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Artigo Original ISSN : 1676 - 8019 - ISSNe : 2317-7748

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE


COMPLICAÇÕES ANESTÉSICO-CIRÚRGICAS NO PÓS-OPERATÓRIO
IMEDIATO
NURSING CARE FOR THE PREVENTION OF ANESTHETIC-SURGICAL COMPLICATIONS IN THE IMMEDIATE POSTOPERATIVE PERIOD
CUIDADOS DE ENFERMERÍA PARA LA PREVENCIÓN DE COMPLICACIONES ANESTÉSICO-QUIRÚRGICAS EN POSTOPERATORIO
INMEDIATO

Rosemary Marques de Morais 1

Ingrid Kelly Morais Oliveira 2

Keila Maria de Azevedo Ponte Marques 3

Como Cit ar : RE SUMO


Morais RM, Oliveira IKM, Marque s
Descrever os cuidados de enfermagem para prevenir complicações no pós-
KMAP. Cuidados de enfer magem
para a prevenção de complicaçõe s
operatór io imediato. Trata-se de um estudo e xploratór io descr it ivo, com
ane sté sico - c irúrg icas no pós- abordagem qualitat iva, realizado em junho de 2020, em Sobral, Ceará,
operatór io imediato. Sanare. com enfermeiros que cuidam de pac ientes no pós- operatór io imediato.
2022; 21(2):53- 60.
Para a análise dos dados, ut ilizaram-se os pressupostos do método de
Análise de Conteúdo de Bardin, de modo que as informações obt idas foram
Desc r itores : apresentadas em categor ias pré- elaboradas a par t ir dos quest ionamentos
Enfer magem Per ioperatór ia ; do instrumento de coleta de dados. O projeto foi aprovado pelo Comitê
Complicaçõe s Pós- operatór ias ;
de Ét ica e Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú, sob parecer
Cuidados de Enfer magem.
n.º 189.291. O estudo mostrou os cuidados que devem ser implementados
para prevenir complicações no pós- operatór io imediato, na ót ica de
Desc r iptors :
enfermeiros do ser v iço, com ênfase para : ident if icação e histór ico
Per ioperat ive Nur sing ; Postoperat ive
Complicat ions ; Nur sing Care.
do pac iente, higienização adequada, apresentação de e xames pré-
operatór ios, monitoramento dos sinais v itais, avaliação do pac iente no
pré- operatór io e conferênc ia de que se trata do pac iente cor reto para o
Desc r iptores :
procedimento cor reto. Os enfermeiros apresentaram pensamento cr ít ico
Enfer mer ía Per ioperator ia ;
Complicac ione s Postoperator ias ; e ref le x ivo, sendo capazes de ident if icar em sua prát ica quais ações
Cuidados de Enfer mer ía. poder iam melhorar para contr ibuir com a prevenção das complicações
e os desaf ios que impedem a ofer ta de uma assistênc ia direc ionada à
prevenção.
Submet ido :
15/08/2022

Aprovado :
02/12/2022

1. Enfermeira pelo Centro Universitário UNINTA. Pós-graduanda em Enfermagem em Centro Cirúrgico pelo
Centro Universitário UNINTA. E-mail: marymmarques@hotmail.com. ORCID: 0000-0002-7548-4914.
Autor(a) par a Cor respondênc ia : 2. Enfermeira pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Pós-graduanda em Enfermagem em
Ingr id Kelly Morais Oliveira Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). E-mail: ingridkelly17.ik@
Av. Cmte. Maurocélio Rocha Ponte s, gmail.com. ORCID: 0000-0003-1536-7289.
186 –Derby Clube, Sobral - CE 3. Doutorado em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).
CEP: 62042-280 Especialista em Enfermagem Cardiovascular e Intervencionista pela Universidade Estadual do Ceará. Docente
E-mail : ingr idkelly17.ik @ gmail.com da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). E-mail: keilinhaponte@hotmail.com. ORCID: 0000-0001-
5215-7745.

Cer t . de Redação Cient íf ica : Central das Rev isõe s. Edição de te x to : Kar ina Mar ia M. Machado. Rev isão de provas : Te x to def init ivo validado pelos (as) autore s (as).

