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MINISTÉRIO DA ECONOMIA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

FUNDO DE COMPENSAÇÃO
DE VARIAÇÕES SALARIAIS
FCVS
(Unidade de Contexto)

RELATÓRIO DE GESTÃO
EXERCÍCIO 2020
Relatório de Gestão do FCVS, elaborado pela Caixa
Econômica Federal, Administradora do Fundo, como parte
referenciada no Relatório de Gestão do exercício de 2020
apresentado pela Unidade Prestadora de Contas -
Ministério da Economia - nos termos do parágrafo único
do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo
com as disposições da IN TCU nº 84/2020 e da DN TCU
nº 187/2020.

SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL
FUNDOS DE GOVERNO
Responsável pela elaboração

Brasília, 2021

Consultas do Portal Jurídico 3.182.704 e 3.224.725

1
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

AF Agente(s) Financeiro(s)
AGU Advocacia-Geral da União
ANS Acordo de Nível de Serviço
ASH/SFH Apólice do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
BACEN Banco Central do Brasil
BAJ Banco de Ações Judiciais
BNH Banco Nacional da Habitação
CADMUT Cadastro Nacional de Mutuários
CAIXA Caixa Econômica Federal
CCFCVS Conselho Curador do Fundo de Compensação de Variações Salariais
CECVS Centralizadora Nacional Operação do FCVS
CEDES/BR Centralizadora Nacional Desenvolvimento de TI – BR
CEDES/RJ Centralizadora Nacional Desenvolvimento de TI – RJ
CEHAG Centralizadora Nacional Garantias Habitacionais
CFGL Conselho de Fundos Governamentais e Loterias
CGU Controladoria-Geral da União
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CVS Título Público Federal emitido na novação do FCVS
DOU Diário Oficial da União
DEFUS Diretoria Executiva Fundos de Governo
DFI Danos Físicos no Imóvel
DN Decisão Normativa
e-SIC Serviço de Informações ao Cidadão – eletrônico
FCVS Fundo de Compensação de Variações Salariais
FCVSCONT Sistema de Controle de Arrecadação e Inadimplência do FCVS
FCVS Garantia Extinto Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
(SH/SFH)
FES/FESA Fundo de Equalização de Sinistralidade da Apólice do Seguro
Habitacional
FUNDHAB Fundo de Assistência Habitacional
GEACR Gerência Nacional Atendimento e Cobrança Remota
GECTC Gerência Nacional Contabilidade de Terceiros
GECVS Gerência Nacional Administração do FCVS
GED Gerenciamento Eletrônico de Documentos
GEORC Gerência Nacional Orçamento
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IN Instrução Normativa
IIA The Institute of Internal Auditors
IIA Brasil Instituto dos Auditores Internos do Brasil
IIRC International Integrated Reporting Council – Conselho Internacional de
Relato Integrado
LFT Letra Financeira do Tesouro
LGPD Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018)
LOA Lei Orçamentária Anual
MCASP Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

2
ME Ministério da Economia, conforme art. 57 da MP nº 870, de 1º de janeiro
de 2019
MIP Morte ou Invalidez Permanente
MP Medida Provisória
NBC-TSP Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas do Setor Público
OUVID Ouvidoria
PCO Plano de Continuidade Operacional de TI
PCS Plano de Cargos e Salários
PDTI Plano Diretor de TI
PFG Plano de Funções Gratificadas
PGFN Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
PSIC Programa de Seleção Interna por Competência
PwC PricewaterhouseCoopers International Limited
RAI Relatório de Auditoria Independente
RC Resolução do Conselho de Administração
RCC Responsabilidade Civil do Construtor
REsp Recurso Especial
SAC Serviço de Atendimento ao Cliente
SCA Seguro de Crédito ao Adquirente
SFC Secretaria Federal de Controle Interno
SFH Sistema Financeiro da Habitação
SH/SFH Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
SIAHA Sistema de Acompanhamento das Habilitações
SIAHA Web Sistema de Acompanhamento das Habilitações (versão Web)
SIC Serviço de Informações ao Cidadão
SICAJ Sistema de Controle de Ações Judiciais
SICDM Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários
SICMU Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários (em substituição ao SICDM)
SICOF Sistema de Contabilidade de Entidades Sociais Administradas
SICVS Sistema de Administração do FCVS
SICTR Sistema de Controle de Contribuições ao FCVS
SIFCG Sistema do FCVS Garantia
SIGCF Sistema de Gestão dos Custos dos Fundos
SIJUR Sistema Jurídico Informatizado da CAIXA
SINFS Sistema Núcleo de Informações Compartilhadas de Fundos e Seguros
SISFIN Sistema Financeiro da CAIXA
SISMN Sistema de Manual Normativo
SISRH Sistema de Recursos Humanos
SIWFC Sistema de Automatização do Processo de Análise dos Documentos do
FCVS
SIWFS Sistema de Workflow do FCVS
STF Supremo Tribunal Federal
STJ Superior Tribunal de Justiça
STN Secretaria do Tesouro Nacional
SUFUS Superintendência Nacional Fundos de Governo
SUSEP Superintendência de Seguros Privados
TCU Tribunal de Contas da União
TI Tecnologia da Informação

3
UPC Unidade Prestadora de Contas
VAF Valor de Avaliação de Financiamento
VEC Valor Estimado de Condenação
VIMAR Vice-Presidência Agente Operador
VIPES Vice-Presidência Pessoas

LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Ações Estratégicas FCVS 2020 ................................................................................. 19

Quadro 2 - Perspectivas FCVS 2021 ............................................................................................ 24

Quadro 3 - Ações Estratégicas FCVS Garantia 2020 ................................................................... 25

Quadro 4 - Perspectivas FCVS Garantia 2021 ............................................................................. 28

Quadro 5 - Análise do FCVS........................................................................................................ 30

Quadro 6 - Instrução de Processos de Novação ........................................................................... 30

Quadro 7 - Glossário dos Componentes dos Indicadores de Desempenho .................................. 31

Quadro 8 - Conceito e Valor dos Parâmetros – Estoque .............................................................. 31

Quadro 9 - Conceito e Valor dos Parâmetros – Produtividade..................................................... 32

Quadro 10 - Descrição do Indicador IUCP .................................................................................. 32

Quadro 11 - Série Histórica do Indicador IUCP .......................................................................... 33

Quadro 12 - Descrição do Indicador ICPA .................................................................................. 33

Quadro 13 - Série Histórica do Indicador ICPA .......................................................................... 34

Quadro 14 - Descrição do Indicador IQAR .................................................................................. 34

Quadro 15 - Série Histórica do Indicador IQAR .......................................................................... 35

Quadro 16 - Descrição do Indicador IVNF .................................................................................. 35

Quadro 17 - Série histórica do indicador IVNF ........................................................................... 36

Quadro 18 - Novação: situação dos créditos ............................................................................... 37

Quadro 19 - Análise de pedidos de ressarcimento às seguradoras ............................................... 38

Quadro 20 - Manifestação de interesse para ingressos nas ações judiciais .................................. 38

4
Quadro 21 - Descrição do Indicador IRCA .................................................................................. 38

Quadro 22 - Série Histórica do Indicador IRCA .......................................................................... 39

Quadro 23 - Descrição do Indicador IEOF ................................................................................... 39

Quadro 24 - Série Histórica do Indicador IEOF ........................................................................... 40

Quadro 25 - Tipos de Riscos para o FCVS .................................................................................. 43

Quadro 26 - Saldo financeiro das aplicações do FCVS ............................................................... 50

Quadro 27 – Execução orçamentária do FCVS 2020 .................................................................. 51

Quadro 28 – Força de trabalho do FCVS ..................................................................................... 56

Quadro 29 - Extrato da Movimentação da Força de Trabalho do FCVS ..................................... 56

Quadro 30 - Distribuição da Força de Trabalho por Área e Situação Funcional ......................... 57

Quadro 31 - Distribuição da Força de Trabalho por Tipo de Cargo............................................. 57

Quadro 32 - Força de Trabalho por Sexo e Tipologia do Cargo .................................................. 57

Quadro 33 - Composição da Força de Trabalho por Tipologia do Cargo e Etnia ........................ 58

Quadro 34 - Distribuição de Empregado por Faixa Salarial ........................................................ 59

Quadro 35 - Distribuição da Força de Trabalho por Faixa Etária ................................................ 60

Quadro 36 – Designação por Processo Seletivo .......................................................................... 61

Quadro 37 - Custo com Pessoal .................................................................................................... 61

Quadro 38 – Horas de Estudo por Equipe .................................................................................... 62

Quadro 39 – Horas de Capacitação .............................................................................................. 63

Quadro 40 - Nível de Formação da Força de Trabalho ................................................................ 63

Quadro 41 – Principais Desafios e Ações Futuras na Gestão de Pessoas .................................... 63

Quadro 42 - Demonstrativo CADMUT ........................................................................................ 65

Quadro 43 - Custo com Sistemas do FCVS – 2020 ..................................................................... 70

Quadro 44 - Principais desafios e ações futuras na gestão de TI ................................................. 72

Quadro 45 – Custo Administrativo FCVS 2020 – Perspectiva Análise de Dossiês ..................... 74

Quadro 46 – Custo Administrativo do FCVS 2020 – Perspectiva Tipo de Atividade ................. 74

Quadro 47 – Taxa de Administração do FCVS – 2020 ................................................................ 75

5
Quadro 48 - Estrutura do Custo Administrativo FCVS Garantia 2020 ........................................ 75

Quadro 49 – Série histórica da Taxa de Administração do FCVS ............................................... 76

Quadro 50 – Receita do FCVS Garantia ...................................................................................... 76

Quadro 51 – Despesas do FCVS Garantia.................................................................................... 77

Quadro 52 – Pagamento de Despesas e Indenizações Judiciais ................................................... 78

Quadro 53 - Extrato das Ocorrências de Atendimento ao Cidadão .............................................. 83

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Missão, Valores e Visão .............................................................................................. 11

Figura 2 - Capitais do FCVS ....................................................................................................... 13

Figura 3 - Geração de Valor pelo FCVS ...................................................................................... 18

Figura 4 - Modelo de Gestão ........................................................................................................ 18

Figura 5 - Força de Trabalho da Administradora do FCVS por Gênero ..................................... 57

Figura 6 - Quantidade de Pessoas com Deficiência da Força de Trabalho .................................. 58

Figura 7 - Modelo de Governança do FCVS ................................................................................ 81

Figura 8 - Principais Canais de Comunicação .............................................................................. 83

LISTA DE ANEXOS

– Demonstrações Contábeis 2020;

– Parecer da Auditoria Independente;

– Avaliação Atuarial.

6
APRESENTAÇÃO

Informações do FCVS. Relatório de Gestão do FCVS. Parte referenciada no


Relatório de Gestão do Ministério da Economia - exercício 2020

A DN TCU nº 187, de 9.9.2020, divulgou a relação das unidades prestadoras de contas (UPC),
estabeleceu os elementos de conteúdo do relatório de gestão que devem ser por ela apresentados e
definiu os prazos de atualização das informações que integram a prestação de contas da
administração pública federal.

O FCVS não está listado em tal DN como UPC individual; contudo, prevê o §3º do art. 3º dessa
norma que “os fundos que não estiverem listados como no Anexo I devem ter as informações de
sua gestão integradas à prestação de contas do ministério em cuja política de governo estejam
inseridos e/ou pelo qual sejam supervisionados”, motivo pelo qual constam informações sobre a
gestão do Fundo no Relatório de Gestão Integrado do Ministério da Economia, UPC a que está
vinculado.

No entanto, apesar da não obrigatoriedade de prestação de contas diretamente ao TCU, o objetivo


deste Relatório de Gestão consiste em disponibilizar informações que possibilitem à sociedade a
compreensão do papel do FCVS no âmbito das políticas habitacionais do Governo Federal e a
demonstração transparente da boa e regular administração/gestão do Fundo, apresentando o
desempenho operacional, financeiro, orçamentário, patrimonial, contábil e atuarial do FCVS.

Sobre o Relatório de Gestão

• Visão Geral do FCVS – traz características gerais do Fundo e demonstra a finalidade e a forma
de atuação do FCVS;

• Valor Público, Objetivos e Metas – demonstra o fluxo de geração de valor do FCVS e os


resultados que se pretendeu alcançar e a sua definição em termos quantitativos;

• Indicadores de Desempenho – demonstra o desempenho atingido no exercício de referência e a


sua comparação com os exercícios anteriores;

• Gestão de Riscos e Controles Internos – demonstra quais são os mecanismos de controle


estabelecidos para alcançar os objetivos do FCVS

• Orçamento do FCVS – traz o orçamento aprovado para o exercício;

• Alocação de recursos – demonstra como foram gerenciados os recursos orçamentários,


humanos, tecnológicos e outros, sob o ponto de vista da eficiência e da conformidade;

• Governança – demonstra o modelo de governança e o alinhamento com as partes interessadas;

• Anexos.
Assinado de forma digital por Assinado de forma digital por
RODRIGO SCHEKIERA RODRIGO SCHEKIERA FRANCO CINTIA LIMA TEIXEIRA CINTIA LIMA TEIXEIRA DE
FRANCO DOS DOS SANTOS:31667935852 DE CASTRO:09388932706
Dados: 2021.04.29 17:40:26
SANTOS:31667935852 -03'00' CASTRO:09388932706 Dados: 2021.04.29 20:30:18
-03'00'

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................ 7
Capítulo 01 ....................................................................................................................................10
Visão Geral do FCVS ....................................................................................................................10
Identificação, Missão e Visão do FCVS ................................................................................................. 10
Estrutura Organizacional do FCVS ........................................................................................................ 11
Gestão do FCVS ..................................................................................................................................... 12
Capitais do FCVS ................................................................................................................................... 12
Ações Judiciais ....................................................................................................................................... 13
Capítulo 02 ....................................................................................................................................17
Valor Público, Objetivos e Metas ..................................................................................................17
Geração de valor pelo FCVS .................................................................................................................. 17
Cadeia de valor – FCVS ......................................................................................................................... 19
Cadeia de Valor – FCVS Garantia .......................................................................................................... 25
Capítulo 03 ....................................................................................................................................30
Indicadores de Desempenho..........................................................................................................30
Indicadores de desempenho do FCVS .................................................................................................... 30
Indicadores de desempenho do FCVS Garantia ..................................................................................... 38
Capítulo 04 ....................................................................................................................................42
Gestão de Riscos e Controles Internos .......................................................................................... 42
Principais riscos para o FCVS ................................................................................................................ 42
Modelo de gestão de riscos e controles................................................................................................... 44
Respostas aos riscos ................................................................................................................................ 46
Capítulo 05 ....................................................................................................................................49
Orçamento do FCVS......................................................................................................................49
Gerenciamento do orçamento do FCVS ................................................................................................. 49
Gestão Orçamentária e Financeira .......................................................................................................... 51
Capítulo 06 ....................................................................................................................................54
Alocação de Recursos ....................................................................................................................54
Gestão de Pessoas ................................................................................................................................... 54
Gestão de Licitação e Contratos ............................................................................................................. 64
Gestão da Tecnologia da Informação ..................................................................................................... 65
Gestão de Custos..................................................................................................................................... 72
Sustentabilidade Ambiental .................................................................................................................... 78

8
Capítulo 07 ....................................................................................................................................79
Governança ...................................................................................................................................79
Modelo de Governança do FCVS ........................................................................................................... 79
Comunicação com a sociedade e partes interessadas no FCVS .............................................................. 82
Recomendações dos Órgãos de Controle ................................................................................................ 84

9
Capítulo 01
Visão Geral do FCVS

Identificação, Missão e Visão do FCVS

Criado no âmbito do SFH pela Resolução nº 25, de 1967, do Conselho de Administração do BNH,
o FCVS é um fundo público, de natureza contábil e financeira, vinculado ao ME. Nos últimos 52
anos, diversas normas provocaram gradativa ampliação do escopo de atuação do FCVS cuja razão
de existir justifica-se, ante a necessidade de se minimizar o déficit habitacional no país, pelo
número de mutuários beneficiados no âmbito do SFH, uma vez que, ao cumprir sua finalidade
precípua de garantir o limite de prazo para amortização da dívida aos adquirentes de habitações
financiadas nesse sistema e ao assumir, entre outros, os direitos e obrigações do extinto SH/SFH
(atual FCVS Garantia), o Fundo propicia a democratização do direito social à moradia.

A responsabilidade institucional do FCVS apresenta-se nas seguintes finalidades: (i) garantir o


limite de prazo para a amortização dos financiamentos habitacionais, contraídos pelos mutuários
no âmbito do SFH, assumindo, em nome do mutuário, o saldo devedor residual no decurso do
prazo de financiamento contratado; (ii) assumir, em nome do mutuário, os descontos concedidos
nas liquidações antecipadas, nas renegociações e nas transferências de contratos de financiamento
habitacional, observada a legislação de regência; (iii) liquidar as operações remanescentes do
extinto SCA e (iv) assumir, em razão da Lei nº 12.409, de 2011, o saldo devedor de financiamento
habitacional, total ou parcial, em caso de MIP, e assumir, também, as despesas de recuperação ou
indenização decorrentes de DFI e as perdas de RCC.

Para desempenhar o papel institucional do FCVS, os recursos do Fundo constituem-se de: (i)
capital inicial constituído em 16/06/1967, conforme item 9 da RC/BNH nº 25, de 1967; (ii)
contribuição mensal de responsabilidade do mutuário de unidade habitacional, instituída pelo
Decreto-Lei nº 2.164, de 1984; (iii) dotação orçamentária da União, prevista na RC/BNH nº 25,
de 1967, e nos Decretos-Lei nº 2.164, de 1984, e nº 2.406, de 1988; (iv) contribuição trimestral de
responsabilidade do AF, instituída pelo Decreto-Lei nº 2.164, de 1984, com as modificações
introduzidas pelo Decreto-Lei nº 2.406, de 1988, e pela Lei nº 10.150, de 2000; (v) contribuição à
vista de responsabilidade do mutuário e do AF; (vi) contribuição devida, até 24/09/1996, ao
FUNDHAB; (vii) saldos de recursos existentes, em 24/09/1996, no FUNDHAB, transferidos ao
FCVS para liquidação das obrigações remanescentes do extinto SCA, conforme Lei nº 10.150, de
2000; (viii) participação credora em evento configurado até 30/06/1977; (ix) parcela a maior
correspondente ao comportamento da relação entre as indenizações pagas e os prêmios recebidos,
nas operações pertinentes ao extinto SH/SFH até 31/12/2009 e (x) contraprestação paga pelos
mutuários, a partir de 1º/01/2010, em decorrência da Lei nº 12.409, de 2011, e contribuição mensal
do SCA.

10
Na figura a seguir, estão expostos a missão, os valores e a visão do FCVS.

Figura 1 - Missão, Valores e Visão

Missão
Assumir, em nome do mutuário, o saldo residual não amortizado no curso
do prazo e os descontos concedidos nas liquidações antecipadas e nas
transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a
legislação de regência do SFH. Liquidar a dívida do mutuário perante o
financiador no caso de morte ou invalidez permanente do mutuário e as
despesas com a recuperação do imóvel em casos de danos físicos.

Valores
• Respeito ao bem-estar da sociedade brasileira e ao meio ambiente;
• Ética e transparência;
• Desempenho eficiente e sustentável e inovação;
• Respeito às pessoas;
• Compromisso e colaboração;
• Meritocracia e desenvolvimento profissional.

Visão
Ser reconhecido, pela sociedade, por assegurar os direitos dos mutuários
do SFH cujos contratos possuem cobertura do FCVS e das instituições
credoras do FCVS, por liquidar as novações de dívidas até a data
estabelecida em Lei, qual seja, 1º de janeiro de 2027, e por mitigar os
riscos com ações judiciais contra o Fundo.

Estrutura Organizacional do FCVS

Na consecução dessas finalidades, o FCVS estrutura-se sob dois aspectos, o da gestão, de


competência do ME, por intermédio do CCFCVS, cuja finalidade consiste em disciplinar as
condições gerais de atuação do Fundo, e o da administração, de responsabilidade da CAIXA.

Ao Ministério, compete gerir o FCVS / FCVS Garantia e autorizar o processo de novação, o que
ocorre na STN, responsável pela emissão do parecer no processo de novação do FCVS. À
Secretaria-Executiva do FCVS na STN compete executar atividades técnico-administrativas de
apoio ao CCFCVS.

11
Ao CCFCVS compete, entre outros, aprovar as condições gerais de atuação do FCVS e estabelecer
normas e diretrizes para a administração do Fundo. Contudo, cumpre esclarecer que essas
atribuições não abrangem o processo de novação de dívidas, regido pela Lei nº 10.150/2000, visto
se tratar de assunção de dívidas do FCVS pela União, sem participação do Conselho.

À CAIXA, por sua vez, compete, entre outros, manifestar-se, no processo de novação, acerca do
reconhecimento da titularidade, da liquidez e da certeza da dívida caracterizada do FCVS, bem
como administrar o CADMUT, controlar as contribuições e contraprestações devidas ao Fundo,
regular os eventos de MIP e DFI decorrentes da Apólice do extinto SH/SFH e ressarcir as
seguradoras que realizaram a defesa judicial do Fundo.

Na CAIXA, as atividades da Administradora do FCVS são realizadas, no âmbito da matriz, pela


VIMAR, DEFUS, SUFUS e GECVS, e pelas CECVS e CEHAG, centralizadoras localizadas em
São Paulo, responsáveis pela execução operacional das atividades do Fundo.

Além dessas unidades, prestam suporte à administração do FCVS, diversas áreas da CAIXA que
prestam serviços de contabilidade, orçamento, auditoria, suporte tecnológico, aplicação de
recursos, contratação de serviços, elaboração de laudos de vistorias em imóveis, contratação
serviços de vigilância para guarda de imóveis, gestão de recursos financeiros, guarda de
documento e assessoria jurídica.

Gestão do FCVS

A gestão do FCVS, em razão da definição de competências dessa Política Pública, por sua própria
conformação normativa, estabelece a convivência entre a União (ME, STN, SUSEP), a CAIXA,
os AF, bem como as Seguradoras, proporcionando a interação desses partícipes no objetivo de
otimizar resultados.

Especificamente em relação à CAIXA, em face da necessária distinção de papéis e como medida


profilática a inibir ocorrência de circunstâncias qualificáveis como “conflito de interesses” entre o
FCVS e o AF CAIXA, o FCVS, embora se utilize da estrutura de governança da CAIXA, integra
estrutura segregada da qual fazem parte, entre outros, os sistemas tecnológicos do Fundo, e o
CFGL, órgão colegiado responsável pela gestão e representação da CAIXA quanto à
administração de fundos e programas governamentais, responsável por aprovar as políticas de
atuação da Vice-Presidência responsável pela administração desses fundos e programas, fixar
alçadas, examinar os pareceres das auditorias interna e externa e opinar sobre a contratação de
Auditoria Independente, conforme Estatuto da CAIXA.

Capitais do FCVS

Os recursos utilizados nos processos do FCVS, apresentados no modelo de negócios do Fundo são
classificados segundo o modelo de capitais apresentado pelo IIRC. Dessa forma, os principais
insumos utilizados com vistas à geração de valor pelo FCVS estão representados por capitais.

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Figura 2 - Capitais do FCVS

Capitais do FCVS

Social /
Humano / Intelectual Financeiro Produtivo
Relacionamento

Formado por Composto por Formado pela


empregados da receitas: interação tanto
Administradora (i)primárias - com as Infraestrutura;
do FCVS – contribuições e instituições Sistemas do
CAIXA e contraprestações financeiras que FCVS e do
servidores da / prêmios se relacionam FCVS
Secretaria devidos ao com o FCVS Garantia;
Executiva do Fundo; quanto com a Contratos de
FCVS no sociedade, o que financiamento
Ministério da (ii)secundária ocorre por meio habitacional
Fazenda, que rendas - dos sistemas do passíveis de
atuam com decorrentes da FCVS e do cobertura pelo
conhecimento aplicação dos CADMUT e dos FCVS /
técnico, ativos do Fundo; Canais de averbados na
competência, Ouvidoria, SAC, Apólice
ética, (ii) novação de SIC, e site, Pública
responsabilidade dívidas do disponibilizados
e conformidade. FCVS pela CAIXA

Ações Judiciais

As ações judiciais ajuizadas contra o FCVS / FCVS Garantia figuram entre as principais ameaças
externas contra o FCVS, uma vez que aumentam, sobremaneira, o passivo do Fundo.

Nesse contexto, verifica-se que o ingresso anual de ações judiciais se apresenta bastante expressivo
ao longo da última década.

Em relação ao FCVS Garantia, atualmente, o BAJ conta com 62.912 ações judiciais cadastradas
ativas pelas seguradoras como de interesse do FCVS Garantia (extinto SH/SFH), posição
31/12/2020, num VEC total de R$28 bilhões. Desse valor, foram provisionados R$13,7 bilhões.

13
Em 2020, foram cadastradas no BAJ 2.446 novas ações judiciais, com VEC total de R$ 1,1 bilhão.
Também houve desativação no Banco pela Administradora de 35 ações judiciais em razão de
pagamento do valor principal ou de todas as despesas e exclusão do BAJ pelas seguradoras de 590
ações judiciais: 90 em razão de a ação não ser de responsabilidade do FCVS Garantia; 37 em
virtude de a seguradora ter sido excluída da lide; 423 em razão de extinção do processo e 40 por
multiplicidade de registros da mesma ação judicial no Banco.

O objeto dessas ações contra o FCVS Garantia refere-se, sobretudo, à revisão de condições
contratuais e de indenizações/pagamentos de danos físicos em imóveis que estão e/ou foram
assegurados pela ASH/SFH do extinto SH/SFH e em imóveis cujo contrato de financiamento
nunca foi averbado na ASH/SFH.

Esclarecemos que o cálculo atuarial para essa provisão é realizado pela empresa de avaliação
atuarial contratada considerando a combinação de um percentual histórico para pagamento das
ações por unidade da federação e por tipo de juizado (estadual ou federal) com o VEC, constante
do BAJ. Ressalte-se que, em 2020, foi mantida a metodologia desenvolvida ao longo dos últimos
anos.

As ações judiciais ajuizadas em desfavor das seguradoras, cujo objeto da lide refere-se a imóvel
averbado na Apólice do extinto SH/SFH, e atendidas demais condições, ensejam o ressarcimento,
pelo FCVS, das despesas judiciais incorridas pelas seguradoras.

Ressalta-se que, mesmo com a publicação da Lei n° 13.000, de 2014, que determinou que a
CAIXA, na qualidade de Administradora do FCVS, assumisse a representação judicial do extinto
SH/SFH, a atuação da CAIXA nessas ações judiciais tem sido dificultada devido à decisão do STJ
de 14/12/2012 que, ao julgar os recursos especiais REsp Repetitivo 1.091.363 e REsp 1.091.393,
passou a condicionar a legitimidade da CAIXA para ingressar nas ações que versam sobre o extinto
SH/SFH a três fatores: (i) comprovação da existência da Apólice Pública (ramo 66); (ii) risco de
comprometimento do FCVS mediante comprovação do exaurimento da reserva técnica do FESA;
e (iii) que o contrato tenha sido firmado de 02/12/1988 a 29/12/2009.

Importante observar que, ainda em relação aos preceitos estabelecidos na Lei nº 13.000, de 2014,
houve julgamento pelo STF em 2020 do Recurso Extraordinário nº 827.996/PR e apreciação do
Tema 1.011 da repercussão geral, que tem por objeto discussão acerca da existência de interesse
jurídico da CAIXA para ingressar como parte ou terceira interessada nas ações envolvendo seguros
de mútuo habitacional no âmbito do SFH e, consequentemente, à competência da Justiça Federal
para o processamento e o julgamento das ações relativas aos pleitos fundados na Apólice Pública
do extinto SH/SFH (FCVS-Garantia).

Em decisão de 29.06.2020, em relação ao julgamento do mérito de tema com repercussão geral, a


Corte, por maioria, fixou as seguintes teses: 1) "Considerando que, a partir da MP 513/2010 (que
originou a Lei 12.409/2011 e suas alterações posteriores, MP 633/2013 e Lei 13.000/2014), a CEF
passou a ser administradora do FCVS, é aplicável o art. 1º da MP 513/2010 aos processos em
trâmite na data de sua entrada em vigor (26.11.2010): 1.1.) sem sentença de mérito (na fase de
conhecimento), devendo os autos ser remetidos à Justiça Federal para análise do preenchimento
dos requisitos legais acerca do interesse da CEF ou da União, caso haja provocação nesse sentido
de quaisquer das partes ou intervenientes e respeitado o § 4º do art. 1º-A da Lei 12.409/2011; e
1.2) com sentença de mérito (na fase de conhecimento), podendo a União e/ou a CEF intervir na
causa na defesa do FCVS, de forma espontânea ou provocada, no estágio em que se encontre, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, nos termos do parágrafo único do art. 5º da Lei 9.469/1997,

14
devendo o feito continuar tramitando na Justiça Comum Estadual até o exaurimento do
cumprimento de sentença"; e 2) "Após 26.11.2010, é da Justiça Federal a competência para o
processamento e julgamento das causas em que se discute contrato de seguro vinculado à apólice
pública, na qual a CEF atue em defesa do FCVS, devendo haver o deslocamento do feito para
aquele ramo judiciário a partir do momento em que a referida empresa pública federal ou a União,
de forma espontânea ou provocada, indique o interesse em intervir na causa, observado o § 4º do
art. 64 do CPC e/ou o § 4º do art. 1º-A da Lei 12.409/2011".

O Jurídico CAIXA, em 2020, apresentou 2.305 pedidos de ingresso da CAIXA na Justiça Estadual
e/ou Federal em processos – referentes a ações judiciais propostas contra as seguradoras em 2020
e em anos anteriores – dentre os quais se verificou o seguinte: 797 pedidos de ingresso na lide
foram acatados pelo Judiciário; 44 foram indeferidos pelo juízo; e 1.464 pedidos ainda não foram
analisados pelo Judiciário.

Importa observar que o universo de deferimentos e indeferimentos são de decisões de 1º grau, que
podem ainda depender de convalidação ou não da Justiça Federal e/ou são sujeitas à reversão pelos
Tribunais Superiores e/ou certificação de trânsito em julgado.

Vale esclarecer ainda que, em decorrência da pandemia da covid-19, houve suspensão de prazos
processuais, especialmente, para processos físicos (grande parte do acervo do SH/SFH). Ademais,
teve o julgamento recente do tema 1011 do STF, que discutia sobre o interesse jurídico da CAIXA
para ingressar como parte ou terceira interessada nas ações envolvendo SH/SFH e a conseguinte
competência da Justiça Federal para condução desses processos, como já explicado, bem como a
suspensão dos processos em razão do tema 1039 do STJ (“Fixação do termo inicial da prescrição
da pretensão indenizatória em face de seguradora nos contratos, ativos ou extintos, do Sistema
Financeiro de Habitação”), o que pode ter impactado no resultado apurado anual.

Além da provisão realizada pela empresa de atuário, há também a provisão realizada pelo Jurídico
CAIXA para as ações judiciais referentes à ASH/SFH – Apólice do extinto SH/SFH em que a
CAIXA figura na lide. O SIJUR registrou R$ 17,1 milhões e R$ 10,2 milhões, relativos,
respectivamente, ao valor de causa de 32 ações relevantes e 14.228 rotineiras.

Importante explicar que a classificação das ações judiciais em “relevantes” e “rotineiras” é


realizada pelo Jurídico CAIXA de acordo com um critério objetivo de valor, em que a ação com
Valor Estimado de Condenação acima de R$ 500 mil é sempre relevante, e com critério em relação
à natureza, onde determinadas matérias são consideradas relevantes ou com potencial de se
tornarem relevantes, bem como ações de massa. Por esse motivo, o valor registrado para as ações
relevantes tende a ser maior que aquele registrado para as ações rotineiras.

Vale esclarecer que o percentual de ressarcimentos administrativos às seguradoras de indenizações


e despesas judiciais em ações judiciais de interesse do FCVS Garantia não influencia a provisão
realizada pelo Jurídico CAIXA, mas sim e somente a provisão realizada pela empresa de avaliação
atuarial contratada, conforme já explicado.

Além dessas ações contra o FCVS Garantia, há também aquelas ajuizadas em face do FCVS que
se consubstanciam em pedidos de cobertura para múltiplos financiamentos e/ou revisão de
condições contratuais.

Nesse tocante, a multiplicidade de financiamento consiste na situação em que o mutuário possui


ou possuiu, concomitantemente, mais de um imóvel financiado com previsão de cobertura pelo

15
FCVS. A verificação da multiplicidade de financiamentos tem por objetivo evitar que o FCVS
cubra mais de um saldo devedor remanescente para o mesmo mutuário, o que se deve à natureza
social do Fundo.

O STJ, em 2010, julgou o Resp. Repetitivo nº 1.133.769/RN, resultando no Tema nº 323 de recurso
repetitivo acerca da quitação do saldo residual de segundo financiamento nos contratos celebrados
até 05.12.1990. Em 2020, a Corte Superior manteve o entendimento por oportunidade do
julgamento do Agravo Regimental no Recurso Especial AgInt no REsp 1468454/SE.

Cabe frisar que o entendimento dos órgãos jurídicos da União é o de que o julgamento em questão
não tem caráter definitivo e paradigmático para a relação FCVS x agente financeiro, não havendo
autorização legal para que se proceda ao reconhecimento administrativo pelo FCVS da cobertura
a contratos com multiplicidade de financiamento.

Com vistas a prover a defesa do FCVS, compete ao Jurídico da CAIXA a representação judicial
do Fundo e à Administradora do FCVS o fornecimento de subsídios fático-operacionais.

Em 2020, a Administradora do FCVS registrou R$ 727,7 milhões e R$ 9,4 milhões, relativos,


respectivamente, ao valor de causa de 70 ações relevantes e 377 rotineiras, ajuizadas por agentes
financeiros para contratos com multiplicidade de financiamento.

16
Capítulo 02
Valor Público, Objetivos e Metas

Geração de valor pelo FCVS

Ao longo das últimas cinco décadas, os resultados do FCVS em meio às diversas políticas
habitacionais implantadas pelo Governo Federal indicam em que medida ocorre o fluxo da geração
de valor propiciado pelo Fundo à sociedade brasileira.

Na fase inicial do FCVS, quando o Fundo era superavitário, a geração de valor evidencia-se a partir
do momento em que ele se constituiu no instrumento que possibilitou assegurar as operações
lastreadas no SFH, o que conferiu mais credibilidade ao SFH ante a falta de interesse dos candidatos
a mutuários em assumir financiamentos com prazos mais longos, e, posteriormente, quando já era
deficitário, tornou-se fundamental à estabilização desse sistema, na medida em que passou a assumir
diversos subsídios aos mutuários, bem como as obrigações dos extintos SCA e SH/SFH, por força
das Leis nº 10.150, de 2000, e nº 12.409, de 2011, respectivamente.

Nesse sentido, a geração de valor pelo FCVS à sociedade apresenta-se de forma singular, uma vez
que evidencia uma dicotomia inerente ao papel do Fundo, haja vista que, por um lado, ele assume,
perante o agente financeiro/instituição credora, as dívidas dos mutuários do FCVS, beneficiando-os,
em última instância, e, por outro lado, as dívidas do Fundo, assumidas pela União, são suportadas
pelos contribuintes.

Nesse tocante, a qualificação da força de trabalho e a infraestrutura física e tecnológica dedicadas ao


FCVS são determinantes ao asseguramento da robustez, da resiliência do modelo de negócio e da
mitigação dos riscos de pagamento indevido pelo FCVS, uma vez que os pagamentos das garantias
efetuadas pelo FCVS condicionam-se à análise de dossiês que ocorre mediante o cotejamento
realizado entre a legislação de regência e as informações de cada contrato cadastrado sistemas do
FCVS, configurando-se, portanto, na base necessária à geração de valor dos serviços apresentados
pela Gestão / Administração do Fundo à sociedade.

17
Figura 3 - Geração de Valor pelo FCVS

Sociedade
Tesouro Nacional
Brasileira

Parcela da
sociedadade não
benefiária do
FCVS
FCVS

Mutuários do SFH Infraestrutura Pessoas


(beneficiários
diretos e indiretos
do FCVS)
Informação Tecnologia

Estrutura Organizacional

Apresentam-se a seguir as cadeias de valor do FCVS, quais sejam, ‘Cadeia de valor - FCVS’ e ‘Cadeia
de Valor – FCVS Garantia’, de modo a demonstrar, por objetivo estratégico, as ações estratégicas
planejadas para 2020, o resultado de sua execução, bem como as metas decorrentes de seus
desdobramentos, quando pertinente, e as perspectivas para 2021.

Na definição dos objetivos estratégicos do FCVS, adotam-se os princípios e elementos do modelo de


Gestão da CAIXA, que, ancorado em princípios que nortearão o Fundo na concretização de sua visão
de futuro, objetiva ampliar, qualitativa e quantitativamente, a gestão de negócios e resultados do
Fundo.

Figura 4 - Modelo de Gestão

Modelo de Gestão

Princípios Elementos

Sinergia público / comercial

Foco no cliente Estrutura

Foco no resultado Governança

Responsabilização Estratégia

Simplicidade e automação Processos

Integração Cultura Organizacional

Eficiência e Escalabilidade

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Os objetivos adotados em 2020, relacionados a seguir, visam ao cumprimento das finalidades do
FCVS, ao aprimoramento e à transparência da gestão/administração, sobretudo no que concerne à
novação de dívidas do FCVS ante a necessidade de pleno atendimento à Lei nº 10.150, de 2000, bem
como ao pagamento tempestivo das obrigações do FCVS Garantia e à defesa judicial do Fundo.

Nesse contexto, cabe observar que a novação está condicionada à opção da instituição credora e
ocorre mediante prévia compensação entre eventuais dívidas com o FCVS e os créditos dessas
instituições perante o Fundo.

Quanto ao pagamento das garantias de MIP e DFI, compete às instituições credoras comunicar, à
Administradora do FCVS, as ocorrências de eventos referentes a contratos de financiamento
habitacional averbados na Apólice do extinto SH/SFH até 29/12/2009.

Para as ações judiciais ajuizadas contra o FCVS, a Administradora produz os subsídios técnicos ao
Jurídico da CAIXA, de modo a fornecer os elementos necessários à defesa judicial do Fundo.

Cadeia de valor – FCVS

Quadro 1 - Ações Estratégicas FCVS 2020

Objetivo Estratégico: Viabilizar o cumprimento da meta anual de novação do


FCVS, definida na LOA, bem como do prazo estabelecido na
Lei nº 10.150/2000 (01/01/2027) para conclusão da totalidade
das novações do Fundo.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Definir como será realizado o Inicialmente, enquanto estava sendo efetuada a adequação no
processo de apuração de SICTR, a CECVS apurava as dívidas de contribuições ao FCVS no
dívidas, considerando as Sistema e aplicava a limitação dos encargos considerando as
disposições da Lei nº 13.932, disposições contidas na Lei nº 13.932, de 2019.
de 2019. Em 19/10/2020, foi implantada no SICTR a adequação dos
cálculos à Lei nº 13.932, de 2019.

Implantar controle que permita


adoção de medidas gerenciais
Procedeu-se à revisão do catálogo de processos do FCVS, o que
e correção de procedimentos,
possibilitou a identificação dos principais riscos, a
nas fases que são exclusivas
atualização/criação de indicadores de performance e a atualização
da Administradora do FCVS,
dos mapas dos processos de ‘Apuração do saldo de
com foco no exaurimento dos
responsabilidade dos contratos com cobertura do FCVS’ e
recursos orçamentários e
‘Instrução do processo de novação do Fundo’.
atendimento ao prazo final
previsto para as novações.

19
Padronizar a ferramenta
utilizada no âmbito da
Administradora do FCVS, de
modo que as informações
necessárias para o controle do
Houve padronização da Planilha de Controle, com permissão
processo de novação sejam
exclusiva de alteração pela CECVS e desenvolvimento do sistema
registradas tempestivamente,
de Controle de Novação pela CECVS.
de forma íntegra e confiável e
acrescentar, ainda,
informações quanto ao
atendimento/regularidade da
fila de novação.
Estabelecer padrões para o
registro e guarda das
informações, de modo a
mantê-las disponíveis, íntegras Foi especificada funcionalidade no SICVS para registro, controle e
e confiáveis e definir controle atualização das informações pertinentes à rotina de Validação da
de acesso para o Operação Contratada. A funcionalidade foi homologada,
compartilhamento de arquivos aguardando implantação em produção.
e pastas do processo de
validação da operação
contratada.
Analisar 32 mil dossiês do A meta de análise de dossiês do FCVS cumprida. O total de
FCVS. análises realizadas no exercício corresponde a 35,1 mil dossiês.
A meta de instrução de processo de novação do FCVS foi atingida.
Os processos de novação instruídos e encaminhados para emissão
de Parecer pela Auditoria Interna no exercício correspondem a R$
15,1 bilhões. Importante observar que ainda há processos
Instruir R$ 15 bilhões em
tramitando em etapas anteriores ao envio à CGU.
processos de novação.
Observe-se que, do orçamento aprovado para 2020, foi alocado o
valor total de R$ 596,8 milhões relativo a 5 processos instruídos
em anos anteriores (15.615 contratos envolvidos), que não foram
concluídos naqueles exercícios.
A CEDES/BR disponibilizou as imagens existentes no SIWFS para
Viabilizar a migração das a CEDES/RJ que iniciou a avaliação e as tratativas dessas imagens
imagens existentes no SIWFS com vistas a iniciar a migração para o SIWFC, tais como definição
para o SIWFC. das imagens a serem migradas, espaço necessário, tipo de arquivo
e verificação da necessidade de conversão das imagens.
Disponibilizar aos Agentes
Financeiros funcionalidades
no SIAHA Web para envio de
arquivos ao SICVS para fins
de habilitação ao As funcionalidades de envio e recebimento de arquivos
ressarcimento do Fundo, de desenvolvida no SIAHA Web estão em avançado processo de
manifestação quanto aos homologação. Foi necessário efetuar atualizações tecnológicas na
resultados das análises infraestrutura de TI, que dá suporte ao Sistema.
efetuadas pela Administradora
do FCVS, troca de
identificação dos contratos e
transferência de titularidade
20
dos créditos. Será
disponibilizada também
funcionalidade para
recebimento dos relatórios
gerados no processamento
mensal do Fundo.
Adequar o SICTR às
determinações contidas na Lei
nº 13.932, de 2019, no que
O SICTR, em 19/10/2020, foi adequado às disposições contidas na
tange a limitar a cobrança de
Lei nº 13.932, de 2019, no que tange à limitação dos encargos
encargos moratórios e
moratórios. Quanto à manutenção dos registros existentes, foi
penalidades ao valor do
aberta demanda junto à TI CAIXA, com o objetivo de
Principal e a garantir a
disponibilizar no SICTR, para fins de consulta, a base de dados do
manutenção dos registros
FCVSCONT, com a posição de 31/12/2018.
existentes em 31/12/2018.
Adequar o SICVS para
atendimento às determinações
Foram efetuadas as especificações das otimizações a serem
contidas na Lei nº 13.932, de
efetuadas no SICVS para atendimento à Lei nº 13.932, de 2019. As
2019, no que tange à alteração
otimizações foram desenvolvidas e estão em avançado estágio de
da taxa de juros dos créditos
homologação.
com origem de recursos
FGTS.
Efetuar otimizações no SIGFC
para gerenciamento dos
créditos perante o FCVS,
segregados por Agente
Credor, uma vez que As otimizações foram efetuadas no Sistema SIGFC. Entretanto, o
atualmente esse relatório é envio da informação ao Agente Financeiro credor é fornecido por
gerado esta Administradora sempre que solicitado, haja vista que este
apenas para o AF originador Sistema não é acessado por usuários externos.
dos créditos. Essa informação
é fundamental para que
o AF credor tenha acesso às
suas carteiras.
Possibilitar que os registros de
bases de incidência e
arrecadações relativas às
contribuições mensais e
Foi efetuada otimização no Sistema SICTR para validação, pela
trimestrais, que tenham sido
auditoria interna, dos registros de bases de incidência, arrecadações
ratificadas pela Auditoria
e devoluções incluídos neste Sistema. No entanto, a funcionalidade
Interna, não sejam passíveis
ainda está em fase de homologação e aguarda ajustes para envio
de alteração/exclusão,
para a produção.
evitando retrabalho da
auditoria interna e garantindo
que os registros auditados não
sejam alterados.

21
Aperfeiçoar a rotina de
definição dos procedimentos
para validação da operação
contratada por meio da
publicação de nova circular
em substituição à Circular
Foi realizada a revisão da Circular CAIXA nº 840, de 2018, e
CAIXA nº 840/2018 e da
encaminhada nova circular para publicação no DOU (Circular
correspondente Nota Setorial
CAIXA nº 920, de 14.08.2020).
– NS, bem como da
homologação da demanda
aberta perante a TI CAIXA
para colocar em produção os
controles relacionados a essa
rotina
Objetivo Estratégico: Alcançar índice de 97% de conformidade nas análises de
dossiês FCVS (primeira análise).
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Capacitar a equipe de análise Houve validação do conteúdo do curso básico de análise de dossiês
de dossiês, especialmente em FCVS pela GECVS e a CECVS realizou treinamento básico de
temas críticos/complexos análise de dossiês para os assistentes que passaram a integrar às
como revisão de índices equipes de análise do FCVS no exercício de 2020.
Mapear o processo “Apurar
saldo de responsabilidade do Procedeu-se ao mapeamento do processo ‘Apurar saldo de
FCVS” identificando os responsabilidade do FCVS’, o que possibilitou identificar os
principais gaps, riscos e principais gaps, riscos e possibilidade de melhorias.
possibilidade de melhoria
Objetivo Estratégico: Elaborar 100% das solicitações de subsídios ao Jurídico
CAIXA para ações judiciais contra o FCVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Prestar, tempestivamente,
Houve cumprimento da meta de prestação tempestiva de subsídios
100% dos subsídios para ações
nas ações judiciais contra o FCVS
judiciais contra o FCVS
Objetivo Estratégico: Aprimorar ações de governança com vistas a mitigar perdas
financeiras para o FCVS - origem ações judiciais.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Desenvolver aplicativo de Foi especificada a construção do Módulo de Ações Judiciais no
monitoramento e controle das SIAHA WEB. No entanto, após avaliação do escopo da demanda,
ações judiciais contra o FCVS: elaborado pela TI CAIXA, identificou-se a necessidade de
especificar/revisar regra de interface com outros sistemas da CAIXA vinculados ao Jurídico,
negócio para o módulo de aumentando a complexidade para desenvolvimento da demanda, o
Controle das Ações Judiciais que impossibilitou o seu desenvolvimento neste exercício. Dessa
no SIAHA e migrar as forma, não foi possível migrar as informações de registros de ações
informações de registros de judiciais em desfavor do FCVS existentes no SICDM para o
ações judiciais em desfavor do SIAHA.

