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Português > Morfologia , Pontuação , Uso da Vírgula Conjunções: Relação de causa e consequência , Sintaxe ,
1 Q2179032 Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado ,
Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nomina
Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 - EBSERH - Técnico em Enfermagem

NEM SEMPRE O SILÊNCIO É ESQUECIMENTO


Marcel Camargo
Ao contrário do que possa aparentar, muitas vezes o silêncio tem muito a dizer, carregando em seu aparente vazio
uma intensidade tamanha de sentimentos e de carga emocional muito mais significativa do que enxurradas de palavras
ou gestos exacerbados. O silêncio pode acalmar, ferir, amparar ou até mesmo violentar, às vezes trazendo paz, outras
vezes incitando tempestades - nem sempre o silêncio é pacífico.
O silêncio pode ser revolta, rebeldia, contrariedade contida. Nem sempre estamos prontos para expressar nossos
pontos de vista, no sentido de verbalizar o que queremos, o que temos aqui dentro. Assim, mesmo que estejamos
discordando de algo, silenciamos, pois nos falta a coragem necessária para que nos libertemos dessa prisão que nós
próprios criamos, ou mesmo porque sabemos que qualquer tentativa de diálogo será inútil e cansativa naquele
momento.
O silêncio também pode corresponder à reflexão, a um turbilhão de pensamentos pulsando dentro de nós. O
pensamento e a fala devem conviver harmonicamente, de forma que um não atropele o outro, colocando-nos em
situações constrangedoras. Palavras, após proferidas, não voltam mais, deixando suas marcas, muitas vezes negativas,
nas nossas vidas e nas dos ouvintes. Pensar sobre o que se diz é necessário, pois, caso possamos machucar alguém ou a
nós mesmos, sem razão, é preferível emudecer.
Às vezes, o silêncio é solidão, é vazio, solitude doída e emudecida. Mesmo acompanhados, ainda que em meio a
muitas pessoas, podemos estar solitários, sentindo-nos sem acolhida, sem partilha, sem pertencimento. Como se não
fizéssemos parte da vida do outro, como se fôssemos desimportantes, dispensáveis. Perdidos nessa irrelevância
emocional, ruímos por dentro, minando nossa autoestima e nossa capacidade de ser feliz.
Outras vezes, o silêncio é desistência. Há momentos em que o mais prudente a se fazer é desistir de algo, de
alguém, de tentar convencer, de querer amar, de clamar por atenção e reciprocidade. Certas situações nos pedem que
2
partamos para outra, que canalizemos nossas forças e energias em direção ao que nos trará contrapartida, retirando-
nos dos apelos vazios, da mendicância afetiva, pelo bem de nossa saúde física e de nosso equilíbrio emocional.
Silêncio, da mesma forma, pode significar desapego, libertação, livramento de amarras que nos impedem o
caminhar tranquilo de nossa jornada. Precisamos nos despedir de tudo aquilo que pesa em nossos ombros,
emperrando a visualização serena das possibilidades que nos aguarda o futuro. Temos que serenar a celeridade que
intranquiliza os nossos corações, jogando fora bagagens sem as quais conseguiremos viver melhor.
O silêncio muitas vezes é mágoa, ressentimento, lamentação acumulada. Na impossibilidade de encontrarmos
coragem de vivermos nossas verdades por inteiro, de refutarmos o que não nos completa, tampouco nos define, de
impormos aquilo em que acreditamos, sufocamos nossos sentimentos mais íntimos sob a infelicidade de aparências
condizentes com o que todo mundo espera - exceto nós próprios. Nesses casos, o calar-se equivale ao crepúsculo
moroso de nossa existência.
Felizmente, no entanto, o silêncio também pode - e sempre o deveria - implicar felicidade, certezas, convicção e
força. Sabermos os momentos certos para calarmos e guardarmos para nós aquilo que pensamos nos salva de
problemas dispensáveis com gente que não significa nada na nossa vida. Quando estamos seguros quanto ao que
somos, quanto aos nossos sonhos e planos de vida, nenhum barulho é capaz de abalar as nossas verdades,
minimamente que seja. Quando o silêncio guarda o que temos de mais precioso, estamos então caminhando rumo ao
alcance de nossos sonhos, para que possamos dividi-los com quem compartilhamos amor de verdade, e com ninguém
mais.
Adaptado de: <http://obviousmag.org/pensando_nessa_gente_da_
vida/2015/nem-sempre-o-silencio-e-esquecimento.html>.

Considere os trechos do texto e assinale a alternativa correta.

A No trecho “Outras vezes, o silêncio é desistência.”, a vírgula assinala o vocativo.

As vírgulas, no excerto “O silêncio muitas vezes é mágoa, ressentimento, lamentação acumulada.”, sinalizam uma
B
enumeração de elementos com mesmo valor sintático.

Tem-se, no trecho “Precisamos nos despedir de tudo aquilo que pesa em nossos ombros, emperrando a visualização
C
serena das possibilidades que nos aguarda o futuro.”, uma vírgula antecedendo conjunção adversativa.

Na frase “Nesses casos, o calar-se equivale ao crepúsculo moroso de nossa existência.”, o uso da vírgula está
D
equivocado, pois separa o sujeito do verbo.
A vírgula presente no trecho seguinte antecede uma conjunção explicativa: “Temos que serenar a celeridade que
E
intranquiliza os nossos corações, jogando fora bagagens sem as quais conseguiremos viver melhor.”.

2 Q2071667 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Bauru - SP Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - Câmara de Bauru - SP - Assistente
legislativo I

TEXTO 1

2
Adaptado de: https://i.pinimg.com/originals/67/72/5d/
67725d11a38cf072645404797fd1d5ba.jpg. Acesso em: 14 mar.
2022.
TEXTO 2
[...]
O que determina no médio e longo prazo o desempenho econômico de um país é sua capacidade produtiva, que em
qualquer período de tempo gera uma oferta agregada de bens e serviços, denominada Produto Interno Bruto (PIB). Para
haver crescimento continuado do PIB é preciso que haja uma expansão continuada daquela capacidade, que é determinada
pelos fatores de produção disponíveis. Para efeito de simplificação e raciocínio, agrupam-se estes fatores em três
categorias: (a) a quantidade de mão de obra disponível e sua qualificação média; (b) o estoque de capital físico empregado
ajustado a sua qualidade; e (c) a Produtividade Total dos Fatores de Produção (PTF), que é um resíduo explicativo após se
aferir a contribuição dos outros dois. Quanto mais acurada for a mensuração da quantidade e qualidade da força de
trabalho e do estoque de capital empregado, menor tende a ser a PTF. Mas, mesmo nos países desenvolvidos, onde a
disponibilidade de informações permite que ela seja bem mensurada, ela é, entre os três fatores, o que mais explica
crescimento econômico.
Adaptado de: SICSU, J.; CASTELAR, A. (Orgs.). Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento.
Brasília: Ipea, 2009.
TEXTO 3
O que é o PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos
os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.
O PIB do Brasil em 2021, por exemplo, foi de R$ 8,7 trilhões. No último trimestre divulgado (4º trimestre de 2021), o valor foi
de R$ 2 257,7 bilhões.
O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla contagem. Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de
farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão
embutidos no valor do pão.
Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam
em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.
O PIB não é o total da riqueza existente em um país. Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de que o PIB
seria um estoque de valor que existe na economia, como uma espécie de tesouro nacional.
Na realidade, o PIB é um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período. Se um país não
produzir nada em um ano, o seu PIB será nulo.
Análises feitas a partir do PIB
A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como:
* Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
*Fazer comparações internacionais sobre o tamanho das economias dos diversos países;
*Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes), que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de
um país se todos recebessem partes iguais, entre outros estudos.
O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a compreender um país, mas não expressa
importantes fatores, como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um país tanto pode ter um PIB
pequeno e ostentar um altíssimo padrão de vida, como registrar um PIB alto e apresentar um padrão de vida relativamente
baixo.
Adaptado de: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php. Acesso em:14 mar. 2022
Assinale a alternativa em que o predicado do trecho “[...] o PIB é um indicador de fluxo [...]”, do Texto 3, está
corretamente classificado.