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ABS T R AC T
Descr ibe nursing care to prevent complicat ions in the immediate postoperat ive per iod. This is a descr ipt ive
e xplorator y study w ith a qualitat ive approach car r ied out in June 2020 in Sobral- Ceará w ith nurses who care for
pat ient s in the immediate postoperat ive per iod. For data analysis, the assumpt ions of Bardin’s content analysis
method were used, so that the informat ion obtained was presented in pre- elaborated categor ies based on quest ions
f rom the data collec t ion instrument. The projec t was approved by the Research Ethic s Commit tee of the Universidade
Estadual Vale do Acaraú under opinion no. 189,291. The study ident if ied the care that should be implemented
to prevent complicat ions in the immediate postoperat ive per iod f rom the perspec t ive of the site’s nurses, w ith
emphasis on : pat ient ident if icat ion and histor y, proper sanitat ion, presentat ion of preoperat ive e xams, monitor ing
of v ital signs, assessment of the pat ient in the preoperat ive per iod, and conf irmat ion of the r ight pat ient for the
cor rec t procedure. The nurses showed cr it ical and ref lec t ive think ing, being able to ident if y in their prac t ice which
ac t ions they could improve to contr ibute to the prevent ion of complicat ions and the challenges that hamper the
prov ision of care aimed at prevent ion.

RE SUMEN
Descr ibir los cuidados de enfermer ía para prevenir las complicac iones en el postoperator io inmediato. Se trata
de un estudio e xplorator io descr ipt ivo con abordaje cualitat ivo realizado en junio de 2020 en Sobral- Ceará con
enfermeros que cuidan de pac ientes en el postoperator io inmediato. Para análisis de los datos, se ut ilizaron
condic iones prev ias del método de análisis de Bardin de modo que las informac iones obtenidas fueron presentadas
en categor ías desar rolladas a par t ir de cuest ionamientos de la her ramienta de coleta de datos. El proyec to fue
aprobado por el Comité de Ét ica en Invest igac ión de la Universidad Estadual Vale do Acaraú bajo el parecer
n.º 189.291. El estudio ident if icó los cuidados que deben ser implementados para prevenir las complicac iones
en el postoperator io inmediato en la ópt ica de enfermeros del ser v ic io, con énfasis para : ident if icac ión e
histór ico del pac iente, higienizac ión adecuada, presentac ión de e xámenes preoperator ios, monitoreo de señales
v itales, evaluac ión del pac iente en el preoperator io y comprobac ión de que se trata del pac iente cor rec to para el
procedimiento cor rec to. Los enfermeros presentan pensamiento cr ít ico y ref le x ivo, siendo capaces de ident if icar en
su prác t ica cuáles acc iones podr ían mejorar para contr ibuir con la prevenc ión de las complicac iones y los desaf íos
que impiden of recer una asistenc ia vuelta hac ia la prevenc ión.

INTRODUÇÃO inter nação, reinter nações e até levar o pac iente a


óbito. Desse modo, é impor t ante que a equipe de
O per íodo de Pós- oper atór io Imediato (POI) enfer magem es teja dev idamente capac it ada par a
cor responde às pr imeir as 24 hor as após o tér mino o cuidado desses pac ientes, par a que o r isco de
da c ir urgia. E sse momento e x ige muit a atenção da complicações diminua 2 .
equipe de saúde, v isto que é quando o pac iente Dent re as complicações mais comuns em pac ientes
necessit a de cuidados espec íf icos até que recupere a pós- oper atór ios es t ão os problemas rel ac ionados às
consc iênc ia e a homeost ase. A ssim, a monitor iz ação v ias aéreas, hipoxemia e embolia pulmonar, dis túrbios
cont ínua do mesmo é necessár ia, a f im de prevenir c ircul atór ios, como hemor r agia e choque, dis túrbios
intercor rênc ias que o pac iente possa apresent ar, seja ur inár ios, infecção do sít io c ir úrgico, deiscênc ia e
por f atores pré - e x istentes ou dev ido à inter venção ev iscer ação. I sso pos to, os prof issionais de saúde
c ir úrgica .1
devem ter um cuidado maior com esses sis temas
Par a mel hor acompanhamento da est abiliz ação orgânicos e buscar quaisquer sinais de alter ação 3 .
do pac iente, após a c ir urgia ele per manece na Desse modo, a inc idênc ia de complicações no pós-
Sal a de Recuper ação Pós-Anestésica (SRPA) , oper atór io es t á assoc iada às condições clínicas no
onde é dev idamente monitor ado pel a equipe pré - oper atór io, à e x tensão e ao t ipo de procedimento
mult iprof issional e somente é liber ado quando todos c ir úrgico e às intercor rênc ias c ir úrgicas ou
os r iscos são descar t ados. No ent anto, é comum que, anes tésicas. A ssim sendo, ter o conhec imento das
dur ante esse per íodo, ocor r am complicações pós- pr inc ipais complicações é f undament al par a que se
oper atór ias que podem result ar em maior tempo de possa promover a r ápida reabilit ação do pac iente e

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ev it ar agr avos da condição de saúde dele 4 .