22
FCVS existentes no SICDM
para o SIAHA.
Objetivo Estratégico: Aprimorar ações de governança com vistas a mitigar perdas
financeiras para o FCVS - origens diversas.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Implementar ações que
mitiguem a recorrência de
Para os agentes com novação em curso, estão sendo revistos os
novações sem a quitação total
valores lançados por prévia compensação de forma a mitigar
da dívida do AF: promover a
possíveis erros no sistema. Cabe destacar que a recorrência em
baixa dos contratos habilitados
questão se deve às revisões feitas pela auditoria nas contribuições
pelos Agentes Financeiros
e RAI em razão das fragilidades encontradas no FCVSCONT. Com
para os quais já tenha havido
o advento da Lei nº 13.932, de 2019, que validou os valores
quitação por pagamento em
constantes nos controles e registros da CAIXA, entende-se que tal
espécie com valor e obrigação
ocorrência está mitigada pela própria disposição da Lei.
de pagar definidos em
sentença judicial.
Criar/aperfeiçoar linhas de Houve criação/revisão dos indicadores de monitoramento de
defesa para os processos do primeira de linha de defesa de todos os processos do catálogo do
FCVS FCVS.

Reavaliar a rotina de A rotina foi modernizada. Antes o backup dos relatórios 3026 e do
armazenamento / recuperação Espelho do CADMUT era armazenado em mídia física e, a partir
de informações em backups da de 2020, o armazenamento passou a ser efetuado no sharepoint
Administradora (nuvem).
Objetivo Estratégico: Evitar descontinuidade/redução da capacidade operacional da
Administradora do FCVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Implantar o novo modelo da
taxa de administração do Não houve implantação em 2020, pois a norma regulamentadora
FCVS, pautada na cobrança de (Resolução CCFCVS nº 456, de 2020) vigerá somente a partir de
ressarcimento de custos e março de 2021.
preço por serviço prestado.
Objetivo Estratégico: Melhorar a performance da GECVS e da CECVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício

Foi definido que o repositório mais adequado para armazenamento


Definir o repositório de
dos dossiês FCVS é o SIWFC. Avaliou-se que é possível efetuar a
documentos mais adequado às
migração dos dossiês para a base unificada. No entanto, a TI
necessidades do processo e
CAIXA não elaborou cronograma para migração das imagens, haja
avaliar a viabilidade para
vista que foi dada prioridade à construção da ferramenta GED do
migração das informações
SIWFC para posteriormente tratar a migração das imagens.
para base unificada e, em caso
Ressaltamos que houve alteração tecnológica da plataforma na qual
afirmativo, encaminhar
o Sistema residirá, levando ao atraso na conclusão das
cronograma
funcionalidades GED.

23
Quadro 2 - Perspectivas FCVS 2021

Perspectivas FCVS 2021


Implantar as principais estratégias de enfrentamento de riscos definidas para os
processos do FCVS no Ciclo Anual de Gestão de Riscos, iniciado em dezembro de
2020.
Implantar os indicadores, aperfeiçoando a primeira linha de defesa para os processos
do FCVS.
Implantar o sistema de Controle de Novação desenvolvido pela CECVS.
Implantar a funcionalidade para registro, controle e atualização das informações
pertinentes à rotina de Validação da Operação Contratada no SICVS.
Analisar 32 mil dossiês do FCVS
Instruir R$ 10 bilhões em processos de novação.
Dar prosseguimento às tratativas para migração das imagens do SIWFS para o
SIWFC, que somente poderá ser concluída após a implantação deste Sistema.
Disponibilizar no SICTR, para consulta, a base de dados referente às contribuições
mensais e trimestrais ao FCVS, existente em 31/12/2018.
Concluir a homologação e implantar no SICVS as adequações à Lei nº 13.932, de
2019, no que tange à alteração da taxa de juros dos créditos com origem de recursos
FGTS.
Viabilizar, por meio do Sistema SIAHA WEB, consulta das informações relativas
aos créditos do Agente Financeiro credor junto ao FCVS.
Implementar funcionalidade no Sistema SICTR que possibilite à Auditoria Interna
validar os registros de bases de incidência, arrecadações e devoluções incluídos no
Sistema e para impedir que sejam efetuadas alterações nos registros validados pela
Auditoria.
Projetar o fluxo de novação do FCVS para o período de 2021 a 2027, considerando
a melhoria da performance da Administradora nesse período, de modo a avaliar a
necessidade de se propor a elaboração de dispositivo legal para ampliar o prazo
estabelecido na Lei nº 10.150, de 2000, para realização de todas as novações do
FCVS.
Promover cursos de capacitação/atualização da equipe de análise de dossiês,
especialmente em temas críticos/complexos como revisão de índices.
Prestar, tempestivamente, 100% dos subsídios para ações judiciais contra o FCVS
Desenvolver Módulo de Ações Judiciais contra o FCVS no SIAHA WEB; migrar as
informações de registros de ações judiciais em desfavor do FCVS existentes no
SICDM para o SIAHA.
Implantar o novo modelo da taxa de administração do FCVS, pautada na cobrança
de ressarcimento de custos e preço por serviço prestado.
Apresentar ao CCFCVS proposta de reprogramação orçamentária sempre que o
executado atingir 80% do orçado (com projeção de despesas maiores que o
orçamento residual), com vistas a solicitar suplementação ou remanejamento de
valores” como Perspectiva para 2021
Implantar a camada GED do SIWFC
Dar início à migração das imagens armazenados no SIWFS para o SIWFC
Estabelecer o tratamento a ser dado às imagens armazenadas nos servidores da
CECVS
Elaborar cronograma para migração das imagens dos dossiês FCVS existentes no
servidor da CECVS para o SIWFC.

24
Cadeia de Valor – FCVS Garantia

Quadro 3 - Ações Estratégicas FCVS Garantia 2020

Objetivo Estratégico: Alcançar índice de, no mínimo, 97% de acerto na análise de


pedidos de ressarcimento protocolados pelas seguradoras

Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização


Ações Estratégicas
no exercício

Analisar 85% dos pedidos de


A realização de análises de pedidos de ressarcimento às
ressarcimento às Seguradoras
Seguradoras ocorridos após a Resolução CCFCVS nº 448/2019
realizados após a Resolução
apresentou-se em 80,2%, 94,35% da meta estabelecida.
CCFCVS nº 448/2019

Analisar 85% dos pedidos de


ressarcimento às Seguradoras Houve cumprimento da meta do exercício. Realizaram-se 85,9%
realizados em data anterior à das análises de pedidos de ressarcimento às Seguradoras realizados
Resolução CCFCVS nº em data anterior à Resolução CCFCVS nº 448/2019.
448/2019.
Procedeu-se à revisão do catálogo de processos do FCVS Garantia,
Mapear o processo de
o que possibilitou a identificação dos principais riscos, a
reembolso às seguradoras com
atualização/criação de indicadores de performance e o
vistas a identificar eventuais
mapeamento do processo ‘Ressarcir às Seguradoras ações judiciais
falhas/lacunas
do FCVS Garantia’.

Efetuar treinamento da equipe


Foram realizados 17 treinamentos com a equipe ao longo de 2020.
de análise

Procedeu-se à revisão do catálogo de processos do FCVS, o que


Aperfeiçoar camadas de
possibilitou a identificação dos principais riscos e a
controle das análises dos
atualização/criação de indicadores de performance dos processos
pedidos de ressarcimento,
do FCVS Garantia. Iniciou-se o Ciclo Anual de Gerenciamento de
incluindo supervisão orientada
Riscos dos processos do Fundo.
para as atividades da CEHAG
Foram realizados também 2 workshops internamente na CEHAG
e reestruturando primeira linha
com as equipes que realizam a camada de controle de análise e de
de defesa
vínculo.

Objetivo Estratégico: Atender, qualitativa e tempestivamente, a totalidade das


demandas referentes a ações judiciais contra o FCVS
Garantia
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício

25
Assegurar a execução da O controle das ações judiciais impugnadas foi elaborado,
rotina de acompanhamento normatizado, implementado e é realizado pela CEHAG.
das ações marcadas como A marcação de impugnação é feita no SICAJ. A evolução do
“impugnadas” no SICAJ. acompanhamento é acompanhada pela CEHAG de demonstrada à
GECVS na reunião de ponto de controle mensal.

Em 2020, foram desenvolvidas diversas funcionalidades, com


Acompanhar, se for o caso, o destaque para: acesso de consulta/relatórios do BAJ; upload de
desenvolvimento do SICAJ arquivos pelas seguradoras; carga de novos processos; carga de
corporativo até a sua entrega alterações em processos; carga de pedidos de ressarcimento e
efetiva (o desenvolvimento do manifestação de interesse; carga de documentos processuais; e
SICAJ Corporativo vem sendo manutenção de cadastro/representação das seguradoras. Essas
conduzido, desde ago/2019, funcionalidades são preparatórias/requisitos para o
por meio da metodologia desenvolvimento de funcionalidades que atenderão às demais
SCRUM). etapas do processo, dentre elas: Protocolo; Preparo e Comprovação
de Vínculo.

Finalizar os procedimentos de Em 2020, foi dada continuidade às ações previstas no cronograma


conciliação entre os valores proposto (devido ao volume envolvido), tendo sido realizada a
constantes no SISFIN e identificação dos dados/batimento operacionais com o SISFIN
aqueles registrados no BSH relativo aos pagamentos feitos a determinadas seguradoras. .

Prestar, tempestivamente,
100% dos subsídios para Houve cumprimento da meta de prestação tempestiva de subsídios
ações judiciais contra o FCVS ao Jurídico CAIXA nas ações judiciais contra o FCVS Garantia.
Garantia.
Objetivo Estratégico: Alcançar índice de conformidade de, no mínimo, 97% na
análise de regulação administrativa de eventos MIP e DFI

Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização


Ações Estratégicas
no exercício

Promover os acertos das


Foi elaborado plano de ação para acerto das críticas geradas no
críticas geradas no CADMUT,
CADMUT, tendo sido 3 ações executadas no exercício e outras 3
de responsabilidade da
serão executadas no exercício seguinte, conforme cronograma
Administradora do FCVS
estabelecido com a auditoria interna.
Estabelecer e implementar
ações conjuntas (GECVS e
Tecnologia CAIXA) de modo
a assegurar a entrega do
O simulador, produto mínimo viável para as atividades, encontra-
produto mínimo viável
se em produção desde Maio/2020.
(SIFCG) para execução das
atividades de arrecadação e de
regulação administrativa de
sinistros

26
Monitorar o desenvolvimento,
pela TI CAIXA, das
funcionalidades do SIFCG
Houve implantação pela TI CAIXA de demanda relativa à
necessárias à adequada
incorporação da base da SUSEP às consultas executadas durante a
execução das operações de
regulação de eventos e, quanto às operações de regulação de
regulação de sinistro e
eventos, há 3 demandas planejadas para produção em 2021.
conclusão de demanda para
incorporação da base da
SUSEP
Objetivo Estratégico: Evitar descontinuidade/redução da capacidade operacional da
Administradora do FCVS Garantia
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício

Redefinir os indicadores de Procedeu-se ao mapeamento do processo ‘Ressarcir às Seguradoras


desempenho do FCVS ações judiciais do FCVS Garantia’, considerado o mais crítico do
Garantia FCVS Garantia.

Objetivo Estratégico: Melhorar a performance da GECVS e da CEHAG

Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização


Ações Estratégicas
no exercício
Em 2020, foram desenvolvidas diversas funcionalidades, com
destaque para: acesso de consulta/relatórios do BAJ; upload de
Migrar as atividades de arquivos pelas seguradoras; carga de novos processos; carga de
Protocolo, Preparo e alterações em processos; carga de pedidos de ressarcimento e
Comprovação de Vínculo para manifestação de interesse; carga de documentos processuais; e
as seguradoras por meio do manutenção de cadastro/representação das seguradoras. Essas
SICAJ WEB, o qual se funcionalidades são preparatórias/requisitos para o
encontra em desenvolvimento desenvolvimento de funcionalidades que atenderão às demais
etapas do processo, dentre elas: Protocolo; Preparo e Comprovação
de Vínculo.
Objetivo Estratégico: Aprimorar ações de governança para o FCVS Garantia

Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização


Ações Estratégicas
no exercício
Implantar/aperfeiçoar primeira
linha de defesa em todos os
processos do FCVS Garantia,
especialmente nos processos
de análise documental e em
Procedeu-se à criação/revisão dos indicadores de monitoramento
sistemas do FCVS Garantia, o
de primeira de linha de defesa de todos os processos do catálogo
que deve contemplar, na
do FCVS.
primeira linha de defesa,
relatório de controle das
despesas acima da média,
segregadas por tipo e
seguradora.
27
Quadro 4 - Perspectivas FCVS Garantia 2021

Perspectivas FCVS Garantia 2021


Analisar 100% dos pedidos de ressarcimento às Seguradoras realizados após a
Resolução CCFCVS nº 448/2019.
Cumprir as metas definidas para o exercício para análise dos pedidos de
ressarcimento às Seguradoras realizados em data anterior à Resolução CCFCVS nº
448/2019.
Implantar indicadores e as principais estratégias de enfrentamento de riscos
definidas para os processos do FCVS Garantia no Ciclo Anual de Gestão de Riscos
iniciado em dezembro de 2020, o que inclui o aperfeiçoamento da primeira linha de
defesa para os processos do FCVS Garantia.
Manter com o controle das ações judiciais impugnadas e cobrança /recuperação,
conforme normatizado.
Acompanhar o desenvolvimento do SICAJ corporativo por meio de Pontos de
Controle periódicos, Reuniões da metodologia SCRUM e agendas extraordinárias,
conforme necessidade, visando subsidiar as equipes TI com orientações/definições
pertinentes às necessidades da área no SICAJ.
Dar continuidade nas ações propostas para finalizar a conciliação entre os valores
constantes no SISFIN e aqueles registrados no BSH.
Prestar, tempestivamente, 100% dos subsídios para ações judiciais contra o FCVS
Garantia.
Mapear o processo "Atender demandas judiciais em ações do FCVS Garantia"
Mapear o processo de regulação de sinistros e reestruturar primeira linha de defesa
a partir do resultado do Ciclo Anual de Gerenciamento de riscos iniciado em
dezembro de 2020.
Dar continuidade ao projeto de interface SICAJ/SIJUR, avaliando conjuntamente
com a TI CAIXA, as alternativas que viabilizem a troca de arquivos necessários para
a integração entre os sistemas.
Acompanhar as demandas relativas ao SIFCG planejadas para implantação e aquelas
ainda em tratamento.
Acompanhar demandas de TI relativas às operações de regulação de eventos MIP e
DFI.
Desenvolver e entregar, no SICAJ WEB para uso das seguradoras, as telas que
viabilizem as atividades de Protocolo, Preparo e Comprovação de Vínculo.
Avaliar e implementar melhorias estruturais no SICAJ Departamental, visando
reduzir a abertura de defeitos, considerando também o desenvolvimento no SICAJ
WEB (corporativo) e/ou migração da atividade para as seguradoras.
Atualizar o Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do FCVS Garantia,
em obediência ao Decreto nº 10.139/2019.
Avaliar o processo Ações Judiciais do FCVS Garantia, constante do catálogo de
processos CAIXA
Aprimorar o acompanhamento junto ao Jurídico CAIXA relativo às informações
detalhadas das entradas e saídas quanto à evolução dos contenciosos judiciais contra
o FCVS Garantia

28
Aprimorar a abordagem de riscos de fraudes relacionadas ao Macroprocesso Ações
Judiciais
Desenvolver projeto para aperfeiçoar tratamento das ações de regresso juntamente
com o Jurídico CAIXA
Migração do BSH para o SICAJ
Desenvolver projeto para aperfeiçoar tratamento das glosas
Elaborar solução para emissão de boleto com código de barras para arrecadação de
contraprestações

29
Capítulo 03
Indicadores de Desempenho
Apresentam-se a seguir os indicadores acompanhados por meio da ferramenta Conquiste.Caixa e
os indicadores de performance do FCVS e FCVS Garantia.

Indicadores de desempenho do FCVS

Indicadores do Conquiste.Caixa

Análise do FCVS (1ª Análise e Reanálise/Recursos)

Quadro 5 - Análise do FCVS

Medição: Quantidade de análises e/ou reanálises do FCVS efetuadas pela Administradora


do FCVS
Meta: 32.000
Realizado: 35.171
Resultado: 109,90%

Instrução dos processos de novação do FCVS

Quadro 6 - Instrução de Processos de Novação

Medição: Montante de processos de Novação FCVS instruídos e encaminhados para a


auditoria
Meta: R$ 15.000.000.000,00
Realizado: R$ 15.125.178.980,82 - 80 processos / 288.328 contratos
Resultado: 100,83%

30
Indicadores de performance

Quadro 7 - Glossário dos Componentes dos Indicadores de Desempenho

Legenda Discriminação
ACd Análises CADMUT de dossiês de contratos não habilitados, realizadas no exercício.
ACn Análise de Contratos Novados com irregularidade no CADMUT.
AHo Contratos analisados e homologados no exercício.
ARx Análises FCVS realizadas no exercício.
ARxR Total de análises FCVS e CADMUT realizadas no exercício, excluindo-se revisão
por motivo CECVS e Auditoria.
CAd Custos incidentes sobre análises FCVS realizadas no exercício.
CIp Capacidade instalada produtiva.
CPr Capacidade média produtiva na análise de contratos do FCVS.
CRa Contratos com recursos analisados.
CTa Custo total da análise de contratos no exercício.
DAx Dossiês analisados no exercício, que geraram exclusão da homologação.
DEe Contratos habilitados com dossiês entregues no exercício.
Der Contratos habilitados com dossiês entregues remanescentes do exercício anterior.
Ede Estoque de contratos disponível no exercício.
PDn Contratos pendentes por decisão normativa ou aguardando documentação
complementar/esclarecimentos solicitados aos Agentes Financeiros no exercício.
RAa Reanálises ocorridas durante o exercício por solicitação da auditoria interna.
RAg Reanálises ocorridas durante o exercício por revisão da CECVS.
RDn Contratos com reanálise, por determinação normativa.
REx Contratos objeto de reprocessamento com exclusão de homologação.
RPa Contratos com reanálise realizada a pedido do agente financeiro.
RPc Contratos reanalisados, devido ao surgimento de pendências no CADMUT após a
homologação do saldo.
RRr Estoque de contratos com pedido de recurso/reanálise.

Parâmetros dos indicadores de desempenho

Quadro 8 - Conceito e Valor dos Parâmetros – Estoque

Conceito Unidade de valor


EDe = (DEr+DEe+RRr-REx-PDn) 542.583
DEr = Vide glossário. 64.417
DEe = Vide glossário. 2.746
RRr = É composto pelo estoque remanescente do exercício anterior, 480.796
acrescido dos pedidos dos agentes financeiros que se encontram sem
homologação, e pelos recursos e reanálises ainda não tratados pelos
analistas da CECVS.
REx = Vide glossário. 19
PDn = Vide glossário. 5.357

31
Quadro 9 - Conceito e Valor dos Parâmetros – Produtividade

CPr = É medida pelo número de analistas, com dedicação à análise de 41.185


contratos do FCVS, multiplicado pela meta diária de contratos por
analista e pelo número de dias úteis compreendidos entre um
processamento e outro.

A produção esperada por analista é de 4 contratos, em uma jornada


de trabalho de 6 horas diárias. Considerando-se a média mensal de
36,35 empregados dedicados à análise FCVS em 2020 (assistentes
Juniores), para os dias úteis trabalhados (249 dias) por empregado
resulta em uma produção esperada anual de 36.205 contratos
homologados.

A análise do CADMUT, para contratos habilitados, é feita


concomitante à análise ou reanálise do contrato do FCVS, sendo esta
considerada parte integrante daquela análise.

Há análise referente aos pedidos de descaracterização de indícios do


CADMUT para contratos que não foram habilitados ao FCVS, com
dedicação de 1 empregado com meta de 20 análises/dia/empregado.

Dessa forma, a produção esperada para análise CADMUT de


contratos não habilitados ao FCVS é de 4.980 análises no ano de
2020.

AHo Vide glossário. 29.137


DAx Vide glossário. 22
RPa Vide glossário. -
CRa Vide glossário. 4.961
RDn Vide glossário. 303
RPc Vide glossário. 214
RAg Vide glossário. 1.509
RAa Vide glossário. 420
ACd Vide glossário. 1.621
ACn Vide glossário. 131
ARx (AHo+DAx+RPa+CRa+RDn+RPc+RAg+RAa+Acd+ACn) 38.318
CAd Vide glossário. 101.581.383,30
ARxR (ARx-RAg) 36.809
CTa Vide glossário. 24.467.483,78

Indicador de utilização da capacidade produtiva da análise de contratos – IUCP

Quadro 10 - Descrição do Indicador IUCP

Medição: Quociente resultante da relação entre a quantidade de análises de contratos do FCVS


realizadas no exercício e a capacidade média produtiva da análise de contratos do FCVS.
Descrição: Acompanhamento da utilização da capacidade produtiva da análise de contratos
Objetivo: Avaliar a capacidade operacional da Administradora do FCVS na consecução das metas
de análise de contratos, traçadas para o exercício.
32
Dimensão: Eficiência
Periodicidade Anual
Resultado: Quanto maior melhor.

IUCP Exercício = ARx


CPr

IUCP 2020 = 38.318


41.185

IUCP2020 = 0,93

Quadro 11 - Série Histórica do Indicador IUCP

Indicador Resultado
IUCP 2017 0,94
IUCP 2018 0,91
IUCP 2019 0,65
IUCP 2020 0,93

O resultado apresentado pelo indicador IUCP em 2020 demonstra melhoria na utilização da


capacidade produtiva da CECVS no exercício, o que se deve sobretudo à segregação das atividades
de Apuração de Saldo FCVS (análise de contratos) e compliance (verificação da conformidade) e
à realização de ações educacionais com as equipes de análise de dossiês.

Por outro lado, impactaram esse indicador de forma negativa a alta rotatividade dos assistentes
dedicados à análise devido, principalmente, à movimentação por Processo Seletivo Interno - PSI,
o que demanda constante necessidade de treinamento das equipes de análise, bem como a
adaptação, em virtude da implantação de trabalho remoto das equipes, à realização das análise, de
forma integral, em meio digital.

Indicador do Custo por Análise – ICPA

Quadro 12 - Descrição do Indicador ICPA

Medição: Quociente resultante da relação entre o custo total da análise de contratos no


exercício e o total de análises FCVS e CADMUT realizadas no exercício,
excluindo-se reanálise por motivo CECVS e Auditoria.
Descrição: Acompanhamento do custo de análise.
Objetivo: Avaliar o impacto da apuração do saldo de responsabilidade do FCVS nos custos
operacionais/administrativos do Fundo.
Dimensão: Eficiência.
Periodicidade: Anual.
Resultado: Quanto menor melhor.
ICPA exercício = Indicador do custo por análise.
33
CTa = Custo total da análise de contratos no exercício, resultante da diferença entre o valor
total do custo operacional/administrativo incorrido na administração do FCVS e o
valor correspondente à proporção desse custo relativa a atividades não relacionadas
diretamente com a apuração do saldo de responsabilidade do Fundo.
ARxR = Total de análises FCVS e CADMUT realizadas no exercício, excluindo-se reanálise
por motivos CECVS e Auditoria.

ICPA Exercício = CTa


ARxR

ICPA 2020 = 24.467.483


36.809

ICPA 2020 = 664,71

Quadro 13 - Série Histórica do Indicador ICPA

Indicador Resultado
ICPA 2017 470,50
ICPA 2018 616,69
ICPA 2019 654,57
IPCA 2020 664,71

O resultado do indicador apresentou aumento do custo de análise na ordem de 0,98%, o que reflete,
principalmente, o alto volume de contratos com nível de complexidade técnica superior à média,
o que requer mais tempo de análise.

Contribuíram também para a elevação desse custo a alta rotatividade dos assistentes dedicados à
análise devido, principalmente, à movimentação por Processo Seletivo Interno - PSI, o que
demanda constante necessidade de treinamento das equipes de análise, bem como a adaptação à
realização das análises em meio digital em face da implantação do trabalho remoto.

Indicador da qualidade das análises realizadas – IQAR

Quadro 14 - Descrição do Indicador IQAR

Medição: Quociente resultante da relação entre a quantidade de reanálises de contratos realizadas na


CECVS e de determinação da Auditoria Interna e a quantidade de contratos analisados e
revisados no exercício.
Descrição: Acompanhamento do nível de eficiência na produção das análises de contratos realizadas
pela Administradora do FCVS no exercício.
Objetivo: Avaliar a qualidade da produção operacional da Administradora na análise de contratos.
Periodicidade Anual.
Resultado: Quanto menor melhor.

34
IQAR exercício = Indicador da Qualidade das Análises Realizadas.
(RAg+RAa) = Total de reanálises realizadas, a partir de determinação da Auditoria Interna, por revisão da
CECVS.
ARx = Total de contratos analisados e reanalisados no exercício.

IQAR Exercício = (RAg+RAa)


ARx

IQAR 2020 = (1.509 + 420)


38.318

IQAR 2020 = 0,050

Quadro 15 - Série Histórica do Indicador IQAR

Indicador Resultado
IQAR 2017 0,485
IQAR 2018 0,152
IQAR 2019 0,131
IQAR 2020 0,050

O resultado desse indicador reflete, sobretudo, a diminuição do número de reanálises de contratos


por determinação da auditoria interna em 2020, totalizando 420, ante o volume de 4.032 em 2019,
o que reflete redução da quantidade de auditorias e do volume de contratos auditados em 2020 (18
trabalhos/24.171 contratos) em relação a 2019 (27 trabalhos / 33.827 contratos) e a quantidade de
lotes considerados adequados.

Para o resultado desse indicador, contribuíram também de forma positiva a realização de cursos
de análise de dossiês FCVS pelas equipes no exercício e a implantação de célula de qualificação
com vistas à padronização dos procedimentos técnicos da análise de dossiês FCVS.

Indicador de Viabilização de Novação do FCVS – IVNF

Quadro 16 - Descrição do Indicador IVNF

Medição: Quociente resultante da relação entre o valor correspondente aos processos de novação
encaminhados no exercício à STN e o valor decorrente da aplicação da variável
representativa do percentual determinado pela STN sobre o valor total de contratos aptos à
novação na CAIXA, ou seja, homologados, validados e auditados, com posição em 31 de
dezembro do exercício imediatamente anterior ao da previsão orçamentária.
Descrição: Acompanhamento da capacidade de viabilização da novação de dívidas do FCVS.

35
Objetivo: Subsidiar a definição dos valores passíveis de novação de dívidas do FCVS em cada
exercício
Dimensão: Eficácia
Periodicidade Anual
Resultado: Quanto maior melhor
VPn = Valor total dos processos de novação encaminhados no exercício à STN.
VPe Variável representativa do percentual determinado pela STN sobre o valor total de contratos
aptos à novação na CAIXA, ou seja, homologados, validados e auditados, com posição em
31 de dezembro do exercício imediatamente anterior ao da previsão orçamentária.
VCa = Valor total dos contratos aptos à novação na CAIXA.

IVNF Exercício = VPn


(VPe x VCa)

IVNF 2020 = 2.742.005.858,66


(19,83% x 74.476.056.459,63)

IVNF 2020 = 0,1856

Quadro 17 - Série histórica do indicador IVNF

Indicador Resultado
IVNF 2017 0,0332
IVNF 2018 Indeterminado
IVNF 2019 0,0357
IVNF 2020 0,1856

O resultado desse indicador reflete o valor novado de R$ 2,16 bilhões (VAF/1 e VAF/2) em 2020,
o que representa aumento significativo em relação a 2019, embora se apresente aquém do esperado
para o exercício, haja vista a previsão para as novações do FCVS no montante de R$ 15,8 bilhões,
conforme disposto na LOA - Lei nº 13.978/2020.

Cumpre destacar que, não obstante os efeitos benéficos das alterações promovidas pela Lei nº
13.932/2019 na Lei nº 10.150/2000 no sentido de pacificar temas relacionados à comprovação de
regularidade de recolhimento/dispensa de contribuições devidas ao FCVS e à definição dos
parâmetros estatísticos para a certificação da homologação dos saldos de responsabilidade do
FCVS e da taxa de juros para operações realizadas com recursos oriundos do FGTS ou cuja origem
não possa ser evidenciada, apresentaram-se de forma determinante para o resultado da novação do
FCVS a fixação de prazos mais tardios na Resolução CCFCVS nº 451, de 2020, para a convocação
dos agentes financeiros priorizados na fila de novação do exercício, e a necessidade de recuperação
de documentação para a realização de testes complementares pela CGU, atividade impactada pela
pandemia da covid-19.

Outros Resultados do FCVS

Destaca-se a novação de dívidas do FCVS no valor de R$ 2,16 bilhões, referente a 29.391 contratos
do tipo VAF 1 e VAF2 (Valores de Responsabilidade do FCVS) e no valor de R$ 385,47 milhões,

36
referente a 10.827 contratos do tipo VAF 3 e VAF4 (Valores de Responsabilidade do Tesouro
Nacional).

Em 2020, houve 934.964 contratos homologados e auditados aptos para novação (R$ 79,15
bilhões); desses, 297.399 contratos foram marcados como pré-novados (R$15,11 bilhões). Foram
instruídos pelas Administradora e encaminhados à auditoria interna 80 processos, relativos a
288.328 contratos (R$ 15,1 bilhões), estando 1 processo suspenso por ação judicial (referente a
31.071 contratos), e tendo sido 32 processos finalizados na CAIXA e encaminhados à CGU (R$
10,85 bilhões), referentes a 186.378 contratos.

No Quadro abaixo, apresenta-se a situação dos créditos, com posição 31.12.2020.

Quadro 18 - Novação: situação dos créditos

Posição 31/12/2020
Situação dos Créditos
Qtde Valor (R$)
1. Contratos habilitados ao FCVS não novados 1.847.767
1.1. A homologar 49.976
1.1.1. Com dossiês entregues 38.023
1.1.2. Com dossiês não entregues 11.953
1.2. Homologados com valor 1.226.712 99.147.140.787,64
1.2.1. Com RCV auditado 934.964 79.148.157.451,32
1.2.2. Com RCV não auditado 156.548 9.055.352.203,44
1.2.3. Com RNV auditado 65.742 5.653.193.024,89
1.2.4. Com RNV não auditado 51.990 3.520.638.692,21
1.2.5. Com RCNP auditado 7.753 1.207.644.520,72
1.2.6. Com RCNP não auditado 4.984 253.178.509,64
1.2.7. Sem manifestação auditado 15 863.219,02
1.2.8. Sem manifestação não auditado 1.135 53.409.933,49
1.2.8.1. Reab análise SM/NAUD 3.581 254.703.232,91
1.3. Totalmente deduzidos 9.986 1.582.626.380,91
1.3.1. Auditados 9.768
1.3.2. Não Auditados 217
1.3.2.1 Reab análise SM/NAUD 1
1.4. Contratos sem ressarcimento 560.796
1.4.1. Auditados 222.482
1.4.2. Não Auditados 334.602
1.4.2.1. Reab análise SM/NAUD 3.712
1.5. Contratos com saldo credor ao FCVS 297 4.318.809,88
1.5.1 Auditados 222
1.5.2. Não Auditados 74
1.5.2.1. Reab análise SM/NAUD 1
2. Contratos novados 1.484.122
2.1. Contratos novados até 31.05.2012 1.360.233
2.2. Contratos novados após 31.05.2012 123.889
3. Contratos Baixados 87.059 8.786.755.127,09
4. Total de Contratos no SICVS 3.418.948

37
Indicadores de desempenho do FCVS Garantia

Indicadores do Conquiste.Caixa

Análise de pedidos de ressarcimento às seguradoras – apresentados após Resolução


CCFCVS nº448/2019

Quadro 19 - Análise de pedidos de ressarcimento às seguradoras

Medição: Quociente resultante da relação entre a quantidade de solicitações de


ressarcimento de despesas às Seguradoras protocolados após a Res. CCFCVS nº
448/2019 analisados e a quantidade total de solicitações de ressarcimento de
despesas às Seguradoras protocolados após a Res. CCFCVS nº 448/2019

Meta: 85,00%
Realizado: 80,23%

Manifestação de interesse para ingressos nas ações judiciais

Quadro 20 - Manifestação de interesse para ingressos nas ações judiciais

Medição: Quociente resultante da relação entre a quantidade de atendimento de pedidos


para manifestação de interesse para ingressos nas ações judiciais de origem das
seguradoras e a quantidade total de demandas para manifestação de interesse para
ingressos nas ações judiciais de origem das seguradoras
Meta: 87%
Realizado: 95%

Indicadores de performance

Indicador de inadimplência de repasse de contraprestações pelos AF - IRCA

Quadro 21 - Descrição do Indicador IRCA


Valores em R$ mil

38
Medição: Quociente resultante da relação entre o estoque de prêmios de seguro/contraprestações
pendentes de recebimento do exercício atual (valor principal atualizado) e o do exercício
anterior.
Descrição: Acompanhamento da inadimplência dos AF.
Objetivo: Medir o comportamento da inadimplência de AF no recolhimento de prêmios de
seguro/contraprestações perante o FCVS Garantia.
Dimensão: Economicidade.
Periodicidade Anual.
Resultado: Quanto menor melhor.
IRCA = Indicador de inadimplência de repasse de contraprestações/prêmios pelos AF.
PP 2019 = Prêmios de seguro/contraprestações pendentes de recebimento do exercício atual.
PP 2018= Prêmios de seguro/contraprestações pendentes de recebimento do exercício anterior.

IRCA 2020 = PP 2020


PP 2019

IRCA 2020 = 452.816


447.794

IRCA 2020 = 1,01

Quadro 22 - Série Histórica do Indicador IRCA

Indicador Resultado
IRCA 2017 1,01
IRCA 2018 1,01
IRCA 2019 1,01
IRCA 2020 1,01

Em 2020, o indicador apresentou comportamento similar ao do exercício anterior, o que se deve à


manutenção da situação de inadimplência dos agentes, não obstante os esforços da Administradora
do FCVS na realização dos trabalhos de cobrança de dívidas perante o Fundo.

Indicador de efetividade operacional do FCVS Garantia– IEOF

Quadro 23 - Descrição do Indicador IEOF


Valores em R$ mil
Medição: Quociente resultante da relação entre os prêmios de seguro/contraprestações recebidos do
exercício atual e o volume total formado pelos recursos de indenizações e despesas pagas,
inclusive judiciais, e pela remuneração de cada entidade envolvida no extinto SH/SFH.
Descrição: Acompanhamento do volume de recursos do FCVS Garantia.
Objetivo: Mensurar a taxa de equilíbrio entre os recursos recebidos, prêmios de seguro/contraprestações
e os pagamentos inerentes ao FCVS Garantia.
Dimensão: Efetividade / economicidade.
Periodicidade Anual.
Resultado: Quanto maior melhor
IEOF = Indicador de efetividade operacional.
VTP = Volume total dos prêmios de seguro/contraprestações recebidos no exercício atual.

39
SPR = Volume total formado pelas indenizações e despesas pagas, inclusive judiciais, e pela
remuneração de cada entidade envolvida na administração do FCVS Garantia no exercício
atual.

IEOF exercício = VTP


SPR

IEOF 2020 = 16.642


311.621

IEOF 2020 = 0,05

Quadro 24 - Série Histórica do Indicador IEOF

Indicador Resultado
IEOF 2017 0,13
IEOF 2018 0,09
IEOF 2019 0,41
IEOF 2020 0,05

O resultado do indicador em 2020 reflete a redução da arrecadação ante a diminuição das carteiras
e o aumento das despesas, sobretudo daquelas com ações judiciais, haja vista a retomada dos
ressarcimentos às seguradoras a partir da publicação da Resolução CCFCVS nº 448, de
11/11/2019.

Outros Resultados do FCVS Garantia

Estima-se que os benefícios do FCVS Garantia alcançaram, considerada a composição média das
famílias brasileiras, apresentada pelo IBGE, correspondente a 3,3 pessoas, aproximadamente 370
pessoas em 2020, o que representa os pagamentos administrativos de 112 ocorrências de eventos
de MIP e de DFI, no valor de R$2,11 milhões.

Em decorrência de condenação judicial, houve também 12 pagamentos de MIP, no valor de R$


601 mil, bem como, pagamento de aluguel por determinação judicial para 40 beneficiários, no
valor anual total de R$ 798 mil, durante o período de recuperação do imóvel.

Em relação ao ressarcimento às seguradoras, a Administradora analisou 17.252 solicitações


apresentadas à Administradora antes da Resolução CCFCVS nº 448/2019 e 8.533 solicitações
apresentadas após tal Resolução, tendo sido liberado um valor total de R$260,8 milhões.

Em 2020, a Administradora apresentou ao Jurídico CAIXA análise de manifestação de interesse


de demandas originadas das seguradoras para 2.331 processos (15.930 autores analisados) e
prestou subsídio a pedido do Jurídico para 4.992 processos (28.833 autores).

Em relação às ações de regresso propostas pelas seguradoras em desfavor do FCVS Garantia, a


Administradora prestou subsídio a 739 ações judiciais.
40
No tocante aos acordos judiciais realizados pelo Jurídico CAIXA em nome do Fundo, com base
na Resolução CCFCVS nº 404, de 2015, houve em 2020 pagamento pelo Fundo de R$ 742,8 mil
referentes a 18 imóveis/autores, de 1 processo. Houve também, fundamentada na mesma
Resolução, a realização de acordos judiciais para 349 imóveis/autores, distribuídos em 38
processos, todos pertencentes a um mesmo empreendimento (Residencial CEDRO, em
Caruaru/PE), em razão de mediação conduzida pelo STJ, com participação da AGU, para
reparação de danos físicos em imóveis averbados na apólice pública do extinto SH/SFH, tendo
ocorrido pagamento com recursos CAIXA e ressarcimento pelo Fundo em janeiro/2021 no valor
de R$ 8.136.725,90.

Importante explanar que a Resolução CCFCVS nº 404, de 2015, aprovada pela AGU em Despacho
de 23.12.2015, autorizou a CAIXA, na qualidade de Administradora do FCVS, a realizar acordos
em ações ajuizadas envolvendo o extinto SH/SFH que possam representar impacto econômico ao
FCVS, em qualquer uma das seguintes situações: quando o autor fizer jus à cobertura pleiteada,
nos termos da apólice do extinto SH/SFH; quando o custo da realização do acordo for inferior ao
custo de manutenção do processo, limitado o valor do desembolso, por autor da ação, ao valor
adotado pela AGU; quando o pedido do autor encontrar amparo em jurisprudência consolidada em
Tribunal Superior; e quando, pelas peculiaridades do processo, a realização do acordo mostrar-se
mais vantajosa ao FCVS, observado o limite máximo de 3/4 do VEC disciplinado em Resolução
do CCFCVS nas demandas judiciais do extinto SH/SFH.

41
Capítulo 04
Gestão de Riscos e Controles Internos

Principais riscos para o FCVS

A gestão de riscos no FCVS realiza-se tanto no âmbito da gestão, mediante atuação do CCFCVS,
quanto na Administração do Fundo, realizada pela CAIXA.

Na Administradora, a gestão de riscos do FCVS apresenta-se no contexto da Política de


Governança da CAIXA, a qual se orienta por princípios e diretrizes de prudência em relação a
exposições a riscos, transparência, conformidade com as normas internas e externas, boas práticas,
efetividade, segregação de atividades e validação prévia com os modelos estabelecidos.

Nesse sentido, o processo de gestão de risco, do mapeamento às ações de prevenção e mitigação,


utilizado nas atividades do FCVS desenvolvidas no âmbito da administração do Fundo realiza-se
a partir das diretrizes definidas pela Vice-Presidência de Riscos da CAIXA.

Com base nesse mapeamento, realizado por meio da Plataforma ARIS, ferramenta de
informações integradas que cria, analisa e gerencia informações de processos sob diversas
perspectivas, tais como, estratégia, riscos, tecnologia, pessoas e norma, os principais riscos a que
o FCVS se encontra exposto apresentam-se identificados nos contextos estratégico, operacional e
de imagem, conforme disposto no Quadro 25 abaixo.

O risco estratégico apresenta-se em decorrência de mudanças adversas no ambiente de negócios


ou de utilização de premissas inadequadas na tomada de decisão, o que pode comprometer a
execução do planejamento estratégico e o modelo de negócios, bem como ensejar o aumento de
ações judiciais relacionadas ao FCVS e ao FCVS Garantia.

Ao risco estratégico, associa-se também a possibilidade de perda de capital intelectual em face das
estratégias para preservação de habilidades e conhecimentos necessários à Administração/gestão
do FCVS.

O risco operacional deve-se à possibilidade de ocorrências de perdas resultantes de eventos


externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas.

No contexto do risco operacional, encontram-se também o risco de corrupção e o risco legal


associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados, bem como o risco de compliance,
o qual corresponde à possibilidade de sanções legais ou regulatórias, perdas financeiras que podem
impactar os resultados do FCVS devido à falta de aderência (não conformidade) com leis,
regulamentos, códigos de conduta e normas. Diante disso, ressalta-se o potencial dos impactos ao
FCVS em face de eventuais falhas na qualificação técnica / gerencial das pessoas que atuam no
FCVS.
42
O risco de imagem / reputação corresponde à possibilidade de impacto negativo da opinião pública,
clientes e órgãos reguladores sobre as operações ou atividades do FCVS, isto é, a percepção
negativa de imagem do FCVS ou da gestão / administração pelas contrapartes interessadas no
Fundo.

Quadro 25 - Tipos de Riscos para o FCVS

Tipo de Risco Risco

Falha na execução do planejamento estratégico.


Extinção do FCVS ante a possibilidade aprovação da PEC
Estratégico nº187/2019 em que o FCVS figura no rol de fundos extintos, não
obstante a possibilidade de ratificação do Fundo por meio de Lei
Complementar específica em até dois anos após a extinção.
Cobertura indevida de saldo de responsabilidade do FCVS em
operações não validadas pela Administradora do Fundo.
Falha no cadastramento de informações no CADMUT.
Exposição de dados sigilosos relacionadas à análise e atualização
dos registros no CADMUT ou na análise/revisão de dossiês do
FCVS
Falha na execução ou interrupção de atividades por ausência de
conformidade com leis, normas e regulamentos do FCVS e do
FCVS Garantia.
Falhas no registro contábil das contribuições recolhidas ao FCVS
Instrução de processo de novação de instituição não detentora dos
créditos por não ocorrência de transferência de titularidade
decorrente da falta de comunicação da cessão pela instituição
cedente ou cessionária.
Transferência de titularidade de crédito indevida por não
observância aos requisitos de regularidade.
Impossibilidade de atendimento a demandas judiciais, de auditorias
Operacional
internas e de órgãos de controle por extravio de dossiê habilitado ao
FCVS.
Aumento do custo de análise em decorrência de recursos das
instituições credoras às análises de dossiês homologadas pela
Administradora do FCVS.
Apuração incorreta do saldo residual de responsabilidade do FCVS
por redução na qualidade das análises.
Exposição de dados sigilosos de pessoas por inobservância à LGPD.
Extravio de documentação original habilitada ao FCVS por não
devolução do dossiê à instituição credora
Falha na verificação da documentação/homologação, no
mapeamento da cadeia de matrículas ou na seleção dos créditos do
CD de novação, acarretando retrabalhos, atrasos ou cancelamento
do processo de novação.
Prejuízos financeiros ao FCVS por judicialização do processo de
novação.
Falha na defesa do FCVS e no cumprimento da sentença
43
Falhas de natureza tecnológica ou na recepção, guarda e trato da
documentação, acarretando retrabalho e aumento de custos nas
análises de dossiês FCVS, na novação, nos ressarcimentos às
seguradoras, nas indenizações de MIP, DFI e SCA e nas demandas
judiciais contra o FCVS e o FCVS Garantia.
Descumprimento de prazo em análises de demandas judiciais contra
o FCVS Garantia devido à complexidade de normas e
procedimentos.
Exclusão da operação do cadastro por falhas na recepção, controle
e manutenção da documentação enviada ao FCVS Garantia.
Aumento de custos operacionais e prazo para ressarcimento às
seguradoras por falhas de natureza tecnológica, uso de sistema
departamental e controle manual de documentos.
Vazamento de informações sobre as análises de ressarcimento às
seguradoras.
Falhas na avaliação do bem e na emissão de laudos, acarretando
maximização do prazo de regulação e do custo da obra na regulação
do DFI.
Perda do prazo para inclusão do orçamento do FCVS e FCVS
Garantia na LOA.
Falta de alinhamento entre o planejamento orçamentário e as
obrigações do FCVS e do FCVS Garantia.
Cobrança indevida ou falta de cobrança da dívida de contribuição
ao FCVS.
Perda de credibilidade por descumprimento de prazo regulamentar
Imagem de instrução de processos de novação em decorrência da redução
da qualidade das análises.
Indefinição quanto à forma de indenização de DFI.
Falha na defesa do FCVS e no cumprimento de sentenças.

Modelo de gestão de riscos e controles

O modelo de gestão de riscos e controles do FCVS utiliza a estrutura de gestão de riscos da


CAIXA, no âmbito da Administração do FCVS, bem como as avaliações realizadas pelo ME
(STN) e pelo CCFCVS, no ambiente da gestão do Fundo.

