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FUNDO DE COMPENSAÇÃO
DE VARIAÇÕES SALARIAIS
FCVS
(Unidade de Contexto)
RELATÓRIO DE GESTÃO
EXERCÍCIO 2020
Relatório de Gestão do FCVS, elaborado pela Caixa
Econômica Federal, Administradora do Fundo, como parte
referenciada no Relatório de Gestão do exercício de 2020
apresentado pela Unidade Prestadora de Contas -
Ministério da Economia - nos termos do parágrafo único
do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo
com as disposições da IN TCU nº 84/2020 e da DN TCU
nº 187/2020.
SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL
FUNDOS DE GOVERNO
Responsável pela elaboração
Brasília, 2021
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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
AF Agente(s) Financeiro(s)
AGU Advocacia-Geral da União
ANS Acordo de Nível de Serviço
ASH/SFH Apólice do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
BACEN Banco Central do Brasil
BAJ Banco de Ações Judiciais
BNH Banco Nacional da Habitação
CADMUT Cadastro Nacional de Mutuários
CAIXA Caixa Econômica Federal
CCFCVS Conselho Curador do Fundo de Compensação de Variações Salariais
CECVS Centralizadora Nacional Operação do FCVS
CEDES/BR Centralizadora Nacional Desenvolvimento de TI – BR
CEDES/RJ Centralizadora Nacional Desenvolvimento de TI – RJ
CEHAG Centralizadora Nacional Garantias Habitacionais
CFGL Conselho de Fundos Governamentais e Loterias
CGU Controladoria-Geral da União
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CVS Título Público Federal emitido na novação do FCVS
DOU Diário Oficial da União
DEFUS Diretoria Executiva Fundos de Governo
DFI Danos Físicos no Imóvel
DN Decisão Normativa
e-SIC Serviço de Informações ao Cidadão – eletrônico
FCVS Fundo de Compensação de Variações Salariais
FCVSCONT Sistema de Controle de Arrecadação e Inadimplência do FCVS
FCVS Garantia Extinto Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
(SH/SFH)
FES/FESA Fundo de Equalização de Sinistralidade da Apólice do Seguro
Habitacional
FUNDHAB Fundo de Assistência Habitacional
GEACR Gerência Nacional Atendimento e Cobrança Remota
GECTC Gerência Nacional Contabilidade de Terceiros
GECVS Gerência Nacional Administração do FCVS
GED Gerenciamento Eletrônico de Documentos
GEORC Gerência Nacional Orçamento
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IN Instrução Normativa
IIA The Institute of Internal Auditors
IIA Brasil Instituto dos Auditores Internos do Brasil
IIRC International Integrated Reporting Council – Conselho Internacional de
Relato Integrado
LFT Letra Financeira do Tesouro
LGPD Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018)
LOA Lei Orçamentária Anual
MCASP Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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ME Ministério da Economia, conforme art. 57 da MP nº 870, de 1º de janeiro
de 2019
MIP Morte ou Invalidez Permanente
MP Medida Provisória
NBC-TSP Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas do Setor Público
OUVID Ouvidoria
PCO Plano de Continuidade Operacional de TI
PCS Plano de Cargos e Salários
PDTI Plano Diretor de TI
PFG Plano de Funções Gratificadas
PGFN Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
PSIC Programa de Seleção Interna por Competência
PwC PricewaterhouseCoopers International Limited
RAI Relatório de Auditoria Independente
RC Resolução do Conselho de Administração
RCC Responsabilidade Civil do Construtor
REsp Recurso Especial
SAC Serviço de Atendimento ao Cliente
SCA Seguro de Crédito ao Adquirente
SFC Secretaria Federal de Controle Interno
SFH Sistema Financeiro da Habitação
SH/SFH Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
SIAHA Sistema de Acompanhamento das Habilitações
SIAHA Web Sistema de Acompanhamento das Habilitações (versão Web)
SIC Serviço de Informações ao Cidadão
SICAJ Sistema de Controle de Ações Judiciais
SICDM Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários
SICMU Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários (em substituição ao SICDM)
SICOF Sistema de Contabilidade de Entidades Sociais Administradas
SICVS Sistema de Administração do FCVS
SICTR Sistema de Controle de Contribuições ao FCVS
SIFCG Sistema do FCVS Garantia
SIGCF Sistema de Gestão dos Custos dos Fundos
SIJUR Sistema Jurídico Informatizado da CAIXA
SINFS Sistema Núcleo de Informações Compartilhadas de Fundos e Seguros
SISFIN Sistema Financeiro da CAIXA
SISMN Sistema de Manual Normativo
SISRH Sistema de Recursos Humanos
SIWFC Sistema de Automatização do Processo de Análise dos Documentos do
FCVS
SIWFS Sistema de Workflow do FCVS
STF Supremo Tribunal Federal
STJ Superior Tribunal de Justiça
STN Secretaria do Tesouro Nacional
SUFUS Superintendência Nacional Fundos de Governo
SUSEP Superintendência de Seguros Privados
TCU Tribunal de Contas da União
TI Tecnologia da Informação
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UPC Unidade Prestadora de Contas
VAF Valor de Avaliação de Financiamento
VEC Valor Estimado de Condenação
VIMAR Vice-Presidência Agente Operador
VIPES Vice-Presidência Pessoas
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Ações Estratégicas FCVS 2020 ................................................................................. 19
4
Quadro 21 - Descrição do Indicador IRCA .................................................................................. 38
5
Quadro 48 - Estrutura do Custo Administrativo FCVS Garantia 2020 ........................................ 75
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Missão, Valores e Visão .............................................................................................. 11
LISTA DE ANEXOS
– Avaliação Atuarial.
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APRESENTAÇÃO
A DN TCU nº 187, de 9.9.2020, divulgou a relação das unidades prestadoras de contas (UPC),
estabeleceu os elementos de conteúdo do relatório de gestão que devem ser por ela apresentados e
definiu os prazos de atualização das informações que integram a prestação de contas da
administração pública federal.
O FCVS não está listado em tal DN como UPC individual; contudo, prevê o §3º do art. 3º dessa
norma que “os fundos que não estiverem listados como no Anexo I devem ter as informações de
sua gestão integradas à prestação de contas do ministério em cuja política de governo estejam
inseridos e/ou pelo qual sejam supervisionados”, motivo pelo qual constam informações sobre a
gestão do Fundo no Relatório de Gestão Integrado do Ministério da Economia, UPC a que está
vinculado.
• Visão Geral do FCVS – traz características gerais do Fundo e demonstra a finalidade e a forma
de atuação do FCVS;
• Anexos.