METODOLOGIA
Em v ist a disso, par a minimiz ar o r isco de
complicações e gar ant ir a segur ança do pac iente,
Tr at a-se de es tudo e xplor atór io descr it ivo, com
a enfer magem possui uma relevante fer r ament a que
abordagem qualit at iva, realiz ado em um hospit al
proporc iona um cuidado integr al , cont ínuo, seguro
terc iár io na região nor te do es t ado do Cear á,
e humaniz ado ao pac iente, a Sistemat iz ação da
referênc ia regional e es t adual em atendimento de
A ssistênc ia de Enfer magem Per ioper atór ia (SAEP) ,
saúde de alt a comple x idade. Par t ic ipar am do es tudo
que coordena todo o processo de pré, t r ans e pós-
c inco enfer meiros dos ser v iços que cuidam dos
oper atór io, sendo div idida em c inco f ases (v isit a
pac ientes no pós- oper atór io imediato, no per íodo de
pré - oper atór ia, pl anejamento da assis tênc ia
junho de 2020 ; a amost r a é jus t if icada consider ando
per ioper atór ia, implement ação, avaliação e
os cr itér ios de elegibilidade par a par t ic ipar da
refor mul ação da assistênc ia) . A ssim, com o
pesquisa, e consider ando a pandemia do novo
conhec imento técnico e c ient íf ico do enfer meiro,
coronav ír us.
é possível ident if icar as situações de saúde do
Os cr itér ios de inclusão dos prof issionais
pac iente e sistemat iz ar a assistênc ia ofer t ada 5 .
consis t ir am em : ser enfer meiro, atuar no ser v iço de
A pr át ica da SAEP per mite ao enfer meiro
pós- oper atór io imediato, em cont r ato de t r abal ho
a percepção, inter pret ação e antec ipação das
com a ins t ituição sede da pesquisa. Os cr itér ios de
respost as indiv iduais às alter ações f isiológicas.
e xclusão for am : prof issionais que es t avam de fér ias
Dessa for ma, a inc idênc ia de complicações pós-
ou de licença ou não ent regar am o ques t ionár io no
oper atór ias diminui, pois f az com que a inter venção
tempo es t ipul ado.
seja apropr iada, pl anejada e def inida de acordo
Par a a colet a de infor mações, el aborou-se um
com os problemas ident if icados dur ante o per íodo
ques t ionár io es t r utur ado que contempl a duas
per ioper atór io. Por t anto, é impor t ante que o
par tes : 1. Dados pessoais (idade, se xo, es t ado c iv il ,
pac iente receba o cuidado indiv idualiz ado confor me
ano de for mação e e xper iênc ia no bloco c ir úrgico) e
as suas necessidades, como sugere a SAEP 6 .
2. Ques tões sobre os cuidados de enfer magem par a
Reiter am-se, assim, os cuidados de enfer magem
prevenir complicações anes tésico -c ir úrgicas no pós-
espec íf icos par a os pac ientes em POI: obter rel atór io
oper atór io imediato.
do enfer meiro da sal a c ir úrgica e do anestesis t a ;
Os enfer meiros for am ident if icados at r avés
monitor ar e regist r ar os sinais v it ais, incluindo
da escal a de t r abal ho da unidade, e, em seguida,
levant amento da dor, a cada 15 minutos ou confor me
conv idados a par t ic ipar da pesquisa. Os aspec tos
apropr iado ; monitor ar o retor no da f unção sensor ial
ét icos for am escl arec idos pelo pesquisador e, após
e motor a, est ado neurológico, nível de consc iênc ia ;
a assinatur a do Ter mo de Consent imento Liv re e
e encor ajar o pac iente a respir ar prof undamente e a
E scl arec ido ( TCLE) , o ques t ionár io foi ent regue
tossir. Dessa for ma, quando monitor ado cor ret amente
par a que o par t ic ipante respondesse em momento
é possível ev it ar complicações, assim como perceber
opor tuno, e um pr azo de c inco dias foi es t abelec ido
alter ações f isiológicas e inter v ir imediat amente 7.
par a a devolução do mesmo. A f im de preser var a
O interesse sobre a percepção dos enfer meiros
ident idade dos par t ic ipantes, os ques t ionár ios for am
diante das complicações anestésico -c ir úrgicas
codif icados com números aleatór ios.
surgiu com as e xper iênc ias e v ivênc ias prof issionais
Par a a análise dos dados, realizou-se a leitur a
na unidade c ir úrgica, o que per mit iu a percepção das
das respos t as dos ques t ionár ios, div idindo as
dif iculdades na assistênc ia diante das complicações
infor mações obt idas em categor ias pré - el abor adas
c ir úrgicas no pós- oper atór io imediato.
a par t ir do ins t r umento de colet a de dados, ou
Consider ando que a equipe de enfer magem pode
seja : cuidados de enfer magem par a prevenir
realiz ar cuidados par a ev it ar t ais complicações
complicações anes tésico -c ir úrgicas ; dif iculdades
e que ainda há necessidade de apr imor amento e
enf rent adas na implement ação do cuidado par a
conhec imento ampliado por par te dos enfer meiros
prevenir; e f atores que consider am impor t antes par a
que atuam na assistênc ia do pós- oper atór io
reduz ir as complicações. Par a isso, ut iliz ar am-se
imediato, este estudo v isa descrever os cuidados
os pressupos tos do método de Análise de Conteúdo
de enfer magem par a prevenir complicações no pós-
de Bardin 8 , seguindo com a leitur a f lutuante do
oper atór io imediato.
mater ial , def inição de categor ias a par t ir das
respos t as dos par t ic ipantes e a inter pret ação das