A Predicado verbal com verbo intransitivo.

B Predicado nominal com verbo de ligação.

C Predicado nominal com verbo transitivo indireto.

D Predicado verbo-nominal com verbo de ligação.

E Predicado verbo-nominal com verbo transitivo direto. 2

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
3 Q2070234
Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva
Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Bauru - SP Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - Câmara de Bauru - SP -
Recepcionista

Texto 1
Gato por lebre
Imagine que você está no supermercado ou na farmácia, na seção que vende leite em pó. Ao avaliar as marcas disponíveis,
vê que, em algumas latas, o rótulo destaca que o produto é fonte de cálcio, ferro e zinco, além de conter um “mix” de
vitaminas. Parece uma boa opção para crianças, certo? No entanto, se comprar esse produto pensando que é leite, você
estará levando gato por lebre. Embora a embalagem seja muito semelhante à do leite em pó, esse produto é, na verdade,
um composto lácteo – mistura de leite (51% no mínimo, de acordo com a legislação - Instrução Normativa 28/2007,
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e de ingredientes diversos, como soro de leite, óleos vegetais, açúcar e
substâncias químicas para dar sabor, aroma, aumentar a durabilidade etc., chamadas de aditivos alimentares.
Mais grave é o risco de confusão com fórmulas infantis e fórmulas de seguimento, alimentos artificiais substitutos do leite
materno, indicados para recém-nascidos de até 6 meses e para bebês entre 6 meses e 1 ano de idade, respectivamente.
“Embora não exista produto industrializado que se equipare aos benefícios e à proteção à saúde da mãe e do bebê
proporcionados pelo aleitamento materno, as fórmulas infantis e de seguimento são desenvolvidas para suprir as
necessidades nutricionais do bebê quando a amamentação não é possível”, explica Rosana de Divitiis, ex-presidente e atual
conselheira da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN, na sigla em inglês) no Brasil.
O composto lácteo, ao contrário, não deve ser oferecido para crianças com menos de 1 ano. Porém, a IBFAN detectou
problemas na oferta desses produtos, que podem levar o consumidor a erro em relação à sua composição e para quem ele
é indicado.
Em 2017, a organização fez novamente seu monitoramento anual do cumprimento da legislação que visa a proteger o
direito à amamentação no Brasil, a chamada NBCal, composta por resoluções, portarias e pela Lei Federal no 11.265/2006,
regulamentada pelo Decreto no 8.552/2015. A norma reúne regras sobre rotulagem, comercialização e publicidade de uma
série de produtos que podem atrapalhar o aleitamento materno, desde alimentos (leites artificiais, outros produtos lácteos
e papinhas, por exemplo) a acessórios como chupetas, mamadeiras e bicos.
Adaptado de: https://idec.org.br/materia/gato-por-lebre-0. Acesso em: 13 fev. 2022.

No trecho “[...] a organização fez novamente seu monitoramento anual do cumprimento da legislação que visa a
proteger o direito à amamentação no Brasil [...]”, do Texto 1, o “que” empregado exerce a função sintática de
A sujeito.

B objeto direto.

C objeto indireto.

D complemento nominal.

E agente da passiva.

Português > Morfologia , Substantivos , Adjetivos Pontuação , Parênteses , Interpretação de Textos ,


Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. , Variação Linguística ,
4 Q1781637
Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo , Sintaxe , Análise sintática ,
Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-RS Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - MPE-RS - Técnico do Ministério Público

Oi, Chico!
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul, Santa Maria, a respeito de você
e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre. E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo,
que eu escrevo exatamente como ela sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você,
Chico. Diz: "Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é motivo de troça de
meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à infância, mas lendo seus bilhetes descobri que
não, que a razão é justamente conforme suas palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem
candura, que se percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não tenho ídolos.
Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes
em seguida "A banda", e um dia desse dancei com um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática,
sua carta é um amor, e tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e você
2
acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós. Mando-lhe um beijo e tenho certeza
de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]
(Texto publicado originalmente no Jornal do Brasil, de 23/03/1968 e, posteriormente, no livro Todas as crônicas, de 2018.
Adaptado de: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15396/oi-chico). Acesso em: 14 ma. 2021.)

Sobre o excerto “Achava eu que esta inclinação (que é motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo
meu [...]”, assinale a alternativa correta.

A A inversão da posição canônica de sujeito e verbo confere ao excerto um maior grau de informalidade.

O termo “troça” é um termo típico da variedade informal do português brasileiro, sendo a forma feminina do
B
substantivo “troço” e possuindo o mesmo significado que ele.

O substantivo “infantilismo” é derivado de um adjetivo com o acréscimo do sufixo “-ismo”, assim como os substantivos
C
“charlatanismo” e “civismo”.

D Os parênteses poderiam ser suprimidos sem que isso causasse mudança sintática ou semântica ao excerto.

A oração entre parênteses completa sintaticamente o substantivo “inclinação”, sendo, portanto, uma oração adjetiva
E
restritiva.

Português > Funções morfossintáticas da palavra SE , Funções morfossintáticas da palavra QUE , Sintaxe
5 Q1781631
Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado , Morfologia - Pronomes , Pronomes relativos
Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-RS Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - MPE-RS - Técnico do Ministério Público

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS


Pilar Jericó - 11 MAI 2021
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é
que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece
quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos
cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar
sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar
algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para
conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo,
sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do
Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das
fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos,
não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado,
podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias.
Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez
tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser
astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância
de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse
exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos
matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a
respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto
imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou
profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir
sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como
farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a
aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-
queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.
Sobre “que” e “se” nos excertos a seguir, assinale a alternativa correta.
2
A Em “[...] como se queríamos ser astronautas [...]”, “se” indica que o sujeito é indeterminado.

B Em “[...] ou se tornar diretor de cinema em Hollywood [...]”, “se” faz parte de um verbo pronominal.

C Em ‘[...] pensar naquilo que não queremos.”, “que” é uma partícula de realce.

Em “[...] definir objetivos que nos animem.”, “que” é uma conjunção integrante que introduz o complemento de
D
“objetivos”.

Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, “que” retoma “fantasia”, podendo ser substituído por um
E
pronome relativo flexionado no feminino.

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
6 Q1718609
Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CASAN Provas: INSTITUTO AOCP - 2016 - CASAN - Técnico de Eletrônica ...

“Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos” 31 Maio 2015 em Bem-Estar,
filhos
Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10
anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio
por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz)
crianças como antigamente!
O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s)
TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente
durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa.
Muitas e muitas crianças têm atividades extracurriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais
de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.
Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo
para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”. As préescolas têm o mesmo método de ensino dos
cursos pré-vestibulares.
Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e,
finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar,
visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as
crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e
informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e
nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de
ouvir, ver ou fazer
Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar. Não
olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na
verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que
seja. Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e principalmente: não sabem esperar. Todas essas
qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas
em casa, em suas rotinas.
Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e
do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus
tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto
precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.
Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou
achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo
palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de
estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.
Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do
uso consciente do nosso tempo.
E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis
para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para
ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e
sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.
Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua
imaginação voar!
(Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos-enlouquecendo-nossas-criancas-estimulos-demais-concentracao-de-
menos/)
Assinale a alternativa correta em relação à sintaxe da oração: “Muitas e muitas crianças têm atividades extra-
curriculares pelo menos três vezes por semana”.

A O sintagma “três vezes por semana” é o predicativo do sujeito da oração.