Assinado de forma digital por Assinado de forma digital por
RODRIGO SCHEKIERA RODRIGO SCHEKIERA FRANCO CINTIA LIMA TEIXEIRA CINTIA LIMA TEIXEIRA DE
FRANCO DOS DOS SANTOS:31667935852 DE CASTRO:09388932706
Dados: 2021.04.29 17:40:26
SANTOS:31667935852 -03'00' CASTRO:09388932706 Dados: 2021.04.29 20:30:18
-03'00'
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................ 7
Capítulo 01 ....................................................................................................................................10
Visão Geral do FCVS ....................................................................................................................10
Identificação, Missão e Visão do FCVS ................................................................................................. 10
Estrutura Organizacional do FCVS ........................................................................................................ 11
Gestão do FCVS ..................................................................................................................................... 12
Capitais do FCVS ................................................................................................................................... 12
Ações Judiciais ....................................................................................................................................... 13
Capítulo 02 ....................................................................................................................................17
Valor Público, Objetivos e Metas ..................................................................................................17
Geração de valor pelo FCVS .................................................................................................................. 17
Cadeia de valor – FCVS ......................................................................................................................... 19
Cadeia de Valor – FCVS Garantia .......................................................................................................... 25
Capítulo 03 ....................................................................................................................................30
Indicadores de Desempenho..........................................................................................................30
Indicadores de desempenho do FCVS .................................................................................................... 30
Indicadores de desempenho do FCVS Garantia ..................................................................................... 38
Capítulo 04 ....................................................................................................................................42
Gestão de Riscos e Controles Internos .......................................................................................... 42
Principais riscos para o FCVS ................................................................................................................ 42
Modelo de gestão de riscos e controles................................................................................................... 44
Respostas aos riscos ................................................................................................................................ 46
Capítulo 05 ....................................................................................................................................49
Orçamento do FCVS......................................................................................................................49
Gerenciamento do orçamento do FCVS ................................................................................................. 49
Gestão Orçamentária e Financeira .......................................................................................................... 51
Capítulo 06 ....................................................................................................................................54
Alocação de Recursos ....................................................................................................................54
Gestão de Pessoas ................................................................................................................................... 54
Gestão de Licitação e Contratos ............................................................................................................. 64
Gestão da Tecnologia da Informação ..................................................................................................... 65
Gestão de Custos..................................................................................................................................... 72
Sustentabilidade Ambiental .................................................................................................................... 78
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Capítulo 07 ....................................................................................................................................79
Governança ...................................................................................................................................79
Modelo de Governança do FCVS ........................................................................................................... 79
Comunicação com a sociedade e partes interessadas no FCVS .............................................................. 82
Recomendações dos Órgãos de Controle ................................................................................................ 84
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Capítulo 01
Visão Geral do FCVS
Criado no âmbito do SFH pela Resolução nº 25, de 1967, do Conselho de Administração do BNH,
o FCVS é um fundo público, de natureza contábil e financeira, vinculado ao ME. Nos últimos 52
anos, diversas normas provocaram gradativa ampliação do escopo de atuação do FCVS cuja razão
de existir justifica-se, ante a necessidade de se minimizar o déficit habitacional no país, pelo
número de mutuários beneficiados no âmbito do SFH, uma vez que, ao cumprir sua finalidade
precípua de garantir o limite de prazo para amortização da dívida aos adquirentes de habitações
financiadas nesse sistema e ao assumir, entre outros, os direitos e obrigações do extinto SH/SFH
(atual FCVS Garantia), o Fundo propicia a democratização do direito social à moradia.
Para desempenhar o papel institucional do FCVS, os recursos do Fundo constituem-se de: (i)
capital inicial constituído em 16/06/1967, conforme item 9 da RC/BNH nº 25, de 1967; (ii)
contribuição mensal de responsabilidade do mutuário de unidade habitacional, instituída pelo
Decreto-Lei nº 2.164, de 1984; (iii) dotação orçamentária da União, prevista na RC/BNH nº 25,
de 1967, e nos Decretos-Lei nº 2.164, de 1984, e nº 2.406, de 1988; (iv) contribuição trimestral de
responsabilidade do AF, instituída pelo Decreto-Lei nº 2.164, de 1984, com as modificações
introduzidas pelo Decreto-Lei nº 2.406, de 1988, e pela Lei nº 10.150, de 2000; (v) contribuição à
vista de responsabilidade do mutuário e do AF; (vi) contribuição devida, até 24/09/1996, ao
FUNDHAB; (vii) saldos de recursos existentes, em 24/09/1996, no FUNDHAB, transferidos ao
FCVS para liquidação das obrigações remanescentes do extinto SCA, conforme Lei nº 10.150, de
2000; (viii) participação credora em evento configurado até 30/06/1977; (ix) parcela a maior
correspondente ao comportamento da relação entre as indenizações pagas e os prêmios recebidos,
nas operações pertinentes ao extinto SH/SFH até 31/12/2009 e (x) contraprestação paga pelos
mutuários, a partir de 1º/01/2010, em decorrência da Lei nº 12.409, de 2011, e contribuição mensal
do SCA.
10
Na figura a seguir, estão expostos a missão, os valores e a visão do FCVS.
Missão
Assumir, em nome do mutuário, o saldo residual não amortizado no curso
do prazo e os descontos concedidos nas liquidações antecipadas e nas
transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a
legislação de regência do SFH. Liquidar a dívida do mutuário perante o
financiador no caso de morte ou invalidez permanente do mutuário e as
despesas com a recuperação do imóvel em casos de danos físicos.
Valores
• Respeito ao bem-estar da sociedade brasileira e ao meio ambiente;
• Ética e transparência;
• Desempenho eficiente e sustentável e inovação;
• Respeito às pessoas;
• Compromisso e colaboração;
• Meritocracia e desenvolvimento profissional.
Visão
Ser reconhecido, pela sociedade, por assegurar os direitos dos mutuários
do SFH cujos contratos possuem cobertura do FCVS e das instituições
credoras do FCVS, por liquidar as novações de dívidas até a data
estabelecida em Lei, qual seja, 1º de janeiro de 2027, e por mitigar os
riscos com ações judiciais contra o Fundo.
Ao Ministério, compete gerir o FCVS / FCVS Garantia e autorizar o processo de novação, o que
ocorre na STN, responsável pela emissão do parecer no processo de novação do FCVS. À
Secretaria-Executiva do FCVS na STN compete executar atividades técnico-administrativas de
apoio ao CCFCVS.
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Ao CCFCVS compete, entre outros, aprovar as condições gerais de atuação do FCVS e estabelecer
normas e diretrizes para a administração do Fundo. Contudo, cumpre esclarecer que essas
atribuições não abrangem o processo de novação de dívidas, regido pela Lei nº 10.150/2000, visto
se tratar de assunção de dívidas do FCVS pela União, sem participação do Conselho.
À CAIXA, por sua vez, compete, entre outros, manifestar-se, no processo de novação, acerca do
reconhecimento da titularidade, da liquidez e da certeza da dívida caracterizada do FCVS, bem
como administrar o CADMUT, controlar as contribuições e contraprestações devidas ao Fundo,
regular os eventos de MIP e DFI decorrentes da Apólice do extinto SH/SFH e ressarcir as
seguradoras que realizaram a defesa judicial do Fundo.
Além dessas unidades, prestam suporte à administração do FCVS, diversas áreas da CAIXA que
prestam serviços de contabilidade, orçamento, auditoria, suporte tecnológico, aplicação de
recursos, contratação de serviços, elaboração de laudos de vistorias em imóveis, contratação
serviços de vigilância para guarda de imóveis, gestão de recursos financeiros, guarda de
documento e assessoria jurídica.
Gestão do FCVS
A gestão do FCVS, em razão da definição de competências dessa Política Pública, por sua própria
conformação normativa, estabelece a convivência entre a União (ME, STN, SUSEP), a CAIXA,
os AF, bem como as Seguradoras, proporcionando a interação desses partícipes no objetivo de
otimizar resultados.
Capitais do FCVS
Os recursos utilizados nos processos do FCVS, apresentados no modelo de negócios do Fundo são
classificados segundo o modelo de capitais apresentado pelo IIRC. Dessa forma, os principais
insumos utilizados com vistas à geração de valor pelo FCVS estão representados por capitais.
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Figura 2 - Capitais do FCVS
Capitais do FCVS
Social /
Humano / Intelectual Financeiro Produtivo
Relacionamento
Ações Judiciais
As ações judiciais ajuizadas contra o FCVS / FCVS Garantia figuram entre as principais ameaças
externas contra o FCVS, uma vez que aumentam, sobremaneira, o passivo do Fundo.
Nesse contexto, verifica-se que o ingresso anual de ações judiciais se apresenta bastante expressivo
ao longo da última década.
Em relação ao FCVS Garantia, atualmente, o BAJ conta com 62.912 ações judiciais cadastradas
ativas pelas seguradoras como de interesse do FCVS Garantia (extinto SH/SFH), posição
31/12/2020, num VEC total de R$28 bilhões. Desse valor, foram provisionados R$13,7 bilhões.
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Em 2020, foram cadastradas no BAJ 2.446 novas ações judiciais, com VEC total de R$ 1,1 bilhão.
