Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
Resumao Odontologia Legal
Introducao a
Odontologia Legal
Ciclo empírico: É
marcado/caracterizado pelo
empirismo, ou seja, aquilo que não
tem uma fundamentação cientifica. O
ciclo empírico é baseado em alguns
casos onde os elementos dentários
ou as características odontológicas
foram utilizadas para o
reconhecimento cadavérico.
Reconhecimento de pessoas → É
empírico, não tem embasamento
cientifico.
Identificação de pessoas → Necessita
de um embasamento cientifico.
Ciclo médico-legal (1575 – Ambroise
Parré): Nessa época não se falava em
odontologia, não existia cirurgiões-
dentistas, mas em compensação
existiam os profissionais que cuidavam
dos elementos dentários e já tinham
alguns dispositivos
reabilitadores/restauradores.
É um ciclo que foi caracterizado pela
participação desses profissionais em
alguns casos de identificação por
solicitações de médicos.
Ciclo odonto-legal (1898): Identificação
feita por meio de documentações
fornecidas pelos dentistas que
atenderam a pessoa quando em vida.
Resolução CFO-63 / 2005
Art. 63 → Odontologia Legal é a
especialidade que tem como objetivo
a pesquisa de fenômenos psíquicos,
físicos, químicos e biológicos que
podem atingir ou ter atingido o
homem, vivo, morto ou ossada, e
mesmo fragmentos ou vestígios,
resultando lesões parciais ou totais,
reversíveis ou irreversíveis.
Art. 63 – Parágrafo único → A
atuação da Odontologia Legal
restringe-se à analise, perícia e
avaliação de eventos relacionados
com a área de competência do
cirurgião-dentista, podendo, se as
circunstâncias o exigirem, estender-se
a outras áreas, se disso depender a
busca da verdade, no estrito interesse
da justiça e da administração.
Art 64. → As áreas de competência
para atuação do especialista em
Odontologia Legal incluem:
a) Identificação humana;
b) Perícia em foro civil, criminal e
trabalhista;
c) perícia em área administrativa;
d) perícia, avaliação e
planejamento em infortunística;
e) tanatologia forense;
f) elaboração de:
1) autos, laudos e pareceres;
2) relatórios e atestados;
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
g) traumatologia odonto-legal;
h) balística forense;
i) perícia logística no vivo, no
morto, íntegro ou em suas
partes e fragmentos;
j) perícia em vestígios correlatos,
inclusive de manchas ou líquidos
oriundos da cavidade bucal ou
nela presentes;
k) exames por imagem para fins
periciais;
l) deontologia odontológica;
m) orientação odonto-legal para o
exercício profissional; e,
n) exames por imagens para fins
odonto-legais.
..................................................
Pericias e Peritos l
→ Perícia é um procedimento
especial de constatação, prova ou
demonstração científica ou técnica,
relacionado com a veracidade de uma
situação ou análise.
→ A finalidade da perícia é produzir a
prova.
● Perícia odonto-legal:
→ Perícia é um procedimento
especial de constatação, prova ou
demonstração científica ou técnica,
relacionado com a veracidade de uma
situação ou análise, cujos fatos são de
natureza odontológica.
● Áreas:
→ Civil;
→ Criminal;
→ Trabalhista;
→ Administrativa.
→ Perito é a pessoa a quem
incumbe a realização de exames
técnicos da sua especialidade ou
competência, para esclarecimento de
fatos que são objeto de inquérito
policial ou de processo judicial.
↪ ou seja, uma perícia deve ser SEMPRE
determinada por uma autoridade competente,
sendo o juiz a figura máxima em termos de
determinação de realização de perícias,
podendo pedir todas e qualquer perícia.
→ No caso das perícias odontológicas,
tanto o juiz, delegados e promotores
podem pedir para que seja realizada.
→ Além dessas autoridades, existe
uma outra figura que pode
determinar a realização da perícia,
que é o presidente do inquérito
policial militar. Ele não pode pedir toda
e qualquer perícia, ele pode pedir
perícia nos processos em que ele é
designado como presidente do
inquérito. Essa posição se dá por
meio de nomeação.
● Art. 6° Compete ao cirurgião
dentista:
→ IV – procede à perícia odontolegal
em foro civil, criminal, trabalhista e em
sede administrativa;
↪ qualquer cirurgião dentista inscrito no
CRO estão aptos a realizar pericias no
âmbito odontológico. Não é necessário ter
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
uma pós graduação, é necessário apenas te
concluído o curso de graduação em
Odontologia em uma instituição reconhecida
pelo MEC..
→ A literatura estabelece 3
qualidades essenciais dos peritos, são
elas: conhecimento técnico cientifico,
honestidade e a imparcialidade.
● Tipos de peritos:
→ Oficiais: são aqueles que exercem
a atividade pericial por aprovação em
concurso público. No nosso país, os
peritos oficiais trabalham realizando as
perícias de natureza criminal.
No Rio de Janeiro, temos os peritos
oficiais legistas e criminal, porém essa
nomenclatura é variável de acordo
com o estado. Os peritos legistas – no
Rio de Janeiro – podem ser médicos
e cirurgiões-dentistas, com isso, os
médicos fazem apenas pericias de
naturezas médicas e os cirurgiões-
dentistas fazem apenas pericias de
natureza odontológica. Os oficiais
criminais realizam pericia de diversos
outros âmbitos.
→ Não oficiais: são aqueles que