Na Administração do FCVS, adota-se a política de gerenciamento de risco da CAIXA cuja diretriz


geral apresenta-se no sentido de promover a gestão dos riscos relevantes de forma contínua e
integrada, visando manter a exposição a esses riscos em níveis considerados aceitáveis pela
administração da instituição, de modo a assegurar sustentabilidade aos negócios por ela
administrados / geridos.

As políticas e estratégias para o gerenciamento de riscos nesse modelo são revisadas no mínimo
anualmente, com o objetivo de mantê-las adequadas à natureza, à complexidade e à dimensão das
exposições a riscos e compatível com os objetivos estratégicos.

44
As estruturas de gerenciamento de riscos são compostas por modelos e sistemas que possibilitam
a identificação, a mensuração e a avaliação dos riscos relevantes incorridos, inclusive simulações
em condições normais e de estresse.

A identificação, a avaliação e a tomada de decisão quanto à mitigação, à transferência ou à


assunção do risco têm atuação efetiva por parte do gestor responsável, e, quando se trata de
exposição relevante, toda decisão tem a anuência do Comitê de Risco e do colegiado pertinente.

Os critérios para definir as exposições relevantes são aprovados pela Alta Administração e são
revisados com o objetivo de compreender suas fontes e identificar formas de reduzi-las ao
estritamente necessário para a consecução dos objetivos estratégicos.

A CAIXA, de modo a preservar a sustentabilidade dos negócios administrados / geridos na


Empresa, estabelece limites de exposição e de perdas para cada categoria de risco, observando as
normas regulatórias, determinações do controlador e as boas práticas.

Os relatórios gerados a partir dos modelos de risco, conforme sua natureza, apresentam
informações qualitativas e quantitativas sobre os resultados apurados de forma a subsidiar os
tomadores de decisões na condução dos negócios sob sua responsabilidade.

Assim, a CAIXA, ao apurar e monitorar mensalmente, por meio da ferramenta Conquiste.Caixa,


o grau de conformidade dos processos das unidades da matriz, das filiais e das centralizadoras,
realiza o controle dos resultados corporativos, de modo a minimizar os riscos inerentes aos
negócios da Empresa.

Para garantir equilíbrio na mensuração das funções empresariais das unidades, a estrutura da
avaliação de resultado apresenta-se segmentada por focos de atuação que se traduzem em
indicadores gerenciais.

A avaliação das unidades da matriz utiliza os pilares de sustentação do negócio e financeiro, ao


passo que a avaliação das unidades das filiais/centralizadoras utiliza os pilares de sustentabilidade
corporativa e financeiro.

Para além da apuração e do monitoramento realizados por meio do Conquiste.Caixa citados


acima,, efetua-se, no contexto das linhas de defesa, o monitoramento operacional, por meio do
qual os indicadores definidos para riscos relevantes são monitorados pela área de riscos da CAIXA
com vistas a gerar informações sobre eventuais desvios de comportamento e elaboração de planos
de ação corretivo, desenvolvidos pela Administradora do FCVS no âmbito da primeira linha de
defesa, bem como pelo acompanhamento sistemático pela área de risco da CAIXA em nível de
segunda linha de defesa.

No âmbito da Administradora do FCVS, utilizam-se, sobretudo, a avaliação de conformidade


efetuadas por meio do Conquiste.Caixa para monitoramento das metas de novação, de
homologação de dossiês e de análise para ressarcimento às seguradoras.

Em 2020, a gestão de riscos no âmbito da administração do FCVS e do FCVS Garantia apresenta-


se marcada pela revisão do catálogo de processos do FCVS constante na plataforma ARIS, bem
como pelo início do ‘Ciclo Anual de Gerenciamento de Riscos’, instrumento que também se
configura como parte da estratégia de linhas de Defesa da CAIXA.

45
Nessa revisão do catálogo, efetuaram-se atualizações das informações de normas, sistemas, riscos
e indicadores vinculados aos processos do FCVS e do FCVS Garantia, o que resultou na
identificação dos principais riscos relacionados no Quadro 25 acima e na atualização dos mapas
dos processos ‘Apurar saldo de responsabilidade dos contratos com cobertura do FCVS’. ‘Instruir
processo de novação do FCVS’ e ‘Ressarcir às seguradoras ações do FCVS Garantia’.

Para as três etapas iniciais do ‘Ciclo Anual de Gerenciamento de Riscos’ cujo prazo para conclusão
ocorrerá na primeira quinzena de março de 2021, compete à Administradora do FCVS, na posição
de instância de primeira linha de defesa, identificar, avaliar, homologar e propor soluções de
enfrentamento dos riscos catalogados para o Fundo, de modo a propiciar posterior submissão à
avaliação da segunda linha de defesa.

Respostas aos riscos

Para controlar os riscos identificados nas atividades inerentes ao FCVS, a CAIXA possui estrutura
de gerenciamento de risco pautada em uma base com informações referentes a: (i) banco de dados
de perdas internas – por meio do armazenamento de informações referentes a perdas efetivas
(inclusive perdas legais), quase perdas, frequência, severidade, impacto das ocorrências de perdas
operacionais, cálculo para perdas potenciais (esperadas e inesperadas) e provisões referentes às
ações judiciais; (ii) fatores de controle interno no ambiente de negócios em relação a riscos
operacionais; (iii) base de dados externa; e (iv) cenários.

Para subsidiar a Alta Administração da CAIXA na tomada de decisões, apresentam-se informes,


com origem no gestor do processo, produto ou serviço que relatam ocorrências de eventos de risco
e sua evolução, bem como aqueles oriundos da Vice-Presidência de Riscos com informações
consolidadas acerca das perdas associadas a riscos operacionais.

Os mecanismos utilizados pela Administradora do FCVS para avaliar o perfil de decisão crítica,
de modo a verificar, em nível estratégico, a ocorrência de eventual discrepância, consistem em
avaliações dessas decisões em face dos relatórios de controle de risco.

Nesse contexto, para ter processo efetivo de gestão de risco, com fortes linhas de defesa, as
principais medidas são as a seguir explicadas.

Para mitigar os riscos do FCVS, a Administradora do Fundo monitora os processos por meio de
indicadores, de modo a definir ações preventivas a cada ciclo do Planejamento Estratégico do
Fundo.

Para além dessas ações, e com vistas a reduzir o risco associado, eminentemente, às questões
relacionadas às ações judiciais do FCVS e do FCVS Garantia, a Administradora do FCVS mantém
estrutura formada pelo departamento jurídico da CAIXA que utiliza sistema de controle das ações
judiciais contra o FCVS e portal na intranet, o que possibilita, de forma integrada, a
disponibilização de subsídios técnicos, realização de consultas ao jurídico e a análise de
pertinência dos lançamentos de despesas judiciais nos centros de custos do Fundo.

Realizam-se também avalições sistemáticas para definição dos valores de provisão para ações
judiciais contra o FCVS e encontram-se em desenvolvimento funcionalidades no SIAHA e no
SICAJ para aprimorar os controles dos contratos com marcação de ação judicial, de modo a evitar
múltiplos ressarcimentos para um mesmo contrato

46
Ressalta-se que em virtude de inexistir vínculo empregatício entre o FCVS e a força de trabalho
dedicada ao Fundo, não há registro de ação trabalhista nesse sentido.

Para minimizar impactos na gestão de talentos, as estratégias de recrutamento e promoção na


Administradora do FCVS buscam privilegiar competências, habilidades e o conhecimento técnico
relacionado ao Fundo.

Em relação aos riscos operacionais, para mitigar aqueles identificados no Relatório de Avaliação
dos Riscos Operacionais da Administradora do FCVS, nos relatórios produzidos pelos sistemas do
FCVS e nas ocorrências de auditoria, a Administradora do FCVS realiza o cotejamento mensal
dos números apresentados nos relatórios emitidos pelos sistemas do FCVS, do CADMUT e
informações contábeis, com os do mês anterior, com vistas à identificação de eventuais distorções
e à adoção de soluções imediatas.

No intuito de reduzir riscos de descontinuidades dos negócios do FCVS, a Administradora do


Fundo adota os princípios e as diretrizes da política de continuidade dos negócios da CAIXA, de
modo a assegurar a continuidade de suas atividades críticas na ocorrência de eventos que
impossibilitem a utilização, parcial ou total, de sua infraestrutura operacional e de recursos de TI
e comunicações para evitar que os prejuízos financeiros e os impactos negativos à imagem
institucional atinjam níveis inaceitáveis, conforme normativos internos da Empresa.

De modo a evitar a maximização da estrutura de custos, realizam-se avaliações periódicas para


redistribuição/redimensionamento de processos entre as equipes e adotaram-se medidas para
redução das despesas com diárias e passagens, com hora extra e consumo de papel.

De modo a minimizar os riscos com perda de documentos, a gestão do acervo do FCVS, o que
inclui as atividades de guarda, estoque e inventário dos documentos, segue as diretrizes do
normativo interno ‘Gestão documental – guarda e recuperação de documentos e informação’.

De modo a mitigar os riscos inerentes a ilícitos, fraudes, falhas em sistemas, segurança da


informação, compliance e dependência de fornecedores que possam comprometer a continuidade
das atividades do FCVS, adotam-se, além de autoavaliação para composição de relatórios de
avaliação dos riscos operacionais relevantes e Ciclo Anual de Gerenciamento de Riscos, as
seguintes medidas:

- Catalogação das regras dos sistemas do FCVS submetidos à manutenção no exercício, com vistas
a mitigar os riscos com dependência de capital intelectual de empresa terceirizada na manutenção
e desenvolvimento de serviços de TI;

- Manutenção dos sistemas do FCVS e seus backups em parques tecnológicos distintos;

- Manutenção de manuais normativos internos atualizados e em consonância com as normas


externas a que se referem, inclusive aqueles referentes ao serviço de avaliação atuarial do FCVS;

- Adoção, com vistas a evitar fraudes internas, de mecanismos como (i) a supervisão contínua das
ações adotadas pelos analistas de dossiês do FCVS; (ii) o estabelecimento rigoroso da segregação
de papéis entre empregados/funções; (iii) a utilização de senha com níveis diferenciados de acesso;
(iv) a distinção de perfis (consulta/alteração / homologação) para acesso aos sistemas relacionados
ao FCVS e (v) a utilização de funcionalidades nos sistemas do FCVS que permitem rastrear o

47
autor, a ação e a data de utilização pelos usuários (empregados da Administradora, prestadores de
serviços da TI CAIXA e auditores).

- Instauração de sindicância para apuração de responsabilidade na forma definida em normativo


interno para eventuais ocorrências de fraudes e/ou desvios contra o Fundo;
- Adoção de rotina de habilitação de documentos originais ao FCVS, com tratamento e devolução
da documentação ao AF na forma das Resoluções do CCFCVS nº 306, de 2012, e nº 381, de 2014.

Para reduzir os riscos de mudanças macroeconômicas e políticas, a Administradora do FCVS


apresenta pareceres nos projetos de leis, de medidas provisórias ou de PEC, fundamentando-os
com embasamento técnico e/ou análise de impacto, bem como possui rotina de controle das
aplicações financeiras do Fundo.

Com vistas a minimizar os riscos de imagem, a Administradora confere transparência aos


processos do FCVS e eventual manifestação na mídia acerca do Fundo condicionam-se à
apresentação de subsídios técnicos e à aprovação do gestor do Fundo e à análise da Assessoria de
Comunicação da CAIXA.

Ressalta-se, contudo, que a implantação de ações mais específicas para enfrentamento dos riscos
identificados no Quadro 25 acima condiciona-se à finalização do Ciclo Anual de Gerenciamento
de Riscos, a qual ocorrerá em 2021.

48
Capítulo 05
Orçamento do FCVS

Gerenciamento do orçamento do FCVS

A responsabilidade pelo gerenciamento, sob o ponto de vista da eficiência e da conformidade, dos


recursos orçamentários, humanos e tecnológico, entre outros destinados às atividades do FCVS,
apresenta-se no âmbito do CCFCVS, uma vez que compete a esse Colegiado, conforme disposto
no art. 1º do Decreto nº 4.378, de 2002, disciplinar as condições gerais de atuação do Fundo, e,
entre outras atribuições específicas:

- Estabelecer normas e diretrizes para a administração do FCVS;

- Aprovar os critérios para aplicação dos recursos do FCVS;

- Aprovar o plano de contas do FCVS;

- Aprovar as propostas orçamentárias anuais e plurianuais do FCVS;

- Manifestar-se sobre os balancetes mensais, balanços anuais e demais demonstrações


contábeis e financeiras do FCVS;

- Pronunciar-se sobre as propostas orçamentárias, as prestações de contas e os relatórios


gerenciais do FCVS.

A efetivação desse gerenciamento ocorre mediante a realização das seguintes atribuições da


CAIXA, na qualidade de Administradora do FCVS, dispostas na forma do art. 14 do Decreto nº
4.378, de 2002:

- Aplicação dos recursos financeiros do FCVS, na forma definida pelo CCFCVS, em


operações com prazo compatível com as suas exigibilidades;

- Elaboração do plano de contas do FCVS e submissão à apreciação do CCFCVS;

- Elaboração das propostas orçamentárias, anuais e plurianuais, do FCVS, encaminhando-


as ao competente órgão de planejamento da União, após a apreciação do CCFCVS;

- Elaboração dos balancetes mensais e demais demonstrações contábeis do FCVS,


encaminhando-os, tempestivamente, ao CCFCVS, ou sempre que solicitada;

49
- Encaminhar, até 30 de março do ano subsequente, a prestação de contas do FCVS, e seus
anexos, juntamente com os relatórios gerenciais anuais, para apreciação do CCFCVS, enviando-
os, posteriormente, ao Tribunal de Contas da União.

Objetivos estratégicos para gestão de recursos do FCVS

Os principias objetivos estratégicos que compõem a gestão dos recursos do FCVS consistem em
assegurar que as aplicações financeiras das disponibilidades do FCVS ocorram de forma
conservadora, isto é, com o mínimo de exposição aos riscos de mercado, de modo a assegurar as
necessidades de liquidez do Fundo para possibilitar a realização dos pagamentos sob sua
responsabilidade e os investimentos em melhorias de processos.

Principais ações realizadas na gestão de recursos do FCVS

Ao realizar as aplicações do FCVS em LFT, a qual utiliza o Índice de Mercado ANBIMA - IMA-
S, composto pelos títulos pós-fixados atrelados à SELIC, não se identificaram variações negativas
no patrimônio do fundo, diferentemente do que poderia ocorrer se utilizados outros índices com
marcação a mercado.

Quadro 26 - Saldo financeiro das aplicações do FCVS


Valor em R$ mil
Tipo de aplicação Total – posição 31/12/2020
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez R$ 5.165.617
Títulos CVS R$ 295.991
Fonte: SISFIN

Conformidade com a legislação que rege o FCVS

A conformidade das informações citadas neste capítulo apresenta-se com base no Decreto
nº 4.378, de 2002, que aprova o Regulamento do CCFCVS e nos normativos internos da
Administradora do FCVS.

No que se refere à gestão de ativos do FCVS, a CAIXA pode aplicar os recursos do FCVS em
títulos Públicos Federais e deve manter as disponibilidades financeiras do Fundo na Conta Única
do Tesouro Nacional, sob vinculação específica no SIAFI, onde os recursos devem ser
remunerados conforme legislação aplicável, nos termos da Resolução CCFCVS nº 329, de 2012.

Confiabilidade das informações prestadas

A confiabilidade da gestão citada neste capítulo apresenta-se fundamentada nas informações


obtidas nos sistemas da Administradora do FCVS e no SIAFI, atestadas pela Auditoria Interna da
CAIXA.

50
Gestão Orçamentária e Financeira

A gestão orçamentária e financeira do FCVS realiza-se a partir das diretrizes traçadas pelo
CCFCVS e da priorização das estratégicas que integrarão o planejamento estratégico realizado
pela Administradora do FCVS em cada exercício e aprovado por aquele Conselho.

Com base nesse planejamento, a Administradora do FCVS, até meados de julho de cada ano,
elabora as peças orçamentárias do Fundo, correspondentes à proposta de reformulação
orçamentária do exercício presente e à proposta orçamentária do exercício subsequente,
submetendo-as à apreciação do CCFCVS por meio de voto, para o qual esse Colegiado publica
resolução no DOU.

Nesse contexto, a Administradora, além das peças orçamentárias do FCVS, elabora a execução
orçamentária do Fundo para efeito do monitoramento dos valores realizados em face do orçamento
aprovado para o exercício, o qual integra ações da LOA, mas sem vinculação a programas/projetos.

A comparação entre o orçamento de 2020, aprovado pelo CCFCVS por meio da Resolução
CCFCVS nº 442, de 2019 (não houve reprogramação dos valores), e a execução orçamentária do
exercício de 2020 apresenta-se na síntese demonstrada no quadro a seguir.

Quadro 27 – Execução orçamentária do FCVS 2020


Valores em R$ mil
Orçamento
Balanço Patrimonial Realizado Variação %
Aprovado

ATIVO
Circulante 12.583.265 13.743.956 109,2
Caixa e Equivalentes de Caixa 12.570.117 13.716.226 109,1
Demais Créditos e Valores de Curto Prazo 13.148 27.730 210,9
Não Circulante 3.186.323 3.270.081 102,6
Invest. e Aplicações Temporárias de Longo Prazo 296.055 295.992 100,0
Demais Créditos e Valores de Longo Prazo 2.890.268 3.908.402 135,2
(-) Ajuste para Perdas em Créditos de Longo - (934.313) -
Prazo Total do Ativo 15.769.588 (942.883)
17.014.037 107,9

PASSIVO

Circulante 9.782.995 14.757.722 150,9


Fornecedores e Contas a Pagar de Curto - 14.790 -
Demais obrigações de Curto Prazo 9.782.995 14.742.932 150,7
Não Circulante 96.889.336 118.285.507 122,1
Provisões de Longo Prazo 26.815.322 31.933.237 119,1
Demais obrigações de Longo Prazo 70.074.014 86.352.270 123,2
Total do Passivo 106.672.331 133.043.229 124,7

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social 407.375 407.375 -


Resultados Acumulados (91.310.118) (116.436.567) 127,5
Total do Patrimônio Líquido (90.902.743) (116.029.192) 127,6

51
Demonstração das Variações Patrimoniais Orçamento
Realizado Percentual (%)
Aprovado
Variações Patrimoniais Aumentativas
15.941.415 4.532.514 28,4
Variações Patrimoniais Diminutivas (6.474.447) (13.868.711) 214,2

9.466.968 (9.336.197) 98,6


Resultado Patrimonial do Exercício
Fonte: Execução Orçamentária 2020 com base no SIAFI

A partir da análise da Demonstração das Variações Patrimoniais 2020 e do Relatório de Execução


Orçamentária elaborado pela GEORC, verifica-se que o FCVS apresentou resultado líquido
negativo de R$ 9,3 bilhões.

Pela análise das Demonstrações das Variações Patrimoniais, constata-se que as Variações
Patrimoniais Aumentativas acumuladas no exercício, que consistem nas receitas operacionais,
apresentaram valor de R$ 4,5 bilhões, representando 28,4% do orçado, o que decorreu
especialmente em virtude dos contratos de novação no montante de R$2,1 bilhões.

O valor das Variações Patrimoniais Diminutivas, que representam as despesas operacionais, R$


13,8 bilhões, apresentando um percentual de 214,2% em relação ao orçado, em razão do aumento
da provisão dos Riscos Expirados calculados pelo atuário

Analisando-se detidamente o Balanço Patrimonial, temos que a situação patrimonial do FCVS


apresentou ativo total de R$ 17 bilhões, alta de 7,9% em relação ao orçado para 2020 e passivo
total de R$ 133 bilhões, 24% superior ao orçado para o exercício.

O Ativo Circulante registrou, em 2020, R$ 13,7 bilhões, alta de 9,2% em relação ao orçado, com
destaque para o item “Demais Créditos e Valores de Curto Prazo” – composto por rendimentos a
incorporar de depósitos remunerados e da Conta Única do Tesouro, parcelamento de
contraprestações e, principalmente, por contribuições em atraso a receber dos agentes financeiros
– que apresentou um aumento de 210,9% em relação ao orçado para 2020.

O Ativo Não Circulante contabilizou no exercício de 2020 o montante de R$ 3,2 bilhões, alta de
2,6% em relação ao orçado, por impacto dos Demais Créditos e Valores de Longo Prazo, os quais
obtiveram um realizado 35,2% acima do esperado para 2020.

O Passivo Circulante atingiu o total de R$ 14,7 bilhões, alta de 50,9% em relação ao previsto no
orçamento programado para o período, motivado pelo aumento das Demais Obrigações de Curto
Prazo (composta pelos compromissos assumidos - contratos homologados - e pelas indenizações
de eventos MIP e DFI), decorrente, basicamente, da maior expectativa em 2020 da realização de
novação em 2021.

Já no Passivo não Circulante apresentou alta de 22% em relação ao orçamento programado do


exercício de 2020, influenciado pelas Demais Obrigações de Longo Prazo, item que obteve um
percentual de 23,2% acima do previsto no orçamento de 2020, em razão do aumento da estimativa
atuarial para os contratos não habilitados, compensado em parte pela redução dos riscos não
expirados.

52
O Patrimônio Líquido do FCVS contabilizou o montante negativo de R$ 116 bilhões, 27,6% acima
do orçado para 2020, por impacto da incorporação do resultado negativo do exercício de R$ 9,3
bilhões.

53
Capítulo 06
Alocação de Recursos

Gestão de Pessoas

A Administradora do FCVS, com vistas a assegurar o cumprimento da missão institucional do


Fundo, utiliza as diretrizes da gestão de pessoas na CAIXA que visam fomentar a cultura de
responsabilização, meritocracia e desenvolvimento profissional, de modo a subsidiar políticas de
valorização do capital humano, de transparência e de consequências do desempenho.

Nesse contexto, destaca-se a gestão do desempenho de pessoas que consiste em processo que
possibilita traduzir a estratégia da CAIXA até o nível individual, permitindo ao empregado
compreender o significado do seu trabalho para os resultados da Empresa, tornando clara a
contribuição que se espera dele na execução do planejamento no nível corporativo, da unidade de
negócio/funcional, da unidade de lotação e da equipe, na forma do normativo interno ‘Gestão do
Desempenho de Pessoas’.

A gestão do desempenho de pessoas na CAIXA ocorre em ciclos com a definição de objetivos


individuais descritos por meio de indicadores específicos, mensuráveis, ambiciosos, alcançáveis,
relevantes e com prazo definido que agreguem resultado para a Unidade e desenvolvimento das
competências fundamentais para o empregado, formalizados por meio de Acordo de Desempenho,
registrado em sistema específico.

No que se refere ao desenvolvimento profissional, a CAIXA, além do incentivo à educação formal


por meio de subsídios para graduação, pós-graduação e idioma estrangeiro, oferece ao corpo
funcional a possibilidade de capacitação a partir da realização de cursos e treinamentos na
Universidade CAIXA, bem como participação em ações e soluções educacionais não
caracterizadas como escolaridade formal, tais como, evento externo ou corporativo e orientação
de coaching.

No âmbito da Administradora do FCVS, conquanto a aplicação das diretrizes e ferramentas da


CAIXA na gestão de pessoas, identifica-se como principal risco a perda de capital intelectual,
decorrente, sobretudo, de aposentadorias e de transferências de empregados para outras unidades
da CAIXA face à possibilidade de ascensão funcional propiciada pelo PSIC e pelas sistemáticas
do Banco de Sucessores e do Banco de Oportunidades, destinadas, respectivamente, a identificar
e desenvolver empregados com potencial nas competências requeridas para função gerencial e que
atendam aos requisitos para o exercício de funções gratificadas da estrutura de cargos e funções
da Empresa.

Com vistas à minimização desse risco, a Administradora do FCVS adota política de disseminação
do conhecimento por meio da realização de cursos e treinamentos específicos acerca do FCVS e
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

do FCVS Garantia, e inclui, respectivamente, as normas e os procedimentos operacionais do FCVS


em manuais normativos internos e normas setoriais que obedecem aos padrões de compliance no
processo de elaboração e publicação, os quais se apresentam disponíveis na intranet CAIXA no
SISMN, sistema que apresenta as funcionalidades de manutenção do histórico de versões e backup
de cada norma.

Conformidade Legal

A força de trabalho à disposição do FCVS compõe-se de servidores do ME que integram a


Secretaria-Executiva do CCFCVS e de empregados da CAIXA, lotados nas instalações da
Administradora do FCVS, ou cedidos ao ME para exercer atividade de apoio àquela Secretaria,
conforme previsto no Decreto nº 4.378, de 2002. Os empregados da CAIXA são admitidos
mediante concurso público, de provas ou de provas e títulos, sob regime jurídico da CLT e
legislação complementar.

Com vistas a identificar eventual acumulação indevida de cargos, funções e empregos públicos, a
CAIXA condiciona a admissão de pessoas na Empresa à assinatura de Declaração de Acumulação
de Cargos/Empregos e de Vínculo com empresas concorrentes ou que transacionem com a
CAIXA.

Declarada a existência de acumulação de cargos, fica impedida a admissão do candidato que não
se desincompatibilizar das atividades de outro cargo até o momento da assinatura do Contrato de
Trabalho.

As demais ocorrências de acumulação de cargos, identificadas após a admissão do empregado, são


reportadas à Comissão de Ética da CAIXA, órgão autônomo de caráter deliberativo, com a
finalidade de orientar, aconselhar, e atuar na gestão sobre a ética profissional dos dirigentes e
empregados da CAIXA, e no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, cabendo-lhe
ainda deliberar sobre condutas antiéticas e sobre transgressões das normas da CAIXA levadas ao
seu conhecimento, para avaliação da necessidade de aplicação de penalidades, entre as quais a
demissão.

Avaliação da Força de Trabalho do FCVS

Em 31/12/2020, a força de trabalho dedicada ao FCVS correspondia a 285 empregados da CAIXA,


2 empregados da CAIXA cedidos à Secretaria-Executiva do CCFCVS e 5 servidores do Ministério
da Economia.

Os empregados da CAIXA que integram a Administradora do FCVS estão distribuídos entre as


unidades da ‘área meio’, quais sejam, VIMAR, DEFUS, SUFUS e GECVS, e da ‘área fim’,
CECVS e CEHAG, ocupando cargos com e sem função.

No quadro a seguir demonstram-se a força de trabalho de empregados da CAIXA vinculados à


Administradora do FCVS, a correspondente distribuição da lotação efetiva e o detalhamento da
estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas, haja vista que os servidores públicos que
integram a Secretaria-Executiva do CCFCVS não são remunerados pelo FCVS.

55
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quadro 28 – Força de trabalho do FCVS

Lotação Ingressos no Egressos no


Tipologias dos Cargos
Exercício Exercício
Efetiva
1. Empregados em Cargos Efetivos 285 32 61
Empregados de carreira vinculada à
285 32 56
CAIXA.
Empregados de carreira em exercício
0 0 0
descentralizado.
Empregados de carreira em exercício
0 0 0
provisório.
Servidores/Empregados requisitados de
0 0 2
outros Órgãos e Esferas.
Empregados em Licença para Interesse
0 0 3
Particular
2. Empregados com Contratos Temporários 0 0 0
3. Empregados sem Vínculo com a
0 0 0
Administração Pública
Total de Empregados (1+2+3) 285 32 61
Fonte: SISRH

O quadro abaixo demonstra a movimentação de empregados da Administradora do FCVS por


unidade na CAIXA e por tipo de motivação.

Quadro 29 - Extrato da Movimentação da Força de Trabalho do FCVS

MOTIVAÇÃO CECVS CEHAG GECVS SUFUS DEFUS VIMAR


Egressos 21 9 2 2 2 0
PSI
Ingressos 17 0 1 0 0 0
Egressos 4 3 2 0 0 0
Pedido do empregado
Ingressos 1 3 1 0 0 0
Egressos 0 0 2 0 0 0
Reestruturação
Ingressos 0 0 1 0 0 0
Egressos 1 0 1 0 0 3
Interesse CAIXA
Ingressos 0 0 0 3 3 2
Aposentadoria PDV Egressos 0 3 1 0 0 0

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Quadro 30 - Distribuição da Força de Trabalho por Área e Situação Funcional

Lotação Efetiva
Tipologias dos Cargos
Área Meio Área Fim
Chefia de Unidade 4 2
Gerencial 7 19
Não Gerencial 36 202
Sem Função 0 15
Total 47 238
Fonte: VIPES

Quadro 31 - Distribuição da Força de Trabalho por Tipo de Cargo

Cargo Gerencial Cargo Não Gerencial


32 253
Fonte: VIPES

A composição da força de trabalho dedicada ao FCVS apresenta-se equilibrada em relação à


questão de gênero nos quesitos distribuição linear e ocupação de cargos gerenciais, ressalvadas os
cargos de chefia de unidade, conforme demonstrado na Figura 5.

Figura 5 - Força de Trabalho da Administradora do FCVS por Gênero

155 Mulheres 130 Homens

Quadro 32 - Força de Trabalho por Sexo e Tipologia do Cargo

Quantidade de Empregados
Tipo de
VIMAR (5818) DEFUS (5108) SUFUS (5440)
função
Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Chefia da 0 1 1 0 1 0
unidade
Gerencial 0 0 1 0 0 1
Não 3 1 4 0 3 3
Gerencial
Sem 0 0 0 0 0 1
Função
Total 3 2 6 0 4 5

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quantidade de Empregados
Tipo de
GECVS (5345) CECVS (7005) CEHAG (7917)
função
Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Chefia da 0 1 0 1 0 1
unidade
Gerencial 3 2 5 7 4 3
Não 14 7 64 65 45 28
Gerencial
Sem 0 0 4 5 3 3
Função
Total 17 10 73 78 52 35
Fonte: VIPES

Na composição da força de trabalho dedicada ao FCVS, há três pessoas com deficiência.

Figura 6 - Quantidade de Pessoas com Deficiência da Força de Trabalho

2 homens e 1 mulher com deficiência

No quesito distribuição da força de trabalho dedicada ao FCVS por tipologia de cargo, verifica-se
que 61% das funções gerenciais estão concentradas entre pessoas da etnia branca, o que se
apresenta proporcional ao número total de empregados que se declaram brancos na Administradora
do Fundo (68%), uma vez que, na CAIXA, as informações de etnia são obtidas a partir de
declaração pessoal de cada empregado.

Quadro 33 - Composição da Força de Trabalho por Tipologia do Cargo e Etnia

Quantidade de Empregados
VIMAR DEFUS SUFUS
Etnia
Não Sem Não Sem Não Sem
Gerencial Gerencial Gerencial
Gerencial Função Gerencial Função Gerencial Função
Amarela 1 0 0 0 0 0 0 1 0
Branca 0 2 0 0 2 0 2 3 0
Indígena 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Parda 0 2 0 0 2 0 0 2 1
Preta 0 0 0 1 1 0 0 0 0
Total 1 4 0 1 5 0 2 6 1
Quantidade de Empregados
58
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

GECVS CECVS CEHAG


Etnia Não Sem Não Sem Não Sem
Gerencial Gerencial Gerencial
Gerencial Função Gerencial Função Gerencial Função
Amarela 0 0 0 2 21 1 2 6 0
Branca 3 13 0 8 91 6 6 54 4
Indígena 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Parda 3 5 0 3 14 0 0 13 0
Preta 0 3 0 0 2 2 0 0 1
Total 6 21 0 13 129 9 8 73 6
Fonte: VIPES

A composição da força de trabalho dedicada ao FCVS, conforme disposto nos Quadro 34 e Quadro
35, apresenta-se relativamente equilibrada no que se refere à distribuição por faixas salarial e
etária.

Quadro 34 - Distribuição de Empregado por Faixa Salarial

VIMAR DEFUS SUFUS GECVS CECVS CEHAG


Faixa Salarial
5818 5108 5440 5345 7005 7917
Acima de R$
5 3 5 6 4 4
14.001,00
R$ 12.001,00 - R$
0 2 0 12 0 0
14.000,00
R$ 10.001,00 – R$
0 0 0 0 10 4
12.000,00
R$ 8.001,00 – R$
0 1 3 9 40 32
10.000,00
R$ 6.001,00 – R$
0 0 1 0 88 41
8.000,00
Até R$ 6.000,00 0 0 0 0 9 6
Sem informação de
0 0 0 0 0 0
Faixa Salarial
Total 5 6 9 27 151 87
Fonte: VIPES

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quadro 35 - Distribuição da Força de Trabalho por Faixa Etária

Quantidade de Empregados
Faixa
Etária/Geração VIMAR DEFUS SUFUS GECVS CECVS CEHAG
(5818) (5108) (5440) (5345) (7005) (7917)
Genero Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Acima de 60
0 0 0 0 0 0 0 0 2 7 3 4
anos

De 51 a 60 anos 0 0 0 0 0 1 4 5 15 18 16 9

De 41 a 50 anos 0 1 1 0 2 0 4 2 18 26 15 9

De 31 a 40 anos 3 1 3 0 2 4 9 3 35 26 18 11

De 21 a 30 anos 0 0 2 0 0 0 0 0 3 1 0 2

Até 20 anos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 3 2 6 0 4 5 17 10 73 78 52 35
Total por
5 6 9 27 151 87
unidade
Fonte: VIPES

Estratégia de Recrutamento e Alocação de Pessoas

A força de trabalho do FCVS, excetuados os cargos de Vice-Presidente e Diretor Executivo,


apresenta-se vinculada ao PCS, aprovado pela Resolução de Diretoria nº 1.371, de 1998, e
homologado pelo Ministério do Trabalho em 29/04/1998, e ao PFG, vigente a partir de 1º/07/2010,
aprovado pelo Conselho Diretor e homologado pelos órgãos, conforme Estatuto da CAIXA.

Em conformidade com os normativos internos ‘Estrutura de Cargos Efetivos’ e ‘Estrutura de


Funções Gratificadas’, esses planos contemplam, respectivamente, cargos efetivos vigentes ou em
condição de extinção e o conjunto de funções gratificadas existentes na CAIXA.

O PCS dispõe que a admissão para os cargos efetivos da parte permanente/vigente ocorre,
obrigatoriamente, com a realização de concurso público, e que o provimento para aqueles em
extinção encontra-se vedado quando da vacância.

A designação de caráter efetivo condiciona-se ao cumprimento de todos os requisitos previstos na


especificação da função gratificada objeto de provimento e à aprovação, como regra geral, em
PSIC. No exercício de 2020, as designações por PSIC apresentam-se na forma do Quadro 36.

Verifica-se a qualificação das equipes da Administradora do FCVS tanto sob o aspecto da análise
de competências e habilidades exigidas no rito de cada processo seletivo interno para efeito de
provimento de cargo comissionado ou função gratificada da unidade quanto do conhecimento
pertinente às matérias técnicas do FCVS.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quadro 36 – Designação por Processo Seletivo

Empregados ingressos no FCVS por PSIC - 2020


Área Meio Área Fim
Feminino Masculino Feminino Masculino
1 0 11 6
Fonte: PSIC

Demonstrativo das despesas com pessoal FCVS

Os custos com os empregados da CAIXA que se encontram dedicados ao FCVS são integral e
mensalmente ressarcidos pelo FCVS por meio da Taxa de Administração do FCVS, conforme
previsto no art. 15 do Decreto nº 4.378, de 2002.

Os valores pagos a título de vencimento, gratificações fixas, benefícios assistenciais e


previdenciários e demais despesas variáveis relativas a Recursos Humanos são apurados pela
CAIXA e pagos mensalmente pelo FCVS sob a forma de ressarcimento.

Quadro 37 - Custo com Pessoal

Valores em R$
Total das despesas fixas e variáveis com recursos humanos –
FCVS/FCVS Garantia
2018 116.962.363,00
Exercício 2019 75.308.737,61
2020 70.637.627,45

Avaliação de Desempenho

A Administradora do FCVS, com vistas a assegurar o cumprimento da missão institucional do


Fundo, utiliza as diretrizes da gestão de pessoas da CAIXA que visam fomentar a cultura de
responsabilização, meritocracia e desenvolvimento profissional, de modo a subsidiar políticas de
valorização do capital humano, de transparência e de consequências do desempenho.

Nesse contexto, destaca-se a gestão do desempenho de pessoas que consiste em processo que
possibilita traduzir a estratégia da CAIXA até o nível individual, permitindo ao empregado
compreender o significado do seu trabalho para os resultados da Empresa, tornando clara a
contribuição que se espera dele na execução do planejamento no nível corporativo, da unidade de
negócio/funcional, da unidade de lotação e da equipe, na forma do normativo interno ‘Gestão do
Desempenho de Pessoas’.

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Capacitação

No que se refere ao desenvolvimento profissional, a CAIXA, além do incentivo à educação formal


por meio de subsídios para graduação, pós-graduação e idioma estrangeiro, oferece ao corpo
funcional a possibilidade de capacitação a partir da realização de cursos e treinamentos na
Universidade CAIXA, bem como participação em ações e soluções educacionais não
caracterizadas como escolaridade formal, tais como, evento externo ou corporativo e orientação
de coaching, conforme disposto, respectivamente, nos normativos internos ‘Curso Superior’, ‘Pós-
Graduação’, ‘Desenvolvimento e Capacitação’, ‘Idiomas Estrangeiros’ e ‘Solução de Capacitação
de Desenvolvimento Profissional’.

Para disseminar conhecimento, a Administradora do FCVS promove a realização de cursos e


treinamentos específicos acerca do FCVS e do FCVS Garantia, bem como de cursos na
Universidade CAIXA e de outras instituições que, direta ou indiretamente, agregam qualificação
às atividades do Fundo, o que totalizou 23.594h de estudo.

Quadro 38 – Horas de Estudo por Equipe

Horas de Estudo por Equipe


Área de Conhecimento CECVS CEHAG GECVS SUFUS DEFUS VIMAR
Administração 4633 2909 966 217 131 117
Administração e
Gerenciamento 880 360 0 0 444 0
Artes 0 0 0 0 0 10
Bancária 650 394 141 0 0 12
Ciências Econômicas 70 24 45 0 0 0
Comunicação 192 96 28 2 0 2
Direito 8 8 0 0 0 0
Direito Público 400 0 0 0 0 0
Educação 776 694 143 22 3 3
Gestão e Negócios 1988 0 0 0 0 1908
Informação e
Comunicação 0 2192 0 0 0 0
Letras 4 0 0 0 0 0
Matemática e Estatística 26 0 0 0 0 0
Meio Ambiente 16 0 0 0 0 0
Psicologia 36 12 456 12 9 78
Saúde 95 148 0 0 0 0
Segurança 515 142 30 0 0 3
Tecnologia da
Informação 960 355 183 41 5 0
Total 11249 7334 1992 294 592 2133

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quadro 39 – Horas de Capacitação

Área de Conhecimento Total Geral por Área


Administração 8.974
Administração e Gerenciamento 1.684
Artes 10
Bancária 1.197
Ciências Econômicas 139
Comunicação 320
Direito 16
Direito Público 400
Educação 1.641
Gestão e Negócios 3.896
Informação e Comunicação 2.192
Letras 4
Matemática e Estatística 26
Meio Ambiente 16
Psicologia 603
Saúde 243
Segurança 690
Tecnologia da Informação 1.544
Total 23.594
Fonte: Registros Universidade CAIXA

Quadro 40 - Nível de Formação da Força de Trabalho

Empregados por Formação


Nível
CECVS CEHAG GECVS SUFUS DEFUS VIMAR TOTAL
Médio Completo 3 2 1 1 0 0 7
Superior Completo 50 17 0 1 0 68
Pós-Graduação 95 66 26 8 4 6 205
Mestrado 3 2 0 0 0 5
Total 151 87 27 9 5 6 285
Fonte VIPES

Principais desafios e ações futuras

Quadro 41 – Principais Desafios e Ações Futuras na Gestão de Pessoas

Principais desafios e ações futuras na gestão de pessoas


Desenvolver mecanismos para a retenção de talentos.
Aprimorar capacitação às equipes.
Reduzir o turnover da força de trabalho.

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Gestão de Licitação e Contratos

Em 2020, a Administradora do FCVS manteve contratos de prestação de serviços terceirizados


para o FCVS e o FCVS para o fornecimento de avaliação atuarial, digitalização de documentos,
perícia médica documental securitária e sonorização, gravação e transcrição de falas das reuniões
do CCFCVS.

A avaliação atuarial, composta do Balanço Atuarial e do Parecer do Atuário, deve-se à necessidade


de se estimar as responsabilidades e os direitos do FCVS e do FCVS Garantia, e considera,
inclusive, os efeitos da novação das dívidas do Fundo, prevista na Lei nº 10.150, de 2000.

Em 2019, a Administradora do FCVS firmou com a Deloitte Touche Tohamtsu Consultores Ltda
o contrato nº 11994/2019 para prestação dos serviços de avaliação atuarial do FCVS/FCVS
Garantia, no valor de R$ 650.000,00, para o período de dois anos. Desse montante, houve
pagamento, em 2020, de R$ 325.000,00, correspondente à entrega da avaliação atuarial do Fundo
referente ao exercício de 2019.

Para melhorar o processo de análise de dossiês, a CAIXA realizou o pregão eletrônico nº010/7066-
2017 por meio do qual contratou a empresa M2SYS Tecnologia e Serviços S.A, contrato nº 3.045,
assinado em 15/05/2017, para prestação dos serviços de digitalização do acervo de dossiês do
FCVS, excetuados os vinculados a créditos novados, bem como para fornecimento de GED, pelo
prazo de 48 meses, ao preço de R$0,077 por página digitalizada, perfazendo os valores de R$
7.306.170,18 e R$ 106.177,38, relativos, respectivamente, à digitalização e ao GED. Em 2019, os
pagamentos à M2SYS totalizaram R$ 1.470.816,68.

Em 2020, entretanto, não houve pagamento à M2SYS, haja vista que a empresa declarou-se
impossibilitada de dar continuidade à prestação dos serviços contratados, o que também ensejou a
execução, pela Administradora do FCVS, de medidas como a notificação da contratada e o pedido
de avaliação de rescisão contratual, o qual se encontra sob avaliação CEINP - unidade CAIXA.
Diante desse contexto, fez-se necessário o ajuizamento de ação por meio da qual a CAIXA requer
o cumprimento do contrato, de modo a obter as imagens digitalizadas que ainda se encontram em
posse da M2SYS.

Em 2017, a CAIXA firmou com a empresa a EXPERMED o contrato nº0935/2017 para prestação
de serviços de perícia médica documental securitária, referentes a diversas especialidades médicas,
relativas a contratos averbados na Apólice do extinto Seguro habitacional do Sistema Financeiro
da Habitação – ASH/SFH garantidos pelo FCVS Garantia.

Em 2020, houve a terceira e última prorrogação desse contrato. O valor pago em 2020 totaliza R$
169,00, referente à única perícia realizada no ano de 2020. Ressalta-se que a redução no volume
de perícias decorre, sobretudo, da pandemia de COVID-19 apresentada ao longo do exercício.

Para assegurar o fornecimento de sonorização, gravação e transcrição de falas das reuniões do


CCFCVS, a Administradora, em 2019, firmou com Edileuza Silva Melo – ME o contrato
nº13.095/2019 com duração de um ano. O total pago em 2020 corresponde a R$ 7.414,00.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Gestão da Tecnologia da Informação

Conformidade Legal

Os sistemas do FCVS e FCVS Garantia são desenvolvidos pela CAIXA, na qualidade de


Administradora do FCVS, terceirizados quando da impossibilidade de desenvolvimento pela
CAIXA, ou contratação de empresa especializada para o fornecimento de sistema de
processamento de dados.

Cadastro Nacional de Mutuários – CADMUT

Os beneficiários dos contratos de financiamento habitacional firmados no âmbito do SFH, e os de


programas habitacionais lastreados com recursos orçamentários da União ou descontos
habitacionais concedidos com recursos do FGTS, independentemente do encerramento dos
contratos e da existência ou não de previsão de cobertura dos resíduos de saldo devedor pelo FCVS,
encontram-se registrados no CADMUT, conforme disposto na Lei nº 10.150, de 21/12/2000, na
Portaria Conjunta do Ministério da Fazenda e Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, nº
09, de 30/02/2003.

O CADMUT constitui-se pelas informações dos AF, das seguradoras e do FCVS. Até 31/12/2020,
esse cadastro recebeu 18.182.285 registros, dos quais 17.483.127 estão qualificados, conforme
demonstrado no Quadro 42.

As informações provenientes das seguradoras são utilizadas com o objetivo de verificar as


ocorrências de sinistros, regulados até 31/12/2020, nos contratos celebrados no âmbito do SFH.

Para efeito de apuração do total de contratos com cobertura do FCVS, consideram-se apenas as
informações originadas dos agentes financeiros, com vistas a eliminar as possíveis duplicidades de
registros na base desse cadastro.

Quadro 42 - Demonstrativo CADMUT

Situação dos registros Total CADMUT


A Total de registros recebidos 18.182.285
a.1 Registros em crítica 124.108
a.2 Registros incorporados 18.058.177
a.2.1 Registros não qualificados 570.679
a.2.2 Registros qualificados 17.483.127
Fonte: SICDM

Modelo de governança de TI

A gestão da TI na Administração do FCVS e do CADMUT na CAIXA ocorre de forma a assegurar


a geração de informação com a exação requerida nas normas pertinentes às atividades do Fundo.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Com vistas a atender as finalidades do FCVS e do CADMUT, as estratégias de sistema da


Administradora do FCVS integram o PDTI da CAIXA, documento que orienta as atividades e
esforços da TI em determinado período, em consonância com a estratégia definida pela Alta
Administração, qual seja, ‘alinhar as entregas de TI às necessidades de negócio’.

Entre as estratégias do PDTI da CAIXA, com vigência entre 2017-2019, cujo objetivo consiste na
transformação digital dos negócios e processos da Empresa, encontra-se a estruturação do EPROJ
para gestão e acompanhamento dos projetos corporativos priorizados.

