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Autores Resumo
Carlos Alvarez,1
Jaime Labarca,2
Mauro Salles3
Após os primeiros relatos do aparecimento de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (Methicillin-
Representando o Resistant Staphylococcus aureus - MRSA) na década de 1970, várias medidas destinadas a impedir a sua
Grupo de Trabalho transmissão foram instituídas nos hospitais. No entanto, na maioria dos casos não foram empreendidas
sobre Resistência de
Gram-Positivos da medidas em grande escala, e a transmissão de MRSA desde então provocou uma pandemia. Atualmen-
América Latina. te, contudo, ainda existem dúvidas sobre a melhor abordagem para prevenir e controlar o MRSA e, na
maioria dos casos, medidas de controle não foram instituídas. Portanto, revemos aqui a situação atual
1
Hospital San
Ignacio e Pontificia na América Latina no que diz respeito às políticas existentes para o controle de MRSA, e avaliamos as
Universidad evidências das medidas de controle nos hospitais e na comunidade. Observamos os fatores de risco de
Javeriana, Bogotá,
Colômbia. infecção e transmissão de MRSA entre os pacientes internados e em populações específicas na comuni-
2
Pontificia dade, e o efeito do uso de antibióticos na disseminação do MRSA nestes contextos. Por fim, resumimos
Universidad Católica as recomendações de prevenção e controle de MRSA, que podem ser aplicadas no ambiente hospitalar
de Chile, Santiago,
Chile. latino-americano e na comunidade.
3
Hospital Irmandade
da Santa Casa de
Misericórdia de São Palavras-chave: MRSA, prevenção, controle de infecção, América Latina.
Paulo, São Paulo,
Brasil.
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Alvarez, Labarca, Salles
outras medidas de precauções convencionais para reduzir Fatores de risco de infecção por MRSA nos hospitais
o estado de portador; e medidas de controle dos antimi- Embora seja evidente a partir de estudos de caso-controle
crobianos para reduzir a pressão seletiva dos antibióticos. que os pacientes infectados por MRSA e os pacientes colo-
Essa abordagem pode ajudar a minimizar a propagação de nizados ou infectados por outras bactérias multirresistentes
MRSA, e reduzir as taxas de portadores e infecção de MRSA compartilham fatores de risco comuns, tais como as circuns-
em hospitais onde há endemia. Além disso, o cumprimento tâncias pessoais, tempo de internação e uso de antimicro-
dessas medidas deverá ter uma repercussão clínica positiva bianos,16 o principal fator de risco de infecção por MRSA é a
nos pacientes de alto risco, como aqueles na unidade de te- sua transmissão entre os pacientes. Esta ideia é corroborada
rapia intensiva (UTI). pelo fato de o S. aureus, ou qualquer de suas formas resis-
Diretrizes publicadas abordaram a questão da prevenção tentes aos antibióticos, encontrar-se na pele, podendo ser
e do controle da prevenção do MRSA, incluindo as diretrizes facilmente transmitido por contato, e pelo fato de a dissemi-
do US Centers for Disease Control (CDC) e do Reino Unido, nação em hospitais ser clonal, ou seja, muito poucos clones
da Bélgica e da Espanha.8-14 Este artigo resume as principais circulam atualmente em todo o mundo e, comumente, cada
recomendações para o controle de MRSA no ambiente hos- hospital tem apenas um ou dois clones circulando ao mes-
pitalar e na comunidade, e discute sua implementação na mo tempo.
América Latina.
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Practices Advisory Committee) publicou uma recomendação a longo prazo de reduzir a infecção hospitalar por MRSA.
mais conservadora de ASC como uma segunda etapa para Alguns estudos avaliaram a repercussão da ASC no controle
impedir a transmissão se as medidas iniciais de controle de de MRSA, comparando as taxas de infecção hospitalar por
infecção falharem.10 No entanto, permanecem dúvidas sobre MRSA como a variável de desfecho primário, enquanto ou-
a viabilidade das ASC como um método válido para reduzir tros compararam as taxas de transmissão de MRSA (casos
a prevalência de MRSA, considerando os custos associados à incidentes) como medida de desfecho primário. A combi-
sua instituição. Abramson et al.41 estimaram que um caso de nação dessas medidas de resultados na mesma análise não
bacteremia por MRSA está associado a um aumento médio aborda a principal questão clinicamente significativa sobre
do custo hospitalar total de U$ 27.083, enquanto um caso de se as ASC reduzem as infecções por MRSA. Portanto, mais
bacteremia por S. aureus sensível à meticilina (MSSA) repre- estudos são necessários para que recomendações mais defi-
senta um aumento de U$ 9.661. Por outro lado, Calfee et al. nitivas possam ser feitas.