exercem a atividade pericial porque
foram designados pelo juiz para
trabalhar naquele determinado caso.
Os oficias trabalham na área criminal e
os não oficiais trabalham nas outras
áreas Diferente do perito oficial, os
não oficiais não são peritos o tempo
todo, ele só é perito naquele
determinado caso.
Os peritos não oficiais podem ser:
louvado, nomeado e do juízo.
￫ Louvado: o juiz se louva nas
conclusões estabelecidas por aquele
perito;
￫ Nomeado: o juiz nomeou aquela
pessoa como perito;
￫ Do juízo: aquele que é o auxiliar da
justiça, ele vai auxiliar o juiz a formar
o seu juízo de valor de uma
determinada situação.
→ Além dos peritos, nós temos uma
outra figura que são os assistentes
técnicos. Eles não são peritos, pois os
peritos ou são concursados ou são
nomeados, o assistente técnico é
nomeado pelas partes (autor x réu).
Nesse caso, uma das partes pode
contratar um cirurgião-dentista para
ser o assistente técnico do seu
advogado. O cirurgião dentista
também pode contratar um outro CD
para ser o assistente técnico.
Eles não possuem vínculo nenhum
com o juiz, apenas com as partes.
→ Os peritos criminais podem
trabalhar na área criminal e nas outras
áreas, caso seja nomeado pela
autoridade competente. A única
restrição é caso o perito já tenha
emitido alguma opinião sobre uma das
partes.
Perícia na área civil
1. De ressarcimento de danos:
a) Nos casos de responsabilidade
profissional;
b) Em casos de acidentes,
notadamente os de trânsito,
em que a vítima necessita de
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
trabalhos odontológicos, em
virtude de lesões que atingiram
a face;
c) Casos de agressão, em que a
vítima sofre lesões na face,
comprometendo os órgãos
dentários.
2. Arbitramento judicial de
honorários profissionais
a) Nos casos de cobrança judicial
promovida por cirurgião-
dentista, quando as partes não
tiverem chegado a um acordo
sobre os honorários
profissionais.
3. Exclusão de paternidade
a) Geralmente efetuada no
campo médico-legal, através da
pesquisa do DNA. Caso esta
seja impossível, o juiz pode
determinar a realização de
perícia de caracteres dos
arcos dentários (caracteres
teratológicos ou patologias de
transmissão genética
dominante no campo
bucodentário).
4. Suprimento da idade
a) Em casos de adoção de
menores.
↪ Ex: crianças que não temos
informações como, por exemplo, a
idade.
5. Avaliação de equipamentos
odontológicos
a) Em casos de lides contratuais.
↪ Ex: caso os equipamentos
não correspondam com o que foi
solicitado.
Pericias e Peritos ll
Perícia na área criminal
Art. 158.C.P.P. → Quando a infração
deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Ou seja, deverá ser feito o exame de
corpo de delito mesmo que haja a
confissão de um acusado.
→ Exame de corpo de delito: É o
exame realizado nos vestígios
deixados pela infração delituosa.
→ Exame de corpo de delito direto:
É o exame realizado diretamente no
vestígio que foi deixado pela infração
delituosa.
→ Exame de corpo de delito indireto:
É aquele exame que é realizado
quando não se dispõe do vestígio
propriamente dito para examinar ou
quando aquele vestígio já não mais
apresentam as mesmas características
e aí precisaremos nos valer de um
exame indireto (ex: panorâmica).
1. Identificação
a) No vivo:
• Em casos de mordeduras
na vítima ou no agressor;
• em casos de mordeduras
em alimentos;
• outros casos de
identificação humana.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
b) No cadáver:
• Em adiantado estado de
putrefação, em que a
identificação dactiloscópica
é impossível;
• afogados nos quais as
polpas digitais tenham sido
destruídas por peixes ou
outros animais;
• de desconhecidos que dão
entrada nos Institutos
Médico-Legais;
• de carbonizados;
• nos casos de grandes
catástrofes em que um
grande número de pessoas
perde a vida, dificultando o
reconhecimento;
• nos casos de dilaceração
do corpo.
c) Perícias antropológicas (no
crânio esqueletizado)
• Espécie animal;
• Estimativa do sexo;
• Estimativa da idade;
• Estimativa da estatura;
• Estimativa do biótipo.
↪ as perícias antropológicas são
muito importantes e significativas,
mas elas por si só não são capazes
de realizar uma identificação.
2. Lesões corporais – perícias de
traumatologia
• Nos casos de acidentes em
que a face é atingida,
provocando fraturas no
maxilar, mandíbula e
dentes;
• Nos casos de crimes, em
que a vítima ou o agressor
sofrem lesões na face;
• Em casos de erros
profissionais.
↪ diferente das perícias
realizadas na área civil que tem
como objetivo o ressarcimento, a
perícia de lesões corporais tem
como objetivo aplicar uma
penalidade.
3. Estimativa da idade
• Nos casos de possíveis
menores infratores e
vítimas sem idade
comprovada
↪ Tem o objetivo de
estabelecer se o individuo é
maior ou menor de 18 anos
para aplicar a pena adequada.
4. Perícias de manchas
• Em casos de diagnóstico
diferencial entre manchas
de saliva, esperma,
mucosidade vaginal, etc.
5. Determinação da embriaguez
alcoólica
• Pelo exame da saliva
Perícia na área trabalhista
→ Na área da perícia trabalhista nós
temos dois ramos de perícia: as que
envolvem a saúde do trabalhador e as
perícias trabalhistas judiciais.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal

● Exames na área trabalhista ● Irregularidades:

→ Saúde do trabalhador: inspeções e a) Quanto à forma;

exames de saúde / prevenção e ↪ ex: paciente tem um plano x e é
promoção de saúde. beneficiado por erro do profissional por
um plano acima do dele.
Atividades profissionais Patologia
b) Quanto ao mérito.
Pintores Sangramento gengival
↪ o auditor irá avaliar o
Telemarketing DTM procedimento feito pelo cirurgião-
Garimpeiros Gengivite e sialorréia dentista.
Indústrias metalúrgicas Erosão dentária
Indústrias químicas Erosão dentária ↓
Indústrias de fertilizantes Erosão dentária
→ O auditor não pode definir qual
→ Perícias trabalhistas judiciais: o procedimento que o CD irá
acidentes de trabalho / doenças fazer.
ocupacionais.
→ Profissional autônomo:
Perícias em sede administrativa Profissional que trabalha por conta
(“perícias” de convênio)
própria e estabelece seus próprios
horários.
→ Melhor seria a utilização dos
→ Profissional liberal: Profissional
termos “avaliação” ou “auditoria”, para
que pode escolher dentro da sua
não serem confundidas com a perícia
atividade profissional como ele irá
em âmbito jurídico, cuja realização
conduzir aquela situação.
somente pode ser determinada por
autoridade policial ou judicial.
● Perícias éticas (ainda em sede
administrativa):
Assessoramento ￫ ações de saúde ￫
→ São as perícias que visam analisar
aspectos as nossas condutas de acordo com
↪ qualitativos aquilo que está estabelecido no
e
código de ética odontológica.
quantitativos