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respost as de acordo com cada categor ia. (P4) e “Higieniz ação das mãos de toda a equipe e do
O presente estudo nor teou-se pel a resolução n.º cliente” (P2) .
466/12 do Consel ho Nac ional de Saúde, seguindo os Ent re os demais cuidados c it ados pelos
pr inc ípios da bioét ica de autonomia, benef icênc ia, prof issionais, obser vam-se : confer ir jejum do
não malef icênc ia e just iça 9 . Os par t ic ipantes pac iente e se es t á por t ando os e xames pré -
for am escl arec idos sobre os r iscos e benef íc ios da oper atór ios, ret ir ada de ador nos, monitor ar sinais
pesquisa, aceit ando par t ic ipar do estudo mediante v it ais, uso de disposit ivos de posic ionamento par a
a assinatur a do TCLE. O projeto foi aprovado pelo ev it ar quedas, avaliar o pac iente no pré - oper atór io e
Comitê de Ét ica e Pesquisa da Univer sidade E s t adual confer ir se é o pac iente cor reto par a o procedimento
Vale do Acar aú, sob parecer n.º 189.291. cor reto.

RESULTADOS Dificuldades enfrentadas na implementação


do cuidado para prevenir
Os result ados for am organiz ados segundo os dados
pessoais e confor me as respost as às questões acerca Quanto aos desaf ios enf rent ados na implement ação
dos cuidados de enfer magem. Na car ac ter iz ação dos dos cuidados par a a prevenção de infecção, os
par t ic ipantes, a idade var iou de 32 a 4 8 anos, 75% enfer meiros apresent ar am diferentes pontos de
er am do se xo feminino, 50 % er am solteiros. Quanto v is t a, ent ret anto, repet iu-se em suas respos t as a
ao tempo de for mação, var iou ent re dez e 25 anos, gr ande demanda de c ir urgias no mesmo per íodo, o
e a e xper iênc ia em bloco c ir úrgico f icou ent re oito que impede que seja realiz ada uma assis tênc ia mais
e 22 anos. minuc iosa dev ido à escassez de prof issionais, como
A análise das ent rev ist as per mit iu o agr upamento segue : “A super lot ação em alguns casos dif icult a
de respost as e a cr iação de t rês categor ias : a) a implement ação da SAEP ” (P1); “Ausênc ia de uma
cuidados de enfer magem par a prevenir complicações equipe mult iprof issional” (P2); e “Gr ande quant idade
anes tésico -c ir úrgicas ; b) dif iculdades enf rent adas de procedimentos dur ante um mesmo per íodo” (P4) .
na implement ação do cuidado par a prevenir; e c) Além dessas dif iculdades, t ambém foi rel at ada a
f atores que consider am impor t antes par a reduz ir as f alt a de capac it ação da equipe do bloco c ir úrgico,
complicações. bem como problemas com a inf r aes t r utur a do setor,
que dif icult am a implement ação do cuidado, como
Cuidados de enfermagem para prevenir pode ser obser vado a seguir: “A inf r aes t r utur a não
complicações anestésico-cirúrgicas cont r ibui, é prec iso um ambiente que f avoreça o
cuidado” (P2) e “D if iculdades na capac it ação da
Os result ados most r ar am uma ênf ase na equipe e escassez de mater ial necessár ios par a o
ident if icação e histór ico do pac iente, sobre as cuidado” (P3) .
alergias e necessidades que possui, par a que o Ent re as dif iculdades rel at adas pelos prof issionais,
cuidado seja nor teado por essas car ac ter ís t icas têm-se : f alt a de avaliação prév ia do pac iente e dos
que tor nam o pac iente singul ar, confor me se e xames dos mesmos, f alt a de insumos par a o cuidado
apresent a : “ Invest igar alergias, checar t ipagem ao pac iente e o uso indev ido dos EPI s.
sanguínea no pré - oper atór io a f im de ident if icar
as par t icul ar idades do pac iente” (P1); “Solic it ar Fatores que consideram importantes para
infor mações do int r aoper atór io e prepar ar o leito reduzir as complicações
de pós- oper atór io imediato de acordo com as
necessidades do pac iente” (P2); e “ Invest igar dados No que diz respeito aos f atores que podem
que venham a repercut ir no momento anestésico - reduz ir essas complicações, des t aca-se mel hor ar o
c ir úrgico” (P3) . dimensionamento da equipe, ou seja, organiz ar a
Out ro cuidado que foi enf at iz ado pelos dis t r ibuição dos prof issionais no bloco c ir úrgico,
prof issionais foi rel ac ionado à higieniz ação, a f im de ot imiz ar o ser v iço e assim ofer t ar uma
t anto dos prof issionais quanto do pac iente e do assis tênc ia qualif icada, confor me obser vado a
ambiente c ir úrgico e mater ial , confor me os discur sos seguir: “Um bom dimensionamento da equipe”
apresent ados : “Higieniz ação do ambiente c ir úrgico, (P1); “Mel hor dimensionamento da equipe” (P2); e
sal as e do equipamento ut iliz ado neste processo” “D imensionamento adequado da equipe” (P3) .