2
B O sujeito da oração é o sintagma “atividades extracurriculares”.

C O sintagma “Muitas e muitas crianças” é o predicado da oração.

D O sintagma “têm atividades extra-curriculares pelo menos três vezes por semana” é o predicado da oração.

E O predicado da oração é nominal.

Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado ,


7 Q1707725
Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva
Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Câmara de Rio Sul - SC Prova: AOCP - 2016 - Câmara de Rio Sul - SC - Técnico Legislativo - Área
Legislativa

As comunidades invisíveis do Brasil


Muito se fala das desigualdades do país ou de como isso afeta nossa educação. Estudos têm apontado para as diversas
desigualdades na educação brasileira, tais como entre os setores mais pobres e os mais ricos, entre a população branca e a
população negra ou a indígena. Também não podemos esquecer as desigualdades socioespaciais, expressas pelo contraste
entre as zonas rural e urbana e entre as regiões norte e nordeste e as demais regiões do país e, até mesmo, as que ocorrem
dentro de uma mesma cidade ou região e muitas vezes não constam nos indicadores educacionais nacionais.
Nesta semana, visitei algumas comunidades ribeirinhas na Amazônia. Situadas ao longo dos rios Sucunduri e Acari, elas
vivem em um quase completo estado de isolamento, rompido apenas quando uma pequena construção de madeira indica
que ali funciona uma sala de aula. No entanto, até meados de abril, data da minha visita, o ano letivo ainda não tinha
começado por lá. Ou seja, os alunos do ensino fundamental 1 e da educação de jovens e adultos (EJA) já perderam
praticamente dois meses de aula este ano.
O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam contempladas por políticas
públicas que atuam junto a outras minorias (como os quilombolas ou indígenas). Frequentemente, a única ajuda que elas
recebem vem de projetos de organizações da sociedade civil. Este é o caso do projeto Doutores das Águas. Criado em 2011,
ele tem o objetivo de realizar mutirões de saúde e educação para as pessoas que vivem em pequenos núcleos na floresta
amazônica. Para os Doutores, uma das melhores formas de preservar a Amazônia e garantir a sua sustentabilidade é
proporcionar condições para que as comunidades que habitam a região possam viver na floresta com mais recursos e mais
dignidade. O trabalho se dá por meio da construção de laços de confiança alcançados pela escuta, respeito e continuidade
das ações do projeto.
O sucesso alcançado por essa iniciativa parece mostrar que existem caminhos possíveis para superar o isolamento de
comunidades tidas como invisíveis. No entanto, não podemos nos conformar com ações feitas apenas pela sociedade civil.
A defesa de uma educação de qualidade para todos implica alcançar os meios para que esses programas sejam
combinados a políticas públicas, caminhando para um país menos desigual.
(Maria Alice Setubal, para Uol Educação. ADAPTADO. Disponível em educação.uol.com.br)
Assinale a alternativa correta.

A Em “[...] visitei algumas comunidades ribeirinhas na Amazônia [...]”, o sujeito da oração é indeterminado.

Em “[...] O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam contempladas por
B políticas públicas [...]”, o fragmento em destaque apresenta sujeito composto, cujos núcleos são “esquecimento” e
“populações”.

C Em “[...] Muito se fala das desigualdades do país [...]”, o sujeito da oração é oculto.

Em “[...] ele tem o objetivo de realizar mutirões de saúde [...]”, a expressão em destaque forma o objeto direto do
D
verbo “realizar”.

Em “[...] O trabalho se dá por meio da construção de laços [...]”,a expressão em destaque forma o objeto indireto da
E
palavra “construção”.

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
8 Q1680074
Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Betim - MG Prova: INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG -
Oficial de Administração

Somos solidários?
Juremir Machado da Silva
Um cachorrinho entrou na ambulância para acompanhar o dono. Um desempregado enfrentou um pitbull para salvar
uma criança. Pessoas servem refeições sob os viadutos para moradores em situações de rua. Uma mulher faz protesto 2
solitário contra os bilhões destinados ao fundo eleitoral que alimentará campanhas políticas cheias de truques publicitários.
Como é a vida nestes tempos trepidantes e tecnológicos?
Estávamos em Santa Catarina numa linda pequena praia numa zona de proteção ambiental. Ao final da tarde,
conseguimos, contra todas as expectativas, um Uber para ir a uma praia vizinha com uma faixa de areia maior para
caminhar. O motorista não podia nos esperar para o retorno. Tentamos obter um carro de aplicativo até que os celulares
começaram a sinalizar que ficariam sem bateria. Era um bairro fashion de imensas casas, carros poderosos e muita gente
nas ruas, mas nada de bares, salvo uma padaria. A estrada de volta para a nossa praia, cheia de curvas, não tinha
acostamento. Era um convite para um acidente.
Táxis não havia. A noite caía no último dia do ano. Parou uma camionete. Fui conversar com o motorista. Ele disse que
estávamos na mesma pousada, a uns 15 minutos de carro dali, mas que não podia nos levar por ter pressa de chegar a uma
festa, a uns 15 minutos na direção contrária, onde passaria a noite. Tratei de mostrar-lhe que entendia perfeitamente a
situação. A pousada não tinha carro disponível que soubéssemos. Ainda assim, se nada rolasse, ligaríamos para pedir
resgate. Tão perto e tão longe. Meu celular se apagou. O da Cláudia ainda resistia. Surgiu, então, a esposa do homem da
camionete. Ela saía da padaria com as últimas encomendas para a festa. Ficou constrangida com a nossa situação. Quando
já se preparavam para sair, ela nos acenou com um papel: o telefone de um senhor que fazia corridas na região.
Ligamos. O homem que atendeu nos prometeu aparecer em 40 minutos. Será que viria? Enquanto esperávamos,
sentados na calçada, víamos gente passar. Ninguém parecia nos notar. Comecei a me sentir profundamente infeliz. Refletia:
eu teria levado aquele homem à pousada se fosse eu a estar de carro e ele a procurar uma saída para a bobagem em que
se metera? É fácil acusar o egoísmo alheio quando se está em apuros. Faltando dez minutos, usamos o último restinho de
bateria para conferir com Seu Antônio se, de fato, ele viria. Confirmou. No máximo em 20 minutos. Passaria por nós,
acenaria, seguiria na direção oposta com passageiros e voltaria para nos pegar. Assim aconteceu. Precisamente.
O nosso problema era tão pequeno. Mesmo assim, desagradável. Como teríamos resolvido se o desconhecido Seu
Antônio, fazendo corridas havia apenas 15 dias, não fosse um homem de palavra, que queria, além de tudo, apenas 20 reais
pela viagem? Aprendi algumas pequenas coisas: não confiar cegamente na sorte e em aplicativos, ter fé nos homens
simples, negociar melhor a volta quando a ida já é duvidosa. Uma coisa ainda não resolvi: eu teria voltado para deixar o
outro na pousada?
Disponível em:
<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/somos-solid%C3%A1rios-1.392893> . Acesso em: 25 jan. 2020.

Sobre os aspectos linguísticos da frase “Táxis não havia”, assinale a alternativa correta.

A A sentença possui um sujeito composto, “Táxis”, pois está no plural.

B O verbo “havia” está no singular, pois, na frase, não há sujeito, existe apenas o complemento do verbo, “Táxis”.
C A frase está em sua ordem direta, ou seja, aparece primeiro o sujeito, depois o verbo, por fim o complemento.

D O verbo “havia” deveria estar no plural para concordar com “Táxis”.

E O sujeito da frase é simples, por isso o verbo está no singular.

9 Q1240007 Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado Regência
Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFRB Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - UFRB - Técnico de Laboratório - Microscopia
...

