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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA POLITÉCNICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

MILENA BORGES DOS SANTOS CERQUEIRA

AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE FACHADAS –


ESTUDO DE CASO EM SALVADOR/BA

Salvador
2018
ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


ESCOLA POLITÉCNICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE FACHADAS – ESTUDO DE CASO EM


SALVADOR/BA

MILENA BORGES DOS SANTOS CERQUEIRA

Dissertação apresentada ao PROGRAMA


DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
CIVIL como requisito parcial à obtenção do
título de MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL

Orientador: Prof. Dr. Francisco Gabriel Santos Silva


Co-orientador: Prof. Dr. Jardel Pereira Gonçalves
Agência Financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq)

Salvador
2018
iii

Cerqueira, Milena Borges dos Santos


Avaliação da Degradação de Fachadas - Estudo de Caso em
Salvador-BA / Milena Borges dos Santos Cerqueira. -- Salvador,
2018.
198 f. : il

Orientador: Francisco Gabriel Santos Silva. Coorientador:


Jardel Pereira Gonçalves.
Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil) -- Universidade Federal da Bahia, Escola
Politécnica, 2018.

1. Manifestação Patológica. 2. Fachadas. 3. Degradação. I. Silva,


Francisco Gabriel Santos. II. Gonçalves, Jardel Pereira.
III. Título.
iv

FORMAÇÃO DO CANDIDATO

Bacharela em Ciências Exatas e Tecnológicas, formada pela


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB (2012). Engenheira Civil,
formada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB (2014).
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vi

AGRADECIMENTOS
Deus, obrigada por estar sempre iluminando os melhores caminhos da
minha vida, pelas bênçãos e proteção, por colocar as pessoas certas sempre
por perto e por me carregar, quando me faltava força ao longo desses anos.
À minha mãe Heloisa, por sempre acreditar em mim, por ter sido
responsável pela minha educação e por fazer o impossível para me dar a
melhor base para que eu me tornasse a mulher que sou hoje.
Ao meu pai Valtinho, minha irmã Bruna (amo vocês), minha avó Noêmia e
avô João (meus avós, padrinhos e pais que amo), meus tios, tias, primos
(Binho e Thai, obrigada pela ajuda nos momentos difíceis), por estarem sempre
me apoiando e torcendo pela minha felicidade. Agradeço especialmente ao
meu tio Juracy, que diversas vezes foi como um pai para mim, me dando todo
o amparo, amor e atenção que eu necessitava (Te amo tio).
Agradeço ao meu sogro Joel, sogra Rosinha, cunhada Liz, cunhado
Wilian e sobrinha Lara, pelas orações, apoio, carinho, torcida pela minha
felicidade, e por terem me proporcionado um lar em Salvador.
Talvez eu não conseguisse estar hoje tão feliz, se eu não tivesse o meu
noivo Felipe durante esses 13 anos ao meu lado. Obrigada amor, por TUDO
que você foi capaz de fazer por mim. A Força, apoio e alegrias que você me
deu, diante de tantos momentos difíceis na minha vida, foram indispensáveis
para as minhas conquistas e felicidade. Amor, compreensão, paciência,
dedicação, incentivo, oração, dentre tantas outras coisas, me faz não só te
agradecer, mas te amar ainda mais. Você é minha inspiração!
Aos meus amigos de Amargosa e de Cruz das Almas, que mesmo longe,
estão sempre por perto, sendo amigos, torcendo e se preocupando comigo.
Aos meus amigos e colegas que fiz durante o mestrado, em especial à Samile,
Camila, Daniela, Otacísio e João, vocês não tem ideia do quanto foram
importantes nessa caminhada. Dani e Mila, vocês me acolheram da melhor
forma possível neste mestrado, mesmo antes da aprovação. Vocês todos me
ajudaram, quando necessário, me fizeram rir, mesmo quando eu queria chorar.
Aprendi que nunca é tarde pra se fazer novos amigos. Sami, minha
companheira de desesperos e alegrias, obrigada por toda a parceria! João,
vii

você apareceu na hora certa, sempre disposto a ajudar a todos. O mestrado


não teria sido o mesmo sem todos vocês.
Professor Gabriel, meu orientador de graduação, iniciação científica, e
neste momento, de mestrado, não consigo expressar o tamanho da minha
gratidão e admiração pelo senhor. Foi e sempre será um exemplo para mim, de
pessoa e professor. Saiba que sempre tive e tenho muito orgulho em ser sua
aluna e orientanda. Agradeço pela orientação acadêmica e de vida, pelas
palavras de conforto, sempre que precisei, por tanto conhecimento
compartilhado, por diversas oportunidades de aprendizagem, paciência,
dedicação e compromisso, e não menos importante, por sempre ter acreditado
em mim e me incentivado a crescer.
Professor e co-orientador Jardel, muito obrigada por ter me recebido na
UFBA com tanta receptividade e disposição em colaborar, jamais esquecerei o
primeiro contato que tive com o senhor, ao qual se dispôs, de imediato, à
colaborar com o prosseguimento da minha vida acadêmica. Agradeço e lhe
admiro pela sua dedicação em fazer com que seus alunos contribuam com o
meio acadêmico e aproveitem todas as oportunidades importantes de
aprendizagem.
Agradeço ao Professor Elton Bauer pelas grandes colaborações para este
estudo. Aos professores que encontrei ao longo da graduação e mestrado que
contribuíram com conhecimentos, amizade e que servem de exemplos como
pessoas e profissionais, muito obrigada.
Dani e Carol muito obrigada pela disponibilidade em ajudar, sempre com
muito carinho e atenção.
Agradeço a todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para
mais essa conquista na minha vida, em especial à Luana, Marilene e Alberto,
que me deram um grande suporte emocional ao logo do mestrado.
Ao CNPq, pela bolsa de estudos, que possibilitou a dedicação exclusiva
ao desenvolvimento desta pesquisa.
viii

RESUMO

O nível de desempenho apresentado por fachadas de diversas edificações no


Brasil, especialmente as situadas em áreas litorâneas, submetidas à
agressividade do meio ao qual estão inseridas, tem exigido maior atenção entre
os profissionais ligados ao setor da construção civil. As edificações, durante
toda a sua vida útil, devem ser capazes de atender às exigências de
desempenho, porém, tem ocorrido, cada vez mais precocemente, a
deterioração das fachadas, principalmente, por estarem diretamente expostas à
diversos agentes de degradação e pela carência de eficientes manutenções
preventivas e corretivas nos revestimentos externos. Problemas referentes aos
sistemas de revestimentos de fachadas têm gerado preocupações por parte
dos usuários, no que se refere ao desempenho, elevados custos de reparos e
inúmeros casos judiciais entre construtores e consumidores. Desta forma, o
objetivo deste trabalho é quantificar a degradação de fachadas de 6 edificações
residenciais localizadas em Salvador/BA, com idade até 40 anos e constituído
de acabamentos distintos. A metodologia aplicada foi baseada no estudo de
caso de 6 (seis) edificações, sendo três com acabamento em pintura e três
com acabamento cerâmico, com a realização de inspeções visuais,
mapeamento, quantificação das manifestações patológicas, cálculo do fator de
dano, seguido da verificação das áreas das fachadas de maior incidência. No
presente trabalho, as patologias identificadas foram: fissuras, manchamentos,
desagregação, pintura-descolamento, eflorescência e desplacamento. A região
tipo de sacadas apresentou a maior incidência de danos e o manchamento foi
a patologia mais frequente, dentre os observados. No presente estudo não foi
possível estabelecer relações entre a orientação cardeal das fachadas, a idade,
a proximidade ao mar, e a quantidade de danos.

Palavras-chave: Manifestação patológica. Fachadas. Degradação.


ix

EVALUATION OF THE DEGRADATION OF FACADES – CASE STUDY IN


SALVADOR/BA

ABSTRACT

The performance level presented by facades of several buildings in Brazil,


especially those located in coastal areas, subjected to the aggressiveness of
the environment where they are placed, has demanded greater attention among
professionals related to the civil construction sector. The buildings, throughout
its useful life, must be able to meet performance requirements, however
the deterioration of facades has been occurring more frequently, mainly
because they are more exposed to various degradation agents and due to the
lack of efficient preventive and corrective maintenance in external cladding.
Problems related to facade cladding systems have generated users' concerns,
in terms of performance, high repair costs and numerous court cases between
builders and consumers. In this way, the objective of this work is to quantify the
degradation of facades of 6 residential buildings located in Salvador/BA, aged
up to 40 years and made up of different finishes. The applied methodology was
based on the case study of 6 (six) buildings, three with painting finish and three
with ceramic finish, with visual inspection, mapping, quantification of
pathological manifestations, calculation of the damage factor, followed by
verification of the areas of the facades of greater incidence. In the present work,
the identified pathologies were: cracks, staining, disintegration, paint-
detachment, efflorescence and displacement. The balcony type region had the
highest incidence of damage and the spotting was the most frequent pathology,
among those observed. In the present study it was not possible to establish
relationships between the cardinal orientation of the facades, age, proximity to
the sea, and the amount of damage.

Keywords: Pathological manifestation. Facades. Degradation.


x

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.1. Objetivos .................................................................................................. 3
1.2. Delimitação da Pesquisa .......................................................................... 3
2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 4
2.1. Fachadas de edificações habitacionais .................................................... 4
2.1.1. Sistemas de Revestimento de Fachadas ..................................... 4

2.1.1.1 Revestimento de Argamassa ........................................................ 5

2.1.1.2 Revestimento Cerâmico ............................................................... 8

2.1.2. Detalhes construtivos nas fachadas ............................................. 9

2.2. Conceitos e Generalidades .................................................................... 12


2.2.1. Desempenho de Fachadas ............................................................. 12
2.2.1.1. Nível de desempenho ............................................................. 13

2.2.1.2. Exigências dos usuários ......................................................... 14

2.2.2. Durabilidade de Fachadas .............................................................. 14


2.2.3. Vida útil de Fachadas ...................................................................... 15
2.2.4. Manutenção de Fachadas ............................................................... 17
2.2.5. Degradação das fachadas .............................................................. 18
2.3. Condições de exposição de Salvador/BA............................................... 21
2.3.1. Caracterização climática ............................................................. 22

2.4. Patologias das Fachadas ....................................................................... 24


2.4.1. Principais manifestações patológicas em revestimentos de

Fachadas .................................................................................................. 26

2.4.1.1. Vesículas ................................................................................ 26

2.4.1.2. Eflorescências ......................................................................... 26

2.4.1.3. Manchamentos........................................................................ 27

2.4.1.4. Fissuras .................................................................................. 28

2.4.1.5. Descolamento ......................................................................... 32


xi

2.4.1.6. Desplacamento ....................................................................... 34

2.4.1.7. Desagregação ......................................................................... 35

2.4.1.8. Falhas nas juntas .................................................................... 36

3. MODELOS DESENVOLVIDOS PARA O ESTUDO DA DEGRADAÇÃO EM


FACHADAS .................................................................................................. 37
3.1. Metodologia proposta por Gaspar e Brito (2005) ................................... 37
3.2. Modelo proposto por Gaspar e Brito (2008) e Gaspar e Brito (2011) ..... 39
3.3. Modelo proposto por Sousa (2008) ........................................................ 43
4. METODOLOGIA ........................................................................................... 45
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 56
5.1. Coleta de dados ..................................................................................... 56
5.2. Tratamento dos Dados ........................................................................... 68
5.2.1. Incidência dos danos.......................................................................68
5.3. Análise Global dos edifícios estudados ................................................ 145
5.4. Simulação Higrotérmica - Análise das condições ambientais .............. 149
6. CONCLUSÕES ........................................................................................... 160
7. REFERÊNCIAS .......................................................................................... 162
APÊNDICE A - Cálculo dos fatores de danos ................................................. 168
xii

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Sistema de revestimento em Argamassa............................................ 7

Figura 2. Materiais e camadas constituintes mostrando os principais

componentes do RCF. A base não faz parte do sistema, mas é fundamental

para seu desempenho global. ............................................................................ 8

Figura 3. Detalhe do peitoril. ............................................................................ 10

Figura 4. Esquema função da pingadeira. ....................................................... 11

Figura 5. Desempenho ao longo do tempo de um elemento ou sistema. ........ 16

Figura 6. Zoneamento bioclimático brasileiro. .................................................. 22

Figura 7. As três fachadas continentais de Salvador/BA. ................................ 23

Figura 8 – Vesícula, com presença de torrão de argila no centro. ................... 26

Figura 9- Manchas de eflorescência. ............................................................... 27

Figura 10 – Manchamento em fachada. ........................................................... 28

Figura 11 – Tipos de Fissuras mais correntes – horizontal, vertical, inclinadas e

mapeadas. ....................................................................................................... 30

Figura 12 – Descolamento Cerâmico. .............................................................. 32

Figura 13 – Desplacamento cerâmico. ............................................................. 34

Figura 14 – Desagregação com descolamento do revestimento. .................... 35

Figura 15 - Falha de rejunte. ............................................................................ 36

Figura 16. Representação esquemática das fachadas. ................................... 37

Figura 17. Ocorrência das manifestações patológicas..................................... 39

Figura 18. Curvas de degradação. ................................................................... 40


xiii

Figura 19 - Diagrama de dispersão e curva de degradação média de 100

resultados de campo, expressando o Nível Geral de Degradação (NGD) ao

longo do tempo. ............................................................................................... 43

Figura 20 - Fluxograma da metodologia de estudo aplicada nesta pesquisa. . 45

Figura 21 - Corte esquemático do sistema em (a) acabamento cerâmico e (b)

acabamento em pintura, com o posicionamento das câmeras nas camadas. . 47

Figura 22- Propriedades higrotérmicas dos materiais. ..................................... 48

Figura 23 - Veículo aéreo não tripulado (VANT) - DJI MAVIC PRO, utilizado

pela autora. ...................................................................................................... 49

Figura 24. Divisão das Regiões tipo de uma fachada. ..................................... 51

Figura 25. Sobreposição da malha na fachada para quantificação dos danos. 52

Figura 26. Localização do Edifício A. ............................................................... 56

Figura 27. Fachada Sudeste. ........................................................................... 57

Figura 28. Fachada Noroeste........................................................................... 57

Figura 29. Fachada Nordeste/Sudoeste. ......................................................... 57

Figura 30. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício A. . 57

Figura 31. Localização do Edifício B. ............................................................... 58

Figura 32. Fachada Sudeste e Noroeste / Torres Direita e Esquerda. ............. 59

Figura 33. Fachada Nordeste e Sudoeste / Torres Direita e Esquerda. ........... 59

Figura 34. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício B. . 59

Figura 35. Localização do Edifício C. ............................................................... 60

Figura 36. Fachada Sul e Norte / Torres Direita e Esquerda. .......................... 61

Figura 37 – Fachada Leste e Oeste / Torres Direita e Esquerda. .................... 61

Figura 38. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício C. 61


xiv

Figura 39 - Localização do Edifício D. .............................................................. 62

Figura 40 - Fachada Frente / Torres A, B e C. ................................................. 63

Figura 41 - Fachada Lateral / Torres A, B e C. ................................................ 63

Figura 42 - Fachada Fundo / Torres A, B e C. ................................................. 63

Figura 43. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício D. 63

Figura 44. Localização do Edifício E. ............................................................... 64

Figura 45 - Fachada Sudoeste e Nordeste / Torres Direita e Esquerda. ......... 65

Figura 46 - Fachada Sudeste e Noroeste / Torres Direita e Esquerda. ........... 65

Figura 47. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício E. . 65

Figura 48 - Localização do Edifício F. .............................................................. 66

Figura 49 – Fachada Frente / Torres A, B e C. ................................................ 67

Figura 50 – Fachada Fundo / Torres A, B e C. ................................................ 67

Figura 51 – Fachada Lateral / Torres A, B e C................................................. 67

Figura 52. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício F. . 67

Figura 53. Fachada Esquemática (SUDESTE) com percentuais dos danos. .. 69

Figura 54. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudeste do edifício A. ...................................................................................... 69

Figura 55. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício A.

......................................................................................................................... 70

Figura 56. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos. 71

Figura 57. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Nordeste do edifício A. ..................................................................................... 71

Figura 58. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício A.

......................................................................................................................... 72
xv

Figura 59. Fachada Esquemática (SUDOESTE) com percentuais dos danos. 72

Figura 60. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudoeste do edifício A. .................................................................................... 73

Figura 61. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício

A....................................................................................................................... 73

Figura 62. Fachada Esquemática (NOROESTE) com percentuais dos danos. 74

Figura 63. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Noroeste do edifício A. ..................................................................................... 74

Figura 64. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício A.

......................................................................................................................... 75

Figura 65. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ....... 75

Figura 66. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício A. .................................................................................................... 76

Figura 67. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício A. .............................................................................. 76

Figura 68. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região do

edifício A. ......................................................................................................... 77

Figura 69. Número de Danos por região das fachadas. ................................... 77

Figura 70 - Patologias detectadas no Edifício A. (a) Manchamento, (b) Fissuras,

(c) Desagregação, (d) Desplacamento do Revestimento. ................................ 79

Figura 71. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

......................................................................................................................... 80

Figura 72. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos. 81


xvi

Figura 73. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

Sudeste do edifício B. ...................................................................................... 82

Figura 74. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício B.

......................................................................................................................... 82

Figura 75. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos danos.

......................................................................................................................... 83

Figura 76. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Noroeste do edifício B. ..................................................................................... 83

Figura 77. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício B.

......................................................................................................................... 84

Figura 78. Fachadas Esquemáticas (NORDESTE) com percentuais dos danos.

......................................................................................................................... 85

Figura 79. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Nordeste do edifício B. ..................................................................................... 85

Figura 80. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício B.

......................................................................................................................... 86

Figura 81. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

......................................................................................................................... 87

Figura 82. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudoeste do edifício B. .................................................................................... 87

Figura 83. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício

B....................................................................................................................... 88

Figura 84. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ....... 88
xvii

Figura 85. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício B. .................................................................................................... 89

Figura 86. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício B. .............................................................................. 89

Figura 87. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo

do edifício B. .................................................................................................... 90

Figura 88. Número de Danos por região das fachadas. ................................... 90

Figura 89 - Patologias detectadas no Edifício B. (a) Manchamento, (b) Fissuras,

(c) Fissuras e Pintura-descolamento, (d) Desplacamento cerâmico. ............... 91

Figura 90. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

......................................................................................................................... 92

Figura 91. Fachadas Esquemáticas (SUL) com percentuais dos danos. ......... 93

Figura 92. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul

do edifício C. .................................................................................................... 94

Figura 93. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício C. .... 94

Figura 94. Fachadas Esquemáticas (NORTE) com percentuais dos danos. ... 95

Figura 95. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Norte do edifício C. .......................................................................................... 95

Figura 96. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício C. 96

Figura 97. Fachada Esquemática (OESTE) com percentuais dos danos. ....... 96

Figura 98. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Oeste do edifício C. .......................................................................................... 97

Figura 99. Número de danos por pavimento da Fachada Oeste do Edifício C. 97

Figura 100. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos. ...... 98
xviii

Figura 101. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Leste do edifício C. .......................................................................................... 98

Figura 102. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício C.

......................................................................................................................... 99

Figura 103. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ..... 99

Figura 104. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício C. .................................................................................................. 100

Figura 105. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício C. ............................................................................ 100

Figura 106. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo

do edifício C. .................................................................................................. 101

Figura 107. Número de Danos por região das fachadas. ............................... 101

Figura 108 - Patologias detectadas no Edifício C. (a) Manchamento, (b)

Fissuras, (c) Fissuras e Pintura-descolamento. ............................................. 102

Figura 109. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das

fachadas. ....................................................................................................... 103

Figura 110. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos. .... 104

Figura 111. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Leste do edifício D. ........................................................................................ 104

Figura 112. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício D.

....................................................................................................................... 105

Figura 113. Fachada Esquemática (SUDESTE) com percentuais dos danos /

Torre A e C..................................................................................................... 105


xix

Figura 114. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudeste do edifício D / Torres A e C. ............................................................. 106

Figura 115. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício

D. ................................................................................................................... 106

Figura 116. Fachada Esquemática (SUL) com percentuais dos danos. ........ 107

Figura 117. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul

do edifício D. .................................................................................................. 107

Figura 118. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício D. 108

Figura 119. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos

danos. ............................................................................................................ 108

Figura 120. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudoeste do edifício D. .................................................................................. 109

Figura 121. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício

D. ................................................................................................................... 109

Figura 122. Fachada Esquemática (NORTE) com percentuais dos danos. ... 110

Figura 123. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Norte do edifício D. ........................................................................................ 110

Figura 124. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício D.

....................................................................................................................... 111

Figura 125. Fachadas Esquemáticas (NORDESTE) com percentuais dos danos

/ Torres A e C. ................................................................................................ 111

Figura 126. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Nordeste do edifício D. ................................................................................... 112


xx

Figura 127. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício

D. ................................................................................................................... 112

Figura 128. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ... 113

Figura 129. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício D. .................................................................................................. 113

Figura 130. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício D. ............................................................................ 114

Figura 131. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo

do edifício D. .................................................................................................. 114

Figura 132. Número de Danos por região das fachadas. ............................... 115

Figura 133 - Patologias detectadas no Edifício D. (a) Eflorescência, (b)

Desplacamento cerâmico. .............................................................................. 115

Figura 134. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das

fachadas. ....................................................................................................... 116

Figura 135. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos

danos. ............................................................................................................ 117

Figura 136. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudoeste do edifício E. .................................................................................. 118

Figura 137. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício

E..................................................................................................................... 118

Figura 138. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos /

Torre Esquerda e Direita. ............................................................................... 119

Figura 139. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Nordeste do edifício E / Torre Esquerda e Direita. ......................................... 119


xxi

Figura 140. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício

E..................................................................................................................... 120

Figura 141. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos

danos. ............................................................................................................ 120

Figura 142. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Noroeste do edifício E. ................................................................................... 121

Figura 143. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício

E..................................................................................................................... 121

Figura 144. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos.

....................................................................................................................... 122

Figura 145. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudeste do edifício E. .................................................................................... 122

Figura 146. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício

E..................................................................................................................... 123

Figura 147. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ... 123

Figura 148. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício E. .................................................................................................. 124

Figura 149. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício E. ............................................................................ 124

Figura 150. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo

do edifício E. .................................................................................................. 125

Figura 151. Número de Danos por região das fachadas. ............................... 125

Figura 152 - Patologias detectadas no Edifício E. (a) Fissura, (b) Eflorescência,

(c) Desplacamento cerâmico, (d) Manchamento............................................ 126


xxii

Figura 153. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das

fachadas. ....................................................................................................... 127

Figura 154. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos. .... 128

Figura 155. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Leste do edifício F. ......................................................................................... 128

Figura 156. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício F.

....................................................................................................................... 129

Figura 157. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos.

....................................................................................................................... 129

Figura 158. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudeste do edifício F. .................................................................................... 130

Figura 159. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício

F. .................................................................................................................... 130

Figura 160. Fachada Esquemática (OESTE) com percentuais dos danos. ... 131

Figura 161. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Oeste do edifício F. ........................................................................................ 131

Figura 162. Número de danos por pavimento da Fachada Oeste do Edifício F.

....................................................................................................................... 132

Figura 163. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos

danos. ............................................................................................................ 132

Figura 164. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Noroeste do edifício F. ................................................................................... 133

Figura 165. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício

F. .................................................................................................................... 133
xxiii

Figura 166. Fachada Esquemática (NORTE) com percentuais dos danos. ... 134

Figura 167. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Norte do edifício F. ......................................................................................... 134

Figura 168. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício F.

....................................................................................................................... 135

Figura 169. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos.

....................................................................................................................... 135

Figura 170. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Nordeste do edifício F. ................................................................................... 136

Figura 171. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício

F. .................................................................................................................... 136

Figura 172. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos. .... 137

Figura 173. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Leste do edifício F. ......................................................................................... 137

Figura 174. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício F.