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Out ro f ator recor rente foi a ut iliz ação cor ret a da as ações e inter venções que o pac iente demande.
SAEP e obedecer aos protocolos do ser v iço, a f im Tal pr át ica possibilit a a r ápida ident if icação
de realiz ar uma anamnese adequada que for neça dos potenc iais f atores de r isco e f r agilidades dos
todas as infor mações acerca das alergias do pac iente pac ientes e f avorece a inter venção efet iva da
e histór ico de out r as c ir urgias e como reagiu, equipe, o que diminui o r isco de complicações dos
por e xemplo, e, assim, diminuir as complicações mesmos. A ssim, des t aca-se t ambém a impor t ânc ia de
anestésico -c ir úrgicas, de acordo com os t rechos a haver uma comunicação efet iva ent re toda a equipe
seguir: “Avaliação pré -anestésica e pós-anes tésica do bloco c ir úrgico, desde o pré até o pós- oper atór io
pel a equipe mult iprof issional , seguir protocolos e imediato. Dado que es t á ent re os dez objet ivos
educação per manente” (P3); “ Inic iar os cuidados essenc iais par a a segur ança c ir úrgica, a comunicação
no pré - oper atór io de cada pac iente, ident if icando efet iva ent re a equipe, com t roca de infor mações
doenças pree x is tentes e alergias” (P4); “Ut iliz ar cr ít icas par a a condução segur a do procedimento
inst r umentos de checklist seguindo a rot ina propos t a c ir úrgico 11 .
pel a SAEP ”; (P1) e “Maior conhec imento da pac iente Out ro cuidado apresent ado foi quanto à cor ret a
por par te de toda a equipe” (P2) . higieniz ação das mãos, assunto recor rente no âmbito
Consider ando as f al as dos prof issionais, é da segur ança do pac iente. Par t indo do pr inc ípio
percept ível o conhec imento e entendimento dos que essa ação, aparentemente simples, é capaz de
mesmos acerca da impor t ânc ia dos cuidados de salvar v idas, ressalt a-se, no ent anto, que ainda é
enfer magem no per ioper atór io, no ent anto, e x istem prec iso enf at iz ar a impor t ânc ia desse cuidado nos
desaf ios na rot ina que dif icult am a e xecução cor ret a ser v iços de saúde, pr inc ipalmente no ambiente do
dessas ações que cont r ibuem par a a segur ança do cent ro c ir úrgico. A boa higieniz ação de todo o setor,
pac iente e mel hor prognós t ico no pós- oper atór io. da sal a, dos mater iais que ser ão ut iliz ados par a
a realiz ação dos procedimentos, em espec ial nas
DISCUSSÃO c ir urgias, dos prof issionais e do própr io pac iente,
é possível ofer t ar uma assis tênc ia segur a, v is to
A par t ir dos cuidados de enfer magem apresent ados que o r isco de cont aminação e infecção diminui
pelos enfer meiros, obser va-se a ident if icação do consider avelmente 12 .
pac iente no pré - oper atór io ; aqui vale ressalt ar a Além disso, a cor ret a higieniz ação das mãos é
ut iliz ação da SAEP, que tem em suas f ases a v isit a uma es t r atégia de cuidado par a o prof issional e
pré - oper atór ia com o objet ivo de conhecer o histór ico par a o pac iente, simult aneamente. Nesse aspec to,
do pac iente e recol her todos os dados impor t antes ev idenc ia-se que é uma responsabilidade do
par a a c ir urgia. No ent anto, é necessár io que essas prof issional enfer meiro a manutenção de um
infor mações sejam compar t il hadas com toda a equipe ambiente limpo e seguro par a os pac ientes, por meio
responsável pelo cuidado do pac iente, dur ante o da coordenação da equipe de limpez a e do ser v iço
per ioper atór io, já que na SRPA o leito é prepar ado de es ter iliz ação dos mater iais. De acordo com um
de acordo com as necessidades desse pac iente. es tudo de rev isão 13 , par a ev it ar cont aminações no
Desse modo, a ident if icação dos pac ientes é sít io c ir úrgico, é prec iso obedecer aos protocolos de
essenc ial par a o processo de cuidado dos mesmos, enfer magem em que cons t am as recomendações par a
posto que é a par t ir dos dados colet ados que o o preparo cor reto do pac iente e da equipe c ir úrgica,
prof issional de enfer magem é capaz de el abor ar um por e xemplo : a l avagem cor ret a das mãos, desinfecção
pl ano de cuidados volt ado par a as necessidades, o dos ins t r umentos e ambiente e a ut iliz ação cor ret a
que f avorece um cuidado indiv idualiz ado e ef icaz. dos equipamentos de proteção indiv idual (EPI s) .
Confor me um estudo 10 realiz ado com pac ientes No que diz respeito às dif iculdades na
admit idos par a a realiz ação de procedimentos implement ação dos cuidados, tem-se a sobrecarga
c ir úrgicos, tem-se que, a par t ir da colet a de dados no dos prof issionais em seus ser v iços, o que tem sido
per íodo do pré - oper atór io, é possível ident if icar os comum, t anto pel a alt a demanda como pel a f alt a de
diagnós t icos de enfer magem do pac iente. Com isso, pessoal , o que implica na necessidade de realiz ar
a enfer magem é capaz de avançar em sua pr át ica diferentes procedimentos, mas não há prof issionais
com o desenvolv imento de um processo de cuidado suf ic ientes par a que sejam dis t r ibuídos. É necessár io
dinâmico, ut iliz ando -se do r ac ioc ínio clínico e que além do aumento do número de prof issionais no
pensamento cr ít ico par a a tomada de dec isão sobre setor haja uma dis t r ibuição mel hor dos pac ientes