Também houve desativação no Banco pela Administradora de 35 ações judiciais em razão de
pagamento do valor principal ou de todas as despesas e exclusão do BAJ pelas seguradoras de 590
ações judiciais: 90 em razão de a ação não ser de responsabilidade do FCVS Garantia; 37 em
virtude de a seguradora ter sido excluída da lide; 423 em razão de extinção do processo e 40 por
multiplicidade de registros da mesma ação judicial no Banco.
O objeto dessas ações contra o FCVS Garantia refere-se, sobretudo, à revisão de condições
contratuais e de indenizações/pagamentos de danos físicos em imóveis que estão e/ou foram
assegurados pela ASH/SFH do extinto SH/SFH e em imóveis cujo contrato de financiamento
nunca foi averbado na ASH/SFH.
Esclarecemos que o cálculo atuarial para essa provisão é realizado pela empresa de avaliação
atuarial contratada considerando a combinação de um percentual histórico para pagamento das
ações por unidade da federação e por tipo de juizado (estadual ou federal) com o VEC, constante
do BAJ. Ressalte-se que, em 2020, foi mantida a metodologia desenvolvida ao longo dos últimos
anos.
As ações judiciais ajuizadas em desfavor das seguradoras, cujo objeto da lide refere-se a imóvel
averbado na Apólice do extinto SH/SFH, e atendidas demais condições, ensejam o ressarcimento,
pelo FCVS, das despesas judiciais incorridas pelas seguradoras.
Ressalta-se que, mesmo com a publicação da Lei n° 13.000, de 2014, que determinou que a
CAIXA, na qualidade de Administradora do FCVS, assumisse a representação judicial do extinto
SH/SFH, a atuação da CAIXA nessas ações judiciais tem sido dificultada devido à decisão do STJ
de 14/12/2012 que, ao julgar os recursos especiais REsp Repetitivo 1.091.363 e REsp 1.091.393,
passou a condicionar a legitimidade da CAIXA para ingressar nas ações que versam sobre o extinto
SH/SFH a três fatores: (i) comprovação da existência da Apólice Pública (ramo 66); (ii) risco de
comprometimento do FCVS mediante comprovação do exaurimento da reserva técnica do FESA;
e (iii) que o contrato tenha sido firmado de 02/12/1988 a 29/12/2009.
Importante observar que, ainda em relação aos preceitos estabelecidos na Lei nº 13.000, de 2014,
houve julgamento pelo STF em 2020 do Recurso Extraordinário nº 827.996/PR e apreciação do
Tema 1.011 da repercussão geral, que tem por objeto discussão acerca da existência de interesse
jurídico da CAIXA para ingressar como parte ou terceira interessada nas ações envolvendo seguros
de mútuo habitacional no âmbito do SFH e, consequentemente, à competência da Justiça Federal
para o processamento e o julgamento das ações relativas aos pleitos fundados na Apólice Pública
do extinto SH/SFH (FCVS-Garantia).
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devendo o feito continuar tramitando na Justiça Comum Estadual até o exaurimento do
cumprimento de sentença"; e 2) "Após 26.11.2010, é da Justiça Federal a competência para o
processamento e julgamento das causas em que se discute contrato de seguro vinculado à apólice
pública, na qual a CEF atue em defesa do FCVS, devendo haver o deslocamento do feito para
aquele ramo judiciário a partir do momento em que a referida empresa pública federal ou a União,
de forma espontânea ou provocada, indique o interesse em intervir na causa, observado o § 4º do
art. 64 do CPC e/ou o § 4º do art. 1º-A da Lei 12.409/2011".
O Jurídico CAIXA, em 2020, apresentou 2.305 pedidos de ingresso da CAIXA na Justiça Estadual
e/ou Federal em processos – referentes a ações judiciais propostas contra as seguradoras em 2020
e em anos anteriores – dentre os quais se verificou o seguinte: 797 pedidos de ingresso na lide
foram acatados pelo Judiciário; 44 foram indeferidos pelo juízo; e 1.464 pedidos ainda não foram
analisados pelo Judiciário.
Importa observar que o universo de deferimentos e indeferimentos são de decisões de 1º grau, que
podem ainda depender de convalidação ou não da Justiça Federal e/ou são sujeitas à reversão pelos
Tribunais Superiores e/ou certificação de trânsito em julgado.
Vale esclarecer ainda que, em decorrência da pandemia da covid-19, houve suspensão de prazos
processuais, especialmente, para processos físicos (grande parte do acervo do SH/SFH). Ademais,
teve o julgamento recente do tema 1011 do STF, que discutia sobre o interesse jurídico da CAIXA
para ingressar como parte ou terceira interessada nas ações envolvendo SH/SFH e a conseguinte
competência da Justiça Federal para condução desses processos, como já explicado, bem como a
suspensão dos processos em razão do tema 1039 do STJ (“Fixação do termo inicial da prescrição
da pretensão indenizatória em face de seguradora nos contratos, ativos ou extintos, do Sistema
Financeiro de Habitação”), o que pode ter impactado no resultado apurado anual.
Além da provisão realizada pela empresa de atuário, há também a provisão realizada pelo Jurídico
CAIXA para as ações judiciais referentes à ASH/SFH – Apólice do extinto SH/SFH em que a
CAIXA figura na lide. O SIJUR registrou R$ 17,1 milhões e R$ 10,2 milhões, relativos,
respectivamente, ao valor de causa de 32 ações relevantes e 14.228 rotineiras.
Além dessas ações contra o FCVS Garantia, há também aquelas ajuizadas em face do FCVS que
se consubstanciam em pedidos de cobertura para múltiplos financiamentos e/ou revisão de
condições contratuais.
15
FCVS. A verificação da multiplicidade de financiamentos tem por objetivo evitar que o FCVS
cubra mais de um saldo devedor remanescente para o mesmo mutuário, o que se deve à natureza
social do Fundo.
O STJ, em 2010, julgou o Resp. Repetitivo nº 1.133.769/RN, resultando no Tema nº 323 de recurso
repetitivo acerca da quitação do saldo residual de segundo financiamento nos contratos celebrados
até 05.12.1990. Em 2020, a Corte Superior manteve o entendimento por oportunidade do
julgamento do Agravo Regimental no Recurso Especial AgInt no REsp 1468454/SE.
Cabe frisar que o entendimento dos órgãos jurídicos da União é o de que o julgamento em questão
não tem caráter definitivo e paradigmático para a relação FCVS x agente financeiro, não havendo
autorização legal para que se proceda ao reconhecimento administrativo pelo FCVS da cobertura
a contratos com multiplicidade de financiamento.
Com vistas a prover a defesa do FCVS, compete ao Jurídico da CAIXA a representação judicial
do Fundo e à Administradora do FCVS o fornecimento de subsídios fático-operacionais.
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Capítulo 02
Valor Público, Objetivos e Metas
Ao longo das últimas cinco décadas, os resultados do FCVS em meio às diversas políticas
habitacionais implantadas pelo Governo Federal indicam em que medida ocorre o fluxo da geração
de valor propiciado pelo Fundo à sociedade brasileira.
Na fase inicial do FCVS, quando o Fundo era superavitário, a geração de valor evidencia-se a partir
do momento em que ele se constituiu no instrumento que possibilitou assegurar as operações
lastreadas no SFH, o que conferiu mais credibilidade ao SFH ante a falta de interesse dos candidatos
a mutuários em assumir financiamentos com prazos mais longos, e, posteriormente, quando já era
deficitário, tornou-se fundamental à estabilização desse sistema, na medida em que passou a assumir
diversos subsídios aos mutuários, bem como as obrigações dos extintos SCA e SH/SFH, por força
das Leis nº 10.150, de 2000, e nº 12.409, de 2011, respectivamente.
Nesse sentido, a geração de valor pelo FCVS à sociedade apresenta-se de forma singular, uma vez
que evidencia uma dicotomia inerente ao papel do Fundo, haja vista que, por um lado, ele assume,
perante o agente financeiro/instituição credora, as dívidas dos mutuários do FCVS, beneficiando-os,
em última instância, e, por outro lado, as dívidas do Fundo, assumidas pela União, são suportadas
pelos contribuintes.