O alinhamento do planejamento estratégico de TI às estratégias institucionais realiza-se por meio


do Comitê Delegado de Tecnologia e Eficiência, órgão de caráter deliberativo que estabelece a
governança corporativa de TI da CAIXA, previamente à aprovação pelo Conselho Diretor, bem
como delibera e coordena as iniciativas de melhoria de eficiência e as ações de integração das
Vice-Presidências de Operações Corporativas e de TI com a estratégia e os negócios da CAIXA,
e possui, conforme normativo ‘Funcionamento dos Comitês Delegados do Conselho Diretor’, as
seguintes atribuições.
– Alinhar e priorizar as iniciativas de tecnologia da informação (TI) com as estratégias do
negócio;
– Alinhar a arquitetura de TI, sua infraestrutura e aplicações às necessidades do negócio;
– Definir a estratégia de longo prazo de tecnologia da informação e avaliar suas implicações para
os negócios;
– Definir critérios e priorização de iniciativas interunidades;
– Debater o papel da tecnologia da informação para os resultados da CAIXA;
– Definir o planejamento anual de TI com base nos planos e demandas dos negócios e realizar as
respectivas revisões;
– Distribuir o orçamento e a capacidade de tecnologia da informação entre as unidades e realizar
as respectivas revisões;
– Aprovar a proposta de orçamento anual da TI, e respectivas revisões, visando compor a
Programação/Reprogramação Orçamentária da CAIXA, previamente à apreciação pelo Conselho
Diretor;
– Resolver temas emergenciais de execução de ações de tecnologia da informação;
– Aprovar e monitorar o Plano de Continuidade Operacional de TI e Plano Diretor de Tecnologia
da Informação e submetê-lo à apreciação do Conselho Diretor;
– Estabelecer diretrizes e propor políticas para riscos e segurança de TI;
– Estabelecer diretrizes e propor políticas para o uso de recursos tecnológicos e telecomunicações
na CAIXA;
– Propor projetos de sistemas estratégicos e alterações de escopo, prazos e orçamentos;
– Deliberar sobre critérios de priorização de iniciativas interunidades; propostas de
investimentos/custeio interunidades relacionados à TI; investimentos/custeio em inovação
relacionados à TI; priorização de investimentos/custeio de TI em projetos corporativos; criação de
projetos corporativos de TI, bem como alterações de escopo, prazos e orçamentos; critérios e
metodologia para direcionamento de demandas e/ou projetos para a(s) empresa(s) de TI do
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Conglomerado CAIXA; planejamento anual de TI com base nos planos e demandas das Unidades
de Negócios e Unidades Funcionais;
– Aprovar a constituição e o regimento interno de colegiados em seu âmbito de atuação;
– Aprovar e monitorar os indicadores propostos pelas Unidades que compõem o Comitê
Delegado de Tecnologia, que devem possibilitar o adequado acompanhamento da relação
comercial ou negocial ou operacional entre a VP Tecnologia da Informação e as empresas do
Conglomerado CAIXA com as quais mantenha vínculo;
– Monitorar, entre outros: (i) os projetos corporativos de TI e de sistemas estratégicos; (ii) o
alinhamento da estratégia de TI ao Plano Estratégico CAIXA; (iii) o nível dos
investimentos/custeio realizado em TI; (iv) os indicadores de satisfação das áreas-clientes e
qualidade operacional; (v) os indicadores de ANS; (vi) a eficiência da aplicação do PCO; (vii) o
cumprimento das diretrizes estabelecidas no PDTI; (viii) a gestão dos contratos de TI; (ix) os
resultados dos acordos operacionais e projetos; (x) a conformidade da TI quanto aos apontamentos
e recomendações das Auditorias Internas, Independentes, dos Órgãos Reguladores e dos
Conselhos Estatutários; e (xiii) Indicadores do planejamento estratégico, em seu escopo de
atuação.

O Comitê Delegado de Tecnologia e Eficiência, composto pelo Presidente da CAIXA e pelos


titulares das Vice-Presidências de: (i) Operações Corporativas; (ii) Finanças e Controladoria; (iii)
Gestão de Pessoas; (iv) Tecnologia da Informação; (v) Varejo e Atendimento; e (vi) Riscos,
apresenta mecanismo de liderança rotativa com ciclos semestrais por Vice-Presidente, excetuado
o da Vice-Presidência de Riscos.

O Comitê Delegado de Tecnologia e Eficiência reúne-se ordinariamente a cada mês, de forma


presencial, e, extraordinariamente, por convocação de seu líder, ocorrendo reunião somente
quando alcançado o quórum mínimo de quatro membros, com participação obrigatória do líder, e,
sempre que necessário, por votação eletrônica ou remota, desde que em situações referentes a: (i)
matérias de caráter urgente, caracterizadas por risco de perda iminente de negócios ou risco de
imagem; (ii) matérias que, em função de mudança brusca de cenário, requeiram apreciação
imediata; (iii) matérias de pouca complexidade e impacto que requeiram decisão imediata; e (iv)
matérias previamente relatadas ao Comitê pelo proponente, em reunião presencial, conforme
normativo interno ‘Comitê Delegado de Tecnologia’.

Cumpre ressaltar que a VIMAR, ante a segregação de papéis entre os negócios da Vice-Presidência
e os da CAIXA, participa do Comitê Delegado de Tecnologia e Eficiência como convidada,
condicionado ao tema da pauta, sem, contudo, ter direito a voto, conforme disposto no normativo
‘Funcionamento dos Comitês Delegados do Conselho Diretor’, de modo que, conquanto as
necessidades de TI do FCVS figurem no rol de ações avaliadas pelo Comitê de TI, a VIMAR
encontra-se impossibilitada de deliberar, entre outros, sobre critérios de priorização de iniciativas
de TI interunidades, o que pode acarretar certo descompasso entre o planejamento do FCVS e as
correspondentes entregas de TI.

A implantação das medidas necessárias ao cumprimento das diretrizes de TI estabelecidas para o


FCVS são tratadas na: CEDES/RJ, que possui 11 empregados CAIXA para o portfólio do FCVS
(SICVS e seus módulos, SICDM, SIGFC, SICMU, SICTR e SIFCG), mais 16 empregados da
fábrica de software contratada; e na CEDES/BR, que possui 1 empregado CAIXA para o SICAJ
Corporativo, mais 3 empregados da fábrica de software contratada.
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São firmados contratos com empresas terceirizadas na modalidade de fábrica de software; a adoção
desse tipo de solução reduz a dependência excessiva diante da propriedade do código-fonte
desenvolvido ser da CAIXA. Nesse modelo existem várias empresas no mercado capazes de
manter e realizar novos desenvolvimentos nos sistemas, mitigando riscos de continuidade em
situações de quebra de contrato ou interrupção das atividades do fornecedor no mercado.

Para mitigar a dependência com relação a funcionários específicos da contratada que passa a deter
o conhecimento dos processos de trabalho os contratos firmados preveem procedimentos relativos
à transferência de conhecimentos e é exigida a documentação das intervenções nos sistemas, com
base em padrões de mercado.

Não obstante tais cautelas com a disponibilização de documentação em repositório da CAIXA e


da obrigatoriedade do repasse de conhecimento por parte das Fábricas de Software, os empregados
da própria CAIXA podem, se necessário, assumir o desenvolvimento e a manutenção dos sistemas.

Para priorizar temas referentes a inovações de TI e suprir carências identificadas a partir da


iniciativa do mapeamento de habilidades, a CAIXA, de modo a potencializar o desenvolvimento
das competências individuais e coletivas para propiciar o alcance das metas institucionais,
desenvolveu plano de capacitação que fomenta ações de capacitação e de educação profissional
aos empregados das unidades de TI por meio de contratação de eventos externos ou de ações
educacionais existentes no portfólio ou passíveis de desenvolvimento pela unidade contratante,
desde que vinculadas ao planejamento institucional.

Em 2020, as ações de capacitação correspondem aos cursos das trilhas da Universidade CAIXA e
de atualização das equipes dedicadas ao FCVS, a exemplo daqueles de inovação e de
desenvolvimento de sistemas.

Os processos de gerenciamento de serviços de TI aplicados ao FCVS seguem o mesmo rito


daqueles realizados para os demais produtos/negócios da CAIXA, isto é, integram estrutura de
tratamento padronizado, unificado e integrado de demanda, o que permite o
acompanhamento/monitoramento integral da prestação de serviço por meio de solução de gestão
de TI, denominada Sistema de Gerenciamento de Serviços CAIXA – SIGSC.

Na consecução da prestação dos serviços integrados de TI, adotam-se como objetivos específicos,
agrupados de acordo com a etapa do ciclo de vida do serviço a que pertencem, os processos de
gerenciamentos de (i) nível de serviços, (ii) incidentes, (iii) problemas, (iv) configuração, (v)
mudanças e (vi) conhecimento aplicado a operações de TI, os quais objetivam agregar valor para
os serviços de TI em operação, visando melhorar continuamente a satisfação dos usuários por meio
de padronização de procedimentos operacionais e acompanhamento de indicadores de
desempenho dos processos de gestão de TI.
O processo ‘gerenciar nível de serviço de TI’ realiza a avaliação periódica de classificação dos
sistemas, visando mantê-la continuamente alinhada às necessidades e estratégias de negócio da
CAIXA, uma vez que todo sistema em operação deve ser classificado em um dos 4 níveis de
importância, atribuindo-se a menor classificação aos novos sistemas, e a reclassificação após
implantação, desde que observado o fluxo de atualização da classificação de importância dos
serviços/sistemas.

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Os processos para gerenciar ‘incidentes’, ‘problemas’ e ‘mudanças’ utilizam conceitos de


importância, urgência e impacto para definir prioridade de atendimento cujos objetivos
correspondem, respectivamente, (i) ao restabelecimento do serviço de TI, (ii) à resolução definitiva
dos problemas identificados, de forma a prevenir a ocorrência e a recorrência de incidentes,
minimizando os impactos negativos, (iii) à permissão para que as mudanças em itens de
configuração ocorram com a mínima interrupção aos serviços de TI, assegurando que a
infraestrutura de TI permaneça alinhada aos requisitos do negócio, com o menor risco possível.
O processo ‘gerenciar configuração de TI’ provê, de forma única, as informações de cada ativo
relevante para a efetiva entrega dos serviços de TI e seus relacionamentos para todos os processos,
de modo a manter a informação sobre os itens de configuração que suportam cada serviço.
O processo ‘gerenciar conhecimento aplicado a operações de TI’ compreende a identificação, a
captura, o compartilhamento e a aplicação do conhecimento, com vista a assegurar e apoiar a
gestão e a operacionalização de serviços de TI, disponibilizando informações de forma estruturada
e confiável.

Principais sistemas de informações

Os sistemas diretamente relacionados aos macroprocessos finalísticos e objetivos estratégicos do


FCVS, descritos a seguir, são desenvolvidos/mantidos pela Tecnologia Interna da CAIXA, e os
custos correspondentes são mensalmente ressarcidos por meio da Taxa de Administração do
FCVS:
– SICVS – ‘Sistema de Administração do FCVS’ – processa a evolução dos saldos
devedores dos contratos habilitados ao FCVS pelos AF, proporcionando meios de verificar,
corrigir e homologar os saldos residuais de responsabilidade do Fundo para ressarcimento às
instituições credoras detentoras da titularidade dos contratos;
– SIAHA – ‘Sistema de Acompanhamento das Habilitações’ – possibilita a
obtenção de informações mais detalhadas sobre a situação em que se encontra a habilitação de
determinado contrato perante o SICVS e permite também eventual cadastramento de AF
inadimplente quanto às informações da base de incidência de contribuição, relatório de auditores
independentes e cálculo atuarial para fins de bloqueio de habilitação de contrato no SICVS;
– SICDM – ‘Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários’ – possibilita a
identificação dos indícios de múltiplos financiamentos, contratados por um mesmo adquirente no
âmbito do SFH ou indício de indenização por sinistro;
– SIWFS – ‘Sistema de Workflow do FCVS’ – criado para possibilitar a
automatização e a otimização do processo de reconhecimento da dívida relativa aos contratos
habitacionais habilitados ao FCVS, com a utilização das tecnologias de GED e workflow integrado
com os sistemas de apoio SICVS e SICDM, com vistas à obtenção de mais produtividade nas
tarefas de preparação, análise e homologação dos contratos. Ocorre, entretanto, que a análise do
FCVS deixou de ser realizada por meio da ferramenta de workflow em face da baixa performance
do SIWFS, o que acarretou a descontinuidade do software de sustentação, restringindo-se a
utilização desse sistema a consultas dos mapas de contribuição e dos dossiês digitalizados.
– SICTR – ‘Sistema de Controle e Arrecadação do FCVS’ – possibilita o
cadastramento das bases de incidência das contribuições mensais, trimestrais e à vista ao FCVS e
respectivas arrecadações e devoluções, bem como apuração de eventuais diferenças a menor ou a
maior identificadas nos pagamentos efetuados
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– SICAJ (Departamental) – ‘Sistema de Controle de Ações Judiciais’ – possibilita


o controle operacional das ações judiciais que envolvem o FCVS Garantia, com o registro dos
pedidos de ressarcimento solicitados pelas seguradoras e pedidos de manifestação de interesse da
CAIXA em ingressar na lide destas ações, bem como manutenção do banco, registro do resultado
das análises e eventuais pagamentos às Seguradoras.
– SICAJ (Corporativo) – ‘Sistema de Controle de Ações Judiciais’ – Sistema em
fase de desenvolvimento e já disponibilizado às Seguradoras o módulo que permite consultar ações
judiciais registradas no BAJ.
– SIFCG – ‘Sistema do FCVS Garantia’ – Sistema em fase de desenvolvimento.
Foi disponibilizado em produção o módulo de arrecadação que permite apurar e controlar as notas
de cobranças de contraprestações mensais.
– SIGFC (Corporativo) – ‘Sistema de Informações Gerenciais do Fundo de
Compensação de Variações Salariais’– possibilita a geração de relatórios gerenciais, a partir de
dados do SICTR, SICVS e SIFCG.
– SINFS (Corporativo) – ‘Sistema Núcleo de Informações Compartilhadas de
Fundos e Seguros’ – contém as regras de negócio para apuração do saldo devedor dos
financiamentos concedidos aos mutuários nas condições dos SFH.
– SIGEF (Departamental) – ‘Sistema de Gestão dos Fundos de Governo’ – a ser
utilizado, após implementação, para gestão e registro das atividades executadas pela
Administradora para fins de cálculo da Taxa de Administração do FCVS e acompanhamento
gerencial da produtividade.

Montante de recursos aplicados em TI

Quadro 43 - Custo com Sistemas do FCVS – 2020

Valores em R$
Custo com Desenvolvimento, processamento e manutenção dos
Sistemas do FCVS
2020 2019
16.760.178,13 13.877.627,09

Contratações mais relevantes de recursos de TI

Os principais investimentos estão concentrados no desenvolvimento de novas funcionalidades


para os sistemas do FCVS.

Principais iniciativas e resultados por cadeia de valor

Cadeia de valor – FCVS


A GECVS, ante a necessidade de atualizações e melhorias estruturais das funcionalidades desses
sistemas, tem promovido a substituição do SICDM pelo SICMU e a implantação do módulo web
do SIAHA.

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O SICMU, novo CADMUT, deve-se à necessidade de melhoria na qualidade dos registros das
operações e dos programas sociais de habitação do Governo Federal, haja vista a limitações do
atual SICDM, em especial, no que concerne ao registro de apenas um mutuário para cada
financiamento quando existem outros mutuários coobrigados e codevedores.

O desenvolvimento e a implantação do SICMU ocorrerão em 11 iterações, das quais 10 se


encontram com as regras de negócio definidas, sendo que 4 estão homologadas e em produção.

Em relação ao SICTR, foram implantadas no Sistema adequações às disposições contidas na Lei


nº 13.932/2019, no que concerne ao cálculo das contribuições devidas ao FCVS.

Cadeia de valor – FCVS Garantia

Em 2020, houve desenvolvimento de funcionalidade no SICAJ que permite às Seguradoras


realizar consultas ao banco de ações judiciais relativas ao FCVS Garantia e implantação, no
SIFCG, do módulo de controle das arrecadações de contraprestações mensais e de funcionalidade
que possibilita à CAIXA – Administradora do FCVS emitir notas de cobrança para envio aos
Agentes Financeiros.

Também foram incorporadas ao SIGFC, para fins de consulta, as bases de dados oriundas do
CADMUT; do Cadastro de Averbação e da SUSEP, a qual possui os registros das operações
averbadas na extinta apólice pública do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro de Habitação
– SFH.

Ainda, houve implantação no SINFS de funcionalidade que permite à CAIXA- Administradora do


FCVS fazer a evolução do saldo devedor de responsabilidade do FCVS no caso de eventos MIP.

Segurança da informação

As informações, ativos essenciais para o FCVS, são protegidas contra alteração, destruição,
divulgação, cópia e impressão não autorizadas, acidentais ou intencionais. Assegura-se a
recuperação da informação como uma das formas de resguardar a continuidade dos negócios.
Os sistemas que suportam o FCVS/FCVS Garantia são desenvolvidos pela área de TI, testados e
homologados pela área gestora.
As senhas, ou outros mecanismos utilizados no controle de acesso aos sistemas do FCVS, são
pessoais, intransferíveis e não são compartilhadas.
As informações são classificadas conforme seu grau de sigilo, observados os critérios
estabelecidos pela CAIXA.
O acesso à informação condiz com a necessidade do usuário para o desempenho de suas atribuições
na Administradora. Os ambientes onde são tratados dados e informações são segregados, conforme
a sua classificação e tipo de uso (desenvolvimento, homologação, rede, suporte e produção de

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sistemas corporativos). Os sistemas do FCVS possuem trilha de auditoria em razão do grau de


sigilo da informação ou por exigência legal.
Utilização de funcionalidades nos sistemas do FCVS que permitem rastrear o autor, a ação e a data
de utilização pelos usuários (empregados da Administradora, prestadores de serviços da TI
CAIXA e auditores).

Principais desafios e ações futuras

Quadro 44 - Principais desafios e ações futuras na gestão de TI

Principais desafios e ações futuras na gestão de TI


Unificação das bases de arquivos de imagem no SIWFC, o que permitirá a inativação do
SIWFS, resultando em uma melhor performance no processo de análise dos contratos
habilitados no SICVS.
Conclusão das adequações nos sistemas da família do FCVS para atendimento à Lei
13.932, de 2019
Implantação no SIAHA WEB do módulo de envio e recebimento de arquivos, que
permitirá aos agentes financeiros, dentre outras opções, efetuar a habilitação dos créditos
a serem ressarcidos pelo FCVS, bem como recepcionar os relatórios gerados no
processamento mensal do Fundo.
Desenvolvimento, no SIAHA WEB, do módulo de Ação Judicial para otimização do
controle dessas ações judiciais que envolvem o FCVS.
Desenvolvimento do módulo de protocolo das ações judiciais que envolvem o FCVS
Garantia, disponibilizado para usuário externo, no SICAJ corporativo.

Gestão de Custos

A gestão de custos do FCVS realiza-se, sobretudo, por meio do monitoramento do indicador dos
custos administrativos, constantes no SIGFH, e do custo por análise - ICPA.

Nesse contexto, cumpre destacar que a remuneração mensal paga à CAIXA em 2020, na qualidade
de Administradora do FCVS, encontra-se amparada nas Resoluções do CCFCVS nº 34/2003,
nº 191/2006, nº 238/2008, nº 325/2012 e nº 450/2019, que tratam da Taxa de Administração do
FCVS.

O modelo remuneratório definido pelo CCFCVS apresenta-se sob a forma de ressarcimento de


custo, calculados por meio da metodologia ABC, o que não inclui a remuneração do capital da
instituição tampouco os riscos com eventuais prejuízos financeiros a que a CAIXA se expõe, a
exemplo daqueles com ações judiciais, mas tão somente a margem de 6,4% sobre os custos
incorridos na administração do FCVS, do FCVS Garantia e do SCA e na operacionalização do
CADMUT.

A Resolução CCFCVS nº 156, de 2003, autoriza a CAIXA, na qualidade de administradora do


FCVS, a ressarcir-se de todos os custos incorridos com a administração do SCA do SFH.
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A Administradora do FCVS recebeu no exercício de 2020 o montante de R$ 147,7 milhões do


FCVS, dos quais cerca de R$ 101,5 milhões correspondem à remuneração de administração do
FCVS (incluindo o CADMUT) e R$ 46,2 milhões à do FCVS Garantia (incluindo o SCA).

Em 2020, a CGU realizou auditoria cujo tema central foi o custo incorrido pela União em ter a
CAIXA como administradora da maioria dos fundos governamentais federais, tendo obtido como
resultado para o FCVS a impropriedade de repasse dos custos não rastreáveis CAIXA ao Fundo.
A CGU, por consequência, recomendou a remoção dos custos não relacionados à operação do
FCVS e do FCVS Garantia da base de cálculo das taxas de administração, com a respectiva
devolução de valores, acrescidos de margem de ganho e tributos cobrados desses fundos.

Tal recomendação levou à revisão pela Administradora do FCVS dos valores pagos de Taxa de
Administração em 2018 e 2019 pelo FCVS à CAIXA para remoção dos custos não rastreados
eventualmente pagos, tendo em vista que, a partir de 2020, esses custos já não compunham mais
as planilhas de custo apresentadas. Ressaltamos que o resultado da revisão está em fase de
preparação para submissão à devida governança.

Importante observar que a revisão das taxas de administração pagas em 2018 e 2019, para exclusão
dos custos não rastreáveis, já era objeto de avaliação da Administradora do FCVS quando da
formalização por aquela Controladoria-Geral da recomendação em questão.

Em dezembro de 2020, houve a publicação da Resolução CCFCVS nº 456, que alterou a


metodologia de apuração da Taxa de Administração do FCVS, estabelecendo que a remuneração
consistirá no preço pelos serviços prestados na administração do FCVS, acrescido dos tributos e
que 'Itens de Ressarcimento' pré-definidos serão objeto de restituição à CAIXA. Contudo, a sua
vigência iniciou em março/2021.

Observe-que os valores referentes ao SCA estão incorporados desde 2019 nos custos do FCVS
Garantia.

A seguir apresentam-se os resultados dos custos incorridos na administração do FCVS, segregados


em função dos custos diretos e indiretos de análise e da área de concentração, quais sejam, meio e
fim.

O Quadro 45 e o Quadro 46 demonstram o custo administrativo total do FCVS, excetuados aqueles


com o FCVS Garantia, sob duas perspectivas, quais sejam, em função do macroprocesso ‘analisar
dossiês do FCVS’ e do tipo de atividade ‘meio e fim’, respectivamente.

O Quadro 45 apresenta o total do custo administrativo do FCVS de forma a evidenciar,


especificamente, a análise de dossiê FCVS, dada a relevância desse macroprocesso e a necessidade
de apuração da variável ‘CTa – Custo Total da Análise de Contratos no Exercício’ que compõe o
indicador ICPA.

Com vistas a conferir maior transparência à alocação de recursos na administração do FCVS, o


Quadro 46 demonstra o total do custo administrativo do Fundo segregado por atividade-meio e
atividade-fim.

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Quadro 45 – Custo Administrativo FCVS 2020 – Perspectiva Análise de Dossiês


Valores em R$
Taxa de Administração 2020 - FCVS e CADMUT Custo Direto e Indireto
% - Custo de
% - Custo de Custo de Análise - Custo de Análise
Custos Incorridos Valor Total (R$) Análise -
Análise - Direto Direto - Indireto
Indireto
Pessoal 40.699.688,75 42,97% 17.489.833,83 57,03% 23.209.854,92
Infraestrutura 10.152.957,68 46,63% 4.733.927,36 53,37% 5.419.030,32
Infraestrutura de
933.200,28 46,62% 435.094,55 53,38% 498.105,73
Tecnologia
Custos específicos -
5.441.119,23 33,24% 1.808.628,03 66,76% 3.632.491,20
Auditoria Interna*
Outros custos
19.639.902,25 0% 0 100% 19.639.902,25
específicos
Despesas Judiciais 6.947.002,01 0% 0 100% 6.947.002,01
CADMUT 7.669.193,41 0% 0 100% 7.669.193,41
Atualização (Selic) 301.435,34 0% 0 100% 301.435,34
Subtotal 91.784.498,95 27,73% 24.467.483,78 72,27% 67.317.015,18
Tributos 4.122.629,11 4.122.629,11
Margem de ganho de
5.674.255,24 5.674.255,24
6,4%
Total 101.581.383,30 101.581.383,30

Quadro 46 – Custo Administrativo do FCVS 2020 – Perspectiva Tipo de Atividade

Valores em R$
Taxa de Administração 2020 - FCVS e CADMUT Custos Área Fim e Área Meio
% - Custo de Custo de % - Custo
Custo de Análise - Área
Custos Incorridos Valor Total (R$) Análise - Análise - Área de Análise -
Meio
Área Fim Fim Área Meio
Recursos Humanos 40.699.688,75 78,86% 32.097.327,64 21,14% 8.602.361,11
Infraestrutura 10.152.957,68 85,57% 8.687.699,33 14,43% 1.465.258,35

Infraestrutura de Tecnologia 933.200,28 85,56% 798.485,13 14,44% 134.715,15

Custos específicos 25.081.021,48 0% 0 100% 25.081.021,48


Despesas Judiciais 6.947.002,01 0% 0 100% 6.947.002,01
CADMUT - Recursos
7.666.923,43 59,99% 4.599.163,81 40,01% 3.067.759,62
Humanos e Infratecnologia
CADMUT - Outros custos 2.269,98 0% 0 100% 2.269,98
Atualização (Selic) 301.435,34 0% 0 100% 301.435,34
Subtotal 91.784.498,95 51,43% 46.182.675,91 48,57% 45.601.823,04
Tributos 4.122.629,11 4.122.629,11
Margem de ganho de 6,4% 5.674.255,24 5.674.255,24

74
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Total 101.581.383,30 101.581.383,30

Quadro 47 – Taxa de Administração do FCVS – 2020


Valores em R$
Taxa de Taxa de
Administração Administração Total Taxa de
Mês/2020
Administração
FCVS FCVS Garantia
JAN 8.027.410,18 3.799.711,93 11.827.122,11
FEV 8.240.519,69 3.574.567,27 11.815.086,96
MAR 7.993.547,14 3.577.129,37 11.570.676,51
ABR 7.730.461,95 3.457.840,12 11.188.302,07
MAR 7.731.790,93 3.759.216,55 11.491.007,48
JUN 8.788.622,01 4.250.212,87 13.038.834,88
JUL 7.096.021,10 3.442.013,90 10.538.035,00
AGO 9.131.000,70 3.831.888,77 12.962.889,47
SET 9.278.675,21 3.895.655,92 13.174.331,13
OUT 9.600.581,81 4.010.357,01 13.610.938,82
NOV 9.827.984,96 4.451.439,69 14.279.424,65
DEZ 8.134.767,62 4.144.906,56 12.279.674,18
Total 101.581.383,30 46.194.939,96 147.776.323,26
Fonte: SISFIN

Quadro 48 - Estrutura do Custo Administrativo FCVS Garantia 2020

Valores em R$
Componente do Custo Valor Total

(a) Pessoal 29.937.938,70


(b) Infraestrutura 7.034.036,74
(c) Infraestrutura de Tecnologia 646.463,38
(d) Custos diretos 0,00
(e) Outros custos identificados na
administração do FCVS (custos 3.678.195,07
específicos)
Destacamentos 5.294,75
Avaliação Atuarial 0,00
Laudos de Vistoria DFI
7.395,50
concluídos
Despesas Judiciais 227.140,28
Laudo Médico - Judicial 169,00

75
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Processamento de Dados 0,00


Guarda de imóvel - Judicial 2.427.680,53
Subtotal (I)
41.296.633,89
(f) = [(a)+(b)+(c)+(d)+(e)]
(g) Tributos
2.002.864,66
Subtotal (II)
43.299.498,55
(h) = (f)+(g)

(i) Margem de ganho de 6,4% 2.756.630,93

(j) Atualização SELIC


138.810,48
Total
46.194.939,96
(h)+(i)+ (j)
Fonte: SIGCF/SISFIN

Quadro 49 – Série histórica da Taxa de Administração do FCVS

Valores em R$
Ano Remuneração Recebida
2017 162.729.815,49
2018 205.771.869,05
2019 152.530.878,23
2020 147.776.323,26

Receitas e Despesas do FCVS Garantia

No âmbito das receitas do FCVS Garantia, destacam-se o volume de prêmios/contraprestações


arrecadados em 2020, que se mostrou 29,48% menor que em 2018, e o fato de as demais receitas
do FCVS apresentarem-se insuficientes para fazer face às saídas com pagamento de indenizações
e despesas de eventos de MIP e DFI Técnicos/Judiciais e outras despesas, o que se constitui em
déficit para o FCVS.

O decréscimo no valor das receitas decorre, sobretudo, da impossibilidade de averbação de novas


operações na Apólice do extinto SH/SFH, conforme dispõem as MP nº 478, de 2009, e nº 513, de
2010, convertida na Lei n° 12.409, de 2011, bem como do envelhecimento da carteira de imóveis
averbados na apólice pública – Ramo 66, e ao volume de liquidações a cada ano.

Quadro 50 – Receita do FCVS Garantia


Valores em R$

Entradas/ Receitas 2020 2019

76
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Recebimento de prêmios/contraprestações 8.889.090,53 13.798.532,37


Recebimento de parcelamentos de débitos 7.753.647,41 9.731.229,22
Recebimento de glosas 0,00 12.092,19
Outras receitas 591.396,56 1.280.017,04
Total 17.234.134,50 24.821.870,82
Fonte: SISFIN

Em 31/12/2020, o FCVS Garantia possuía 45.617 contratos ativos, quantidade 15,9% menor que o
número de contratos ativos com posição em 31/12/2019 (54.272).

No contexto das despesas do FCVS Garantia, houve um aumento significativo do montante total
despendido, uma vez que, em 2020, o FCVS Garantia efetuou o reembolso às seguradoras no
montante de R$ 260,8 milhões, valor muito superior ao de 2019 (R$ 2,07 milhões), tendo em vista
a retomada da liberação de valores a partir de novembro de 2019, com a publicação da Resolução
CCFCVS nº 448, de 2019.

Quadro 51 – Despesas do FCVS Garantia


Valores em R$
Despesas do FCVS Garantia
Indenizações e Despesas com Eventos de MIP e DFI Técnicos ou Administrativo
Pagamento de indenizações (Coberturas de MIP e DFI) 2.113.618,61
Indenizações e Despesas com eventos de MIP e DFI judiciais
Pagamento ou ressarcimento às seguradoras 260.864.532,62
Pagamento de aluguel por determinação judicial 798.706,36

Pagamento de eventos de MIP judiciais 601.627,11

Pagamento de eventos de DFI judiciais 0,00


Pagamento de acordo judicial - Jurídico CAIXA (Res. 404/2015) 742.836,75
Pagamento de ação de regresso - Jurídico CAIXA 0,00
Despesas com Remunerações dos entes do extinto SH/SFH
46.194.939,96
Pagamento de Taxa de Administração da CAIXA
Pagamento aos agentes financeiros, às seguradoras e à SUSEP sobre 305.056,68
prestações dos parcelamentos dívidas recebidas
TOTAL 311.621.318,09
Fontes: SISFIN e SIGCF

77
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Quadro 52 – Pagamento de Despesas e Indenizações Judiciais


Valores em R$
Pagamento de despesas, indenizações judiciais e
2020 2019
custeio
Pagamento ou ressarcimento às seguradoras 260.864.532,62 2.073.022,78
Pagamento de aluguel por determinação judicial 798.706,36 989.166,04
Pagamento de eventos de MIP judiciais 601.627,11 1.220.769,30
Pagamento de eventos de DFI judiciais 0,00 113.426,32
Pagamento de acordo judicial - Jurídico CAIXA (Res. 404/2015) 742.836,75 21.498,80
Pagamento de ação de regresso - Jurídico CAIXA 0,00 77.335,15
Total 263.007.702,84 4.495.218,39
Fonte: SISFIN

Sustentabilidade Ambiental

Os critérios de sustentabilidade nas contratações e aquisições para o FCVS encontram-se alinhados


à Política de Responsabilidade Socioambiental da CAIXA que, para garantir a sustentabilidade
nos seus negócios, integra as dimensões social e ambiental em sua estratégia para incorporar os
princípios e diretrizes dessa política nos negócios, processos e relacionamento com as partes
interessadas.

Nesse sentido, o FCVS estabelece práticas de gestão e políticas de atuação e relacionamento de


forma a garantir a conformidade com a legislação social e ambiental aplicável, bem como promove
melhorias contínuas aos processos para redução e mitigação dos impactos socioambientais diretos
e indiretos das operações.

Nos processos de compras e contratações de serviços, o FCVS adota critérios socioambientais com
a inclusão e o monitoramento de cláusulas contratuais relacionadas à ética, à responsabilidade
socioambiental, aos direitos humanos e à comprovação de origem e à destinação ambientalmente
regular dos materiais, consoante Política de Compras Sustentáveis e Relacionamento com
Fornecedores da CAIXA, conforme disposto no endereço
http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloads.aspx seção ‘Relatórios de Sustentabilidade’.

78
Capítulo 07
Governança

Modelo de Governança do FCVS

A Figura 7 apresenta de forma esquemática a representação das principais instâncias externa e


interna que formam o modelo de governança do FCVS.

A instância externa da governança do FCVS é formada pela sociedade civil, na seara do controle
social, pelo TCU, no âmbito do controle externo, e pela Auditoria Independente, na realização da
auditoria anual do Fundo. Para 2020, a CAIXA contratou a empresa PwC para realizar a auditoria
contábil do Fundo.

Na instância interna, atuam a CGU, no âmbito do controle interno, participando inclusive do


processo de novação de dívidas do FCVS, por força da Lei nº 10.150, de 2000, o ME e o CCFCVS,
no ambiente da gestão, e a CAIXA, na Administração do Fundo.

Ao ME compete, entre outros, o levantamento e a sistematização das informações que permitem


ao CCFCVS estabelecer as diretrizes e as condições de atuação do FCVS, visando ao cumprimento
da finalidade do Fundo, conforme Decreto nº 4.378, de 2002.

No âmbito da administração, o FCVS utiliza-se do Sistema de Governança da CAIXA,


preconizado no Estatuto, nas Políticas de Atuação e no Regime de Alçadas da CAIXA, além de
adotar, em seu Modelo de Gestão, os princípios do Modelo de Gestão da Empresa.

Nesse contexto, o FCVS mantém sua atuação visando realizar boas práticas de governança em
observância às diretrizes de atuação do FCVS e por meio da adoção de instrumentos variados de
gestão da CAIXA, a exemplo do Código de Ética, do Código de Conduta, dos Regimes de Alçadas,
dos manuais normativos e das diversas unidades que integram a estrutura de Governança
Corporativa da CAIXA aplicada ao Fundo.

A Assembleia Geral, constituída pelo controlador único da CAIXA, é o órgão com poderes para
deliberar sobre todos os negócios relativos ao seu objeto, nos termos da Lei nº 6.404, de 1976, e
de seu Estatuto.

O Conselho de Administração é o órgão de decisão colegiada e de orientação geral dos negócios


da CAIXA, responsável por definir diretrizes e objetivos empresariais e por monitorar e avaliar os
resultados, a que compete, entre outras atribuições, estabelecer e aperfeiçoar o sistema de
governança corporativa, supervisionar os sistemas de gestão de riscos e de controles internos,
inclusive os riscos relacionados à integridade das informações contábeis e financeiras e os
relacionados à ocorrência de corrupção e fraude.
79
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

O Conselho Diretor é o órgão colegiado responsável pela gestão e representação da CAIXA, a que
compete, entre outras atribuições, deliberar sobre medidas para estabelecer e aperfeiçoar o sistema
de governança corporativa da CAIXA e comunicar formalmente ao auditor independente e ao
Comitê de Auditoria a existência ou evidência de situações cuja ocorrência importe notificação
aos órgãos fiscalizadores.

Ao Conselho Fiscal, entre outras atribuições, cabe examinar, com base em parecer da Auditoria
Interna e da Auditoria Independente, as demonstrações financeiras de encerramento do exercício
social, opinar sobre a prestação de contas anual e analisar os balancetes e demais demonstrativos
financeiros.

Ao Conselho de Fundos Governamentais e Loterias, órgão colegiado responsável pela gestão e


representação da CAIXA quanto à administração das loterias federais e de fundos instituídos pelo
Governo Federal, compete, entre outras atribuições, aprovar as políticas de atuação da VIMAR,
fixar alçadas em seu âmbito de atuação e examinar os relatórios das auditorias interna e externa.

O Conselho de Gestão de Ativos de Terceiros é órgão colegiado responsável pela gestão e


representação da CAIXA quanto à administração e gestão de ativos de terceiros.

Os Comitês vinculados ao Conselho Diretor (Delegados e Diretores) são formados por integrantes
de mesmo nível hierárquico e de unidades que possuam relação com a temática do comitê, de
modo a garantir que o debate ocorra com as pessoas certas, gerando maior segurança ao processo
decisório.

Na governança do FCVS, ressalta-se também o papel desempenhado pela Auditoria Interna que,
alinhada ao Plano Estratégico CAIXA, atua, entre outras vertentes, na terceira linha de defesa, isto
é, após as ações de enfrentamento ao risco pelas áreas gestoras de processos, produtos ou de redes
de unidades, e pelas áreas de controle, compliance e riscos, em consonância com as recomendações
do IIA Brasil, na eleição de processos críticos auditados por metodologia de auditoria de processos
e com foco em riscos e na especialização das equipes para atuar nos processos auditados.

Essa atuação da Auditoria Interna ocorre de modo a fornecer, aos órgãos de governança e à alta
administração, avaliações mais acuradas e com mais abrangência, incluindo a forma como a
primeira e a segunda linhas de defesa alcançam os objetivos de gerenciamento de riscos e controle.

Em 2020, foram realizadas auditorias contábeis (941 horas) com objetivo de avaliar os registros,
balancetes e demonstrações contábeis, e auditorias operacionais mandatórias (28.651 horas),
conforme dispositivos legais, exigências normativas, determinações dos conselhos estatutários,
órgãos de controle/fiscalização ou delegação do governo federal, assim distribuídas: (i)
homologação dos contratos habilitados: 31,83%;(ii) novação de dívidas: 47,67%; (iii) arrecadação
(controle, registro das contribuições e ateste por meio dos relatórios de auditoria independente):
2,35%; (iv) avaliação da Taxa de Administração: 1,91%; (v) avaliação da gestão e controle do
processo FCVS Garantia: 1,99%; (vi) avaliação do processo de habilitação de créditos: 4,22%;
(vii) avaliação do SICTR: 3,72%; (viii) follow-up de auditorias anteriores no processo de
homologação: 2,72%; (ix) follow-up de apontamento TCU: 2,18%; (x) elaboração de programas
de auditoria: 1,41%.

80
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Não obstante o compartilhamento desse sistema, a governança do FCVS apresenta-se de forma


segregada, na medida em que adota os princípios de responsabilidade social empresarial e da
administração direcionada pelo gerenciamento de risco, mas com a utilização de instrumentos que
inibem o conflito de interesses entre o Fundo e o AF CAIXA, haja vista a necessária distinção de
papéis entre a CAIXA, na qualidade de Administradora do Fundo, e o AF.

Figura 7 - Modelo de Governança do FCVS

INSTÂNCIA EXTERNA

Auditoria Independente Sociedade TCU

INSTÂNCIA INTERNA

Ministério da Economia
CCFCVS CGU
(STN)

CAIXA

Conselho de Fundos
Governamentais e Loterias

Comitê de Diretores

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Resoluções publicadas pelo CCFCVS em 2020

Em 2020, houve publicação pelo CCFCVS das Resoluções abaixo listadas:

- Resolução CCFCVS nº 451, de 30 de março de 2020 – Define critérios para estabelecimento


anual da ordem de prioridade para instrução de processos de novação do FCVS;

- Resolução CCFCVS nº 452, de 27 de maio de 2020 – Altera o Manual de Normas e


Procedimentos Operacionais;

- Resolução CCFCVS nº 453, de 27 de maio de 2020 – Altera o Manual de Normas e


Procedimentos Operacionais;

- Resolução CCFCVS nº 454, de 24 de junho de 2020 – Aprova as Contas do FCVS relativas ao


exercício de 2019;

- Resolução CCFCVS nº 455, de 26 de agosto de 2020 – Aprova a proposta orçamentária para


2021 do FCVS;

- Resolução CCFCVS nº 456, de 7 de dezembro de 2020 – Define a nova metodologia para cálculo
da Taxa de Administração do FCVS;

- Resolução CCFCVS nº 457, de 7 de dezembro de 2020 – Mantém a glosa proposta pela CAIXA
no julgamento de recurso administrativo interposto pela Cia. Excelsior de Seguros;

- Resolução CCFCVS nº 458, de 7 de dezembro de 2020 – Altera o Roteiro de Análise do FCVS;

- Resolução CCFCVS nº 459, de 7 de dezembro de 2020 – Altera o Manual de Normas e


Procedimentos Operacionais.

Comunicação com a sociedade e partes interessadas no FCVS

O FCVS adota, como mecanismos de transparência, a apresentação de informações relevantes do


Fundo de forma ativa e passiva, em observância à Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de
2011), e às diretrizes do Fundo.

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Figura 8 - Principais Canais de Comunicação

Principais Canais de Comunicação

Transparência Ativa Transparência Passiva


Relacionamento institucional Pedidos de informação para pessoas físicas e
jurídicas

Sítio da CAIXA
(http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloa Sítio da CAIXA
ds.aspx), onde constam os manuais, o (http://www.caixa.gov.br/acesso-a-
aplicativo Conectividade e as Circulares do informacao/Paginas/default.aspx) para SIC’. Há
Fundo. também o SIC físico. Os pedidos de acesso à
informação recebidos pelos canais SIC são
cadastrados no e-SIC
Sítio da CAIXA
(http://www.caixa.gov.br/site/paginas/download
s.aspx#categoria_717 onde constam as
prestações de contas do FCVS.
No sítio da CAIXA (http://fale-
conosco.caixa.gov.br/wps/portal/faleconosco),
http://fundosdegoverno.caixa.gov.br/portal- onde constam os serviços de SAC e Ouvidoria.
home, página da SUFUS na internet.

Ressalta-se que não são passíveis de fornecimento as informações classificadas nas hipóteses
legais de sigilo, entre as quais, fiscal e bancário, e aquelas genéricas, desproporcionais ou
desarrazoadas, ou que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de
dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência
da CAIXA.

No atendimento ao cidadão, verifica-se, conquanto o alcance das atividades do FCVS, que o


volume de ocorrências no exercício apresenta-se relativamente baixo, o que se deve, sobremaneira,
às especificidades do FCVS, tais como, maturidade da maior parte dos processos do FCVS e
ressarcimentos ao AF em nome do mutuário, o que enseja pouco relacionamento imediato com a
sociedade.
Quadro 53 - Extrato das Ocorrências de Atendimento ao Cidadão

Extrato das Ocorrências de Atendimento ao Cidadão


Natureza Atendimento 2020 2019
Dentro do prazo 0 9
Solicitação
Fora do prazo 0 3
Dentro do prazo 2 10
Reclamação
Fora do prazo 1 0
Denúncia/ Dentro do prazo 0 0
Dúvida/ Fora do prazo 0 0
Sugestão
Fora do prazo 0 0
Total de Ocorrências 3 22
83
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Fonte: GEACR e OUVID


Os registros dos dados gerenciais do atendimento ao cidadão da Administradora do FCVS,
conforme apresentado no Quadro 53, demonstram que as ocorrências restringem-se a reclamações
com as seguintes motivações: liberação da baixa de hipoteca, cobrança indevida e inclusão em
cadastro restritivo.

Cumpre esclarecer que a única demanda marcada como atendida “fora do prazo” no sistema de
Ouvidoria da Caixa igualmente não implica ausência ou ineficiência de atuação da
Administradora, pois ela foi atribuída equivocadamente à Administradora que, tempestivamente,
transferiu a demanda para o destinatário correto: Agente Financeiro CAIXA.

No que se refere à forma de participação cidadã em processos decisórios, cabe salientar que
inexiste atuação direta da sociedade nas decisões do FCVS, mas tão somente mediada pelos
integrantes do CCFCVS, pois, embora a atuação do FCVS ocorra em nome do mutuário, a
assunção de suas dívidas ocorre perante os AF e Entidades Credoras que operam no SFH ou
possuem créditos contra o FCVS.

Nesse contexto, a relação com as partes interessadas no FCVS encontra-se pautada nos valores
adotados no modelo de negócio do FCVS e nas diretrizes e mecanismos do ‘Programa de
Integridade da CAIXA’ que possibilitam a atuação na gestão / administração de negócios de forma
ética e com vistas atender os legítimos interesses dessas partes e a preservar não só a imagem do
FCVS, mas também do ME e da CAIXA.

Em face das especificidades da relação do FCVS com os mutuários beneficiários do Fundo, não
se justifica a manutenção de canal de ‘Carta de Serviço ao Cidadão’ tampouco de mecanismos de
aferição do grau de satisfação dos cidadãos.

Recomendações dos Órgãos de Controle

Recomendações da SFC/CGU

⎯ Relatório de Auditoria Financeira n° 201801708 – Exercício 2018, de 30 de junho de 2019.

O trabalho de auditoria teve como objeto avaliar se as demonstrações contábeis do FCVS refletiam
em todos os aspectos relevantes a situação patrimonial, o desempenho financeiro e os fluxos de
caixa do Fundo, considerando o MCASP, as NBC TSP e demais normativos aplicáveis ao setor
público. O relatório apresenta os resultados da auditoria financeira das Demonstrações Contábeis
do FCVS e recomenda:

1) Elaborar e publicar as demonstrações contábeis previstas pela Lei nº 4.320/1964,


conforme o MCASP, a partir do exercício corrente.

2) Aperfeiçoar a integração entre o SICOF e o SIAFI, por meio dos webservices do


SIAFI, permitindo que os lançamentos realizados no SICOF estejam representados na
íntegra no SIAFI.

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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

3) Segregar os itens do Balanço Patrimonial do FCVS em circulante e não circulante,


bem como realizar as evidenciações necessárias em Notas Explicativas, em
conformidade com o MCASP, a partir do exercício corrente.