A cidade caminhava devagar


Henrique Fendrich
Então você que é o Henrique? Ah, mas é uma criança ainda. Meu filho fala muito de você, ele lê o que você escreve. Mas
sente-se! Você gosta de ouvir sobre essas coisas de antigamente, não é? Caso raro, menino. A gente já não tem mais com
quem falar, a não ser com os outros velhos. Só que os velhos vão morrendo, e com eles vão morrendo as histórias que eles
tinham para contar. Olha, do meu tempo já são poucos por aqui. Da minha família mesmo, eu sou o último, não tenho mais
irmão, cunhado, nada. Só na semana passada eu fui a dois enterros. Um foi o do velho Bubi. Esse você não deve ter
conhecido. Era alfaiate, foi casado com uma prima minha. E a gente vai a esses enterros e fica pensando que dali a pouco
pode ser a nossa vez. Mas faz parte, não é? É assim que a vida funciona e a gente só pode aceitar.
Agora, muita coisa mudou também. A cidade já é outra, nem se compara com a da minha época. As coisas caminhavam
mais devagar naquele tempo. Hoje é essa correria toda, ninguém mais consegue sossegar. Mudou muita coisa, muitos
costumes que a gente tinha foram ficando para trás. Olha, é preciso que se diga também que havia mais respeito. Eu vejo
pelos meus próprios netos, quanta diferença no jeito que eles tratam os pais deles! Se deixar, são eles que governam a
casa. Consegue ver aquele quadro ali na parede? Papai e mamãe… Eu ainda tinha que pedir bênção a eles. A gente fazia as
refeições juntos todos os dias, e sempre no mesmo horário. Hoje é cada um para um lado, uma coisa estranha, sabe?
Parece que as coisas mudam e a gente não se adapta. E vai a gente tentar falar algo… Ninguém ouve, olham para você
como se tivessem muita pena da sua velhice.
Aqui para cima tem um colégio. Cinco horas da tarde, eles saem em bando. A gente até evita estar na rua nesse horário.
Por que você pensa que eles se preocupam com a gente? Só falta eles nos derrubarem, de tão rápido que eles andam. As
calçadas são estreitas e, se a gente encontrar uma turma caminhando na nossa direção, quem você acha que precisa 2
descer, eles ou nós, os velhos? É a gente… Nem parece que um dia eles também vão ficar velhos como a gente. A verdade é
que as pessoas estão se afastando, não estão se importando mais umas com as outras. Nem os vizinhos a gente conhece
mais. Faz mais de um mês que chegou vizinho novo na casa que era do Seu Erico e até agora a gente não sabe quem é que
foi morar lá. A Isolda veio com umas histórias de a gente ir lá fazer amizade, mas eu falei para ela que essa gente vive em
outro mundo, outros valores, e é capaz até de pensarem mal da gente se a gente for lá.
Mas você deve achar que eu só sei reclamar, não é? Tem coisa boa também, claro que tem. Hoje as pessoas já não sofrem
como na nossa época. Ali faltava tudo, a gente não tinha nem igreja para ir no domingo, imagine só. O padre aparecia uma
vez a cada dois meses e olhe lá. E viajar para o centro? Só de carroça, e não tinha asfalto, não tinha nada. Se chovia, a
estrada virava um lamaçal e a gente tinha que voltar. Isso mudou, hoje está melhor. Hoje tem todas essas tecnologias aí, é
mais fácil tratar doença também. Olha, se eu vivesse no tempo do meu pai, acho que não teria chegado tão longe assim,
porque ali não tinha os remédios que eles precisavam, né? Só que também tem essa questão da segurança, que hoje a
gente não tem quase nenhuma. A gente tem até medo que alguém entre aqui em casa. São dois velhos, o que a gente vai
poder fazer contra o ladrão?
Mas vamos sentar e tomar um café, a Isolda já preparou. Tem cuque, lá da festa da igreja. Se você viesse ontem, teria
encontrado meu filho, ele quem trouxe. Depois quero te mostrar o álbum de fotos do papai. Está meio gasto, as fotos estão
amarelas… Mas é normal, né? São coisas de outro tempo. Do tempo em que a cidade caminhava mais devagar.
Adaptado de: <http://www.aescotilha.com.br/cronicas/henrique-fendrich/a-cidade-caminhava-devagar> . Acesso em: 28
jun. 2019.

Em “Olha, é preciso que se diga também que havia mais respeito.”, o verbo haver

A não possui um sujeito.

B tem como sujeito “mais respeito”.

C em como complemento “mais respeito”, sendo, portanto, transitivo indireto.

D é um verbo auxiliar, pois não tem sentido quando empregado isoladamente.

10 Q1179783 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense
20 ANOS SEM DIANA: MORTE DA PRINCESA DEIXOU MUNDO DE LUTO E ABALOU A MONARQUIA
Lady Di morreu no dia 31 de agosto de 1997 em um trágico acidente de carro; apesar de não ter direito ao título de
nobreza em razão de seu divórcio do príncipe Charles, britânicos exigiram uma homenagem à altura daquela que foi o
símbolo de uma geração
No dia 31 de agosto de 1997, a princesa Diana morreu em um acidente de trânsito em Paris. Durante uma semana, até o
funeral acompanhado por uma multidão, o Reino Unido passou por um momento de luto sem precedentes que estremeceu
a monarquia.
Divorciada há um ano do príncipe Charles, a mulher de 36 anos e seu namorado, o produtor de cinema egípcio Dodi Al-
Fayed, foram perseguidos durante todo o verão no Mediterrâneo pelos paparazzi.
No dia 30 de agosto, o casal chegou durante a tarde a Paris e foi jantar no Ritz, um hotel de luxo na Praça Vendôme,
antes de tentar deixar o local de modo discreto por volta da meia-noite em um Mercedes. Perseguido por fotógrafos que
estavam em uma motocicleta, o automóvel entrou em alta velocidade em um túnel e bateu em uma pilastra de cimento.
Diana foi retirada pelas equipes de emergência do Mercedes destruído. Dodi Al-Fayed e o motorista, que segundo a
investigação tinha um nível elevado de álcool no sangue, morreram na hora. O segurança ficou gravemente ferido. Sete
fotógrafos foram detidos. No dia seguinte, as fotos do acidente foram vendidas para revistas por US$ 1 milhão. A princesa,
que sofreu uma grave hemorragia interna, foi transportada para o hospital Pitié-Salpêtrière. Às 4h, foi declarada morta. O
embaixador da França ligou para os assistentes da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia, onde o duque de
Edimburgo, o príncipe Charles e seus filhos, os príncipes William, então com 15 anos, e Harry, de 12, passavam o verão.
“PRINCESA DO POVO”
O Reino Unido acordou de luto. Sem conter as lágrimas, centenas de londrinos começaram a depositar flores diante dos
Palácios de Buckingham e Kensington, a residência da princesa. Com a voz embargada pela emoção, o então primeiro-
ministro, o trabalhista Tony Blair, prestou uma homenagem à "princesa do povo".
O mundo inteiro expressou consternação com a morte. O presidente americano, Bill Clinton, disse que estava
"profundamente entristecido". Na Índia, madre Teresa rezou por Diana. Michael Jackson, "consternado", cancelou um
show na Bélgica.
Os paparazzi foram os primeiros acusados. O irmão de Diana, Charles Spencer, culpou os tablóides, que segundo ele
tinham "sangue nas mãos". Criticada, a imprensa popular elevou Diana ao patamar de ícone. "Nasceu lady. Depois foi
nossa princesa. A morte fez dela uma santa", escreveu o Daily Mirror. O fervor popular era cada vez maior [...]
MONARQUIA
A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao título de alteza
real ou a uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real, que
permaneceu entrincheirada em Balmoral. Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio mastro no Palácio de 2
Buckingham, os jornais exigiam um discurso da rainha aos súditos. "A família real nos abandonou", criticou o jornal The
Sun.
"Ferida", Elizabeth II se resignou a prestar uma homenagem a uma nora que nunca desejou, em uma mensagem exibida
na 5 Agente Técnico Forense televisão - a segunda em 45 anos de reinado -, antes de se inclinar publicamente diante do
caixão. ”Se os Windsor não aprenderem a lição, não vão apenas enterrar Diana, mas também o seu futuro", advertiu o
jornal The Guardian.
Uma pesquisa publicada na época mostrava que um em cada quatro britânicos se declarava a favor da abolição da
monarquia. No dia seguinte, quase um milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre em silêncio, interrompido
apenas pelo choro dos presentes e pelo som dos sinos.
Cabisbaixos, William e Harry caminharam atrás do caixão, ao lado do príncipe Charles, do duque de Edimburgo, o
príncipe Philip, e do conde Spencer, diante dos olhares de 2,5 bilhões telespectadores ao redor do mundo. Na abadia de
Westminster, 2 mil convidados, entre eles Hillary Clinton, Tony Blair, Luciano Pavarotti, Margaret Thatcher e Tom Cruise,
assistiram à cerimônia. Elton John interpretou a canção "Candle in the Wind", com uma alteração na letra para
homenagear Diana.
Durante a tarde, a princesa foi sepultada em uma cerimônia privada em Althorp, noroeste de Londres. Desde então,
descansa em um túmulo em uma ilha que foi a residência de sua família.
O Estado de S.Paulo. 31 Agosto 2017.