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Figura 3 - Geração de Valor pelo FCVS
Sociedade
Tesouro Nacional
Brasileira
Parcela da
sociedadade não
benefiária do
FCVS
FCVS
Estrutura Organizacional
Apresentam-se a seguir as cadeias de valor do FCVS, quais sejam, ‘Cadeia de valor - FCVS’ e ‘Cadeia
de Valor – FCVS Garantia’, de modo a demonstrar, por objetivo estratégico, as ações estratégicas
planejadas para 2020, o resultado de sua execução, bem como as metas decorrentes de seus
desdobramentos, quando pertinente, e as perspectivas para 2021.
Modelo de Gestão
Princípios Elementos
Responsabilização Estratégia
Eficiência e Escalabilidade
18
Os objetivos adotados em 2020, relacionados a seguir, visam ao cumprimento das finalidades do
FCVS, ao aprimoramento e à transparência da gestão/administração, sobretudo no que concerne à
novação de dívidas do FCVS ante a necessidade de pleno atendimento à Lei nº 10.150, de 2000, bem
como ao pagamento tempestivo das obrigações do FCVS Garantia e à defesa judicial do Fundo.
Nesse contexto, cabe observar que a novação está condicionada à opção da instituição credora e
ocorre mediante prévia compensação entre eventuais dívidas com o FCVS e os créditos dessas
instituições perante o Fundo.
Quanto ao pagamento das garantias de MIP e DFI, compete às instituições credoras comunicar, à
Administradora do FCVS, as ocorrências de eventos referentes a contratos de financiamento
habitacional averbados na Apólice do extinto SH/SFH até 29/12/2009.
Para as ações judiciais ajuizadas contra o FCVS, a Administradora produz os subsídios técnicos ao
Jurídico da CAIXA, de modo a fornecer os elementos necessários à defesa judicial do Fundo.
19
Padronizar a ferramenta
utilizada no âmbito da
Administradora do FCVS, de
modo que as informações
necessárias para o controle do
Houve padronização da Planilha de Controle, com permissão
processo de novação sejam
exclusiva de alteração pela CECVS e desenvolvimento do sistema
registradas tempestivamente,
de Controle de Novação pela CECVS.
de forma íntegra e confiável e
acrescentar, ainda,
informações quanto ao
atendimento/regularidade da
fila de novação.
Estabelecer padrões para o
registro e guarda das
informações, de modo a
mantê-las disponíveis, íntegras Foi especificada funcionalidade no SICVS para registro, controle e
e confiáveis e definir controle atualização das informações pertinentes à rotina de Validação da
de acesso para o Operação Contratada. A funcionalidade foi homologada,
compartilhamento de arquivos aguardando implantação em produção.
e pastas do processo de
validação da operação
contratada.
Analisar 32 mil dossiês do A meta de análise de dossiês do FCVS cumprida. O total de
FCVS. análises realizadas no exercício corresponde a 35,1 mil dossiês.
A meta de instrução de processo de novação do FCVS foi atingida.
Os processos de novação instruídos e encaminhados para emissão
de Parecer pela Auditoria Interna no exercício correspondem a R$
15,1 bilhões. Importante observar que ainda há processos
Instruir R$ 15 bilhões em
tramitando em etapas anteriores ao envio à CGU.
processos de novação.
Observe-se que, do orçamento aprovado para 2020, foi alocado o
valor total de R$ 596,8 milhões relativo a 5 processos instruídos
em anos anteriores (15.615 contratos envolvidos), que não foram
concluídos naqueles exercícios.
A CEDES/BR disponibilizou as imagens existentes no SIWFS para
Viabilizar a migração das a CEDES/RJ que iniciou a avaliação e as tratativas dessas imagens
imagens existentes no SIWFS com vistas a iniciar a migração para o SIWFC, tais como definição
para o SIWFC. das imagens a serem migradas, espaço necessário, tipo de arquivo
e verificação da necessidade de conversão das imagens.
Disponibilizar aos Agentes
Financeiros funcionalidades
no SIAHA Web para envio de
arquivos ao SICVS para fins
de habilitação ao As funcionalidades de envio e recebimento de arquivos
ressarcimento do Fundo, de desenvolvida no SIAHA Web estão em avançado processo de
manifestação quanto aos homologação. Foi necessário efetuar atualizações tecnológicas na
resultados das análises infraestrutura de TI, que dá suporte ao Sistema.
efetuadas pela Administradora
do FCVS, troca de
identificação dos contratos e
transferência de titularidade
20
dos créditos. Será
disponibilizada também
funcionalidade para
recebimento dos relatórios
gerados no processamento
mensal do Fundo.
Adequar o SICTR às
determinações contidas na Lei
nº 13.932, de 2019, no que
O SICTR, em 19/10/2020, foi adequado às disposições contidas na
tange a limitar a cobrança de
Lei nº 13.932, de 2019, no que tange à limitação dos encargos
encargos moratórios e
moratórios. Quanto à manutenção dos registros existentes, foi
penalidades ao valor do
aberta demanda junto à TI CAIXA, com o objetivo de
Principal e a garantir a
disponibilizar no SICTR, para fins de consulta, a base de dados do
manutenção dos registros
FCVSCONT, com a posição de 31/12/2018.
existentes em 31/12/2018.
Adequar o SICVS para
atendimento às determinações
Foram efetuadas as especificações das otimizações a serem
contidas na Lei nº 13.932, de
efetuadas no SICVS para atendimento à Lei nº 13.932, de 2019. As
2019, no que tange à alteração
otimizações foram desenvolvidas e estão em avançado estágio de
da taxa de juros dos créditos
homologação.
com origem de recursos
FGTS.
Efetuar otimizações no SIGFC
para gerenciamento dos
créditos perante o FCVS,
segregados por Agente
Credor, uma vez que As otimizações foram efetuadas no Sistema SIGFC. Entretanto, o
atualmente esse relatório é envio da informação ao Agente Financeiro credor é fornecido por
gerado esta Administradora sempre que solicitado, haja vista que este
apenas para o AF originador Sistema não é acessado por usuários externos.
dos créditos. Essa informação
é fundamental para que
o AF credor tenha acesso às
suas carteiras.
Possibilitar que os registros de
bases de incidência e
arrecadações relativas às
contribuições mensais e
Foi efetuada otimização no Sistema SICTR para validação, pela
trimestrais, que tenham sido
auditoria interna, dos registros de bases de incidência, arrecadações
ratificadas pela Auditoria
e devoluções incluídos neste Sistema. No entanto, a funcionalidade
Interna, não sejam passíveis
ainda está em fase de homologação e aguarda ajustes para envio
de alteração/exclusão,
para a produção.
evitando retrabalho da
auditoria interna e garantindo
que os registros auditados não
sejam alterados.
21
Aperfeiçoar a rotina de
definição dos procedimentos
para validação da operação
contratada por meio da
publicação de nova circular
em substituição à Circular
Foi realizada a revisão da Circular CAIXA nº 840, de 2018, e
CAIXA nº 840/2018 e da
encaminhada nova circular para publicação no DOU (Circular
correspondente Nota Setorial
CAIXA nº 920, de 14.08.2020).
– NS, bem como da
homologação da demanda
aberta perante a TI CAIXA
para colocar em produção os
controles relacionados a essa
rotina
Objetivo Estratégico: Alcançar índice de 97% de conformidade nas análises de
dossiês FCVS (primeira análise).
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Capacitar a equipe de análise Houve validação do conteúdo do curso básico de análise de dossiês
de dossiês, especialmente em FCVS pela GECVS e a CECVS realizou treinamento básico de
temas críticos/complexos análise de dossiês para os assistentes que passaram a integrar às
como revisão de índices equipes de análise do FCVS no exercício de 2020.