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elet ivos e inter nados por tur no, deixando sempre uma não ser á possível ofer t ar dev ido à f alt a dessa
margem par a as possíveis c ir urgias de emergênc ia organiz ação, sendo, por t anto, f undament al uma boa
que possam surgir. lider ança em enfer magem, a f im de realiz ar o cor reto
Confor me um estudo de rev isão ,14
ent re as dimensionamento da equipe, a f im de benef ic iar
dif iculdades par a a impl ant ação da SAEP des t acou- o pac iente. Dessa for ma, em se t r at ando da SRPA,
se a f alt a de tempo e pessoal par a e xecut ar é essenc ial que a equipe es teja atent a a todas as
a sistemat iz ação. Apesar de os enfer meiros necessidades dos pac ientes, objet ivando -se prevenir
compreenderem a necessidade da SAEP, o desempenho complicações.
de diferentes at iv idades gerenc iais e sobrecarga de A Resolução do Consel ho Feder al de Enfer magem,
t r abal ho repercute diret amente na não e xecução n.º 543/2017, em seu ar t igo 2º, discor re sobre o
adequada da SAEP e em f al has na assistênc ia cont ínua dimensionamento do quadro de prof issionais de
ao pac iente no per ioper atór io. Dessa for ma, tor na- enfer magem com base nas car ac ter ís t icas rel at ivas
se impresc indível que as t aref as sejam dist r ibuídas do ser v iço de saúde, t ais como recur sos, a es t r utur a,
ent re a equipe de maneir a que per mit a ao enfer meiro as at r ibuições e competênc ias dos diferentes
prest ar a dev ida assistênc ia ao pac iente. integr antes da equipe, a atuação dos ser v iços de
D iante dessa situação, not a-se a impor t ânc ia da enfer magem nos diferentes tur nos, o método e a
educação per manente dent ro dos ser v iços de saúde jor nada de t r abal ho, a carga hor ár ia semanal e
par a a capac it ação da equipe, o que prec isa ser a proporção de prof issionais de enfer magem de
const ante, ainda mais no que se refere à segur ança nível super ior. Ademais, a resolução ressalt a sobre
do pac iente, que é a pr ior idade no cuidado. Também as car ac ter íst icas do pac iente quanto ao gr au de
é impor t ante que haja uma comunicação efet iva dependênc ia desse em rel ação à equipe e à sua
ent re o setor e a direção da inst ituição par a que realidade soc iocultur al 15 .
as necessidades do ser v iço sejam apresent adas, e, D iante disso, é per t inente que os responsáveis
confor me as condições, o ser v iço seja adapt ado par a pelo gerenc iamento dos ser v iços tenham em mente
oferecer um cuidado efet ivo. essas nor mas quanto ao dimensionamento cor reto
A s t r ansfor mações e avanços na área da saúde, da equipe, respeit ando as necessidades impos t as
com novas descober t as c ient íf icas, ressalt am a e aplicando na pr át ica. Dessa for ma, haver á um
impor t ânc ia de os prof issionais atuantes es t arem benef íc io t anto par a a equipe de enfer magem,
em const ante capac it ação. A ssim, um es tudo que ter á condições de t r abal ho mel hor no que diz
que teve como objet ivo avaliar o impac to da respeito à div isão das at iv idades, como par a os
capac it ação de enfer meiros em uma unidade de pac ientes, que receber ão a assis tênc ia qualif icada,
cent ro c ir úrgico ident if icou a efet iv idade de ações cont r ibuindo par a a redução das complicações no
de educação per manente em saúde, com ênf ase na POI.
ut iliz ação de metodologias at ivas no processo de A enfer magem há muito tempo é reconhec ida
ensino -aprendiz agem 4 . Ev idenc ia-se, com isso, que como uma c iênc ia, e isso se deve ao f ato de que
a capac it ação dos prof issionais é indispensável a assis tênc ia desempenhada pelo enfer meiro tem
par a o cuidado efet ivo, for mação qualif icada dos embasamento c ient íf ico. Uma gr ande aliada da equipe
enfer meiros e mot ivação dos prof issionais quanto à de enfer magem é a sis temat iz ação da assis tênc ia de
busca de conhec imentos e interesse pel a área em enfer magem (SAE) , que muit as vezes é negligenc iada,
que atua. mas que, quando aplicada cor ret amente na pr át ica,
No que diz respeito aos f atores que podem t r az inúmeros benef íc ios à assis tênc ia ofer t ada.
reduz ir as complicações no POI, abordou-se quanto A ssim, é cer to que a cor ret a ut iliz ação da SAEP,
à organiz ação da equipe. A delegação de at iv idades que se t r at a da SAE direc ionada à assistênc ia
e cl arez a nas f unções de cada membro da equipe per ioper atór ia, apresent a-se como um f ator que
f avorece uma assistênc ia qualif icada e ef icaz, cont r ibui par a a redução das complicações no POI,
est imul ando o t r abal ho col abor at ivo e apoio mútuo consider ando que avalia e acompanha o pac iente
dur ante o processo de t r abal ho. A f alt a de um bom em todo o per íodo per ioper atór io, per mit indo que
dimensionamento da equipe inf luenc ia de for ma o prof issional conheça o pac iente e seja capaz de
negat iva no t r abal ho da equipe de enfer magem, ident if icar alter ações em seu es t ado ger al .
pois podem haver momentos em que os pac ientes Em um es tudo de rev isão 16 realiz ado com o
necessitem de um cuidado e atenção maior e objet ivo de avaliar o result ado da ut iliz ação da SAEP