(2002)40 estimaram que a redução da bacteremia por MRSA, Recomendações de ASC para os pacientes:
como resultado da vigilância ativa e das medidas de isola- • É necessário um grupo multidisciplinar de
mento, está associada a uma economia de U$ 313.596 a U$ profissionais para estabelecer e desenvolver
975.632 para um hospital durante um ano. Papia et al.42 de- um programa de vigilância ativa.
monstraram que a identificação precoce de seis ou mais novos
pacientes colonizados por MRSA e a consequente diminuição • A população a ser submetida a esta vigilância
da transmissão torna o programa de vigilância ativa economi- deve ser selecionada e identificada em termos de
camente vantajoso. Karchmer et al.43 estimaram que o custo risco de colonização do paciente por MRSA (por
da vigilância ativa e do isolamento dos pacientes colonizados exemplo: hospitalização recente, residente em
e infectados por MRSA foi de 19 a 27 vezes menor que o atri- casa de idosos), e os riscos específicos da unidade
buído à bacteremia por MRSA como resultado de um surto (por exemplo, Unidade de Terapia Intensiva).
descontrolado. • A técnica de amostragem mais eficiente para a
Vários estudos têm demonstrado que as ASC e as pre- identificação de MRSA é o swab nasal, que tem um
cauções de isolamento reduzem a transmissão de MRSA.39,44 valor preditivo negativo de 98%,47 com apenas 2% dos
Além disso, o controle a longo prazo do MRSA é possível. pacientes com um swab nasal negativo apresentando
Haley et al.45 descreveram a erradicação completa de uma cultura perianal positiva. O swab nasal negativo
manifestação do hospital de 3 anos de MRSA após a imple- também teve valor preditivo negativo inferior para
mentação das ASC para identificar e isolar pacientes coloni- MRSA a partir das culturas de feridas (83%).47
zados por MRSA, sem levar em conta outras medidas (como
• MRSA pode ser detectado por cultura, a técnica mais
a restrição do uso de certos antibióticos). A cepa responsável
comumente usada. Como alternativa, as técnicas de
pelo surto ocorrido foi a causa de 40% dos casos de bactere-
biologia molecular, entre as quais a mais comum é a
mia nosocomial envolvendo MRSA e 49% das infecções da
reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain
ferida cirúrgica durante esse período.
Reaction - PCR), também podem ser usadas no local
Em uma revisão sistemática da literatura, McGinigle et
de atendimento para o rastreamento de MRSA, com
al.46 avaliaram a associação entre as ASC e os eventos relacio-
sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo
nados com MRSA em pacientes hospitalizados; analisaram
e valor preditivo negativo de 83,9, 98,8, 88,0 e 98,4,
mais de 2.000 citações completas ou resumos, e encontra-
respectivamente.48 O principal benefício da testagem de
ram incoerências na literatura sobre ASC, tentando chegar
MRSA por PCR nos locais de atendimento é a grande
a conclusões baseadas em evidências. Essa ampla revisão
redução no tempo de obtenção de um resultado em
identificou apenas 20 dos 2.578 artigos preenchendo os cri-
comparação com o laboratório (> 10 h mais rápido).
térios de inclusão. Dada a dificuldade e os custos inerentes
Além disso, o uso de PCR pode ajudar a reduzir
de realizar grandes estudos populacionais, McGinigle et al.
o custo das medidas de precauções de contato.
observaram poucos estudos apresentando fortes evidências
científicas e nenhum dos estudos era de boa qualidade. Os • O programa de vigilância deve indicar se os resultados
autores concluíram que o uso de ASC reduz a incidência de dos exames devem estar disponíveis antes de as medidas
infecções por MRSA, mas a qualidade geral das evidências de precauções de contato serem instituídas. Embora a
é pobre; assim, não se pode fazer recomendações clínicas instituição dessas medidas antes de os resultados serem
definitivas baseadas em evidências.46 De fato, tem havido obtidos permita a minimização do risco de transmissão
confusão quanto a precisão e a coerência das medidas dos por fontes que não tenham sido reconhecidas, isto
resultados de trabalhos abordando as ASC. Tradicional- está associado a maior custo financeiro e, portanto,
mente, ASC tem sido utilizado com o objetivo principal de cada hospital terá de definir sua própria política de
prevenir a transmissão de MRSA e um objetivo secundário acordo com as suas necessidades e restrições de custo.