....................................................................................................................... 138

Figura 175. Fachada Esquemática (SUL) com percentuais dos danos. ........ 138

Figura 176. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul

do edifício F.................................................................................................... 139

Figura 177. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício F. 139

Figura 178. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos

danos. ............................................................................................................ 140

Figura 179. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada

Sudoeste do edifício F. .................................................................................. 140


xxiv

Figura 180. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício

F. .................................................................................................................... 141

Figura 181. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos. ... 141

Figura 182. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas

do edifício F.................................................................................................... 142

Figura 183. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação

das fachadas do edifício F. ............................................................................ 142

Figura 184. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo

do edifício F.................................................................................................... 143

Figura 185. Número de Danos por região das fachadas. ............................... 143

Figura 186 - Patologias detectadas no Edifício F. (a) Fissuras, (b) Fissuras e

Desplacamento cerâmico. .............................................................................. 144

Figura 187. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das

fachadas. ....................................................................................................... 144

Figura 188 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento

em pintura. ..................................................................................................... 146

Figura 189 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento

cerâmico......................................................................................................... 148

Figura 190 – Temperaturas do Ar – Máximas Mensais. ................................. 150

Figura 191 - Radiação Global Mensal ............................................................ 150

Figura 192 - Chuva dirigida mensal. .............................................................. 151

Figura 193 – Umidade relativa do ar – Máxima.............................................. 152

Figura 194 - Temperatura máxima mensal superficial em Salvador .............. 153

Figura 195 - Umidade relativa mensal - Superfície exterior. .......................... 153


xxv

Figura 196 - Temperatura máxima mensal superficial em Salvador .............. 154

Figura 197 - Umidade relativa mensal - Superfície exterior. .......................... 154

Figura 198 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior ............... 155

Figura 199 - Umidade relativa mensal - superfície exterior ............................ 155

Figura 200 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior ............... 156

Figura 201 - Umidade relativa mensal - superfíce exterior ............................. 156

Figura 202 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior. .............. 157

Figura 203 - Umidade relativa mensal - superfície exterior. ........................... 157

Figura 204 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior. .............. 158

Figura 205 - Umidade relativa mensal - superfície exterior. ........................... 159


xxvi

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Vida Útil de Projeto mínima e superior (VUP)* ................................. 16

Tabela 2. Agentes de degradação em função da natureza. ............................. 19

Tabela 3. Procedência dos agentes de degradação. ....................................... 20

Tabela 4. Nível de degradação dos revestimentos de fachada. ...................... 38

Tabela 5. Classificação proposta de importância para defeitos em fachadas

rebocadas. ....................................................................................................... 42

Tabela 6. Ficha modelo de quantificação de manifestações patológicas por

andar de um edifício. ........................................................................................ 53

Tabela 7. Identificação do Edifício A. ............................................................... 56

Tabela 8. Identificação do Edifício B. ............................................................... 58

Tabela 9. Identificação do Edifício C. ............................................................... 60

Tabela 10. Identificação do Edifício D. ............................................................. 62

Tabela 11. Identificação do Edifício E. ............................................................. 64

Tabela 12. Identificação do Edifício F. ............................................................. 66

Tabela 13. Fator de Dano Total por torre das edificações com acabamento em

pintura. ........................................................................................................... 145

Tabela 14. Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento

em pintura. ..................................................................................................... 145

Tabela 15. Fator de Dano Total por torre das edificações com revestimento

cerâmico......................................................................................................... 147

Tabela 16. Fator de Dano Total equivalente das edificações com revestimento

cerâmico......................................................................................................... 147

Tabela 17. Orientação e valores de absortância dos edifícios. ...................... 149


1

1. INTRODUÇÃO

A exigência quanto à durabilidade das construções têm aumentado ao


longo dos anos, e a construção civil têm buscado evoluir nas técnicas inerentes
aos processos construtivos com o intuito de atender às exigências dos
consumidores e manter a competitividade no mercado. Porém, frequentemente,
as edificações estão apresentando um desempenho aquém do requerido, e
tem-se observado um aumento significativo de estruturas em processo de
deterioração em diferentes idades.
O surgimento de manifestações patológicas nas fachadas tem se
destacado neste cenário, já que as fachadas das edificações, muito além da
função estética, segundo Silva (2014), constituem a envoltória vertical de
proteção das edificações atuando como a primeira barreira para os diferentes
tipos de solicitações causadas por esforços externos e internos.
As solicitações mais comuns aos quais são submetidos os revestimentos
são: variações térmicas, ações de vento, ações de umidade, carregamentos
estáticos e dinâmicos, ações de chuvas, deformações diferenciais, ações de
peso próprio, abrasão, impactos e umidade do solo (SILVA, 2006). Desta
forma, a fachada deve ser projetada com a finalidade de resistir à combinação
de diversos fatores de dano, apresentando-se como um dos sistemas mais
vulneráveis ao surgimento de danos.
O sistema de revestimento de fachada apresenta diversas alternativas de
acabamentos no mercado, sendo os revestimentos cerâmicos, juntamente com
as pinturas, as preferências do mercado consumidor em praticamente todos os
segmentos imobiliários e todas as regiões do país (MEDEIROS E SABBATINI
1999).
Diversos são os fatores que contribuem para o surgimento de danos nas
fachadas das edificações. Antunes (2010) destaca que elementos construtivos
de grande importância acabam sendo omitidos, várias etapas são executadas
inadequadamente, há omissão ou não seguimento das especificações de
projetos de revestimento de fachada e ausência de manutenção.
2

Chaves (2009), em Portugal, destaca que as manifestações patológicas


que afetam as fachadas dos edifícios advêm da combinação de vários fatores,
podendo ser eles: a evolução da tecnologia e de novos materiais não
acompanhada pelos vários setores da construção, a celeridade muitas vezes
imposta na realização dos projetos, a redução forçada do tempo de execução
das obras, a pouca preparação quer dos projetistas, quer da mão de obra, a
incompatibilidade das várias especialidades que compõem os projetos, aliada à
falta de detalhamento, a ausência de um correto planejamento e existência de
uma fiscalização pouco exigente.
Thomaz (1989) comenta que o Brasil apresentou construções realizadas
de maneira acelerada e com ausência ou ineficiência na sua fiscalização no
que se diz respeito ao serviço e materiais utilizados. Sendo refletido na redução
da vida útil das construções observadas, e da necessidade de altos custos
financeiros com reparos por partes dos proprietários.
A falta ou perda do desempenho do revestimento normalmente acarreta
prejuízos econômicos importantes, muitas vezes afetando a integridade das
construções e causando eventuais prejuízos a habitabilidade e ao conforto
(Carasek, 1996). Deixando, portanto, de garantir as funções para as quais as
edificações são destinadas, como a proteção mecânica, física, térmica,
estanqueidade, dentre outras.
Com a existência de diversos mecanismos de degradação e tipos de
acabamento das fachadas, é possível observar que os danos variam em cada
caso específico, porém é possível identificar as suas principais tipologias,
muitas vezes, associá-las com determinadas regiões da fachada, e desta
forma, buscar identificar os principais fatores responsáveis por originar
determinadas manifestações patológicas em fachadas. Desta forma,
metodologias de avaliação e quantificação de danos têm sido desenvolvidas e
aprimoradas no intuito de auxiliar nos estudos sobre as manifestações
patológicas presentes em fachadas de edificações.
Paes e Carasek (2002) alertam para a necessidade do entendimento das
causas e mecanismos dos eventuais fenômenos patológicos atuantes nas
construções, sendo imprescindível o conhecimento científico e tecnológico do
3

conjunto, fazendo-se necessários estudos e pesquisas em torno desses


fenômenos. A observação sistemática dos danos e do sistema de fachada
auxilia na elaboração de um diagnóstico mais eficaz, uma vez que esta
observação permite compreender melhor os mecanismos de degradação e
estabelece hipóteses de causa e efeito das anomalias (SILVESTRE, 2005).
Diante da necessidade de aprofundar nos conhecimentos a respeito das
patologias de edificações, no intuito de garantir a segurança, habitabilidade e
sustentabilidade aos seus usuários, este trabalho apresenta estudos pioneiros
relacionados às manifestações patológicas frequentes em fachadas de
edificações localizadas em Salvador/BA, com a aplicação de simulações
higrotérmicas e aperfeiçoamento de metodologias de avaliação e quantificação
de danos em fachadas.

1.1. Objetivos

 Objetivo geral:

O objetivo geral desta dissertação é quantificar a degradação de fachadas de


seis edificações residenciais localizadas em Salvador/BA.

 Objetivos específicos:

 Identificar e catalogar as manifestações patológicas mais


correntes em fachadas de edificações com idades até 40 anos
de construídas, associando-as as suas principais causas;
 Quantificar e mapear as manifestações patológicas detectadas,
identificando o fator de dano das edificações;
 Identificar os principais mecanismos de degradação envolvidos
no surgimento de manifestações patológicas.

1.2. Delimitação da Pesquisa

O presente estudo delimita-se à avaliação de manifestações patológicas


nas fachadas das edificações em acabamento cerâmico e pintura em diferentes
localidades da cidade de Salvador/BA.
4

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Fachadas de edificações habitacionais

A fachada constitui o sistema de vedação externo dos edifícios. Ela se


caracteriza também como elemento fundamental da envoltória das edificações,
devendo proporcionar estanqueidade à água, isolação térmica e acústica,
capacidade de fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços
de uso, compartimentação em casos de incêndio etc. Podem também interagir
com os demais componentes, elementos e sistemas da edificação, como
caixilhos, esquadrias, estruturas, coberturas, pisos e instalações (ABNT NBR
15575-4, 2013).

2.1.1. Sistemas de Revestimento de Fachadas

A ABNT NBR 13529 (2013) define o sistema de revestimento como sendo


um conjunto formado por revestimento de argamassa e acabamento
decorativo. Podendo ter acabamento final em argamassa, em cerâmica, pedras
decorativas ou outros.
As funções de um sistema de revestimento vão desde a proteção à
alvenaria, regularização das superfícies, estanqueidade, até funções de
natureza estéticas, uma vez que se constitui do elemento de acabamento final
das vedações, variando de edifício para edifício, ou seja, dependem em grande
parte da concepção do edifício, suas fachadas e paredes e, obviamente, do
sistema de revestimento selecionado (BAUER, 2005).
Segundo Bauer (2005), a definição da natureza do sistema de
revestimento normalmente é um dado de natureza projetual, contemplado por
escolhas de estética e funcionalidade; o detalhamento de um sistema já se
preocupa com processos projetuais e construtivos, assumindo preocupações
quanto à natureza e tipos de materiais e técnicas a empregar; e a
especificação do sistema já leva em conta a definição objetiva e adequada dos
materiais, traços, juntas, técnicas executivas.
O desempenho dos sistemas de revestimentos está diretamente
relacionado à aderência e ao comportamento diferenciado entre cada camada
desse sistema aos esforços de natureza mecânica, química, física, biológica,
5

das ações das intempéries ou no decorrer do tempo. Contudo, esse processo


pode ser acelerado ou reduzido dependendo das condições de exposição e
critérios de manutenção (SILVA, 2014).

2.1.1.1 Revestimento de Argamassa

A ABNT NBR 13529 (2013) define o revestimento de argamassa como


sendo “o cobrimento de uma superfície com uma ou mais camadas
superpostas de argamassa, apto a receber acabamento decorativo ou
constituir-se em acabamento final, decorativo ou não”.
A ABNT NBR 13281 (2005) estabelece como conceito de argamassa de
revestimento, uma mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s),
aglomerante(s) inorgânico(s) e água, podendo conter ou não aditivos com
propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou
em instalação própria (argamassa industrializada).
Apesar dos avanços no estudo das argamassas, do desenvolvimento de
novas práticas construtivas e de inserção de novos materiais, em determinadas
avaliações é notório o caráter empírico nas proposições de algumas soluções
(PEREIRA, 2007). Sendo necessário, portanto, um controle rigoroso nos
materiais e técnicas a serem utilizadas nas etapas de execução do
revestimento, a fim de obter um produto eficiente.
 Substratos para aplicação de argamassa
O substrato ou base é a camada que recebe o revestimento de
argamassa, e pode ser classificado como de vedação ou estrutural,
dependendo de sua função na estrutura. O substrato pode se constituir de
alvenaria de blocos (cerâmico, concreto, silico-calcário) ou mesmo de concreto
(SILVA, 2006).
Segundo Bauer (2005), os substratos podem ser classificados de
diferentes formas, sendo as mais comuns:
- Pela natureza dos materiais constituintes: alvenaria de blocos cerâmicos,
blocos de concreto, blocos de concreto celular; elementos estruturais em
concreto;
- pela função: elementos de vedação, estruturais; e
6

- por suas características físicas: textura, porosidade, capacidade de sucção de


água (absorção capilar), propriedades mecânicas.
As propriedades mecânicas do substrato, particularmente dos elementos
que compõem a alvenaria e a estrutura, são fundamentais, uma vez que
influem nas características de suporte e ancoragem para os sistemas de
revestimento (BAUER, 2005).
 Chapisco
O chapisco não é uma camada de revestimento, mas uma camada de
preparação de base. A preparação de base é definida como um conjunto de
técnicas que são realizadas na base para que proporcione a melhor aderência
da argamassa ao substrato. Muitas vezes a superfície do bloco, não favorece
uma boa aderência, devido à baixa rugosidade superficial ou baixa/elevada
absorção capilar. Neste caso aplica-se o chapisco para se obter uma maior
superfície de contato e uniformizar a absorção (SILVA, 2006).
Os revestimentos podem ser constituídos por uma ou mais camadas, ou
seja: emboço e reboco, e camada única.
 Emboço: camada de revestimento executada para cobrir e
regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma
superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de
revestimento decorativo, ou que se constitua como acabamento
final (ABNT NBR 13529: 2013).
 Reboco: camada de revestimento utilizada para cobrimento do
emboço, propiciando uma superfície que permita receber o
revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final
(ABNT NBR 13529: 2013).
 Revestimento de camada única: é executado diretamente sobre os
substratos, sem a necessidade da aplicação anterior do emboço.
Neste caso, acaba tendo a função dupla, ou seja, deve atender as
exigências do emboço e do reboco (BAUER, 2005).

A Figura 1 ilustra o sistema de revestimento em argamassa, composta


pelo substrato, chapisco, emboço e reboco.
7

Figura 1. Sistema de revestimento em Argamassa.

Fonte: (ADAPTADO ABCP, 2002).

Dentre algumas das principais propriedades que o revestimento de


argamassa deve apresentar, para que possa cumprir adequadamente as suas
funções, o Manual de revestimento de argamassa (2002) relata:
 Capacidade de Aderência: Conceitua-se aderência como a
propriedade que possibilita à camada de revestimento resistir às tensões
normais e tangenciais atuantes na interface com a base. O fator mais
importante para uma aderência adequada do revestimento à base é que
a camada de argamassa tenha a maior extensão efetiva de contato
possível com a base, dependendo dos seguintes fatores:
trabalhabilidade da argamassa e técnica de execução do revestimento;
natureza e características da base e condições de limpeza da superfície
de aplicação.
 Resistência Mecânica: é a capacidade do revestimento de suportar
esforços das mais diversas naturezas, que resultam em tensões internas
de tração, compressão e cisalhamento. Esforços de abrasão superficial,
cargas de impacto e movimentos de contração e expansão dos
revestimentos por efeitos de umidade, são exemplos destas solicitações.
 Capacidade de absorver deformações: é a propriedade que o
revestimento possui de absorver deformações intrínsecas (do próprio
revestimento) ou extrínsecas (da base) sem sofrer ruptura, sem
apresentar fissuras prejudiciais e sem perder aderência.
8

 Estanqueidade: é uma propriedade dos revestimentos relacionada com


a absorção capilar de sua estrutura porosa e eventualmente fissurada da
camada de argamassa endurecida. Sua importância está no nível de
proteção que o revestimento oferece à base contra as intempéries.

2.1.1.2 Revestimento Cerâmico

Para Medeiros e Sabatinni (1999), o clima predominantemente tropical e


chuvoso brasileiro favorece o uso de RCF (Revestimento Cerâmico de
Fachadas) fazendo com que esta opção seja uma das mais interessantes, pelo
desempenho e durabilidade, além da estética, facilidade de limpeza,
possibilidades de composição harmônica, maior resistência à penetração de
água, conforto térmico e acústico. Esta tendência torna os revestimentos
cerâmicos quase uma unanimidade para o mercado consumidor nas cidades
litorâneas, por exemplo.
O RCF é o conjunto monolítico de camadas (inclusive o emboço de
substrato) aderidas à base suportante da fachada do edifício (alvenaria ou
estrutura), cuja capa exterior é constituída de placas cerâmicas, assentadas e
rejuntadas com argamassa ou material adesivo (MEDEIROS E SABATINNI,
1999).
As camadas que formam os revestimentos tradicionais aderidos -
sistemas nos quais as placas cerâmicas trabalham completamente aderidas
sobre bases e substratos que lhes servem de suporte - são constituídas dos
materiais apresentados na Figura 2.
Figura 2. Materiais e camadas constituintes mostrando os principais componentes do
RCF. A base não faz parte do sistema, mas é fundamental para seu desempenho
global.

Fonte: (MEDEIROS; SABBATINI, 1999).


9

As propriedades dos revestimentos cerâmicos trazem consigo uma série


de vantagens importantes para uso como revestimento de fachada, as
principais delas são as seguintes: não propaga fogo; elevada
impermeabilidade; baixa higroscopicidade; não provoca diferença de potencial;
não é radioativo; não gera eletricidade estática; excelente isolamento; custo
final, em geral, compatível com benefícios, principalmente com relação à
manutenção durante a vida útil (MEDEIROS E SABATINNI, 1999).
O processo de conceber e detalhar fachadas normalmente não recebe a
atenção devida, tanto por parte dos empreendedores e construtores, como por
parte dos projetistas. Muitas vezes, os projetos de arquitetura, estrutura,
alvenaria e esquadrias são desenvolvidos sem que se saiba, com precisão,
qual vai ser o produto final da fachada. Raramente a escolha é baseada em
critérios técnicos confiáveis, sendo mais comum considerar somente aspectos
estéticos e econômicos (MEDEIROS E SABATINNI, 1999).

2.1.2. Detalhes construtivos nas fachadas

Segundo Antunes (2011), os detalhes construtivos, obrigatoriamente


devem estar especificados e bem detalhados no projeto executivo dos
empreendimentos, pois eles servem como métodos preventivos às
manifestações patológicas, isso porque se bem apresentados nos projetos e
executados com a destreza recomendada, evitam o surgimento de problemas
comumente encontrados nas edificações.
As alvenarias localizadas nas fachadas dos edifícios, de acordo com
Thomaz e Helene (2000), têm a importante função de propiciar estanqueidade
à água; a penetração de umidade pode provocar o desenvolvimento de
fissuras, desagregações, dentre outras manifestações patológicas. Desta
forma, é desejável que as lâminas de água sejam descoladas o mais rápido
possível das fachadas, utilizando detalhes construtivos, tais como: beirais,
pingadeiras, peitoris, reentrâncias etc.
No que se refere à orientação das fachadas das edificações mais
expostas à ação de ventos e chuvas, por exemplo, os detalhes construtivos
desempenham um papel ainda mais importante, pois, a depender das suas
10

características, vão proporcionar o devido escoamento de água de forma a


evitar a deterioração da vedação vertical externa.
O peitoril é um exemplo de detalhe que protege a fachada da ação da
chuva, mas que caso não seja corretamente projetado e executado pode
facilitar a ocorrência não desejada da deposição de poeira e de manchas de
umidade com cultura de esporos de microorganismos nessas regiões (BAÍA;
SABBATINI, 2000). Os mesmos autores recomendam que os peitoris avancem
sobre a parede adjacente, ressaltem do plano da fachada e apresentem um
canal na face inferior para o descolamento da água, o qual recebe o nome de
pingadeira ou lacrimal. Esse avanço lateral do peitoril evita que o fluxo de água
se concentre nas laterais desse elemento, como pode ser observado na Figura
3.
Figura 3. Detalhe do peitoril.

Fonte: (MACIEL et al., 1998).

As pingadeiras são detalhes construtivos que têm a função de “quebrar” a


linha d’água, evitando que esta escorra pelas fachadas, e podem fazer parte do
peitoril, conforme ilustra a Figura 4.
11

Figura 4. Esquema função da pingadeira.

Fonte: (OLIVEIRA, 2002).

Outro detalhe arquitetônico bastante relevante é o rufo. Segundo Oliveira


(2002), os rufos devem ser projetados para evitar que a água proveniente do
painel do último andar ou das lajes planas de cobertura escorra pela superfície
da fachada ou se infiltre.
Segundo Thomaz e Helene (2000), a redistribuição de carga, isto é,
espalhamento das cargas das paredes mais carregadas para as paredes
menos carregadas, é praticamente interrompida nas regiões das aberturas de
portas e janelas, pontos em geral com acentuada concentração de tensões; daí
a importância da execução e correto dimensionamento de vergas e
contravergas.
As aberturas da alvenaria, principalmente portas e janelas, devem receber
um reforço através da adoção de vergas e/ou contravergas. Tais reforços
permitem a distribuição das tensões que se concentram nos vértices dos vãos,
principais responsáveis pela ocorrência de fissuras a 45º naquela região
(LORDSLEEM, 2000), sendo uma das manifestações patológicas mais
frequentes nos edifícios, independente do sistema construtivo.
As vergas são reforços horizontais colocados na parte superior das
aberturas para resistir aos esforços cortantes e a momentos fletores positivos
no vão e negativos nos apoios quando a inserção na parede não for suficiente.
As contravergas são colocadas na parte inferior das aberturas, devem ser
resistentes ao cisalhamento e aos momentos fletores negativos no vão e
positivos nos apoios quando a inserção na parede não for suficiente
(ANTUNES, 2011).
12

As juntas de movimentação são juntas utilizadas na alvenaria para


acomodar deformações que ocorrem devido a movimentos higroscópicos
(capacidade dos materiais de absorver e liberar água), movimentos por
variações de temperatura, por processos químicos, por fluência e outros
(ANTUNES, 2011). A concentração de tensões pode ocasionar patologias,
como por exemplo, as fissuras.
Para que a junta desempenhe eficientemente a função requerida, o
material de seu preenchimento deve ser bastante deformável (poliestireno ou
poliuretano expandido, cortiça), e o seu acabamento além de garantir
flexibilidade deve ser estanque (THOMAZ E HELENE, 2000).

2.2. Conceitos e Generalidades

2.2.1. Desempenho de Fachadas

O comportamento em uso das fachadas, assim como dos outros sistemas


dos edifícios habitacionais, independentemente dos seus materiais
constituintes e do sistema construtivo utilizado, deve atender as exigências dos
usuários, e com esta finalidade, em julho de 2013 entrou em vigor a Norma de
Desempenho de Edificações Habitacionais, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT NBR 15575:2013, é dividida em 6 partes, sendo elas:
 15575-1: Requisitos gerais;
 15575-2: Requisitos para os sistemas estruturais;
 15575-3: Requisitos para os sistemas de pisos;
 15575-4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas;
 15575-5: Requisitos para os sistemas de coberturas;
 15575-6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

As exigências dos usuários de edificações são traduzidas em requisitos e


quantificadas em critérios. Todas as disposições contidas nesta Norma são
aplicáveis aos sistemas que compõem edificações habitacionais, projetados,
construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que
atendam às instruções específicas de operação, uso e manutenção.
13

A ABNT NBR 15575-1:2013 define desempenho como o comportamento


em uso de uma edificação e de seus sistemas. Segregando as obrigações e
responsabilidades inerentes a cada um dos participantes da cadeia
habitacional. Induz fabricantes a desenvolverem produtos que atendam a
requisitos mínimos e se aproxima dos usuários, que deverão realizar atividades
de manutenção para preservar a vida útil, permitindo, desta forma, aferir os
direitos, obrigações e responsabilidades das partes envolvidas.
A Norma apresenta métodos de avaliação do desempenho com a
finalidade de verificar os requisitos de desempenho previstos. Considera a
realização de ensaios laboratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo,
inspeções, simulações e análises de projetos para que desta forma possam ser
obtidos resultados que fundamentarão o documento de avaliação do
desempenho em função dos requisitos e critérios avaliados.

2.2.1.1. Nível de desempenho

De acordo com a ABNT NBR 15575-1: 2013, em função das


necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e de economia, são
estabelecidos, para os diferentes sistemas, requisitos mínimos de desempenho
(M) que devem ser considerados e atendidos. Para cada critério são
estabelecidos três níveis de atendimento de desempenho:
(M) - Mínimo (obrigatório)
(I) - Intermediário
(S)- Superior
Segundo a norma citada anteriormente, a avaliação de desempenho
busca analisar a adequação ao uso de um sistema ou de um processo
construtivo destinado a cumprir uma função, independentemente da solução
técnica adotada. Sendo que, quando um limite mínimo pré-estabelecido de
desempenho é ultrapassado, a estrutura passa a apresentar problemas
patológicos.
14

2.2.1.2. Exigências dos usuários

As exigências dos usuários referem-se ao conjunto de necessidades a


serem satisfeitas pela edificação e seus sistemas, de modo a cumprir com suas
funções. A ABNT NBR 15575-1:2013 estabelece exigências dos usuários, tais
como:
 Segurança - As exigências do usuário relativas à segurança são
expressas pelos seguintes fatores: segurança estrutural; segurança
contra incêndio; segurança no uso e na operação.
 Habitabilidade - As exigências do usuário relativas à habitabilidade
são expressas pelos seguintes fatores: estanqueidade;
desempenho térmico; desempenho acústico; desempenho
lumínico; saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e
acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico.
 Sustentabilidade - As exigências do usuário relativas à
sustentabilidade são expressas pelos seguintes fatores:
durabilidade; manutenibilidade; impacto ambiental.

2.2.2. Durabilidade de Fachadas

A durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma exigência econômica


do usuário, pois está diretamente associada ao custo global do bem imóvel. A
durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir as
funções que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação que o conduz a
um estado insatisfatório de desempenho, quer seja por obsolescência funcional
(ABNT NBR 15575-1, 2013).
A NBR 15.575-1:2013 define a durabilidade como a “capacidade do
edifício ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo
e sob condições de uso e manutenção especificadas, até um estado limite de
utilização”. E traz como requisito que para as paredes externas devem ser
limitados os deslocamentos, fissurações e falhas nas paredes externas,
incluindo seus revestimentos, em função de ciclos de exposição ao calor e
resfriamento que ocorrem durante a vida útil do edifício.
15

A durabilidade de uma construção depende de um conjunto de medidas


tomadas em suas várias etapas e que, sendo adequadas, é garantido o
desempenho previsto no projeto durante toda a sua vida útil, caso contrário,
sua vida útil será reduzida até atingir seu fim quando suas propriedades sofrem
deterioração a tal ponto que sua utilização passa a ser considerada insegura
ou antieconômica (ANDRADE, 1997).

2.2.3. Vida útil de Fachadas

Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às


atividades para as quais foram projetados e construídos considerando a
periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados
no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção é denominado vida útil
(ABNT NBR 15575-1, 2013).
A Vida Útil de Projeto (VUP), conforme ABNT NBR 15575-1: 2013, é
definido como o período estimado de tempo para o qual um sistema é
projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos nesta
norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o
estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da
periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados
no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção.
O valor final atingido de vida útil é uma composição do valor teórico
calculado como vida útil de projeto (VUP) influenciado positivamente ou
negativamente pelas ações de manutenção, intempéries e outros fatores
internos, de controle do usuário, e externos (naturais), fora do controle do
usuário (ABNT NBR 15575-1: 2013).
Conforme a Tabela 1, a ABNT NBR 15575-1: 2013 determina que as
vedações verticais externas devem ser projetadas de forma que estas tenham
uma vida útil de projeto (VUP) equivalente ao período mínimo de 40 anos.
16

Tabela 1. Vida Útil de Projeto mínima e superior (VUP)*

VUP
Parte da edificação anos
Mínimo Superior
Vedação externa
Revestimento de fachada
aderido e não aderido
Pintura (Pinturas de fachada, pinturas e
revestimentos sintéticos texturizados)

* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e


especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário
elaborado em atendimento à norma ABNT NBR 14037.

Fonte: ADAPTADO DA TABELA C.5 e C.6, ABNT NBR 15575-1: 2013.

Para garantir um bom desempenho durante a vida útil da construção


torna-se necessário que o projeto seja realizado por um profissional qualificado,
sejam realizadas inspeções rotineiras e utilização devida (prevista no projeto)
da construção, para que desta forma seja possível, até mesmo, a extensão da
vida útil da estrutura.
A Figura 5 apresenta o desempenho de um elemento ou sistema, ao
longo do tempo.
Figura 5. Desempenho ao longo do tempo de um elemento ou sistema.

Fonte: (ABNT NBR 15575-4: 2002).


17

Observa-se, por meio da Figura 5, que a vida útil é prolongada através de


ações de manutenções desde a entrega da construção, a partir de níveis de
desempenho, previstos em projeto. Além disso, é indicado que durante a vida
útil residual existe uma perda de desempenho funcional, prejuízo ao conforto,
etc, e durante a sobrevida, surgem os riscos de prejuízos à segurança, com
ações de manutenções mais dispendiosas que as executadas anteriormente.
A ABNT NBR 15575-1: 2013 salienta a importância da realização integral
das ações de manutenção pelo usuário. A mesma traz um exemplo: um
revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma
VUP de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada cinco anos. Se o
usuário não realizar a manutenção prevista, a vida útil real do revestimento
pode ser seriamente comprometida. Por consequência, as patologias
resultantes podem ter origem no uso inadequado e não em uma construção
falha.

2.2.4. Manutenção de Fachadas

As manutenções das fachadas são indispensáveis para que seu


desempenho seja o requerido em projeto ao longo da sua vida útil. Para
realizar as devidas manutenções, gastos financeiros e geração de resíduos
estão implícitos nesse processo, desta forma, destaca-se a importância de sua
execução de forma planejada e por pessoas capacitadas.
A NBR 5674 (2012) define manutenção como “um conjunto de atividades
a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da
edificação e de suas partes constituintes para atender as necessidades e
segurança dos seus usuários”.
A manutenção quando realizada conforme a real necessidade e por
pessoas qualificadas, passa a existir a possibilidade de uma recuperação
considerável do desempenho da estrutura e com redução de gastos.
De acordo com Resende et al. (2001), a manutenção pode ser
classificada em:
 Manutenção Planejada Preventiva: atividades realizadas durante a vida
útil da edificação, de maneira a antecipar-se ao surgimento de defeitos;
18

 Manutenção Planejada Corretiva: atividades realizadas para recuperar o


desempenho perdido;
 Manutenção Não Planejada: definida como o conjunto de atividades
realizadas para recuperar o desempenho perdido, devido às causas
externas não previstas.
Indiscutivelmente, a fortaleza e vida de uma estrutura são iguais à de um
ser vivo, vai depender dos cuidados que foram feitos em todas as suas etapas,
no solo durante sua gestação e projeto, sendo também durante seu
crescimento da construção e posteriormente durante o resto da sua vida, não
submeter a ações de qualquer tipo para as quais não estão previstas, e com
revisões periódicas e manutenções (CANOVAS,1994).