4) Evidenciar em Notas Explicativas, as transações com partes relacionadas,


considerando as entidades que exercem o controle conjunto do FCVS, por meio de
assento e voto no Conselho Curador, em conformidade com o MCASP, a partir do
exercício corrente.

5) Elaborar e implementar nova rotina de contabilização para a transferência do


passivo relacionado ao processo de Novação, de modo que a baixa do passivo tenha
como contrapartida uma contribuição dos proprietários na Unidade Gestora do FCVS
e que seja contabilizado em montante igual na Unidade Gestora receptora do passivo.

6) Realizar ajustes no exercício corrente, associados aos exercícios anteriores (de


2015 a 2018), corrigindo a indevida apropriação da variação patrimonial aumentativa
no resultado daqueles exercícios e refletindo no patrimônio social na Unidade Gestora
do FCVS, e evidenciar os efeitos dos ajustes realizados em Notas Explicativas nas
Demonstrações Contábeis do exercício corrente.

7) Aperfeiçoar a metodologia utilizada para o cálculo das provisões para atender às


ações judiciais, de maneira a refletir a classificação de provável, possível e remoto,
conforme prescrito no MCASP, bem como, considerando o valor atualizado das ações
e utilizando critérios uniformes (guardadas as devidas particularidades) para as ações
que estejam na esfera federal e nas esferas estaduais. Realizar os ajustes necessários e
evidenciar os efeitos dos ajustes realizados em Notas Explicativas nas Demonstrações
Contábeis do exercício em que essa metodologia vier a ser implementada.

8) Caso a nova metodologia utilizada para o cálculo das provisões para atender às
ações judiciais não seja implementada no exercício corrente, revisar o cálculo,
corrigindo as falhas apontadas no presente relatório e evidenciar os efeitos dos ajustes
realizados em Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis do exercício corrente.

9) Aperfeiçoar a metodologia utilizada para o cálculo do ajuste para perdas dos


créditos específicos, de maneira a uniformizar os procedimentos utilizados tanto para
os créditos relacionados ao processo de Novação, quanto para os relacionados ao
processo de Garantia. Realizar os ajustes necessários e evidenciar os efeitos dos ajustes
realizados em Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis do exercício corrente.

10) Revisar os passivos reconhecidos no grupo “Reservas Técnicas – Riscos não


Expirados”, desreconhecendo aqueles que representam obrigações futuras e mantendo
somente as obrigações presentes. Evidenciar os efeitos dos ajustes realizados em Notas
Explicativas nas Demonstrações Contábeis do exercício corrente.

11) Ao desreconhecer passivos do grupo “Reservas Técnicas – Riscos não Expirados”,


realizar ajustes visando corrigir a indevida apropriação das variações patrimoniais
aumentativas e diminutivas nos resultados dos exercícios de 2015 a 2018 tendo como
contrapartida a conta Ajustes de Exercícios Anteriores, bem como evidenciar os efeitos
dos ajustes realizados em Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis do
exercício corrente.

12) Revisar os valores contabilizados na conta “Antecipações Créditos aos Agentes


Financeiros”, desreconhecendo aqueles referentes aos agentes que não possuem mais
85
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

contratos sujeitos ao processo de Novação. Evidenciar os efeitos dos ajustes realizados


em Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis do exercício corrente.

13) Evidenciar em Notas Explicativas as mudanças ocorridas nas políticas contábeis


do FCVS, oriundas do atendimento às recomendações feitas no presente relatório, nas
Demonstrações Contábeis do exercício em que foram implementadas as mudanças.

A Administradora do FCVS tratou todas as recomendações e solicitou baixa ao CCFCVS por meio
do Ofício 125/2020/DEFUS/SUFUS/GECVS, de 29.06.2020, que encaminhou o pedido de baixa
à SFC/CGU por meio do Ofício SEI nº 156955/ME, de 30.06.2020. Até o momento, não houve
posicionamento da CGU.

⎯ Relatório de Avaliação de Resultados da Gestão n° 201801141 – Exercício 2018, de 05 de


setembro de 2019.

A auditoria teve como tema central avaliar a conformidade dos controles internos estabelecidos
pela Administradora do FCVS, para assegurar a consecução dos processos realizados para
validação dos passivos reclamados à novação de dívida pelo FCVS, conforme estabelecido na Lei
nº 10.150, de 2000, e por conseguinte, dar provimento às realizações estratégicas conferidas a
responsabilidade da gestão do FCVS. O relatório apresentou recomendações ao Conselho Curador
voltadas a prover efetiva supervisão da gestão do Fundo, bem como recomendações à
Administradora do Fundo orientadas para o aperfeiçoamento dos controles internos do
Macroprocesso avaliado, especialmente os processos de Habilitação, Análise e Homologação dos
créditos reclamados contra o Fundo:

Recomendações ao CCFCVS

1) Considerando as atribuições do Decreto 4.378/2002 e os apontamentos do


presente Relatório, elaborar plano de ação para definição e implementação de
rotinas/procedimentos com vistas à adequada supervisão da atuação da
Administradora do FCVS, de maneira a assegurar o alcance dos objetivos do Fundo. A
referida implementação de rotinas/procedimentos poderá contemplar a elaboração de
estudos sobre a necessidade de recursos (financeiros, humanos etc.) necessários para
a efetiva atuação do CCFCVS enquanto instância de governança máxima do Fundo.

2) Adotar, a partir do diagnóstico apresentado pela Administradora do FVCS,


medidas necessárias a pacificação de entendimentos sobre normas e procedimentos que
podem expor a gestão a interpretações controversas impactando a eficiência da
conformidade dos processos de responsabilidade da Administradora do Fundo.

3) Propor, a partir do diagnóstico apresentado pela Administradora do FCVS,


levando em consideração o custo/benefício das medidas a serem adotadas,
aperfeiçoamento das atividades de controles internos com vistas a melhoria das
operações desenvolvidas pela Administradora do Fundo.

As recomendações dirigidas ao CCFCVS foram tratadas por meio do Ofício Conjunto SEI nº
38/2020/ME, de 09.10.2020, em que foi solicitado a baixa ou o redirecionamento das
recomendações. Até a presente data, não houve posicionamento da CGU.

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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Recomendações à Administradora do FCVS, com supervisão do CCFCVS:

4) Desenvolver e implementar plano de capacitação para a CECVS que tenha por


base diagnóstico das necessidades específicas da unidade e as principais fragilidades
detectadas na condução dos processos de trabalhos.

5) Aprimorar os indicadores estratégicos, estabelecendo metas respectivas, com a


finalidade de permitir o adequado monitoramento do alcance dos objetivos previamente
estabelecidos.

6) Desenvolver processo de planejamento em nível tático e operacional, alinhado ao


estratégico, capaz de orientar de forma plena as operações realizadas pela
Administradora do FCVS, visando assegurar o atingimento dos objetivos estratégicos
definidos.

7) Adequar o processo de avaliação de riscos, alinhando-o aos objetivos estratégicos


do FCVS, permitindo uma clara identificação e análise dos riscos de modo a oferecer
respostas adequadas às ameaças à realização dos objetivos estratégicos, por meio do
estabelecimento de um plano de tratamento de riscos.

8) Aprimorar e/ou desenvolver atividades de controle tendo por base os principais


riscos identificados. Considerar no processo, dentre outros, o plano de tratamento de
riscos, a necessidade de priorização dos riscos de maior probabilidade e impacto na
gestão, o custo/benefício da implementação e, ainda, as atividades de controle que
justifiquem a automatização das operações.

9) A partir do aprimoramento das atividades de controle, incorporar ao plano de


comunicação interno as medidas adotadas visando a correção dos desvios que
eventualmente estejam prejudicando o atingimento dos resultados reportados.

10) Adotar medidas que assegurem a atualização das informações e publicações, nos
termos da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

A Administradora tratou as recomendações e enviou pedido de baixa via Ofício n°


381/2020/SUFUS/GECVS, de 15/10/2020, que foi retransmitido à SFC/CGU pelo CCFCVS, por
meio do Ofício SEI nº 259926/ME, de 15/10/2020. O CCFCVS Até o momento, não houve
posicionamento da CGU.

⎯ Relatório de Auditoria Anual de Contas n° 201902338 – Exercício 2018, de outubro de


2019

O trabalho de auditoria teve como tema central a avaliação das Demonstrações Contábeis do Fundo
de 2018 e da conformidade dos controles internos estabelecidos pela Administradora do FCVS
para validação dos passivos reclamados à novação de dívida. O relatório recomendou:

Recomendações dirigidas ao CCFCVS

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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

1) Retornar as deduções que foram incorretamente excluídas do SICVS para os


contratos originais.

2) Que o FCVS passe a exigir a comprovação das contribuições ao Fundo para os


contratos assinados até a edição da Resolução 36/69, em 01/01/1970, de acordo com o
Item 12 da Resolução nº 25/67 e em conformidade com o § 3° do art. 1° da Lei nº
10.150/2000.

3) Apurar para todos os contratos assinados, no período de 01/01/70 a 30/06/77, os


valores da fonte de recursos prevista no item 7.1 da RC nº 36/69, independente da data
do evento de liquidação antecipada, excetuando os casos de liquidação antecipada
previstos em normativos posteriores que versam sobre o mesmo assunto de forma a
avaliar seu alcance.

4) Avaliar a conveniência e oportunidade de efetuar alterações normativas no âmbito


do FCVS com o objetivo de exigir, quando da cessão de créditos do FCVS, as mesmas
condições apresentadas no momento da novação de dívidas, de modo a preservar os
direitos da União.

5) Estabeleça Plano de Investimento para as disponibilidades do FCVS,


contemplando as premissas e diretrizes acerca de exposição à riscos, rentabilidade e
prazos de aplicação/desembolso condizentes com a materialidade dos recursos
envolvidos e os objetivos do Fundo.

6) Adote mecanismos de acompanhamento e monitoramento da execução do Plano


de Investimento, contemplando reavaliações periódicas das opções de investimentos
adotadas, inclusive revisando o modelo estabelecido, quando for o caso.

Recomendação dirigida à Administradora do FCVS

7) Que seja efetuado estudo, tendo como base as contribuições devidas ao Fundo,
para criar instrumentos de gestão que possam indicar descasamento entre o total das
contribuições realizadas e a totalidade de dívidas de responsabilidade do FCVS por
Agente Financeiro.

8) Que a Administradora passe a utilizar a TR para a correção dos saldos devedores


dos contratos, após 01/01/1997, conforme previsto no inciso II do § 2o do art. 1° da Lei
nº 10.150.

9) Que a Administradora apresente os impactos financeiros para o FCVS dos ajustes


promovidos pela utilização da TR para correção dos saldos devedores dos contratos
com cobertura do FCVS, após 01/01/1997.

Em relação à recomendação para “retornar as deduções que foram incorretamente excluídas do


SICVS para os contratos originais”, face a necessidade da conclusão prévia do julgamento de
processo administrativo, a Administradora do FCVS solicitou à CGU prorrogação do prazo via
Ofício nº 504/2020/SUFUS/GECVS, de 30.12.2020, para tratamento até 31/12/2021, sem
manifestação até o momento, contudo, daquela Controladoria-Geral.

Em relação às demais recomendações, o CCFCVS encaminhou o Ofício SEI nº 85585/2019/ME,


solicitando a sua baixa, em razão da perda de objeto decorrente das modificações trazidas pela Lei
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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

nº 13.932, de 2019, à Lei nº 10.150, de 2000. A CGU, por sua vez, acatou a solicitação do Conselho
e deu baixa nas recomendações.

⎯ Relatório de Avaliação da Gestão do FCVS Garantia nº 823850 – Exercícios 2019/2020,


de 16 de dezembro 2020.

A auditoria teve como tema central avaliar a adequação e suficiência dos controles internos e do
gerenciamento de riscos estabelecidos pela Administradora do FCVS, para orientar sua atuação no
âmbito do FCVS Garantia, com foco na execução do Macroprocesso Ações Judiciais, do qual se
espera o provimento da defesa judicial exitosa, em contenciosos movidos contra os interesses do
FCVS Garantia. O relatório apresentou as seguintes recomendações:

Recomendações à Administradora do FCVS

1) Estabelecer documentalmente e de forma clara os objetivos e metas centrais para


o Macroprocesso Ações Judiciais e para os processos mais relevantes onde ainda não
houver definidas essas balizas, estruturando de forma combinada, um eficaz
gerenciamento de riscos.

2) Implementar, manter, monitorar e revisar os controles internos da gestão para o


Macroprocesso Ações Judiciais e para os processos mais relevantes que impliquem esse
feito, tendo por base a identificação, a avaliação e o gerenciamento de riscos que
possam impactar a atingimento dos objetivos estabelecidos.

3) Estabelecer procedimento para orientar o compartilhamento sistemático e


tempestivo de informações ao CCFCVS, em face ao gerenciamento de riscos praticado
no âmbito da gestão do FCVS Garantia, como forma de otimizar a supervisão de
resultados pelo Conselho Gestor do FCVS, motivando, quando justificada, uma atuação
conjunta entre o CCFCVS e a Administradora do FCVS, no sentido tratar dos riscos.

4) Contemplar no Relatório de Gestão Anual do FCVS, análise circunstanciada


acerca da evolução dos contenciosos judiciais contra o FCVS Garantia, expondo: i)
possíveis razões da evolução, os valores e quantitativos históricos do acervo; ii) as
principais ações adotadas no exercício com vista a solução do acervo vigente, bem
como, àquelas orientadas para elidir/mitigar sua evolução; iii) os efeitos objetivos
proporcionados pelas ações em foco.

5) Aprimorar a abordagem de riscos de fraudes relacionadas ao Macroprocesso


Ações Judiciais de forma a contemplar os diversos atores que atuam no objeto com
vista a analisar e avaliar os fatores críticos, levando sempre em consideração o custo
e o benefícios das ações que promovam o adequado tratamento e monitoramento.

A Administradora apresentou plano de ação à CGU para tratamento das recomendações, cujas
ações encontram-se em fase de execução conforme cronograma proposto.

⎯ Relatório de Auditoria Anual de Contas n° 825595 – Exercício 2019, de 30 de novembro


de 2020.
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Tratou-se de Auditoria Anual de Contas, referente ao exercício de 2019, cujo escopo, definido
junto ao TCU, consistiu na avaliação dos custos incorridos e das taxas de administração cobradas
no âmbito dos fundos e contas correntes do poder executivo federal administrados pela CAIXA.

Recomendações à Administradora do FCVS

1) Remover custos não relacionados à operação do FCVS e FCVS Garantia da base


de cálculo das taxas de administração, com a respectiva devolução de valores,
acrescidos de margem de ganho e tributos cobrados desses fundos.

2) Explicitar todos os componentes das taxas de administração mensal, mesmo com


a prestação de contas anual.

Em 2020, houve revisão dos valores pagos de Taxa de Administração em 2018 e 2019 pelo FCVS
à CAIXA para remoção dos custos não rastreados eventualmente pagos, em razão de
recomendação da CGU. O resultado da revisão está em fase de preparação para submissão à
instância de governança CAIXA, para a devolução de valores, devidamente atualizada conforme
regras do FCVS.

⎯ Relatório de Auditoria Anual de Contas n° 881928 – Exercício 2020, de 30.03.2021.

O trabalho de auditoria financeira teve como tema central avaliar a conta Resíduos de Contratos
Liquidados – FCVS em 31/12/2020, bem como verificar a adequabilidade dos controles
relacionados. O relatório trouxe as seguintes recomendações:

1) Reclassificar o montante de contratos que ainda não foram validados pelos


Agentes Financeiro e da Provisão para Contratos em RNV da conta 228912401 –
Resíduos de Contratos Liquidados – FCVS para conta Provisão Riscos Expirados.

2) Reavaliar, junto ao Órgão Central de Contabilidade e ao CCFCVS, o fato gerador


para reconhecimento dos contratos sob responsabilidade do FCVS na conta de
Resíduos de Contratos Liquidados de Longo Prazo, e analisar a pertinência de
utilização da conta Provisão Riscos Expirados para contabilização da dívida.

3) Reavaliar as remunerações aplicadas nos contratos identificados nos testes


realizados de forma a garantir a aderência ao que estabelece as alíneas “a” e “b” do
inciso II do § 2º-A do art. 1º da Lei n° 10.150/2000, e revisar os controles para mitigar
risco de reincidências.

4) Aprimorar campos do Relatório FCVS344201 da Dívida Bruta do FCVS, de modo


a uniformizar, para a Dívida Vincenda e a Dívida Vencida, o procedimento de
composição da Dívida Bruta Total, e a facilitar o entendimento quanto aos valores das
colunas “Exercício Anterior”, “Exercício Total” e “Total’.

5) Reformular campos do Relatório FCVS344201 da Dívida Bruta do FCVS para que


sejam discriminados somente as transações que de fato alteram o saldo da dívida, ou
seja, inclusões e exclusões que representem, respectivamente, novas obrigações e baixa
de dívida.

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

6) Revisar a rotina contábil mensal adotada pela GECTC no SIAFI de movimentação


entre as contas contábeis Provisão Riscos Expirados e Resíduos de Contratos
Liquidados – FCVS em virtude de inclusões e exclusões de saldos de contratos e de
registros complementares quando da novação de dívidas, bem como rever a utilização
do Relatório FCVS344201 – DIVIDA BRUTA DO FCVS (enquanto não reformulado),
como documentação suporte de inclusões e exclusões de contratos, de modo que a
movimentação contábil reflita efetivamente aumento e redução da dívida do Fundo.

7) Incorporar na norma contábil NS173 previsão: i) dos lançamentos


complementares de novações de dívidas (enquanto não adotada rotina contábil
simplificada na novação de dívidas); ii) de segregação entre lançamentos de exclusões
de contratos e de novações de dívidas (item 4.3.15 – OBRIGAÇÕES POR
COMPROMISSOS ASSUMIDOS – SISTEMA SICVS); e iii) de padronização mínima a
constar no campo Observação do Documento do SIAFI para esses registros
complementares e para os ajustes anuais de valor de Provisão Riscos Expirados (itens
4.3.16 RESERVAS TÉCNICA – AVALIAÇÃO ATUARIAL e 4.3.16.3 REVERSÃO DE
CONTRATOS INCLUÍDOS E EXCLUÍDOS NO SICVS da NA 173.005), para fins de
compreensibilidade e rastreabilidade.

8) Reformular campos do Relatório FCVS344201 da Dívida Bruta do FCVS para que


sejam discriminados os valores de principal, juros e atualização monetária segregados
por prazo da quitação da dívida.

9) Reavaliar, junto ao Órgão Central de Contabilidade e ao CCFCVS, os requisitos


de classificação da dívida no Curto Prazo de modo a melhor representar a obrigação
a ser quitada nos próximos 12 meses.

Para tratamento referente a essas recomendações, encontra-se em fase de elaboração plano de ação
para envio à CGU.

Recomendações do TCU

⎯ Acórdão n° 1627/2020. Processo n° TC 018.724/2019/1

Tratou-se de trabalho de Auditoria Operacional realizada pelo TCU no FCVS, com o objetivo de
analisar o processo de novação das dívidas do FCVS, em relação à eficiência e à tempestividade.
O acórdão de julgamento do processo apresentou as seguintes determinação e recomendações:

Determinação ao Ministro da Economia

1) Que edite portaria com definição de cronograma das novações do FCVS, com
vistas ao cumprimento do prazo legal

Recomendações à CAIXA
2) Que elabore plano de ação para equacionar o elevado índice de falhas na
homologação e novação dos créditos contra o FCVS, bem como para melhorar e
eficiência desses processos, considerando a necessidade desse plano ser colocado em
operação em curto prazo, de modo a viabilizar a conclusão das atividades antes de
01/01/2027, contemplando:
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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

• a definição de conjunto de competências a serem preenchidas pelos empregados


alocados nas atividades de homologação/novação, adotando providências no sentido
de direcionar os programas de capacitação para a satisfação dos requisitos fixados;
• a revisão dos procedimentos e rotinas desde a habilitação até a novação, incluindo
as atividades de controle, com o objetivo de obter ganho de qualidade e de agilidade
no processo e melhor alinhamento de atuação entre as áreas de operação e de controle,
para imediata e segura correção das falhas identificadas, e pronta correção dos
métodos e normas aplicáveis;
• a reavaliação da infraestrutura operacional, de modo a responder,
adequadamente, aos desafios de produção de trabalhos com menor nível de erros, tendo
em mira o prazo para a conclusão das novações, em particular a otimização da
infraestrutura computacional mediante o desenvolvimento de soluções que viabilizem
melhor integração dos diversos sistemas e aplicativos utilizados e a redução de
procedimentos executados de modo manual na análise dos contratos pela
Centralizadora”.

Recomendações conjuntas ao ME, BACEN, STN, à PGFN, CCFCVS e CAIXA

3) Que elaborem plano de ação, com o objetivo de assegurar que a conclusão das
medidas a seu cargo relacionadas ao processo de novação do FCVS esteja
harmonizada com o prazo consignado na Lei 10.150/2000, art. 1º, § 2º, inciso I, e
observando as diretrizes nele dispostas, que deverá contemplar:

• cronograma das medidas a serem adotadas no âmbito do processo de novação dos


créditos contra o FCVS até o prazo final legal;
• fixação de metas anuais;
• alinhamento do ritmo das medidas a serem adotadas no âmbito do processo de
novação às diretrizes fixadas para os desembolsos financeiros, de modo a minimizar os
impactos orçamentário e financeiro, especialmente nos últimos anos; e
• adequação da capacidade operacional, de modo a bem cumprir o plano aprovado,
abrangendo infraestrutura de tecnologia, quadro de pessoal, conjunto de normas de
referência, entre outros”.

O ME apresentou recurso de embargos de declaração para a recomendação direcionada ao


Conselho Curador do FCVS, alegando “omissão e obscuridade, vista a ausência da CGU e de
forma de construção do Plano de Ação”, nos quais indica que a “Controladoria-Geral da União é
ator relevante no processo de novação”, uma vez que “eventual manifestação contrária da
SFC/CGU sobre as conclusões da Caixa quanto à titularidade, certeza e liquidez do crédito teria o
condão de impedir a tramitação do processo no Ministério da Economia” ao mesmo tempo que
solicita “esclarecer se cada órgão destinatário da recomendação deve elaborar o próprio plano de
ação ou, ao contrário, deveriam atuar conjuntamente para construírem plano de ação” que
contemple as recomendações do Acórdão.

Por esse motivo, o planejamento da elaboração do Plano de Ação pela Administradora do FCVS
possui dependência da apreciação do recurso mencionado, uma vez que definirá se é pretendido
um plano de ação conjunto ou vários planos de ação coordenados.

92
www.pwc.com.br

Fundo de
Compensação
de Variações
Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica
Federal - CAIXA)
Demonstrações contábeis em
31 de dezembro de 2020
e relatório do auditor independente
Relatório do auditor independente
sobre as demonstrações contábeis

Aos Administradores
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)

Opinião

Examinamos as demonstrações contábeis do Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS


("FCVS" ou "Fundo"), administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA ("Administrador" ou
"CAIXA"), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas
demonstrações das variações patrimoniais, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, e
o balanço orçamentário para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas
explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos


os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Fundo de Compensação de Variações
Salariais - FCVS em 31 de dezembro de 2020, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de
caixa, e o balanço orçamentário para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas brasileiras
de contabilidade aplicadas ao setor público (NBCs TSP) emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada "Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras". Somos
independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no
Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa opinião.

Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional

O Fundo apresenta patrimônio líquido negativo de R$ 116.029 milhões em 31 de dezembro de 2020,


além de prejuízos recorrentes, decorrente sobretudo das dívidas com instituições financiadoras.
Conforme mencionado na Nota 1 às demonstrações financeiras, as dívidas do Fundo com as
instituições financiadoras poderão ser objeto de novação, a ser celebrada entre cada credor e a União
nos termos da Lei nº 10.150/00. O limitado número de novações, entre outros fatores descritos na
Nota 1, suscita dúvida substancial sobre a continuidade operacional do Fundo. As demonstrações
contábeis não incluem quaisquer ajustes em virtude dessa incerteza. Nossa opinião não está ressalvada
em virtude desse assunto.

Outros assuntos

Balanço Financeiro

Não examinamos, nem foram examinados por outros auditores independentes, o Balanço Financeiro
apresentado nas demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2020, e,
consequentemente, não emitiremos opinião sobre o referido Balanço Financeiro.

PricewaterhouseCoopers, SHS Quadra 6, Cj. A, Bloco C, Ed. Business Center Tower, Salas 801 a 811, Brasília, DF, Brasil,
70322-915, Caixa Postal 08850, T: +55 (61) 2196 1800, www.pwc.com.br
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis

A administração do Fundo é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações


contábeis de acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público (NBCs TSP)
e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude
ou erro.

Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da


capacidade do Fundo continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com
a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações
contábeis, a não ser que o Gestor pretenda liquidar o Fundo ou cessar suas operações, ou não tenha
nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança do Fundo são aqueles com responsabilidade pela supervisão do
processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e
emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança,
mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As
distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando,
individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões
econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria.
Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,


independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de
auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e
suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante
resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de
burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Fundo.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas


contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade


operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em
relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de
continuidade operacional do Fundo. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos
chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações

3
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)

contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas


conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório.
Todavia, eventos ou condições futuras podem levar o Fundo a não mais se manter em continuidade
operacional.

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as


divulgações e se essas demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os
eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance
planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Brasília, 19 de abril de 2021

PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva


Contador CRC 1SP197007/O-2

4
DECLARAÇÃO DO CONTADOR
DECLARAÇÃO SEM RESSALVA
Denominação Órgão Superior Código da UG
FUNDO DE COMPENSACAO E
170381
VARIACAO SALARIAL

Esta declaração refere-se às demonstrações contábeis e suas notas explicativas de


31 de dezembro de 2020 do Fundo de Compensação e Variação Salarial.
Esta declaração reflete a conformidade contábil das demonstrações contábeis
encerradas em 31 de dezembro de 2020 e é pautada na Macrofunção 020315 –
Conformidade Contábil presente no Manual SIAFI – Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal.
As demonstrações contábeis, Balanço Patrimonial, Demonstração de Variações
Patrimoniais, Demonstração de Fluxo de Caixa, Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro e suas notas
explicativas, encerradas em 31 de dezembro de 2020, estão, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com a Lei nº 4.320/64, o Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público e o Manual SIAFI.

O ponto a seguir não constitui ressalva, mas é devida a menção, para uma
melhor interpretação das demonstrações contábeis do Órgão:

Justificativas para permanência de restrições contábeis no encerramento do


exercício de 2020:

Em que pese tenham sido indicadas restrições de conformidade contábil no SIAFI


relacionadas a falta de reconhecimento e atualização de ativos e passivos, cumpre-me
esclarecer que as restrições em comento foram ocasionadas pelo prazo para fechamento
do FCVS no SIAFI não coincidir com o prazo para realização da conformidade
contábil. Ressalta-se que as restrições de reconhecimento e atualização de ativos e
passivos foram corrigidas dentro do exercício de 2020.

Local Data 28 de abril de


Brasília-DF
2021

Contador Paulo Roberto Ruas Guimarães Junior


CRC nº 015547/O-0
Responsável

PAULO ROBERTO Assinado de forma digital


por PAULO ROBERTO RUAS
RUAS GUIMARAES GUIMARAES
JUNIOR:720556851 JUNIOR:72055685104
Dados: 2021.04.28 17:53:22
04 -03'00'
0

Demonstrações Contábeis
2020

Fundo de Compensação de
Variações Salariais - FCVS

0
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal

SUMÁRIO

Balanço Patrimonial..................................................................................................... 3

Demonstração das Variações Patrimoniais ...................................................................... 4

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ......................................................... 5

Demonstração do Fluxo de Caixa .................................................................................. 6

Balanço Financeiro ...................................................................................................... 8

Nota 1 - Contexto operacional ...................................................................................... 9

Nota 2 – Apresentação das Demonstrações Contábeis .................................................... 11

Nota 3 - Julgamentos e Estimativas .............................................................................. 17

Nota 4 – Caixa e Equivalentes de Caixa ....................................................................... 17

Nota 5 – Investimentos e Aplicações Temporárias de Longo Prazo .................................... 17

Nota 6 – Demais Créditos e Valores de Curto e Longo Prazo e Ajuste para Perda em Créditos de
Longo Prazo ............................................................................................................. 18

Nota 7 - Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo................................................. 19

Nota 8 - Demais obrigações de Curto e Longo Prazo...................................................... 20

Nota 9 – Provisões de Longo Prazo .............................................................................. 21

Nota 10– Valorização e ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos ....................... 25

Nota 11 – Patrimônio Líquido Negativo ........................................................................ 25

Nota 12 – Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras ............................................... 25

Nota 13 – Outras Variações Patrimoniais Aumentativas................................................... 26

Nota 14 – Outras Variações Patrimoniais Diminutivas ..................................................... 26

Nota 15 – Taxa de Administração CAIXA ...................................................................... 26

Nota 16 – Partes Relacionadas .................................................................................... 27

1
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Patrimonial
Em milhares de reais

EQUIPE TÉCNICA

Anderson Távora Fernandes Botelho


Consultor Matriz
Caixa Econômica Federal
anderson.botelho@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-6601

Norton Caetano Vasconcelos


Consultor Matriz
Caixa Econômica Federal
norton.vasconcelos@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-6603

Giselle Batista de Noronha


Gerente Executivo
Caixa Econômica Federal
giselle.noronha@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-6665

Paulo Roberto Ruas G. Junior


Gerente Nacional
Caixa Econômica Federal
paulo-roberto.junior@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-6610

EQUIPE TÉCNICA - BALANÇO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO

Ricardo Jesuino Monteiro de Abreu


Gerente Executivo
Caixa Econômica Federal
ricardo.m.abreu@caixa.gov.br
Fone: (61) 3206-9748

COLABORAÇÃO

Kelly Emanuela Bezerra Honório


Gerente Executivo
Caixa Econômica Federal
kelly.honorio@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-8078

Rodrigo Schekiera Franco dos Santos


Gerente Nacional
Caixa Econômica Federal
rodrigo.f.santos@caixa.gov.br
Fone: (61) 3521-8080

GECTC - Gerência Nacional Contabilidade de Terceiros


Fone: (61) 3521 - 6610
GECVS – Gerência Nacional Administração do FCVS
Fone: (61) 3521 - 8079
GEIFI – Gerência Nacional Controle e Informações Financeira
Fone: (61) 3206 - 9121

2
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Patrimonial
Em milhares de reais

Balanço Patrimonial

Descrição 2020 2019


Ativo 17.014.037 16.939.998
Ativo Circulante 13.743.956 13.467.240
Caixa e Equivalentes de Caixa (Nota 4) 13.716.226 13.299.406
Demais Créditos e Valores de Curto Prazo (Nota 6) 27.730 167.834
Ativo não Circulante 3.270.081 3.472.758
Invest. e Aplicações Temporárias de Longo Prazo (Nota 5) 295.992 344.625
Demais Créditos e Valores de Longo Prazo (Nota 6) 3.908.402 4.071.016
(-) Ajuste para Perdas em Créditos de Longo Prazo (Nota 6) (934.313) (942.883)

Passivo 133.043.229 123.632.993


Passivo Circulante 14.757.722 12.006.725
Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo (Nota 7) 14.790 50.131
Demais obrigações de Curto Prazo (Nota 8) 14.742.932 11.956.594
Passivo não Circulante 118.285.507 111.626.268
Provisões de Longo Prazo (Nota 9) 31.933.237 25.753.424
Demais obrigações de Longo Prazo (Nota 8) 86.352.270 85.872.844

Patrimônio Líquido Negativo (Nota 11) (116.029.192) (106.692.995)


Capital Social 407.375 407.375
Resultados Acumulados (116.436.567) (107.100.370)

3
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstrações das Variações Patrimoniais
Em milhares de reais

Demonstração das Variações Patrimoniais

Descrição 2020 2019


VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 4.532.514 12.453.146
Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 848.590 1.375.447
Juros de Antecipações de Créditos aos Agentes Financeiros 97.436 306.939
Juros e Encargos de Mora 8.638 93.481
Variações Monetárias 11.002 15.738
Remuneração de Depósitos Bancários e Aplicações Financeiras 716.879 940.156
Outras Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 14.635 19.133
Valorização e Ganhos c/ Ativos e Desincorporação de Passivos (Nota 10) 2.138.590 1.497.681
Ganhos com Desincorporação de Passivos - Novação 2.138.590 1.497.681
Outras Variações Patrimoniais Aumentativas (Nota 13) 1.545.334 9.580.018
Reversão de Provisões - Avaliação Atuarial 1.522.994 9.577.634
Diversas Variações Patrimoniais Aumentativas 22.210 2.384
Variação Patrimonial Aumentativa a Classificar 130 -

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS 13.868.711 8.045.865


Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 152.032 162.992
Indenizações dos Agentes Financeiros e Remunerações 152.032 162.992
Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras (Nota 12) 5.341.399 5.313.522
Juros de Resíduos de Contratos Homologados 5.324.222 5.062.877
Variações Monetárias 17.177 250.645
Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação de Passivos 403.645 96.438
Ajustes para Perdas de Contribuições e Contraprestações em Atraso 27.620 96.438
Desincorporação de Ativos 376.025 -
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas (Nota 14) 7.971.635 2.472.913
Provisões para Ações Judiciais, Avaliação Atuarial e RNV 7.936.207 2.438.088
Diversas Variações Patrimoniais Diminutivas 35.428 34.825

RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO (9.336.197) 4.407.281

4
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Em milhares de reais

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Patrimônio/ Resultados
Especificação Total
Capital Social Acumulados
Saldo Inicial do Exercício 2019 407.375 (111.507.651) (111.100.276)
Resultado Patrimonial do Exercício - 4.407.281 4.407.281
Saldo Final do Exercício 2019 407.375 (107.100.370) (106.692.995)
Resultado Patrimonial do Exercício - (9.336.197) (9.336.197)
Saldo Final do Exercício 2020 407.375 (116.436.567) (116.029.192)

5
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstração do Fluxo de Caixa
Em milhares de reais

Demonstração do Fluxo de Caixa

DESCRIÇÃO 2020 2019


FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 416.820 467.021
INGRESSOS 823.891 1.014.749
Receitas Derivadas e Originárias 788.227 1.014.744
Receita de Serviços 89.445 101.985
Remuneração das Disponibilidades 698.782 912.759
Outros Ingressos Operacionais 35.664 5
Ingressos Extraorçamentários (75) 5
Demais Recebimentos 35.739 -
DESEMBOLSOS (407.071) (547.728)
Taxa de Administração CAIXA (135.478) (159.721)
Ações Judiciais (261.607) (2.172)
Acordo Judicial BRJ - (353.503)
Demais Despesas (9.985) (32.332)
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 416.820 467.021
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA INICIAL 13.299.406 12.832.385
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA FINAL 13.716.226 13.299.406

6
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Orçamentário
Em milhares de reais

RECEITA
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS PREVISÃO INICIAL PREVISÃO ATUALIZADA RECEITAS REALIZADAS SALDO
Não auditado Não Auditado Não Auditado
RECEITAS CORRENTES 968.098 968.098 788.227 (179.871)
Receita Patrimonial 857.909 857.909 698.782 (159.126)
Valores Mobiliários 857.909 857.909 698.782 (159.126)
Receitas de Serviços 110.189 110.189 89.445 (20.745)
Serviços e Atividades Financeiras 110.189 110.189 89.445 (20.745)
Outras Receitas Correntes - - - -
Indenizações, Restituições e - - - -
Ressarcimentos
SUBTOTAL DE RECEITAS 968.098 968.098 788.227 (179.871)
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO 968.098 968.098 788.227 (179.871)
DEFICIT - -
TOTAL 968.098 968.098 788.227 (179.871)
DESPESA
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO ATUALIZADA DESPESAS EMPENHADAS DESPESAS LIQUIDADAS DESPESAS PAGAS SALDO DA DOTAÇÃO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
Outras Despesas Correntes 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
SUBTOTAL DAS DESPESAS 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
SUBTOTAL COM 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
REFINANCIAMENTO
TOTAL 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
ANEXO 1 - DEMONSTRATIVO DE EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS INSCRITOS EM 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO ANTERIOR LIQUIDADOS PAGOS CANCELADOS SALDO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 564.648 534 534 564.113 -
Outras Despesas Correntes 564.648 534 534 564.113 -
TOTAL 564.648 534 534 564.113 -
ANEXO 2 - DEMONSTRATIVO DE EXECUÇÃO RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NAO PROCESSADOS LIQUIDADOS
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS INSCRITOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES INSCRITOS EM 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO ANTERIOR PAGOS CANCELADOS SALDO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 84 1.697 1.781 - -
Outras Despesas Correntes 84 1.697 1.781 - -
TOTAL 84 1.697 1.781 - -

7
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Financeiro
Em milhares de reais

Balanço Financeiro

INGRESSOS DISPÊNDIOS

ESPECIFICAÇÃO 2020 2019 ESPECIFICAÇÃO 2020 2019


Receitas Orçamentárias 788.227 1.021.549 Despesas Orçamentárias 451.258 1.104.740
Ordinárias - - Ordinárias - -
Vinculadas 788.227 1.021.549 Vinculadas 451.258 1.104.740
Previdência Social (RPPS) - - Previdência Social (RPPS) - -
Outros Recursos Vinculados a Fundos, Órgãos e Programas 788.227 1.021.549 Outros Recursos Vinculados a Fundos, Órgãos e Programas 451.258 1.104.740
Recursos a Classificar - - Recursos a Classificar - -
(-) Deduções da Receita Orçamentária - -
Transferências Financeiras Recebidas - - Transferências Financeiras Concedidas - -
Resultantes da Execução Orçamentária - - Resultantes da Execução Orçamentária - -
Independentes da Execução Orçamentária - - Independentes da Execução Orçamentária - -
Aporte ao RPPS - - Aporte ao RPPS - -
Aporte ao RGPS - - Aporte ao RGPS - -
Recebimentos Extraorçamentários 82.166 566.349 Pagamentos Extraorçamentários 2.315 9.332
Inscrição dos Restos a Pagar Processados 8.129 1.697 Pagamento dos Restos a Pagar Processados 1.780 -
Inscrição dos Restos a Pagar Não Processados 38.373 564.647 Pagamento dos Restos a Pagar Não Processados 535 9.332
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados -75 5 Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados - -
Outros Recebimentos Extraorçamentários 35.739 - Outros Pagamentos Extraorçamentários - -
Demais Pagamentos - -
Saldo do Exercício Anterior 13.299.406 12.825.580 Saldo para o Exercício Seguinte 13.716.226 13.299.406
Caixa e Equivalentes de Caixa (i) 13.299.406 12.825.580 Caixa e Equivalentes de Caixa (i) 13.716.226 13.299.406
TOTAL 14.169.799 14.413.478 TOTAL 14.169.799 14.413.478
* O balanço Financeiro não é auditado

8
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Nota 1 - Contexto operacional

O Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS (“FCVS” ou “Fundo”) foi instituído pela Resolução
nº 25 do Conselho de Administração do Banco Nacional da Habitação – BNH (“BNH”), de 16 de junho de
1967, transferido sucessivamente para a Caixa Econômica Federal – CAIXA (“CAIXA”), Banco Central do
Brasil, Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente e Ministério da Fazenda pelo Decreto-Lei nº
2.291, de 21 de novembro de 1986, Resolução/CMN nº 1.277, de 20 de março de 1987, Decreto-Lei nº
2.406, de 5 de janeiro de 1988 e Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989, respectivamente.

Destaca - se que o FCVS é um fundo público, regido pelas Leis n° 9.443 de 14 de março de 1997 e n°
10.150 de 21 de dezembro de 2000, vinculado à estrutura do Ministério da Economia (ME) cuja
administração compete à CAIXA, que a realiza segundo normas e diretrizes determinadas pelo Gestor do
Fundo, o Conselho Curador do FCVS (CCFCVS), órgão de deliberação colegiada integrante da estrutura do
ME.

O FCVS é uma unidade integrante do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS), sendo integralmente
consolidado no Balanço Geral da União (BGU).

Em cumprimento ao que determina o inciso VIII do art. 14 do Capítulo IV do Regulamento do CCFCVS, anexo
ao Decreto nº 4.378 de 16 de setembro de 2002, compete à CAIXA, na qualidade de Administradora do
FCVS, a elaboração da proposta de orçamento do Fundo.

O orçamento aprovado é encaminhado ao órgão de planejamento orçamentário da União para composição


da Lei Orçamentária Anual - LOA e norteia o planejamento das atividades de administração do Fundo pela
CAIXA.

1.1 FCVS - Garantia

Em 29 de dezembro de 2009, foi publicada a Medida Provisória (“MP”) nº 478, que dispõe sobre a extinção
da Apólice do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH (“SH/SFH”), a partir de
1º de janeiro de 2010, bem como veda a contratação, a partir de 29 de dezembro de 2009, do SH/SFH,
cujo equilíbrio é assegurado pelo FCVS, nos termos do Decreto-Lei nº 2.406, de 5 de janeiro de 1988, para
novas operações de financiamento ou operações já firmadas em apólice de mercado.

Conforme Art. 3º da MP nº 478/2009, a partir de 1º de janeiro de 2010, os contratos de financiamento já


celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH (“SFH”), com cláusula prevendo os seguros
da apólice de que trata o caput do Art. 2º da referida MP do saldo devedor de financiamento imobiliário (em
caso de morte ou invalidez permanente do mutuário), das despesas relacionadas à cobertura de danos físicos
ao imóvel e da responsabilidade civil do construtor, observadas as mesmas condições atualmente existentes
naquela apólice, passaram a contar com cobertura pelo FCVS.

9
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A MP nº 513 de 26 de novembro de 2010, convertida na Lei nº 12.409 de 25 de maio de 2011, autoriza o


FCVS a assumir, na forma disciplinada em ato do CFCVS, direitos e obrigações do SH/SFH, oferecendo
cobertura direta a contratos de financiamento habitacional averbados na apólice do SH/SFH, constituindo-
se assim o FCVS Garantia.

1.2 Objetivos

O FCVS tem como objetivos básicos:

(i) Garantir o limite de prazo para a amortização das dívidas contraídas pelos adquirentes de unidades
habitacionais, no âmbito do SFH, respondendo pela cobertura dos saldos devedores residuais aos
Agentes Financeiros;

(ii) Assumir, em nome do mutuário, os descontos concedidos pelos Agentes Financeiros do SFH, nas
liquidações antecipadas e nas transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a
legislação da regência;

(iii) Garantir o equilíbrio do SH/SFH, permanentemente e em nível nacional; e

(iv) Liquidar as operações remanescentes do extinto Seguro de Crédito.

1.4 Fontes de Recursos

As principais fontes de recursos são:

(i) Dotação orçamentária da União, prevista na Resolução do Conselho do BNH (“RC/BNH”) nº 25, de 16
de junho de 1967, e nos Decretos-Lei nº 2.164, de 19 de setembro de 1984, e nº 2.406, de 5 de janeiro
de 1988 e Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000;

(ii) Contraprestações dos agentes financeiros relativas ao SH/SFH;

(iii) Rendas das aplicações dos recursos disponíveis, efetuadas por intermédio da CAIXA;

(iv) Outras fontes de recursos estão definidas no Decreto-Lei n° 2.164, de 19 de setembro de 1984, Decreto-
Lei n°2.406, de 05 de janeiro de 1988, e lei n° 10.150, de 21 de dezembro de 2000.

1.5 Novações

A Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000, dispõe sobre a novação de dívidas e responsabilidades do


FCVS e altera o Decreto-Lei nº 2.406.

Os principais fatos contidos na referida Lei são os seguintes:

(i) As dívidas do FCVS, com as instituições financiadoras, poderão ser objeto de novação, a ser celebrada
entre cada credor e a União;

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(ii) A novação observará as seguintes condições:

 O pagamento da dívida do FCVS será efetuado por meio da emissão de títulos com prazo de até
trinta anos, contados a partir de 1º de janeiro de 1997, sendo 8 anos de carência para o
pagamento dos juros e 12 anos para o pagamento do principal, mediante a formalização de
contratos entre a União e os agentes financeiros.

 A remuneração dos títulos é equivalente à Taxa Referencial - TR, acrescida de juros calculados a
6,17% a.a. para operações firmadas com recursos próprios ou lastreadas com recursos dos
fundos geridos pelo extinto BNH, exceto FGTS, ou a 3,12% a.a. para operações lastreadas com
recursos do FGTS.

(iii) Isenção da contribuição trimestral a partir de janeiro de 2001 para os agentes financeiros que não
estejam captando depósitos de poupança (art.12, inciso II § 1º);

(iv) Possibilidade de utilização dos títulos decorrentes da dívida novada na aquisição de bens e direitos no
âmbito do Programa Nacional de Desestatização – PND;

(v) Ratificação da alteração da alíquota da contribuição trimestral dos agentes financiadores do SFH que
passou de 0,025% sobre o saldo dos financiamentos imobiliários para 0,1%, podendo ser paga, em até
75%, com títulos recebidos quando da novação da dívida do FCVS, conforme Lei nº 10.150, de 21 de
dezembro de 2000; e

(vi) Os recursos do FUNDHAB foram transferidos para o FCVS, sendo extintas suas contribuições.

A Lei n° 13.932, de 11 de dezembro de 2019, dispõe sobre a dívida do Fundo e soluciona questões que
impactavam a concretização de novações. A Lei apresenta conforto legal para pontos em relação aos quais
a Lei n° 10.150/2000 era omissa e pacificou-se a problemática envolvendo o plano amostral utilizado pela
auditoria interna da CAIXA para avaliar as homologações de contratos realizadas pela Administradora.

Nota 2 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis (DCON) são elaboradas em consonância com as Normas Brasileiras de


Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

As Demonstrações Contábeis abrangem também os dispositivos da Lei nº 4.320/1964, do Decreto-Lei nº


200/1967, do Decreto nº 93.872/1986, da Lei nº 10.180/2001 e da Lei Complementar nº 101/2000.
Considera também na elaboração das demonstrações contábeis o Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (MCASP) e o Manual SIAFI, ambos da Secretaria do Tesouro Nacional (ME/STN).