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dina. Foi observado que a lavagem de rotina com clorexidina ção para prevenir infecções recorrentes em pacientes que
dos pacientes na UTI reduziu a incidência de transmissão têm MRSA-CO precisa ser avaliada.54 O papel da descolo-
de MRSA e bacteremia associada a dispositivos intravascula- nização, tal como uma intervenção de controle de infecção
res.53 O uso de mupirocina nasal em combinação com gel de para reduzir a transmissão de MRSA, precisa ser definido.
clorexidina em um programa de descolonização, em asso- Deve-se realizar uma vigilância permanente da resistência à
ciação com um programa de vigilância ativa para pacientes mupirocina, especialmente em ambientes com o uso repeti-
colonizados por MRSA, é revisado por Calfee et al.8 e reco- do de mupirocina ou a longo prazo, tais como as unidades
mendações para o esquema de descolonização são propostas de diálise. A eficácia dos novos agentes, particularmente os
por Rodríguez-Baño et al. (Tabela 1).14 Contudo, atualmente menos suscetíveis a induzir resistência aos antimicrobianos,
isso não é possível em alguns países latino-americanos (por deve ser determinada.
exemplo, Brasil), onde a falta de disponibilidade de mupiro- Recomendações para a descolonização:
cina nasal impede esse tipo de descolonização. • As evidências atuais não corroboram o uso
A erradicação do estado de portador de MRSA entre de rotina de terapia antimicrobiana tópica e/
profissionais de saúde ou pacientes colonizados pode ser ou sistêmica para a descolonização de MRSA
considerada como um componente da conduta em caso de em pacientes ou profissionais de saúde.
surto nas unidades de saúde. No entanto, muitos estudos
• O teste de sensibilidade à mupirocina deverá ser feito
abordando as estratégias de descolonização de MRSA entre
antes de usar esse medicamento para descolonização.
profissionais de saúde têm mostrado grande heterogeneida-
de em termos de definição de descolonização bem-sucedida, • A descolonização com mupirocina ou
a duração do acompanhamento e o número e a fonte de rifampicina pode ser considerada para aqueles
amostras repetidas.50 submetidos à diálise, embora haja um risco de
Apesar de a descolonização de S. aureus e MRSA poder resistência que se desenvolve com o uso a longo
ser alcançada, pelo menos em determinadas populações de prazo de qualquer um desses fármacos.
pacientes, mais estudos são necessários para identificar os • A descolonização também pode ser útil nos
agentes mais eficazes para a erradicação a longo prazo dos pacientes que têm infecções estafilocócicas
sítios de colonização nasal e extranasal, para avaliar a efi- recorrentes de pele ou partes moles.14
cácia dessa estratégia para a prevenção da infecção em di-
versas situações clínicas e para determinar se ela tem algum
papel importante a desempenhar, como medida de controle Limpeza do ambiente
de infecção.54 Por exemplo, com potência adequada, ensaios Existem muitos estudos mostrando o controle de surtos de
clínicos randomizados de descolonização para prevenir MRSA com melhora da limpeza e/ou desinfecção do am-
infecções pós-operatórias em pacientes cirúrgicos conhe- biente.9,55,56 As superfícies em salas ocupadas por pacientes
cidamente colonizados por S. aureus devem ser realizados. positivos para MRSA podem contaminar as mãos dos pro-
As medidas de desfecho devem incluir as taxas de infecção fissionais de saúde mesmo na ausência de contato direto com
global e as taxas de infecção estafilocócica. A descoloniza- o paciente.57 MRSA foi isolado de fômites diversos, como
camas, lençóis, traçados, maçanetas e parapeitos das janelas.
