis frente às práticas educativas e abarcam-se com mais
assiduidade na obras realizadas na escola, pois se tornam co-participantes do
método de laboração do que estão vivendo e são coautores de artifícios
implementações na instituição escolar. “Eis, portanto, o desafio da educação!
transformar a escola em espaço solidário, humanitário e congruente com
práticas inclusivas” e democráticas para todos.

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