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Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As DCON foram elaboradas a partir das informações constantes no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI) e tiveram como escopo as informações consolidadas das contas
contábeis das unidades Ministério da Economia administração direta que é integrante do Orçamento Fiscal
e da Seguridade Social (OFSS).

Os itens 21 e 22 da NBC TSP 11 – Apresentação das Demonstrações Contábeis apresentam quais as


demonstrações que constituem o conjunto completo de demonstrações contábeis e esclarece que tais
demonstrações podem ter outras nomenclaturas definidas conforme normas específicas ou de acordo com a
legislação aplicável, desde que evidenciem as informações conforme seus dispositivos e das demais NBC
TSP. É o caso, por exemplo, da Demonstração do Resultado e da Demonstração de Informações
Orçamentárias, as quais, em decorrência da legislação brasileira, são denominadas Demonstração das
Variações Patrimoniais e Balanço Orçamentário, respectivamente.

Cumpre destacar ainda que a NBC TSP 11 não prevê o Balanço Financeiro, porém, sua elaboração e
publicação é obrigatória por força do art. 101 da Lei nº 4.320/1964.

Dessa forma, conjugando as disposições legais e aquelas contidas na NBC TSP 11, as estruturas e a
composição das Demonstrações Contábeis estão de acordo com o padrão da contabilidade aplicada ao
setor público brasileiro e são compostas por:

I. Balanço Patrimonial (BP);


II. Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP);
III - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
IV. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
V. Balanço Orçamentário (BO);
VI. Balanço Financeiro (BF);
VII. Notas Explicativas, compreendendo a descrição sucinta das principais políticas contábeis e outras
informações elucidativas; e

VIII. Informação comparativa com o período anterior.

As presentes demonstrações contábeis foram aprovadas pelo Conselho de Fundos Governamentais e Loterias
da CAIXA em 19 de abril de 2021.

2.1 Resumo dos Principais Critérios e Políticas Contábeis

A seguir, são apresentados os principais critérios e políticas contábeis adotados no âmbito do FCVS, tendo
em consideração as opções e premissas do modelo da contabilidade aplicada ao setor público.

(a) Moeda funcional

As demonstrações contábeis são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação
do FCVS.

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(b) Caixa e equivalentes de caixa

Os valores reconhecidos como caixa e equivalente de caixa são representados por depósitos bancários,
recursos aplicados na conta única do tesouro e pelas aplicações financeiras em operações compromissadas,
em moeda nacional, e refletem o montante pactuado da transação. Caracterizam-se pela alta liquidez, são
considerados na gestão dos compromissos de curto prazo, contratados com prazo de vencimento igual ou
inferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de valor justo.

(c) Investimentos e Aplicações Temporárias de Longo Prazo

São representados pelos títulos securitizados CVS recebidos dos agentes financeiros no recolhimento de
contribuições trimestrais, a serem resgatados em 30 anos, a contar de 01 de janeiro de 1997, com carência
de 8 anos para o recebimento de juros e 12 anos para o recebimento de principal e classificados na categoria
mantidos até o vencimento.

(d) Demais Créditos e Valores de Curto e Longo Prazo

Saldo referente às antecipações de créditos aos agentes financeiros, contribuições mensais e trimestrais em
atraso, diferencial de 0,75% das contribuições trimestrais, contraprestações a receber, parcelamento de
contraprestações, glosa a receber, contraprestações e prêmios em atraso.

Até novembro de 2016 as contraprestações a receber em atraso devidas pelos agentes financeiros estavam
registradas pelo valor líquido, considerando as contraprestações a devolver. A partir de dezembro do mesmo
ano essas contraprestações a devolver passaram a ser registradas em subconta do passivo.

(e) Ajuste para Perdas em Créditos de Longo Prazo

Até novembro de 2014 eram provisionadas 100% das contribuições mensais (adquirentes) e trimestrais
(agentes) em atraso há mais de 180 dias dos agentes financeiros do SFH. A partir de dezembro de 2014, são
provisionadas as contribuições em atraso dos agentes financeiros que não possuem créditos suficientes junto
ao FCVS (compromissos assumidos em agentes do SFH). Ressalta-se que a Lei nº 10.150/2000, em seu
artigo 3º, inciso I, normatiza que a novação será feita mediante prévia compensação entre eventuais débitos
e créditos das instituições financeiras junto ao FCVS.

Com relação às contraprestações, até dezembro de 2016 eram provisionados 100% dos valores em atraso
há mais de 180 dias. A partir de janeiro de 2017, passou a ser provisionada somente a diferença, por agente
financeiro, entre as contraprestações devidas e os créditos de sinistros (indenizações) desses agentes junto ao
FCVS.

(f) Passivos

As obrigações são evidenciadas por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos
correspondentes encargos das variações monetárias ocorridas até a data das demonstrações contábeis.

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Para a classificação de passivos circulante e não circulante foi utilizado critério de acordo com a NBC TSP 11,
segregando, por estimativa, os valores realizáveis nos 12 meses seguintes e acima de 12 meses.

(g) Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo

Representados pela Remuneração dos Agentes Operadores e no âmbito da negociação/parcelamento de


dívida da extinta Apólice do SH/SFH, devidas sobre prêmios/contraprestações em atraso (Portaria Ministério
da Fazenda nº 243 de 28/07/2000 e Res. CCFCVS nº 267 e 286/2010).

(h) Provisões

As provisões são reconhecidas quando a possibilidade de saída de recursos no futuro é provável e é possível
estimar com confiabilidade o seu valor. São atualizadas até a data das demonstrações contábeis pelo
montante provável de perda, observadas suas naturezas e os relatórios técnicos emitidos pelas áreas
responsáveis.

(i) Demais Obrigações de Curto e Longo Prazo

Representadas pelos resíduos de contratos liquidados e homologados, os quais são corrigidos


monetariamente com base na TR – taxa referencial e juros contratuais de 3,12% para operações lastreadas
com recursos do FGTS e 6,17% para outras operações.

• Provisão para contratos não validados - RNV

Representa os compromissos a serem assumidos referentes aos contratos que estão no status de Relação de
Créditos Não Validados (RNV) decorrentes dos contratos com saldos residuais de financiamentos
homologados e não validados pelos agentes financeiros, calculados por meio da avaliação atuarial.

Registrada pelo cálculo da média dos últimos três anos da reversão dos contratos com RNV, tanto daqueles
que tinham saldo de ressarcimento do FCVS, quanto dos que estavam com negativa de cobertura,
calculando-se o valor médio destas reversões, ou seja, da evolução entre o saldo do contrato com
cadastramento de RNV e seu saldo após a reversão para RCV – Relação de Contratos Validados.

(j) Provisões de Longo Prazo

Compostas pelos Resíduos de Contratos Liquidados, Contratos Ativos, Passivo Contingente, Provisão para
Contratos em Multiplicidade e Provisão para Ações Judiciais. Com exceção das provisões para ações
judiciais, acompanhadas e calculados pela área jurídica da CAIXA, são registradas com base em cálculos
atuariais elaborados por atuário contratado de acordo com os critérios descritos na Nota 9. O CCFCVS
estabeleceu por meio da Resolução nº 119/2001 que as informações necessárias à elaboração do cálculo
atuarial fossem fornecidas pelos agentes financeiros, na forma e no modelo definidos e divulgados pela
Administradora do FCVS, até o dia 31 de agosto de cada ano, posicionadas em 30 de junho do ano
correspondente.

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• Riscos Expirados e Não Expirados

Referem-se aos contratos habitacionais liquidados e ainda de posse dos agentes financeiros ou da CAIXA
administradora do Fundo, aguardando análise, e aos contratos ativos cujo prazo ainda não decorreu,
calculados por meio da avaliação atuarial.

• Provisão para Ações Judiciais – Multiplicidade CADMUT

As ações judiciais contra o FCVS referem-se à cobertura dos saldos devedores no caso de múltiplos
financiamentos para contratos assinados até 05 de dezembro de 1990 (Lei nº 8.100/90) e são calculadas
por atuário independente.

A provisão, em decorrência do julgamento pelo STJ do Recurso Especial nº 1.133.869/RN, em favor do


mutuário, relativo à cobertura pelo FCVS dos contratos firmados até 05 de dezembro de 1990 e cadastrados
com multiplicidade de CADMUT, somente é constituída quando da existência de ação judicial para reverter
o reconhecimento da negativa da multiplicidade de contratos pelo Fundo.

É registrada ainda, a expectativa de condenação em ação ordinária ajuizada contra a CAIXA/FCVS, autos
34717-38.2012.401.3400, requerendo a equalização das taxas de juros dos créditos dados em pagamento
pelo Banco BRJ.

• Provisão para Ações Judiciais do FCVS Garantia - Seguradoras

São registradas as ações judiciais no âmbito do FCVS Garantia estimadas atuarialmente e estão relacionadas
às Ações Judiciais primitivas, de regresso, interruptivas e à expectativa de ressarcimentos relacionados à
administração do FCVS.

As ações judiciais primitivas estão relacionadas às obrigações passadas relativas às ações judiciais que estão
em andamento.

As ações de regresso refletem as obrigações passadas relativas às ações judiciais que tiveram origem de
seguradoras, mas que ainda estão refletidas no presente.

As ações interruptivas, por sua vez, estão relacionadas às obrigações passadas relativas as ações judiciais
que advêm de seguradoras, contudo com processo sofrendo interrupções.

As ações de expectativa de ressarcimentos relacionados à administração do FCVS refletem todas as demais


despesas incorridas de eventos, como advindos de processos jurídicos, aluguéis e desembolsos mensais com
segurança e demais despesas.

(k) Ganhos com Desincorporação de Passivos (Novações)

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Referem-se aos contratos de quitação de dívidas do FCVS, firmados entre o Tesouro e os agentes financeiros,
com a emissão de títulos securitizados CVS A, B, C e D, posição de 01 de janeiro de 1997, com vencimento
em 30 anos.

(l) Apuração do resultado

No modelo PCASP, plano de contas aplicado ao setor público, é possível a apuração dos seguintes
resultados:

a) Patrimonial;

b) Orçamentário; e

c) Financeiro.

(m) Resultado patrimonial

O resultado patrimonial é apurado na DVP pelo confronto entre as variações patrimoniais aumentativas (VPA)
e diminutivas (VPD).

A DVP tem função semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do setor privado. Entretanto,
é importante ressaltar que a DRE apura o resultado como um dos principais indicadores de desempenho da
entidade. Já no setor público, o resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, mas um medidor
do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. A DVP
permite a análise de como as políticas adotadas provocaram alterações no patrimônio público, considerando-
se a finalidade de atender às demandas da sociedade.

As VPA são reconhecidas quando for provável que benefícios econômicos fluirão para União e quando
puderem ser mensuradas confiavelmente, utilizando-se a lógica do regime de competência. A exceção se
refere às receitas tributárias e às transferências recebidas, que seguem a lógica do regime de caixa, o que é
permitido de acordo com o modelo PCASP.

As VPD são reconhecidas quando for provável que ocorrerão decréscimos nos benefícios econômicos
para a União, implicando em saída de recursos ou em redução de ativos ou na assunção de passivos,
seguindo a lógica do regime de competência. A exceção se refere às despesas oriundas da restituição de
receitas tributárias e às transferências concedidas, que seguem a lógica do regime de caixa, o que é permitido
de acordo com o modelo PCASP.

A apuração do resultado se dá pelo encerramento das contas de VPA e VPD, em contrapartida a uma conta
de apuração. Após a apuração, o resultado é transferido para conta de Superávit/Déficit do Exercício. O
detalhamento do confronto entre VPA e VPD é apresentado na Demonstração das Variações Patrimoniais.

(n) Resultado orçamentário

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

O regime orçamentário da União segue o descrito no art. 35 da Lei nº 4.320/1964. Desse modo, pertencem
ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas.

O resultado orçamentário representa o confronto entre as receitas orçamentárias realizadas e as despesas


orçamentárias empenhadas. O superávit/déficit é apresentado diretamente no Balanço Orçamentário.

(o) Resultado financeiro

O resultado financeiro representa o confronto entre ingressos e dispêndios, orçamentários e extra


orçamentários, que ocorreram durante o exercício e alteraram as disponibilidades da União.

No Balanço Financeiro, é possível identificar a apuração do resultado financeiro. Em função das


particularidades da União, pela observância do princípio de caixa único, é possível, também, verificar o
resultado financeiro na Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Nota 3 - Julgamentos e Estimativas

Na elaboração das demonstrações contábeis é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos
e passivos. As demonstrações contábeis do FCVS incluem, portanto, estimativas referentes às provisões
necessárias para passivos atuariais, provisão para contingência e provisão para contribuições em atraso. Os
resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

Estimativas e premissas são revistas de forma contínua, pelo menos anualmente. Revisões com relação a
estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em quaisquer
exercícios futuros afetados.

Nota 4 – Caixa e Equivalentes de Caixa

Representam os recursos aplicados na conta única do Tesouro Nacional acrescidos, remunerados pela taxa
TRT-diária da STN, os depósitos bancários remunerados pela taxa SELIC, e as aplicações interfinanceiras de
liquidez demonstradas pelo valor do custo, acrescido dos rendimentos auferidos, conforme demonstrado
abaixo:

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 2020 2019


Recursos da Conta Única do Tesouro 8.340.006 7.784.812
Depósitos Bancários Remunerados 11.179 689
Aplicações Interfinanceira de Liquidez 5.365.041 5.513.905
Totais 13.716.226 13.299.406

Nota 5 – Investimentos e Aplicações Temporárias de Longo Prazo

(a) Mantidos até o vencimento

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São representados por créditos securitizados, título negociável de acordo com o artigo 6º da Lei nº 10.150,
de 21 de dezembro de 2000.

Emitidos pelo Tesouro Nacional, com as seguintes características:

 Emissão em 1º de janeiro de 1997, a serem resgatados em 30 (trinta) anos;

 Taxa de juros de 3,12% ao ano, para as séries B e D e de 6,17% ao ano, para as séries A e C;

 Título registrado na Central de Custódia de Títulos Públicos – CETIP.

Os Títulos e Valores Mobiliários, representados pelos Créditos Securitizados - CVS, foram emitidos como
forma de pagamento pela novação das dívidas derivadas de contratos de financiamentos habitacionais que
tenham cobertura do FCVS, de acordo com a Lei nº 10.150/2000.

De acordo com o artigo 2º da referida lei, os saldos residuais de responsabilidade do FCVS, decorrentes das
liquidações antecipadas previstas nos § 1º, 2º e 3º, em contratos firmados com mutuários finais do SFH,
poderão ser novados antecipadamente pela União, nos termos desta Lei, e equiparadas às dívidas
caracterizadas vencidas, de que trata o inciso I do § 1º do artigo anterior, independentemente da restrição
imposta pelo § 8º do art. 1º.

Conforme o artigo 7º da referida lei, as instituições credoras do FCVS possuem a prerrogativa de optarem
pela novação das dívidas junto ao FCVS, de forma que os valores devidos por estas sejam extintos, em
contrapartida à emissão dos títulos para o Fundo.

Títulos 2020 2019

Títulos Securitizados CVS A 148.054 172.375


Títulos Securitizados CVS B 90.081 104.886
Títulos Securitizados CVS C 34.763 40.474
Títulos Securitizados CVS D 23.094 26.890
Totais 295.992 344.625
Circulante - -
Não Circulante 295.992 344.625

Este ativo registrou decréscimo de R$ 48.633 mil em relação a 2019 motivado pelo recebimento mensal de
juros desde 2005, e amortização ao percentual de 0,4608% sobre o valor nominal do ativo desde 2009,
reduzindo progressivamente o valor principal dos títulos.

Nota 6 – Demais Créditos e Valores de Curto e Longo Prazo e Ajuste para Perda em Créditos de Longo Prazo

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Descrição 2020 2019


Demais Créditos e Valores Circulante Não Circulante Circulante Não Circulante
Antecipações de Créditos aos Agentes 128 1.674.979 72 1.578.257
Recursos a Receber 1.727 250.446 125.598 569.108
Créditos - Lei nº 12.409/2011 25.875 1.503.837 8.782 1.455.931
Depósito Judicial Bloqueado - 479.140 - 467.720
Outros Créditos - - 33.382 -
Subtotais 27.730 3.908.402 167.834 4.071.016

(a) Antecipações de Créditos aos Agentes

Referem-se às antecipações de pagamentos aos agentes financeiros, pelo FCVS, até março de 1996, cujos
valores são deduzidos dos créditos a ressarcir aos agentes.

(b) Recursos a Receber

Referem-se às contribuições mensais (dos adquirentes) e trimestrais (dos Agentes Financeiros) em atraso e
diferencial de 0,75% das contribuições trimestrais devidas pelos agentes financeiros que ainda não optaram
pela novação.

(c) Créditos – Lei 12.409/2011

Referem-se aos recursos do FCVS Garantia a receber dos agentes financeiros, provenientes de
contraprestações, glosas e arrecadações remanescentes do extinto Seguro Habitacional.

Foram constituídos com a transferência dos ativos do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro de
Habitação – SH/SFH ao FCVS, em cumprimento ao art. 3º da Medida Provisória - MP nº. 478/09 e MP nº
513/10, convertidas na Lei nº 12.409/2011, apresentando saldo de R$ 1.515.291 no exercício (2019 –
R$ 1.464.713).

(d) Ajuste para Perdas de Contribuições e Contraprestações em Atraso

Corresponde às perdas esperadas no recebimento de contribuições ao FCVS e contraprestações ao FCVS


Garantia que se encontram em atraso, devidas pelos agentes financeiros que não tem créditos de resíduos
de contratos suficientes para fazer frente aos pagamentos das contribuições devidas ao Fundo,
correspondente ao valor de R$ 934.313 (2019 - R$ 942.883).

Nota 7 - Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo

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2020 2019
Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo Circulante Circulante
Remuneração dos Agentes Financeiros - 18.202
Remunerações das Seguradoras (i) - 27.203
Remunerações SUSEP (i) - 1.025
Taxa de Administração a Pagar 14.278 -
Outras 512 3.701
Totais 14.790 50.131

(i) A redução da remuneração dos Agentes Financeiros, Seguradoras e SUSEP, calculada sobre as
contraprestações em atraso deve-se à reclassificação para Demais Obrigações de Longo Prazo.

Nota 8 - Demais obrigações de Curto e Longo Prazo

Correspondem às obrigações decorrentes da cobertura financeira de contratos liquidados e homologados,


indenizações, remunerações devidas aos agentes financeiros e provisão para contratos em situação de não
validados - RNV.

Os principais saldos de agentes financeiros estão discriminados no quadro a seguir:

Quantidade
Agente Financeiro de Contratos Vencido Vincendo 2020 2019
com Saldo
CAIXA 73.079 8.854.790 227 8.855.017 8.348.842
CAIXA - Créditos Cedidos 176.762 11.242.895 17 11.242.912 10.673.014
Nacional Cred Imobiliário S.A. 203.512 31.634.857 - 31.634.857 30.601.798
Bradesco S.A. Créd. Imob. 1.554 52.530 - 52.530 210.184
Banco do Brasil /
Nossa Caixa 14.362 2.738.866 1 2.738.868 3.556.083
Nosso Banco S.A.
Econômico 107.124 12.200.952 - 12.200.952 11.020.413
Banco Itaú Unibanco/Itaú 2.072 307.642 - 307.642 333.169
Banco Santander/Real 1.483 242.234 - 242.234 227.580
EMGEA 155.020 11.265.124 484 11.265.608 10.808.360
FGTS 61.955 5.953.657 17 5.953.673 5.601.150
Outros agentes 439.769 16.236.761 214 16.236.975 15.737.956
Total
1.236.692 100.730.308 960 100.731.268 97.118.549
Contratos Homologados
Provisão para contratos em RNV 84.637 128.467
Novações não processadas do SICVS (382.760) -
Obrigações por Compromissos Assumidos 100.433.145 97.247.016
Indenizações e Remunerações 662.057 582.422
Demais Obrigações de Curto Prazo 14.742.932 11.956.594
Demais Obrigações de Longo Prazo 86.352.270 85.872.844

Do montante dos contratos homologados, o valor de R$ 15.113.104 mil está em processo de novação, com
a perspectiva de realização no exercício de 2021.

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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Na conta “Provisão para contratos em RNV” estão registradas as provisões para os contratos habilitados pelo
FCVS, porém, não validados pelos agentes financeiros.

As novações não processadas no SICVS referem-se aos contratos assinados em dezembro entre os agentes
financeiros Companhia de Habitação Popular de Campinas e EMGEA e o Tesouro.

Os compromissos assumidos com os agentes do SFH consideram, ainda, contratos com cláusula de reajuste
de prestação, pelo índice pela categoria profissional – CTP, evoluídos com base em índices transitórios
definidos em legislação específica e na documentação contratual, e não pelos índices específicos de cada
categoria.

Nota 9 – Provisões de Longo Prazo

Descrição 2020 2019


Provisões Não Circulante Não Circulante
Riscos Expirados 14.398.438 6.343.834
Contratos Habilitados e Não Habilitados 14.464.942 6.355.551
Contratos Incluídos/excluídos SICVS (66.504) (11.717)
Riscos não Expirados 1.635.514 3.122.317
Provisão para Ações Judiciais (Nota 9.c) 15.899.285 16.290.246
Outras Contas - (2.973)
Totais 31.933.237 25.753.424

(a) Riscos Expirados

É incluído o montante de recursos necessários à cobertura dos compromissos com contratos liquidados por
decurso de prazo ou liquidados antecipadamente ou transferidos com descontos que geraram valores de
responsabilidade do Fundo, ainda não homologados e com contratos não habilitados ainda em poder dos
agentes financeiros, calculados por meio da avaliação atuarial.

Os Riscos Expirados são compostos pelos contratos habilitados e não habilitados ajustados pelas inclusões e
exclusões de contratos no sistema SICVS.

A variação dos Riscos Expirados em 2020 deve-se, basicamente, ao aumento da quantidade de contratos
não habilitados em poder dos agentes financeiros e que não estão homologados no sistema do FCVS
(415.263 – 2020 e 134.991 – 2019) aliada ao incremento do valor médio dos contratos (R$ 29.668 –
2020 e R$ 27.461 – 2019).

A variação na quantitativo deve-se ao conservadorismo adotado pelo atuário, de considerar na avaliação de


2020 todos os contratos não justificados pelo agente financeiro e com cobertura do FCVS.

Nessa parcela de contratos existe variabilidades cadastrais que ficam sob responsabilidade do agente
financeiro quanto a completude e veracidade dos dados enviados para a avaliação atuarial.

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A tendência para os contratos é que se reduzam ao longo do tempo visto que os contratos ativos se mostram
cada vez mais escassos e o objetivo do Fundo em habilitar em número crescente os contratos em posse dos
agentes financeiros.

(b) Riscos não Expirados

Estão classificados nesta reserva técnica os valores atuariais relativos aos saldos devedores residuais de
contratos de financiamentos habitacionais que ainda não foram encerrados, ou seja, aos contratos ativos ou
em fase de amortização pelos mutuários do SFH, as despesas administrativas futuras, as contribuições futuras
ao FCVS, a despesa com sinistro de crédito e o resultado esperado para o FCVS Garantia.

Foram projetadas despesas financeiras com hipótese de crescimento nos próximos anos, até que a grande
maioria dos contratos já estejam ao menos habilitadas no SICVS, posteriormente se entende que os custos
médios se manterão e decaiam até a extinção.

(c) Provisão para Ações Judiciais

Composto pela provisão para ações judiciais – FCVS movidas contra a CAIXA, em nome do Fundo, provisão
para ações judiciais de multiplicidade – FCVS e pela provisão para ações judiciais – FCVS Garantia movidas
contra as seguradoras, em que a CAIXA é chamada a integrar a lide, calculada por meio da avaliação
atuarial, apresentando no exercício a seguinte composição:

Descrição 2020 2019


Provisões para ações judiciais – FCVS 737.226 704.578
Seguro Apólice Pública - FCVS Garantia 27.434 29.531
Provisões para ações judiciais de multiplicidade – FCVS (i) 398.634 248.983
Provisões para ações judiciais – FCVS Garantia 14.735.991 15.307.154
Total 15.899.285 16.290.246

(i) Em 31 de agosto de 2020 foram identificados 3.524 contratos (2019 – 2.233) com multiplicidade
(indício ou caracterizada) e com ação judicial em andamento, calculado por meio da avaliação
atuarial.

(d) Avaliação Atuarial

O cálculo atuarial é efetuado por atuário externo (Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda), que emitiu
relatório em 15 de janeiro de 2021.

O objetivo é o de apresentar as conclusões acerca da Avaliação Atuarial, para a data-base 31/08/2020,


realizada no FCVS, com o intuito de verificar o correto dimensionamento do passivo atuarial do FCVS, FCVS-
Garantia e SCA (Seguro de Crédito do Adquirente).

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A seguir são transcritas contextualização, base de dados e conclusão do referido Relatório de Avaliação
Atuarial do FCVS:

“Consideramos os dados fornecidos pela Administração do Fundo relativos às informações contábeis e


gerenciais das operações realizadas no âmbito do FCVS, com data-base de 31/08/2020, assumindo como
válidas tanto as informações dos agentes financeiros quanto as informações recebidas da Caixa Econômica
Federal.

Levamos em conta tanto as premissas do cenário, cujos índices são fornecidos pela Secretaria de Política
Econômica do Ministério da Fazenda – SPE/MF, quanto a dinâmica dos fluxos de contribuições ao FCVS e de
liquidação das obrigações do Fundo.

Com base nas informações, realizamos o batimento das informações recebidas dos Agentes Financeiros com
as do sistema [SICVS] e com as do sistema [SICDM], batimento este que conduz à definição do tamanho do
universo de contratos a considerar. Essas informações posteriormente foram alvo de uma depuração no
cadastro [SICDM], em função da resposta dos Agentes Financeiros aos relatórios de batimento.

Observa-se que a evolução do número de contratos conhecidos e com cobertura do FCVS segue a tendência
esperada e que o incremento no volume de demandas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH
compromete valores superiores à totalidade dos recursos acumulados e tende a fazer o FCVS recorrer
crescentemente ao Tesouro Nacional.

Seguindo a tendência de exercícios anteriores, nota-se que houve uma redução no incremento do resultado
negativo esperado para o FCVS Garantia decorrente do encerramento do custeio que era pago às seguradoras
pela gestão administrativa das causas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH nas quais as seguradoras
estão envolvidas.

Com base no exposto acima e levando em consideração os trabalhos documentados ao longo do relatório
atuarial, foi concluído que o Balancete Atuarial do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
referente a 31/08/2020 espelha adequadamente os direitos e as obrigações do FCVS nessa data e busca
preservar margem de segurança capaz de absorver oscilações inerentes a todo processo aleatório avaliado
atuarialmente, especialmente aqueles que se valem de coleções de dados formadas ao longo de muitos anos
e alimentadas por variados fornecedores.”

• Base de Dados:

“O universo de contratos considerados na avaliação atuarial é composto por contratos de três fontes distintas,
uma base contendo os contratos disponibilizada pelos agentes financeiros, o sistema de cadastro de mutuários
(SICDM ou CADMUT) e o Sistema do FCVS (SICVS). A necessidade de consulta em fontes distintas se dá pelo
fato de não haver um sistema contendo todos os contratos unificados livre de distorções.

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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A fonte principal, o SICDM, tem por finalidade de criação ser o sistema de “Cadastro Único dos Mutuários do
SFH”. Nele são registrados todos os financiamentos contratados no âmbito do Sistema Financeiro de
Habitação – SFH, alguns por suas características atendem os critérios para serem cobertos pelo FCVS. A
identificação de cobertura do FCVS é obrigatória em campo específico para o cadastro SICDM. Um dos
problemas levantados referentes aos cadastros são as duplicidades, que possuem como possíveis causas o
acúmulo de financiamento por um mesmo mutuário ou o registro de contratos que já estão presentes do
SICDM por outro agente financeiro por motivos de venda, cessão ou transferência. Apesar dos problemas
apresentados o SICDM ainda é a fonte de dados mais confiável quando se trata de quantitativo para nossa
finalidade devido ao trabalho contínuo do GECVS para acurácia dos dados.

Em conhecimento dos quantitativos é necessário quantificar os saldos de responsabilidades do FCVS, nesse


caso a fonte de informação mais acurada é o SICVS que possui o universo de contratos que já foram
habilitados, principalmente a partição dos contratos já homologados, contratos aos quais os valores devidos
já são de conhecimento pelo FCVS. Porém, essa fonte contempla apenas os contratos liquidados, desta forma
foi necessário encontrar uma alternativa para a evolução dos contratos ativos.

A solução encontrada foi solicitar aos agentes financeiros o envio de informações detalhadas sobre os
contratos ainda sob sua responsabilidade, segmentados em contratos ativos e contratos liquidados não
habilitados ao FCVS.

Em posse dessas três fontes é possível realizar o cruzamento entre elas e obter o total de contratos a serem
considerados na avaliação atuarial.

Em vista das movimentações ocorridas é possível acreditar que estão dentro da normalidade uma vez que
contratos do SICDM continuam a evoluir dado que são registrados todos os contratos de financiamento
habitacional não somente referentes aos cobertos pelo FCVS, porém em relação aos contratos ativos e
liquidados ocorrem um leve acréscimo nos contratos. Isso se deve ao refinamento do processo que foi mais
acurado em relação ao ano anterior.

Dos contratos com cobertura do FCVS o número total de contratos não vem sofrendo grandes variações ao
longo dos exercícios, o crescimento observado foi fruto do refinamento da metodologia empregada nas
análises desse exercício.”

• Critérios utilizados para Construção do DRAA FGar:

“O DRAA-FGAR reflete a relação do FCVS (através do FGAR) com os Agentes Financeiros e com os
intervenientes na extinta Apólice Pública do SH/SFH (como Seguradoras e SUSEP), registrando os direitos e
obrigações, como consequência dos riscos cobertos ou como contrapartida de prêmios e contraprestações
recebidas ou a receber por conta da existência dessas coberturas.

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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Tem, portanto, como objetivo final o aferimento da capacidade do FCVS em honrar as obrigações associadas
ao FCVS Garantia – extinto Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH, ou, mais
precisamente, aferir a diferença entre tais obrigações e os direitos associados às mesmas e medir a dimensão
do Déficit Atuarial existente.

Por meio da avaliação atuarial do FCVS Garantia é possível determinar adequadamente a parcela referente
aos riscos securitários no déficit técnico do FCVS. O formato do DRAA-FGAR pode sofrer alterações ao longo
dos anos de forma a quantificar as contribuições de cada item do resultado esperado do FCVS garantia. Para
o exercício de 2020 o formato permaneceu inalterado.”

Nota 10– Valorização e ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos

Em 2020 foram realizadas as seguintes novações nos termos da Lei nº 10.150/2000:

Agentes Financeiros Valor Bruto Deduções Líquido 2020 Líquido 2019


Econômico - Nossa Caixa 472.729 23.828 448.901 -
EMGEA 56.612 450 56.162 -
Clube Naval 20.958 1.497 19.461 -
ECONOMISA 68.077 1.008 67.069 -
FHE 4.973 549 4.424 -
Banco Nacional SA 1.160.107 294 1.159.814 1.497.681
COHAB-CP 30.100 1 30.100 -
EMGEA 352.660 - 352.660 -
Total 2.166.216 27.626 2.138.590 1.497.681

As novações são realizadas diretamente pelo Tesouro Nacional perante os agentes credores do FCVS, não
implicando passagem dos títulos CVS pelo patrimônio do Fundo.

A origem de recursos dos financiamentos (própria ou FGTS) e a taxa de juros dos contratos são fatores
determinantes do valor de cada processo de novação.

Nota 11 – Patrimônio Líquido Negativo

O patrimônio líquido é constituído pela responsabilidade da União no capital do FCVS e pelos resultados
acumulados.

Composto pela conta Capital Social no valor de R$ 407.375 mil (2019 – R$ 407.375 mil) e pela conta
Déficit Acumulado, no valor de R$ 116.436.567 mil (2019 – R$ 107.100.370 mil). O resultado neste
exercício foi negativo em R$ 9.336.197 mil (2019 – positivo em R$ 4.407.281 mil), totalizando um
patrimônio líquido negativo de R$ 116.029.192 mil (2019 – R$ 106.692.995 mil).

Nota 12 – Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras

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Descrição 2020 2019


Atualização monetária e juros de contratos homologados (i) 5.324.467 5.062.991
Reversão de contratos evoluídos/excluídos 16.932 31.622
Desreconhecimento de antecipação concedida - 3.944
Atualizações e juros sobre antecipações de créditos aos agentes (ii) - 214.965
Total 5.341.399 5.313.522

A variação em relação ao exercício anterior decorre principalmente:

(i) do aumento dos contratos homologados;

(ii) da alteração do registro dos Juros decorrentes das Antecipações de Créditos aos Agentes Financeiros
que, em 2020, passaram a ser registrados a débito de receita.

Nota 13 – Outras Variações Patrimoniais Aumentativas

Descrição 2020 2019


Reversão de passivo atuarial 1.486.803 9.460.638
Atualização monetária sobre contraprestações/Dep. Bloqueados - 1.241
Receita de contribuições e glosa 22.210 2.384
Receita de contribuições a Classificar 130 -
Reversão de provisões/despesas 36.191 115.755
Total 1.545.334 9.580.018

Nota 14 – Outras Variações Patrimoniais Diminutivas

Descrição 2020 2019


Indenizações e devol. de contraprestações e desp causas jurid. 35.428 33.776
Provisão para ações judiciais - Multiplicidade FCVS 180.201 6.225
Provisão para ações judiciais - FCVS Garantia (309.555) 2.283.911
Provisão para contratos em RNV (43.830) 22.048
Despesas com riscos expirados/não expirados - contratos ativos (i) 8.109.391 123.753
Outras Variações - 3.200
Total 7.971.635 2.472.913

(i) A variação em 2020 decorre do aumento dos contratos habilitados mas não homologados, em virtude
do conservadorismo do atuário ao considerar todos os contratos não justificados com cobertura do
FCVS.

Nota 15 – Taxa de Administração CAIXA

É devido à CAIXA taxa de administração apurada com base nos custos incorridos acrescidos de margem de
ganho de 6,4%.

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Nota 16 – Partes Relacionadas

(a) Entidade Controladora

O controle do FCVS é exercido de forma direta pela União pela responsabilidade no capital e pelos resultados
acumulados.

(b) Pessoa Chave da Administração

Pessoal-chave da administração do FCVS são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo
planejamento, direção e controle das atividades da entidade, direta ou indiretamente, incluindo qualquer
administrador (executivo ou outro) dessa entidade, conforme abaixo relacionado:

F CVS - F UNDO DE COMP ENSAÇÃO DAS VARIAÇÕES SALARIAIS


Tipo de Relacionamento P artes Relacionadas Remuneração
Controlador UNIÃO N/A
Pessoal - Chave da Administração Membros do CCFCVS - Conselho Curador do FCVS N/A
Influência Significativa CAIXA N/A

EDILSON CARROGI RIBEIRO VIANNA


Diretor Executivo
DE Fundos de Governo

LUCÍOLA AOR VASCONCELOS


Superintendente Nacional
SN Fundos de Governo

RICARDO JESUINO MONTEIRO DE ABREU


Gerente Executivo
GN Controle e Informações Financeiras

PAULO ROBERTO RUAS GUIMARÃES JUNIOR


Gerente Nacional
GN Contabilidade de Terceiros
Contador CRC/DF 015547/O-0

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FCVS – Fundo de
Compensação de
Variações Salariais
Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a
Data-base 31 de agosto de 2020

Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda.


15 de janeiro de 2021

À
Caixa Econômica Federal
Gerência Nacional Administração do FCVS – GECVS
SAUS Quadra 3 – Lote 3/4 – Bloco E – Ed. Matriz III – 11° andar
Brasília – DF – CEP 70.070-030

Prezados senhores (as),

Apresentamos a seguir o relatório contendo os resultados da avaliação atuarial do FCVS – Fundo de Compensação
de Variações Salariais para a data-base de 31 de agosto de 2020.

Atenciosamente,

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU


Consultores Ltda.

João Batista da Costa Pinto


Sócio
Atuário - MIBA 944

Assinado de forma digital por ARLANZA RODRIGO SCHEKIERA Assinado de forma digital por
RODRIGO SCHEKIERA FRANCO DOS
DE SOUZA PATRASSO:05288054797 FRANCO DOS SANTOS:31667935852
SANTOS:31667935852 Dados: 2021.04.30 11:31:53 -03'00'
Assinatura do Representante da Entidade Assinatura do Representante da Entidade

Nome: ____________________________ Nome: ____________________________

Cargo: ____________________________ Cargo: ____________________________


FCVS - FUNDO DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÕES SALARIAIS
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ATUARIAL DO FCVS
PARA A DATA-BASE 31 DE AGOSTO DE 2020

ÍNDICE

Parte 1 - Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial do FCVS em 31.08.2020 ..................... 1

DRAA-FCVS (Balancete Atuarial) .............................................................................................. 2


DRAA-FGAR (Balancete Atuarial) .............................................................................................. 3
DRAA-SCA (Balancete Atuarial) ................................................................................................ 5

Parte 2 – Parecer Atuarial ................................................................................................................ 6

Introdução ............................................................................................................................... 7
Contexto .................................................................................................................................. 7
Conclusão................................................................................................................................. 7

Parte 3 – Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS ............................................................................ 8

FCVS 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9


FCVS 2. OBJETIVO ................................................................................................................. 9
FCVS 2.1. BASE DE DADOS .................................................................................................... 9
FCVS 2.2. [2.1.1.1] OPERAÇÕES HABILITADAS ................................................................... 12
FCVS 2.2.1. [2.1.1.1.1] CONTRATOS HOMOLOGADOS EM RESSARCIMENTO ........................ 12
FCVS 2.3. [2.1.1.1.2] CONTRATOS HABILITADOS NÃO HOMOLOGADOS............................... 13
FCVS 2.4. [2.1.1.1.3] REVERSÃO DE NEGATIVAS POR MULTIPLICIDADE ............................. 13
FCVS 2.5. [2.1.1.2] contratos NÃO HABILITADOS ............................................................... 14
FCVS 2.6. [2.1.1.3] CRÉDITOS ANTECIPADOS AOS AGENTES FINANCEIROS ........................ 15
FCVS 2.7. [2.1.2] CONTRATOS ATIVOS ............................................................................... 15
FCVS 2.7.1. [2.1.2.1] SALDO RESIDUAL DOS CONTRATOS ATIVOS ..................................... 15
FCVS 2.7.2. [2.1.2.2] CONTRIBUIÇÕES FUTURAS AO FCVS ................................................. 15
FCVS 2.8. [2.1.1.4] PROVISÃO PARA CONTRATOS EM RNV .................................................. 16
FCVS 2.9. [2.1.3] despesas administrativas futuras ............................................................ 16
FCVS 2.10. [2.4] demais obrigações do fcvs...................................................................... 17
FCVS 2.11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 17

Parte 4 – Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS-Garantia ........................................................... 19

FGAR 1. [3.1.] CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS ............................................ 20


FGAR 1.1. [3.1.1.] Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber .............................. 20
FGAR 1.2. [3.1.2.] Valor Atual das Remunerações Futuras a Pagar ...................................... 21
FGAR 2. [3.2.] CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS A RECEBER/DEVOLVER .............................. 21
FGAR 2.1. [3.2.11.] Contraprestações Líquidas do FCVS Garantia – Pendentes .................... 22
FGAR 2.1.1. [3.2.11.1.] Contraprestações líquidas do próprio mês de competência ............ 22
FGAR 2.1.2. [3.2.11.2.] Contraprestações líquidas em atraso de meses anteriores ............. 22
FGAR 2.2. [3.2.12.] Prêmios Líquidos do Extinto SHSFH – Pendentes .................................. 22
FGAR 2.2.1. [3.2.12.1.] Prêmios Pendentes do Extinto SHSFH ............................................ 23
FGAR 2.2.2. [3.2.12.2.] Remunerações dos AF nos prêmios pendentes ............................... 23
FGAR 2.2.3. [3.2.12.3.] Remunerações das Seguradoras nos prêmios pendentes ............... 23
FGAR 2.2.4. [3.2.12.4.] Remunerações da SUSEP nos prêmios pendentes .......................... 23
FGAR 2.3. [3.2.13.] Devolução de prêmios/contraprestações solicitadas pelos AF ............... 23
FGAR 2.3.1. [3.2.13.1.] Valor Líquido para Competências Jun/84 a Jan/15 ........................ 23
FGAR 2.3.2. [3.2.13.2.] Valor Líquido para Competências a partir de Fev/15 ...................... 24
FGAR 2.4. [3.2.14.] Contraprestações Líquidas - Contratos Expirados - Devolução .............. 24
FGAR 2.5. [3.2.15.] Provisão para não recebimento de Prêmios / Contraprestações............ 24
FGAR 3. [3.3.] PARCELAMENTOS A RECEBER ........................................................................ 24
FGAR 3.1. [3.3.1.] Contraprestações e Prêmios Parcelados ................................................. 25
FGAR 3.1.1. [3.3.1.1.] Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º
114/2001...................................................................................................................... 25
FGAR 3.1.2. [3.3.1.2.] Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º
133/2002...................................................................................................................... 25
FGAR 3.2. [3.3.2.] Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) ...... 25
FGAR 3.2.1. [3.3.2.1.] Remunerações dos AF nos valores parcelados ................................. 25
FGAR 3.2.2. [3.3.2.2.] Remunerações das Seguradoras nos valores parcelados .................. 26
FGAR 3.2.3. [3.3.2.3.] Remunerações da SUSEP nos valores parcelados ............................. 26
FGAR 4. [3.4.] GLOSAS A RECEBER ...................................................................................... 26
FGAR 4.1. [3.4.1.] Glosas Julgadas Procedentes pelo CCFCVS - Pendentes de
pagamento .................................................................................................................... 26
FGAR 4.2. [3.4.2.] Glosas em discussão no CCFCVS ............................................................. 26
FGAR 4.3. [3.4.3.] Glosas em discussão em outras esferas (Justiça Federal e outras) ......... 26
FGAR 5. [4.] TOTAL DOS DIREITOS DO FCVS GARANTIA ...................................................... 26
FGAR 5.1. [4.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO
ADMINISTRATIVO ......................................................................................................... 27
FGAR 5.2. [4.2.] PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) ...... 27
FGAR 5.3. [4.2.1.] P.E.O.N.A – MIP ..................................................................................... 27
FGAR 5.4. [4.2.2.] P.E.O.N.A – DFI ...................................................................................... 27
FGAR 5.5. [4.2.3.] P.E.O.N.A – Despesas com regulação ...................................................... 28
FGAR 5.6. [4.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR .................................................... 28
FGAR 5.7. [4.3.1.] AVISO ADMINISTRATIVO – COM ANÁLISE CONCLUÍDA .......................... 28
FGAR 5.8. [4.3.2.] AVISO ADMINISTRATIVO – SEM ANÁLISE CONCLÚIDA ........................... 29
FGAR 5.9. [4.3.6.] RECURSOS NO CCFCVS – SEM ANÁLISE CONCLUÍDA ............................... 29
FGAR 5.10. [4.3.8.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES JUDICIAIS EM ANDAMENTO –
PRIMITIVAS .................................................................................................................. 29
FGAR 5.11. [4.3.11.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES DE REGRESSO MOVIDAS POR
SEGURADORA ................................................................................................................ 29
FGAR 5.12. [4.3.13.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES INTERRUPTIVAS MOVIDAS POR
SEGURADORAS .............................................................................................................. 29
FGAR 5.13. [4.3.15.] PLEITOS JUDICIAIS – EXPECTATIVA DE RESSARCIMENTO À
ADM. DO FCVS ............................................................................................................... 29
FGAR 6. [4.4] OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA .................................................... 30
FGAR 6.1. [4.4.1.] Despesas administrativas futuras da Adm. FCVS .................................... 30
FGAR 6.2. [4.4.4.] Cooperação Técnica – Convênio CAIXA/SUSEP ....................................... 30
FGAR 7. VALOR TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO FGAR .............................................................. 30

Parte 4 – Relatório da Avaliação Atuarial do SCA ........................................................................... 31

SCA 1. [6.3.7.] DIREITOS DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE..................................... 32


SCA 1.1. [6.3.7.2.] CONTRIBUIÇÕES AO SCA A RECEBER/DEVOLVER................................. 32
SCA 1.2. [6.3.7.2.1.] CONTRIBUIÇÕES PENDENTES - VINCULADAS A
CONTRAPRESTAÇÕES DO FGAR ...................................................................................... 32
SCA 1.2.1. [6.3.7.2.1.1.] CONTRIBUIÇÕES DO PRÓPRIO MÊS DE COMPETÊNCIA ................... 33
SCA 1.2.2. [6.3.7.2.1.2.] CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO, ATÉ 180 DIAS ................................. 33
SCA 1.2.3. [6.3.7.2.1.3.] CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO, APÓS 180 DIAS ............................... 33
SCA 1.3. [6.3.7.2.2.] CONTRIBUIÇÕES PENDENTES - VINCULADAS A PRÊMIOS DO
EXTINTO SH/SFH .......................................................................................................... 33
SCA 1.3.1. [6.3.7.2.3.] DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO SCA SOLICITADAS PELOS
AF 33
SCA 1.3.1.1. [6.3.7.2.3.1.] COMPETÊNCIAS JUN/84 A JAN/15 (SCPR) ................................. 33
SCA 1.3.2. [6.3.7.2.5.] DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO SCA EM CONTR.
EXPIRADOS ................................................................................................................... 33
SCA 2. OBRIGAÇÕES DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE ............................................. 34
SCA 2.1. [6.3.8.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO ......... 34
SCA 2.2. [6.3.8.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (INDENIZAÇÕES E
DESPESAS) - PENDENTES DE PAGAMENTOS OU DE DECISÕES JUDICIAIS ...................... 34
SCA 2.3. [6.3.8.4.] OUTRAS OBRIGAÇÕES DO SCA............................................................. 34
SCA 2.3.1. [6.3.8.4.1.] DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS .......................................... 34
SCA 2.4. [6.3.] RESULTADO ESPERADO PARA O SCA ......................................................... 35

Parte 5 – Nota Técnica Atuarial ..................................................................................................... 36

NTA 1. [2.1.1.1.1] HOMOLOGADAS – EM RESSARCIMENTO ...................................................... 37


NTA 2. [2.1.1.1.2] HABILITADAS, MAS NÃO HOMOLOGADAS ................................................... 37
NTA 3. [2.1.1.1.3] REVERSÃO DE NEGATIVAS POR MULTIPLICIDADE ...................................... 37
NTA 4. [2.1.1.2] CONTRATOS NÃO HABILITADOS.................................................................... 38
NTA 5. [2.1.2.1] RESÍDUOS ESPERADOS ................................................................................. 38
NTA 6. [2.1.2.2] CONTRIBUIÇÕES FUTURAS AO FCVS.............................................................. 38
NTA 7. [2.1.2.3] CRÉDITOS ANTECIPADOS AOS AF.................................................................. 38
NTA 8. [2.1.1.4] PROVISÃO PARA CONTRATOS EM RNV .......................................................... 39
NTA 9. [2.1.3] DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS .......................................................... 39
NTA 10. [3.1.1.] Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber .................................. 39
NTA 11. [4.1.1.] Valor Esperado – Eventos futuros de MIP ................................................... 40
NTA 12. [4.1.2.] Valor Esperado – Eventos futuros de DFI ................................................... 40
NTA 13. [4.1.3.] Valor Esperado – Despesas futuras com regulação ..................................... 40
NTA 14. [4.2.1.] P.E.O.N.A. – MIP e [4.2.2.] P.E.O.N.A. – DFI ............................................... 40
NTA 15. [4.3.8.] Pleitos Judiciais – Ações Judiciais em Andamento – Primitivas ................... 41
NTA 16. [6.3.8.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) -
Pendentes de Pagamentos ou de Decisões Judiciais....................................................... 43
FCVS – Fundo de Compensação de Variações Salariais
Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para a Data-base 31 de agosto de 2020

PARTE 1 - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DA AVALIAÇÃO


ATUARIAL DO FCVS EM 31.08.2020

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FCVS – Fundo de Compensação de Variações Salariais
Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para a Data-base 31 de agosto de 2020

Apresentamos abaixo as Demonstrações de Resultado da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para
com data-base 31/08/2020.