Estudos têm demonstrado que esses patógenos resistentes
Tabela 1. Esquema de descolonização aos antimicrobianos podem persistir em superfícies do quar-
para profissionais de saúde e
to, mesmo após a limpeza da alta hospitalar.58,59 Goodman et
pacientes colonizados por MRSA
al.60 demonstraram recentemente que o aumento do volume
População Esquema de desinfetante aplicado em superfícies ambientais, propor-
Profissionais de saúde Mupirocina nasal a cionando treinamento para a equipe de serviços ambientais,
2% + lavagem com e instituindo comentários sobre a adequação da limpeza da
clorexidina gel 5 dias alta, reduziu a frequência de contaminação por MRSA.60 De
Pacientes com colonização Mupirocina nasal a fato, estudos têm demonstrado que o treinamento e a vigilân-
nasal sem lesão de pele/ 2% + lavagem com
cia em limpeza ambiental reduzem os níveis de contaminação
dispositivos implantados clorexidina gel 5 dias
ambiental com patógenos multirresistentes.
Pacientes com lesão Mupirocina nasal a
de pele/dispositivos 2% + lavagem com Recomendações para a limpeza do ambiente:
implantados ou colonização clorexidina gel 5 dias • A limpeza é essencial para reduzir os reservatórios
em múltiplos locais Antibióticos ambientais de patógenos hospitalares conhecidos.
sistêmicos 7 dias
• Embora o objetivo da limpeza e desinfecção
Adaptado com permissão de Rodríguez-Baño et al. (Table 4 Enferm do ambiente não seja a esterilização, a limpeza
Infecc Microbiol Clin 2008; 26(5):285-98. © Elsevier España).14 adequada requer a remoção de patógenos
suficientes para minimizar o risco dos pacientes et al.70 demonstraram que as restrições de uso de carbapenê-
de adquirir infecções em ambientes hospitalares. micos, cefalosporinas, vancomicina e clindamicina resultou
Isto é particularmente verdadeiro nas áreas que em uma redução da taxa de infecção por MRSA (de 21,9 ±
atendem a pacientes de alto risco, tais como UTI. 8,1 para 17,2 ± 7,2 pacientes/1.000 altas hospitalares), e com
Klebsiella pneumoniae resistente à ceftazidima (8,6 ± 4,3 para
5,7 ± 4,0 pacientes/1.000 altas hospitalares). Da mesma for-
Superlotação e falta de pessoal no hospital ma, Gruson et al.71 demonstraram que a restrição do uso de
A epidemia global de MRSA coincidiu com o surgimento de ciprofloxacino e ceftazidima, junto com a rotação dos outros
ß-lactâmicos, resultou em uma redução da proporção de ce-
políticas públicas de saúde que promovem maior rotativi-
pas de S. aureus resistentes à meticilina, causando pneumo-
dade de pacientes nos hospitais, levando muitos serviços a
nia associada à ventilação mecânica. A proporção de bacilos
operar com capacidade quase plena ou plena. A superlota-
Gram-negativos resistentes, como Pseudomonas aeruginosa,
ção e falta de pessoal no hospital resultou na incapacidade de
Burkholderia cepacia, Stenotrophomonas maltophilia e Aci-
adaptação dos serviços ao número variável de admissão de
netobacter baumanii, também foi reduzida.71 Em todos os
pacientes e profissionais disponíveis, 61 levando ao fracasso
casos, a intervenção no controle de antimicrobianos foi uti-
dos programas de controle de MRSA devido à diminuição
lizada em conjunto com a manutenção ou a instituição de
da higienização das mãos pelos profissionais de saúde, ao
medidas para evitar a transmissão entre os pacientes, e, por-
aumento da circulação de pacientes e profissionais de saúde
tanto, a interpretação da eficácia dessa estratégia é limitada.
