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ODONTOLOGIA

Perícias em Odontologia

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PERÍCIAS EM ODONTOLOGIA

Este bloco será dedicado as perícias em odontologia e que podem se apresentar de


formas variadas. Existem várias normas para cada um dos tipos de perícias e, portanto, essa
será uma aula com uma abordagem mais teórica, composta principalmente pela legislação
relacionada.

PERÍCIA ODONTOLÓGICA NOS FOROS ADMINISTRATIVO, ÉTICO, CIVIL,


PENAL E TRABALHISTA

Perícia
Do latim, peritia, significa experiência, saber, habilidade. Diligência com a finalidade de
estabelecer a veracidade ou a falsidade de situações, fatos ou acontecimentos, por meio de
prova; análise de toda matéria colhida como vestígio de uma infração, ou seja, o exame de
corpo de delito.

Na verdade, a perícia corresponde a uma diligência realizada para que se possa respon-
der determinadas perguntas de uma circunstância criminosa, por exemplo:
• Quando e como o fato aconteceu?
• Por que o crime ocorreu?
• Com qual objeto e em quais circunstâncias o crime se concretizou?

Peritos
Do latim, peritus, significa aquele que sabe por experiência, hábil, instruído. Pessoa qua-
lificada ou experiente em certo assunto, a quem incumbe a tarefa de esclarecer um fato de
interesse da justiça, quando solicitado. FRANÇA (2018)

Processos
• Administrativo;
• Ético;
• Civil;
• Criminal;
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• Trabalhista.

Normatização
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) dispõe algumas resoluções que balizam a
atividade pericial:
• Resolução CFO n. 102/2010: Proíbe o uso indiscriminado de Raio X.
• Resolução CFO n. 87/2009: Normatiza a perícia e junta odontológica e dá outras
providências.
• Resolução CFO n. 20/2001: Normatiza perícias e auditorias em sede administrativa.

Processo Administrativo
• Processo administrativo disciplinar;
• Processo administrativo disciplinar militar.

Modalidades de perícia:
5m
• Estatutária – Lei n. 8.112/1990;
• Previdenciária – Lei n. 10.876/2004.

Exemplo de solicitação de perícia na esfera militar (fratura de mandíbula durante proce-


dimento odontológico):
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Perícia estatutária
Lei n. 8.112/1990
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o atestado somente produzirá efeitos depois de recepcionado
pela unidade de recursos humanos do órgão ou entidade.
§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses a
contar do primeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial.
§ 5º A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos
demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas
hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia.

Perícia previdenciária
Lei n. 10.876/2004
Cria a Carreira de Perícia Médica da Previdência Social, dispõe sobre a remuneração
da Carreira de Supervisor Médico-Pericial do Quadro de Pessoal do Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS e dá outras providências.

Processo Ético
Dentro do processo ético odontológico, o dentista está sujeito a perder a sua habilitação
profissional. A seguir estão dispostos exemplos de censura pública (aplicada a profissional)
e cassação do exercício profissional (motivada por processo ético):
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Perícia ética
CPEO
Art. 14. […]
§ 3º A critério da Comissão de Ética ou da Câmara de Instrução, poderá a audiência ser suspensa
para realização de perícia técnica. […]

Art. 17. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.


Parágrafo único. A perícia não poderá ser realizada quando:
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a sua realização for impraticável.

Art. 18. O perito será designado pelo Presidente da Comissão de Ética e firmará, em dia e hora
fixados, o compromisso de cumprir conscienciosamente o encargo que lhe for cometido.

Art. 19. O Presidente da Comissão de Ética ou da Câmara de Instrução fixará o dia, hora e local
em que será realizada a perícia, o prazo para a entrega do laudo, determinando a notificação às
partes para, querendo, indicar assistentes técnicos e apresentar quesitos.
§ 1º A indicação de assistentes e a apresentação de quesitos poderá ser feita até 10 (dez) dias
antes da realização da perícia.
10m § 2º As partes serão notificadas do dia, hora e local da perícia, ficando obrigadas à condução dos
assistentes técnicos, facultada a exibição dos elementos de prova ao exame do perito.
§ 3º A perícia poderá ser realizada fora da cidade Sede do Conselho, a critério da Comissão de
Ética ou da Câmara de Instrução.

Art. 20. O pagamento da perícia ao perito deve ser efetuada, mediante recibo, pela parte que re-
querer a perícia.
Parágrafo único. A critério do CRO, por ato de seu Presidente, serão resolvidas as questões refe-
rentes às perícias de caráter social e beneficente.

Mapa mental do processo ético: na dinâmica do processo ético, o perito se posiciona


de forma imparcial e não possui o intuito de defender nenhuma das partes do processo
(denunciante ou acusado). Cada uma das partes possui direito a um assistente técnico e o
pagamento do perito será realizado pela parte requerente, que além da perícia também terá
direito as suas respectivas testemunhas (assim como a parte contrária).
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Processo civil
Perícia civil
CPC
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico
ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos
ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.