2.2.5. Degradação das fachadas

Segundo Silva (2014), as diversas manifestações patológicas que


ocorrem nas fachadas apresentam características bem diferenciadas
permitindo deduzir qual a natureza, a origem, os mecanismos dos fenômenos
envolvidos e ainda permite estimar suas prováveis consequências. Essas
manifestações são evolutivas e podem se agravar com o passar do tempo
(HELENE, 1992).
A ocorrência de degradação nas fachadas pode estar relacionadas com
determinadas regiões e/ou elementos de fachadas, sendo algumas mais
susceptíveis ao surgimento de danos.
Segundo Bauer et al. (2015), o processo de degradação das fachadas
não acontece de maneira uniforme devido as diferentes condições de
exposição. Esta não uniformidade no processo de degradação é evidenciada
conforme as regiões da fachada, onde pode-se notar variáveis intrínsecas a
cada região ou variáveis comuns a todas, mas que atuam em diferentes
intensidades, conforme a região de estudo.
O processo de degradação ocorre em função da perda de capacidade do
material em responder às exigências, ao longo do tempo, aos agentes de
degradação, à natureza do material e ainda da própria idade do material,
culminando com o surgimento dos danos (GASPAR; BRITO, 2005), ou até
mesmo acelerando o grau dos já existentes.
19

A ABNT NBR 15575-1: 2013 define agente de degradação como tudo


aquilo que agindo sobre um sistema contribui para reduzir seu desempenho.
Os agentes de degradação podem ser de natureza mecânica, eletromagnética,
térmica, química ou biológica, como apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Agentes de degradação em função da natureza.

NATUREZA CLASSE
Gravidade
Esforços e deformações impostas ou restringidas
Agentes mecânicos Energia cinética
Vibrações e ruídos
Atritos
Radiação
Agentes eletromagnéticos Eletricidade
Magnetismo
Agentes térmicos Níveis extremos ou variações muito rápidas de temperatura
Água e solventes
Agentes oxidantes
Agentes redutores
Agentes químicos Ácidos
Bases
Sais
Quimicamente neutros
Vegetais e microorganismos
Agentes biológicos
Animais

Fonte: ADAPTADO DA ASTM 632:1996 e ISO 15686-1: 2011.

O sistema de revestimento de fachada é muito vulnerável aos diversos


fenômenos naturais que o afetam, onde cada agente de degradação pode dar
origem a um ou mais danos, de acordo com sua classe, podendo afetar o sistema
de forma global ou às suas partes.
No que se refere aos agentes térmicos, por exemplo, as variações térmicas
podem provocar uma movimentação elevada entre as diferentes camadas do
sistema de revestimento (placas cerâmicas, rejunte, argamassa colante, emboço e
substrato), podendo comprometer sua capacidade resistente, gerando um
processo de degradação que poderá comprometer sua vida útil (GASPAR et al.,
2006; BAUER et al., 2010).
A Tabela 3 apresenta a procedência desses agentes de degradação que
afetam o desempenho de um sistema.
20

Tabela 3. Procedência dos agentes de degradação.

PROCEDÊNCIA CLASSE

Água no estado líquido


Umidade
Temperatura
Radiação solar - radiação ultravioleta
Gases de oxigênio
Provenientes da atmosfera
Ácido sulfúrico
Gases ácidos
Bactérias, insetos
Vento com partículas em suspensão
Sulfatos
Cloretos
Provenientes do solo Fungos
Bactérias
Insetos
Provenientes ao uso Esforços de manobra
Agentes químicos normais em uso doméstico
Compatibilidade química
Provenientes do projeto Compatibilidade física
Cargas permanentes e periódicas

Fonte: ADAPTADO DA ASTM 632:1996 e ISO 15686-1: 2011.

Outra situação bastante observada nas fachadas se refere à degradação por


meio de agentes provenientes dos solo, com formação de colônias de fungos,
bactérias, algas e líquenes, que causa a perda estética da fachada por
escurecimento e a perda da integridade química e física das argamassas por
desagregação devida à produção de ácidos orgânicos (MELO JÚNIOR;
CARASEK, 2011).
Sabe-se que a degradação é um fenômeno progressivo. A partir do momento
que surge determinada anomalia, sem o tratamento eficiente, a tendência será de
aumento com o decorrer do tempo e possível aumento da taxa de velocidade em
caso de exposição a agentes agressivos (SILVA, 2014).
21

2.3. Condições de exposição de Salvador/BA

As fachadas das edificações estão sujeitas a condições de exposição que


irão variar de acordo com as características climatológicas da região onde
estão localizadas, influenciando, desta forma, o seu nível de degradação.
A maioria dos estudos sobre clima utiliza dados oriundos de estações
meteorológicas, ou seja, com a adoção do macroclima. Empregam-se variáveis
de clima em grande escala, por exemplo, a temperatura, e se consideram
enormes áreas e períodos de tempo grandes. Porém, deve se levar em conta o
clima no entorno da edificação ou estrutura, com maior precisão de modelos a
serem aplicados, pois é o microclima que rege os processos de degradação
envolvidos com a durabilidade da edificação (VILASBOAS, 2013).
Os diversos fatores ambientais de degradações podem ocorrer com
intensidades diferenciadas em função da região de influência, ou seja, do
microclima do edifício, mais especificamente, em função das orientações das
fachadas, sendo necessária uma análise minuciosa desses efeitos para a
obtenção de um adequado diagnóstico das degradações nos edifícios
(RIVERO, 1985; MATOS et al., 2006).
A norma ABNT NBR 15220-3: 2005 – Desempenho Térmico para
edificações - classifica as regiões do Brasil em 8 zonas bioclimáticas as quais
diferenciam as condições climáticas brasileiras de acordo com sua região
específica no mapa. Salvador está localizada na Zona 8, que abrange 53,7%
do território nacional, conforme apresentado na Figura 6.
22

Figura 6. Zoneamento bioclimático brasileiro.

Fonte: (ABNT NBR 15220-3: 2005).

2.3.1. Caracterização climática

Salvador é banhada pelo Oceano Atlântico. A latitude tropical desta região


é caracterizada pelos ventos alísios que sopram permanentemente de leste
com variações de nordeste e de sudeste, sendo este o vento predominante da
grande escala na região. Por outro lado, o corpo d’água representado pela baia
interfere tanto na oferta de umidade quanto nos ventos locais (CARDOSO,
2017).
A mesma autora comenta que a variabilidade climática de Salvador é
resultado de efeitos combinados da ação de vários sistemas meteorológicos,
bem como das variações e intensidade de cada um deles. Fatores locais como
características topográficas e forma geográfica, também contribuem para essa
variabilidade. A posição geográfica peninsular da cidade faz com que esteja
diretamente influenciado, por circulações de brisa e pelos ventos alísios da alta
subtropical do Atlântico Sul, favorecendo a umidade e pluviosidade.
Segundo Cardoso (2017), a localização de Salvador na faixa tropical e
próximo ao litoral do Oceano Atlântico Sul faz com que a temperatura sofra
poucas oscilações, tanto na escala diurna quanto na escala anual, com o valor
mais alto de 30°C (fevereiro e março) e o mais baixo de 26,2°C (julho),
enquanto que a mínima é de aproximadamente 24ºC no verão e 21ºC no
23

inverno. A umidade relativa corresponde a uma combinação entre a


temperatura do ar e o vapor d’água trazido pelos ventos alísios do Oceano
Atlântico para o continente. Por esta razão, a umidade relativa pode ser mais
elevada em períodos em que o ar está mais frio, mesmo havendo menos
evaporação. Devido à localização litorânea de Salvador, a umidade oscila
muito pouco, os valores médios mensais dos índices de umidade relativa do ar
indicam taxas elevadas de umidade com valores médios em torno de 80%.
Thomaz (2003), Uemoto (1999) e Cincotto (1995) são unânimes ao
apontar as condições para o desenvolvimento de fungos: ambientes com
umidade relativa do ar em torno de 80% e temperaturas entre 25º C a 30º C.
Climatologicamente, o período chuvoso predominante concentra-se no
quadrimestre abril a julho, com máximo em junho. A pluviosidade anual é de
2.098,7mm, dos quais 52,5% (1.101,4mm) são registrados no período de abril
a julho (INMET, 1992). Os principais sistemas meteorológicos causadores das
chuvas nessa região são os distúrbios de leste, sistemas frontais e sistemas de
brisa, sendo que este último atua durante todo o ano (CARDOSO, 2017).
Salvador é cercada pelo mar em três lados (Figura 7), como um recorte
territorial que avança no Oceano Atlântico, formando três fachadas litorâneas.

Figura 7. As três fachadas continentais de Salvador/BA.

Fonte: (SOUZA, 2010).

Tipicamente, o padrão de vento de Salvador analisado a partir do


comportamento do vento com base nas frequências médias mensais, é
24

caracterizado por ventos dominantes de Sudeste. Pode-se concluir que o vento


Sudeste tem frequência significativa em todos os meses do ano e o vento Leste
de setembro a março, o que corresponde aos meses com temperaturas
elevadas no período vespertino. O vento Sul é mais frequente nos meses de
abril a julho que corresponde ao período mais chuvoso. Observa-se ainda a
presença do vento Nordeste, de outubro a janeiro, que, embora importante no
verão, não tem frequência significativa, quando se considera o padrão anual.
(NERY et al, 1997).
A incidência do vento nas edificações depende de uma série de fatores,
que compreendem o formato da edificação, a sua altura e as condições do
entorno. Novas edificações podem alterar completamente as condições
existentes de incidência de vento. Isso ocorrendo, tem-se alteração também da
incidência de chuvas e da deposição de partículas. Portanto, a construção de
um simples edifício pode influenciar na formação de microclimas (VILASBOAS,
2013).
Diante do exposto, a interferência dos agentes de degradação nas
edificações é diferenciada em cada região do país, e assim cada uma delas
possui suas características próprias de construção, necessárias para a sua
durabilidade.
Vale destacar que o planeta está passando por mudança climática devido
ao aquecimento global, o que dificulta ainda mais a previsão da ação dos
agentes de degradação externos à edificação durante o período da vida útil da
mesma. Desta forma, fica ainda mais evidente a necessidade da qualidade nas
etapas inerentes à construção e uso da edificação, no intuito de obter a
durabilidade da edificação.

2.4. Patologias das Fachadas

Helene (1993) descreve a patologia como sendo o estudo dos sintomas,


dos mecanismos, das causas e das origens dos defeitos das construções civis,
ou seja, como o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema.
Para Antunes (2010) uma manifestação patológica ocorre quando o
sistema começa a apresentar um funcionamento em uso diferente do que foi
previsto no projeto, podendo ser causado devido a erros no planejamento,
25

especificação, execução e/ou durante a sua utilização, sendo possível mais de


uma origem.
“Na tentativa de racionalizar as construções, buscar o máximo de
economia, e com maior conhecimento dos materiais, procura-se o limite que
estes podem alcançar, aumentando as chances de ocorrência de
manifestações patológicas” (XAVIER, 2010).
As manifestações patológicas, ao serem notadas pelo usuário, podem
causar um desconforto visual, térmico e/ou acústico, além de despertar
preocupação do mesmo em relação à segurança da construção.
Para Pedro et al. (2002) a origem das patologias podem ser
classificadas em:
a) Congênitas - São aquelas originárias da fase de projeto, em função da não
observância das Normas Técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais,
que resultam em falhas no detalhamento e concepção inadequada dos
revestimentos.
b) Construtivas - Sua origem está relacionada à fase de execução da obra,
resultante do emprego de mão de obra despreparada, produtos não
certificados e ausência de metodologia para assentamento das peças, o que,
segundo pesquisas mundiais, também são responsáveis por grande parte das
anomalias em edificações.
c) Adquiridas - Ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado
da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes
da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana, em função de
manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos
revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo
patológico.
d) Acidentais - Caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico,
resultado de uma solicitação incomum, como a ação da chuva com ventos de
intensidade superior ao normal, recalques e, até mesmo incêndio.
26

2.4.1. Principais manifestações patológicas em revestimentos de Fachadas

2.4.1.1. Vesículas

Materiais dispersos na argamassa que manifestam posterior variação


volumétrica geram vesículas no revestimento endurecido (BAUER, 1997),
podendo ser observada na Figura 8.

Figura 8 – Vesícula, com presença de torrão de argila no centro.

Fonte: (FERREIRA, 2010).

De acordo com a ABNT NBR 13749:2013, as vesículas podem ser


causadas por:
 Hidratação retardada do óxido de cálcio não hidratado, presente na
cal hidratada (o interior da vesícula é branco);
 Presença de concreções ferruginosas na areia (o interior da
vesícula é vermelho);
 Matéria orgânica ou pirita na areia (o interior da vesícula é preto).

2.4.1.2. Eflorescências

São depósitos salinos, principalmente alcalinos e alcalinos terrosos, na


superfície de alvenarias ou revestimentos, provenientes da migração de sais
solúveis presentes nos materiais ou componentes da alvenaria (BAUER, 1997),
sendo caracterizadas pela presença de manchas de umidade e pelo acúmulo
de pó branco sobre a superfície (Figura 9).
27

Figura 9- Manchas de eflorescência.

Fonte: (CORREIA, 2005).

A ocorrência do fenômeno está intimamente relacionada às propriedades


de absorção e permeabilidade das argamassas. A argamassa apresenta vazios
e canais em seu interior decorrentes. Nesses vazios pode ocorrer o fluxo da
água por capilaridade ou por pressão, de modo a introduzir substâncias
agressivas presentes no substrato, na rede capilar, ou dissolver e transportar
sais solúveis presentes no próprio material (BARROS et al., 1997).
Três fatores igualmente importantes devem existir concomitantemente
para que ocorram as eflorescências: o teor de sais solúveis presentes nos
materiais ou componentes, a presença de água, e a pressão hidrostática para
propiciar a migração da solução para a superfície. Se um desses três fatores
for eliminado não ocorrerá o fenômeno (UEMOTO, 1988).
De acordo com Xavier (2010), a eflorescência “normalmente não causa
danos maiores do que o mau aspecto resultante, mas há casos em que seus
sais constituintes podem ser agressivos e causar degradação profunda”.

2.4.1.3. Manchamentos

A incidência de umidade constante, principalmente em áreas não


expostas ao sol, propicia o surgimento de mofo ou bolor na superfície que
tende a desagregar o revestimento (CINCOTTO, 1988).
Nas edificações, os fungos promovem a decomposição de diferentes tipos
de componentes, notadamente dos revestimentos, ou de material orgânico
sobre estes depositados. Para tanto, secretam enzimas que quebram
moléculas orgânicas complexas até compostos mais simples, que são
assimilados e utilizados no seu desenvolvimento. O bolor se apresenta com
28

coloração escura normalmente, preta, marrom ou verde. (ALUCCI et al., 1988).


A Figura 10 apresenta uma fachada com manchamentos.
Figura 10 – Manchamento em fachada.

Fonte: (PETRUCCI, 2002).

Terra (2001) complementa que a presença de umidade aumenta


expressivamente a aderência da poeira atmosférica sobre os paramentos. E
que além da umidade, os fungos necessitam, para o seu desenvolvimento, da
presença de sais minerais, geralmente existentes nos materiais de construção.
A água absorvida e a temperatura ao qual a edificação está submetida
são fatores condicionantes para o aparecimento e extensão do bolor no
revestimento. Nesse sentido, a umidade de condensação, a ventilação
insuficiente e a permeabilidade do revestimento à umidade exterior, constituem
fatores causadores de umidade, favorecendo o acúmulo de bolor nas
superfícies (SEGAT, 2005).

2.4.1.4. Fissuras

De acordo com a ABNT NBR 15575-2 (2013) as fissuras podem ser


classificadas como ativas (variação da abertura em função de movimentações
higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante). E trinca definida
como a expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras com abertura maior
ou igual a 0,6 mm.
29

A ocorrência de fissuras, sem que haja movimentação ou fissuração da


base (estrutura de concreto ou alvenaria), é devido, geralmente, a fatores
relativos à execução do revestimento, solicitações higrotérmicas e retração
hidráulica da argamassa (BAUER, 1997).
Em função da trabalhabilidade necessária, as argamassas normalmente
são preparadas com água em excesso, o que vem acentuar a retração. Na
realidade, num produto preparado com cimento é possível ocorrer três formas
de retração (THOMAZ, 1989):
 retração química, referente à reação química entre o cimento e a água,
que em função das grandes forças interiores de coesão faz a água
combinada quimicamente sofrer uma contração de cerca de 25% de seu
volume original;
 retração de secagem, inerente à quantidade excedente de água
empregada na preparação da argamassa, que permanece livre em seu
interior, gerando forças capilares equivalentes a uma compressão
isotrópica da massa;
 retração por carbonatação, relativa à cal hidratada, adicionada à
argamassa ou liberada a partir das reações de hidratação do cimento,
que reage com o gás carbônico presente no ar, formando o carbonato
de cálcio, gerando a redução de seu volume.
Thomaz (1989) destaca a importância do aparecimento de fissuras nas
construções que acelera o processo de deterioração das mesmas, podendo
reduzir e/ou anular o desempenho da vedação quanto à estanqueidade ou
isolação acústica, durabilidade e até mesmo pondo em risco à segurança dos
usuários.
Fissuras são consideradas as falhas mais frequentes nas construções,
elas podem ter diversas causas e se manifestarem de diversas formas, sejam
elas horizontais, verticais, inclinadas, ou mapeadas (Figura 11).
30

Figura 11 – Tipos de Fissuras mais correntes – horizontal, vertical, inclinadas e


mapeadas.

Fonte: (GASPAR, FLORES-COLEN, BRITO, 2006).

Para Valle (2008), a forma da fissura depende de vários fatores, como por
exemplo, a rigidez relativa das juntas com relação às unidades, a presença de
aberturas de vãos ou outros pontos de fragilidade, aos quais se concentram
tensões, as restrições da parede e a causa da fissura.
a) Fissuras mapeadas
Segundo a ABNT NBR 13749:2013, as fissuras mapeadas podem formar-
se por retração da argamassa, por excesso de finos no traço, quer sejam de
aglomerantes, quer sejam de finos no agregado, ou por excesso de
desempenamento. Em geral, apresentam-se em forma de mapa.
O consumo excessivo de água de amassamento, situação bastante
comum quando a argamassa apresenta um teor de finos elevado, resulta em
revestimento depois de endurecido com maior número de vazios e, em
consequência, mais propenso à ocorrência de fissuras mapeadas em função
da retração da argamassa na secagem (BARROS et al., 1997). Além disso, as
condições climáticas acabam tendo grande influência, tendo em vista que a
aplicação em dias muito quentes ou secos pode provocar uma precoce
desidratação da argamassa, podendo ocasionar as fissuras mapeadas.
Segundo Barros et al. (1997), as fissuras mapeadas por retração
hidráulica muitas vezes não são visíveis, a não ser que sejam molhadas e a
água, penetrando por capilaridade, assinale sua trajetória. A ocorrência de
umedecimentos sucessivos pode resultar em mudanças na tonalidade,
permitindo a visualização das fissuras mesmo com o paramento seco. Tal
fenômeno tem origem na água, com cal livre, que sai das microfissuras,
31

formando carbonato de cálcio quando em contato com o ar, ficando as fissuras


esbranquiçadas ou escurecidas se ocorre deposição de fuligem.
Fissuras mapeadas podem surgir ainda por movimentações
higroscópicas. Quando da deficiente impermeabilização da superfície, os ciclos
de umedecimento e secagem de argamassas de revestimento, associados às
próprias movimentações térmicas do revestimento, provocam inicialmente
microfissuras na argamassa. Estas se acentuam progressivamente com as
infiltrações de água cada vez maiores, gerando consequentemente fissuras. As
fissuras de origem higroscópica são mais acentuadas em regiões onde ocorre
uma maior incidência de água, como em peitoris, saliências e outros detalhes
arquitetônicos em fachadas (THOMAZ, 1989).
b) Fissuras horizontais
As fissuras predominantemente horizontais nas argamassas de
revestimentos são decorrentes da expansão da argamassa de assentamento
por hidratação retardada do óxido de magnésio da cal, ou da expansão da
argamassa de assentamento por ataque de sulfatos (reação cimento-sulfatos),
ou devido à presença de argilominerais expansivos no agregado. Como a
expansão da argamassa de assentamento ocorre predominantemente no
sentido vertical, as fissuras no revestimento resultam horizontais. Podem
inclusive resultar em descolamento do revestimento em placas (CINCOTTO,
1988).
Thomaz (1989) destaca que as fissuras horizontais, causadas pela
hidratação retardada da cal da argamassa de assentamento, ocorrem
preferencialmente nas proximidades do topo da parede, onde são menores os
esforços de compressão do peso próprio.
c) Fissuras verticais
Podem ser devidas à retração higrotérmica do componente, interfaces de
base constituída de materiais diferentes, locais onde deveriam ter sido
previstas juntas de dilatação (ABNT NBR 13749:2013).
As ocorrências de fissuras são consideradas toleráveis caso atendam às
seguintes características, segundo ABNT NBR 15575-2: 2013, para fachadas
ou sistemas de vedação vertical externo (SVVE):
32

 fissuras no corpo das fachadas, descolamentos entre placas de


revestimento e outros seccionamentos do gênero, desde que não sejam
detectáveis a olho nu por um observador posicionado a 1,00 m da
superfície do elemento em análise, num cone visual com ângulo igual ou
inferior a 60°, sob iluminamento natural em dia sem nebulosidade.

2.4.1.5. Descolamento

O descolamento ou perda de aderência pode ser entendido como um


processo em que ocorrem falhas ou ruptura na interface das unidades com a
camada de fixação ou na interface desta com o substrato, devido as tensões
surgidas ultrapassarem a capacidade de aderência das ligações (Figura 12).
Os sintomas podem ser observados, inicialmente, a partir da repercussão de
um som oco em alguns componentes, seguido do descolamento dos mesmos,
podendo ocorrer, eventualmente, o descolamento imediato (SABBATINI e
BARROS, 2001).
Figura 12 – Descolamento Cerâmico.

Fonte: (SANTOS, 2017).

Saraiva (1998) destaca alguns fatores que podem provocar o


descolamento das cerâmicas como o peso próprio, principalmente no caso de
camadas muito espessas; as diferenças nas propriedades mecânicas dos
materiais constituintes das diversas camadas; as movimentações da base; e,
sobretudo, os esforços térmicos cíclicos nas fachadas que ficam grande parte
do tempo expostas ao sol e que são revestidas com cerâmicas escuras, as
quais apresentam grande potencial de absorção de calor se comparadas com
as cerâmicas claras.
33

Os descolamentos podem apresentar extensão variável, sendo que a


perda de aderência pode ocorrer de diversas maneiras: com pulverulência, com
empolamento ou em placas.
a) Descolamento com pulverulência
Caracteriza uma argamassa friável, cujo sinal mais frequente de pulverulência
é a desagregação da argamassa ao ser pressionada manualmente.
Normalmente, segundo Barros et al. (1997), a película de tinta destaca-se
juntamente com a argamassa que se desagrega com facilidade.
Essa pulverulência, segundo a ABNT NBR 13749:2013, pode ser causada por:
 Excesso de finos no agregado;
 Traço pobre em aglomerante;
 Carbonatação insuficiente da cal, em argamassa de cal, dificultada por
clima seco e temperatura elevada ou por ação do vento;
b) Descolamento com empolamento
A superfície do reboco descola do emboço, formando bolhas que aumentam
progressivamente. As causas prováveis compreendem a infiltração de umidade
e a existência de cal parcialmente hidratada na argamassa que, ao se extinguir
depois de aplicada, aumenta de volume e se expande (CINCOTTO, 1988).
c) Descolamento em placas
Bauer (1997) caracteriza o descolamento em placas como uma deficiência de
aderência entre as camadas de argamassa ou destas com a base, destacando
ainda outras possíveis causas: chapisco preparado com areia fina; molhagem
deficiente da base comprometendo a hidratação do cimento; base de aplicação
impregnada de pó e/ou resíduos; acabamento superficial inadequado da
camada intermediária; aplicação de camadas de argamassas com resistências
inadequadas interpostas, devendo a resistência ser reduzida no sentido da
base para o material de acabamento.

As causas destes problemas são (BAUER, 1987):


 Instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um
todo.
34

 Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado, variações


higrotérmicas e de temperatura, características um pouco resilientes dos
rejuntes.
 Ausência de detalhes construtivos (contravergas, juntas de
dessolidarização).
 Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido;
assentamento sobre superfície contaminada.
 Imperícia ou negligência da mão de obra na execução e/ou controle dos
serviços (assentadores, mestres e engenheiros).
As ocorrências de descolamentos são consideradas toleráveis caso
atendam às seguintes características, segundo ABNT NBR 15575-2: 2013,
para fachadas ou sistemas de vedação vertical externo (SVVE):
 descolamentos de revestimentos localizados, detectáveis visualmente
ou por exame de percussão (som cavo), desde que não impliquem
descontinuidades ou risco de projeção de material , não ultrapassando
área individual de 0,10 m2 ou área total correspondente a 5 % do pano
de fachada em análise.

2.4.1.6. Desplacamento

Os desplacamentos de revestimentos das fachadas (Figura 13) podem


ocorrer com o desprendimento da cerâmica por ruptura adesiva nas interfaces
placa cerâmica/argamassa colante, argamassa colante/emboco,
emboço/chapisco e chapisco/substrato ou por ruptura coesiva no interior de
qualquer uma destas camadas (SILVA, 2014).
Figura 13 – Desplacamento cerâmico.

Fonte: (ANTUNES, 2010).


35

As causas das patologias de desplacamento são diversas, abrangendo


projeto, execução, materiais e mão de obra. No entanto, na maioria das vezes,
um problema não é causado por um único fator, mas pela interação de diversos
aspectos atuando simultaneamente. Neste contexto, Fiorito (1994) destaca que
as prováveis causas do desplacamento são a falta de aderência entre as
camadas, a expansão da cerâmica em virtude da umidade, a retração
excessiva da argamassa e, sobretudo, o aparecimento de tensões cíclicas
decorrentes do efeito térmico que pode levar o sistema de revestimento
cerâmico à ruptura por fadiga.

2.4.1.7. Desagregação

Segundo Antunes (2010), “a desagregação consiste na perda de


continuidade da argamassa de emboço”.
Para Terra (2001) essa manifestação é percebida quando ocorre a
desagregação em grãos, devido à elevada pulverulência (Figura 14). Sua
causa pode ser atribuída ao baixo teor de aglomerante, excesso de elementos
finos no agregado, aplicação de cal na argamassa não devidamente hidratada,
camadas de revestimentos muitos espessas, dissolução de sais, além do
carregamento de substâncias presentes no solo, transportadas pela água.

Figura 14 – Desagregação com descolamento do revestimento.

Fonte: (FERREIRA, 2010).


36

2.4.1.8. Falhas nas juntas

A deterioração das juntas de assentamento pode ocorrer entre outras


razões devido a impactos nas regiões de encontro especialmente com as
esquadrias; pela ação das intempéries (insolação, ação da água) (SARAIVA,
1998); fadiga do rejunte por ciclos higrotérmicos; envelhecimento, manifestado
nas resinas de origem orgânica pela alteração da cor; especificação e/ou uso e
aplicação errônea do rejunte que podem implicar em elevada porosidade
superficial e baixa resistência mecânica; infiltração de produtos potencialmente
agressivos e água. Todos estes fatores podem implicar em fissuração e
posterior queda do rejunte da fachada (ANTUNES, 2010), podendo ser
observado na Figura 15.

Figura 15 - Falha de junta.

Fonte: (ANTUNES, 2010).


37

3. MODELOS DESENVOLVIDOS PARA O ESTUDO DA DEGRADAÇÃO EM


FACHADAS

O surgimento de danos nas fachadas, juntamente com a redução do seu


desempenho, tem contribuído para o desenvolvimento de pesquisas em
diversos países (destacando as pesquisas desenvolvidas por Bauer e equipe
do PECC da Universidade de Brasília, além de pesquisadores estrangeiros
como Gaspar, Brito e Sousa, da Universidade Técnica de Lisboa), e
aprimoramento de modelos desenvolvidos para estudo da degradação em
fachdas de edificações, com a finalidade de compreender o processo de
degradação e indicar diretrizes adequadas de manutenção, ou até mesmo, de
execução de novos sistemas.
3.1. Metodologia proposta por Gaspar e Brito (2005)

Gaspar e Brito (2005) apresentaram um estudo referente ao


desenvolvimento de uma metodologia que consiste numa análise probabilística
para a definição da sensibilidade às manifestações patológicas em
revestimentos de argamassas aplicados em fachadas.
Os autores observaram incidência de danos na fachada dos edifícios em
torno de seis diferentes áreas, como é apresentado na Figura 16.