Nas orações “[...] escreveu o Daily Mirror[...]”, “[...] criticou o jornal The Sun[...]” e “[...] advertiu o jornal The Guardian[...]”,
tem-se

A predicado nominal e sujeito composto.

B predicado nominal e sujeito simples posposto.

C predicado nominal e sujeito desinencial.

D predicado verbal e sujeito desinencial.

E predicado verbal e sujeito simples posposto.

11 Q1179771 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense

Em ‘“Nasceu lady. Depois foi nossa princesa. A morte fez dela uma santa’, escreveu o Daily Mirror.”, as expressões em
destaque funcionam como

A predicativo.

B sujeito.

C predicado.

D adjunto adverbial.

E adjunto adnominal.

12 Q1154360 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Vitória - ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES -
Agente Comunitário de Saúde

A fundadora da Cia de Talentos escreveu esta


carta às novas gerações
Sofia Esteves, fundadora da Cia. de Talentos
e consultora de carreira há 30 anos , tem algo
a dizer para os jovens
Por Sofia Esteves, presidente do Conselho do Grupo Cia.
de Talentos - Publicado em 23 set 2019, 12h00 2
São Paulo – Eu sou apaixonada por talentos e pela força que os jovens têm em desbravar novos caminhos, trazendo
mudanças e inovação ao mercado de trabalho.
Todos os anos a Cia de Talentos se empenha em coletar dados na ‘Pesquisa Carreira dos Sonhos’, em que conversamos
com milhares de jovens da América Latina para compreender suas necessidades e então levar essas questões às empresas
para que se organizem novamente. A pesquisa desse ano, com a participação de mais de 75 mil jovens profissionais do
Brasil, constatou o que há algum tempo vem sendo anunciado.
As novas gerações desejam um ambiente de trabalho flexível, em que podem confiar em seus gestores, jornadas de
trabalho remotas, transparência da alta liderança sobre o financeiro e sobre as ações das empresas, além de mais
oportunidades de desenvolvimento e, principalmente, de mais tempo para viverem suas vidas pessoais. Esses não são
desejos apenas dos jovens. Profissionais de todas as idades estão em busca de uma vida mais saudável, não é mesmo?
O mercado está começando a investir em construir times diversos nas empresas, aproveitando o que cada geração,
gênero e vivência social têm de diferente, construindo visões estratégicas mais amplas, e dentro desse olhar, estão também
os jovens talentos. Sendo assim, suas necessidades deixaram de ser regalias e estão se transformando em visões
estratégicas das empresas, que buscam reter esses talentos em seus times.
As revoluções que os jovens trazem vão afetar o mercado de trabalho. Vocês têm muito a contribuir, mas é necessário
fazer uma revolução gentil. Tudo o que hoje vocês criticam foi construído com muito empenho pelos profissionais das
gerações anteriores. Tragam inovação, boas ideias, questões construtivas para que o novo mostre que o antigo precisa
mudar, mas não se apeguem à ideia de que são os únicos que conhecem o caminho e que precisam derrubar tudo que foi
construído.
Paciência. Esse valor não representa submissão e nem conformismo, muito menos comodismo. Paciência é inteligência
emocional. Construam novos caminhos com humildade. Se permitam aprender com os profissionais mais experientes e não
se percam em julgamentos.
Pois é, o segredo está em diferentes gerações colaborarem para construírem o novo em parceria, oferecendo o que
cada uma tem de melhor e dessa forma agilizarem as mudanças necessárias para que a experiência e a inovação caminhem
juntas, resultando em progresso. Dessa forma, todos ganham.
Disponível em:https://exame.abril.com.br/carreira/fundadora-da-cia-de-talentos-escreve-esta-carta-as-novas-geracoes/ .
Acesso em: 22 out. 2019

Em “As novas gerações desejam um ambiente de trabalho flexível [...]”, é correto afirmar que
A “As novas gerações” é o sujeito simples da oração.

B “ambiente de trabalho” tem função de complemento nominal na oração.

C “As novas gerações”, por estar no plural, é o sujeito composto da oração.

D “desejam” está conjugado no tempo passado.

13 Q1151369 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Cariacica - ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Cariacica - ES -
Tradutor Intérprete de Língua Brasileira de Sinais

Na frase “Havia interessados na narrativa”, o sujeito é

A composto, visto que “interessados” está no plural.

B simples, pois se refere à narrativa.

C indeterminado, já que não se especifica as pessoas que estão interessadas.

D inexistente, porque o verbo “Havia” é impessoal, ou seja, não admite sujeito, por isso não se apresenta no plural.

Português > Ortografia , Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Concordância verbal, Concordância nominal , Morfologia - Verbos ,
14 Q1123591
Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) , Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) ,
Acentuação Gráfica: acento diferencial
2
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CISAMUSEP - PR Provas: INSTITUTO AOCP - 2016 - CISAMUSEP - PR - Técnico em
Enfermagem ...