entre as enfermarias do hospital, à diminuição dos níveis de
As informações sobre o valor da restrição do uso dessas
agrupamento de pacientes, sobrecarregando as unidades de
substâncias, em particular para reduzir a seleção de MRSA,
triagem e isolamento. Por sua vez, a alta incidência de MRSA
são escassas. Foi demonstrada uma associação entre o uso de
hospitalar aumenta o tempo de hospitalização e o bloqueio
mupirocina e taxa de resistência.72 Portanto, para o tratamen-
do leito, o que leva à superlotação e a um ciclo vicioso carac-
to e eliminação de MRSA sensível à mupirocina em pacien-
terizado por maior falha do controle da infecção.61
tes portadores ou possivelmente com infecção de lesões em
Recomendações para o controle da superlotação e falta
partes moles, a mupirocina deve ser utilizada com um agente
de pessoal no hospital:
com atividade sistêmica para melhorar as taxas de elimina-
• Manutenção de um coeficiente adequado
ção além daquelas obtidas com mupirocina nasal ou tópica
de pacientes/profissionais de saúde isolada. Há poucos dados sobre o uso de vancomicina oral
• Estudos epidemiológicos e dados econômicos como profilaxia ou como parte de esquemas de eliminação
devem ser utilizados em futuras tomadas de decisão de MRSA. Não existem estudos avaliando a eficácia de outros
para avaliar o efeito das mudanças do sistema de agentes para as cepas resistentes à mupirocina. Uma gama de
saúde na incidência de infecção por MRSA. agentes tem sido usada por via tópica, mas o surgimento de
resistência a antibióticos tópicos está bem documentado.73
Recomendações para o controle de antimicrobianos:
Controle do uso de antimicrobianos • Enquanto o controle de MRSA se baseia
Embora tenha havido falta de fortes evidências científicas essencialmente no controle da transmissão entre
corroborando a estratégia de controle do uso de antibióticos os pacientes, o controle de antimicrobianos é uma
com a finalidade de reduzir a infecção por MRSA, diversos medida universal para a prevenção da resistência
trabalhos já abordaram esta situação. O uso excessivo de cefa- aos antimicrobianos. Essa abordagem garante um
losporinas62-65 e fluoroquinolonas66,67 tem sido associado à se- enfoque em outras bactérias multirresistentes,
leção de MRSA em alguns cenários, e o uso de quinolonas tem bem como MRSA. Estratégias gerais destinadas
sido associado ao prolongamento do estado de portador de a limitar o uso desnecessário de antimicrobianos
MRSA. O papel desses agentes na resistência de S. epidermidis e otimizar a sua eficiência devem ser instituídas.
é bem reconhecido, principalmente as quinolonas.68 As orien- Para isso, é muito importante que um programa
tações SHEA destacam a boa administração de antibióticos e, de controle dos antimicrobianos seja instituído
especificamente, o controle das fluoroquinolonas.11 em cada hospital. Este programa deve incluir:
O controle do uso de antimicrobianos também é um • Fiscalização do consumo de antimicrobianos.
meio de prevenir a transmissão de MRSA, embora o impac- Isso é realizado através da cooperação com o
to desse mecanismo seja menor do que o das outras me- farmacêutico, sendo expresso como a densidade
didas de controle descritas anteriormente. Fukatsu et al.69 do consumo de antimicrobianos utilizando doses
relataram redução das taxas de infecção por MRSA no pós- diárias definidas (DDD) de antibióticos, ajustado por
operatório após a diminuição do uso de cefalosporinas de pacientes-dia. Essa vigilância permite às comissões
terceira geração na profilaxia cirúrgica, enquanto Landman de controle de infecção saber se o consumo está
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Lavanderia
A equipe das lavanderias devem ser encorajadas a: Preparação do manuscrito
• Lavar roupas compartilhadas (p. ex., toalhas, lençóis, O apoio concedido pela Choice Pharma (Hitchin, Reino
cobertores e uniformes) em água com detergente e água Unido), financiada pela Pfizer Inc., composta pela formata-
a 160 °C durante pelo menos 25 minutos, ou se um ção do manuscrito e assistência à sua redação.
ciclo de baixa temperatura de lavagem for selecionado,
detergente de roupa apropriado para os ciclos de CONFLITOS DE INTERESSE
água fria ou morna (p. ex., substâncias oxigenadas).
C. Alvarez: Membro do Conselho da Pfizer; consultor da
• Usar aditivos de lavanderia de acordo
Pfizer, Janssen-Cilag, GlaxoSmithKline, Baxter, Merck Sharp
com as instruções do fabricante.
& Dhome e Bristol Myers Squibb.
• Usar um secador mecânico no ciclo de alta J. Labarca: Membro do Conselho da Pfizer; consultor da
temperatura (isto é, evitar a secagem ao ar livre). Pfizer, Merck Sharp & Dhome e Wyeth; pesquisador em es-
• Distribuir toalhas, uniformes etc. apenas tudos com linezolida financiados pela Pfizer.
quando estiverem completamente secos. M.J.C. Salles: Membro do Conselho da Pfizer e da Wye-
th; consultor ou palestrante para a Pfizer, Wyeth, Merck e
Recomendações para o controle United Medicals.
de MRSA-CO nas unidades de saúde
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