Mapear o processo “Apurar
saldo de responsabilidade do Procedeu-se ao mapeamento do processo ‘Apurar saldo de
FCVS” identificando os responsabilidade do FCVS’, o que possibilitou identificar os
principais gaps, riscos e principais gaps, riscos e possibilidade de melhorias.
possibilidade de melhoria
Objetivo Estratégico: Elaborar 100% das solicitações de subsídios ao Jurídico
CAIXA para ações judiciais contra o FCVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Prestar, tempestivamente,
Houve cumprimento da meta de prestação tempestiva de subsídios
100% dos subsídios para ações
nas ações judiciais contra o FCVS
judiciais contra o FCVS
Objetivo Estratégico: Aprimorar ações de governança com vistas a mitigar perdas
financeiras para o FCVS - origem ações judiciais.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Desenvolver aplicativo de Foi especificada a construção do Módulo de Ações Judiciais no
monitoramento e controle das SIAHA WEB. No entanto, após avaliação do escopo da demanda,
ações judiciais contra o FCVS: elaborado pela TI CAIXA, identificou-se a necessidade de
especificar/revisar regra de interface com outros sistemas da CAIXA vinculados ao Jurídico,
negócio para o módulo de aumentando a complexidade para desenvolvimento da demanda, o
Controle das Ações Judiciais que impossibilitou o seu desenvolvimento neste exercício. Dessa
no SIAHA e migrar as forma, não foi possível migrar as informações de registros de ações
informações de registros de judiciais em desfavor do FCVS existentes no SICDM para o
ações judiciais em desfavor do SIAHA.
22
FCVS existentes no SICDM
para o SIAHA.
Objetivo Estratégico: Aprimorar ações de governança com vistas a mitigar perdas
financeiras para o FCVS - origens diversas.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Implementar ações que
mitiguem a recorrência de
Para os agentes com novação em curso, estão sendo revistos os
novações sem a quitação total
valores lançados por prévia compensação de forma a mitigar
da dívida do AF: promover a
possíveis erros no sistema. Cabe destacar que a recorrência em
baixa dos contratos habilitados
questão se deve às revisões feitas pela auditoria nas contribuições
pelos Agentes Financeiros
e RAI em razão das fragilidades encontradas no FCVSCONT. Com
para os quais já tenha havido
o advento da Lei nº 13.932, de 2019, que validou os valores
quitação por pagamento em
constantes nos controles e registros da CAIXA, entende-se que tal
espécie com valor e obrigação
ocorrência está mitigada pela própria disposição da Lei.
de pagar definidos em
sentença judicial.
Criar/aperfeiçoar linhas de Houve criação/revisão dos indicadores de monitoramento de
defesa para os processos do primeira de linha de defesa de todos os processos do catálogo do
FCVS FCVS.
Reavaliar a rotina de A rotina foi modernizada. Antes o backup dos relatórios 3026 e do
armazenamento / recuperação Espelho do CADMUT era armazenado em mídia física e, a partir
de informações em backups da de 2020, o armazenamento passou a ser efetuado no sharepoint
Administradora (nuvem).
Objetivo Estratégico: Evitar descontinuidade/redução da capacidade operacional da
Administradora do FCVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
Implantar o novo modelo da
taxa de administração do Não houve implantação em 2020, pois a norma regulamentadora
FCVS, pautada na cobrança de (Resolução CCFCVS nº 456, de 2020) vigerá somente a partir de
ressarcimento de custos e março de 2021.
preço por serviço prestado.
Objetivo Estratégico: Melhorar a performance da GECVS e da CECVS.
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
23
Quadro 2 - Perspectivas FCVS 2021
24
Cadeia de Valor – FCVS Garantia
25
Assegurar a execução da O controle das ações judiciais impugnadas foi elaborado,
rotina de acompanhamento normatizado, implementado e é realizado pela CEHAG.
das ações marcadas como A marcação de impugnação é feita no SICAJ. A evolução do
“impugnadas” no SICAJ. acompanhamento é acompanhada pela CEHAG de demonstrada à
GECVS na reunião de ponto de controle mensal.
Prestar, tempestivamente,
100% dos subsídios para Houve cumprimento da meta de prestação tempestiva de subsídios
ações judiciais contra o FCVS ao Jurídico CAIXA nas ações judiciais contra o FCVS Garantia.
Garantia.
Objetivo Estratégico: Alcançar índice de conformidade de, no mínimo, 97% na
análise de regulação administrativa de eventos MIP e DFI
26
Monitorar o desenvolvimento,
pela TI CAIXA, das
funcionalidades do SIFCG
Houve implantação pela TI CAIXA de demanda relativa à
necessárias à adequada
incorporação da base da SUSEP às consultas executadas durante a
execução das operações de
regulação de eventos e, quanto às operações de regulação de
regulação de sinistro e
eventos, há 3 demandas planejadas para produção em 2021.
conclusão de demanda para
incorporação da base da
SUSEP
Objetivo Estratégico: Evitar descontinuidade/redução da capacidade operacional da
Administradora do FCVS Garantia
Ações realizadas em 2020 ou justificativa para não realização
Ações Estratégicas
no exercício
28
Aprimorar a abordagem de riscos de fraudes relacionadas ao Macroprocesso Ações
Judiciais
Desenvolver projeto para aperfeiçoar tratamento das ações de regresso juntamente
com o Jurídico CAIXA
Migração do BSH para o SICAJ
Desenvolver projeto para aperfeiçoar tratamento das glosas
Elaborar solução para emissão de boleto com código de barras para arrecadação de
contraprestações
29
Capítulo 03
Indicadores de Desempenho
Apresentam-se a seguir os indicadores acompanhados por meio da ferramenta Conquiste.Caixa e
os indicadores de performance do FCVS e FCVS Garantia.
Indicadores do Conquiste.Caixa
30
Indicadores de performance
Legenda Discriminação
ACd Análises CADMUT de dossiês de contratos não habilitados, realizadas no exercício.
ACn Análise de Contratos Novados com irregularidade no CADMUT.
AHo Contratos analisados e homologados no exercício.
ARx Análises FCVS realizadas no exercício.
ARxR Total de análises FCVS e CADMUT realizadas no exercício, excluindo-se revisão
por motivo CECVS e Auditoria.
CAd Custos incidentes sobre análises FCVS realizadas no exercício.
CIp Capacidade instalada produtiva.
CPr Capacidade média produtiva na análise de contratos do FCVS.
CRa Contratos com recursos analisados.
CTa Custo total da análise de contratos no exercício.
DAx Dossiês analisados no exercício, que geraram exclusão da homologação.
DEe Contratos habilitados com dossiês entregues no exercício.
Der Contratos habilitados com dossiês entregues remanescentes do exercício anterior.
Ede Estoque de contratos disponível no exercício.
PDn Contratos pendentes por decisão normativa ou aguardando documentação
complementar/esclarecimentos solicitados aos Agentes Financeiros no exercício.
RAa Reanálises ocorridas durante o exercício por solicitação da auditoria interna.
RAg Reanálises ocorridas durante o exercício por revisão da CECVS.
RDn Contratos com reanálise, por determinação normativa.
REx Contratos objeto de reprocessamento com exclusão de homologação.
RPa Contratos com reanálise realizada a pedido do agente financeiro.
RPc Contratos reanalisados, devido ao surgimento de pendências no CADMUT após a
homologação do saldo.
RRr Estoque de contratos com pedido de recurso/reanálise.
31
Quadro 9 - Conceito e Valor dos Parâmetros – Produtividade
IUCP2020 = 0,93
Indicador Resultado
IUCP 2017 0,94
IUCP 2018 0,91
IUCP 2019 0,65
IUCP 2020 0,93
Por outro lado, impactaram esse indicador de forma negativa a alta rotatividade dos assistentes
dedicados à análise devido, principalmente, à movimentação por Processo Seletivo Interno - PSI,
o que demanda constante necessidade de treinamento das equipes de análise, bem como a
adaptação, em virtude da implantação de trabalho remoto das equipes, à realização das análise, de
forma integral, em meio digital.