Universitários em fim de semestre: sobreviventes


Ruth Manus
Surtados, sem dormir, sem tempo para nada, mas vivos.
Tá certo que eu sou mais uma dentre uma espécie chamada “professor”, que semi morre todo final de ano. Mas do
sofrimento dos professores ninguém duvida. Estamos até um pouco na moda, vira e mexe aparecem posts fofos a
nosso respeito, com ursinhos, imagens de pôr do sol e tudo mais.
Mas, sejamos justos, do drama dos universitários ninguém fala.
Tento ser durona com meus alunos, mando parar com o mimimi do fim do semestre, mas acabo sempre admitindo,
ainda que não conte para eles, que os coitadinhos estão mesmo lascados.
Eu me lembro bem: segundo ano da faculdade, prova oral de processo civil e previdenciário no mesmo dia. Fatídico
dia em que o termo “gastrite” saiu das bulas de remédios e foi parar na minha barriga pela primeira vez.
Gastrite, torcicolo, enxaqueca, dor nas costas, aftas, espinhas monstruosas. Universitário em época de prova é o
sonho de toda farmácia e o pesadelo de todo plano de saúde.
Homens não fazem a barba, mulheres não depilam a perna. Suspeito, às vezes, que até do banho eles acabem
esquecendo. Mas em nome do conhecimento, tá tudo liberado.
Universitários no fim do ano ficam completamente xaropes. Erram o dia da prova, estudam a matéria errada, vão
fazer exame de matéria na qual passaram direito, esquecem caneta, esquecem a mochila, esquecem o nome do
professor, quando não esquecem o próprio nome.
Por alguns dias, essas criaturas chegam ao ponto de passar mais tempo atualizando o portal para tentar verificar as
notas (taca-lhe pau no F5) do que no facebook, no whatsapp e no instagram. Juntos.
E entre novembro e dezembro, quando chego para dar aula antes das 8 da manhã ou ainda estou na faculdade
depois das 22 (pois é…), tenho a sensação de estar em um episódio de The Walking Dead. Alunos com aspecto
moribundo perambulam pelos corredores como se não houvesse esperança, pensando seriamente em devorar
cérebros de professores para ver se facilita na hora da prova.
E se o aluno estiver precisando de meio pontinho e encontrar o professor na cantina, pode aparecer o Caio Castro, a
Ísis Valverde, o Ashton Kutcher ou a Megan Fox, que eles NÃO saem de lá. Oferecem um café, compram sonho de valsa,
elogiam a roupa, tudo na maior sinceridade. Como diria Tim Maia, vale tudo.
E não podemos esquecer da interminável angústia das faltas. “Professor, o sistema está marcando 26 faltas, mas eu
juuuuuro que só faltei 3 vezes. Não sei o que houve.”. Clássico. Esses sistemas são mesmo uns canalhas.
Mas dentre os surtados, o Prêmio Nobel do Surto Acadêmico vai para os que vão defender o TCC. Esses já nem se
recordam que existe um negócio chamado “vida”. Passam na frente da banca de jornal e já têm dor de barriga só de
pensar na palavra “banca”. O vocabulário se resume a: capa dura, capítulo, rodapé, orientador, espiral e pânico. Não
tem água com açúcar, suco de maracujá ou calmante que resolva. O único remédio para essa dor é um composto de 8
letras: a + p + r + o + v + a + d + o. Mas, falando sério, não é fácil mesmo. Tem que ter muita força de vontade e
compromisso. Provas, trabalhos, fichamentos, estágio, emprego, trânsito, ônibus, metrô, chuvaradas no fim da tarde,
correria para evitar atrasos, chororô para justificar atrasos. Tem um ou outro fanfarrão, mas a maioria dá duro mesmo.
Tem conta pra pagar; casa para arrumar; relatório para entregar; filho para cuidar. Desses alunos que têm filho, por
sinal, sou fã incondicional.
Não vou dizer para vocês que quando se formarem melhora. Seria mentira. As responsabilidades crescem em uma
proporção bem incompatível com a progressão do salário; as horas de sono não aumentam e ainda tem uma pós, um
mestrado e um futuro te esperando.
Mas posso dizer: vale a pena. Segurem a onda, força na peruca, inspira, respira, não pira. Já já o Natal tá aí. E uma
hora o diploma também chega. Talvez vocês já não tenham cabelos, as unhas estejam completamente roídas, as
olheiras tenham cor de berinjela e a miopia alcance 8 graus em cada olho, mas acreditem gatinhos, vocês chegam lá.
Palavra de quem chegou (com algum cabelo, alguns dentes e alguma sanidade, até que se prove o contrário )
Fonte: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/universitarios-em-fim-de-semestre-sobreviventes/
A respeito dos verbos destacados em “Passam na frente da banca de jornal e já têm dor de barriga só de pensar na
palavra “banca”.”, assinale a alternativa correta.

A Ambos encontram-se no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.

B “Passam” refere-se à terceira pessoa do plural; “têm” refere-se à terceira pessoal do singular, por isso recebe acento.
2
C Embora tenham a mesma flexão, os verbos referem-se a sujeitos diferentes.

D O verbo “têm” não deveria receber acento, pois refere-se a um sujeito simples.

E Ambos referem-se à terceira pessoa do plural e encontram-se no tempo presente do modo indicativo.

15 Q1097673 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: SUSIPE-PA Provas: AOCP - 2018 - SUSIPE-PA - Técnico em Gestão Penitenciária - Enfermagem
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A importância da linguagem
Na abertura da sua obra Política, Aristóteles afirma que somente o homem é um “animal político”, isto é, social e
cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Os outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz (phone) e com
ela exprimem dor e prazer, mas o homem possui a palavra (logos) e, com ela, exprime o bom e o mau, o justo e o
injusto. Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida social e política e, dela, somente os
homens são capazes.
Segue a mesma linha o raciocínio de Rousseau no primeiro capítulo do Ensaio sobre a origem das línguas:
A palavra distingue os homens dos animais; a linguagem distingue as nações entre si. Não se sabe de onde é um
homem antes que ele tenha falado.
Escrevendo sobre a teoria da linguagem, o linguista Hjelmslev afirma que “a linguagem é inseparável do homem,
segue-o em todos os seus atos”, sendo “o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus
sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é
influenciado, a base mais profunda da sociedade humana.”
Prosseguindo em sua apreciação sobre a importância da linguagem, Rousseau considera que a linguagem nasce de
uma profunda necessidade de comunicação: Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível,
pensante e semelhante a si próprio, o desejo e a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos
fizeram-no buscar meios para isso.
Gestos e vozes, na busca da expressão e da comunicação, fizeram surgir a linguagem.
Por seu turno, Hjelmslev afirma que a linguagem é “o recurso último e indispensável do homem, seu refúgio nas
horas solitárias em que o espírito luta contra a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na
meditação do pensador.”
A linguagem, diz ele, está sempre à nossa volta, sempre pronta a envolver nossos pensamentos e sentimentos,
acompanhando-nos em toda a nossa vida. Ela não é um simples acompanhamento do pensamento, “mas sim um fio
profundamente tecido na trama do pensamento”, é “o tesouro da memória e a consciência vigilante transmitida de
geração a geração”.
A linguagem é, assim, a forma propriamente humana da comunicação, da relação com o mundo e com os outros, da
vida social e política, do pensamento e das artes.
No entanto, no diálogo Fedro, Platão dizia que a linguagem é um pharmakon. Esta palavra grega, que em português
se traduz por poção, possui três sentidos principais: remédio, veneno e cosmético.
Ou seja, Platão considerava que a linguagem pode ser um medicamento ou um remédio para o conhecimento, pois,
pelo diálogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode, porém, ser
um veneno quando, pela sedução das palavras, nos faz aceitar, fascinados, o que vimos ou lemos, sem que indaguemos
se tais palavras são verdadeiras ou falsas. Enfim, a linguagem pode ser cosmético, maquiagem ou máscara para
dissimular ou ocultar a verdade sob as palavras. A linguagem pode ser conhecimento-comunicação, mas também pode
ser encantamento-sedução.
O fragmento acima foi extraído do livro Convite à Filosofia de Marilena Chauí. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São
Paulo: Ática,2000.
Assinale a alternativa INCORRETA.

Em “(...) pelo diálogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros.”, o
A
sujeito das orações em destaque é indeterminado.

B Em “Segue a mesma linha o raciocínio de Rousseau...”, o sujeito da oração é simples e posposto.

Em “Gestos e vozes, na busca da expressão e da comunicação, fizeram surgir a linguagem.”, há sujeito determinado e
C
composto.
2
Em “(...) a linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos (...)”, tem-se o mesmo sujeito para duas
D
orações.

Em “(...) o desejo e a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram-no buscar meios para
E
isso.”, o verbo em destaque concorda com o sujeito composto.

16 Q1085369 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Prefeitura de Juiz de Fora - MG Prova: AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Assistente de
Administração II

Assinale a alternativa correta quanto à classificação sintática do sujeito das orações.

A Em “[...]um certo senhor virtual armou-se de estetoscópio [...]”, o sujeito é indeterminado.

B Em “[...]Se não entendo o especialista, como posso questioná-lo? [...]”, o sujeito é inexistente.

Em “[...] os meios de comunicação de massa estão sempre publicando reportagens e entrevistas [...]”, o sujeito é
C
composto.