Figura 16. Representação esquemática das fachadas.

Fonte: (GASPAR E BRITO, 2005).


38

Os autores desenvolveram para cada manifestação patológica


identificada em determinada região da fachada, níveis de degradação que
variam entre 0 (sem degradação) e 4 (elevado nível de degradação), como
apresenta a Tabela 4.

Tabela 4. Nível de degradação dos revestimentos de fachada.

Nível 0 – Melhor Degradação não detectada Não requer


condição visualmente intervenção
Nível 1 – Boa condição Manchas na superfície Acesso visual

Nível 2 – Degradação Fissuração (visível somente com Limpeza da


suave binóculo) superfície
Grafite (escovação e
Presença localizada de bolor lavagem)
Possível infiltração de água ou sinal
suave de eflorescência
Baixa umidade e mancha por umidade

Nível 3 – Degradação Fissuração localizada visível a olho nu Reparo e proteção


extensa Cantos ou bordas danificadas
Infiltrações localizadas
Eflorescências
Superfície danificada (cor e textura)
Nível 4 – Pior Fissuração interna Substituição parcial
degradação Deslocamento ou desagregação da ou completa
superfície
Infiltração interna e superfície danificada
Elementos de aço quebrados ou
corroídos
Perda de aderência entre camadas
Destacamento da parede

Fonte: GASPAR E BRITO, 2005.

A fim de se identificar a ocorrência dos danos encontrados nos edifícios


emite-se em valores percentuais o quão corrente é cada tipo de manifestação
patológica verificada, em torno de cada uma das seis áreas pré-definidas,
exemplificada pela Figura 17.
39

Figura 17. Ocorrência das manifestações patológicas.


80%
70%
60% 56.0%
50%
40%
30%
20% 15.2%
10% 6.0% 6.0% 4.5% 7.8%
4.5%
0%

Outras
Diferencial

Umidade

Fissuração por

Deterioração da

Eflorescências
Ataque por sulfato
Fissuração

retração

superfície
Fonte: (GASPAR E BRITO, 2005).

Vale ressaltar, que Gaspar e Brito têm evoluído nas pesquisas nessa
área, com resultados considerados relevantes em termos de estimativa de vida
útil de fachadas de edifício.

3.2. Modelo proposto por Gaspar e Brito (2008) e Gaspar e Brito (2011)

Os avanços das pesquisas realizadas por Gaspar e Brito foram muito


importantes, pois mostrou ser possível estabelecer padrões de degradação
através de uma curva da degradação e ainda alavancou pesquisas com outros
sistemas de revestimentos (cerâmicos e pedra), além de outras abordagens de
análise do processo de degradação em fachadas.
Curvas de degradação
Para representar a perda de capacidade funcional das fachadas Gaspar
(2009), baseado nos estudos de Shohet et al (1999), adotou a representação
gráfica desse fenômeno por intermédio de curvas de degradação (Figura 18).
40

Figura 18. Curvas de degradação.

Fonte: (ADAPTADO DE SHOHET et al., 1999, e GASPAR, 2009).

Essas curvas de degradação podem apresentar diferentes configurações


em função dos mecanismos de degradação e do tempo.
A curva de tendência linear está associada às ações de agentes
atmosféricos permanentes (radiação solar ou ventos). O elemento analisado
apresenta uma perda constante de sua capacidade funcional ao longo do
tempo.
A curva côncava representa o desenvolvimento de fenômenos de
degradação acelerado nas idades iniciais, contudo, com o decorrer do tempo,
essa evolução da degradação se torna menos acelerada. Observa-se este
comportamento em degradações provocadas pela ação de microorganismos
que podem provocar manchas ou, a ocorrência de eflorescências.
A curva convexa está associada a fenômenos físicos e químicos, cuja
ação inicial é geralmente lenta, contudo, com o decorrer do tempo, por
associação e sinergismo entre as anomalias, ocorre um aumento no processo
de degradação. Essa curva apresenta, portanto, a melhor configuração para
representar os fenômenos de degradação.
A curva discreta é atribuída a fenômenos que podem ocorrer em qualquer
período de vida útil de determinado elemento ou material, expressos numa
função descontínua. Esses fenômenos se caracterizam por apresentar forma
espontânea ou aleatória, podendo ocorrer em função do uso, de fissuras
resultantes de recalque estrutura ou acidentes de qualquer natureza que
imponham queda brusca da capacidade funcional do elemento fazendo com
que o mesmo atinja o fim de vida antes do limite de sua vida útil.
A curva em “S” representa fenômenos associados a anomalias que
ocorrem em idades recentes, ou seja, logo após a conclusão de obra. Esses
41

fenômenos estabilizam em determinado período e no decorrer do tempo voltam


a ficar ativos e passam a apresentar uma evolução acelerada em seu
desenvolvimento.
Nível Geral de Degradação (NGD) da fachada
Para estabelecer um modelo de NGD de fachadas rebocadas, Gaspar e
Brito (2008) apresentaram uma versão de seu estudo que consistia em
vistorias em fachadas feitas pelo próprio pesquisador que complementou sua
amostragem com os levantamentos de inspeções realizados por Silvestre
(2005) em fachadas de Portugal.
Dessa maneira, Gaspar e Brito (2008) conseguiram estabelecer um banco
de dados de cem edifícios na região metropolitana de Lisboa-Portugal,
escolhidos aleatoriamente e filtrados, a fim de selecionar os estudos de caso
baseados nos seguintes critérios:
a) edifícios com fachadas rebocadas;
b) não há registros conhecidos de deterioração como resultado de ações
acidentais e,
c) com registros das ações de manutenção efetuadas anteriormente ou a idade
da construção.
A última condição é considerada indispensável para que o padrão de variação
do NGD (Equação 1) em função do tempo possa ser identificado.
∑( )
(Equação 1)

Onde,
NGD – Nível Geral de Degradação, em porcentagem;
An – Área de uma fachada afetada por n defeitos, em metros quadrados;
kn – Nível de n defeito, onde kn fica contido no intervalo {0, 1, 2, 3, 4};
k – Constante, equivalente ao valor do nível da pior condição (k = 4);
ka,n – Importância relativa dos defeitos detectados;
Ar – Superfície da fachada exposta, em metros quadrados.

Sendo os valores de Kn e Ka,n, estabelecidos pela Tabela 5.


42

Tabela 5. Classificação proposta de importância para defeitos em fachadas


rebocadas.
Nível de Caracterização do defeito Mancha Fissura Destacamento
condição
0 (Melhor  Degradação não 0.00 0.00 0.00
condição) detectada visualmente
1 (Boa  Manchas na superfície 0.25 1.00 1.50
condição, área  Fissura Capilar
afetada <5%)
2 (Degradação  Pequena Fissuração 0.67 1.00 1.50
suave, área  Presença localizada de
afetada 5 - fungo
10%)  Possível infiltração de
água ou sinal suave de
eflorescência
 Baixa umidade e mancha
por umidade
3 (Degradação  Fissuração localizada 0.67 1.00 1.50
extensa, área (visível a olho nu)
afetada 11 –  Cantos ou bordas
30%) danificadas
 Infiltrações localizadas
 Eflorescências
 Superfície danificada (cor
e textura)
4 (Pior  Fissuração extensa 0.67 1.00 1.50
degradação,  Deslocamento ou
área afetada > desagregação da
30%) superfície
 Infiltração extensa e
superfície danificada
 Elementos de aço
quebrados ou corroídos
 Perda de aderência entre
camadas
 Destacamento da parede

Fonte: GASPAR E BRITO, 2008.

Gaspar e Brito (2011) apresentam a curva de degradação média da


amostra estudada para os valores determinados do NGD ao longo do tempo
(Figura 19), expresso em porcentagem de incidência. Uma vez que diferentes
níveis de referência mínimos de desempenho são estabelecidos, os diagramas
de dispersão podem fornecer uma metodologia simples para estimar a vida útil
e posteriormente a incorporação dos resultados em metodologias que utilizam
o método fatorial.
43

Figura 19 - Diagrama de dispersão e curva de degradação média de 100 resultados de


campo, expressando o Nível Geral de Degradação (NGD) ao longo do tempo.

Fonte: (GASPAR; BRITO, 2011).

3.3. Modelo proposto por Sousa (2008)

Sousa (2008) apresenta um estudo de degradação em revestimentos


cerâmicos de edifícios de Portugal, uma adaptação dos estudos de Gaspar e
Brito (2005). A metodologia proposta pelo autor consiste em um levantamento
das patologias, a partir de inspeção visual, das patologias que ocorrem em
fachadas com revestimento cerâmico e posterior análise quantitativa e
estimativa da degradação global do revestimento.
Curvas de degradação foram definidas através do estudo de várias
anomalias ao longo do tempo, através da comparação do estado de
conservação em diversos edifícios com diferentes idades.
Sousa (2008) utilizou uma amostra de 117 fachadas com revestimento
cerâmico de edifícios de Portugal. Esta amostra foi obtida de inspeções
realizadas por Silvestre (2005) e pela própria pesquisadora.
A partir dos critérios de gravidade, frequência e importância na evolução
da degradação, Sousa (2008) agrupou as anomalias em: Anomalias estéticas;
Fissuração; Deterioração das juntas; e Descolamento.
A escolha das anomalias de fissuração e descolamento ocorreu em
virtude da frequência com que estas ocorrem. As anomalias estéticas foram
44

agrupadas em: eflorescências, manchas de umidade, alterações do brilho e da


cor. A escolha da deterioração das juntas se deve à sua importância na
evolução da degradação dos revestimentos cerâmicos.
Sousa (2008) adaptou a equação do NGD de Gaspar e Brito e propôs
uma formulação que relaciona a razão entre extensão ponderada do
revestimento e a extensão de degradação máxima possível (Equação 2). Esta
razão permite obter uma variação do valor da severidade da degradação do
revestimento entre 0 e 100%; constituindo assim um indicador facilmente
interpretável.

∑( ) ( ) ( ) ( )
Equação 2

Sendo:
S – Severidade da degradação da fachada normalizada, expressa em
percentagem;
Ae – Área de fachada afetada por anomalias estéticas, em m²;
Af – Área de fachada afetada por anomalias por fissuração, em m²;
Aj – Área de fachada afetada por anomalias por deterioração de juntas, em m²;
Ad – Área de fachada afetada por anomalias por descolamento, em m²;
kn – Fator de ponderação dos níveis de degradação com n Є {1,2,3,4};
ka,n – Fator de ponderação do peso relativo das anomalias detectadas; caso
não exista especificação ka,n=1;
k – Fator de ponderação igual ao nível de condição mais elevada da
degradação da fachada de área A;
A – Área da fachada, em m².
45

4. METODOLOGIA

No intuito de avaliar o comportamento da degradação de fachadas de


edifícios, este trabalho apresenta estudo de caso realizado em diferentes
localidades na cidade de Salvador/BA, no período entre os anos de 2016 e
2017, aplicando modelos que auxiliem no entendimento da relação entre os
tipos de manifestações patológicas e os fatores de danos, assim como a
incidência e região de ocorrências dos danos nas fachadas.
Segundo Yin (2005), o uso do estudo de caso é adequado quando se
pretende investigar o como e o porquê de um conjunto de eventos
contemporâneos. O autor afirna que o estudo de caso é uma investigação
empírica que permite o estudo de um fenômeno contemporâneo dentro de seu
contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidos.
A metodologia adotada foi fundamentada, basicamente, na sequência de
quatro etapas, apresentadas na Figura 20.

Figura 20 - Fluxograma da metodologia de estudo aplicada nesta pesquisa.

Dados de Entrada
Orientação, altura e Propriedades
Definição dos
Elemento construtivo distância ao mar das Higrotérmicas dos
edifícios
edificações materiais

Levantamento de Dados dos Edifícios em Estudo


Coleta de Inspeção e
Mapeamento dos Quantifcação dos
informações classificação dos
danos por fachada danos
preliminares danos

Tratamento dos dados


Confecção de fachadas Cálculo do Fator de Danos
esquemáticas com (FD) e Fator de Danos Simulação Higrotérmica
percentuais de danos Corrigido (FDrc)

Degradação das edificações


Correlação entre os
Anomalias mais comuns nas Regiões e orientações das
mecanismos de degradação
regiões fachadas mais críticas
e o FD e FDrc
46

Todas as etapas necessárias para a realização deste estudo, tais como: a


inspeção dos edifícios e tratamento e análise dos dados, foram realizadas pela
a autora.
 Dados de entrada
Foram selecionados seis edifícios, sendo três com acabamento cerâmico,
e três com acabamento em pintura. A faixa de idade dos edifícios é de até 40
anos, com alturas distintas (superior à 20m), já que os edifícios existentes na
cidade, em concreto armado, não possuem padronização em relação à altura,
e com diferentes distâncias em relação à orla marítima, considerando todas as
orientações cardeais das fachadas de cada edificação.
Como elementos construtivos foram definidos: o sistema de revestimento
cerâmico, constituído de argamassa de revestimento interno, bloco cerâmico,
argamassa de regularização externa, argamassa colante e placa cerâmica; e o
sistema de revestimento argamassado com acabamento em pintura,
constitúido de argamassa de revestimento interno, bloco cerâmico, argamassa
de revestimento externo.
O WUFI® (Wärme Und Feuchte Instationär) traduzido para o português como
transporte transiente de calor e umidade é um conjunto de softwares de simulação
higrotérmica desenvolvidos pelo Instituto de Física das Construções de Fraunhofer
na Alemanha (Fraunhofer Institute for Building Physics- IBP). Para a realização da
simulação higrotérmica, nesta dissertação, foi utilizado, como ferramenta, o
software de simulação higrotérmica WUFI® Pro 5.3, que utiliza um modelo
unidirecional para os cálculos do transporte de umidade e calor.
A Figura 21 apresenta o corte esquemático dos sistemas analisados no
presente estudo, sendo a parte destacada, que contém o posicionamento das
câmeras 1, referentes à superfície externa, objeto de estudo do presente
trabalho.
47

Figura 21 - Corte esquemático do sistema em (a) acabamento cerâmico e (b)


acabamento em pintura, com o posicionamento das câmeras nas camadas.

(a) (b)

Fonte: (ADAPTADO DE WUFI, 2013).

As simulações foram realizadas para todas as orientações das


edificações.
Foram realizadas as simulações no software WUFI Pro 5.3, utilizando
dados climáticos do arquivo Typical Meteorological Year (TMY), elaborado por
Roriz (2012), com base nos arquivos .epw da medição da estação
meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O ano climático é composto por dados reais de um ano típico baseado
em 13 anos de dados coletados, os arquivos TMY são obtidos através da
variável temperatura onde se eliminam sucessivamente os dados climáticos
dos dias mais frios e mais quentes, com o intuito de que no final seja obtido o
mês típico ideal de cada mês do ano, ou seja, doze meses, gerando assim um
ano típico ideal válido (ZANONI, 2015).
Os dados climáticos utilizados são da cidade de Salvador/BA,
classificada como zona bioclimática 8, conforme a ABNT NBR 15220-3 (2005).
Quanto às propriedades básicas higrotérmicas dos materiais, tais como:
Massa específica aparente, porosidade, permeabilidade ao vapor de água,
48

coeficiente de absorção de água ou coeficiente de capilaridade, foram


utilizados os valores obtidos no estudo de Nascimento (2016), como
apresentado na Figura 22, assim como, as curvas higroscópicas também foram
utilizadas do mesmo autor.

Figura 22- Propriedades higrotérmicas dos materiais.

* Valor resultante do ensaio de permeabilidade para o sistema composto de placa cerâmica e rejunte,
conforme Apêndice A.
Fonte: (NASCIMENTO, 2016).

Foram utilizados também os valores de propriedades térmicas,


refletividade do solo, resistência superficial externa e interna, além do teor de
umidade de saturação livre de materiais semelhantes do banco de dados do
software para compor o sistema utilizado.
Outro dado de entrada para a simulação é o parâmetro α, definido pelo
software como absorção (radiação de onda curta), também chamado de
absortância e representa a taxa de radiação absorvida pela superfície. Este
valor tem como uma das dependentes a cor, e os valores utilizados neste
trabalho foram obtidos no trabalho de Dornelles e Roriz (2007).
 Levantamento de dados

A etapa da avaliação foi iniciada por meio de uma vistoria prévia de


edificações, iniciada no ano de 2016, a fim de coletar informações necessárias
para auxiliar no entendimento inicial do processo de degradação.
49

Antunes (2010) propõe a coleta de documentações técnicas, caso


existam, como projetos e histórico de construção. Além disso, a idade da
edificação, número de pavimentos, tipo de uso, orientação cardeal das
fachadas, tipo de acabamento de fachada; a existência de projeto de
revestimento, intervenções já realizadas, frequência de manutenções,
condições climáticas, incidência de ventos, índice pluviométrico, umidade
relativa do ar, variações térmicas e presença de agente agressivo no ambiente.
Durante a etapa de levantamento de dados, foram realizadas inspeções
da edificação, sendo necessárias ferramentas para auxiliar na identificação,
mapeamento e classificação das manifestações patológicas. Dentre as
ferramentas utilizadas, estão os binóculos, martelo de borracha, Veículo aéreo
não tripulado (VANT) – DJI MAVIC PRO – (Figura 23), trena e câmera
fotográfica.

Figura 23 - Veículo aéreo não tripulado (VANT) - DJI MAVIC PRO, utilizado pela
autora.

Fonte: (AUTORA).

A inspeção deve ser capaz de identificar falhas e danos visíveis


existentes no sistema de revestimento de fachada, como regiões de
descolamentos, fissuras, eflorescências, falhas construtivas, infiltrações; de
determinar se os fenômenos estão estabilizados ou não; permitir decidir se há
riscos imediatos e medidas urgentes a serem tomadas; identificar se o meio
ambiente é danoso ao edifício e, ainda prever os locais onde há necessidade
de se examinar com maior rigor (Antunes, 2010).
50

Em busca de maiores subsídios, foi necessário fazer uma anamnese da


situação, que se trata da investigação com os usuários da estrutura ou
qualquer pessoa envolvida com a sua história, em busca de informações
relacionadas à trajetória do problema, no que se diz respeito ao tempo do seu
surgimento, se já houve manutenções, se houve modificações no projeto, se
ocorre alteração nos sintomas das patologias decorrente de mudanças
climáticas, dentre outras informações que auxiliam o entendimento e análise da
anomalia.
Nesta etapa, os danos foram registrados, quantificados e classificados no
intuito de obter um mapeamento completo da área da amostra estudada.

 Aplicação de modelos de mensuração de degradação

O presente trabalho foi baseado principalmente em dois estudos, Silva


(2014) e Gaspar e Brito (2005). O estudo de Gaspar e Brito (2005), retrata a
avaliação da incidência de anomalias nas diferentes regiões da fachada. E a
pesquisa realizada por Silva (2014) foi originada a partir da adaptação de uma
ferramenta, que vem sendo aperfeiçoada por Gaspar e Brito (2008), Sousa
(2008) e Gaspar (2009) associada à metodologia de avaliação e diagnóstico da
degradação em fachadas, utilizada pelo Laboratório de Ensaio de Materiais
(LEM – UnB). Além destes pesquisadores, Antunes (2010) e Souza (2016) têm
colaborado com os estudos nesta linha, sendo também utilizados como base
para esse estudo.

a) Divisão das regiões tipo das fachadas

Para a avaliação da degradação das fachadas, o presente trabalho partiu


do mapeamento dos dados de manifestações patológicas recolhidas em
campo, adaptando-se a proposta de Gaspar e Brito (2005), sendo que,
diferentemente do sugerido pelos autores, que definiram apenas seis áreas de
fachada, este trabalho atual adotará sete diferentes regiões de análise tipo nas
fachadas, conforme mostra a Figura 24: (1) próximo ao nível do solo (caso haja
contato com o mesmo), (2) sobre paredes contínuas, (3) em torno das
aberturas (janelas, portas, elementos vazados, etc.), (4) no topo (platibanda,
51

abaixo de cornijas, rufos e beirais), (5) em sacadas ou varandas, (6) nos cantos
e extremidades, (7) na transição entre pavimentos.

Figura 24. Divisão das Regiões tipo de uma fachada.

Fonte: (ADAPTADO DE GASPAR E BRITO, 2005, ANTUNES, 2010 E SOUZA, 2016).

b) Quantificação dos danos da amostra

A quantificação dos danos (número de danos) por pavimento e região foi


obtida por contagem simples na medida em que são detectados em uma malha
sobreposta sobre a amostra (Figura 25). A amostra para este trabalho é
representada por fachada, devido à análise contemplar as diferentes
orientações cardeais.

A malha a ser utilizada foi concebida com abertura nas dimensões de


0,50m x 0,50m, equivalente a uma área de 0,25 m². A quantificação e área de
0,25 m² adotada para este estudo foi concebida a partir dos estudos realizados
por Silva (2014).
52

Figura 25. Sobreposição da malha na fachada para quantificação dos danos.

Fonte: (AUTORA).

Segundo o estudo realizado por Silva (2014), cada unidade da malha


equivale a um dano, ou seja, se for observado duas unidades de malha em que
aparece uma fissura, por exemplo, isso equivale a duas unidades do respectivo
dano. Para converter essas duas unidades de dano, em metro quadrado, basta
multiplicar pela área da unidade de malha, ou seja, multiplica-se por 0,25m².
Essa contagem das anomalias por metro quadrado é posteriormente utilizada
nos cálculo dos fatores de danos das fachadas.
A quantificação dos danos levantados de cada fachada dos edifícios foi
registrada em um modelo de ficha, adaptada de Antunes (2010) (Tabela 6),
realizada em todos os pavimentos.
53

Tabela 6. Ficha modelo de quantificação de manifestações patológicas por


andar de um edifício.
Destacamento do
Andar Região Fissuração Manchamento Desagregação
Revestimento
Nível do solo
Paredes
contínuas
Aberturas
(janelas, portas,
etc.)
Térreo
Cantos e
extremidades
Transição entre
pavimentos
Sacadas ou
Varandas
Paredes
contínuas
Aberturas
(janelas, portas,
etc.)
1º Cantos e
extremidades
Transição entre
pavimentos
Sacadas ou
Varandas
Paredes
contínuas
Aberturas
(janelas, portas,
. etc.)
. Cantos e
. extremidades
.
Transição entre
pavimentos
Sacadas ou
Varandas
Paredes
contínuas
Aberturas
(janelas, portas,
etc.)
12º Cantos e
extremidades
Transição entre
pavimentos
Sacadas ou
Varandas
Topo

Fonte: (ADAPTADA DE ANTUNES, 2010).

c) Tratamento dos Dados


Com os dados obtidos durante as etapas iniciais desta pesquisa, foram
calculadas as ocorrências dos tipos de manifestações patológicas detectadas
em cada orientação cardeal e por pavimento, sendo apresentados, em termos
54

percentuais, por meio de gráficos e fachadas esquemáticas das regiões tipo de


análise, para melhor compreensão e análise dos resultados.
 Cálculo do Fator de Danos (FD)
Segundo Silva (2014), o Fator de Dano de área de fachada permite
mensurar o primeiro estágio do estado de degradação das fachadas, uma vez
que este fator relaciona a área de manifestações patológicas em função da
área total de fachada (Equação 3), sendo as fachadas com maiores valores do
Fator de Danos, aquelas em que se constata maior processo de degradação.
Equação 3

Sendo,
FD – Fator de Dano da fachada (%);
Ad – Área de manifestação patológica observada na amostra de fachada (m²);
A – Área total da amostra de fachada (m²).

Os resultados dos fatores de danos são apresentados por fachada de


acordo com cada tipo de manifestação patológica, e por fim, um fator de Danos
total de todas as fachadas. O Fator de Dano Total (FDTotal) trata-se do
somatório de FD de cada anomalia.

 Cálculo do Fator de Danos de Regiões corrigido (FDrc).

As áreas que compõem cada região representam uma subdivisão da área


total da fachada. Cada região, pela sua localização, apresenta uma área
diferente, maior ou menor, dependendo do tipo de região. Sendo assim, com o
objetivo de quantificar as áreas de dano em regiões com áreas diferentes se
faz necessário estabelecer um fator de ponderação (fator de correção-FC),
proposto por Silva (2014), que contemple essas associações das áreas
diferenciadas de cada região, ou seja, se faz necessário ponderar a área das
regiões danificadas em função das diferentes áreas das regiões. Para tanto,
divide-se cada área representativa das regiões pela área da região que
apresenta a menor área, ou seja, atribuem-se proporcionalmente pesos
maiores para regiões com menores áreas. Para o presente trabalho, esse
cálculo é efetuado para todas as fachadas.
55

O FDrc trata-se de uma derivação do FD, porém com o enfoque nas


regiões, onde é inserido o fator de correção (FC), com a finalidade de obter
uma proporcionalidade do FD, considerando as diferentes áreas existentes na
amostra. A análise da degradação para as diferentes regiões que compõem as
fachadas, utilizando os fatores de correção (FC), propostos por Silva (2014), foi
possível com a utilização da Equação 4.

( ) Equação 4

Diante do exposto neste capítulo, o presente trabalho busca avaliar a


degradação das fachadas das edificações, utilizando e aprimorando
metodologias de quantificação de danos detectados em fachadas.

d) Simulação Higrotérmica

A simulação higrotérmica foi utilizada, no presente estudo, como


ferramenta para quantificar os agentes climáticos de temperatura, umidade,
radiação solar e chuva dirigida, e avaliar suas influências na degradação das
fachadas das seis edificações estudadas em Salvador/BA.
Para este estudo, as análises dos resultados da simulação tiveram como
foco as condições ambientais da envoltória do edifício, em seguida, sendo
analisados os comportamentos das superfícies externas das fachadas frente às
condições ambientais.
56

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os estudos foram realizados com visitas em seis edificações, sendo três


delas com acabamento em pintura (Edifício A, B e C), e três com acabamento
cerâmico (Edifício D, E e F).
5.1. Coleta de dados

Foram coletados dados dos seis Edifícios. Dados estes, de identificação e


caracterização, considerados indispensáveis para contribuir com a análise dos
resultados obtidos. A Tabela 7 apresenta os dados referentes ao Edifício A.
Tabela 7. Identificação do Edifício A.

Edifício A
Tipo de uso Residencial
Idade 40 anos
Número de Pavimentos Térreo + 12 pavimentos tipos
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Revestimento argamassado com
Acabamento da fachada Pintura
Projeto de
Revestimento Inexistente
Intervenções anteriores Pequenos reparos
Área total da fachada 3951,6 m²
Fissuras, Desplacamento de
Principais Falhas
revestimento, Manchamento e
observadas
Desagregação.
Distancia ao mar 468 m

As orientações das fachadas do Edifício A foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 26(a) mostra a localização e a
Figura 26(b) apresenta o detalhe da distância entre o Edifício A e o mar.
Figura 26. Localização do Edifício A.

(a) (b)
57

Da Figura 27 à Figura 29 são apresentadas as fachadas do Edifício A. E a


Figura 30 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do
mesmo.

Figura 27. Fachada Figura 28. Fachada Figura 29 – Fachada


Sudeste. Noroeste. Nordeste/Sudoeste.

Figura 30. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício A.


58

A Tabela 8 apresenta as informações necessárias para a identificação


do edifício B.

Tabela 8. Identificação do Edifício B.

Edifício B
Tipo de uso Residencial
Idade 24 anos
Número de Pavimentos Térreo + 10 pavimentos tipos / 2 torres
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Revestimento argamassado com
Acabamento da fachada Pintura e cerâmica
Projeto de
Revestimento Inexistente
Intervenções anteriores Pequenos reparos
Área total da fachada 5315,2 m²
Fissuras, Manchamentos, Pintura –
Principais Falhas
Descolamento e Desplacamento
observadas
cerâmico.
Distancia ao mar 2,74Km

As orientações das fachadas do Edifício B foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 31(a) mostra a localização e a
Figura 31(b) apresenta o detalhe da distância entre o Edifício B e o mar.

Figura 31. Localização do Edifício B.