↑ ..................................................
Preceitos éticos e legais

→ Quem irá realizar a checagem

disso é o auditor.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
Documentos legais l
Atestados, relatorios e pareceres
→ Além da finalidade clínica, os
documentos odontológicos também
podem ter finalidade administrativa ou
legal.
→ A documentação é meio de
prova.
→ Documentação: conjunto de
documentos destinado a esclarecer
ou provar determinado assunto ou
fato.
→ Documento: qualquer base de
conhecimento, fixada materialmente e
disposta de maneira que se possa
utilizar para consulta.
Atestados odontológicos
→ Afirmação simples e por escrito
de um fato odontológico e suas
consequências
● Classificação:
Quanto à sua procedência, os
atestados podem ser oficiais ou
oficiosos.
→ Oficial: são aqueles confeccionados
nos órgãos oficiais da estrutura
pública. Ex: oriundo de uma perícia.
→ Oficioso: são os atestados
produzidos no nosso dia a dia nas
clinicas, consultórios, hospitais, etc.
Eles também podem ser classificados
quanto à sua finalidade, podendo ser
administrativo ou judicial.
→ Administrativo: como por exemplo,
atestados que relatam que o paciente
deverá ficar afastado do trabalho
durante x dias.
→ Judicial: atestados usados para
comprovações em autos processuais.
Ex: faltar uma audiência judicial fazendo o
uso de um atestado para justificar a falta.
● Condições de legitimidade dos
atestados:
1. Efetiva prática do ato
profissional;
2. Habilitação profissional;
3. Não estar o profissional
suspenso do exercício
profissional por decisão judicial,
por interdição temporária de
direitos ou por penalidade
imposta pelo órgão de classe.
● Normas de elaboração:
a) Papel impresso – dados:
→ Obrigatórios: nome completo,
número do CRO, qualificação
profissional, endereço do
consultório.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
→ Facultativos. Especialidades
inscritas no CRO, telefone e
horário de consultas, alguns títulos
profissionais, científicos e
relacionados com o magistério, n°
do CPF, endereço residencial.
b) Declaração:
→ Recomendações: escrever
com clareza, de modo legível,
mencionar uma finalidade, referir
quem solicitou, colocar nome
completo do paciente, mencionar
local, data e hora, aposição do
diagnóstico, através do Código
Internacional de Doenças – CID,
apenas com a expressa
concordância do paciente.
→ Atestado odontológico não pode
constar o diagnóstico, mas, caso haja
a necessidade e o paciente solicite, a
constatação do diagnóstico deverá
ser feita por meio do CID.
É ilegal a inserção do CID por médico
e cirurgião-dentista com finalidade de
abonar falta do trabalhador (decisão
do TST).
● Lei n° 5.081, 24 de agosto de 1966:
→ Art. 6° - Compete ao cirurgião-
dentista:
lll. Atestar, no setor de sua atividade
profissional, estados mórbidos e
outros, inclusive para justificação de
faltas ao emprego.
● Atestados falsos:
→ Falsidade de atestado médico:
- Art. 302 C.O: Dar ao médico, no
exercício da sua profissão, atestado
falso:
↪ Pena – detenção. De 1 mês a 1
ano.
↪ Parágrafo único – se o crime é
cometido com o fim de lucro, aplica-
se também multa.
● Atestado falso firmado por CD –
Falsidade ideológica:
Art. 299 C.P.: Omitir, em documento
público ou particular, declaração que
dele devia constar, ou nele inserir ou
fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com
o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante:
↪ Pena – reclusão, de 1 a 5 anos,
e multa, se o documento é público, e
reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se o
documento é particular.
↪ Parágrafo único – Se o agente
é funcionário público, e comete o
crime prevalecendo-se do cargo, ou
se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil,
aumenta-se a pena de sexta parte.
→ Em suma, atestado falso emitido
por cirurgião dentista o crime é de
falsidade ideológica.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
Relatórios
→ Os relatórios são os únicos que
são produzidos originalmente, ou seja,
desde o seu inicio, com finalidade legal.
→ Relatório é o registro organizado,
metodizado e minucioso de todos os
fatos pertinentes a uma perícia,
requisitada por autoridade
competente.
→ Os relatórios podem ser divididos
em auto e laudo.
→ Auto: É produzido de forma
concomitante/ao mesmo tempo a
realização do exame pericial.
→ Laudo: É produzido tempos após
a realização do exame pericial.
● Relatório odonto-legal (componentes
do relatório):
1. Preâmbulo;
2. Quesitos;
3. Histórico ou comemorativo;
4. Descrição – Visum et
Repertum;
5. Discussão;
6. Conclusão;
7. Resposta aos quesitos.
- Data e assinatura.
→ Preâmbulo: parte do relatório
onde estarão identificadas as
partes envolvidas naquele relatório.
→ Quesitos: perguntas que serão
ou foram feitas para o perito
responder. São as dúvidas que
precisam ser esclarecidas.
→ Histórico ou comemorativo:
Alegação da pessoa / versão dos
fatos que estão sendo narrados.
→ Descrição – Visum er
Repertum: momento em que o
profissional vai observar com os
olhos e repetir com palavras /
Descrição do profissional.
→ Discussão: Momento em que o
perito vai confrontar o que a
pessoa falou com aquilo que ele
mesmo viu.
→ Conclusão: é o resumo da
discussão, irá estabelecer se a
pessoa tem razão ou não.
→ Resposta aos quesitos.
Pareceres
→ É uma resposta dada a uma
consulta que foi realizada.
Ex: o paciente tem alguma dúvida e ele
solicita a opinião do CD e o CD emite um
parecer quando ele opina/responde aquela
determinada dúvida.
→ Podemos dividir os pareceres
em judiciais e clínicos.
→ Pareceres clínicos: Ex: quando
encaminhamos um paciente para
uma avaliação periodontal para
saber os aspectos de saúde em
relação periodontal daquele
paciente, quando o
profissional/especialista responde,
ele estará emitindo um parecer.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal

→ Pareceres judiciais: Ex: quando ● Tipos de receitas:

a autoridade faz questionamentos
e o perito responde através de → Comum: a maioria dos
pareceres. medicamentos que os CD
prescrevem.
.............................................
→ Magistral: Fórmulas
manipuladas.
Documentos Legais ll
receitas → Controle especial: aquelas que
são feitas em mais de uma via.
→ Receita é uma ordem escrita
dirigida ao farmacêutico, definindo ● Formato da receita:
como o fármaco deve ser
fornecido ao paciente. Ao paciente 1. Identificação:
determina as condições em que o → Consultório particular – pessoa
fármaco deve ser utilizado, deve física;
se apresentar por escrito, pois → Clínica privada – pessoa
responsabiliza tanto quem jurídica;
prescreve quando quem dispensa. → Serviço público de saúde.

→ Além de indicar o 2. Cabeçalho:

medicamento, também vincula → Nome e endereço do
orientações dos profissionais aos paciente;
seus pacientes e não apenas → Forma de uso do
aquelas relacionadas à medicação. medicamento (interno ou externo).