DRAA-FCVS (BALANCETE ATUARIAL)

31/08/2020 31/10/2019 30/11/2018

ATIVO

1.1. ATIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE DO FCVS 17.716.705.028 16.779.023.599 14.386.155.843

1.2. VALORES A AJUSTAR 532.137.827 -503.189.476 -500.537.456

1. TOTAL DO ATIVO 18.248.842.855 16.275.834.123 13.885.618.387

PASSIVO

2.1. RESERVAS E PROVISÕES TÉCNICAS DO FCVS 114.411.518.104 103.513.464.312 109.675.133.845

2.1.1. ASSOCIADAS A “OPERAÇÕES LIQUIDADAS” 113.323.346.229 101.408.346.001 107.773.873.061

2.1.1.1. OPERAÇÕES HABILITADAS 101.007.685.174 97.666.910.500 95.881.717.886

2.1.1.1.1. Homologadas - EM RESSARCIMENTO 98.464.316.449 94.769.357.995 91.698.248.217

2.1.1.1.2. Habilitadas, mas NÃO HOMOLOGADAS 2.144.735.160 2.648.569.052 3.940.712.044

2.1.1.1.3. Reversão de Negativas por Multiplicidade 398.633.565 248.983.453 242.757.624

2.1.1.2. OPERAÇÕES NÃO HABILITADAS (em poder dos AF) 12.320.206.762 3.706.981.739 11.875.476.457

2.1.1.3. CRÉDITOS ANTECIPADOS AOS AF -89.182.563 -94.013.187 -88.994.281

2.1.1.4. PROVISÃO PARA CONTRATOS EM RNV 84.636.856 128.466.949 105.672.999


2.1.2. PROVISÕES PARA “OPERAÇÕES ATIVAS”
12.910.322 40.339.497 93.362.119
(valor atual de obrigações e direitos)
2.1.2.1. Resíduos esperados 12.978.243 40.532.874 93.673.760

2.1.2.2. Contribuições futuras ao FCVS -67.921 -193.377 -311.641

2.1.3. DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS 1.075.261.552 2.064.778.814 1.807.898.665

2.2. RESULTADO ESPERADO PARA O FCVS GARANTIA 15.353.801.248 16.300.956.460 15.090.868.338


2.3. RESULTADO ESPERADO PARA O SCA (Prov. para SINISTROS
77.967.839 80.042.124 81.057.355
DE CRÉDITO)
2.4. DEMAIS OBRIGAÇÕES DO FCVS 771.993.981 734.183.442 782.547.057

2.5. SUPERÁVIT ou DÉFICIT TÉCNICO -112.366.438.317 -104.352.812.214 -111.743.988.208

2. TOTAL DO PASSIVO 18.248.842.855 16.275.834.123 13.885.618.387

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DRAA-FGAR (BALANCETE ATUARIAL)

31/08/2020 31/10/2019 30/11/2018

3.1. CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS 50.949.579 57.754.988 67.144.059

3.1.1. Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber 51.778.028 58.694.094 68.235.833

3.1.2. Valor Atual das Remunerações Futuras a Pagar -828.448 -939.105 -1.091.773

3.2. CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS A RECEBER/DEVOLVER 598.932.822 538.162.214 430.146.650

3.2.11. Contraprestações Líquidas do FCVS Garantia – Pendentes 114.000.516 106.214.978 92.174.946

3.2.11.1. Contraprestações líquidas do próprio mês de competência 1.036.617 1.488.442 1.746.527

3.2.11.2. Contraprestações líquidas em atraso de meses anteriores 112.963.900 104.726.536 90.428.419

3.2.12. Prêmios Líquidos do Extinto SHSFH – Pendentes 1.430.525.442 1.283.042.961 1.172.289.105

3.2.12.1. Prêmios Pendentes do Extinto SHSFH 1.477.462.940 1.395.252.470 1.283.039.283

3.2.12.2. Remunerações dos AF nos prêmios pendentes -18.737.822 -16.130.513 -15.805.272

3.2.12.3. Remunerações das Seguradoras nos prêmios pendentes -27.175.338 -92.183.901 -91.095.789

3.2.12.4. Remunerações da SUSEP nos prêmios pendentes -1.024.338 -3.895.094 -3.849.118

3.2.13. Devolução de prêmios/contraprestações solicitadas pelos AF -23.150.909 -23.205.597 -23.427.762

3.2.13.1. Valor Líquido para Competências Jun/84 a Jan/15 -22.876.848 -22.518.711 -22.518.711

3.2.13.2. Valor Líquido para Competências a partir de Fev/15 -274.061 -686.886 -909.051

3.2.14. Contraprestações Líquidas - Contratos Expirados - Devolução -7.296.452 -19.845.582 -12.410.668

3.2.15. Provisão para não recebimento de Prêmios/Contraprestações -915.145.775 -808.044.547 -798.478.971

3.3. PARCELAMENTOS A RECEBER 11.475.178 17.304.730 26.155.887

3.3.1. Contraprestações e Prêmios Parcelados 11.985.763 18.083.456 27.301.832

3.3.1.1. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 114/2001 15.276 14.847 14.049

3.3.1.2. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 133/2002 11.970.487 18.068.609 27.287.783

3.3.2. Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) -510.584 -778.726 -1.145.945

3.3.2.1. Remunerações dos AF nos valores parcelados -137.801 -194.623 -267.908

3.3.2.2. Remunerações das Seguradoras nos valores parcelados -346.010 -546.124 -825.497

3.3.2.3. Remunerações da SUSEP nos valores parcelados -26.773 -37.979 -52.540

3.4. GLOSAS A RECEBER 8.390.484 8.108.415 7.800.872

3.4.1. Glosas Julgadas Procedentes pelo CRSFH - Pendentes de pagamento 7.374.403 7.092.334 6.782.059

3.4.2. Glosas em discussão no CRSFH 101.081 101.081 103.813

3.4.3. Glosas em discussão em outras esferas (Justiça Federal e outras) 915.000 915.000 915.000

3. TOTAL DOS DIREITOS DO FCVS GARANTIA 669.748.064 621.330.347 531.247.468

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31/08/2020 31/10/2019 30/11/2018

4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517 126.907.310 98.480.115

4.1.1. Valor Esperado – Eventos futuros de MIP 84.209.262 95.457.214 72.421.181

4.1.2. Valor Esperado – Eventos futuros de DFI 27.334.769 30.985.914 25.705.140

4.1.3. Valor Esperado – Despesas futuras com regulação 409.486 464.181 353.794

4.2. PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) 6.625.331 9.463.374 7.375.038

4.2.1. P.E.O.N.A. – MIP 6.584.593 6.668.161 5.058.979

4.2.2. P.E.O.N.A. – DFI 0 2.753.958 2.284.615

4.2.3. P.E.O.N.A. – Despesas com regulação 40.738 41.255 31.444

4.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) 15.404.821.252 15.846.960.357 13.851.604.643

4.3.1. Aviso Administrativo – com Análise Concluída 571.976.988 518.194.085 510.837.152

4.3.1.1. Indenizações Represadas (MIP) 565.820.993 517.610.590 506.685.394

4.3.1.2. Eventos de MIP - Não Represados 6.119.874 549.495 3.888.428

4.3.1.3. Eventos de DFI - Não Represados 36.121 34.000 263.329

4.3.2. Aviso Administrativo – sem Análise Concluída 13.108.377 19.518.290 14.876.634

4.3.2.1. Eventos de MIP 12.254.819 18.551.278 14.074.426

4.3.2.2. Eventos de DFI 853.558 967.012 802.209

4.3.6. Recursos no CCFCVS – sem Análise Concluída 2.252.843 2.094.444 2.096.669

4.3.6.1. Eventos de MIP 1.722.762 1.989.960 1.949.089

4.3.6.2. Eventos de DFI 530.081 104.483 147.579

4.3.8. Pleitos Judiciais – Ações Judiciais em Andamento – Primitivas 13.744.858.408 13.999.881.593 13.023.243.423

4.3.11. Pleitos Judiciais – Ações de Regresso Movidas por Seguradoras 325.112.314 810.220.974 88.937.349

4.3.13. Pleitos Judiciais – Ações Interruptivas Movidas por Seguradoras 627.931.342 408.520.302 143.527.683

4.3.15. Pleitos Judiciais – Expectativa de Ressarcimentos à Adm. FCVS 119.580.979 88.530.668 68.085.733

4.3.15.1. Despesas e Valores a Ressarcir em Ações Judiciais 107.442.172 78.450.419 57.281.681

4.3.15.2. Aluguéis a Ressarcir 3.618.858 3.343.371 1.676.701

4.3.15.3. Despesas com Imóveis (Segurança) a Ressarcir 8.059.432 6.257.003 8.627.304

4.3.15.4. Pagamentos de Encargos Mensais a Ressarcir 460.517 479.876 500.048

4.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 500.149.213 938.955.766 1.664.656.010

4.4.1. Despesas administrativas futuras da Adm. FCVS 500.019.802 938.826.356 1.664.526.600

4.4.4. Cooperação Técnica - Convênio CAIXA/SUSEP 129.410 129.410 129.410

4. TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 16.023.549.313 16.922.286.807 15.622.115.806

5. RESULTADO ESPERADO PARA O FCVS GARANTIA -15.353.801.248 -16.300.956.460 -15.090.868.338

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DRAA-SCA (BALANCETE ATUARIAL)

31/08/2020 30/10/2019 30/11/2018

6.3.7. DIREITOS DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 438.622 465.340 432.367

6.3.7.2. Contribuições ao SCA a receber/devolver 438.622 465.340 432.367

6.3.7.2.1. Contribuições Pendentes - Vinculadas a contraprestações do FGAR 30.775 42.691 25.985

6.3.7.2.1.1. Contribuições do próprio mês de competência 2.018 2.018 2.015

6.3.7.2.1.2. Contribuições em atraso, até 180 dias 1.475 2.519 1.381

6.3.7.2.1.3. Contribuições em atraso, após 180 dias 27.282 38.153 22.590

6.3.7.2.2. Contribuições Pendentes - Vinculadas a prêmios do extinto SH/SFH 442.893 442.500 442.500

6.3.7.2.3. Devolução de contribuições ao SCA solicitadas pelos AF -58.693 -58.693 -58.693

6.3.7.2.3.1. Competências Jun/84 a Jan/15 (SCPR) -58.693 -58.693 -58.693

6.3.7.2.5. Devolução de contribuições ao SCA em contr. expirados 23.647 38.843 22.575

6.3.8 OBRIGAÇÕES DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 78.406.461 80.507.465 81.489.722

6.3.8.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO 208.065 194.861 181.286

6.3.8.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) -


78.198.397 77.687.597 75.678.526
Pendentes de Pagamentos ou de Decisões Judiciais

6.3.8.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO SCA 0 2.625.006 5.629.910

6.3.8.4.1. Despesas Administrativas Futuras 0 2.625.006 5.629.910

6.3. RESULTADO ESPERADO PARA O SCA -77.967.839 -80.042.124 -81.057.355

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PARTE 2 – PARECER ATUARIAL

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FCVS – Fundo de Compensação de Variações Salariais
Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para a Data-base 31 de agosto de 2020

INTRODUÇÃO

Este parecer tem o objetivo de apresentar as conclusões acerca da Avaliação Atuarial, para a data-base
31/08/2020, realizada no Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS, com o intuito de verificar o
correto dimensionamento do passivo atuarial do FCVS, do FCVS-Garantia e do Seguro de Crédito do Adquirente
– SCA.

CONTEXTO

Consideramos os dados fornecidos pela Administração do Fundo relativos às informações contábeis e gerenciais
das operações realizadas no âmbito do FCVS, com data base de 31/08/2020, assumindo como válidas tanto as
informações dos Agentes Financeiros – AF quanto às informações recebidas da Caixa Econômica Federal.

Levamos em conta tanto as premissas do cenário, cujos índices são fornecidos pela Secretaria de Política
Econômica do Ministério da Economia – SPE/ME, quanto a dinâmica dos fluxos de contribuições ao FCVS e de
liquidação das obrigações do Fundo.

Com base nas informações, realizamos o batimento das informações recebidas dos AF com as do Sistema de
Administração do FCVS [SICVS] e com as do Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários [SICDM], batimento
este que conduz à definição do tamanho do universo de contratos a considerar. Essas informações posteriormente
foram alvo de uma depuração no cadastro [SICDM], em função da resposta dos AF aos relatórios de batimento.

Observa-se que a evolução do número de contratos conhecidos e com cobertura do FCVS segue a tendência
esperada e que o incremento no volume de demandas judiciais contra a extinta Apólice do Seguro Habitacional
do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH compromete valores superiores à totalidade dos recursos
acumulados e tende a fazer o FCVS recorrer crescentemente ao Tesouro Nacional.

Seguindo a tendência de exercícios anteriores, nota-se que houve uma redução no incremento do resultado
negativo esperado para o FCVS Garantia decorrente do encerramento do custeio que era pago às seguradoras
pela gestão administrativa das causas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH nas quais as seguradoras
estão envolvidas.

CONCLUSÃO

Com base no exposto acima e levando em consideração os trabalhos documentados ao longo deste Relatório,
concluímos que o Balancete Atuarial do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS referente a
31.08.2020 espelha adequadamente os direitos e as obrigações do FCVS nessa data e busca preservar margem
de segurança capaz de absorver oscilações inerentes a todo processo aleatório avaliado atuarialmente,
especialmente aqueles que se valem de coleções de dados formadas ao longo de muitos anos e alimentadas por
variados fornecedores.

Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

São Paulo, 15 de janeiro de 2021

João Batista da Costa Pinto


Atuário – MIBA 944

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FCVS – Fundo de Compensação de Variações Salariais
Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para a Data-base 31 de agosto de 2020

PARTE 3 – RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ATUARIAL DO FCVS

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FCVS 1. INTRODUÇÃO

O FCVS é um fundo público de natureza contábil, criado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH,
pela Resolução nº 25, de 16/06/1967, do Conselho de Administração do extinto Banco Nacional da Habitação -
BNH, e ratificado pela Lei nº 9.443, de 14/03/1997, com a finalidade precípua de garantir o limite de prazo para
amortização da dívida dos mutuários decorrentes de financiamentos habitacionais. Suas finalidades são:

 Garantir limite de prazo para amortização dos financiamentos habitacionais, contraídos pelos mutuários
no SFH;
 Assumir, em nome do mutuário, os descontos concedidos nas liquidações antecipadas e nas
transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a legislação de regência;
 Garantir o equilíbrio da Apólice do SH/SFH; e
 Liquidar as operações remanescentes do extinto Seguro de Crédito.

FCVS 2. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo apresentar os resultados obtidos do cálculo da avaliação atuarial do Fundo para
a data-base de 31 de agosto de 2020.

Não foi objeto de nosso escopo assegurar que as bases de dados estivessem completas para a realização dos
cálculos nem se elas foram válidas, visto que a veracidade e integridade das informações são de responsabilidade
do Administrador do Fundo.

Este relatório abordou os seguintes tópicos:

o Operações Habilitadas
o Contratos Homologados em Ressarcimento
o Contratos Habilitados Não Homologados
o Reversão de Negativas por Multiplicidade
o Operações Não Habilitadas
o Créditos Antecipados aos AF´s
o Provisão de Contratos em RNV
o Operações Ativas
o Despesas Administrativas Futuras
o Resultado Esperado para o FCVS Garantia
o Resultado Esperado para o SCA
o Demais Obrigações do FCVS

FCVS 2.1. BASE DE DADOS

O universo de contratos considerados na avaliação atuarial é composto por contratos de três fontes distintas,
uma base contendo os contratos disponibilizada pelos AF, o SICDM ou CADMUT e o SICVS. A necessidade de

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consulta em fontes distintas se dá pelo fato de não haver um sistema contendo todos os contratos unificados
livre de distorções.
Nossa fonte principal, o SICDM, tem por finalidade de criação ser o Sistema do Cadastro Nacional dos Mutuários
– CADMUT. Nele são registrados todos os financiamentos contratados no âmbito do SFH, alguns por suas
características atendem os critérios para serem cobertos pelo FCVS. A identificação de cobertura do FCVS é
obrigatória em campo específico no SICDM. Uma das questões levantadas referentes ao Cadastro é a
multiplicidade, que tem como possível causa o acúmulo de financiamentos por um mesmo mutuário ou o registro,
por outro AF, em decorrência de venda, cessão ou transferência de contratos que já estavam presentes do SICDM
Apesar da situação apresentada, o SICDM ainda é a fonte de dados mais confiável quando se trata de quantitativo
para nossa finalidade, devido ao trabalho contínuo da Administradora do FCVS para acurácia dos dados.
Em conhecimento dos quantitativos é necessário apurar os saldos de responsabilidades do FCVS, nesse caso a
fonte de informação mais acurada é o SICVS que possui o universo de contratos que já foram habilitados,
principalmente a partição dos contratos já homologados, contratos aos quais os valores devidos já são de
conhecimento pelo FCVS. Porém, essa fonte contempla apenas os contratos liquidados; desta forma, foi
necessário encontrar uma alternativa para a evolução dos contratos ativos.
A solução encontrada foi solicitar aos AF o envio de informações detalhadas sobre os contratos ainda sob sua
responsabilidade, segmentados em contratos ativos e contratos liquidados não habilitados ao FCVS.
Em posse dessas três fontes é possível realizar o cruzamento entre elas e obter o total de contratos a serem
considerados na avaliação atuarial.

Quantidade de Contratos Recebidos dos Agentes Financeiros para Avaliação Atuarial


Informações Recebidas e Utilizadas para a Evolução dos Saldos Devedores
31/12/2013 31/12/2014 31/12/2015 30/11/2016 30/11/2017 30/11/2018 31/10/2019 31/08/2020

Agentes Ativos 214 190 186 170 149 129 39 19


Financeiros
Liquidados 268 264 277 280 272 272 186 168
que enviaram
informações Total 276 269 284 283 274 275 258 177

Ativos 78.289 46.066 24.287 14.744 9.476 5.505 2.621 599


Número de
Contratos
Liquidados 226.688 212.988 190.974 174.142 150.754 149.780 138.389 111.693
Informados
pelos A.Fs Total 304.977 259.054 215.261 188.886 160.230 155.285 141.010 112.292

Contratos Ativos 3 160 30 0 2 0 0 0


Rejeitados na
Liquidados 3 50 880 3 1 3 0 0
Recepção dos
Arquivos Total 6 210 910 3 3 3 0 0
Contratos Ativos 0,00% 0,35% 0,12% 0,00% 0,02% 0,00% 0,00% 0,00%
Rejeitados na
Crítica / Liquidados 0,00% 0,02% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Contratos
Informados Total 0,00% 0,08% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
(%)

Contratos Ativos 63.239 34.197 21.195 12.324 7.312 4.267 1.857 586
Utilizados para
Liquidados 2.025 198.899 170.650 149.826 136.341 126.579 134.991 111.582
a evolução dos
SDs Total 2.657 233.096 191.845 162.150 143.653 130.846 136.848 112.168

Contratos Ativos 80,80% 86,40% 87,30% 83,60% 77,20% 77,50% 70,90% 97,83%
Utilizados /
Contratos Liquidados 89,30% 93,80% 89,40% 86,00% 90,40% 84,50% 97,50% 99,90%
Informados
(%) Total 87,10% 92,50% 89,10% 85,80% 89,70% 84,30% 97,00% 99,89%

Tabela 2.1.1 – Quantitativo envio dos Agentes Financeiros

AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
30/11/2012 117.146 183.752 300.898 9.865.049 10.165.947
31/12/2012 96.875 157.926 254.801 10.553.442 10.808.243

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AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
31/12/2013 68.271 159.364 227.635 11.506.491 11.734.126
31/12/2014 36.720 141.503 178.223 12.388.315 12.566.538
31/12/2015 20.769 136.271 157.040 14.112.429 14.269.469
30/11/2016 12.416 126.990 139.406 14.851.136 14.990.542
30/11/2017 7.759 115.158 122.917 15.491.327 15.614.244
30/11/2018 4.237 107.783 112.020 16.557.513 16.669.533
31/10/2019 2.147 90.645 92.792 17.280.713 17.373.505
31/08/2020 2.184 102.668 104.852 17.902.052 18.006.904
Tabela 2.1.2 – Quantitativo dos Contratos AF´s e SICDM.

AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
30/11/2012
31/12/2012 -20.271 -25.826 -46.097 688.393 642.296
31/12/2013 -28.604 1.438 -27.166 953.049 925.883
31/12/2014 -31.551 -17.861 -49.412 881.824 832.412
31/12/2015 -15.951 -5.232 -21.183 1.724.114 1.702.931
30/11/2016 -8.353 -9.281 -17.634 738.707 721.073
30/11/2017 -4.657 -11.832 -16.489 640.191 623.702
30/11/2018 -3.522 -7.375 -10.897 1.066.186 1.055.289
31/10/2019 -2.090 -17.138 -19.228 723.200 703.972
31/08/2020 37 12.023 12.060 621.339 633.399
Tabela 2.1.3 – Movimentação dos Contratos AF´s e SICDM.

AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
30/11/2012
31/12/2012 -17,30% -14,05% -15,32% 6,98% 6,32%
31/12/2013 -29,53% 0,91% -10,66% 9,03% 8,57%
31/12/2014 -46,21% -11,21% -21,71% 7,66% 7,09%
31/12/2015 -43,44% -3,70% -11,89% 13,92% 13,55%
30/11/2016 -40,22% -6,81% -11,23% 5,23% 5,05%
30/11/2017 -37,51% -9,32% -11,83% 4,31% 4,16%
30/11/2018 -45,39% -6,40% -8,87% 6,88% 6,76%
31/10/2019 -49,33% -15,90% -17,16% 4,37% 4,22%
31/08/2020 1,72% 13,26% 13,00% 3,60% 3,65%
Tabela 2.1.4 – Variação dos Contratos AF´s e SICDM.

Em vista das movimentações ocorridas é possível acreditar que estão dentro da normalidade, uma vez que os
contratos do SICDM continuam a evoluir, tendo em vista que são registrados todos os contratos de financiamento
habitacional não somente os cobertos pelo FCVS. Porém, em relação aos contratos ativos e liquidados ocorrem
um leve acréscimo na quantidade dos contratos. Isso se deve ao refinamento do processo que foi mais acurado
em relação ao ano anterior, o qual considerou para fins de composição do passivo atuarial também os contratos
identificados no SICDM com indicativo de cobertura do FCVS, não habilitados ao SICVS, não identificados na
informação encaminhada pelos AF para a avaliação atuarial e sem manifestação do AF quanto a essa situação,
dentro do prazo estabelecido.

AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
30/11/2012 117.331 218.910 336.241 3.507.612 3.843.853
31/12/2012 96.905 196.123 293.028 3.554.617 3.847.645
31/12/2013 68.222 175.554 243.776 3.605.702 3.849.478
31/12/2014 36.690 158.848 195.538 3.635.163 3.830.701
31/12/2015 20.755 154.293 175.048 3.651.546 3.826.594
30/11/2016 12.398 135.614 148.012 3.676.522 3.824.534
30/11/2017 7.755 123.622 131.377 3.697.517 3.828.894
30/11/2018 4.235 116.329 120.564 3.638.707 3.759.271

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Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a Data-base 31 de agosto de 2020

AF x SICDM AF x SICDM AF x SICDM


Data-base SICDM SICDM (Total)
(Ativos) (Liquidados) (Total)
31/10/2019 2.147 90.645 92.792 3.678.558 3.771.350
31/08/2020 2.184 102.668 104.852 3.638.707 3.743.559
Tabela 2.1.5 – Contratos com cobertura do FCVS.

Data-base Contratos Variação (n) Variação (%)


31/12/2002 4.240.676
31/12/2003 4.232.793 -7.883 -0,19%
31/12/2004 4.238.131 5.338 0,13%
31/12/2005 4.094.025 -144.106 -3,40%
31/12/2006 3.980.019 -114.006 -2,78%
31/12/2007 3.978.585 -1.434 -0,04%
31/12/2008 3.988.606 10.021 0,25%
31/12/2009 3.985.144 -3.462 -0,09%
31/12/2010 3.998.540 13.396 0,34%
31/12/2011 3.945.322 -53.218 -1,33%
31/12/2012 3.941.958 -3.364 -0,09%
31/12/2013 3.930.065 -11.893 -0,30%
31/12/2014 3.925.558 -4.507 -0,11%
31/12/2015 3.899.844 -25.714 -0,66%
30/11/2016 3.889.855 -9.989 -0,26%
30/11/2017 3.888.188 -1.667 -0,04%
30/11/2018 3.816.837 -71.351 -1,84%
31/10/2019 3.771.350 -45.487 -1,19%
31/08/2020 3.772.232 882 0,02%
Tabela 2.1.6 – Histórico de contratos cobertos pelo FCVS.

Dos contratos com cobertura do FCVS o número total de contratos não vem sofrendo grandes variações ao longo
dos exercícios, o crescimento observado foi fruto do refinamento da metodologia empregada nas análises desse
exercício.

FCVS 2.2. [2.1.1.1] OPERAÇÕES HABILITADAS

As operações classificadas como habilitadas são aquelas de conhecimento do FCVS que estão em fase de análise
ou já passaram por todos os processos e estão aptos a serem ressarcidos pelo Fundo. Essas operações resultam
nos passivos e ajustes apresentados em seguida.

FCVS 2.2.1. [2.1.1.1.1] CONTRATOS HOMOLOGADOS EM RESSARCIMENTO

Os contratos homologados em ressarcimento são responsáveis pela maior parte do passivo do FCVS. A Tabela
2.2.1.1 apresenta uma tendência ao aumento do passivo mesmo não havendo um acréscimo efetivo da
quantidade de contratos. É observada tendência de alta dos saldos médios impulsionada pelo crescimento das
responsabilidades. A redução do passivo ocorre através dos processos de novação dos contratos, isto é, quando
os valores de responsabilidade do Fundo são apurados, ratificados pelo AF e certificados pela auditoria interna,
se tornando aptos a serem ressarcidos aos agentes credores. Existe um limite anual para as operações de novação
estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA), já a homologação de contratos é irrestrita dependendo apenas
das habilitações e dos trâmites processuais entre AF e o próprio Fundo até sua efetiva homologação.

Data-base Homologadas (R$ Mi) Quantitativo Saldo Médio (R$)


31/12/2012 69.666 1.293.562 53.856
31/12/2013 74.188 1.309.433 56.656
31/12/2014 79.554 1.318.318 60.345

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Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a Data-base 31 de agosto de 2020

Data-base Homologadas (R$ Mi) Quantitativo Saldo Médio (R$)


31/12/2015 82.409 1.288.122 63.976
30/11/2016 84.117 1.278.557 65.791
30/11/2017 88.101 1.244.987 70.765
30/11/2018 91.698 1.241.421 73.866
30/10/2019 94.317 1.239.636 76.084
31/08/2020 98.464 1.232.722 79.875
Tabela 2.2.1.1 – Contratos Homologados em Ressarcimento

FCVS 2.3. [2.1.1.1.2] CONTRATOS HABILITADOS NÃO HOMOLOGADOS

Os contratos concedidos com cobertura do FCVS são habilitados pelos AF quando do término do prazo contratual.
O AF informa os dados do contrato no SICVS e apresenta à Administradora do FCVS a documentação
correspondente para avaliação da responsabilidade do Fundo. Em contrapartida, a Administradora do FCVS realiza
os procedimentos necessários para homologar os contratos habilitados, proferindo cobertura ou não do saldo
residual.
Existe certa variabilidade em relação às características dos contratos a serem informados pelos AF; desta forma,
os valores informados a cada exercício podem sofrer alterações quando analisados historicamente. Os resultados
são apresentados na Tabela 2.3.1, dos quais não se pode inferir tendência sobre os quantitativos apresentados.
Isto se dá pela correlação da velocidade de notificação por parte dos AF ao Fundo para seu registro na base de
contratos habilitados e os procedimentos de validação por parte da Administradora do FCVS - migrando o contrato
para a base de contratos homologados. A mesma consideração é aplicável ao saldo médio que subiu ligeiramente
em relação ao exercício anterior, porém não pode ser tomada como um comportamento de tendência para o
próximo exercício.

Data-base Habilitadas (R$ Mi) Quantitativo Saldo Médio (R$)


31/12/2010 2.734 114.309 23.918
31/12/2011 2.110 83.469 25.279
31/12/2012 2.454 88.693 27.668
31/12/2013 2.313 65.617 35.250
31/12/2014 2.737 72.388 37.810
31/12/2015 2.962 81.606 36.296
30/11/2016 3.537 81.891 43.192
30/11/2017 3.563 91.419 38.974
30/11/2018 3.941 93.360 42.213
30/10/2019 2.816 70.135 40.151
31/08/2020 2.144 48.304 40.400
Tabela 2.3.1 – Contratos Habilitados Não Homologados

FCVS 2.4. [2.1.1.1.3] REVERSÃO DE NEGATIVAS POR MULTIPLICIDADE

A partir de 31/12/2011 iniciou o provisionamento desse passivo referente aos contratos com as mesmas
características do resultado do julgamento pelo STJ do Recurso Especial nº 1.133.769/RN em favor do mutuário.
O resultado estabelece ao FCVS a existência de cobertura pelo Fundo para os contratos firmados até 05/12/1990
anteriormente negados com a justificativa de multiplicidade de financiamentos.
Após esse acórdão judicial em específico, entende-se que todos os casos posteriores que se enquadram nos
mesmos termos da reivindicação do recurso citado serão julgados em favor do mutuário por jurisprudência.
Desta forma, a cada avaliação atuarial é fornecido o conjunto de contratos por AF que possui as mesmas
características do julgado no recurso. Somente são considerados para a finalidade de estimação contratos que já
moveram ações judiciais contra o Fundo com o objetivo da reversão de negativa à cobertura.

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Data-base Negativas (R$ Mi) Quantitativo Saldo Médio (R$)


31/12/2011 409 6.506 62.865
31/12/2012 434 6.506 66.708
31/12/2013 463 6.506 71.165
31/12/2014 493 6.506 75.776
31/12/2015 531 6.506 81.617
30/11/2016 359 3.728 96.298
30/11/2017 320 3.118 102.630
30/11/2018 243 2.470 98.381
30/10/2019 249 2.233 111.509
31/08/2020 398 3.524 113.119
Tabela 2.4.1 – Reversão de Negativas por Multiplicidade

Até exercício de 2015 o conjunto de contratos informados para a avaliação atuarial foi mantido inalterado sofrendo
variações apenas oriundos dos saldos médios. A partir do exercício de 2016 é apresentada base contendo o
quantitativo reavaliado para estimação dos valores a serem considerados referente às negativas. É esperado
decréscimo do quantitativo de contratos nessa situação, exercício após exercício, dado que não se pode mais
firmar contratos com essas características. Porém, nesse ano houve um acréscimo significativo nos contratos
informados. O saldo médio indicado na Tabela 2.4.1 demonstra leve tendência ao crescimento ao longo dos
exercícios salvo para o exercício de 2018.

FCVS 2.5. [2.1.1.2] CONTRATOS NÃO HABILITADOS

Esse passivo é constituído a partir dos contratos que estão em posse dos AF e que não estão habilitados no
SICVS. As variações em seu quantitativo se dão pelo vencimento do prazo de financiamento das operações ativas
e pela migração dos contratos para habilitação no SICVS, esta última dependente da dinâmica que o AF adota
para envio dos contratos para o Fundo.
Nessa parcela de contratos existe variabilidade cadastral que fica sob responsabilidade do AF quanto à completude
e veracidade dos dados enviados para a avaliação atuarial.
A tendência para os contratos é que se reduzam ao longo do tempo, visto que os contratos ativos se mostram
cada vez mais escassos e o objetivo do Fundo em habilitar em número crescente os contratos em posse dos AF.
Porém, devido à baixa adesão dos AF às críticas dos arquivos TIPO, foi estipulado o conservadorismo de considerar
todos os contratos não justificados com cobertura do FCVS para o nosso cálculo.

Não Habilitadas (R$


Data-base Quantitativo* Saldo Médio (R$)
Mi)
31/12/2010 14.302 540.572 26.457
31/12/2011 12.327 497.155 24.795
31/12/2012 13.430 458.338 29.302
31/12/2013 12.528 460.547 27.202
31/12/2014 14.415 496.892 29.010
31/12/2015 14.399 461.898 31.174
30/11/2016 15.760 452.406 34.836
30/11/2017 15.851 443.925 35.706
30/11/2018 11.876 379.715 31.276
31/10/2019 3.707 134.991 27.461
31/08/2020 12.320 415.263 29.668
* Foram considerados na data-base de Out/2019 apenas os contratos liquidados enviados pelos agentes financeiros.
Tabela 2.5.1 – Contratos não Habilitados

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Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a Data-base 31 de agosto de 2020

Em análise do saldo médio é possível observar a redução quando comparado ao exercício anterior, porém este
valor pode oscilar caso considerado a totalidade de contratos.

FCVS 2.6. [2.1.1.3] CRÉDITOS ANTECIPADOS AOS AGENTES FINANCEIROS

Este valor é acessado dos Relatórios Operacionais S344101 e S344301, extraídos do SICVS, os quais também
são utilizados para os registros contábeis do Fundo. O valor é considerado como um redutor para as obrigações.

Data-base Créditos (R$ Mi) Variação (R$) Variação (%)


31/12/2010 52
31/12/2011 55 3,10 5,93%
31/12/2012 59 3,41 6,16%
31/12/2013 64 4,73 8,04%
31/12/2014 68 4,86 7,65%
31/12/2015 74 5,19 7,59%
30/11/2016 79 5,57 7,57%
30/11/2017 85 5,55 7,01%
30/11/2018 89 4,28 5,05%
31/10/2019 94 5,02 5,64%
31/08/2020 89 4,83 -5,14%
Tabela 2.6.1 – Créditos Antecipados aos Agentes Financeiros

FCVS 2.7.[2.1.2] CONTRATOS ATIVOS

FCVS 2.7.1. [2.1.2.1] SALDO RESIDUAL DOS CONTRATOS ATIVOS

Os saldos residuais são resultantes dos contratos ativos, sua redução é esperada dada as circunstâncias de
término de contrato e a incapacidade de assumir novos riscos à carteira. Outro fator que pode ser considerado
para esse comportamento seria o incentivo promovido pelos agentes financeiros ao término antecipado dos
contratos. É possível observar na Tabela 2.7.1.1 variações significativas em relação aos exercícios anteriores.
Ressaltamos que os saldos são estimados através dos contratos disponibilizados pelos AF; desta forma, podem
ocorrer distorções dependendo das características dos contratos.

Data-base Ativos (R$ Mi) Variação (R$) Variação (%)


31/12/2010 3.865
31/12/2011 3.299 -566 -15%
31/12/2012 2.899 -400 -12%
31/12/2013 2.094 -805 -28%
31/12/2014 1.121 -973 -46%
31/12/2015 650 -471 -42%
30/11/2016 337 -313 -48%
30/11/2017 263 -74 -22%
30/11/2018 94 -169 -64%
31/10/2019 41 -53 -57%
31/08/2020 13 -27 -68%
Tabela 2.7.1.1 – Saldos Residuais dos Contratos Ativos

FCVS 2.7.2. [2.1.2.2] CONTRIBUIÇÕES FUTURAS AO FCVS

As contribuições futuras do FCVS são associadas aos contratos ativos. No decorrer da existência do FCVS foram
estabelecidas diversas formas de recolhimento (atualmente cabe à CAIXA o recebimento dessas contribuições).

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Os valores de contribuições são variáveis dependendo do AF, alguns possuem contratos os quais são necessários
realizar contribuições outros possuem contratos que são isentos.

Data-base Contribuições (R$ Mi) Variação (R$) Variação (%)


31/12/2010 35,95
31/12/2011 23,15 -12,80 -35,61%
31/12/2012 15,68 -7,47 -32,27%
31/12/2013 11,34 -4,34 -27,68%
31/12/2014 6,24 -5,10 -44,97%
31/12/2015 3,36 -2,88 -46,15%
30/11/2016 1,60 -1,76 -52,38%
30/11/2017 0,83 -0,77 -48,13%
30/11/2018 0,31 -0,52 -62,65%
31/10/2019 0,19 -0,12 -37,74%
31/08/2020 0,06 -0,13 -64,88%
*Foram estimados somente as contribuições mensais dos agentes financeiros

Tabela 2.7.2.1 – Contribuições Futuras ao FCVS

Em decorrência da característica de extinção dos contratos ativos exercício após exercício o comportamento
decrescente dos valores de contribuição se mostra consistente.

FCVS 2.8. [2.1.1.4] PROVISÃO PARA CONTRATOS EM RNV

Os contratos com status de RNV são referentes aos contratos liquidados homologados pelo FCVS que se
encontram em fase de validação dos AF quanto aos montantes a serem ressarcidos. Nesses casos podem ocorrer
análises subsequentes decorrentes de apresentação de recursos ou de pedidos de reanálise pelos AF aonde podem
vir a ocorrer reajustes dos valores devidos. Desta forma, foi necessário instituir uma provisão para captar esse
ajuste realizado nos contratos mesmo após a homologação por parte da Administradora do FCVS.

Data-base RNV (R$ Mi) Variação (R$) Variação (%)


31/12/2014 349
31/12/2015 337 -11 -3,21%
30/11/2016 337 0 0,00%
30/11/2017 82 -255 -75,67%
30/11/2018 106 24 28,75%
31/10/2019 128 23 21,54%
31/08/2020 84 -43 -34,12%
Tabela 2.8.1 – Provisão para contratos em RNV

As variações desse montante são dependentes da apuração dos quantitativos de contratos que transitam entre
esses estados e a velocidade das operações, inexistindo tendência fixa para a variação dos saldos.

FCVS 2.9. [2.1.3] DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS

Os custos relacionados às atividades operacionais do FCVS podem ser consultados em seus balanços e relatórios
gerenciais. Para que haja continuidade de todos os processos do Fundo até sua extinção é necessário projetar
esses custos, de modo a garantir que os contratos transitem pelos diversos estágios possíveis: ativo; liquidado
em poder do AF; habilitado mas não homologado; homologado em ressarcimento e novado. Operacionalmente é
esperado que esses custos sejam decrescentes ao longo do tempo; porém, é necessário levar em consideração
diversos fatores como, principalmente, a complexidade de cada contrato, judicialização e fatores
macroeconômicos. Desta forma, foram projetadas despesas financeiras com hipótese de crescimento nos

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Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a Data-base 31 de agosto de 2020

próximos anos, até que a grande maioria dos contratos já estejam ao menos habilitados no SICVS.
Posteriormente, se entende que os custos médios se manterão e decaiam até a extinção.
Considerando as características da obrigação decorrente de evento passado, com iminência de saída futura de
recursos e capacidade de estimação, entendemos a necessidade de reconhecimento de tais despesas
administrativas futuras, cabendo ao FCVS definir a melhor alocação para registro – seja em provisão ou como
passivo contingente.

FCVS 2.10. [2.4] DEMAIS OBRIGAÇÕES DO FCVS

Dadas todas as projeções, consultas e consolidações é necessário que os montantes que não foram utilizados dos
balancetes de passivo do FCVS sejam incorporados de certa forma em uma conta totalizando esses ajustes para
se estar em conformidade com as boas práticas contábeis. Dessa forma, se criou esta conta para alocar todos os
ajustes do balanço contábil/atuarial do FCVS, FCVS Garantia, SCA e da própria operação do FCVS.

FCVS 2.11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos dados disponibilizados pelo FCVS foi possível a mensuração dos efetivos saldos de obrigação do
Fundo. Em análise dos trâmites processuais, dos balanços e bases de dados é possível inferir de forma clara e
consistente sobre os pontos de interesse.

A expectativa é de evolução ao longo dos próximos exercícios através da implementação de aperfeiçoamento nas
metodologias que resultaram nos resultados divulgados, levando em consideração, também, as melhorias que
vêm sendo implementadas pela Administradora do FCVS, e aos entendimentos realizados ao longo dos trabalhos.
Os aprimoramentos são constantes e sólidos, sempre com a participação dos profissionais gestores do FCVS,
agentes financeiros e consultoria.

Concluímos pela razoabilidade dos saldos apresentados e a utilização das melhoras práticas atuariais de
conhecimento das hipóteses fornecidas no momento das análises.

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Relatório da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para a Data-base 31 de agosto de 2020

ANEXO I – RESPONSABILIDADES ESTIMADAS PARA O FCVS EM RELAÇÃO AOS SALDOS RESIDUAIS

Em relação ao quadro apresentado, tem-se as seguintes observações:

 Operações Liquidadas: Contabilizadas a registrar no SICVS = [Novações em Andamento] + [Contratos Assinados e Não Baixados no SICVS]
Apresenta, quando existem, as quantidades de contratos e o valor do Saldo Devedor Líquido (SDL) de operações que se enquadrem em uma das duas seguintes
situações: “Novações em Andamento” ou operações quitadas em função de contratos assinados entre o FCVS e os Agentes Financeiros, mas cuja quitação
ainda não tinha sido registrada no SICVS até a data da avaliação atuarial.

 (SDB) para homologadas com (SDL=0):


Apresenta as quantidades de contratos e o valor do Saldo Devedor Bruto(SDB) de operações que, tendo direito à cobertura do FCVS, foram homologadas e
para as quais não resta valor registrado como Saldo Devedor Líquido devido, ou seja, para as quais o detalhamento das operações homologadas mostra (SDL
= 0).

 (SDB − SDL) para homologadas c/ SDL não zero:


Apresenta o valor da diferença entre o Saldo Devedor Bruto (SDB) e o Saldo Devedor Líquido (SDL) de contratos em ressarcimento para os quais tem-se o
Saldo Bruto maior que o Saldo Líquido, ou seja, para os quais houve algum tipo de quitação parcial.

Cabe ressaltar que somos informados que os valores do SDL e do SDB são regularmente reposicionados a cada data de cálculo.

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PARTE 4 – RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ATUARIAL DO FCVS-


GARANTIA

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O presente relatório tem por finalidade documentar as análises e origens das informações das contas referentes
ao FCVS Garantia.

O DRAA-FGAR reflete a relação do FCVS (através do FGAR) com os Agentes Financeiros – AF e com os
intervenientes na extinta Apólice Pública do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH
(como Seguradoras e SUSEP), registrando os direitos e obrigações, como consequência dos riscos cobertos ou
como contrapartida de prêmios e contraprestações recebidas ou a receber por conta da existência dessas
coberturas.

Tem, portanto, como objetivo final o aferimento da capacidade do FCVS em honrar as obrigações associadas ao
FCVS Garantia – extinto SH/SFH, ou, mais precisamente, aferir a diferença entre tais obrigações e os direitos
associados às mesmas e medir a dimensão do Déficit Atuarial existente.

Por meio da avaliação atuarial do FCVS Garantia é possível determinar adequadamente a parcela referente aos
riscos securitários no déficit técnico do FCVS. O formato do DRAA-FGAR pode sofrer alterações ao longo dos anos
de forma a quantificar as contribuições de cada item do resultado esperado do FCVS Garantia. Para o exercício
de 2020 o formato apresentado permaneceu inalterado.

Apresentam-se neste relatório de avaliação atuarial os direitos e obrigações oriundos do FCVS Garantia.

FGAR 1. [3.1.] CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS

Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
3.1. CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS 50.949.579
3.1.1. Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber 51.778.028
3.1.2. Valor Atual das Remunerações Futuras a Pagar (828.448)

FGAR 1.1. [3.1.1.] VALOR ATUAL DAS CONTRAPRESTAÇÕES FUTURAS A RECEBER

As Contraprestações correspondem aos valores arrecadados dos mutuários e recolhidos pelos AF em favor do
FCVS Garantia, para fazer face às garantias concedidas pelo FCVS para eventos de Morte e Invalidez Permanente
– MIP e Danos Físicos ao Imóvel – DFI. A premissa adotada nesta avaliação é de que todos os contratos seguirão
ativos até sua extinção, com exceção dos casos de liquidações referentes às ocorrências de MIP, sejam elas
parciais ou integrais. Vide nota técnica atuarial.

Trata-se de um grupo sem novos ingressantes e com data de término já estipulada, portanto a cada nova
avaliação espera-se uma redução adicional no valor projetado.