(a) (b)
A Figura 32 e Figura 33 apresentam as fachadas do Edifício B. E a Figura
34 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do mesmo.
59

Figura 32. Fachada Sudeste e Noroeste / Figura 33. Fachada Nordeste e


Torres Direita e Esquerda. Sudoeste / Torres Direita e Esquerda.

Figura 34. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício B.


60

A Tabela 9 apresenta as informações necessárias para a identificação do


edifício C.

Tabela 9 - Identificação do Edifício C.

Edifício C
Tipo de uso Residencial
Idade 6 anos
Número de Pavimentos Térreo + 25 pavimentos tipos / 2 Torres
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Acabamento da fachada Revestimento argamassado
Projeto de Revestimento Não
Intervenções anteriores Não
Área total da fachada 12734,5m²
Principais Falhas Fissuras, Manchamento e Pintura –
observadas Descolamento.
Distancia ao mar 2,85 Km

As orientações das fachadas do Edifício C foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 35 (a) mostra a localização e a
Figura 35 (b) apresenta o detalhe da distância entre o Edifício C e o mar.

Figura 35. Localização do Edifício C.

A Figura 36 e a Figura 37 apresentam as fachadas do Edifício C. E a


Figura 38 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do
mesmo.
61

Figura 36 – Fachada Sul e Figura 37 – Fachada Leste e


Norte / Torres Direita e Oeste / Torres Direita e
Esquerda. Esquerda.

Figura 38. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício C.


62

A Tabela 10 apresenta as informações necessárias para a identificação


do edifício D.

Tabela 10 - Identificação do Edifício D.

Edifício D
Tipo de uso Residencial
Idade 5 anos
Número de Pavimentos Térreo + 29 pavimento Tipos / 3 Torres
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Acabamento da fachada Revestimento cerâmico
Projeto de Revestimento Sim
Intervenções anteriores Não
Área total da fachada 31482 m²
Principais Falhas Eflorescência e Desplacamento
observadas cerâmico.
Distancia ao mar 2,6 Km

As orientações das fachadas do Edifício D foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 39 (a) mostra a localização e a
Figura 39 (b) apresenta o detalhe da distância entre o Edifício D e o mar.

Figura 39 - Localização do Edifício D.

(a) (b)

Da Figura 40 à Figura 42 são apresentadas as fachadas do Edifício D. E a


Figura 43 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do
mesmo.
63

Figura 40 - Fachada Frente / Figura 41 - Fachada Figura 42 - Fachada Fundo /


Torres A, B e C. Lateral / Torres A, B e C. Torres A, B e C.

Figura 43. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício D.


64

A Tabela 11 apresenta as informações necessárias para a identificação


do edifício E.
Tabela 11 - Identificação do Edifício E.

Edifício E
Tipo de uso Residencial
Idade 6 anos
Número de Pavimentos Térreo + 14 pavimentos tipos
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Acabamento da fachada Revestimento cerâmico
Projeto de Revestimento Sim
Intervenções anteriores Não
Área total da fachada 11404 m²
Fissuras, Eflorescência,
Principais Falhas
Desplacamento cerâmico e
observadas
Manchamento.
Distancia ao mar 2,4 Km

As orientações das fachadas do Edifício E foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 44 mostra a localização e o
detalhe da distância entre o Edifício E e o mar.

Figura 44. Localização do Edifício E.

Na Figura 45 e Figura 46 estão apresentadas as fachadas do Edifício E. E


a Figura 47 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do
mesmo.
65

Figura 45 - Fachada Figura 46 - Fachada Sudeste e


Sudoeste e Nordeste / Torres Noroeste / Torres Direita e Esquerda.
Direita e Esquerda.

Figura 47. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício E.


66

A Tabela 12 apresenta as informações necessárias para a identificação do


edifício F.
Tabela 12 - Identificação do Edifício F.

Edifício F
Tipo de uso Residencial
Idade 7 anos
Número de Pavimentos Térreo +19 pavimentos tipos / 3Torres
Sistema construtivo: Estrutura de concreto armado
Acabamento da fachada Revestimento cerâmico
Projeto de Revestimento Sim
Intervenções anteriores Não
Área total da fachada 11382 m²
Principais Falhas
Fissuras e Desplacamento cerâmico.
observadas
Distancia ao mar 208 m

As orientações das fachadas do Edifício F foram classificadas a partir da


localização obtida pelo Google Maps. A Figura 48 (a) mostra a localização e a
Figura 48 (b) apresenta o detalhe da distância entre o Edifício F e o mar.

Figura 48 - Localização do Edifício F.

(a) (b)
Da Figura 49 à Figura 51 são apresentadas as fachadas do Edifício F. E a
Figura 52 apresenta a ilustração esquemática das orientações cardeais do
mesmo.
67

Figura 49 – Fachada Figura 50 – Fachada Fundo / Figura 51 – Fachada


Frente / Torres A, B e C. Torres A, B e C. Lateral / Torres A, B e C.

Figura 52. Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício F.


68

5.2. Tratamento dos Dados

5.2.1. Incidência dos danos


O percentual de manifestações patológicas detectadas em cada
orientação das fachadas do edifício é exibido individualmente, sobre um padrão
de fachada esquemática, de acordo com as regiões de análise tipo.
Esse percentual é obtido por meio da sobreposição da malha e
quantificação dos danos, e em seguida, por meio da relação entre a quantidade
total de danos identificados em cada região e o total de danos total de toda a
fachada.
A quantificação dos danos identificados em relação à sua classificação é
representada através de gráficos de setores, para cada orientação das
fachadas. Sendo apresentada também, a relação entre o número de danos e o
nível do pavimento da edificação, no intuito de avaliar possíveis influências
entre a altura da fachada e os fatores críticos de danos.
 EDIFÍCIO A
A fachada de orientação Sudeste representa a frente da edificação.
Observa-se, por meio dos dados exibidos na fachada esquemática (Figura 53),
que todas as regiões apresentam danos, sendo a região das sacadas a que
obteve maior incidência (34%), seguida da região de aberturas (24,6%).
69

Figura 53. Fachada Esquemática (SUDESTE) com percentuais dos danos.

A fachada Sudeste apresentou as seguintes manifestações patológicas:


fissuras verticais e horizontais, manchamentos de bolor, desplacamento do
revestimento e desagregação. A Figura 54 apresenta seu percentual de
incidência.

Figura 54. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudeste do


edifício A.
1% 1%
Fissuração
15%
Manchamento

83% Desagregação

Desplacamento do
Revestimento

Por meio da Figura 54 verifica-se que 83% dos danos detectados,


referem-se ao manchamento; 15% representado pela fissuração; e a
desagregação e desplacamento do revestimento, representam 1% de
ocorrência cada, em relação ao total.
A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 12 pavimentos, sendo
que, em todos eles foram detectados danos, como apresenta a Figura 55.
70

Figura 55. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício A.

200
180
Número de Danos
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Térreo

10° Pav
11° Pav
12° Pav
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

Topo
Pavimento

Diante da Figura 55 verifica-se que a região do térreo apresenta uma


menor quantidade de danos. O valor representado pelo número de danos é o
valor unitário de dano, coletado diretamente da quantificação pelo método das
malhas.
Uma característica específica desta edificação é a existência de uma
menor área de fachada no pavimento térreo em relação aos demais
pavimentos.
A soma da quantidade de danos do pavimento 12 com o topo da
edificação apresenta o valor de 192, sendo, portanto, o local de maior
ocorrência de patologias, em relação aos demais pavimentos.
A fachada Nordeste (Figura 56) não apresenta a região tipo de sacada e,
além disso, possui poucas aberturas.
71

Figura 56. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi a de paredes


contínuas (47,2%), seguida da região de cantos e extremidades (31,7%).
A fachada Nordeste apresenta os mesmos tipos de manifestações
patológicas da fachada Sudeste. Sua incidência de danos é apresentada na
Figura 57, tendo maior ocorrência de manchamento (37%), seguida de
desagregação (35%), fissuração (23%) e desplacamento do revestimento (5%).

Figura 57. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Nordeste


do edifício A.
5% Fissuração
23% Manchamento
35%
Desagregação
37%
Desplacamento
do Revestimento

Todos os pavimentos da fachada Nordeste apresentaram danos,


destacando-se, novamente, os pavimentos extremos. Por meio da Figura 58 é
possível verificar que os mesmos apresentam uma maior quantidade de danos
que os localizados próximos à altura média do edifício. Colaborando com o
entendimento que os andares extremos, em geral, estão sujeitos aos maiores
esforços mecânicos e térmicos.
72

Figura 58. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício A.

200
180
160
Número de Danos

140
120
100
80
60
40
20
0

10° Pav
11° Pav
12° Pav
Térreo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

Topo
Pavimento

A fachada Sudoeste (Figura 59) não apresenta danos nas regiões das
sacadas, pois a mesma não apresenta sacadas, e apesar do alto número de
aberturas, nenhum dano foi identificado nessa região.

Figura 59. Fachada Esquemática (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi cantos e


extremidades (56,2%), seguida da região topo (24,1%). A região de paredes
contínuas apresentou 16,8%, o nível do solo apresentou 2,2%, e transição
entre pavimentos 0,7%.
A fachada Sudoeste não apresentou desplacamento do revestimento. Sua
incidência de danos é apresentada na Figura 60, tendo maior ocorrência de
73

fissuração (72%) – maior valor entre todas as fachadas -, além de


manchamento (24%) e desagregação (4%).

Figura 60. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudoeste


do edifício A.
4%

24% Fissuração

72% Machamento
Desagregação

Todos os pavimentos da fachada Sudoeste apresentaram danos,


destacando-se o pavimento térreo e topo. Por meio da Figura 61 é possível
verificar que a fachada sudoeste apresentou baixo número de danos por
pavimento, em comparação com as demais fachadas.

Figura 61. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício A.

200
180
Número de Danos

160
140
120
100
80
60
40
20
0
10° Pav
11° Pav
12° Pav
Térreo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

Topo

Pavimento

A fachada Noroeste (Figura 62) não apresenta danos nas regiões das
sacadas, pois a mesma não apresenta sacadas, além de não apresentar danos
nas paredes contínuas e transição entre pavimentos.
74

Figura 62. Fachada Esquemática (NOROESTE) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi cantos e


extremidades (51%), seguida da região de topo (43%). Nível do solo e
aberturas apresentaram 3% dos danos, cada.
A fachada Noroeste não apresentou desagregação do revestimento. Sua
incidência de danos é apresentada na Figura 63, tendo maior ocorrência de
fissuração (58%), além de manchamento (40%) e desplacamento do
revestimento (2%).

Figura 63. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Noroeste


do edifício A.
2%
Fissuração
40%
58% Manchamento

Desplacamento do
Revestimento

Todos os pavimentos da fachada Noroeste apresentaram danos,


destacando-se os pavimentos extremos. Por meio da Figura 64 é possível
verificar que a fachada sudoeste apresentou uma ocorrência de danos
semelhante entre o primeiro e décimo segundo pavimentos.
75

Figura 64. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício A.


200
180
160
Número de Danos

140
120
100
80
60
40
20
0

10° Pav
11° Pav
12° Pav
Térreo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

Topo
Pavimento

A Figura 65 apresenta a fachada esquemática geral da edificação,


considerando todas as fachadas.

Figura 65. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi cantos e


extremidades (25,8%), seguida da região de sacadas (21,9%). A região de
paredes contínuas apresentou 18,2%, aberturas 16,1%, topo 10,7%, transição
entre pavimentos 6,2% e nível do solo 1,1%.
As fachadas do Edifício A apresentaram 66% de incidência de
manchamento, 24% de fissuração, 8% de desagregação e 2% de
desplacamento do revestimento (Figura 66).
76

Figura 66. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício A.
8% 2%
Fissura
24%
Manchamento

66% Desagregação

Desplacamento do
Revestimento

A fachada Sudeste apresentou 65% do total da incidência de


manifestações patológicas detectadas nas fachadas (Figura 67). É importante
destacar, como características, sua maior área de fachada em relação às
fachadas nordeste e sudeste, além da presença de sacadas – que apresentou
considerável incidência de danos -, inexistente nas demais fachadas.

Figura 67. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício A.

100

80
Danos (%)

60

40

20

0
Sudeste Nordeste Sudoeste Noroeste
Orientação cardeal

Todas as regiões tipo adotadas para o edifício A apresentaram danos. A


Figura 68 apresenta a incidência das manifestações patológicas por região do
edifício, tendo a região de cantos e extremidades exibido a maior incidência
(26%), em relação às demais. A região do nível do solo exibiu a menor
incidência (1%).
77

Figura 68. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região do edifício A.


100
80
Danos (%)

60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos
Regiões

A Figura 69 apresenta o número de danos e os tipos de danos por região,


tendo o dano de manchamento se destacado em todas as regiões.

Figura 69. Número de Danos por região das fachadas.

450
400
Número de Danos

350
300
250
200
150
100
50
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos
Regiões

Fissura Manchamento Pintura - Descolamento Desplacamento do Revestimento

Os cantos e extremidades surgem como regiões críticas devido ao


confinamento (cantos de fachadas) e descontinuidade do sistema
(extremidades de fachadas). Os danos nessas regiões resultam dos
movimentos de dilatação ou retração, decorrente das variações térmicas ou
condições de umidade (SILVA, 2014). Ressalta-se a grande incidência de
fissuras verticais localizadas nessa região, presentes em todas as fachadas,
onde o revestimento era facilmente desfeito, sendo verificada a alta utilização
de argilomineral no mesmo (prática ainda existente nas construções em
Salvador/BA), ocasionando baixa resistência do revestimento e elevada
porosidade que provocou o processo de corrosão das armaduras.
78

A ocorrência de patologias em paredes contínuas detectadas neste


edifício (18%) foi referente, em sua maioria, ao manchamento de bolor em
todas as fachadas. Sendo ocasionada não somente pelas condições de
exposição, mas principalmente pela falta de manutenção no revestimento, além
de erros de projeto ou ocorrência de erros nos detalhes construtivos das
fachadas.
A região das aberturas (16%) é bastante propícia ao surgimento de
fissuras, seja devido à suscetibilidade às tensões em seu contorno, ou pela
ausência ou ineficiência de vergas e/ou contravergas. Porém, poucas fissuras
foram detectadas nesta região, sendo o manchamento o maior dano detectado,
tendo como possíveis causas, os erros na execução dos peitoris das janelas,
juntamente com a falta de manutenção nas fachadas.
O percentual de danos observados na região das sacadas (22%)
corrobora com o entendimento da necessidade de maior atenção quanto à sua
configuração, estando, geralmente, suscetíveis às elevadas tensões,
deformações e movimentação diferencial, podendo originar diversas
manifestações patológicas. Os danos observados nas sacadas foram fissuras
horizontais, com indícios de futuros desplacamentos do revestimento, e
manchamento de bolor, com grande influência do detalhe construtivo.
A transição entre pavimentos (6%) também é uma região bastante crítica
em diversas edificações. No presente estudo, foram verificadas fissuras
horizontais em alguns pavimentos, além de manchamentos. As fissuras podem
ser atribuídas à ausência de juntas de dilação horizontal que permitam a
dissipação das deformações provocadas pela movimentação diferenciada entre
as vigas e a alvenaria.
A região do topo (11%), devido à sua grande exposição às variações
térmicas, e a alta presença de argilomineral no revestimento do detalhe
construtivo, colaboraram com o surgimento de fissuras e, em alguns casos,
desplacamento do revestimento, ocasionando grande risco quanto à segurança
aos transeuntes. Além disso, em toda a sua extensão foi detectado
manchamento de bolor, ocasionado pela falta de manutenção.
79

O nível do solo apresentou baixa incidência (1%) devido à grande


presença de aberturas no térreo. Porém, foram detectadas fissuras em alguns
pontos, além de desagregação do revestimento, com elevada pulverulência e
manchamento devido à umidade ascensional.
Na Figura 70 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação A.
Figura 70 - Patologias detectadas no Edifício A. (a) Manchamento, (b) Fissuras, (c)
Desagregação, (d) Desplacamento do Revestimento.

(a) (b)

(d)
(c)

5.2.1.1. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 71 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada. Verifica-se, portanto, que o
FD – Total apresenta valores consideravelmente maiores que o FDrc – Total.
80

Figura 71. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

0.30
Fator de Dano
0.25
0.20
0.15
0.10 FD - Total
0.05 FD rc - Total
0.00
Sudeste Nordeste Sudoeste Noroeste

Orientação Cardeal das Fachadas

Observa-se que a fachada Sudeste do Edifício A apresenta maior Fator


de Dano Total e Fator de Dano das regiões corrigidas Total, sendo esta, a
fachada frontal, ao qual apresentou patologias em todas as regiões tipo.
Diante dos valores obtidos distintos de FD e FDrc, para o mesmo edifício,
entende-se que esta variação pode ser explicada, já que, numa mesma
construção, existe uma mão-de-obra diferenciada, diferentes orientações
cardeais, diferentes elementos construtivos, manutenções localizadas e
exposições diferenciadas aos agentes de degradação – com interferência da
vizinhança -.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação A, constam
no Apêndice A.
81

 EDIFÍCIO B
O edifício B apresenta duas torres, denominadas neste trabalho como
Torre esquerda e Torre direita. A fachada frontal da edificação possui
orientação Sudeste.
Observa-se, por meio dos dados exibidos nas fachadas esquemáticas
(Figura 72), que todas as regiões da fachada apresentam danos, exceto as
sacadas, já que o edifício não as contém.

Figura 72. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A fachada sudeste da Torre esquerda apresenta a região de paredes


contínuas com a maior incidência de danos, (45,2%), seguida da região de
aberturas (36,3%). Ocorrendo, de forma semelhante, com a fachada sudeste
da Torre direita, que apresenta a região de paredes contínuas com a maior
incidência de danos, (45,9%), seguida da região de aberturas (39,5%).
Destacando a inexistência de sacadas neste edifício, como motivo da
inexistência de danos nessa região.
A fachada Sudeste apresentou as seguintes manifestações patológicas:
fissuras, manchamentos de bolor e pintura-descolamento, podendo ser
observada sua distribuição percentual por meio da Figura 73.
82

Figura 73. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas Sudeste


do edifício B.

5% 8%
14%
48%
44%
81%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

Por meio da Figura 73 (a) verifica-se que 81% dos danos detectados,
referem-se às fissuras; 14% representado pelo manchamento; e 5% ao dano
de Pintura-descolamento.
A Figura 73 (b) apresenta que 48% dos danos detectados, referem-se às
fissuras; 44% representado pelo manchamento; e 8% ao dano de Pintura-
descolamento.
A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 10 pavimentos, sendo
detectados danos em todos eles, como apresenta a Figura 74.

Figura 74. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício B.

120 120
Número de Danos

Número de Danos

100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
Térreo

Topo
Playground

9° Pav
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav

10° Pav
Térreo

Topo
Playground
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
10° Pav

Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

Com a Figura 74 verifica-se que existe uma variação entre o número de


danos em cada pavimento, os pavimentos extremos apresentaram uma menor
83

incidência, além disso, não houve semelhança na configuração de distribuição


de danos entre as torres esquerda e direita.
A fachada posterior da edificação possui orientação Noroeste (Figura 75).

Figura 75. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A fachada Noroeste, em ambas as torres, apresenta a região de paredes


contínuas com o maior índice de danos, tendo a Torre Esquerda 39% dos
danos e a Torre Direita 58,3%.
As patologias detectadas foram fissuras, manchamento, pintura-
descolamento e desplacamento cerâmico, com distribuição percentual
conforme Figura 76.

Figura 76. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Noroeste


do edifício B.
6%
19%
24%
14%
70% 67%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita


84

Por meio da Figura 76 verifica-se que as duas torres apresentam a


manifestação das mesmas patologias, com percentuais próximos referentes à
fissuração – Torre Esquerda com 70% e Torre Direita com 67%.
O edifício B possui uma área de revestimento cerâmico,
consideravelmente pequena em relação à área de revestimento argamassado,
ao qual apresentou desplacamento cerâmico em ambas as torres. Tal dano
apresentou-se na torre direita com 19% e na torre esquerda com 6% do total de
danos.
A Figura 77 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos.

Figura 77. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício B.

120 120

100 100
Número de Danos
Número de Danos

80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
Térreo

Topo
Playground

2° Pav

9° Pav
1° Pav

3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav

10° Pav

Térreo

Topo
Playground
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
10° Pav
Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As duas torres da fachada noroeste apresentam maior índice de danos


nos primeiros pavimentos, podendo ser observado na Figura 77.
85

O edifício B possui fachadas laterais da edificação com orientação


Nordeste (Figura 78).

Figura 78. Fachadas Esquemáticas (NORDESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda / Fachada (b) Torre Direita / Fachada


Interna Externa

A fachada Nordeste, em ambas as torres, apresenta a região de paredes


contínuas com o maior índice de danos, tendo a Torre Esquerda 71,6% dos
danos e a Torre Direita 66,5%.
As patologias detectadas foram fissuras e pintura-descolamento, com
distribuição percentual conforme Figura 79.

Figura 79. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Nordeste


do edifício B.

23% 23%

77% 77%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

Por meio da Figura 79 verifica-se que as duas torres apresentam


aproximadamente o mesmo percentual de incidência de patologias, com 70%
86

referente à fissuração e 23% referente à pintura-descolamento. Não foi


observado manchamento na fachada nordeste.
A Figura 80 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos.

Figura 80. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício B.

120 120
100 100
Número de Danos

Número de Danos
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
10° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Playground
Térreo

Topo
4° Pav

10° Pav
1° Pav
2° Pav
3° Pav

5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Playground
Térreo
Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As duas torres da fachada nordeste apresentam maior índice de danos


nos últimos pavimentos.
O edifício B possui fachadas laterais da edificação com orientação
Sudoeste (Figura 81).
87

Figura 81. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda / Fachada (b) Torre Direita / Fachada


Externa Interna

A fachada Sudoeste, em ambas as torres, apresenta a região de paredes


contínuas com o maior índice de danos, tendo a Torre Esquerda 70,3% dos
danos e a Torre Direita 68,8%.
As patologias detectadas na fachada sudoeste foram fissuras e pintura-
descolamento, com distribuição percentual conforme Figura 82.

Figura 82. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudoeste


do edifício B.
8% 7%

92% 93%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

Observa-se na Figura 82 que as torres esquerda e direita apresentam


aproximadamente o mesmo percentual de incidência de patologias, com 92% e
93% referentes à fissuração e 8% e 7% referentes à pintura-descolamento,
respectivamente. Não foi observado manchamento na fachada sudoeste.
A Figura 83 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos.
88

Figura 83. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício B.

120 120

100 100

Número de Danos
Número de Danos

80 80

60 60

40 40

20 20

0 0

Térreo

Topo
Playground
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
10° Pav
Térreo

Topo
Playground
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Pavimento 10° Pav Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

É possível obervar que as duas torres da fachada sudoeste apresentam


maior índice de danos nos últimos pavimentos, e não apresentaram danos no
pavimento térreo.
A Figura 84 apresenta a fachada esquemática geral da edificação B,
considerando os dados de todas as orientações cardeais das fachadas.

Figura 84. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi paredes contínuas


(62%), seguida da região de aberturas (14%). A região de topo apresentou
89

11%, transição entre pavimentos 8%, cantos e extremidades 3% e nível do solo


1,1%. A região de sacadas não apresentaram danos, pois o edifício B não
apresenta sacadas.
As fachadas do Edifício B apresentaram 78% de incidência de fissuras,
14% de pintura-descolamento, 7% de manchamento e 1% de desplacamento
cerâmico (Figura 85).

Figura 85. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício B.
1% Fissura
7%
14% Manchamento

Pintura -
78% Descolamento
Desplacamento
cerâmico

As fachadas nordeste apresentaram os maiores percentuais de danos,


sendo 24% da fachada externa e 18% da fachada interna, e as fachadas com
orientação noroeste apresentaram os menores percentuais, com 5% para
ambas as torres (Figura 86).

Figura 86. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício B.
100

80
Danos (%)

60

40

20

0
Sudeste Sudeste Nordeste F. Nordeste F. Sudoeste F. Sudoeste F. Noroeste Noroeste
Torre Torre Externa Interna Externa Interna Torre Torre
Esquerda Direita Direita Esquerda

Orientação cardeal

O Edifício B não apresenta sacadas, desta forma, sendo a única região


tipo que não apresentou patologias. A Figura 87 apresenta a incidência das
manifestações patológicas por região do edifício, tendo a região de paredes
90

contínuas exibido a maior incidência (62%), em relação às demais. A região do


nível do solo exibiu a menor incidência (2%).
A Figura 88 apresenta o número de danos e os tipos de danos por região,
tendo o dano de manchamento se destacado em todas as regiões.

Figura 87. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo do


edifício B.
100
Danos (%)

80
60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos

Regiões

Figura 88. Número de Danos por região das fachadas.

1600
1400
Número de Danos

1200
1000
800
600
400
200
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, extremidades entre Varandas
portas, etc.) pavimentos
Regiões
Fissura Pintura - Descolamento Manchamento Desplacamento Cerâmico

A edificação B apresentou a região de paredes contínuas como a de


maior incidência de danos, sendo detectadas fissuras, manchamento,
desagregação e desplacamento do revestimento.
O manchamento, presente em várias regiões, proveniente, não somente
das condições de exposição ao longo de 24 anos, mas tendo também os
detalhes construtivos da região de aberturas e topo, além da falta de
manutenção, contribuído para o avanço deste dano.
91

As paredes contínuas tiveram altos índices de fissuras mapeadas,


principalmente nas fachadas laterais externas nordeste e sudoeste. Além disso,
as fissuras se destacaram na região de cantos e extremidades.
O desplacamento do revestimento cerâmico ocorreu apenas na fachada
noroeste, sendo que, tal revestimento – pequena representação de área -
existe apenas nas fachadas noroeste e sudeste. É importante destacar que
outras pastilhas cerâmicas já haviam sido trocadas anteriormente ao período
de visitas do presente estudo. Sendo facilmente percebida visualmente.
O dano de pintura-descolamento foi detectado em algumas regiões,
principalmente nas fachadas laterais externas nordeste e sudoeste, sendo
verificada a condição inadequada da superfície para a pintura.
Neste edifício foi verificada a alta utilização de argilomineral no mesmo
(prática ainda existente nas construções em Salvador/BA), ocasionando baixa
resistência do revestimento e elevada porosidade.
Na Figura 89 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação B.
Figura 89 - Patologias detectadas no Edifício B. (a) Manchamento, (b) Fissuras, (c)
Fissuras e Pintura-descolamento, (d) Desplacamento cerâmico.

(a) (b)

(c) (d)
92

5.2.1.2. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 90 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada. Verifica-se, portanto, que o
FD – Total apresenta valores consideravelmente maiores que o FDrc – Total.

Figura 90. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

0.25
Fator de Degradação

0.20

0.15

0.10

0.05
FD Total
0.00
FD rc - Total

Orientação Cardeal das Fachadas

A fachada Nordeste, de ambas as torres, apresentou o maior Fator de


Dano Total e Fator de Dano das regiões corrigidas Total.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação B, constam
no Apêndice A.
93

 EDIFÍCIO C
O edifício C apresenta duas torres, denominadas neste trabalho como
Torre Esquerda e Torre Direita.
As fachadas frontais das Torres Esquerda e Direita possuem orientação
sul. A Figura 91 apresenta suas fachadas esquemáticas.

Figura 91. Fachadas Esquemáticas (SUL) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas Sul das torres direita e esquerda apresentam a região de


topo como a de maior percentual de manifestação de danos e a região do nível
do solo não apresenta ocorrência. As duas torres apresentam percentuais
similares de ocorrência de danos em todas as regiões tipo na fachada exibida.
A torre esquerda apresentou 100% dos danos referentes à manifestação
de manchamento, enquanto a torre direita apresentou 98% dos danos
referentes ao manchamento, 1% fissuração e 1% pintura-descolamento,
conforme Figura 92.
94

Figura 92. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul do


edifício C.
1% 1%

100% 98%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A edificação C apresenta em cada torre o pavimento térreo mais 25


pavimentos. A Figura 93 apresenta a distribuição dos danos entre os
pavimentos. As duas torres apresentam cresimento na quantidade de danos a
medida que aumenta o nível do pavimento.