→ As receitas tem finalidade 3. Inscrição:

clínico-científico, econômico e → Nome genérico (nome
cultural. comercial – facultativo);
↪ Os profissionais que trabalham em
→ Remédio: medidas adotadas serviço público só podem fazer
prescrições na forma genérica. Os que
para curar/aliviar sintomas.
trabalham na área privada podem
escolher o nome genérico ou o
→ Medicamento: profilática, comercial.
curativa, diagnóstico, curativo. → Concentração da droga;
→ Quantidade.
→ Todo medicamento é um
remédio, mas nem todo remédio 4. Orientação:
é medicamento. → Informações;
→ Precauções quanto à
medicação.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
5. Data e assinatura do
profissional.
↪ caso o profissional esteja usando
papel da receita de uma clinica privada,
ele deverá adicionar sua assinatura e o
número do seu CRO.
● Art. 6 – Compete ao cirurgião-
dentista:
→ ll – prescrever e aplicar
especialidade farmacêuticas de uso
interno e externo, indicadas em
Odontologia.
→ Não existe intercambialidade com
os medicamentos similares.
● Art. 35 - A receita só será aviada
se:
→ Estiver escrita no vernáculo
(português), redigida sem abreviações
e de forma legível (se um remédio for
comprado de forma errada por estar
ilegível, a responsabilidade será do
prescritor) e que observe a
nomenclatura e o sistema de pesos e
medidas oficiais;
→ Que contenha o nome e o
endereço residencial do paciente e,
expressamente, o modo de usar a
medicação;
→ Que contenha a data e a
assinatura do profissional de saúde, o
endereço do sei consultório ou da sua
residência e o seu número de
inscrição no conselho profissional
Prescrição de medicamentos
controlado em Odontologia
→ São regulados pela portaria
n°344/98, de 12 de maior de 1998.
→ Art. 36 – A notificação de receita
é o documento que acompanhado de
receita comum autoriza a dispensação
de medicamentos à base de
substâncias constantes das listas:
- A (entorpecentes); ￫ notificação
amarela
- B (psicotrópicos); ￫ notificação azul.
- C (outras substâncias sujeitas a
controle especial, retinóicos,
imunossupressores e anabolizantes). ￫
notificação branca. O CD não pode
prescrever retinóicos, imunossupressores e
anabolizantes, apenas outras substâncias
sujeitas a controle especial (apenas C1).
→ A notificação da receita é
personalizada e intransferível, devendo
conter somente uma substância das
listas. Ou seja, um profissional não
pode emprestar sua receita de
controle especial para o outro, e se
houver a necessidade de prescrever
2 remédios da lista, a receita deverá
ser feita individualmente, cada um em
um papel.
→ A notificação da receita conforme
modelo de talonário “B”, para as listas
“B1” e “B2”, que inclui os ansiolíticos do
grupo dos benzodiazepínicos, deverá
conter os itens referentes às alíneas
a, b e c devidamente impressos e
apresentando as seguintes
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
características, de acordo com o
Artigo 7 da Portaria:
a) Sigla da Unidade da Federação;
b) Identificação numérica – a
sequencia numérica será
fornecida pela Autoridade
Sanitária competente.;
c) Identificação do emitente –
nome do profissional com sua
inscrição no Conselho Regional
com a sigla da respectiva
Unidade da Federação; ou
nome da instituição, endereço
completo e telefone;
d) Identificação do usuário: nome
e endereço completo do
paciente.
e) Nome do medicamento ou da
substância: prescritos sob a
forma de Denominação
Comum Brasileira (DCB),
dosagem ou concentração,
forma farmacêutica, quantidade
(em algarismos arábicos e por
extenso) e posologia;
f) Símbolo indicativo: no caso da
prescrição de retinóicos,
deverá conter o símbolo de
uma mulher grávida, recortada
ao meio, com a seguinte
advertência: “Risco de graves
defeitos na face, nas orelhas,
no coração e no sistema
nervoso do feto”; ￫ nas receitas
C.
g) Data da emissão;
h) Assinatura do prescritor:
quando os dados do
profissional estiverem
devidamente impressos no
campo do emitente, este
poderá apenas assinar a
Notificação de Receita. No caso
do profissional pertencer a
uma instituição ou
estabelecimento hospitalar,
deverá identificar a assinatura
com carimbo, constando a
inscrição no Conselho Regional,
ou manualmente, de forma
legível;
i) Identificação do comprador:
nome completo, número do
documento de identificação,
endereço completo e telefone;
j) Identificação do fornecedor:
nome e endereço completo,
nome do responsável pela
dispensação e data do
atendimento;
k) Identificação da gráfica: nome,
endereço e C.G.C. impressos
no rodapé de cada folha do
receituário. Deverá constar
também a numeração inicial e
final concedidas ao profissional
ou instituição e o número da
Autorização para a confecção
de talonários emitida pela
Vigilância Sanitária local;
l) Identificação do registro:
anotação da quantidade aviada,
no verso, e quando tratar-se
de formulações magistrais, o
número de registro da receita
no livro de receituário.
→ Se houver alguma utilização
indevida, vai ser suspenso a sequencia
numérica que foi fornecida e será
feita uma comunicação ao órgão de
classe e as demais autoridades
competentes.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
→ Em caso de roubo, furto ou
extravio de parte ou de todo o
talonário da Notificação de Receita,
fica obrigado ao responsável a
informar, imediatamente, à Autoridade
Sanitária loca, apresentando o
respectivo Boletim de Ocorrência
Policial (B.O).
→ A notificação de Receita “B”, de
cor azul, impressa às expensas do
profissional ou da instituição, conforme
modelo anexo a este Regulamento,
terá validade por um período de 30
dias, contados a partir da data de sua
emissão, e somente dentro da
Unidade Federativa que concedeu a
numeração. ￫ Isso foi mudado e agora os
pacientes podem ter uma receita de um
estado e comprar em outro.
↪ Ou seja, o paciente tem 30 dias para
comprar o remédio a partir da dada da sua
emissão.