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FGAR 1.2. [3.1.2.] VALOR ATUAL DAS REMUNERAÇÕES FUTURAS A PAGAR

Em relação aos contratos ativos, existem obrigações com o pagamento de remunerações devidas pela
arrecadação dessas futuras contraprestações a receber. Todas as estimativas de remunerações devidas em
virtude da existência de contraprestações ou prêmios ainda não pagos, a menos que uma regra específica se
aplique a algum caso pontual, devem seguir os percentuais previstos a seguir.

FCVS
Destinatários das Remunerações SH/SFH
Gar
Agentes Financeiros
• interveniente obrigatório
1,6% 1,6%
• “fornecedor" do risco
• beneficiário direto ou indireto das indenizações
Seguradoras
• responsáveis pela operação do SH/SFH cujo risco era assumido pelo FCVS desde a 7,1% 0,0%
publicação do Decreto-Lei nº 2.476, de 16.9.88
SUSEP
• responsável pela supervisão das operações das Seguradoras
0,3% 0,0%
• responsável pelas NTAs que analisavam a condição do SH/SFH e que deveriam
redefinir as taxas para a manutenção do equilíbrio da apólice
CAIXA
• Administradora do FCVS
• intermediária entre o FCVS e as Seguradoras que administravam as operações cujo 0,6% 0,0%
risco era assumido pelo FCVS desde a publicação do Decreto-Lei nº 2.476, de
16.09.88
Subtotal 9,6% 1,6%
Parcela disponível para o pagamento das indenizações 90,4% 98,4%
Ponto de equilíbrio desejável 85,0% 98,4%
Margem de Resultado esperada quando da fixação dos percentuais de remuneração
dos 5,4% 0,0%
Intervenientes

FGAR 2. [3.2.] CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS A RECEBER/DEVOLVER

A conta “3.2 Contraprestações e Prêmios a Receber/Devolver”, bem como as contas “3.3 Parcelamentos a
Receber” e “3.4 Glosas a Receber”, compõe um grupo de direitos denominados de origem pretérita.

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Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.2. CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS A RECEBER/DEVOLVER 598.932.822


3.2.11. Contraprestações Líquidas do FCVS Garantia – Pendentes 114.000.516
3.2.12. Prêmios Líquidos do Extinto SHSFH – Pendentes 1.430.525.442
3.2.13. Devolução de prêmios/contraprestações solicitadas pelos AF (23.150.909)
3.2.14. Contraprestações Líquidas - Contratos Expirados - Devolução (7.296.452)
3.2.15. Provisão para não recebimento de Prêmios/Contraprestações (915.145.775)

FGAR 2.1. [3.2.11.] CONTRAPRESTAÇÕES LÍQUIDAS DO FCVS GARANTIA – PENDENTES

Por sua vez, esta conta é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.2.11. Contraprestações Líquidas do FCVS Garantia – Pendentes 114.000.516


3.2.11.1. Contraprestações líquidas do próprio mês de competência 1.036.617
3.2.11.2. Contraprestações líquidas em atraso de meses anteriores 112.963.900

FGAR 2.1.1. [3.2.11.1.] CONTRAPRESTAÇÕES LÍQUIDAS DO PRÓPRIO MÊS DE


COMPETÊNCIA

Esta conta contábil é apurada por meio do relatório operacional AGO_2020_Contrap_emitidas_e_a_receber e


corresponde às contraprestações do mês de competência deduzidas de remunerações.

FGAR 2.1.2. [3.2.11.2.] CONTRAPRESTAÇÕES LÍQUIDAS EM ATRASO DE MESES


ANTERIORES

Esta conta contábil é apurada por meio do relatório operacional AGO_2020_Contrap_em_Atraso_v2 e


corresponde às contraprestações em atraso (até 180 dias e após 180 dias) deduzidas de remunerações.

FGAR 2.2. [3.2.12.] PRÊMIOS LÍQUIDOS DO EXTINTO SHSFH – PENDENTES

Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.2.12. Prêmios Líquidos do Extinto SHSFH – Pendentes 1.430.525.442


3.2.12.1. Prêmios Pendentes do Extinto SHSFH 1.477.462.940
3.2.12.2. Remunerações dos AF nos prêmios pendentes (18.737.822)
3.2.12.3. Remunerações das Seguradoras nos prêmios pendentes (27.175.338)
3.2.12.4. Remunerações da SUSEP nos prêmios pendentes (1.024.338)

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FGAR 2.2.1. [3.2.12.1.] PRÊMIOS PENDENTES DO EXTINTO SHSFH

As informações desta conta contábil são provenientes do relatório operacional AGO_2020_Contrap_em_Atraso


(Antigo - SCPR09) e refletem um direito do FCVS Garantia, visto que correspondem ao estoque de valores em
inadimplência dos prêmios do extinto SH/SFH.
Destaca-se que o montante das contraprestações diminui a cada ano em percentuais elevados, em linha com a
redução na quantidade de contratos ativos, enquanto que o estoque de valores em inadimplência cresce
significativamente e, portanto, provoca um aumento na participação deste item na composição do resultado do
FCVS Garantia.

FGAR 2.2.2. [3.2.12.2.] REMUNERAÇÕES DOS AF NOS PRÊMIOS PENDENTES

Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas aos AF caso os prêmios pendentes do extinto
SH/SFH fossem adimplidos.

FGAR 2.2.3. [3.2.12.3.] REMUNERAÇÕES DAS SEGURADORAS NOS PRÊMIOS


PENDENTES

Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas às Seguradoras caso os prêmios pendentes do
extinto SH/SFH fossem adimplidos.

FGAR 2.2.4. [3.2.12.4.] REMUNERAÇÕES DA SUSEP NOS PRÊMIOS PENDENTES

Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas à SUSEP caso os prêmios pendentes do extinto
SH/SFH fossem adimplidos.

FGAR 2.3. [3.2.13.] DEVOLUÇÃO DE PRÊMIOS/CONTRAPRESTAÇÕES SOLICITADAS PELOS


AF

Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.2.13. Devolução de prêmios/contraprestações solicitadas pelos AF (23.150.909)


3.2.13.1. Valor Líquido para Competências Jun/84 a Jan/15 (22.876.848)
3.2.13.2. Valor Líquido para Competências a partir de Fev/15 (274.061)

FGAR 2.3.1. [3.2.13.1.] VALOR LÍQUIDO PARA COMPETÊNCIAS JUN/84 A JAN/15

No encerramento de um contrato, seja no fim do prazo do financiamento, seja com a antecipação de sua
liquidação, o AF deve buscar acertar todas as contas correspondentes a esse contrato, o que inclui a solicitação
de contraprestações indevidamente pagas. Os valores referentes a esta conta contábil são provenientes do
arquivo [AGO_2020_FCVS Garantia_Operacional_C_e_NC].

Essa conta registra os valores acumulados das solicitações já feitas pelos AF e que estão pendentes de devolução,
depois de devidamente analisadas quanto ao número máximo de parcelas passíveis de devolução.

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Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a Data-base 31 de agosto de 2020

FGAR 2.3.2. [3.2.13.2.] VALOR LÍQUIDO PARA COMPETÊNCIAS A PARTIR DE FEV/15

Os valores referentes a esta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC]. Essa conta registra os valores acumulados das solicitações já feitas pelos AF e
que estão pendentes de devolução, depois de devidamente analisadas quanto ao número máximo de parcelas
passíveis de devolução. Esclarece-se que a segregação em períodos (de JUN/84 a JAN/15 e a partir de FEV/15)
deve-se ao fato de, a partir de FEV/15, os valores solicitados pelos AF para devolução – que eram registrados
por eles dentro do movimento operacional e apurados pelo sistema de nota de cobrança (SCP) – passaram a ser
registrados em sistema novo e próprio (SCDP).

FGAR 2.4. [3.2.14.] CONTRAPRESTAÇÕES LÍQUIDAS - CONTRATOS EXPIRADOS -


DEVOLUÇÃO

Os valores referentes a esta conta contábil são provenientes do arquivo


[Expectativa_Devolucao_Contratos_Expirados (Antigo LCA902C0)] e corresponde aos contratos cuja data de
término os caracterizaria como formalmente expirados, mas que continuam como contratos ativos para as
coberturas securitárias, especialmente no recolhimento de contraprestações, onde existe a certeza de que, em
algum momento, haverá a solicitação de devolução das contraprestações que, eventualmente, tenham sido pagas
a maior. Afinal, embora, de acordo com as informações disponíveis, o financiamento tenha chegado ao fim, pode
ter acontecido alguma alteração contratual que dilatou esse prazo e que não foi comunicada ao FCVS Garantia.

Por outro lado, se o contrato tiver sido olvidado nas bases do FCVS Garantia, ainda que lá permaneça por muitos
anos, o AF somente terá ressarcidas as 12 últimas contraprestações. Em contrapartida, na devolução de
contraprestações ao AF, este deverá ressarcir o FCVS Garantia das remunerações recebidas por conta do
pagamento dessas contraprestações.

Para a avaliação atuarial 2020 o valor foi estimado levando-se em consideração a hipótese de manutenção da
tendência observada em anos anteriores.

3.2.14. Contraprestações Líquidas - Contratos Expirados - Devolução (7.296.452)

FGAR 2.5. [3.2.15.] PROVISÃO PARA NÃO RECEBIMENTO DE PRÊMIOS /


CONTRAPRESTAÇÕES

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC]. Essa é uma variável que tende a acompanhar, em proporção, a variação dos
Prêmios e Contraprestações Pendentes dos quais é a contrapartida.

3.2.15. Provisão para não recebimento de Prêmios/Contraprestações (915.145.775)

FGAR 3. [3.3.] PARCELAMENTOS A RECEBER

Esta conta refere-se a um grupo de direitos denominados de origem pretérita e é formada pelas seguintes contas
e respectivos valores em R$:

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3.3. PARCELAMENTOS A RECEBER 11.475.178


3.3.1. Contraprestações e Prêmios Parcelados 11.985.763
3.3.2. Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) (510.584)

FGAR 3.1. [3.3.1.] CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS PARCELADOS

Por sua vez, a conta de contraprestações e prêmios parcelados corresponde ao fluxo de recebimento de valores
de prêmios e contraprestações que foram objeto de contratos de parcelamento firmados entre os AF
inadimplentes e o FCVS Garantia e é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.3.1. Contraprestações e Prêmios Parcelados 11.985.763


3.3.1.1. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 114/2001 15.276
3.3.1.2. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 133/2002 11.970.487

FGAR 3.1.1. [3.3.1.1.] PARCELAMENTO A RECEBER COM BASE NA RES. CCFCVS N.º
114/2001

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

FGAR 3.1.2. [3.3.1.2.] PARCELAMENTO A RECEBER COM BASE NA RES. CCFCVS N.º
133/2002

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

FGAR 3.2. [3.3.2.] REMUNERAÇÕES NOS VALORES PARCELADOS (RES. CCFCVS N.º
133/2002)

A conta de remunerações nos valores parcelados é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.3.2. Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) (510.584)
3.3.2.1. Remunerações dos AF nos valores parcelados (137.801)
3.3.2.2. Remunerações das Seguradoras nos valores parcelados (346.010)
3.3.2.3. Remunerações da SUSEP nos valores parcelados (26.773)

FGAR 3.2.1. [3.3.2.1.] REMUNERAÇÕES DOS AF NOS VALORES PARCELADOS

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

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FGAR 3.2.2. [3.3.2.2.] REMUNERAÇÕES DAS SEGURADORAS NOS VALORES


PARCELADOS

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

FGAR 3.2.3. [3.3.2.3.] REMUNERAÇÕES DA SUSEP NOS VALORES PARCELADOS

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

FGAR 4. [3.4.] GLOSAS A RECEBER

Esta conta refere-se a um grupo de direitos denominados de origem pretérita e consiste na contestação de
operações realizadas pelas Seguradoras relativas ao recolhimento de prêmios ou a regulação administrativa de
sinistros. É formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

3.4. GLOSAS A RECEBER 8.390.484


3.4.1. Glosas Julgadas Procedentes pelo CCFCVS - Pendentes de pagamento 7.374.403
3.4.2. Glosas em discussão no CCFCVS 101.081
3.4.3. Glosas em discussão em outras esferas (Justiça Federal e outras) 915.000

FGAR 4.1. [3.4.1.] GLOSAS JULGADAS PROCEDENTES PELO CCFCVS - PENDENTES DE


PAGAMENTO

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo [AGO_2020_FCVS


Garantia_Operacional_C_e_NC].

FGAR 4.2. [3.4.2.] GLOSAS EM DISCUSSÃO NO CCFCVS

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo AGO_2020_GLOSAS_não_julgadas.

FGAR 4.3. [3.4.3.] GLOSAS EM DISCUSSÃO EM OUTRAS ESFERAS (JUSTIÇA FEDERAL E


OUTRAS)

As informações desta conta contábil são provenientes do arquivo AGO_2020_GLOSAS_não_julgadas.

FGAR 5. [4.] TOTAL DOS DIREITOS DO FCVS GARANTIA

Por fim apresenta-se o resultado da conta do ativo do DRAA-FGAR. Valores em R$:

3.1. CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS 50.949.579


3.2. CONTRAPRESTAÇÕES E PRÊMIOS A RECEBER/DEVOLVER 598.932.822
3.3. PARCELAMENTOS A RECEBER 11.475.178
3.4. GLOSAS A RECEBER 8.390.484

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3. TOTAL DOS DIREITOS DO FCVS GARANTIA 669.748.064

FGAR 5.1. [4.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO

Este grupo de contas que compõe as obrigações no DRAA-FGAR apresenta o valor esperado dos gastos associados
ao pagamento de indenizações e despesas com a regulação de eventos dos contratos ativos que venham a ser
acionados administrativamente. Os contratos de MIP; DFI e Valores relacionados à Regulação, dessa forma, são
componentes do que se espera desses gastos.

4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517
4.1.1. Valor Esperado – Eventos futuros de MIP 84.209.262
4.1.2. Valor Esperado – Eventos futuros de DFI 27.334.769
4.1.3. Valor Esperado – Despesas futuras com regulação 409.486

Os valores contidos nas subcontas [4.1.1., 4.1.2. e 4.1.3] são resultados de projeções com base na movimentação
dos contratos ativos. Vide nota técnica atuarial.

FGAR 5.2. [4.2.] PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A)

4.2. PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) 6.625.331


4.2.1. P.E.O.N.A. – MIP 6.584.593
4.2.2. P.E.O.N.A. – DFI 0
4.2.3. P.E.O.N.A. – Despesas com regulação 40.738

A PEONA se trata de estimativa com base na construção de um triângulo (chamado de triângulo de run-off) que
acumula os eventos ocorridos e distribui-os de acordo com o mês de aviso. Os valores considerados são
registrados como valores que ainda não foram demonstrados da DRAA em anos anteriores. Vide nota técnica
atuarial.

FGAR 5.3. [4.2.1.] P.E.O.N.A – MIP

A forma de obtenção do valor da PEONA – MIP é por meio da construção de um triângulo de run-off,
considerando base histórica e velocidade de aviso do sinistro. Vide nota técnica atuarial.

FGAR 5.4. [4.2.2.] P.E.O.N.A – DFI

A forma de obtenção do valor da PEONA – DFI é por meio da construção de um triângulo de run-off, considerando
base histórica e velocidade de aviso do sinistro. Vide nota técnica atuarial.
Aplicando a metodologia, observamos que não há efetivamente novos sinistros DFI sendo avisados, uma vez que
a maioria dos registros de 2019 foram negados ou considerados irregulares. Mesmo utilizando um triângulo de

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alocação semestral não é observado volume e, desta forma, optou-se por registrar valor zero e manter essa
provisão em observação e realizar o acompanhamento no próximo exercício.

FGAR 5.5. [4.2.3.] P.E.O.N.A – Despesas com regulação

Nas despesas com regulações é observado a variação proporcional da PEONA MIP do ano anterior e aplicando
essa proporcionalidade na PEONA MIP do ano vigente se obtém o valor da provisão. Vide nota técnica atuarial.

FGAR 5.6. [4.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR

4.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) 15.404.821.252


4.3.1. Aviso Administrativo – com Análise Concluída 571.976.988
4.3.1.1. Indenizações Represadas (MIP) 565.820.993
4.3.1.2. Eventos de MIP - Não Represados 6.119.874
4.3.1.3. Eventos de DFI - Não Represados 36.121
4.3.2. Aviso Administrativo – sem Análise Concluída 13.108.377
4.3.2.1. Eventos de MIP 12.254.819
4.3.2.2. Eventos de DFI 853.558
4.3.6. Recursos no CCFCVS – sem Análise Concluída 2.252.843
4.3.6.1. Eventos de MIP 1.722.762
4.3.6.2. Eventos de DFI 530.081
4.3.8. Pleitos Judiciais – Ações Judiciais em Andamento – Primitivas 13.744.858.408
4.3.11. Pleitos Judiciais – Ações de Regresso Movidas por Seguradoras 325.112.314
4.3.13. Pleitos Judiciais – Ações Interruptivas Movidas por Seguradoras 627.931.342
4.3.15. Pleitos Judiciais – Expectativa de Ressarcimentos à Adm. FCVS 119.580.979
4.3.15.1. Despesas e Valores a Ressarcir em Ações Judiciais 107.442.172
4.3.15.2. Aluguéis a Ressarcir 3.618.858
4.3.15.3. Despesas com Imóveis (Segurança) a Ressarcir 8.059.432
4.3.15.4. Pagamentos de Encargos Mensais a Ressarcir 460.517

A Provisão para Eventos a Liquidar reúne todas as obrigações possíveis do FCVS Garantia relacionado a sinistros.
A referida provisão reúne as indenizações represadas, não represadas e as vinculadas às ações judiciais e
administrativas. Cada conta do quadro acima tem seu valor definido ou por estatísticas que levam a estimativas
ou por consolidação dos saldos das despesas incorridas de eventos. Vide nota técnica atuarial. Cabe destacar
que em relação ao item 4.3.1.2, a variação entre o exercício anterior deve-se a movimentações naturais das
contas, obtidas por meio dos relatórios operacionais e valores de balancete.

FGAR 5.7. [4.3.1.] AVISO ADMINISTRATIVO – COM ANÁLISE CONCLUÍDA

O subitem 4.3.1 compreende as obrigações que estão represadas até o determinado momento, tanto eventos
quanto sinistros, e os não represados, ou seja, eventos a serem pagos com base nos acontecimentos correntes
de MIP e DFI. Os saldos correspondem ao arquivo operacional [IndenRepresadas082020] contendo o montante
do saldo. Os eventos não represados, correspondente a MIP e DFI, possuem seu status concluído e irão ser
liquidados conforme data determinada.

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FGAR 5.8. [4.3.2.] AVISO ADMINISTRATIVO – SEM ANÁLISE CONCLÚIDA

Este item compreende tanto os eventos MIP quanto os eventos DFI. As indenizações, conforme os montantes são
apresentados, ainda estão em algum processo de análise, tais como: processos regulatórios, trânsito em julgado
ou em espera administrativa (análise dos pedidos). Os itens 4.3.2.1 e 4.3.2.2 são provenientes de
relatórios/bases [AGO_2020 Indenizacoes de Eventos_MIP] e [AGO_2020 Indenizacoes de Eventos_DFI].

FGAR 5.9. [4.3.6.] RECURSOS NO CCFCVS – SEM ANÁLISE CONCLUÍDA

Os recursos relacionados aos eventos sem análise concluída, composta pelos itens 4.3.6.1 e 4.3.6.2 são relativos
ao total dos valores pendentes de recursos no CCFCVS em 31.08.2020. Os saldos das contas deste item foram
dados conforme arquivo operacional [Processos_pendentes_extinto_CRSFH_atual_CCFCVS]. O mesmo ocorre
para o saldo do recurso relativo ao DFI.

FGAR 5.10. [4.3.8.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES JUDICIAIS EM ANDAMENTO – PRIMITIVAS

Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que estão em andamento. A
metodologia e dados utilizados para o cálculo estão dispostos em nota técnica atuarial.

FGAR 5.11. [4.3.11.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES DE REGRESSO MOVIDAS POR


SEGURADORA

Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que tiveram origem de
seguradoras, mas que ainda estão refletidas no presente. Esta informação é proveniente do relatório [(2018_2020
Quantidade de AR e valores].

FGAR 5.12. [4.3.13.] PLEITOS JUDICIAIS – AÇÕES INTERRUPTIVAS MOVIDAS POR


SEGURADORAS

Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que advém de seguradoras,
contudo com processo sofrendo interrupções. Esta informação é igualmente proveniente do relatório
[Interruptivas].

FGAR 5.13. [4.3.15.] PLEITOS JUDICIAIS – EXPECTATIVA DE RESSARCIMENTO À ADM. DO


FCVS

Neste item são demonstradas todas as demais despesas incorridas de eventos, como advindo de processos
jurídicos, aluguéis e desembolsos mensais com segurança e demais despesas. A conta despesas com Valores a
Ressarcir [4.3.15.1] e Pagamentos de Encargos Mensais a Ressarcir [4.3.15.4.] foram estimadas levando em
consideração a manutenção da tendência observada em anos anteriores. O item Aluguéis a Ressarcir [4.3.15.2.]
e Despesas com Imóveis (Segurança) a Ressarcir [4.3.15.3.] é resultante da projeção de agosto de 2020 a agosto
de 2025, sendo atualizado pelo índice IPCA dos respectivos anos a partir do saldo principal inicial calculado por
meio de despesas atuais e/ou históricas, considerando a taxa ETTJ para o cálculo do valor presente.

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FGAR 6. [4.4] OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA

4.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 500.149.213


4.4.1. Despesas administrativas futuras da Adm. FCVS 500.019.802
4.4.4. Cooperação Técnica - Convênio CAIXA/SUSEP 129.410

O valor atual do resultado esperado para as operações ativas não considera parte do custo administrativo futuro,
uma vez que o valor é integralmente estimado e lançado no DRAA-FGAR como subcontas do item Outras
Obrigações do FCVS Garantia [4.4.].

FGAR 6.1. [4.4.1.] Despesas administrativas futuras da Adm. FCVS

O saldo das despesas administrativas futuras corresponde à projeção da despesa administrativa, por meio das
respectivas taxas de projeção e despesas históricas. Os saldos foram projetados com base na hipótese de
perpetuação até a quitação da última responsabilidade do FCVS – de maneira semelhante aos anos anteriores.

FGAR 6.2. [4.4.4.] Cooperação Técnica – Convênio CAIXA/SUSEP

Trata-se do registro de valor devido à SUSEP por conta do trabalho de fiscalização das Operações do SH/SFH em
período posterior a 2009. Essa obrigação está contabilizada em conformidade com os termos do Convênio que,
terminado definitivamente, fará esse item ser zerado no DRAA-FGAR.

FGAR 7. VALOR TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO FGAR

Com base nos saldos apresentados, o valor total das obrigações do FCVS Garantia é:

4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517
4.2. PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) 6.625.331
4.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) 15.404.821.252
4.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 500.149.213
4. TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 16.023.549.313
5. RESULTADO ESPERADO PARA O FCVS GARANTIA (15.353.801.248)

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PARTE 4 – RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ATUARIAL DO SCA

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O Seguro de Crédito do Adquirente fornece garantia:

a. aos casos previstos na alínea "d" do item 6 da RD nº 03/84, cuja execução da dívida ou dação em
pagamento tenha, respectivamente, se iniciado ou sido formalizada até 10.02.84;

b. às operações de financiamentos que, tendo sido objeto de execução hipotecária iniciada até 10.02.84,
venham a ser renegociadas pelos Agentes Financeiros, mediante incorporação dos encargos em atraso,
por força do que dispõe o art. 3o do Decreto-lei nº 2.164, de 19.09.84, com a redação dada pelo Decreto-
lei nº 2.240, de 31.01.85.

c. às operações oriundas do Programa de Cooperativas Habitacionais, cujos custos finais tenham sido
apurados até 31.01.84, mesmo que os contratos com os cooperativados sejam firmados após aquela
data.

Apresentam-se neste relatório de avaliação atuarial os direitos e obrigações oriundos do SCA no âmbito do FCVS.

SCA 1. [6.3.7.] DIREITOS DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE

Esta conta do ativo da DRAA-SCA é formada pelas contas e respectivos valores em R$:

6.3.7. DIREITOS DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 438.622


6.3.7.2. Contribuições ao SCA a receber/devolver 438.622

SCA 1.1. [6.3.7.2.] CONTRIBUIÇÕES AO SCA A RECEBER/DEVOLVER

Este item do DRAA-SCA é formado pelas contas e respectivos valores em R$:

6.3.7.2. Contribuições ao SCA a receber/devolver 438.622


6.3.7.2.1. Contribuições Pendentes - Vinculadas a contraprestações do FGAR 30.775
6.3.7.2.2. Contribuições Pendentes - Vinculadas a prêmios do extinto SH/SFH 442.893
6.3.7.2.3. Devolução de contribuições ao SCA solicitadas pelos AF (58.693)
6.3.7.2.5. Devolução de contribuições ao SCA em contr. expirados 23.647

SCA 1.2. [6.3.7.2.1.] CONTRIBUIÇÕES PENDENTES - VINCULADAS A CONTRAPRESTAÇÕES


DO FGAR

Esta conta é formada pelas subcontas e respectivos valores em R$:

6.3.7.2.1. Contribuições Pendentes - Vinculadas a contraprestações do FGAR 30.775


6.3.7.2.1.1. Contribuições do próprio mês de competência 2.018
6.3.7.2.1.2. Contribuições em atraso, até 180 dias 1.475
6.3.7.2.1.3. Contribuições em atraso, após 180 dias 27.282

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SCA 1.2.1. [6.3.7.2.1.1.] CONTRIBUIÇÕES DO PRÓPRIO MÊS DE COMPETÊNCIA

O valor correspondente ao item 6.3.7.2.1.1. foi retirado do arquivo


AGO_2020_Contrap_Emitidas_e_a_Receber.xls, no qual consta o valor do crédito em relação as contribuições do
mês de competência. Esse valor corresponde ao saldo correspondente ao SCA, de forma que a contabilização é
realizada em paralelo.

SCA 1.2.2. [6.3.7.2.1.2.] CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO, ATÉ 180 DIAS

A informação correspondente a esta subconta é proveniente do relatório AGO_2020_Contrap_em_Atraso_v2


(Antigo - SCPR09).

SCA 1.2.3. [6.3.7.2.1.3.] CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO, APÓS 180 DIAS

A informação correspondente a esta subconta é proveniente do relatório AGO_2020_Contrap_em_Atraso (Antigo


- SCPR09).

SCA 1.3. [6.3.7.2.2.] CONTRIBUIÇÕES PENDENTES - VINCULADAS A PRÊMIOS DO


EXTINTO SH/SFH

O item 6.3.7.2.2 refere-se à inadimplência do extinto SH/SFH, ou seja, todas a contraprestações que estão em
atraso (pendentes) atualizadas no mês de competência e provém igualmente do relatório
AGO_2020_Contrap_em_Atraso (Antigo - SCPR09).

SCA 1.3.1. [6.3.7.2.3.] DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO SCA SOLICITADAS PELOS


AF

A conta 6.3.7.2.3. é formada somente pela subconta a seguir e respectivo valor em R$:

6.3.7.2.3. Devolução de contribuições ao SCA solicitadas pelos AF (58.693)


6.3.7.2.3.1. Competências Jun/84 a Jan/15 (SCPR) (58.693)

SCA 1.3.1.1. [6.3.7.2.3.1.] COMPETÊNCIAS JUN/84 A JAN/15 (SCPR)

Para as competências anteriores a fevereiro de 2015, as informações desta provém do relatório SCPR21 –
Expectativa de devolução por Agente Financeiro. Convém notar que este valor se mantém constante em
relação aos exercícios anteriores.

SCA 1.3.2. [6.3.7.2.5.] DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO SCA EM CONTR.


EXPIRADOS

As informações desta subconta são provenientes do arquivo LCA902C0, a partir dos quais pode-se confeccionar
um Cálculo de Contraprestações/Prêmios a Devolver aos AFs. De posse de tais informações, pode-se proceder ao
cálculo dos prêmios e contraprestações pagas ao SCA e que deverão ser objeto de pedido de devolução.

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SCA 2. OBRIGAÇÕES DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE

Esta conta do passivo da DRAA-SCA é formada pelas contas e respectivos valores em R$:

6.3.8 OBRIGAÇÕES DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 78.406.461


6.3.8.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO 208.065
6.3.8.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) -
78.198.397
Pendentes de Pagamentos ou de Decisões Judiciais
6.3.8.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO SCA 0

SCA 2.1. [6.3.8.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO

O valor correspondente a esta conta é informado diretamente pelos responsáveis pelo SCA e refere-se aos
sinistros já totalmente regulados e cujo valor devido ao Agente Financeiro foi homologado e constitui, portanto,
um valor a pagar.

SCA 2.2. [6.3.8.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (INDENIZAÇÕES E DESPESAS)


- PENDENTES DE PAGAMENTOS OU DE DECISÕES JUDICIAIS

Conforme confirmado pela equipe responsável pelo SCA, 2014 constitui-se no último ano de vigência de contratos
com cobertura de SCA. Mantendo a metodologia empregada nos últimos anos, estimou-se a provisão para os
sinistros pendentes de análise de recurso do Agente Financeiro, admitindo como expectativa da responsabilidade
do FCVS, para todos os sinistros, o valor médio pago nos últimos anos, sem qualquer correção de valores.

SCA 2.3. [6.3.8.4.] OUTRAS OBRIGAÇÕES DO SCA

Esta subconta do passivo da DRAA-SCA é formada pela conta e respectivo valor em R$:

6.3.8.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO SCA 0


6.3.8.4.1. Despesas Administrativas Futuras 0

SCA 2.3.1. [6.3.8.4.1.] DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS

As “despesas administrativas futuras” referem-se aos custos associados à existência de contratos ativos com
cobertura do SCA. Em determinado momento do SFH o SCA deixou de garantir para novos contratos o pagamento
dos resíduos ao final do prazo de financiamento. Ao final desse processo, porém, continuou responsável pelos
riscos securitários, mesmo para os contratos em que não era responsável pelo pagamento dos eventuais saldos
residuais.

Essa situação se manteve até que novas normas estipularam que nenhum novo risco securitário seria assumido
pelo SCA. Assim, tem-se a certeza de que haverá riscos cobertos no FCVS Garantia anos após o término de
vigência do último contrato com garantia de assunção dos resíduos pelo FCVS.

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O modelo de cálculo das despesas administrativas futuras considera a quantidade de meses existente entre a
data de cálculo e a data de término estimada para as atividades do SCA, o que corresponde à data posterior ao
final de vigência do último contrato com garantia securitária de responsabilidade do SCA.

O valor mensal a ser gasto é definido com base no histórico.

Contudo, por tratar-se de uma estimativa que envolve bases históricas e que nos últimos períodos observa-se
que não fora contabilizado montantes relativos a tais despesas, consideramos que para fins de projeções futuras
que o valor tende a zero.

SCA 2.4. [6.3.] RESULTADO ESPERADO PARA O SCA

Esta conta da DRAA-SCA é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:

6.3.7. DIREITOS DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 438.622


6.3.8 OBRIGAÇÕES DO SEGURO DE CRÉDITO DO ADQUIRENTE 78.406.461
6.3. RESULTADO ESPERADO PARA O SCA (77.967.839)

*****

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PARTE 5 – NOTA TÉCNICA ATUARIAL

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Apresentamos a seguir a nota técnica atuarial para o FCVS e o FCVS-Garantia, que contém a descrição de cálculo
para os valores cuja natureza é de estimativa e, consequentemente, não são diretamente provenientes de
relatórios produzidos pela Administração do FCVS ou de contas do balancete.

NTA 1. [2.1.1.1.1] HOMOLOGADAS – EM RESSARCIMENTO

Para fins do cálculo dos contratos homologados em ressarcimento, são utilizadas essencialmente as informações
disponibilizadas pelo FCVS, a partir do relatório intitulado P6901, onde são apuradas as médias e quantitativos
de cada agente financeiro.

NTA 2. [2.1.1.1.2] HABILITADAS, MAS NÃO HOMOLOGADAS

A seguir é apresentado o método para se encontrar os valores estimados para os contratos habilitados no SICVS,
cujos valores ainda não foram homologados pelo FCVS. Para tanto, foram utilizados os contratos que já se
encontram no sistema na situação de homologados e, a partir deles, foram estimados os valores médios a serem
vinculados a cada contrato habilitado. Foram considerados para a questão de segmentação as variáveis como
agente financeiro e data de ocorrência para se obter uma maior precisão sobre a alocação dos valores médios
nos contratos. Na ausência dessas variáveis ou agentes financeiros, vão se reduzindo as granularidades do valor
médio até ser necessário a utilização de um valor médio global. Adicionalmente, é empregado o fator de negativa
de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75. Abaixo, segue a formulação utilizada

para se obter a estimativa:

∑ ℎ ! "
é = , %
∑ #$ % % ℎ ! "

' % %(% % % "% % ( % )$% *% % % )$% % ;

, %-% % %(% % %% % !%

.2.1.1.1.22 = #$ % %3 × × é

NTA 3. [2.1.1.1.3] REVERSÃO DE NEGATIVAS POR MULTIPLICIDADE

Para o cálculo desse montante são utilizados os mesmos montantes do item [2.1.1.1.2], considerando uma menor
granularidade dos dados, utilizando apenas o valor médio calculado por agente financeiro. Adicionalmente, é
empregado o fator de negativa de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75. A

formulação é dada abaixo:


∑ ℎ ! "
é = , %
∑ #$ % % ℎ ! "

' % %(% % "% % ( % )$% *% % % )$% %

.2.1.1.32 = #$ % %3 $ * % × × é

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NTA 4. [2.1.1.2] CONTRATOS NÃO HABILITADOS

A seguir é apresentado o método para se encontrar os valores estimados para os contratos não habilitados em
posse dos agentes financeiros. Sua estimação é muito similar ao método utilizado em [2.1.1.1.2]. Adicionalmente,
é empregado o fator de negativa de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75:

∑ ℎ ! "
é = , %
∑ #$ % % ℎ ! "

' % %(% % % "% % ( % )$% *% % % )$% % ;

.2.1.1.1.32 6789 6 :7 = #$ % %3 6789 6 :7 × × é 6789 6 :7

Em caso de não haver registros de valores para esse agente financeiro se adota a média global dos contratos,
dado por:

∑ ℎ ! "
é ;<7= < =
∑ #$ % % ℎ ! "

.2.1.1.1.32 : 6789 6 :7 = #$ % %3 : 6789 6 :7 × × é ;<7= <

.2.1.1.1.32 = .2.1.1.1.32 6789 6 :7 + .2.1.1.1.32: 6789 6 :7

NTA 5. [2.1.2.1] RESÍDUOS ESPERADOS

Esta conta se refere aos saldos residuais esperados dos contratos considerados como ativos e o seu cálculo é
demonstrado abaixo:

DE éFG 87H E = I
.2.1.2.12 = ? - × @A B$ C 8 <
JKL , %

@A B$ C 8 < é A !% % B$ $
, é ! é %(! %
,M %é −M % % $

NTA 6. [2.1.2.2] CONTRIBUIÇÕES FUTURAS AO FCVS

As contribuições futuras são relativas aos diretos que o FCVS ainda possui sobre alguns contratos que estão
classificadas como ativos e sua estimação foi dada por:

D, M %−, é ! I
.2.1.2.22 = ? O % 3 ' - × D% 3 M$ çã I × , %
30

, é ! é %(! %

,M %é −M % % $

NTA 7. [2.1.2.3] CRÉDITOS ANTECIPADOS AOS AF

Para fins do cálculo dos créditos antecipados aos agentes financeiros, são utilizadas essencialmente as
informações disponibilizadas pelo FCVS, a partir do relatório intitulado MICP.FCVS.S344101.A98899.D090920,
bem como rubricas do balancete.

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NTA 8. [2.1.1.4] PROVISÃO PARA CONTRATOS EM RNV

Esta provisão foi criada para estimar os valores de reajustes de acordo com a transição dos contratos em estado
de RNV para RCV e seu cálculo foi realizado da seguinte forma:

@X2V YWZ\] + @X2V YWZ\^


#@X2V YWZ\] + #@X2V YWZ\^ a b
@X2V_YWZ\^ + @X2V_YWZWZ
.2.1.1.42 UVW
= @X2V YWZWZ ×[ ` × ,
#@X2V_YWZ\^ + #@X2V_YWZWZ .#@X2V_YWZ\^ + #@X2V_YWZWZ 2

∑Wj\ #@X2V Ydefghi ∑Wj\ @X2V_Ydefghi


.2.1.1.42UVL = @X5V YWZWZ × × , %
∑Wj\ #@X2 V_Ydefkhi ∑Wj\ #@X2V_Ydefkhi

#@XV Y é )$ % % %! Xl .

#@XV_Y é )$ % % %! X3 )$% % % - ! %! Xl % .

@XV Y é ! % % %! Xl )$% % ! X3 %"$ %.

@XV_Y é ! % % %! X3 - "% %.

NTA 9. [2.1.3] DESPESAS ADMINISTRATIVAS FUTURAS

Em se tratando de despesas administrativas futuras foram adotadas hipóteses de evolução dos custos no curto
prazo com o decaimento ao longo dos anos dado pela formulação abaixo:

,% *% 7WZWZ
[ ` 3
8
,% *% é C 8 < = ×
,% *% 7 WZWZ 4

WZW] WZJq
,% *% é C 8 < × @A O B%çã ,% *% é C 8 < × @A O B%çã
.2.1.32 = ? + ?
D1 + n@@oID pZ,LI D1 + n@@oID pZ,LI
jWZW\ jWZW^
WZr\
,% *% é C 8 < × @A O B%çã
+ ? , %
D1 + n@@oID pZ,LI
jWZJ]

@A O B%çã é ℎ *ó % % % %- $çã $ ;

n@@o é A % % $ * ℎ t nO

NTA 10. [3.1.1.] Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber

Referente à conta do passivo relacionada ao valor atual das contraprestações futuras a receber, realizamos uma
estimativa com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos
contratos ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:

.3 - 2WZWZ
.3.1.1. 2WZWZ = .4.1.1. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^

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NTA 11. [4.1.1.] Valor Esperado – Eventos futuros de MIP

Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros de MIP, realizamos uma estimativa
com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos contratos
ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:

.3 - 2WZWZ
.4.1.1. 2WZWZ = .4.1.1. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^

NTA 12. [4.1.2.] Valor Esperado – Eventos futuros de DFI

Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros de DFI, realizamos uma estimativa
com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos contratos
ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:

.3 - 2WZWZ
.4.1.2. 2WZWZ = .5.1.2. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^

NTA 13. [4.1.3.] Valor Esperado – Despesas futuras com regulação

Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros com despesas de regulação,
realizamos uma estimativa com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação
a evolução dos contratos ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a
seguinte estimativa:

.3 - 2WZWZ
.4.1.3. 2WZWZ = .5.1.3. 2WZWZ ×
.3 - 2WZ\^

NTA 14. [4.2.1.] P.E.O.N.A. – MIP e [4.2.2.] P.E.O.N.A. – DFI

Referente à conta do passivo relacionada à PEONA, realizamos uma estimativa por meio do triângulo de run-off,
que visa estimar os eventos ocorridos e ainda não avisados por meio do comportamento histórico dos sinistros,
conforme quadro a seguir:

Desenvolvimento - Mês de Emissão


Início de
vigência
0 1 2 .... z

Y1/20xx Eventos históricos

Y2/20xx Eventos históricos Estimativa futura

.... Eventos históricos Estimativa futura

Y99/20xx Eventos históricos Estimativa futura

Yn/20xn Eventos
históricos Estimativa futura

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NTA 15. [4.3.8.] Pleitos Judiciais – Ações Judiciais em Andamento – Primitivas

Referente aos pleitos judiciais das ações judiciais primitivas em andamento, mantivemos inalterada a metodologia
desenvolvida ao longo dos últimos anos pela consultoria anteriormente responsável pelos trabalhos de avaliação
atuarial.
Com base no arquivo [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20], utilizamos a coluna cujo conteúdo são os nomes das varas
de justiça para identificar as cidades, unidades da federação e o tipo do juizado (estadual ou federal).
Utilizando os percentuais presentes na tabela abaixo, associamos a cada combinação de [unidade da federação]
e [juizado estadual/federal] um percentual esperado histórico para pagamento das ações.

Juizado UF_grp % Pagto


JE NE2 46,14%
JE PR 56,05%
JE RS 41,12%
JE SC 51,86%
JE SP 68,05%
JE z1 44,05%
JE z2 33,60%
JF NE2 72,01%
JF PR 26,83%
JF RS 89,04%
JF SC 38,30%
JF SP 73,24%
JF z1 66,94%
JF z2 27,90%
NA 50,76%

Dentre os principais tratamentos realizados nesta rubrica, estão:

1) Pleitos que não possuem identificação de vara, de modo que permita a classificação entre juizado estadual ou
federal e, assim, seu respectivo fator; e
2) Pleitos identificados com montante zerados, no qual a metodologia atribui para estes o valor médio de cada
grupo/juizado.

No que se refere ao item 1), utilizamos para estimativa a ponderação entre os fatores de cada grupo/juizado,
conforme apresentado no quadro anterior como “NA”, cujo informações foram extraídas da nota técnica do atuário
anterior. Entendemos que esta metodologia é adequada. Houve um grande número de casos nos quais não foi
possível identificar a unidade da federação e o tipo de juizado, motivo pelo qual adotamos o percentual médio de
pagamento, calculado em relação à base como um todo de forma ponderada.

Quanto ao item 2), verificamos que a representatividade de pleitos zerados (que ensejavam uma estimativa
média por grupo) foi reduzida entre as avaliações. Ao passo que em 2019 esses representavam cerca de 8% dos

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pleitos, temos que em 2020 uma redução para 3%. Desse modo, podemos inferir que podem haver variações na
estimativa média realizada versus ao valor efetivo de cada pleito e, assim, gerar variações no passivo apurado –
ainda que sutis devido ao percentual apresentado.

Do total presente na coluna VEC_PROV, o valor de execução, resume-se para cada combinação de [unidade da
federação] e [juizado estadual/federal] a quantidade total de linhas, a quantidade total de linhas com [VEC_PROV]
zerado e a quantidade total de linhas com [VEC_PROV] preenchidas.

Calcula-se então a provisão, para cada combinação de [unidade da federação] e [juizado estadual/federal] como
o produto do %PGTO pelo valor [VEC_PROV].

Acrescenta-se ao cálculo o valor estimado para a provisão dos casos em que [VEC_PROV] encontra-se zerado e
subtrai-se o volume de ações já pagas.

Juizado UF_grp % Pagto VEC_PROV # Proc zeros c/valor PROV1 Já Pago Prov p/zers Provisão

JE NE2 46,14% 9.680.438.018 13.108 205 12.903 4.466.471.857 70.962.313 4.537.434.170

JE PR 56,05% 3.027.171.322 11.227 269 10.958 1.696.712.108 41.651.356 1.738.363.464

JE RS 41,12% 1.158.749.358 3.163 50 3.113 476.437.920 7.652.392 484.090.312

JE SC 51,86% 976.622.973 3.084 15 3.069 506.497.727 2.475.551 508.973.278

JE SP 68,05% 2.153.436.834 7.365 143 7.222 1.465.506.098 29.017.914 1.494.524.012

JE z1 44,05% 2.459.853.185 4.801 71 4.730 1.083.522.389 16.264.290 1.099.786.678

JE z2 33,60% 2.047.746.720 3.962 97 3.865 688.064.272 17.268.366 705.332.638

JF NE2 72,01% 1.820.607.150 1.131 186 945 1.311.087.685 258.055.354 1.569.143.039

JF PR 26,83% 982.548.619 5.260 301 4.959 263.652.193 16.003.087 279.655.280

JF RS 89,04% 489.998.449 1.464 50 1.414 436.283.947 15.427.297 451.711.244

JF SC 38,30% 172.658.578 461 2 459 66.121.712 288.112 66.409.824

JF SP 73,24% 387.111.278 1.889 60 1.829 283.502.918 9.300.260 292.803.178

JF z1 66,94% 650.042.596 750 76 674 435.124.700 49.064.506 484.189.207

JF z2 27,90% 1.572.020.968 1.931 291 1.640 438.517.744 77.810.161 516.327.905


NA 50,76% 198.476.376 2.861 62 2.799 100.743.912 2.231.555 102.975.467
27.777.482.425 62.457 1.878 60.579 13.718.247.183 586.861.288 613.472.513 13.744.858.408

Formalmente temos:

.4.3.8. 2WZWZ = ? n3_OXv 6


WZWZ
× %O'w@v6WZWZ − O'w@v WZWZ
6

n3_OXv 6WZWZ
−?x z × %O'w@v6WZWZ × lX_Xnw_{nXv WZWZ
6 ,
lX_Xnw_3 'yvX6WZWZ
6

Onde
n3_OXv 6
WZWZ
é o VEC atualizado na data-base 31/08/2020
%O'w@v6WZWZ é o percentual de ações pagas em cada combinação de juizado e unidade da federação
conforme a tabela acima
O'w@v WZ\^ é o valor total pago conforme a data-base 31/08/2020, no valor estimado de R$ 586.861.288
lX_Xnw_3 'yvX6WZWZ é a quantidade de registros na base [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20] nos quais o
campo [VEC Atualizado] contém valores, levando em conta a combinação c de juizado e unidade da
federação.

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lX_Xnw_{nXv WZWZ
6 é a quantidade de registros na base [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20] nos quais o campo
[VEC Atualizado] encontra-se nulo, levando em conta a combinação de juizado e unidade da federação.

NTA 16. [6.3.8.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) - Pendentes
de Pagamentos ou de Decisões Judiciais

Essa conta é referente aos eventos residuais pendentes de pagamentos do SCA, foi realizado uma estimativa
sobre o histórico dos valores que já foram liquidados do seguro, desta forma aplicamos o resultado sobre os
contratos ainda pendentes de liquidação.

.6.3.8.32 = #$ % % A é %

∑ O " + ∑ O% % % 3 ℎ%
é % =
∑@ %

*****

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