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na SRPA, percebeu-se que, quando implement ada pac ientes. E, dessa for ma, ser ão capazes de buscar
cor ret amente, a sistemat iz ação é capaz de impedir meios par a propic iar uma assis tênc ia qualif icada
a ocor rênc ia de complicações, bem como rever tê - aos pac ientes em SRPA. O reconhec imento dos
l as quando já est iverem inst al adas. A ssim, é desaf ios e cuidados na assis tênc ia de enfer magem
necessár io que o enfer meiro acompanhe e monitore per ioper atór ia cont r ibuir á par a a capac it ação dos
const antemente o est ado ger al do pac iente quando prof issionais, benef ic iando, assim, os pac ientes,
esse for encaminhado à SRPA e, assim, aplicar as que poder ão cont ar com uma assis tênc ia segur a e
ações da SAEP de for ma integr al e direc ionada às qualif icada.
necessidades de cada pac iente, atent ando -se a todos
os det al hes em cada procedimento realiz ado. Par a CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES
isso, o enfer meiro deve ter conhec imento técnico e
teór ico par a lidar com as complicações mais comuns, Rosemar y Marques de Morais cont r ibuiu com o
com uma r ápida tomada de dec isão e boa dinâmica delineamento e a realiz ação da pesquisa e a redação do
com a equipe. manuscr ito. Ingr id Kelly Morais Oliveira cont r ibuiu
com a redação do manuscr ito. Keila Mar ia de
CONCLUSÃO A zevedo Ponte Marques cont r ibuiu com a rev isão
cr ít ica do manuscr ito.
O estudo most rou os cuidados que devem ser
implement ados par a prevenir complicações no REFERÊNCIAS
POI, na ót ica de enfer meiros do ser v iço, quais
sejam : ident if icação e histór ico do pac iente, 1. C ampos MPA, Dant as DV, Silva L SL, Sant ana
JF NB, Oliveir a DC, Fontes LL. Complicações na
higieniz ação adequada, confer ir jejum, apresent ação
sal a de recuper ação Pós-anes tésica : uma rev isão
de e xames pré - oper atór ios, ret ir ada de ador nos, integr at iva. Rev SOBECC [Inter net] . 2018 [c ited
monitor amento dos sinais v it ais, uso de disposit ivos 2021 Dec 12]; 23 (3) :160 -8. Avail able f rom : ht tps ://
de posic ionamento par a ev it ar quedas, avaliação rev is t a.sobecc.org.br/sobecc/ar t icle/v iew/385