→ A notificação da Receita “B”
poderá conter, no máximo, 5 ampolas
e, para as demais formas
farmacêuticas, a quantidade para o
tratamento correspondente no
máximo a 60 dias.
↪ 60 dias é o máximo de dias que o
tratamento permite, depois desse tempo
deverá ser emitida uma nova notificação.
→ Acima das quantidades previstas
neste regulamento, o prescritor
deverá apresentar, juntamente com a
notificação, a justificativa em forma de
CID ou diagnóstico e posologia,
datando e assinando a mesma. A
notificação receberá “visto prévio” da
Autoridade Sanitária da localidade do
prescritor, para ser aviada em
estabelecimento farmacêutico.
↪ Ou seja, para justificar essa prescrição
em uma quantidade acima da prevista, a
notificação irá precisar receber um visto
prévio da autoridade sanitária local.
→ Os antibióticos não fazem parte
dos remédios de controle especial,
mas a receita dos antibióticos deverá
ficar retida na farmácia (feita em 2
vias) e será obrigatório o uso do
carimbo nas prescrições de antibiótico.
O prazo de validade dos antibióticos é
de 10 dias. Mas se o profissional relatar
que o tratamento será feito de forma
contínua (ultrapassando os 10 dias), a
farmácia venderá a quantidade para o
tanto de dias do tratamento.
→ O Conselho Federal de
Odontologia regulamentou a
prescrição eletrônica, para isso o
profissional precisa ter uma assinatura
eletrônica / certificação digital.
→ Os medicamentos psicotrópicos
(receita azul) não podem ser
prescritos eletronicamente.
..................................................
Documentos Legais lll
Prontuario
→ O prontuário é um conjunto de
documentos destinado aos registros
dos serviços prestados a um
determinado paciente.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
→ A principal finalidade do prontuário
é a clínica, mas também pode acabar
tendo finalidade administrativa e legal.
→ É obrigação do cirurgião-dentista
elaborar e atualizar os prontuários,
incluindo os prontuários digitais.
→ O prontuário é composto pelos
documentos fundamentais e
documentos complementares.
● Documentos fundamentais:
1. Identificação do profissional;
2. Identificação do paciente;
3. Anamnese;
4. Exame clínico – 1°
odontograma;
5. Plano de tratamento;
6. Evolução e intercorrências do
tratamento – 2° odontograma;
7. Contrato / consentimento.
↪ O item 6 e 7 podem não existir
caso o paciente não retorne.
● Anamnese:
→ É o questionário de saúde.
Deverá estar completo, assinado e
atualizado.
● Consentimento:
→ Deverá contemplar as
alternativas de tratamento, riscos e
custos.
● Documentos complementares:
→ Hemograma, tomografia,
prescrição, atestado, etc.
→ A confecção dos documentos é
facultativa, mas o arquivamento –
caso seja feito – é obrigatório.
→ O prontuário é do paciente.
→ O prontuário pode ser físico e ser
transformado em digital e também
podemos ter um prontuário
originalmente digital.
→ Aos profissionais que pretendem
utilizar os prontuários eletrônicos
precisam ter certificado digital e
assinatura eletrônica. O paciente
também precisa ter uma assinatura
eletrônica, ou deverá ser feito em
papel e depois escaneado.
→ Certificado digital é um arquivo de
computador que identifica uma
pessoa física ou jurídica no mundo
digital. Segundo o Instituto Nacional de
Tecnologia da informação (ITI), o
“certificado digital é um documento
eletrônico que contém o nome, um
número público exclusivo denominado
chave pública e muitos outros dados
que mostram quem somos para as
pessoas e para os sistemas de
informação. A chave pública serve
para validar uma assinatura realizada
em documentos eletrônicos.
→ Dados pessoais: nome, fotos, etc.
→ Dados sensíveis: relacionados a
saúde e hábitos.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
→ Sempre precisamos pegar a
autorização para o armazenamento
de dados nas redes.
→ Em caso de crianças, essa
autorização deverá ser concedida por
pelo menos 1 dos responsáveis.
→ É proibida a utilização dos dados
com um objetivo diferente do que foi
firmado com o paciente.
→ O paciente deverá ter acesso às
informações registradas.
→ A partir da data da consulta o
profissional tem que guardar o
prontuário por 20 anos.
→ A obrigatoriedade de um contrato
só acontece se o valor do serviço
ultrapassar 10 salários mínimos.
Notificação compulsória
→ Sua obrigatoriedade se dá em
caso de doenças especificas (que
fazem parte de uma listagem) e a
notificação de violência.
→ O CD fazer a notificação
compulsória de doença não é infração
ética, pois é entendido como justa
causa.
→ Para casos suspeitos ou
confirmados de violência contra
mulher o profissional deverá fazer a
notificação interpessoal.
→ Em caso de violência contra a
mulher, o profissional irá apenas fazer
a notificação, a denúncia poderá ser
feita apenas pela mulher e pelo
profissional SE. a mulher estiver de
acordo.
→ Em caso de violência contra
crianças é obrigatório fazermos a
notificação e a denúncia.
→ Em caso de violência contra
idosos, o profissional deverá avaliar se
o idoso tem condições de decidir ou
de sair desse núcleo de violência.
A notificação é obrigatória, a denúncia
só será feita se o idoso não tiver
condições de discernimento/defesa.
..................................................
Traumatologia Forense l
→ A traumatologia forense estuda o
trauma e suas consequências.
→ A nossa finalidade é responder
questões jurídicas relativas ao trauma.
Algumas das questões que iremos
esclarecer é em relação ao dano
(traduzir para a autoridade os danos que
aquela lesão trará para a vida do individuo),
a causa jurídica (estabelecer se foi
acidente / suicidiio / homicídio), a
cronologia (a partir das características das
lesões, o perito chega a conclusão do
intervalo de tempo que aquelas lesões
foram cometidas), responsabilidade
(estimar ou concluir quem foi o responsável
das lesões), lesões em vida ou após a
morte
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal

Espectro equimótico - 1° grau: Caracterizada por uma

vermelhidão local.
- 2° grau: Caracterizada pela
Dias Cor
presença de bolhas;
1° Vermelho escuro
- 3° grau: Lesões que alcançam
Do 2° ao 3° Violeta
maiores profundidades na camada da
Do 4° ao 6° Azulado
pele;
Do 7° ao 10° Verde-escuro
- 4° grau: Carbonização.
Do 11° ao 12° Verde-amarelado
Do 12° ao 17° Amarelado - Sistêmica: Hipotermia;
Do 18° ao 21° Desaparece - Locais: Quando nossa pele entra em
contato com algo muito frio,
● Diferença de trauma e lesão: chamamos de geladura. A geladura
também são classificadas por graus.
→ Trauma: Atuação de uma energia
lesiva externa em uma Ø Energia elétrica: Descarga
quantidade/intensidade suficiente para elétrica natural (raios ou
produzir uma alteração da tempestades) ou superficial.
normalidade. (energia elétrica que recebemos na
nossa casa).
→ Lesão: É a alteração da
normalidade. Aquilo que vemos como Ø Energia barométrica: Quando o
resultado da energia lesiva. organismo humano é vítima
das variações de pressão.
Energias lesivas
> Baropatias: Patologias associadas à
→ Energias capazes de produzir variação de pressão;
alterações. > Barotrauma: Traumas imediatos a
variação de pressão
→ Reação aos traumas = geral e
local. Ø Energia radiante: Quando o
nosso organismo é submetido
● Classificação das energias lesivas: a fontes de radiação, de forma
aguda (acidentes nucleares) ou
→ Física: Térmica, elétrica, crônica (de forma acumulativa,
como as radiografias).
barométrica, radiante e mecânica.
↓
Ø Energia mecânica: Agentes
Ø Energia térmica: Sistêmica ou
que lesam através da energia
local.
cinética. Ex: agressões, quedas,
> Sistêmicas: Termonoses projetil de arma de foto, armas
(intermação e insolação). brancas, etc.
> Locais: Queimaduras
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal

● Atuação dos agentes contundentes:

→ Química: Pode ser de forma
sistêmica ou de forma local.
De forma sistêmica é a atuação de
uma substância química qualquer, que
ao ser administrada e absorvida pelo
organismo é capaz de produzir
alterações da normalidade (ex: quadros
de envenenamento).
De forma local é quando uma
substância com um pH diferente do
pH da nossa pele reage com nossas
células e provoca uma reação local
(ex: pele em contato com ácido sulfúrico).
→ Físico-química: Situações em que
algo físico impede a renovação/trocas
gasosas e, consequentemente, temos
uma alteração química do organismo
(ex: asfixia).
..........................................................
Traumatologia Forense ll
→ Ativa: Quando o agente
contundente vai de encontro ao
corpo;
→ Passiva: Quando uma pessoa cai
ou se joga. O corpo humano vai de
encontro ao agente contundente.
→ Mista: Combinação da forma ativa
e da forma passiva. Ex: uma pessoa
sendo empurrada contra a parede.
→ Direta: Caracterizada pela lesão no
local que foi sede da atuação da
energia.
→ Indireta: Ocasiona lesões que são
observadas em locais diferentes
daquele que foi sede da atuação da
energia.
● Tipos de lesões resultantes das
ações contundentes:

→ Lesões fechadas: Lesões em que

Continuação da energia mecânica:.. não tem ruptura da pele. Sendo
assim, não teremos comunicação da
→ Na traumatologia, usamos o termo face interna do organismo com o
“agente” para nos referirmos ao meio ambiente.
objeto da ação. Ø Rubefação: lesão de curta
duração; vermelhidão no local.
Ação contundente Ø Tumefação: aumento de
volume no local. (o galo é uma
bossa, um tipo de tumefação).
→ Agentes que lesam por pressão
Ø Hematoma: Extravasamento
(soco), tração (puxar cabelo / orelha)
sanguíneo que se dá pela
ou deslizamento (unhas, contato
ruptura de vasos sanguíneos,
tangencial).
formando uma
neocavidade/coagulo
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
comprimindo os tecidos
adjacentes.
Ø Equimose: Caracterizado pelo
extravasamento sanguíneo em
virtude da ruptura de vasos
sanguíneos mas, diferente do
hematoma, esse sangue
extravasado não está
acumulado em uma
neocavidade e sim
entremeado entre as fibras
teciduais. O volume de sangue
é menor.
Ø Entorse: Caracterizada pelo
movimento exagerado de uma
articulação com ou sem
ruptura de cápsula ou de
ligamento.
Ø Luxação: Caracterizado pelo
movimento exagerado da
articulação, com ou sem
ruptura de cápsula e de
ligamento mas, diferente da
entorse, na luxação há perda
de contato entre as superfícies
articulares.
Ø Fratura: Interrupção da
continuidade do osso. Ela
também pode ser aberta.
● Classificação das fraturas:
→ Quanto à solução de
continuidade: Chamamos de
completa quando a fratura atinge
todo o diâmetro ósseo e
chamamos de incompleta quando
não atinge toda a cortical óssea.]
→ Quanto a exposição com o
meio exterior através da ferida:
Fratura fechada ou aberta.
→ Quanto ao número de
fragmentos: Podemos classificar
em simples quando temos um
único traço de fratura, múltiplas
quando temos mais de um traço
de fratura e fratura cominutiva
que são múltiplos de pequenos
fragmentos.
→ Quanto ao mecanismo de
ação: Direta e indireta.
→ Lesões abertas: Quando há essa
ruptura e iremos ter comunicação da
face interna do organismo com o
meio ambiente.
Ø Escoriação: Arrancamento da
epiderme com exposição da
derme. Ex: arranhão.
Ø Ferida contusa: Caracterizada
pela irregularidade
Ø Esmagamento: Perda de
relação entre as estruturas
teciduais.
Ação perfurante
→ Caracterizada pela atuação de um
agente pela pressão da sua ponta
ativa.
→ Mais profundas do que extensas.
→ A ação perfurante se dá por dois
tipos de instrumentos: Instrumentos
perfurantes de pequeno calibre
(injeção/vacina, essas não tem muito
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal
interesse médico-legal, só em caso de
overdose) e instrumentos perfurantes
de médio calibre (ex: perfurar o palato do
paciente com uma alavanca, perfurar
alguém com caneta, etc)
Ação cortante
→ Atuam por deslizamento da sua
parte ativa. Secção dos tecidos.
Ex: navalha, gilete, etc.
→ Mais extensas do que profundas.
Ação perfuro-cortante
→ Instrumentos que tem ponta e
parte ativa. Eles furam e cortam. Ex:
faca, punhal.
→ Se vai ser mais profunda ou
extensa vai depender de como foi
desferido o golpe
Ação corto-contundente
→ Instrumentos que cortam e
contundem. Tem gume e massa. Ex:
machado, foice, mordidas, acidente de carro
onde a pessoa tem o vidro estilhaçado
sobre ela, acidente de moto por linha de
pipa com cerol.
Ação perfuro-contundente
→ Agentes que combinam o meio
de ação perfurante (dotados de ponta
ativa) e contundente. (dotados de massa e
velocidade)
Ex: projétil de arma de fogo, flecha,
vergalhão.
● Divisão da balística:
→ Se divide em balística interna,
externa e terminal.
→ A interna estuda os projéteis no
interior do cano da arma.
→ A externa estuda a trajetória dos
projéteis.
→ A terminal estuda o movimento
dos projeteis no interior do alvo.
● Lesão de entrada:
● Características das lesões de
entrada:
→ Orla de escoriação;
→ Orla de equimose;
→ Orla de enxugo/alimpadura: Hora
em que o projétil “se limpa” nos
tecidos no momento em que vai se
arrastado entre eles.
→ Zona de esfumaçamento: São os
gases resultantes da combustão da
pólvora e forma uma área de fuligem.
→ Zona de tatuagem: Grânulos de
pólvora incombusta (que não entrou
em combustão) que se encrostam na
pele.
→ Zona de queimadura: Chama que
sai do interior do cano da arma
formando a zona de queimadura.
↪ Essas zonas só são observadas nos
disparos efetuados a curta distância.
 Thayssa Ribeiro – Odontologia
Odontologia Legal

● Lesão de saída:

→ Caracterizada pela sua

irregularidade, com os bordos voltados
pra fora.