Indicador Resultado
ICPA 2017 470,50
ICPA 2018 616,69
ICPA 2019 654,57
IPCA 2020 664,71
O resultado do indicador apresentou aumento do custo de análise na ordem de 0,98%, o que reflete,
principalmente, o alto volume de contratos com nível de complexidade técnica superior à média,
o que requer mais tempo de análise.
Contribuíram também para a elevação desse custo a alta rotatividade dos assistentes dedicados à
análise devido, principalmente, à movimentação por Processo Seletivo Interno - PSI, o que
demanda constante necessidade de treinamento das equipes de análise, bem como a adaptação à
realização das análises em meio digital em face da implantação do trabalho remoto.
34
IQAR exercício = Indicador da Qualidade das Análises Realizadas.
(RAg+RAa) = Total de reanálises realizadas, a partir de determinação da Auditoria Interna, por revisão da
CECVS.
ARx = Total de contratos analisados e reanalisados no exercício.
Indicador Resultado
IQAR 2017 0,485
IQAR 2018 0,152
IQAR 2019 0,131
IQAR 2020 0,050
Para o resultado desse indicador, contribuíram também de forma positiva a realização de cursos
de análise de dossiês FCVS pelas equipes no exercício e a implantação de célula de qualificação
com vistas à padronização dos procedimentos técnicos da análise de dossiês FCVS.
Medição: Quociente resultante da relação entre o valor correspondente aos processos de novação
encaminhados no exercício à STN e o valor decorrente da aplicação da variável
representativa do percentual determinado pela STN sobre o valor total de contratos aptos à
novação na CAIXA, ou seja, homologados, validados e auditados, com posição em 31 de
dezembro do exercício imediatamente anterior ao da previsão orçamentária.
Descrição: Acompanhamento da capacidade de viabilização da novação de dívidas do FCVS.
35
Objetivo: Subsidiar a definição dos valores passíveis de novação de dívidas do FCVS em cada
exercício
Dimensão: Eficácia
Periodicidade Anual
Resultado: Quanto maior melhor
VPn = Valor total dos processos de novação encaminhados no exercício à STN.
VPe Variável representativa do percentual determinado pela STN sobre o valor total de contratos
aptos à novação na CAIXA, ou seja, homologados, validados e auditados, com posição em
31 de dezembro do exercício imediatamente anterior ao da previsão orçamentária.
VCa = Valor total dos contratos aptos à novação na CAIXA.
Indicador Resultado
IVNF 2017 0,0332
IVNF 2018 Indeterminado
IVNF 2019 0,0357
IVNF 2020 0,1856
O resultado desse indicador reflete o valor novado de R$ 2,16 bilhões (VAF/1 e VAF/2) em 2020,
o que representa aumento significativo em relação a 2019, embora se apresente aquém do esperado
para o exercício, haja vista a previsão para as novações do FCVS no montante de R$ 15,8 bilhões,
conforme disposto na LOA - Lei nº 13.978/2020.
Cumpre destacar que, não obstante os efeitos benéficos das alterações promovidas pela Lei nº
13.932/2019 na Lei nº 10.150/2000 no sentido de pacificar temas relacionados à comprovação de
regularidade de recolhimento/dispensa de contribuições devidas ao FCVS e à definição dos
parâmetros estatísticos para a certificação da homologação dos saldos de responsabilidade do
FCVS e da taxa de juros para operações realizadas com recursos oriundos do FGTS ou cuja origem
não possa ser evidenciada, apresentaram-se de forma determinante para o resultado da novação do
FCVS a fixação de prazos mais tardios na Resolução CCFCVS nº 451, de 2020, para a convocação
dos agentes financeiros priorizados na fila de novação do exercício, e a necessidade de recuperação
de documentação para a realização de testes complementares pela CGU, atividade impactada pela
pandemia da covid-19.
Destaca-se a novação de dívidas do FCVS no valor de R$ 2,16 bilhões, referente a 29.391 contratos
do tipo VAF 1 e VAF2 (Valores de Responsabilidade do FCVS) e no valor de R$ 385,47 milhões,
36
referente a 10.827 contratos do tipo VAF 3 e VAF4 (Valores de Responsabilidade do Tesouro
Nacional).
Em 2020, houve 934.964 contratos homologados e auditados aptos para novação (R$ 79,15
bilhões); desses, 297.399 contratos foram marcados como pré-novados (R$15,11 bilhões). Foram
instruídos pelas Administradora e encaminhados à auditoria interna 80 processos, relativos a
288.328 contratos (R$ 15,1 bilhões), estando 1 processo suspenso por ação judicial (referente a
31.071 contratos), e tendo sido 32 processos finalizados na CAIXA e encaminhados à CGU (R$
10,85 bilhões), referentes a 186.378 contratos.
Posição 31/12/2020
Situação dos Créditos
Qtde Valor (R$)
1. Contratos habilitados ao FCVS não novados 1.847.767
1.1. A homologar 49.976
1.1.1. Com dossiês entregues 38.023
1.1.2. Com dossiês não entregues 11.953
1.2. Homologados com valor 1.226.712 99.147.140.787,64
1.2.1. Com RCV auditado 934.964 79.148.157.451,32
1.2.2. Com RCV não auditado 156.548 9.055.352.203,44
1.2.3. Com RNV auditado 65.742 5.653.193.024,89
1.2.4. Com RNV não auditado 51.990 3.520.638.692,21
1.2.5. Com RCNP auditado 7.753 1.207.644.520,72
1.2.6. Com RCNP não auditado 4.984 253.178.509,64
1.2.7. Sem manifestação auditado 15 863.219,02
1.2.8. Sem manifestação não auditado 1.135 53.409.933,49
1.2.8.1. Reab análise SM/NAUD 3.581 254.703.232,91
1.3. Totalmente deduzidos 9.986 1.582.626.380,91
1.3.1. Auditados 9.768
1.3.2. Não Auditados 217
1.3.2.1 Reab análise SM/NAUD 1
1.4. Contratos sem ressarcimento 560.796
1.4.1. Auditados 222.482
1.4.2. Não Auditados 334.602
1.4.2.1. Reab análise SM/NAUD 3.712
1.5. Contratos com saldo credor ao FCVS 297 4.318.809,88
1.5.1 Auditados 222
1.5.2. Não Auditados 74
1.5.2.1. Reab análise SM/NAUD 1
2. Contratos novados 1.484.122
2.1. Contratos novados até 31.05.2012 1.360.233
2.2. Contratos novados após 31.05.2012 123.889
3. Contratos Baixados 87.059 8.786.755.127,09
4. Total de Contratos no SICVS 3.418.948
37
Indicadores de desempenho do FCVS Garantia
Indicadores do Conquiste.Caixa
Meta: 85,00%
Realizado: 80,23%
Indicadores de performance
38
Medição: Quociente resultante da relação entre o estoque de prêmios de seguro/contraprestações
pendentes de recebimento do exercício atual (valor principal atualizado) e o do exercício
anterior.
Descrição: Acompanhamento da inadimplência dos AF.
Objetivo: Medir o comportamento da inadimplência de AF no recolhimento de prêmios de
seguro/contraprestações perante o FCVS Garantia.
Dimensão: Economicidade.
Periodicidade Anual.
Resultado: Quanto menor melhor.
IRCA = Indicador de inadimplência de repasse de contraprestações/prêmios pelos AF.
PP 2019 = Prêmios de seguro/contraprestações pendentes de recebimento do exercício atual.
PP 2018= Prêmios de seguro/contraprestações pendentes de recebimento do exercício anterior.
Indicador Resultado
IRCA 2017 1,01
IRCA 2018 1,01
IRCA 2019 1,01
IRCA 2020 1,01
39
SPR = Volume total formado pelas indenizações e despesas pagas, inclusive judiciais, e pela
remuneração de cada entidade envolvida na administração do FCVS Garantia no exercício
atual.