Impedimento:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

Art. 145. Há suspeição do juiz:

Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.
15m
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Obs.: As hipóteses de impedimento do perito são as mesmas do juiz, por exemplo, realizar
perícia de um familiar até terceiro grau (segundo Código Civil).
Art. 156. […]
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação
do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico
comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando
toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição
ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos preju-
ízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar
o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.

Obs.: A falsa perícia é crime com previsão no Código Penal. O dentista que promover uma
falsa perícia ou prestar informações inverídicas terá que responder de forma simultâ-
nea nas esferas ética, civil e criminal.
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a
do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for
determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito
deposite em juízo o valor correspondente.

Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.


§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a verificação for impraticável.
§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a
produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre
ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para
a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nome-
ação do perito:
20m
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I – arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;


II – indicar assistente técnico;
III – apresentar quesitos.
§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:
I – proposta de honorários;
II – currículo, com comprovação de especialização;
III – contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as inti-
mações pessoais.
§ 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo
comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins
do art. 95.

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente
de termo de compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou
suspeição.
§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das dili-
gências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antece-
dência mínima de 5 (cinco) dias.
[…]
Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
I – faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
[…]
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimen-
to, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para
acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em
prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado
pelo juiz.
[…]
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I – a exposição do objeto da perícia;
II – a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III – a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente
aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV – resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do
Ministério Público.
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Obs.: Caso o perito não seja capaz de responder a nenhum dos quesitos após a finalização
de seus trabalhos, ele deverá formalizar a situação em seu laudo pericial.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerên-
cia lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pes-
soais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
25m
Obs.: Ainda que sejam fundamentadas, opiniões pessoais têm cunho subjetivo. Na verda-
de, o profissional perito é convocado e remunerado não para emitir uma opinião acer-
ca da situação, mas sim para promover uma análise objetiva do que foi presenciado.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos
os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo
com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao escla-
recimento do objeto da perícia.

Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito
para ter início a produção da prova.
[…]
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz
poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias
antes da audiência de instrução e julgamento.
[…]
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
I – sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Minis-
tério Público;
II – divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte. Perícia civil CPC Art. 477.
§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar
o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando,
desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
[…]
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia
quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-
-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.
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Mapa mental do processo civil: o juiz consta enquanto figura superior e o perito se
localiza em um posicionamento central, produzindo o seu laudo pericial. As partes (autor e
réu) têm direito a seus assistentes técnicos e respectivas testemunhas. Novamente, quem
arcará com o custo da perícia será a parte requerente. Cada assistente técnico tem direito a
um documento técnico chamado parecer.
30m

Processo criminal
Perícia criminal
CPP
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Obs.: Diferentemente dos processos civil ou ético, o exame pericial criminal é obrigatório.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior.
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Obs.: Até a alguns anos atrás, o Código de Processo Penal determinava a necessidade de
dois peritos oficiais. Atualmente, considera-se suficiente a atuação de um único perito.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante
e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
[…]
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, des-
de que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encami-
nhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo
complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz
ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de
perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que exami-
narem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este pra-
zo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
35m
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declara-
rão no auto.

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em
dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura,
sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de
encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas
necessárias, o que tudo constará do auto.
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Exumação realizada em localidade próxima a Brasília/DF:

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CPP
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem
como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.

Cadáver encontrado esqueletizado no meio da mata e fotografado na posição em


que foi encontrado:

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CPP
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão
ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

Exemplo de laudo cadavérico com anotações:

CPP
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proce-
der-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou
a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1º No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-
-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1º, I, do Código Penal,
deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
[…]
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declara-
ções e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autorida-
de nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo
exame por outros peritos.
[…]
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
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[…]
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

Mapa mental do processo criminal: novamente, o juiz se localizada em uma instância


superior e o perito se adequada em uma posição central. Cada uma das partes (ofendido e
acusado) têm direito a um assistente técnico. O pagamento da remuneração do perito por
seus serviços será promovido pelo Estado (servidor concursado).

Processo trabalhista
Perícia trabalhista
CLT
Art. 852-H. […]
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova téc-
nica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.
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Art. 826. É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico.
40m

Art. 827. O juiz ou presidente poderá arguir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará,
para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado.

Mapa mental do processo trabalhista: o juiz do trabalho se localiza em instância supe-


rior e o perito em uma posição central. Novamente, ambas as partes terão direito a seus
assistentes técnicos e a parte responsável pelo pagamento do profissional será a parte
sucumbente na pretensão (a perdedora da causa).
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Resumo

Perícia Necessidade Possibilidade


Tipo de Quem paga a Prazo para entrega
obrigatória ou de firmar de assistentes
Processo perícia? do laudo
facultativa? compromisso? técnicos?
Administrativo
Obrigatória* Estado Não – –
Estatutário
Parte que Fixado pelo
Ético Facultativa Sim Sim
requerer* presidente da CE
Fixado pelo Juiz
Parte que
Civil Facultativa Não (mínimo de 20 dias Sim
requerer*
antes da audiência)
Criminal (Penal) Obrigatória* Estado Não* 10 dias* Sim
Parte
Trabalhista Facultativa Não Fixado pelo Juiz Sim
“perdedora”

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Ênio.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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