D Em “[...] nada substitui o relacionamento direto [...]”, o sujeito é simples.

E Em “[...] a tendência é quase sempre valorizar o pior. [...]”, o sujeito é oculto.

17 Q1083891 Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Prefeitura de Juiz de Fora - MG Provas: AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Encarregado I
...

A internet pode ser mais estressante do que você imagina


Maribel Barros
Você anda estressado? Se a resposta para esta pergunta for sim, é possível que seu tempo na internet seja
parcialmente responsável por isso, de acordo com um relatório da empresa Ericsson.
A cada dia, estamos mais conectados à internet, graças aos dispositivos móveis e todas as facilidades tecnológicas,
mas poucos de nós percebem que isso pode ser uma poderosa fonte de estresse. Mas você sabia que o simples fato de
carregar um vídeo aumenta a sua frequência cardíaca em até 38%?
Para chegar a esta conclusão, estudamos a atividade cerebral, a movimentação ocular e a pulsação de 30 voluntários
na Dinamarca e determinamos como eles reagem a uma baixa velocidade de carregamento na internet. Todos eles
receberam um dispositivo para assistir um vídeo na internet e foram divididos pelo tempo de carregamento de cada
conexão.
O primeiro grupo não teve tempo de espera. O nível de estresse registrado foi de 13 pontos, considerado o valor base
para futuras comparações.
O segundo grupo, que sofreu um atraso de dois segundos, registrou 16 pontos na escala de tensão, um aumento de
23%. O terceiro grupo, cuja conexão demorava até 6 segundos para carregar o vídeo, registrou um nível de estresse de
19 pontos, o equivalente a um aumento de 46%.
Além disso, eles notaram que, em média, os batimentos cardíacos dos participantes aumentaram em 38%.
Como se deu esta comparação?
Para nos dar uma maneira de comparar o estresse gerado por carregar um vídeo em uma internet lenta, gestores
indicaram marcadores de estresse em várias outras atividades.
É correto afirmar, por exemplo, que o estresse causado por esta atividade é maior do que:
* Esperar na fila do supermercado.
* Assistir a um programa melodramático de televisão.
* Estar à beira de um precipício (literalmente).
* Assistir a um filme de terror.
Aparentemente, o estresse de esperar um vídeo carregar é igual ao gerado para resolver um problema de
matemática.
Embora os resultados sejam interessantes, devem ser encarados com certa desconfiança, já que a Ericsson continua
a ser uma empresa envolvida no negócio das conexões de internet e a amostragem não foi muito significativa.
No entanto, há de se considerar que este estudo se baseou apenas no estresse gerado por carregar um vídeo e não em
outros elementos, como participar de redes sociais, mensagens instantâneas, mapas, GPS e várias outras atividades
estressantes disponíveis na internet.
[...]
“Viver um momento estressante não é o mesmo que viver sob estresse. A primeira situação é normal, inesperada e
gerada pelo ambiente, enquanto a segunda é tóxica, gerada e procurada por nós mesmos, pois se tornou um hábito 2
que nos impede de viver de outra forma”. Bernardo Stamateas.
Disponível em: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/144190143264/a-
internet-pode-ser-mais-estressante-do-que-voc%C3%AA. Acesso
em: 10 mai. 2016.
Assinale a alternativa correta.

A Em “[...] gestores indicaram marcadores de estresse em várias outras atividades.”, há um sujeito simples.

B Em “O primeiro grupo não teve tempo de espera”, o sujeito é inexistente.

C Em “Você anda estressado?”, não há um sujeito.

D Em “O nível de estresse registrado foi de 13 pontos”, há um sujeito oculto.

E Em “A cada dia, estamos mais conectados à internet [...]”, o sujeito é indeterminado.

18 Q1081828 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado , Regência Orações subordinadas reduzidas
Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFRB Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - UFRB - Assistente em Administração

Mentalidade Self-service e a ilusão de liberdade


Simone Ribeiro Cabral Fuzaro
Hoje, gostaria de refletir sobre uma ideia que foi entrando em nosso cotidiano, foi se enraizando em nossas vidas e
transformando nosso modo de ver o mundo e as coisas: a mentalidade “self-service”. Essa expressão da língua inglesa,
traduzida livremente ao Português, significa “serviço próprio” ou “autosserviço”. O self-service é um sistema de atendimento
adotado principalmente em restaurantes, pelo qual o cliente tem a possibilidade de servir o seu próprio prato, de acordo
com as opções disponibilizadas pelo estabelecimento.
Apesar de ter tido seu início em restaurantes, esse tipo de serviço foi se expandindo a diversos outros estabelecimentos,
em que é possível que o próprio cliente execute integral ou parcialmente o atendimento (lavanderias, postos de
combustível, caixas eletrônicos...).
Apesar dos benefícios e facilidades inegáveis trazidas por esse tipo de serviço, é importante olharmos para os demais
efeitos que causa em nosso modo de ver as coisas e, consequentemente, em nossas vidas. Essa possibilidade de
autosserviço, no qual se paga por exatamente aquilo que se deseja consumir, foi aos poucos contribuindo na
transformação das relações, uma vez que foi fomentando a possibilidade de que cada um atenda efetivamente aos seus
próprios desejos e interesses sem restrições relativas ao grupo que o acompanha ou àquele que presta o serviço. Já não há
mais a necessidade de se escolher em família (ou em grupo) que prato pedir no restaurante e, com isso, de se negociar
desejos, gostos, preferências. Mesmo que não percebamos com muita clareza, está implícito aí um engrandecimento do eu
em detrimento do nós.
Já não se faz mais necessário abrir mão de um gosto, de comer um pouco do que não aprecio tanto para satisfazer
alguém com quem me importo. Pouco a pouco, sem percebermos, vamos vivendo cada vez mais um modo autocentrado de
ver os serviços que utilizamos, as pessoas que nos rodeiam.... o mundo. Vai ficando forte a ideia de que pago somente pelo
que quero consumir, consumo somente aquilo que me interessa do serviço oferecido, ganhando o direito de “recortá-lo”
segundo meus interesses e sem considerar os interesses daqueles que prestam o serviço e, às vezes, até mesmo se o
serviço prestado será de qualidade se for adaptado ao meu querer.
Se olharmos a realidade, por exemplo, das escolas infantis, veremos uma quantidade cada vez maior de pais que querem
escolher livremente o horário de entrada e saída dos filhos sem levar em conta os períodos escolares que são
importantíssimos por vários motivos: contemplam uma rotina necessária para as crianças pequenas, asseguram um
mesmo grupo de colegas e professores, o que transmite segurança e conforto afetivo, possibilitam que participem das
atividades planejadas à fase escolar em que se encontram etc. O que os pais estão buscando, no entanto, é uma “escola
self-service” e não percebem que acabam por prejudicar o próprio filho, que terá um serviço que não garantirá o
atendimento às suas necessidades básicas para um desenvolvimento saudável.
Reina uma ideia de que temos o direito de ser “livres” para escolher segundo nossos desejos e nossas necessidades.
Questiono, porém: podemos considerar essa possibilidade de escolha como liberdade? Parece-me haver um equívoco claro
nessa ideia, afinal, a liberdade nos leva a escolher o bem. O que há hoje são pessoas absolutamente escravizadas, em
primeiro lugar, pelos seus próprios desejos de satisfação, conforto, facilidade. Depois, escravizadas ao ter – é preciso muito
para viver nessa gana de satisfações, e, então, escravizamo-nos às rotinas malucas de trabalho que roubam o direito de
atendermos às necessidades reais de nossa saúde, de nossa família, de uma vida mais equilibrada.
Vale refletirmos: em que situações estamos nos deixando levar por essa “mentalidade self-service” exagerada? Vamos
olhar de modo crítico as facilidades, afinal, já sabemos: as grandes e fundamentais aprendizagens acontecem quando
enfrentamos as dificuldades e não quando nos desviamos delas.
2
Disponível em: <http://www.osaopaulo.org.br/colunas/mentalidade-self-service-e-a-ilusao-de-liberdade>. Acesso em: 25 jun.
2019.
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) Em
“...gostaria de refletir sobre uma ideia...”, o verbo em destaque é transitivo indireto por exigir um complemento
precedido de preposição. ( ) Em “...é importante olharmos para os demais efeitos...”, a oração destacada é reduzida de
infinitivo, devido ao uso da forma nominal “olharmos”. ( ) Em “Já não há mais a necessidade de se escolher em família
(ou em grupo) que prato pedir no restaurante...”, há apenas uma oração. ( ) Em “O que há hoje são pessoas
absolutamente escravizadas...”, o termo destacado funciona como sujeito da oração.