Indicador Resultado
IEOF 2017 0,13
IEOF 2018 0,09
IEOF 2019 0,41
IEOF 2020 0,05
O resultado do indicador em 2020 reflete a redução da arrecadação ante a diminuição das carteiras
e o aumento das despesas, sobretudo daquelas com ações judiciais, haja vista a retomada dos
ressarcimentos às seguradoras a partir da publicação da Resolução CCFCVS nº 448, de
11/11/2019.
Estima-se que os benefícios do FCVS Garantia alcançaram, considerada a composição média das
famílias brasileiras, apresentada pelo IBGE, correspondente a 3,3 pessoas, aproximadamente 370
pessoas em 2020, o que representa os pagamentos administrativos de 112 ocorrências de eventos
de MIP e de DFI, no valor de R$2,11 milhões.
Importante explanar que a Resolução CCFCVS nº 404, de 2015, aprovada pela AGU em Despacho
de 23.12.2015, autorizou a CAIXA, na qualidade de Administradora do FCVS, a realizar acordos
em ações ajuizadas envolvendo o extinto SH/SFH que possam representar impacto econômico ao
FCVS, em qualquer uma das seguintes situações: quando o autor fizer jus à cobertura pleiteada,
nos termos da apólice do extinto SH/SFH; quando o custo da realização do acordo for inferior ao
custo de manutenção do processo, limitado o valor do desembolso, por autor da ação, ao valor
adotado pela AGU; quando o pedido do autor encontrar amparo em jurisprudência consolidada em
Tribunal Superior; e quando, pelas peculiaridades do processo, a realização do acordo mostrar-se
mais vantajosa ao FCVS, observado o limite máximo de 3/4 do VEC disciplinado em Resolução
do CCFCVS nas demandas judiciais do extinto SH/SFH.
41
Capítulo 04
Gestão de Riscos e Controles Internos
A gestão de riscos no FCVS realiza-se tanto no âmbito da gestão, mediante atuação do CCFCVS,
quanto na Administração do Fundo, realizada pela CAIXA.
Com base nesse mapeamento, realizado por meio da Plataforma ARIS, ferramenta de
informações integradas que cria, analisa e gerencia informações de processos sob diversas
perspectivas, tais como, estratégia, riscos, tecnologia, pessoas e norma, os principais riscos a que
o FCVS se encontra exposto apresentam-se identificados nos contextos estratégico, operacional e
de imagem, conforme disposto no Quadro 25 abaixo.
Ao risco estratégico, associa-se também a possibilidade de perda de capital intelectual em face das
estratégias para preservação de habilidades e conhecimentos necessários à Administração/gestão
do FCVS.
As políticas e estratégias para o gerenciamento de riscos nesse modelo são revisadas no mínimo
anualmente, com o objetivo de mantê-las adequadas à natureza, à complexidade e à dimensão das
exposições a riscos e compatível com os objetivos estratégicos.
44
As estruturas de gerenciamento de riscos são compostas por modelos e sistemas que possibilitam
a identificação, a mensuração e a avaliação dos riscos relevantes incorridos, inclusive simulações
em condições normais e de estresse.
Os critérios para definir as exposições relevantes são aprovados pela Alta Administração e são
revisados com o objetivo de compreender suas fontes e identificar formas de reduzi-las ao
estritamente necessário para a consecução dos objetivos estratégicos.
Os relatórios gerados a partir dos modelos de risco, conforme sua natureza, apresentam
informações qualitativas e quantitativas sobre os resultados apurados de forma a subsidiar os
tomadores de decisões na condução dos negócios sob sua responsabilidade.
Para garantir equilíbrio na mensuração das funções empresariais das unidades, a estrutura da
avaliação de resultado apresenta-se segmentada por focos de atuação que se traduzem em
indicadores gerenciais.
45
Nessa revisão do catálogo, efetuaram-se atualizações das informações de normas, sistemas, riscos
e indicadores vinculados aos processos do FCVS e do FCVS Garantia, o que resultou na
identificação dos principais riscos relacionados no Quadro 25 acima e na atualização dos mapas
dos processos ‘Apurar saldo de responsabilidade dos contratos com cobertura do FCVS’. ‘Instruir
processo de novação do FCVS’ e ‘Ressarcir às seguradoras ações do FCVS Garantia’.
Para as três etapas iniciais do ‘Ciclo Anual de Gerenciamento de Riscos’ cujo prazo para conclusão
ocorrerá na primeira quinzena de março de 2021, compete à Administradora do FCVS, na posição
de instância de primeira linha de defesa, identificar, avaliar, homologar e propor soluções de
enfrentamento dos riscos catalogados para o Fundo, de modo a propiciar posterior submissão à
avaliação da segunda linha de defesa.
Para controlar os riscos identificados nas atividades inerentes ao FCVS, a CAIXA possui estrutura
de gerenciamento de risco pautada em uma base com informações referentes a: (i) banco de dados
de perdas internas – por meio do armazenamento de informações referentes a perdas efetivas
(inclusive perdas legais), quase perdas, frequência, severidade, impacto das ocorrências de perdas
operacionais, cálculo para perdas potenciais (esperadas e inesperadas) e provisões referentes às
ações judiciais; (ii) fatores de controle interno no ambiente de negócios em relação a riscos
operacionais; (iii) base de dados externa; e (iv) cenários.
Os mecanismos utilizados pela Administradora do FCVS para avaliar o perfil de decisão crítica,
de modo a verificar, em nível estratégico, a ocorrência de eventual discrepância, consistem em
avaliações dessas decisões em face dos relatórios de controle de risco.
Nesse contexto, para ter processo efetivo de gestão de risco, com fortes linhas de defesa, as
principais medidas são as a seguir explicadas.
Para mitigar os riscos do FCVS, a Administradora do Fundo monitora os processos por meio de
indicadores, de modo a definir ações preventivas a cada ciclo do Planejamento Estratégico do
Fundo.
Para além dessas ações, e com vistas a reduzir o risco associado, eminentemente, às questões
relacionadas às ações judiciais do FCVS e do FCVS Garantia, a Administradora do FCVS mantém
estrutura formada pelo departamento jurídico da CAIXA que utiliza sistema de controle das ações
judiciais contra o FCVS e portal na intranet, o que possibilita, de forma integrada, a
disponibilização de subsídios técnicos, realização de consultas ao jurídico e a análise de
pertinência dos lançamentos de despesas judiciais nos centros de custos do Fundo.
Realizam-se também avalições sistemáticas para definição dos valores de provisão para ações
judiciais contra o FCVS e encontram-se em desenvolvimento funcionalidades no SIAHA e no
SICAJ para aprimorar os controles dos contratos com marcação de ação judicial, de modo a evitar
múltiplos ressarcimentos para um mesmo contrato
46
Ressalta-se que em virtude de inexistir vínculo empregatício entre o FCVS e a força de trabalho
dedicada ao Fundo, não há registro de ação trabalhista nesse sentido.
Em relação aos riscos operacionais, para mitigar aqueles identificados no Relatório de Avaliação
dos Riscos Operacionais da Administradora do FCVS, nos relatórios produzidos pelos sistemas do
FCVS e nas ocorrências de auditoria, a Administradora do FCVS realiza o cotejamento mensal
dos números apresentados nos relatórios emitidos pelos sistemas do FCVS, do CADMUT e
informações contábeis, com os do mês anterior, com vistas à identificação de eventuais distorções
e à adoção de soluções imediatas.
De modo a minimizar os riscos com perda de documentos, a gestão do acervo do FCVS, o que
inclui as atividades de guarda, estoque e inventário dos documentos, segue as diretrizes do
normativo interno ‘Gestão documental – guarda e recuperação de documentos e informação’.