Figura 93. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício C.

400 400
350 350
Número de Danos

Número de Danos

300 300
250 250
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
12° Pav

16° Pav
10° Pav

14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav

10° Pav
12° Pav
14° Pav

18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
Topo

Topo
2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav

2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas posteriores das Torres Esquerda e Direita possuem


orientação norte. A Figura 94 apresenta suas fachadas esquemáticas.
95

Figura 94. Fachadas Esquemáticas (NORTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas Norte das torres direita e esquerda apresentam a região de


topo como a de maior percentual de manifestação de danos e a região do nível
do solo não apresenta ocorrência.
A torre esquerda apresentou 92% dos danos referentes à manifestação
de manchamento, e 8% à Pintura-Descolamento. A torre direita apresentou
100% dos danos referentes à manchamento, conforme Figura 95.

Figura 95. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Norte do


edifício C.
8%

92%

100%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A Figura 96 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. As


duas torres apresentam uma maior concentração de danos no topo da
edificação.
96

Figura 96. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício C.

400 400
350 350

Número de Danos
Número de Danos

300 300
250 250
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
8° Pav
10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav

6° Pav

10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
Topo
2° Pav
4° Pav
6° Pav

Topo

2° Pav
4° Pav

8° Pav
Térreo

Térreo
Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas laterais esquerda das Torres possuem orientação oeste.


Porém, somente a fachada oeste da torre esquerda apresentou danos. A
Figura 97 apresenta sua fachada esquemática.

Figura 97. Fachada Esquemática (OESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda

A fachada Oeste da torre esquerda apresentou a região de topo como a


de maior percentual de manifestação de danos e a região do nível do solo não
apresenta ocorrência.
A fachada oeste apresentou 95% dos danos referentes à manifestação de
manchamento, e 5% à fissuração, conforme Figura 98.
97

Figura 98. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Oeste do


edifício C.
5%

Fissuração

Manchamento
95%
Pintura -
Descolamento

(a) Torre Esquerda

A Figura 99 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. A


fachada oeste apresentou uma maior concentração de danos no topo da
edificação.

Figura 99. Número de danos por pavimento da Fachada Oeste do Edifício C.

400
350
Número de Danos

300
250
200
150
100
50
0
Topo
6° Pav

10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
2° Pav
4° Pav

8° Pav
Térreo

Pavimento

(a) Torre Esquerda

As fachadas laterais direita das Torres possuem orientação leste. Porém,


somente a fachada leste da torre direita apresentou danos. A Figura 100
apresenta sua fachada esquemática.
98

Figura 100. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos.

A fachada leste da torre esquerda apresentou a região de topo como a de


maior percentual de manifestação de danos e a região do nível do solo não
apresenta ocorrência.
A fachada leste apresentou 95% dos danos referentes à manifestação de
manchamento, e 5% à fissuração, conforme Figura 101.

Figura 101. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Leste do


edifício C.
5%

Fissuração

Manchamento
95%
Pintura -
Descolamento

(a) Torre Direita

A Figura 102 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. A


fachada leste apresentou uma maior concentração de danos no topo da
edificação.
99

Figura 102. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício C.

400
350

Número de Danos
300
250
200
150
100
50
0

Topo
10° Pav

12° Pav

14° Pav

16° Pav

18° Pav

20° Pav

22° Pav

24° Pav
2° Pav

4° Pav

6° Pav

8° Pav
Térreo

Pavimento

(a) Torre Direita

A Figura 103 apresenta a fachada esquemática geral da edificação C,


considerando os dados de todas as orientações cardeais das fachadas.

Figura 103. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.

Observa-se que somente a região de nível do solo não apresentou danos.


A região que apresentou maior incidência de danos foi a de topo (47,9%),
seguida da região de paredes contínuas (34,9%).
As fachadas do Edifício C apresentaram 99% dos danos referentes ao
manchamento e 1% de incidência de fissuração (Figura 104).
100

Figura 104. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício C.

0% 1%
Fissuração

Manchamento

Pintura -
Descolamento
99%

As fachadas sul apresentaram maior percentual de danos observados


(Figura 105).

Figura 105. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício C.
100

80
Danos (%)

60

40

20

0
Sul T. Esq. Sul T. Dir. Norte T. Dir. Norte T. Esq. Oeste T. Esq. Leste T. Dir.

Orientação cardeal

A Figura 106 apresenta a incidência das manifestações patológicas por


região do edifício, tendo a região do topo exibido a incidência de 48% dos
danos, seguida da região de paredes contínuas com 35% da manifestação dos
danos, em relação às demais regiões.
A Figura 107 apresenta o número de danos e os tipos de danos por
região, tendo o dano de manchamento se destacado nas regiões tipo, exceto
na região de nível do solo.
101

Figura 106. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo do


edifício C.
100

80
Danos (%)

60

40

20

0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos

Regiões

Figura 107. Número de Danos por região das fachadas.

6000
Número de Danos

5000
4000
3000
2000
1000
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição entre Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, portas, extremidades pavimentos Varandas
etc.)
Regiões
Fissuração Manchamento Pintura - Descolamento

A edificação C apresenta a fachada sudeste com a maior incidência de


danos, com a presença de fissuras, manchamento e pintura-descolamento.
A incidência de fissuras e de pintura-descolamento foi consideravelmente
pequena, quando comparada à incidência de manchamentos.
Os manchamentos presentes apresentavam coloração preta e vermelha,
característicos de bolor e de algas, respectivamente. O manchamento de bolor
estava presente nas envoltórias do topo da edificação e próximo à algumas
aberturas de janelas, provenientes da proliferação de micro-organismos
decorrente do acúmulo de sujidades na superfície superior da platibanda.
Enquanto o manchamento de algas estava presente nas regiões de alvenaria e
102

cantos e extremidades das torres. É importante destacar que as manchas de


algas foram detectadas apenas na fachada sul das duas torres, e com maior
intensidade nos últimos pavimentos.
Na Figura 89 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação C.
Figura 108 - Patologias detectadas no Edifício C. (a) Manchamento, (b) Fissuras, (c)
Fissuras e Pintura-descolamento.

(a) (b)

(c)

5.2.1.3. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 109 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada.
103

Figura 109. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

0.45
0.40
0.35
0.30
0.25
FD - Total
0.20
FD rc - Total
0.15
0.10
0.05
0.00
Sul T. Sul T. Dir. Norte T. Norte T. Oeste T. Leste T.
Esq. Dir. Esq. Esq. Dir.

Verifica-se, portanto, que as fachadas sul apresentam maior Fator de


Dano Total e maior Fator de Dano das regiões corrigidas Total.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação C, constam
no Apêndice A.
104

 EDIFÍCIO D
O edifício D apresenta três torres, denominadas neste trabalho como
Torre A, Torre B e Torre C. A fachada frontal da Torre B possui orientação
leste.

Figura 110. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos.

Observa-se, por meio dos dados exibidos na fachada esquemática


(Figura 110), que somente a região de sacadas exibiu danos.
Na fachada leste foi observada eflorescência e desplacamento cerâmico,
como apresenta a Figura 111.
Figura 111. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Leste do
edifício D.
5%

Eflorescência

Desplacamento
95% cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 29 pavimentos, sendo


que, os danos detectados foram todos no pavimento térreo, conforme a Figura
112.
105

Figura 112. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício D.

70
60

Número de Danos
50
40
30
20
10
0

8° Pav

10° Pav

12° Pav

14° Pav

16° Pav

18° Pav

20° Pav

22° Pav

24° Pav

26° Pav

28° Pav

Topo
2° Pav

4° Pav

6° Pav
Térreo

Pavimento

As fachadas frontais das torres A e C possuem orientação sudeste


(Figura 113).

Figura 113. Fachada Esquemática (SUDESTE) com percentuais dos danos / Torre A e

C.

A fachada Sudeste, em ambas as torres, apresentam 100% dos danos na


região de sacadas.
A eflorescência foi a única patologia detectada na fachada sudeste das
torres A e C, conforme Figura 114.
106

Figura 114. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudeste


do edifício D / Torres A e C.

100%

A Figura 115 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos,


sendo que, apenas o pavimento térreo apresenta danos.

Figura 115. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício D.

70 70
60 60
Número de Danos

Número de Danos

50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
20° Pav

10° Pav
10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav

22° Pav
24° Pav
26° Pav
28° Pav
Topo

12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
26° Pav
28° Pav
Topo
2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav

2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre A (b) Torre C

A fachada lateral esquerda da Torre B possui orientação Sul (Figura 116).


107

Figura 116. Fachada Esquemática (SUL) com percentuais dos danos.

Observa-se, por meio dos dados exibidos na fachada esquemática


(Figura 116), que somente a região de sacadas exibiu danos.
Na fachada sul foi observado apenas eflorescência, como apresenta a
Figura 117.
Figura 117. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul do
edifício D.

Eflorescência

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 29 pavimentos, sendo


que, todos os danos detectados estão localizados no pavimento térreo,
conforme a Figura 118.
108

Figura 118. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício D.

70
60

Número de Danos 50
40
30
20
10
0

14° Pav

26° Pav

Topo
2° Pav

10° Pav

12° Pav

16° Pav

18° Pav

20° Pav

22° Pav

24° Pav

28° Pav
4° Pav

6° Pav

8° Pav
Térreo

Pavimento

As fachadas frontais das torres A e C possuem orientação sudoeste


(Figura 119).

Figura 119. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre A (b) Torre C

A fachada Sudoeste / torre A apresenta 100% dos danos localizados na


região de cantos e extremidades. A fachada Sudoeste / torre C apresenta
100% dos danos localizados na região de sacadas.
A torre A apresentou 100% dos danos referentes à manifestação de
desplacamento cerâmico, enquanto a torre B apresentou 100% dos danos
referentes à eflorescência, conforme Figura 120.
109

Figura 120. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudoeste


do edifício D.

100%
100%

(a) Torre A (b) Torre C

A Figura 121 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. A


torre C apresentou danos nos pavimentos 7, 12 e 13. A torre C apresentou
danos apenas no pavimento térreo.

Figura 121. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício D.

70 70
60 60
Número de Danos

Número de Danos

50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
26° Pav

Topo

16° Pav

Topo
10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav

28° Pav

10° Pav
12° Pav
14° Pav

18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
26° Pav
28° Pav
2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav

2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre A (b) Torre C

A fachada lateral direita da Torre B possui orientação Norte (Figura 122).


110

Figura 122. Fachada Esquemática (NORTE) com percentuais dos danos.

Observa-se, por meio dos dados exibidos na fachada esquemática


(Figura 122), que somente a região de sacadas exibiu danos.
Na fachada norte foi observado apenas eflorescência, como apresenta a
Figura 123.

Figura 123. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Norte do


edifício D.

Eflorescência

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 29 pavimentos, sendo


que, todos os danos detectados estão localizados no pavimento térreo,
conforme a Figura 124.
111

Figura 124. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício D.

70
60

Número de Danos
50
40
30
20
10
0

26° Pav
10° Pav

12° Pav

14° Pav

16° Pav

18° Pav

20° Pav

22° Pav

24° Pav

28° Pav

Topo
2° Pav

4° Pav

6° Pav

8° Pav
Térreo

Pavimento

As fachadas laterais direita das torres A e C possuem orientação


nordeste. A fachada esquemática (Figura 125) apresenta 100% dos danos
localizados na região de sacadas.

Figura 125. Fachadas Esquemáticas (NORDESTE) com percentuais dos danos /


Torres A e C.

As torres A e C apresentaram 100% dos danos referentes à manifestação


de eflorescência, conforme Figura 126.
112

Figura 126. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Nordeste


do edifício D.

100%

A Figura 127 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. As


torres A e C apresentaram danos apenas no pavimento térreo.

Figura 127. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício D.

60 60
Número de Danos

50 50
Número de Danos

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0
14° Pav

26° Pav
4° Pav

10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav
26° Pav
28° Pav
Topo

10° Pav
12° Pav

16° Pav
18° Pav
20° Pav
22° Pav
24° Pav

28° Pav
Topo
2° Pav

6° Pav
8° Pav

2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre A (b) Torre C

As fachadas posteriores das três torres não apresentaram danos.

A Figura 128 apresenta a fachada esquemática geral da edificação D,


considerando os dados de todas as orientações cardeais das fachadas.
113

Figura 128. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi sacadas (99%),


seguida da região de cantos e extremidades (1%). As demais regiões não
apresentaram danos.
As fachadas do Edifício D apresentaram 97% dos danos referentes à
eflorescência e 3% referente à desplacamento cerâmico (Figura 129).

Figura 129. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício D.

3%

Eflorescência

Desplacamento
97% Cerâmico

A fachada Leste / torre B apresentou maior percentual de danos (30%)


observados, e a fachada com orientação sudoeste da torre A apresentou o
menor percentual, com 1% (Figura 130).
114

Figura 130. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício D.
100

80
Danos (%)

60

40

20

0
C Nordeste B Norte A NordesteC Sudoeste B Sul A Sudoeste C Sudeste B Leste A Sudeste

Orientação Cardeal

A Figura 131 apresenta a incidência das manifestações patológicas por


região do edifício, tendo a região de sacadas exibido a incidência de 99% dos
danos, e a região de cantos e extremidades apresentado 1% da manifestação
dos danos, em relação às demais regiões.

Figura 131. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo do


edifício D.
100
Danos (%)

80
60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos
Regiões

A Figura 132 apresenta o número de danos e os tipos de danos por


região, tendo o dano de eflorescência se manifestado apenas nas regiões das
sacadas, e a manifestação de desplacamento cerâmico detectado nas regiões
de cantos e extremidades e sacadas.
115

Figura 132. Número de Danos por região das fachadas.

220
200
180
Número de Danos

160
140
120
100
80
60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição entre Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, portas, extremidades pavimentos Varandas
etc.)
Regiões
Eflorescência Desplacamento Cerâmico

A edificação D apresentou a menor variedade de danos detectados dentre


as edificações, sendo eles a eflorescência e o desplacamento cerâmico.
Os desplacamentos cerâmicos foram identificados na região de cantos e
extremidades e sacadas/varandas, apresentando baixa incidência, diante da
área apresentada pelo edifício.
A eflorescência se manifestou apenas na região das sacadas/varandas,
em toda sua extensão, do pavimento térreo das fachadas frontais das torres A,
B e C.
Na Figura 89 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação D.
Figura 133 - Patologias detectadas no Edifício D. (a) Eflorescência, (b) Desplacamento
cerâmico.

(a) (b)
116

5.2.1.4. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 134 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada.

Figura 134. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

0.01

0.008

0.006

0.004 FD Total

0.002 FD rc - Total

Verifica-se, portanto, que a fachada Norte da torre A apresenta maior


Fator de Dano Total e a fachada oeste da torre A apresenta maior Fator de
Dano das regiões corrigidas Total.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação D, constam
no Apêndice A.
117

 EDIFÍCIO E
O edifício E apresenta duas torres, denominadas neste trabalho como
Torre Esquerda e Torre Direita.
As fachadas frontais das Torres Esquerda e Direita possuem orientação
sudoeste. A Figura 135 apresenta suas fachadas esquemáticas.

Figura 135. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas Sudoestes das torres direita e esquerda apresentam a região


de sacadas como a de maior percentual de manifestação de danos, com mais
da metade das ocorrências, e a região do nível do solo, como a de menor
ocorrência. As duas torres apresentam percentuais similares de ocorrência de
danos em todas as regiões tipo na fachada exibida.
A torre esquerda apresentou 100% dos danos referentes à manifestação
de manchamento, enquanto a torre direita apresentou 99% dos danos
referentes à manchamento e 1% à fissuração, conforme Figura 136.
118

Figura 136. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudoeste


do edifício E.
1%

100% 99%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A edificação E apresenta em cada torre o pavimento térreo mais 14


pavimentos. A Figura 137 apresenta a distribuição dos danos entre os
pavimentos. As duas torres apresentam distribuição semelhantes de danos
entre os pavimentos, com constância entre eles e um aumento substancial no
número de danos no topo da edificação, além de uma redução no pavimento
térreo.

Figura 137. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício E.

400 400
350 350
Número de Danos

Número de Danos

300 300
250 250
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
4° Pav

10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav
14° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav

5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo
13° Pav
10° Pav
11° Pav
12° Pav

14° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento
Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas posteriores das Torres Esquerda e Direita possuem


orientação nordeste. A Figura 138 apresenta suas fachadas esquemáticas.
119

Figura 138. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos / Torre
Esquerda e Direita.

As fachadas nordestes das torres direita e esquerda apresentam a região


de sacadas como a de maior percentual de manifestação de danos, com mais
da metade das ocorrências (67,2%), e a região de cantos e extremidades,
como a de menor ocorrência (0,2%). As duas torres apresentam os mesmos
percentuais de ocorrência de danos em todas as regiões tipo na fachada
exibida.
As torres esquerda e direita apresentaram 99% dos danos referentes à
manchamento e 1% à fissuração, conforme Figura 136.

Figura 139. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Nordeste


do edifício E / Torre Esquerda e Direita.
1%

99%

A Figura 140 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. As


duas torres apresentam igual distribuição de danos entre os pavimentos, com
constância entre eles e um aumento substancial no número de danos no topo
da edificação, além de uma redução no pavimento térreo.
120

Figura 140. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício E.

400
350

Número de Danos
300
250
200
150
100
50
0

13° Pav

Topo
10° Pav
11° Pav
12° Pav

14° Pav
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Torre Esquerda e Direita

As fachadas laterais esquerda das duas Torres possuem orientação


Noroeste. A Figura 141 apresenta suas fachadas esquemáticas.

Figura 141. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas noroeste das torres apresentam a região de sacadas como a


de maior percentual de manifestação de danos, e a região do nível do solo,
sem ocorrência. As duas torres apresentam percentuais similares de ocorrência
de danos em todas as regiões tipo na fachada exibida.
121

A torre esquerda apresentou 86% dos danos referentes à manifestação


de manchamento, 7% de eflorescência, 5% de fissuração e 2% de
desplacamento cerâmico. Enquanto a torre direita apresentou 91% dos danos
referentes à manifestação de manchamento, 1% de eflorescência, 4% de
fissuração e desplacamento cerâmico, conforme Figura 142.

Figura 142. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Noroeste


do edifício E.
7% 2% 5% 1% 4% 4%

86% 91%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A Figura 143 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. As


duas torres apresentam distribuição semelhantes de danos entre os
pavimentos, com constância entre eles e um aumento substancial no número
de danos nos pavimentos extremos da torre esquerda da edificação.

Figura 143. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício E.

400 400
350 350
Número de Danos

Número de Danos

300 300
250 250
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
11° Pav
10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav
14° Pav
Topo

10° Pav

12° Pav
13° Pav
14° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas laterais direita das duas Torres possuem orientação Sudeste.


A Figura 144 apresenta suas fachadas esquemáticas.
122

Figura 144. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

As fachadas sudeste das torres apresentam a região de sacadas como a


de maior percentual de manifestação de danos, e a região do nível do solo,
sem ocorrência. As duas torres apresentam percentuais similares de ocorrência
de danos em todas as regiões tipo na fachada exibida.
A torre esquerda apresentou 90% dos danos referentes à manifestação
de manchamento, 3% de eflorescência, 5% de fissuração e 2% de
desplacamento cerâmico. Enquanto a torre direita apresentou 92% dos danos
referentes à manifestação de manchamento, 2% de eflorescência, 4% de
fissuração e 2% de desplacamento cerâmico, conforme Figura 145.

Figura 145. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudeste


do edifício E.
3% 2% 5% 2% 2% 4%

90% 92%

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita


123

A Figura 146 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos. As


duas torres apresentam distribuição semelhantes de danos entre os
pavimentos, com constância entre eles e uma redução substancial no número
de danos nos pavimentos extremos da torre direita da edificação.

Figura 146. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício E.

400 400
350 350
Número de Danos

Número de Danos
300 300
250 250
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
14° Pav

12° Pav
10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav

Topo

10° Pav
11° Pav

13° Pav
14° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav

1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento Térreo Pavimento

(a) Torre Esquerda (b) Torre Direita

A Figura 147 apresenta a fachada esquemática geral da edificação E,


considerando os dados de todas as orientações cardeais das fachadas.

Figura 147. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.


124

Observa-se que todas as regiões apresentaram danos. A região que


apresentou maior incidência de danos foi sacadas (56,3%), seguida da região
de transição entre pavimentos (1%). E a região de nível do solo foi a de menor
incidência (0,5%).
As fachadas do Edifício E apresentaram 97% dos danos referentes à
manchamento e os demais danos apresentaram 1% de incidência, cada
(Figura 148).

Figura 148. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício E.
1%1% 1% Fissura

Manchamento

Eflorescência
97%

Desplacamento
cerâmico

As fachadas sudoeste apresentaram maior percentual de danos (20%)


observados (Figura 149).

Figura 149. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício E.
100

80
Danos (%)

60

40

20

0
Sudoeste T. Sudoeste T. Nordeste T. Nordeste T. Noroeste T. Sudeste T. Noroeste T. Sudeste T.
Dir. Esq. Esq. Dir. Esq. Esq. Dir. Dir.
Orientação Cardeal

A Figura 150 apresenta a incidência das manifestações patológicas por


região do edifício, tendo a região de sacadas exibido a incidência de 56% dos
danos, seguida da região de transição de pavimentos apresentado 22% da
manifestação dos danos, em relação às demais regiões.
125

A Figura 151 apresenta o número de danos e os tipos de danos por


região, tendo o dano de manchamento se manifestado em todas as regiões
tipo.

Figura 150. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo do


edifício E.
100
80
Danos (%)

60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas extremidades entre Varandas
pavimentos

Regiões

Figura 151. Número de Danos por região das fachadas.

14000
12000
Número de Danos

10000
8000
6000
4000
2000
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, extremidades entre Varandas
portas, etc.) pavimentos
Regiões

Fissura Manchamento Eflorescência Desplacamento cerâmico

A edificação E apresentou danos em todas as suas fachadas. O dano de


manchamento de bolor se destacou entre os demais, se manifestando em toda
a sua extensão nas fachadas frontais e posteriores, e em algumas áreas das
fachadas laterais do edifício E. Observa-se que os detalhes construtivos das
sacadas contribuíram para a ocorrência desta patologia ser predominante. O
escoamento de água das chuvas, carregando as sujidades, não possue uma
projeção adequada em relação às sacadas. Considerada uma edificação nova,
apresenta-se com alta incidência de manchamento.
126

A eflorescência é uma patologia predominante no topo das torres, com


proximidade às áreas das piscinas nas coberturas, o que acaba por contribuir
com a sua manifestação.
O desplacamento cerâmico ocorre nas sacadas/varandas do pavimento
térreo das fachadas laterais das duas torres.
As fissuras foram identificadas, de forma predominante, nos últimos
pavimentos, colaborando com o surgimento de outras patologias nas fachadas,
tais como: manchamento e desplacamento cerâmico, além disso, causando
infiltrações na parte interna da edificação.
Na Figura 71 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação E.
Figura 152 - Patologias detectadas no Edifício E. (a) Fissura, (b) Eflorescência, (c)
Desplacamento cerâmico, (d) Manchamento.

(a) (b)

(c) (d)

5.2.1.5. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 153 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada.
127

Figura 153. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

1.00
0.90
0.80
0.70
0.60
0.50
0.40
FD - Total
0.30
0.20 FD rc - Total
0.10
0.00

Verifica-se, portanto, que as fachadas sudoeste apresentaram maior Fator


de Dano Total, assim como FDrc, sendo estas as fachadas frontais da
edificação, com elevado grau de manchamento em toda a sua extensão.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação E, constam
no Apêndice A.
128

 EDIFÍCIO F
O edifício F apresenta três torres, denominadas neste trabalho como
Torre A, Torre B e Torre C. A fachada frontal da Torre A possui orientação
leste, e as fachadas frontais das torres B e C possuem orientação sudeste.
Observa-se, por meio dos dados exibidos na fachada esquemática
(Figura 154), que todas as regiões da fachada apresentam danos, exceto as
sacadas, já que o edifício não as contém.

Figura 154. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos.

A fachada leste da Torre A apresenta a região de cantos e extremidades


com a maior incidência de danos (48,7%), seguida da região de paredes
contínuas (24,4%) e aberturas (13,9%). Ocorrendo, também, danos na região
de transição entre pavimentos (11,3%) e no topo (1,7%).
Na fachada leste foi observada apenas fissuras, como apresenta a Figura
155.
Figura 155. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Leste do
edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico
129

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos. No


pavimento térreo não foi detectado danos, como apresenta a Figura 156.

Figura 156. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício F.

100
Número de Danos 90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
3° Pav

10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav
14° Pav
15° Pav
16° Pav
17° Pav
18° Pav
19° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav

4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Com a Figura 156 verifica-se que existe uma distribuição aproximada de


danos entre os pavimentos.
A fachada frontal das torres B e C da edificação possuem orientação
Sudeste (Figura 157).

Figura 157. Fachadas Esquemáticas (SUDESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre B (b) Torre C

A fachada Sudeste, em ambas as torres, apresenta a região de cantos e


extremidades com o maior índice de danos, tendo a Torre B 49,7% dos danos
e a Torre C 36,1%.
130

A fissuração foi a única patologia detectada na fachada sudeste das


torres B e C, conforme Figura 158.

Figura 158. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudeste


do edifício F.

100% 100%

(a) Torre B (b) Torre C

A Figura 159 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos,


apresentando uma distribuição aproximada entre eles. Sendo que, a torre C
não apresentou danos no pavimento térreo.

Figura 159. Número de danos por pavimento da Fachada Sudeste do Edifício F.

100 100
90 90
Número de Danos
Número de Danos

80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
12° Pav
10° Pav

14° Pav

16° Pav
18° Pav

Topo

10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
Topo
2° Pav

4° Pav
6° Pav

8° Pav

2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
Térreo

Térreo

Pavimento Pavimento

(a) Torre B (b) Torre C

A fachada posterior da Torre A possui orientação Oeste (Figura 160).


131

Figura 160. Fachada Esquemática (OESTE) com percentuais dos danos.

A fachada oeste da Torre A apresenta a região de paredes contínuas com


a maior incidência de danos (32,6%), seguida da região de aberturas (25,8%) e
topo (18,2%). Ocorrendo, também, danos na região de cantos e extremidades
(11,8%), na região de transição entre pavimentos (8,2%) e sacadas (3,4%).
Na fachada oeste foi observada apenas fissuras, como apresenta a
Figura 161.

Figura 161. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Oeste do


edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos, sendo


que, em todos eles foram detectados danos, como apresenta a Figura 162.
132

Figura 162. Número de danos por pavimento da Fachada Oeste do Edifício F.

100
90

Número de Danos
80
70
60
50
40
30
20
10
0

10° Pav

Topo
11° Pav
12° Pav
13° Pav
14° Pav
15° Pav
16° Pav
17° Pav
18° Pav
19° Pav
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Com a Figura 162 verifica-se que existe uma distribuição aproximada de


danos entre os pavimentos, exceto no topo, região que apresentou maior
número de danos.
A fachada frontal das torres B e C da edificação possuem orientação
Noroeste (Figura 163).

Figura 163. Fachadas Esquemáticas (NOROESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre B (b) Torre C

A fachada Noroeste, torre B, apresenta a região de aberturas com maior


percentual de danos (31,6%). A torre C apresenta a região de paredes
contínuas com o maior percentual de danos (31,9%).
133

A torre B apresentou a manifestação de fissuras e desplacamento. A torre


C apresentou apenas fissuração, conforme Figura 164.

Figura 164. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Noroeste


do edifício F.
2%

98% 100%

(a) Torre B (b) Torre C

A Figura 165 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos,


apresentando uma distribuição aproximada entre eles.

Figura 165. Número de danos por pavimento da Fachada Noroeste do Edifício F.