A V – F – F – V.

B V – F – V – F.

C V – V – F – F.

D F – F – V – V.

19 Q1077821 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado


Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: SES-PE Provas: INSTITUTO AOCP - 2018 - SES-PE - Técnico em Saúde Bucal ...

A INTERNET NOS DEIXA MAIS BURROS OU MAIS INTELIGENTES?


ISABELLA MARQUES
Diferente das gerações anteriores, que cresceram vendo televisão (ou seja, uma comunicação unidirecional no qual os
receptores são passivos, não há a possibilidade de interação), a era da web faz com que nós produzamos conhecimento
juntos, por meio do diálogo global. Todos têm iguais direitos de acessar, debater e expor ideias sobre um determinado
assunto, e para isso basta um perfil no Facebook, acesso a fóruns de discussão, ou editar um verbete no Wikipédia, por
exemplo.
Na rede, a compreensão dos mais diversos assuntos é aprimorada, pois pode tornar-se objeto de novas reflexões e
discussões, "montado" como peças de um quebra cabeça, produzido de pessoas para pessoas, cada um dando a
contribuição que pode. Pouco a pouco, seria concebível afirmar que estamos, juntos, compreendendo melhor o mundo via
internet. Em teoria, tudo muito lindo.
O estudioso Mark Bauerlein, porém, coloca: “Muitos se perguntam qual o sentido de saber sobre Dom Pedro 2º quando dá
para procurá-lo na Wikipédia. Mas a questão é: estudamos Dom Pedro 2º só para saber quando ele nasceu, as coisas que
ele fez e o ano em que morreu? Ou estudamos figuras históricas como essa para desenvolver ideias sobre caráter, honra,
inteligência e moral?”. Acrítica de alguns atores está no fato de que não usamos a web majoritariamente como uma
ferramenta de diálogo e compreensão, mas sim para fazer upload das nossas fotos e escrevermos futilidades.
O problema não está na internet, mas sim no uso que fazemos dela. A começar pelo compartilhamento excessivo de
informações, o que é evasivo à nossa privacidade: nós podemos não nos lembrar do que dissemos há anos, mas nas redes,
fica lá memorizado, podendo um dia ser usado contra nós. Outro aspecto negativo está justamente no fato de qualquer um
poder criar conteúdo: nada garante que a informação seja verdadeira (e esse é motivo pelo qual a Wikipédia talvez nunca
seja aceita como fonte de pesquisa).
Quanto aos efeitos a longo prazo, o professor inglês Mark Bauerlein acredita que a internet piora a inteligência dos jovens
em quatro aspectos: curiosidade intelectual, conhecimento histórico, consciência cívica e hábitos de leitura. Outros
estudiosos sugerem também perda de concentração: fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo geraria uma fixação de
informações e desempenho menor em cada uma das atividades.
Estamos cada dia mais conectados, inseridos em um contexto tecnológico que pede cada vez mais participação,
desenvolvendo novas habilidades e interesses. Por enquanto é apenas possível afirmar que a internet propicia um
aprimoramento intelectual individual em questões como a habilidade em fazer variadas tarefas simultaneamente,
pensamento lógico e capacidade de tomar decisões, enquanto que num contexto mais amplo tem permitido a humanização
do conhecimento ao refletir quem nós realmente somos. Se isso é bom ou ruim, só o tempo poderá dizer-nos.
(Este texto foi baseado nos estudos, textos e obras dos estudiosos Mark Bauerlein, Nicholas Carr, Don Tapscott e David
Weinberger.)
Retirado e adaptado de: <http://obviousmag.org/simplesmente/2016/a-internet-nos-deixa-mais-burros-ou-mais-
inteligentes.html>. Acesso em
26 jul. 2018.
Considerando o excerto a seguir e o que se afirma nas alternativas, assinale a alternativa correta. “Estamos cada dia
mais conectados, inseridos em um contexto tecnológico que pede cada vez mais participação, desenvolvendo novas
habilidades e interesses. Por enquanto é apenas possível afirmar que a internet propicia um aprimoramento intelectual
individual em questões como a habilidade em fazer tarefas simultaneamente, pensamento lógico e capacidade de
tomar decisões [...]”. 2

A conjugação do verbo “desenvolver” no primeiro período em questão está no tempo pretérito perfeito, o qual indica
A
que já foram desenvolvidas as habilidades e interesses.

O sujeito marcado no primeiro período é um sujeito oculto e está situado na 1ª pessoa do plural, perceptível pela
B
conjugação do verbo “estar” logo no início.

“Capacidade de tomar decisões” no trecho em questão funciona como uma frase adjetivadora, caracterizando uma
C
das habilidades que a internet propicia.

No trecho “um aprimoramento intelectual individual”, o artigo “um” é um artigo definido masculino, pois deixa claro
D
qual é o tipo de aprimoramento intelectual que a internet propicia.

“Novas habilidades” e “interesses” funcionam ambos como substantivos que complementam o sentido do verbo
E
“desenvolver”.

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
20 Q1070876
Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva
Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Pinhais - PR Provas: INSTITUTO AOCP - 2017 - Prefeitura de Pinhais - PR -
Agente Municipal de Obras e Posturas ...

Texto 2
11 de setembro de 1991
Querido amigo,
Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro para ler e gosto de ler os
livros duas vezes. Por acaso, o livro é O sol nasce para todos (To kill a mockingbird). Se você ainda não leu, acho que
deve, porque é muito interessante. O professor me disse para ler alguns capítulos de cada vez, mas eu não gosto de ler
os livros dessa forma. Leio logo metade dele na primeira vez.
Mas eu estou escrevendo porque vi meu irmão na televisão. Normalmente não gosto muito de esportes, mas essa
foi uma ocasião especial. Minha mãe começou a chorar, e meu pai colocou o braço em seu ombro, e minha irmã sorriu,
o que é engraçado, porque meu irmão e minha irmã sempre brigam quando ele está por aqui.
Mas meu irmão mais velho estava na televisão, e até agora foi a melhor coisa que aconteceu em minhas duas
semanas de escola. Sinto muita falta dele, o que é estranho, porque nós nunca conversamos muito quando ele está
aqui. Nós não conversamos nunca, para ser sincero.
Eu diria a você em que posição ele joga, mas, como eu já lhe disse, gostaria de ser anônimo para você. Espero que
você entenda.
Com amor,
Charlie
Stephen Chbosky. As vantagens de ser invisível.
Releia atentamente o trecho inicial do texto e assinale a alternativa que apresenta a correta análise sintática do termo
destacado.

A “Querido amigo”: sujeito.

B “Eu não tenho muito tempo”: objeto direto.

C “meu professor de inglês avançado”: complemento nominal.

D “[...] me deu um livro para ler”: objeto indireto

E “gosto de ler os livros duas vezes”: numeral multiplicativo.

Respostas
1: B 2: B 3: A 4: C 5: B 6: D 7: D 8: B 9: A 10: E 11: C 12: A 13: D 14: E
15: A 16: D 17: A 18: C 19: B 20: D
2

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