do pac iente no pré - oper atór io e conferênc ia de que


2. Rocha DM, Cos t a ECL, Rodr igues CF, Mat ias
se t r at a do pac iente cor reto par a o procedimento JGMG, Bezer r a SMG, Machado R S, et al . Cuidados
cor reto. par a a prevenção de complicações em pac ientes
Os enfer meiros apresent ar am pensamento cr ít ico t r aqueos tomiz ados. Rev Enfer m UFPE on line
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e ref le x ivo, sendo capazes de ident if icar em sua
Avail able f rom : ht tps ://per iodicos.uf pe.br/rev is t as/
pr át ica quais ações poder iam mel hor ar par a cont r ibuir rev is t aenfer magem/ar t icle/v iew/238545
com a prevenção das complicações e os desaf ios que
impedem a ofer t a de uma assistênc ia direc ionada 3. Sousa AFL, Her mann PR S, Fronteir a I, Andr ade
à prevenção. Além disso, com a apresent ação dos D. Monitor ing of pos toper at ive complicat ions in the
home env ironment. Rene [Inter net] . 2020 [c ited
desaf ios enf rent ados na pr át ica, pretende -se
2021 Dec 18]; 21(43161) :1-8. Avail able f rom : ht tp ://
inst igar os gestores a implement ar ações e recur sos per iodicos.ufc.br/rene/ar t icle/v iew/43161
a f im de benef ic iar os pac ientes e os prof issionais
que atuam no ser v iço. 4. Lucas MG, Oliveir a EBC, Oliveir a IC, Basseto
O estudo tem como limit ações o número de M, Machado RC. Impac to de uma capac it ação par a
enfer meiros acerca da assistênc ia no pós- oper atór io
prof issionais que par t ic ipar am e ter sido realiz ado
de c ir urgia cardíaca. Rev SOBECC [Inter net] . 2018
em uma única inst ituição. Dessa for ma, com os [c ited 2021 Dec 18]; 23 (2) : 89-95. Avail able f rom :
result ados obt idos e a pequena amost r a pesquisada h t t p s : // r e v i s t a . s o b e c c . o r g . b r / s o b e c c / a r t i c l e /
não é possível estender os result ados obt idos par a v iew/381

toda a atenção terc iár ia. Além disso, sugere -se que
5. Santo IMBE, Matos JC, Silva C J, Almeida RP, Santos
out ros estudos sejam realiz ados, mas que abr anjam JLP, Silva SM, C aet ano ER, Lima RD, Nunes K S, Barbosa
mais prof issionais, até de inst ituições diferentes, o SS. Sis temat iz ação da A ssis tênc ia de Enfer magem
que per mit ir á uma compar ação ent re os ser v iços do Per ioper atór ia (SAEP) : Ref le xos da Aplicabilidade
no Processo de Cuidar. Rev Elet r Acer vo Saúde
bloco c ir úrgico e SRPA.
[Inter net] . 2020 [c ited 2022 Jan 12]; 43 (2945) :1-8.
A ssim, este estudo per mit ir á a ref le xão dos Avail able f rom : ht tps ://acer vomais.com.br/inde x.
prof issionais de saúde que atuam no bloco c ir úrgico php/saude/ar t icle/v iew/2945/1603
quanto à assistênc ia que tem sido ofer t ada aos

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