100 100
90 90
Número de Danos

Número de Danos

80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
Térreo

Topo
2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav
Térreo

Topo
2° Pav
4° Pav
6° Pav
8° Pav
10° Pav
12° Pav
14° Pav
16° Pav
18° Pav

Pavimento Pavimento

(a) Torre B (b) Torre C

A fachada lateral direita da Torre A possui orientação Norte (Figura 166).


134

Figura 166. Fachada Esquemática (NORTE) com percentuais dos danos.

A fachada norte da Torre A apresenta a região de aberturas com a maior


incidência de danos (30,1%), seguida da região de paredes contínuas (29,5%)
e transição entre pavimentos (13%). Ocorrendo, também, danos na região de
topo (8,3%), sacadas (7,1%), e cantos e extremidades (13%).
Na fachada norte detectou-se apenas fissuração, como apresenta a
Figura 167.

Figura 167. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Norte do


edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos, sendo


que, em todos eles foram detectados danos, como apresenta a Figura 168.
135

Figura 168. Número de danos por pavimento da Fachada Norte do Edifício F.

100
90

Número de Danos
80
70
60
50
40
30
20
10
0

5° Pav

10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav
14° Pav
15° Pav
16° Pav
17° Pav
18° Pav
19° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav

6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Com a Figura 168 verifica-se que existe uma distribuição aproximada de


danos entre os pavimentos, destacando-se que o 19° pavimento juntamente
com o topo apresentam consideravelmente maior número de danos.
A fachada lateral direita da Torre B possui orientação Nordeste (Figura
169).

Figura 169. Fachada Esquemática (NORDESTE) com percentuais dos danos.

A fachada nordeste da Torre B apresenta a região de paredes contínuas


com a maior incidência de danos (42,7%), seguida da região de aberturas
(26,2%) e topo (18,5%). Ocorrendo, também, danos na região de transição
entre pavimentos (8%), e cantos e extremidades (4,6%).
136

Na fachada nordeste detectou-se apenas fissuração, como apresenta a


Figura 170.

Figura 170. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Nordeste


do edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos, sendo


que, em todos eles foram detectados danos, como apresenta a Figura 171.

Figura 171. Número de danos por pavimento da Fachada Nordeste do Edifício F.

100
90
Número de Danos

80
70
60
50
40
30
20
10
0
12° Pav

17° Pav
10° Pav
11° Pav

13° Pav
14° Pav
15° Pav
16° Pav

18° Pav
19° Pav
Topo
1° Pav
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

A Figura 171 apresenta uma considerável variação de danos entre os


pavimentos, destacando-se que o 19° pavimento juntamente com o topo
apresentam consideravelmente maior número de danos.
A fachada lateral direita da Torre C possui orientação Leste (Figura 172).
137

Figura 172. Fachada Esquemática (LESTE) com percentuais dos danos.

A fachada leste da Torre C apresenta a região de topo com a maior


incidência de danos (39%), seguida da região de aberturas (23,4%) e paredes
contínuas (21,3%). Ocorrendo, também, danos na região de transição entre
pavimentos (9,2%), e cantos e extremidades (7,1%).
Na fachada leste detectou-se apenas fissuração como apresenta a Figura
173.

Figura 173. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Leste do


edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos, sendo


que, o pavimento térreo não apresentou danos, como apresenta a Figura 174.
138

Figura 174. Número de danos por pavimento da Fachada Leste do Edifício F.

100
90

Número de Danos
80
70
60
50
40
30
20
10
0

11° Pav

15° Pav

19° Pav
Topo
3° Pav

7° Pav

10° Pav

12° Pav
13° Pav
14° Pav

16° Pav
17° Pav
18° Pav
1° Pav
2° Pav

4° Pav
5° Pav
6° Pav

8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Com a Figura 174 verifica-se que existe uma distribuição aproximada de


danos entre os pavimentos, destacando-se que o topo que apresenta maior
número de danos.
A fachada lateral esquerda da Torre A possui orientação Sul (Figura 175).

Figura 175. Fachada Esquemática (SUL) com percentuais dos danos.

A fachada sul da Torre A apresenta a região de aberturas com a maior


incidência de danos (34,8%), seguida da região de paredes contínuas (29,2%)
e topo (20,8%). Ocorrendo, também, danos na região de sacadas (6,2%),
transição entre pavimentos (5,1%) e cantos e extremidades (3,9%).
Na fachada sul foi observado apenas fissuração, como apresenta a Figura
176.
139

Figura 176. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sul do


edifício F.

Fissuração

100% Desplacamento
cerâmico

A edificação apresenta o pavimento térreo e mais 19 pavimentos, sendo


que, em alguns pavimentos não foram detectados danos, como apresenta a
Figura 177.

Figura 177. Número de danos por pavimento da Fachada Sul do Edifício F.

100
90
Número de Danos

80
70
60
50
40
30
20
10
0
14° Pav
1° Pav

10° Pav
11° Pav
12° Pav
13° Pav

15° Pav
16° Pav
17° Pav
18° Pav
19° Pav
Topo
2° Pav
3° Pav
4° Pav
5° Pav
6° Pav
7° Pav
8° Pav
9° Pav
Térreo

Pavimento

Com a Figura 177 verifica-se que a região do topo apresentou maior


número de danos.
A fachada lateral esquerda das torres B e C da edificação possuem
orientação Sudoeste (Figura 178).
140

Figura 178. Fachadas Esquemáticas (SUDOESTE) com percentuais dos danos.

(a) Torre B (b) Torre C

A fachada sudoeste, torre B, apresenta a região de paredes contínuas


com maior percentual de danos (38%). A torre C apresenta, também, a região
de paredes contínuas com maior percentual de danos (45,3%).
Ambas as torres apresentaram apenas fissuração, conforme Figura 179.

Figura 179. Gráfico de incidência de manifestações patológicas da Fachada Sudoeste


do edifício F.

100% 100%

(a) Torre B (b) Torre C

A Figura 180 apresenta a distribuição dos danos entre os pavimentos.


Ambas as torres apresentam um comportamento de redução do número de
danos à medida que se aumenta o pavimento. Porém, na torre B, o 18°
pavimento e o topo voltam a apresentar um número considerável de danos.
141

Figura 180. Número de danos por pavimento da Fachada Sudoeste do Edifício F.

100 100
90 90
Número de Danos

Número de Danos
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
2° Pav

Topo

Topo
10° Pav

12° Pav

14° Pav

16° Pav

18° Pav

10° Pav

12° Pav

14° Pav

16° Pav

18° Pav
4° Pav

6° Pav

8° Pav

2° Pav

4° Pav

6° Pav

8° Pav
Térreo

Térreo
Pavimento Pavimento

(a) Torre B (b) Torre C

A Figura 181 apresenta a fachada esquemática geral da edificação F,


considerando os dados de todas as orientações cardeais das fachadas.

Figura 181. Fachada Esquemática (GERAL) com percentuais dos danos.

A região que apresentou maior incidência de danos foi paredes contínuas


(33%), seguida da região de aberturas (28%). A região de topo apresentou
15%, cantos e extremidades 12%, transição entre pavimentos 10%, sacadas
2% e nível do solo 0%.
142

As fachadas do Edifício F apresentaram aproximadamente 100% de


manifestação de fissuras (Figura 182).

Figura 182. Gráfico de incidência de manifestações patológicas das Fachadas do


edifício F.
0%

Fissura

100% Desplacamento
Cerâmico

As fachadas oeste da torre A e noroeste da torre B apresentaram os


maiores percentuais de danos, ambas com 17% dos danos, e a fachada com
orientação sudeste da torre C apresentou o menor percentual, com 2% (Figura
183).

Figura 183. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por orientação das


fachadas do edifício F.
100

80
Danos (%)

60

40

20

Orientação cardeal

A Figura 184 apresenta a incidência das manifestações patológicas por


região do edifício, tendo a região de paredes contínuas exibido a maior
incidência (29%), em relação às demais. A região do nível do solo exibiu
incidência de danos insignificante em relação às demais regioões.
A Figura 185 apresenta o número de danos e os tipos de danos por
região, tendo o dano de fissuração apresentado em todas as regiões, porém de
forma insignificante na região de nível do solo.
143

Figura 184. Gráfico de incidência de manifestações patológicas por região tipo do


edifício F.
100
80
Danos (%)

60
40
20
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, extremidades entre Varandas
portas, etc.) pavimentos
Regiões

Figura 185. Número de Danos por região das fachadas.

1000
Número de Danos

800
600
400
200
0
Nível do solo Paredes Aberturas Cantos e Transição entre Sacadas ou Topo
contínuas (janelas, extremidades pavimentos Varandas
portas, etc.)
Regiões
Fissura Desplacamento cerâmico

A edificação F apresenta a manifestação de fissuras e desplacamento


cerâmico. Trata-se de uma edificação com poucos anos de construída, ao
mesmo tempo em que apresenta alta incidência de fissuras em suas fachadas.
As fissuras foram observadas como predominantes em todas as regiões e
fachadas, podendo vir a contribuir futuramente com o surgimento de outras
patologias.
Na Figura 71 é possível observar os tipos de patologias detectadas na
edificação F.
144

Figura 186 - Patologias detectadas no Edifício F. (a) Fissuras, (b) Fissuras e


Desplacamento cerâmico.

(a) (b)

5.2.1.6. Fator de Danos (FD) e Fator de Danos da região corrigido (FDrc)


A Figura 187 apresenta os valores referentes ao FD – Total e FDrc - Total
em função da orientação cardeal de cada fachada.

Figura 187. FD - TOTAL e FDrc - TOTAL em função da orientação das fachadas.

0.12

0.10

0.08

0.06
FD Total
0.04
FD rc - Total

0.02

0.00

Verifica-se, portanto, que a fachada Norte da torre A apresenta maior


Fator de Dano Total e a fachada oeste da torre A apresenta maior Fator de
Dano das regiões corrigidas Total.
As tabelas que apresentam o Fator de Dano e o Fator de Danos das
regiões (FDrc), individualmente, para cada orientação da edificação C, constam
no Apêndice A.
145

5.3. Análise Global dos edifícios estudados

A Tabela 13 apresenta as edificações com acabamento em pintura e suas


respectivas idades e distância entre sua localização e o mar. Além disso, é
possível verificar a orientação cardeal da fachada de maior Fator de dano, de
cada edificação.
Como resultado, a mesma tabela apresenta o Fator de Dano total de cada
torre da edificação. As subdivisões de torres foi necessária devido à diferença
de configuração entre as edificações analisadas. Tendo a edificação A, apenas
uma torre, enquanto as edificações B e C possuem duas torres cada.

Tabela 13 – Fator de Dano Total por torre das edificações com acabamento em
pintura.
Orientação FD FD
Distância
Edificação de maior Idade Total Total
ao mar
FD Torre 1 Torre 2
Edificação A Sudeste 40 468m 0.52
Edificação B Nordeste 24 2,74 Km 0.52 0.47
Edificação C Sul 6 2,85Km 0.47 0.46

Tabela 14 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento em


pintura.
FD TOTAL - Argamassado FD equivalente
EDIF. A 0.52 0.52
EDIF. B 0.99 0.50
EDIF. C 0.93 0.47
FD Média 0.49
Desvio Padrão 0.03
Coef. De variação(%) 0.06

O FD TOTAL Equivalente, de cada edificação, apresentado na Tabela 14,


foi calculado a partir da média das suas respectivas torres, para que desta
forma, fosse possível estabelecer um comparativo de deterioração entre as
mesmas, considerando as diferentes tipologias entre as edificações.
Observa-se, portanto, que o fator de dano é aproximadamente o mesmo
das edificações A, B e C (Figura 188). Possuindo desvio padrão e coeficiente
de variação próximo de zero.
146

Figura 188 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento em
pintura.
1.00
0.90
0.80
0.70
0.60 Edificação A
0.50 Edificação B
0.40 Edificação C
0.30
0.20
0.10
0.00

Abordando os edifícios estudados, de maneira geral, os edifícios A, B e C,


mesmo pertencendo às faixas de idade distintas, apresentaram fatores de dano
similares.
A partir da observação da degradação dos edifícios A, B e C, não foi
possível atribuir correlação entre a distância ao mar, idade e orientação cardeal
de suas fachadas e a deterioração das mesmas.
Entende-se, portanto, que algumas características das edificações, tais
como: a edificação A e B possuem arenoso na constituição do seu
revestimento; a edificação C possui a manifestação do manchamento
característico das algas, sendo uma patologia considerada recente na cidade
de Salvador, provavelmente associada às características químicas das novas
tintas utilizadas; falta de manutenção; além das diferentes condições de
vizinhança de cada edificação, acabam por interferir na degradação das
edificações.
Destaca-se também, a questão do vento na contribuição de
manchamentos nas fachadas. Sendo Salvador, caracterizado por ventos
dominantes de Sudeste ao longo do ano, e o vento Sul mais frequente nos
meses de abril a julho que corresponde ao período mais chuvoso, contribuindo,
também, para um maior índice de manchamentos.
A Tabela 15 apresenta as edificações com acabamento cerâmico e suas
respectivas idades e distância entre sua localização e o mar. Além disso, é
147

possível verificar a orientação cardeal da fachada de maior Fator de dano, de


cada edificação.
Como resultado, a mesma tabela apresenta o Fator de Dano total de cada
torre da edificação. As subdivisões de torres foi necessária devido à diferença
de configuração entre as edificações analisadas. Tendo a edificação D e F, três
torres, cada, enquanto a edificação E possui duas torres.

Tabela 15 - Fator de Dano Total por torre das edificações com revestimento cerâmico.
FD FD FD
Distância
Edificação Orientação de Idade Total Total Total
ao mar
maior FD Torre 1 Torre 2 Torre 3
Edificação
D Leste 5 2,6Km 0 0.01 0
Edificação
E Sudoeste 6 2,4 Km 2.25 2.27
Edificação
F Norte/Noroeste 7 208m 0.3 0.29 0.17

Tabela 16 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com revestimento


cerâmico.
FD TOTAL - Cerâmico FD equivalente
EDIF. D 0.01 0.00
EDIF. E 4.52 2.26
EDIF. F 0.76 0.25
FD Média 0.84
Desvio Padrão 1.24
Coef. De variação(%) 1.47

O FD TOTAL Equivalente, de cada edificação, apresentado na Tabela 16,


foi calculado a partir da média das suas respectivas torres, para que desta
forma, fosse possível estabelecer um comparativo de deterioração entre as
mesmas (Figura 189).
Observa-se, portanto, que os fatores de dano das edificações com
acabamento cerâmico possuem, como resultado, um alto desvio padrão e
coeficiente de variação. Tal resultado ocorre devido ao alto FD da edificação E.
148

Figura 189 - Fator de Dano Total equivalente das edificações com acabamento
cerâmico.
2.75
2.50
2.25
2.00
1.75 Edificação D
1.50
Edificação E
1.25
1.00 Edificação F
0.75
0.50
0.25
0.00

A edificação E apresentou o maior fator de dano entre todas as


edificações. Isso ocorreu devido ao manchamento predominante em toda a
fachada frontal e posterior, das duas torres, juntamente com os demais danos
detectados em todas as fachadas.
Diante dos resultados obtidos referentes às edificações com acabamento
cerâmico, é possível constatar que não foi possível atribuir correlação entre a
distância ao mar, idade e orientação cardeal de suas fachadas e a deterioração
das mesmas.
É possível identificar que a degradação das edificações com acabamento
cerâmico resultou da ação simultânea entre os diversos agentes de
degradação - no caso específico do manchamento, os agentes biológicos -, os
materiais utilizados na construção e métodos de execução.
Ao realizar a análise do cálculo do FD equivalente, verificou-se que o
mesmo contribuiu com os estudos referentes ao fator de dano de edificações
com tipologias diferentes, sendo neste trabalho, caracterizada pela quantidade
de torres distintas em cada edifício.
149

5.4. Simulação Higrotérmica - Análise das condições ambientais

Para os edifícios estudados, os valores de α (absortância) podem ser


observados na Tabela 17, de acordo com suas respectivas orientações.
Tabela 17 - Orientação e valores de absortância dos edifícios.

ORIENTAÇÃO DA
EDIFICAÇÃO ABSORTÂNCIA
FACHADA
Nordeste; Noroeste;
A 0.383
Sudeste; Sudoeste
Nordeste; Noroeste;
0.49
B Sudeste; Sudoeste
Sudeste; Noroeste 0.771; 0.505; 0.652
Norte; Sul; Leste; Oeste 0.383
C
Norte; Sul 0.787
Norte; Sul; Leste; Oeste,
D Nordeste; Noroeste; 0.489
Sudeste; Sudoeste
Nordeste; Noroeste;
0.707
Sudeste; Sudoeste
E
Nordeste; Noroeste;
0.489
Sudeste; Sudoeste
Norte; Sul; Leste; Oeste,
F Nordeste; Noroeste; 0.712
Sudeste; Sudoeste

Algumas edificações apresentaram valores distintos de absortâncias, já


que possuíam variação de cores entre as fachadas.
A Figura 190 apresenta a distribuição anual das temperaturas máximas
do ar para a cidade de Salvador/BA. Verifica-se que o mês de dezembro é o
que apresenta maior temperatura, com 33,9°C e o mês de julho apresenta a
menor temperatura, com 28,3°C.
150

Figura 190 – Temperaturas do Ar – Máximas Mensais.

40
35
30
TEMPERATURA (c°)

25
20
15
10
5
0

MESES

A Figura 191 apresenta os valores de radiação acumulada mensal por


orientação solar, para a cidade de Salvador.

Figura 191 - Radiação Global Mensal

120000

100000

80000
Leste
Nordeste
RADIAÇÃO (kWh/m²)

60000 Noroeste
Norte
40000 Oeste
Sudeste
20000 Sudoeste
Sul
0

MESES

Em Salvador, a fachada norte é a que recebe maior incidência de


radiação global, expressivamente no período de maio à agosto. Nos meses de
outubro à março, a fachada oeste é a que recebe maior incidência de radiação.
A fachada sul é a menos afetada por radiação nos meses de março à outubro,
151

sendo que no período de inverno ocorre a menor incidência, e nos meses de


verão, a quantidade de radiação se eleva.
Com a simulação também foram obtidos os valores de chuva dirigida. Na
Figura 192 tem-se a chuva dirigida acumulada mensal. Observa-se que, assim
como a radiação, a chuva incidente também varia com a orientação solar.
Tem-se que a fachada com maior incidência de chuva dirigida é a
sudeste. Os meses de junho à outubro apresentam maior incidência de chuva,
meses esses que também apresentam a menor temperatura ao longo do ano.
A fachada noroeste apresenta a menor incidência de chuva dirigida, dentre as
fachadas.
Figura 192 - Chuva dirigida mensal.

50
45
40
CHUVA DIRIGIDA L/m²

35 Leste
30 Nordeste
25 Noroeste
20
Norte
15
Oeste
10
Sudeste
5
Sudoeste
0
Sul

MESES

Vale ressaltar que o período de inverno indicado com maior incidência de


chuva dirigida nas fachadas Sudeste, Leste e Sul, que coincide com a alta
presença de ventos em Salvador, colaboram com a patologia de
manchamentos nas fachadas.
O valor máximo de umidade relativa do ar não apresenta considerável
variação ao longo dos meses do ano, para a cidade de Salvador, como pode
ser observado na Figura 193.
152

Figura 193 – Umidade relativa do ar – Máxima.

100
UMIDADE RELATIVA (%)

80

60

40

20

MESES

A seguir serão apresentados os gráficos de temperatura e umidade da


superfície externa das fachadas, para todos os valores de absortâncias.
 Edifício A

A Figura 194 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


Para todas as fachadas da edificação A, o valor da absortância é 0,383. É
possível observar que a fachada sudoeste apresenta uma temperatura máxima
superficial de maior valor, em relação às demais, no período de novembro à
fevereiro, enquanto a fachada noroeste apresentou maior temperatura
superficial durante o período de março à outubro.
Tratando-se da umidade (Figura 195), a fachada sudeste apresenta
maiores valores de umidade relativa ao longo do ano, sendo esta, a mesma
orientação que apresentou maior FD-Total da edificação A, o que acaba por
contribuir com a grande incidência de manchamento e fissuras.
153

Figura 194 - Temperatura máxima mensal superficial em Salvador

60

50

40
TEMPERATURA (C°)

30 Nordeste
Noroeste
20
Sudeste

10 Sudoeste

MESES

Figura 195 - Umidade relativa mensal - Superfície exterior.

100

80
UMIDADE RELATIVA (%)

60
Nordeste
Noroeste
40
Sudeste
20 Sudoeste

MESES

 Edifício B

A Figura 196 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


Existem diferentes valores de absortância para as orientações da edificação B.
É possível observar que as orientações com maiores absortâncias, sudeste -
0,771, noroeste – 0,771 e 0,652, apresentaram uma temperatura máxima
superficial de maior valor, em relação às demais.
154

Tratando-se da umidade (Figura 197), as fachadas apresentam valores


próximos de umidade relativa ao longo do ano. Porém, com pouca variação
entre as orientações.
Figura 196 - Temperatura máxima mensal superficial em Salvador

60
Sudoeste -
50 Abs: 0.49
Sudeste -
TEMPERATURA (C°)

40 Abs: 0.771
Sudeste -
Abs: 0.49
30 Sudeste -
Abs: 0.505
20 Sudeste -
Abs: 0.652
Nordeste -
10 Abs: 0.49
Noroeste -
0 Abs: 0.652
Noroeste -
Abs: 0.771
Noroeste -
Abs: 0.49
MESES

Figura 197 - Umidade relativa mensal - Superfície exterior.

Sudoeste -
100
Abs: 0.49
UMIDADE RELATIVA (%)

Sudeste -
80 Abs: 0.771
Sudeste -
Abs: 0.49
60 Sudeste -
Abs: 0.505
Sudeste -
40 Abs: 0.652
Nordeste -
Abs: 0.49
20 Noroeste -
Abs: 0.652
Noroeste -
0 Abs: 0.771
Noroeste -
Abs: 0.49
Noroeste -
Abs: 0.505
MESES
155

 Edifício C

A Figura 198 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


As orientações norte e sul, da edificação C, possuem valores distintos de
absortância. É possível observar que no período de março à outubro, a fachada
norte – 0,787, apresentou uma temperatura máxima superficial de maior valor,
em relação às demais, enquanto nos meses de novembro à fevereiro, a
fachada sul – 0,787, obteve maiores valores de temperatura. Sendo a fachada
de orientação sul – 0,383, a que recebe menor temperatura ao longo do ano,
ao mesmo tempo em que apresenta-se como a de maior FD-total.
Tratando-se da umidade (Figura 199), as fachadas apresentam valores
próximos de umidade relativa ao longo do ano. Porém, com pouca variação
entre as orientações.
Figura 198 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior

60
Sul - Abs:
50 0,383
TEMPERATURA (C°)

Leste - Abs:
40 0,383
Oeste - Abs:
30 0,383
Norte - Abs:
20
0,383
10 Norte - Abs:
0,787
0 Sul - Abs:
0,787

MESES

Figura 199 - Umidade relativa mensal - superfície exterior

100
Sul - Abs:
0,383
UMIDADE RELATIVA (%)

80 Leste -
Abs: 0,383
60 Oeste -
Abs: 0,383
Norte -
40 Abs: 0,383
Norte -
20 Abs: 0,787
Sul - Abs:
0,787
0

MESES
156

 Edifício D

A Figura 200 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


Todas as orientações da edificação D possuem os mesmos valores de
absortância – 0,489. É possível observar que no período de abril à agosto, a
fachada noroeste, apresentou uma temperatura máxima superficial de maior
valor, em relação às demais, enquanto nos meses de setembro à março, a
fachada oeste, obteve maiores valores de temperatura. Sendo a fachada de
orientação sul, a que recebe menor temperatura ao longo do ano.
Tratando-se da umidade (Figura 201), as fachadas apresentam valores
próximos de umidade relativa ao longo do ano. Porém, com pouca variação
entre as orientações.
Figura 200 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior

60
Leste
50
Nordeste
TEMPERATURA (C°)

40
Noroeste
30 Norte
20 Oeste

10 Sudeste
Sudoeste
0
Sul

MESES

Figura 201 - Umidade relativa mensal - superfíce exterior

100
Leste
80
UMIDADE RELATIVA (%)

Nordeste
60
Noroeste
40 Norte
20 Oeste

0 Sudeste
Sudoeste
Sul

MESES
157

 Edifício E

A Figura 202 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


As orientações da edificação E possuem valores de absortância distintos. É
possível observar que no período de outubro à fevereiro, a fachada sudoeste –
0,707, apresentou uma temperatura máxima superficial de maior valor, em
relação às demais, enquanto nos meses de março à setembro, a fachada
noroeste – 0,707, obteve maiores valores de temperatura. Sendo a fachada de
orientação sudoeste, a que obteve maior FD-total do edifício E.
Tratando-se da umidade (Figura 203), as fachadas apresentam valores
próximos de umidade relativa ao longo do ano. Porém, com pouca variação
entre as orientações.
Figura 202 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior.

60 Noroeste -
Abs: 0,707
50
TEMPERATURA (C°)

Sudeste -
Abs: 0,707
40 Sudoeste -
30 Abs: 0,707
Nordeste -
20 Abs: 0,707
Nordeste -
10 Abs: 0,489
Sudeste -
0
Abs: 0,489
Noroeste -
Abs: 0,489
Sudoeste -
Abs: 0,489
MESES

Figura 203 - Umidade relativa mensal - superfície exterior.

100 Noroeste -
Abs: 0,707
UMIDADE RELATIVA (%)

80 Sudeste -
Abs: 0,707
Sudoeste -
60 Abs: 0,707
Nordeste -
40 Abs: 0,707
Nordeste -
Abs: 0,489
20 Sudeste -
Abs: 0,489
Noroeste -
0
Abs: 0,489
Sudoeste -
Abs: 0,489
MESES
158

 Edifício F

A Figura 204 apresenta a temperatura máxima na superfície da fachada.


Todas as orientações da edificação F possuem valores de absortância iguais,
0,712. É possível observar que no período de setembro à março, a fachada
oeste apresentou uma temperatura máxima superficial de maior valor, em
relação às demais, enquanto nos meses de abril à agosto, a fachada noroeste
obteve maiores valores de temperatura, senda esta orientação a de maior FD,
com alto número de fissuras observadas, tendo a alta temperatura contribuído
com a sua manifestação.
Tratando-se da umidade, as fachadas apresentam valores próximos de
umidade relativa ao longo do ano. Porém, com pouca variação entre as
orientações.
Figura 204 - Temperaturas máximas mensais - superfície exterior.

60

Leste
50
Nordeste
40 Noroeste
TEMPERATURA (C°)

Norte
30 Oeste
Sudeste
20 Sudoeste
Sul
10

MESES
159

Figura 205 - Umidade relativa mensal - superfície exterior.

100
UMIDADE RELATIVA (%)

80 Leste
Nordeste
60 Noroeste
Norte
40
Oeste
20 Sudeste
Sudoeste
0
Sul

MESES

Diante da análise realizada neste trabalho, é possível observar que, de


forma geral, existem fachadas que recebem uma intensidade muito maior de
agentes de degradação do que outras, e que as diferentes absortâncias podem
influenciar no incremento das ações sobre as fachadas.
Além das características do clima, vale destacar o tipo de ação dos
agentes de degradação, assim como a sua duração ao longo do ano e
incidência para cada orientação da fachada, as particularidades de projeto e
execução de cada sistema de revestimento e as condições de vizinhança, pois,
cada edificação poderá apresentar um desempenho específico, diante das
diversas variáveis aos quais os edifícios são submetidos.
160

6. CONCLUSÕES

Diante do estudo apresentado nesta pesquisa é possível concluir que:

 A ordem da incidência dos danos detectados neste estudo é:


manchamentos, fissuras, pintura-descolamento, eflorescência,
desagregação, desplacamento cerâmico e desplacamento de
revestimento;
 O edifício A apresentou o maior fator de dano dentre os edifícios com
acabamento em pintura, e o edifício E dentre os edifícios com
acabamento cerâmico;
 Os mecanismos de degradação associados às patologias identificadas
foram: Agentes químicos, biológicos, térmicos e mecânicos, de
procedência atmosférica, do solo, ao uso e do projeto;
 Algumas regiões tipo das fachadas apresentaram maior vulnerabilidade
à manifestação de danos. As regiões tipos da fachada em ordem de
incidência de danos foram: sacadas/varandas, paredes contínuas, topo,
transição entre pavimentos, aberturas, cantos e extremidades e nível do
solo; sendo possível verificar a relação existente entre determinadas
patologias e o local de sua ocorrência, ao longo das regiões das
fachadas.
Apesar da quantificação dos danos, identificados nas fachadas, ter sido
realizada considerando a orientação cardeal das mesmas, não foi possível
estabelecer relações entre a orientação cardeal, a idade, proximidade ao mar,
e a quantidade de danos detectados. Sendo possível constatar que sempre
haverá variabilidade da resposta do sistema, de cada edificação, à condição
climática ao qual é submetida.
Com os resultados obtidos na simulação higrotérmica, verificou-se o efeito
dos agentes climáticos na degradação das fachadas. Tendo a temperatura e
umidade contribuído para maiores fatores de dano de determinadas fachadas,
com a alta presença de manchamento e fissuras, além da incidência de chuva
dirigida e ventos.
161

Diante dos resultados, observou-se a necessidade de estudar o


comportamento higrotérmico de forma mais extensiva – em todas as camadas
do sistema construtivo -, no que se refere às anomalias por umidade
(importante agente de degradação) e temperatura, a fim de obter maior
compreensão de suas atuações na degradação dos elementos.
Neste estudo percebeu-se a necessidade de aperfeiçoamento do método,
no que se refere à considerar as condições de vizinhança da edificação, já que
acabam por interferir diretamente no microclima ao qual està submetida e por
consequência, determinará sua degradação. Destacando que algumas
fachadas, de uma mesma edificação, apresentaram diferentes níveis de
degradação.
O ajuste do cálculo do Fator de Dano, utilizando o FD equivalente para
edificações com tipologias diferentes, tratada neste trabalho como quantidades
distintas de torres, contribuiu com avanços no método de análise de
degradação das edificações.
Os resultados obtidos nesta dissertação, quanto à aplicação e adaptação
da metodologia de quantificação, podem ser utilizados como base para estudos
posteriores. Destacando-se a possibilidade da sua utilização para
monitoramento dos sistemas analisados, propiciando definição de estratégias
de manutenção a partir das condições em uso analisadas, ou até mesmo, de
novos métodos construtivos.
162

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Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 1989.
167

UEMOTO, K.L. Patologia: danos causados por eflorescência. In:


Tecnologia de edificações. São Paulo: Pini, 1988.

UEMOTO, K.; AGOPYAM, V.; BRAZOLIM, S. Degradação de pinturas e


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VALLE, S. B. J. Patologia das Alvenarias: Causa / Diagnóstico /


Previsibilidade. Belo Horizonte, 2008.

VILASBOAS, J. M. L. Estudo dos mecanismos de transporte de cloretos no


concreto, suas inter-relações e influência na durabilidade de edificações
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XAVIER, J. P. M. Influência de Projetos e Detalhes Arquitetônicos em


Patologias de Estruturas: Estudos de Caso. Dissertação de Mestrado em
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YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre:


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168

APÊNDICE A - Cálculo dos fatores de danos

As tabelas contidas neste apêndice apresentam o Fator de Dano


individual e Total (FD-Total) e o Fator de Danos das regiões (FDrc) das
fachadas dos seis edifícios estudados.
 EDIFICAÇÃO A

Tabela A.1. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Manchamento Desagregação Desplac.
Fissuras Revest.
207 1177 14 12
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desagreg. FD – Destac.
0,041 0,232 0,003 0,002
FD - TOTAL 0,28

Tabela A.2. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11,68 2 1,00 0,000
Paredes 248,50 168 0,05 0,002
contínuas
Aberturas 325,96 347 0,04 0,002
(janelas,
portas, etc.)
Cantos e 34,80 246 0,34 0,016
extremidades
Transição entre 141,60 96 0,08 0,002
pavimentos
Sacadas ou 125,04 479 0,09 0,009
Varandas
Topo 14,60 72 0,8 0,011
FDrc
TOTAL =
0,042
169

Tabela A.3. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Desagregação Desplac.
Revest.
103 161 152 23
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desagreg. FD – Desplac.
0,037 0,057 0,054 0,008
FD - TOTAL 0,16

Tabela A.4. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 6,00 12 1,00 0,004
Paredes 564,62 207 0,01 0,001
contínuas
Aberturas 15,36 0 0,39 0,000
(janelas, portas,
etc.)
Cantos e 52,20 139 0,11 0,006
extremidades
Transição entre 72,00 38 0,08 0,001
pavimentos
Sacadas ou 0,00 0 0,00 0,000
Varandas
Topo 8,10 43 0,74 0,011
FDrc TOTAL =
0,023

Tabela A.5. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Manchamento Desagregação Desplac.
Fissuras Revest.
98 33 6 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desagreg. FD – Desplac.
0,035 0,012 0,002 0
FD - TOTAL 0,05
170

Tabela A.6. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 6,00 3 1,00 0,001
Paredes contínuas 564,62 23 0,01 0
Aberturas (janelas, 15,36 0 0,39 0
portas, etc.)
Cantos e 52,20 77 0,11 0,003
extremidades
Transição entre 72,00 1 0,08 0
pavimentos
Sacadas ou 0,00 0 0,00 0
Varandas
Topo 8,10 33 0,74 0,009
FDrc TOTAL = 0,013

Tabela A.7. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Manchamento Desagregação Desplac.
Fissuras Revest.
117 79 0 4
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desagreg. FD – Destac.
0,023 0,016 0 0,001
FD - TOTAL 0,04

Tabela A.8. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11,68 6 1,00 0,001
Paredes contínuas 491,70 0 0,02 0
Aberturas (janelas, 444,24 6 0,03 0
portas, etc.)
Cantos e 104,4 102 0,11 0,002
extremidades
Transição entre 18,40 0 0,63 0
pavimentos
Sacadas ou 0,00 0 0,00 0
Varandas
Topo 14,60 86 0,80 0,014
FDrc TOTAL = 0,017
171

 EDIFICAÇÃO B
Tabela A.9. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre Esquerda.

Quantidade de Quantidade de Quantidade de


Fissuras Manchamento Pintura -
Descolamento
281 47 19
FD – Fissura FD – Mancham. FD – Pint.
Descol.
0,121 0,020 0,010
FD - TOTAL 0,15

Tabela A.10. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre Direita.

Quantidade de Quantidade de Quantidade de


Fissuras Manchamento Pintura -
Descolamento
141 132 23
FD – Fissura FD – Mancham. FD – Pint.
Descol.
0,061 0,057 0,010
FD - TOTAL 0,13

Tabela A.11. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste Torre Esquerda.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 3 9 1.00 0.004

Paredes 209.86 157 0.01 0.001


contínuas
Aberturas
(janelas, 68.8 126 0.04 0.002
portas, etc.)
Cantos e 32 21 0.09 0.001
extremidades
Transição entre 45.3 18 0.07 0.001
pavimentos
Sacadas ou 0 0 - 0.000
Varandas
Topo 71.88 16 0.04 0.000

FDrc
TOTAL =
0.009
172

Tabela A.12. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre Direita.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 3 9 1.00 0.004

Paredes 209.86 136 0.01 0.001


contínuas
Aberturas
(janelas, 68.8 117 0.04 0.002
portas, etc.)
Cantos e 32 18 0.09 0.001
extremidades
Transição entre 45.3 6 0.07 0.000
pavimentos
Sacadas ou 0 0 - 0.000
Varandas
Topo 71.88 10 0.04 0.000

FDrc
TOTAL =
0.008

Tabela A.13. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
96 0 20 28
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,041 0 0,009 0,012
FD - TOTAL 0,06

Tabela A.14. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
95 0 33 8
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,041 0 0,014 0,003
FD - TOTAL 0,06
173

Tabela A.15. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 3 16 1.00 0.007
Paredes
contínuas 209.86 84 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 68.8 27 0.04 0.001
Cantos e
extremidades 32 8 0.09 0.000
Transição entre
pavimentos 45.3 5 0.07 0.000
Sacadas ou
Varandas 0 0 - 0.000
Topo 71.88 4 0.04 0.000
FDrc TOTAL =
0,008

Tabela A.16. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 3 16 1.00 0.007
Paredes
contínuas 209.86 53 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 68.8 42 0.04 0.001
Cantos e
extremidades 32 11 0.09 0.000
Transição entre
pavimentos 45.3 0 0.07 0.000
Sacadas ou
Varandas 0 0 - 0.000
Topo 71.88 14 0.04 0.000
FDrc TOTAL =
0,008

Tabela A.17. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Externa.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
526 0 157 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,163 0 0,049 0
FD - TOTAL 0,21
174

Tabela A.18. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Interna.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
386 0 117 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,119 0 0,036 0
FD - TOTAL 0,16

Tabela A.19. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Externa.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 13.65 6 1.00 0.002
Paredes contínuas 385.342 454 0.04 0.005
Aberturas (janelas,
portas, etc.) 93.476 50 0.15 0.002
Cantos e
extremidades 128.77 3 0.11 0.000
Transição entre
pavimentos 92.5 62 0.15 0.003
Sacadas ou
Varandas 0 0 0.00 0.000
Topo 60.9 108 0.22 0.007
FDrc TOTAL = 0,020

Tabela A.20. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Interna.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 13.65 0 1.00 0.000
Paredes contínuas 385.342 360 0.04 0.004
Aberturas (janelas,
portas, etc.) 93.476 7 0.15 0.000
Cantos e
extremidades 128.77 14 0.11 0.000
Transição entre
pavimentos 92.5 60 0.15 0.003
Sacadas ou
Varandas 0 0 0.00 0.000
Topo 60.9 62 0.22 0.004
FDrc TOTAL = 0,012

Tabela A.21. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Externa.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
358 0 33 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,111 0 0,010 0
FD - TOTAL 0,12
175

Tabela A.22. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Interna.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura – desc. Desplac.
cerâmico.
307 0 23 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,095 0 0,007 0
FD - TOTAL 0,10
Tabela A.23. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Externa.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11,68 0 1,00 0.000
Paredes contínuas 491,70 275 0,02 0.003
Aberturas (janelas, 444,24 0,03
portas, etc.) 16 0.001
Cantos e 104,4 0,11
extremidades 0 0.000
Transição entre 18,40 0,63
pavimentos 37 0.002
Sacadas ou 0,00 0,00
Varandas 0 0.000
Topo 14,60 63 0,80 0.004
FDrc TOTAL = 0,010

Tabela A.24. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Interna.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11,68 0 1,00 0.000
Paredes contínuas 491,70 227 0,02 0.002
Aberturas (janelas, 444,24 0,03
portas, etc.) 8 0.000
Cantos e 104,4 0,11
extremidades 4 0.000
Transição entre 18,40 0,63
pavimentos 54 0.002
Sacadas ou 0,00 0,00
Varandas 0 0.000
Topo 14,60 37 0,80 0.003
FDrc TOTAL = 0,007

 EDIFÍCIO C
Tabela A.25. Fator de Danos Total da Fachada Sul / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
0 3156 15
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0 0,411 0,002
FD -TOTAL 0,41
176

Tabela A.26. Fator de Danos Total da Fachada Sul / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
39 2887 18
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0,005 0,376 0,002
FD -TOTAL 0,38

Tabela A.27. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sul / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 16.37 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 610.92 1939 0.03 0.007
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 496.5 309 0.03 0.001
Cantos e
extremidades 74.5 172 0.22 0.005
Transição entre
pavimentos 231 319 0.07 0.003
Sacadas ou
Varandas 111.5 121 0.15 0.002
Topo 83.76 2250 0.20 0.057
FDrc TOTAL =
0,076

Tabela A.28. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sul / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 16.37 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 610.92 1808 0.03 0.006
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 496.5 283 0.03 0.001
Cantos e
extremidades 74.5 159 0.22 0.005
Transição entre
pavimentos 231 204 0.07 0.002
Sacadas ou
Varandas 111.5 142 0.15 0.003
Topo 83.76 2156 0.20 0.055
FDrc TOTAL =
0,072
177

Tabela A.29. Fator de Danos Total da Fachada Norte / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
0 234 19
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0 0,031 0,002
FD -TOTAL 0,03

Tabela A.30. Fator de Danos Total da Fachada Norte / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
0 393 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0 0,051 0
FD -TOTAL 0,05

Tabela A.31. Fator de Danos das Regiões da Fachada Norte / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 16.37 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 610.92 23 0.03 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 496.5 8 0.03 0.000
Cantos e
extremidades 74.5 0 0.22 0.000
Transição entre
pavimentos 231 0 0.07 0.000
Sacadas ou
Varandas 111.5 0 0.15 0.000
Topo 83.76 245 0.20 0.006
FDrc TOTAL =
0,006
178

Tabela A.32. Fator de Danos das Regiões da Fachada Norte / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 16.37 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 610.92 3 0.03 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 496.5 110 0.03 0.000
Cantos e
extremidades 74.5 35 0.22 0.001
Transição entre
pavimentos 231 0 0.07 0.000
Sacadas ou
Varandas 111.5 0 0.15 0.000
Topo 83.76 251 0.20 0.006
FDrc TOTAL =
0,007

Tabela A.33. Fator de Danos Total da Fachada Oeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
7 148 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0,001 0,029 0
FD -TOTAL 0,03

Tabela A.34. Fator de Danos das Regiões da Fachada Oeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 6.4 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 856.62 9 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 97.25 6 0.07 0.000
Cantos e
extremidades 75 0 0.09 0.000
Transição entre
pavimentos 64.25 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 0 0 - 0.000
Topo 29.1 149 0.22 0.006
FDrc TOTAL =
0,006
179

Tabela A.35. Fator de Danos Total da Fachada Leste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Pintura-
descolam.
7 140 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Desplac.
0,001 0,028 0
FD -TOTAL 0,03

Tabela A.36. Fator de Danos das Regiões da Fachada Leste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 6.4 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 856.62 7 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 97.25 0 0.07 0.000
Cantos e
extremidades 75 0 0.09 0.000
Transição entre
pavimentos 64.25 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 0 0 - 0.000
Topo 29.1 147 0.22 0.006
FDrc TOTAL =
0,006

 EDIFÍCIO D

Tabela A.37. Fator de Danos Total da Fachada Leste / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
63 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,005 0
FD - TOTAL 0,01
180

Tabela A.38. Fator de Danos das Regiões da Fachada Leste / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 33.28 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 2104.62 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 319.7 0 0.10 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.36 0.000
Transição entre
pavimentos 174 0 0.19 0.000
Sacadas ou
Varandas 371.2 66 0.09 0.000
Topo 53 0 0.63 0.000
FDrc
TOTAL = 0

Tabela A.39. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
53 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,004 0
FD - TOTAL 0,00

Tabela A.40. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 33.28 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 2104.62 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 319.7 0 0.10 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.36 0.000
Transição entre
pavimentos 174 0 0.19 0.000
Sacadas ou
Varandas 371.2 53 0.09 0.000
Topo 53 0 0.63 0.000
FDrc
TOTAL = 0
181

Tabela A.41. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
53 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,005 0
FD - TOTAL 0,01

Tabela A.41. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 33.28 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 2104.62 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 319.7 0 0.10 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.36 0.000
Transição entre
pavimentos 174 0 0.19 0.000
Sacadas ou
Varandas 371.2 63 0.09 0.000
Topo 53 0 0.63 0.000
FDrc
TOTAL = 0

Tabela A.42. Fator de Danos Total da Fachada Sul / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
8 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,001 0
FD - TOTAL 0,00
182

Tabela A.43. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sul / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 8 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0

Tabela A.44. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
0 3
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0 0
FD - TOTAL 0,00

Tabela A.45. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 3 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 0 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0
183

Tabela A.46. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
8 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,001 0
FD - TOTAL 0,00

Tabela A.47. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 8 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0

Tabela A.48. Fator de Danos Total da Fachada Norte / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
8 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,001 0
FD - TOTAL 0,00
184

Tabela A.49. Fator de Danos das Regiões da Fachada Norte / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 8 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0

Tabela A.50. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
8 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,001 0
FD - TOTAL 0,00

Tabela A.51. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 8 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0
185

Tabela A.52. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Eflorescência desplac. Cerâm.
5 0
FD – Efloresc. FD – Mancham.
0,001 0
FD - TOTAL 0,00

Tabela A.53. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 30.2 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 1209.65 0 0.02 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 169.36 0 0.18 0.000
Cantos e
extremidades 93.38 0 0.32 0.000
Transição entre
pavimentos 290 0 0.10 0.000
Sacadas ou
Varandas 81.49 5 0.37 0.000
Topo 156.85 0 0.19 0.000
FDrc
TOTAL = 0

 EDIFÍCIO E

Tabela A.54. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
13 5130 12 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,002 0,900 0,002 0
FD - TOTAL 0,90

Tabela A.55. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
26 5130 10 4
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,005 0,900 0,002 0,001
FD - TOTAL 0,91
186

Tabela A.56. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 29 1.00 0.005
Paredes
contínuas 575.1 397 0.02 0.002
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 90.08 337 0.15 0.009
Cantos e
extremidades 22 120 0.61 0.013
Transição entre
pavimentos 59.78 915 0.22 0.036
Sacadas ou
Varandas 502.6 2996 0.03 0.014
Topo 91.12 361 0.15 0.009
FDrc TOTAL =
0,088

Tabela A.57. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 29 1.00 0.005
Paredes
contínuas 575.1 397 0.02 0.002
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 90.08 337 0.15 0.009
Cantos e
extremidades 22 120 0.61 0.013
Transição entre
pavimentos 59.78 915 0.22 0.036
Sacadas ou
Varandas 502.6 2996 0.03 0.014
Topo 91.12 376 0.15 0.010
FDrc TOTAL =
0,088

Tabela A.58. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
44 4417 0 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,008 0,775 0 0
FD - TOTAL 0,78
187

Tabela A.59. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
44 4417 0 0
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,008 0,775 0 0
FD - TOTAL 0,78

Tabela A.60. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 11.45 29 1.00 0.005
Paredes
contínuas 27.59 76 0.42 0.006
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 638.28 57 0.02 0.000
Cantos e
extremidades 0 8 - 0.000
Transição entre
pavimentos 58.8 915 0.19 0.031
Sacadas ou
Varandas 562.38 2996 0.02 0.011
Topo 91.12 380 0.13 0.008
FDrc TOTAL =
0,061

Tabela A.61. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 11.45 29 1.00 0.005
Paredes
contínuas 27.59 76 0.42 0.006
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 638.28 57 0.02 0.000
Cantos e
extremidades 0 8 - 0.000
Transição entre
pavimentos 58.8 915 0.19 0.031
Sacadas ou
Varandas 562.38 2996 0.02 0.011
Topo 91.12 380 0.13 0.008
FDrc TOTAL =
0,061
188

Tabela A.62. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
85 1535 137 32
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,015 0,269 0,024 0,006
FD - TOTAL 0,31

Tabela A.63. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
63 1444 20 57
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,011 0,253 0,004 0,1
FD - TOTAL 0,28

Tabela A.64. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 959.43 134 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 148.24 143 0.09 0.002
Cantos e
extremidades 44 112 0.31 0.006
Transição entre
pavimentos 59.78 467 0.22 0.018
Sacadas ou
Varandas 96.6 748 0.14 0.018
Topo 80 185 0.17 0.005
FDrc TOTAL =
0,051
189

Tabela A.65. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 959.43 147 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 148.24 141 0.09 0.002
Cantos e
extremidades 44 112 0.31 0.006
Transição entre
pavimentos 59.78 468 0.22 0.018
Sacadas ou
Varandas 96.6 609 0.14 0.015
Topo 80 107 0.17 0.003
FDrc TOTAL =
0,045

Tabela A.66. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre Esquerda.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
78 1480 50 28
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,014 0,260 0,009 0,005
FD - TOTAL 0,29

Tabela A.67. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre Direita.

Quantidade Quantidade de Quantidade de Quantidade de


de Fissuras Manchamento Efloresc. Desplac.
cerâmico.
65 1450 23 38
FD - fissura FD – Mancham. FD – Pint. Desc. FD – Desplac.
0,011 0,254 0,004 0,007
FD - TOTAL 0,28
190

Tabela A.68. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre Esquerda.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 959.43 157 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 148.24 149 0.09 0.002
Cantos e
extremidades 44 116 0.31 0.006
Transição entre
pavimentos 59.78 471 0.22 0.019
Sacadas ou
Varandas 96.6 603 0.14 0.015
Topo 80 140 0.17 0.004
FDrc TOTAL =
0,046

Tabela A.69. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre Direita.

Região Área da Quantidade Fator de FDrc


região de de Danos correção - FC
análise (m²)
Nível do solo 13.45 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 959.43 158 0.01 0.000
Aberturas
(janelas, portas,
etc.) 148.24 143 0.09 0.002
Cantos e
extremidades 44 114 0.31 0.006
Transição entre
pavimentos 59.78 479 0.22 0.019
Sacadas ou
Varandas 96.6 610 0.14 0.015
Topo 80 72 0.17 0.002
FDrc TOTAL =
0,044

 EDIFÍCIO F

Tabela A.70. Fator de Danos Total da Fachada Leste / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
115 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,025 0
FD - TOTAL 0,03
191

Tabela A.71. Fator de Danos das Regiões da Fachada Leste / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 11.42 28 0.99 0.006
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 122.63 16 0.09 0.000
Cantos e
extremidades 58.88 56 0.19 0.002
Transição entre
pavimentos 88.35 13 0.13 0.000
Sacadas ou
Varandas 312.55 0 0.04 0.000
Topo 22.5 2 0.50 0.000
FDrc
TOTAL =
0.008

Tabela A.72. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
153 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,034 0
FD - TOTAL 0,03

Tabela A.73. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção -
FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 11.42 38 0.99 0.008
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 122.63 20 0.09 0.000
Cantos e
extremidades 58.88 76 0.19 0.003
Transição entre
pavimentos 88.35 17 0.13 0.000
Sacadas ou
Varandas 312.55 0 0.04 0.000
Topo 22.5 2 0.50 0.000
FDrc TOTAL =
0.006
192

Tabela A.74. Fator de Danos Total da Fachada Sudeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
61 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,014 0
FD - TOTAL 0,01

Tabela A.75. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 11.42 19 0.99 0.004
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 122.63 8 0.09 0.000
Cantos e
extremidades 58.88 22 0.19 0.001
Transição entre
pavimentos 88.35 9 0.13 0.000
Sacadas ou
Varandas 312.55 0 0.04 0.000
Topo 22.5 3 0.50 0.000
FDrc
TOTAL =
0.005

Tabela A.76. Fator de Danos Total da Fachada Oeste / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
473 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,105 0
FD - TOTAL 0,10
193

Tabela A.77. Fator de Danos das Regiões da Fachada Oeste / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 500.3 154 0.02 0.001
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 162.62 122 0.07 0.002
Cantos e
extremidades 58.88 56 0.19 0.002
Transição entre
pavimentos 88.35 39 0.13 0.001
Sacadas ou
Varandas 72.2 16 0.16 0.001
Topo 22.5 86 0.50 0.010
FDrc
TOTAL =
0.017

Tabela A.78. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
482 9
FD – Fissura FD – Mancham.
0,107 0
FD - TOTAL 0,11

Tabela A.79. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção -
FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 500.3 152 0.02 0.001
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 162.62 155 0.07 0.002
Cantos e
extremidades 58.88 74 0.19 0.003
Transição entre
pavimentos 88.35 37 0.13 0.001
Sacadas ou
Varandas 72.2 1 0.16 0.000
Topo 22.5 72 0.50 0.008
FDrc TOTAL =
0.015
194

Tabela A.80. Fator de Danos Total da Fachada Noroeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
317 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,070 0
FD - TOTAL 0,07

Tabela A.81. Fator de Danos das Regiões da Fachada Noroeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 11.25 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 500.3 101 0.02 0.001
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 162.62 94 0.07 0.001
Cantos e
extremidades 58.88 23 0.19 0.001
Transição entre
pavimentos 88.35 46 0.13 0.001
Sacadas ou
Varandas 72.2 0 0.16 0.000
Topo 22.5 53 0.50 0.006
FDrc
TOTAL =
0.010

Tabela A.82. Fator de Danos Total da Fachada Norte / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
336 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,109 0
FD - TOTAL 0,11
195

Tabela A.83. Fator de Danos das Regiões da Fachada Norte / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 2.71 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 99 0.01 0.001
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 101 0.03 0.002
Cantos e
extremidades 47.4 42 0.06 0.003
Transição entre
pavimentos 108.3 42 0.03 0.002
Sacadas ou
Varandas 26.22 24 0.00 0.001
Topo 66 28 0.04 0.005
FDrc
TOTAL =
0.014

Tabela A.84. Fator de Danos Total da Fachada Nordeste / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
286 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,093 0
FD - TOTAL 0,09

Tabela A.85. Fator de Danos das Regiões da Fachada Nordeste / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção -
FC
Nível do solo 2.71 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 122 0.01 0.001
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 75 0.03 0.002
Cantos e
extremidades 47.4 13 0.06 0.001
Transição entre
pavimentos 108.3 23 0.03 0.001
Sacadas ou
Varandas 26.22 0 0.00 0.000
Topo 66 53 0.04 0.009
FDrc TOTAL =
0.014
196

Tabela A.86. Fator de Danos Total da Fachada Leste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
141 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,046 0
FD - TOTAL 0,05

Tabela A.87. Fator de Danos das Regiões da Fachada Leste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 2.71 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 30 0.01 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 33 0.03 0.000
Cantos e
extremidades 47.4 10 0.06 0.000
Transição entre
pavimentos 108.3 13 0.03 0.000
Sacadas ou
Varandas 26.22 0 0.00 0.000
Topo 66 55 0.04 0.001
FDrc
TOTAL =
0.001

Tabela A.88. Fator de Danos Total da Fachada Sul / Torre A.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
178 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,058 0
FD - TOTAL 0,06
197

Tabela A.89. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sul / Torre A.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 2.71 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 52 0.01 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 62 0.03 0.001
Cantos e
extremidades 47.4 7 0.06 0.000
Transição entre
pavimentos 108.3 9 0.03 0.000
Sacadas ou
Varandas 26.22 11 0.00 0.000
Topo 66 37 0.04 0.000
FDrc
TOTAL =
0.001

Tabela A.90. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre B.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
187 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,061 0
FD - TOTAL 0,06

Tabela A.91. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre B.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção -
FC
Nível do solo 2.71 1 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 71 0.01 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 70 0.03 0.001
Cantos e
extremidades 47.4 13 0.06 0.000
Transição entre
pavimentos 108.3 20 0.03 0.000
Sacadas ou
Varandas 26.22 0 0.00 0.000
Topo 66 12 0.04 0.000
FDrc TOTAL =
0.001
198

Tabela A.92. Fator de Danos Total da Fachada Sudoeste / Torre C.

Quantidade de Quantidade de
Fissuras desplac. Cerâm.
128 0
FD – Fissura FD – Mancham.
0,042 0
FD - TOTAL 0,04

Tabela A.93. Fator de Danos das Regiões da Fachada Sudoeste / Torre C.

Região Área da região Quantidade Fator de FDrc


de análise (m²) de Danos correção - FC
Nível do solo 2.71 0 1.00 0.000
Paredes
contínuas 373.71 58 0.01 0.000
Aberturas
(janelas,
portas, etc.) 91.828 35 0.03 0.000
Cantos e
extremidades 47.4 15 0.06 0.000
Transição entre
pavimentos 108.3 20 0.03 0.000
Sacadas ou
Varandas 26.22 0 0.00 0.000
Topo 66 0 0.04 0.000
FDrc
TOTAL =
0.000

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