- Catalogação das regras dos sistemas do FCVS submetidos à manutenção no exercício, com vistas
a mitigar os riscos com dependência de capital intelectual de empresa terceirizada na manutenção
e desenvolvimento de serviços de TI;
- Adoção, com vistas a evitar fraudes internas, de mecanismos como (i) a supervisão contínua das
ações adotadas pelos analistas de dossiês do FCVS; (ii) o estabelecimento rigoroso da segregação
de papéis entre empregados/funções; (iii) a utilização de senha com níveis diferenciados de acesso;
(iv) a distinção de perfis (consulta/alteração / homologação) para acesso aos sistemas relacionados
ao FCVS e (v) a utilização de funcionalidades nos sistemas do FCVS que permitem rastrear o
47
autor, a ação e a data de utilização pelos usuários (empregados da Administradora, prestadores de
serviços da TI CAIXA e auditores).
Ressalta-se, contudo, que a implantação de ações mais específicas para enfrentamento dos riscos
identificados no Quadro 25 acima condiciona-se à finalização do Ciclo Anual de Gerenciamento
de Riscos, a qual ocorrerá em 2021.
48
Capítulo 05
Orçamento do FCVS
49
- Encaminhar, até 30 de março do ano subsequente, a prestação de contas do FCVS, e seus
anexos, juntamente com os relatórios gerenciais anuais, para apreciação do CCFCVS, enviando-
os, posteriormente, ao Tribunal de Contas da União.
Os principias objetivos estratégicos que compõem a gestão dos recursos do FCVS consistem em
assegurar que as aplicações financeiras das disponibilidades do FCVS ocorram de forma
conservadora, isto é, com o mínimo de exposição aos riscos de mercado, de modo a assegurar as
necessidades de liquidez do Fundo para possibilitar a realização dos pagamentos sob sua
responsabilidade e os investimentos em melhorias de processos.
Ao realizar as aplicações do FCVS em LFT, a qual utiliza o Índice de Mercado ANBIMA - IMA-
S, composto pelos títulos pós-fixados atrelados à SELIC, não se identificaram variações negativas
no patrimônio do fundo, diferentemente do que poderia ocorrer se utilizados outros índices com
marcação a mercado.
A conformidade das informações citadas neste capítulo apresenta-se com base no Decreto
nº 4.378, de 2002, que aprova o Regulamento do CCFCVS e nos normativos internos da
Administradora do FCVS.
No que se refere à gestão de ativos do FCVS, a CAIXA pode aplicar os recursos do FCVS em
títulos Públicos Federais e deve manter as disponibilidades financeiras do Fundo na Conta Única
do Tesouro Nacional, sob vinculação específica no SIAFI, onde os recursos devem ser
remunerados conforme legislação aplicável, nos termos da Resolução CCFCVS nº 329, de 2012.
50
Gestão Orçamentária e Financeira
A gestão orçamentária e financeira do FCVS realiza-se a partir das diretrizes traçadas pelo
CCFCVS e da priorização das estratégicas que integrarão o planejamento estratégico realizado
pela Administradora do FCVS em cada exercício e aprovado por aquele Conselho.
Com base nesse planejamento, a Administradora do FCVS, até meados de julho de cada ano,
elabora as peças orçamentárias do Fundo, correspondentes à proposta de reformulação
orçamentária do exercício presente e à proposta orçamentária do exercício subsequente,
submetendo-as à apreciação do CCFCVS por meio de voto, para o qual esse Colegiado publica
resolução no DOU.
Nesse contexto, a Administradora, além das peças orçamentárias do FCVS, elabora a execução
orçamentária do Fundo para efeito do monitoramento dos valores realizados em face do orçamento
aprovado para o exercício, o qual integra ações da LOA, mas sem vinculação a programas/projetos.
A comparação entre o orçamento de 2020, aprovado pelo CCFCVS por meio da Resolução
CCFCVS nº 442, de 2019 (não houve reprogramação dos valores), e a execução orçamentária do
exercício de 2020 apresenta-se na síntese demonstrada no quadro a seguir.
ATIVO
Circulante 12.583.265 13.743.956 109,2
Caixa e Equivalentes de Caixa 12.570.117 13.716.226 109,1
Demais Créditos e Valores de Curto Prazo 13.148 27.730 210,9
Não Circulante 3.186.323 3.270.081 102,6
Invest. e Aplicações Temporárias de Longo Prazo 296.055 295.992 100,0
Demais Créditos e Valores de Longo Prazo 2.890.268 3.908.402 135,2
(-) Ajuste para Perdas em Créditos de Longo - (934.313) -
Prazo Total do Ativo 15.769.588 (942.883)
17.014.037 107,9
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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Demonstração das Variações Patrimoniais Orçamento
Realizado Percentual (%)
Aprovado
Variações Patrimoniais Aumentativas
15.941.415 4.532.514 28,4
Variações Patrimoniais Diminutivas (6.474.447) (13.868.711) 214,2
Pela análise das Demonstrações das Variações Patrimoniais, constata-se que as Variações
Patrimoniais Aumentativas acumuladas no exercício, que consistem nas receitas operacionais,
apresentaram valor de R$ 4,5 bilhões, representando 28,4% do orçado, o que decorreu
especialmente em virtude dos contratos de novação no montante de R$2,1 bilhões.
O Ativo Circulante registrou, em 2020, R$ 13,7 bilhões, alta de 9,2% em relação ao orçado, com
destaque para o item “Demais Créditos e Valores de Curto Prazo” – composto por rendimentos a
incorporar de depósitos remunerados e da Conta Única do Tesouro, parcelamento de
contraprestações e, principalmente, por contribuições em atraso a receber dos agentes financeiros
– que apresentou um aumento de 210,9% em relação ao orçado para 2020.
O Ativo Não Circulante contabilizou no exercício de 2020 o montante de R$ 3,2 bilhões, alta de
2,6% em relação ao orçado, por impacto dos Demais Créditos e Valores de Longo Prazo, os quais
obtiveram um realizado 35,2% acima do esperado para 2020.
O Passivo Circulante atingiu o total de R$ 14,7 bilhões, alta de 50,9% em relação ao previsto no
orçamento programado para o período, motivado pelo aumento das Demais Obrigações de Curto
Prazo (composta pelos compromissos assumidos - contratos homologados - e pelas indenizações
de eventos MIP e DFI), decorrente, basicamente, da maior expectativa em 2020 da realização de
novação em 2021.
52
O Patrimônio Líquido do FCVS contabilizou o montante negativo de R$ 116 bilhões, 27,6% acima
do orçado para 2020, por impacto da incorporação do resultado negativo do exercício de R$ 9,3
bilhões.
53
Capítulo 06
Alocação de Recursos
Gestão de Pessoas
Nesse contexto, destaca-se a gestão do desempenho de pessoas que consiste em processo que
possibilita traduzir a estratégia da CAIXA até o nível individual, permitindo ao empregado
compreender o significado do seu trabalho para os resultados da Empresa, tornando clara a
contribuição que se espera dele na execução do planejamento no nível corporativo, da unidade de
negócio/funcional, da unidade de lotação e da equipe, na forma do normativo interno ‘Gestão do
Desempenho de Pessoas’.
Com vistas à minimização desse risco, a Administradora do FCVS adota política de disseminação
do conhecimento por meio da realização de cursos e treinamentos específicos acerca do FCVS e
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2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Conformidade Legal
Com vistas a identificar eventual acumulação indevida de cargos, funções e empregos públicos, a
CAIXA condiciona a admissão de pessoas na Empresa à assinatura de Declaração de Acumulação
de Cargos/Empregos e de Vínculo com empresas concorrentes ou que transacionem com a
CAIXA.
Declarada a existência de acumulação de cargos, fica impedida a admissão do candidato que não
se desincompatibilizar das atividades de outro cargo até o momento da assinatura do Contrato de
Trabalho.
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Lotação Efetiva
Tipologias dos Cargos
Área Meio Área Fim
Chefia de Unidade 4 2
Gerencial 7 19
Não Gerencial 36 202
Sem Função 0 15
Total 47 238
Fonte: VIPES
Quantidade de Empregados
Tipo de
VIMAR (5818) DEFUS (5108) SUFUS (5440)
função
Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Chefia da 0 1 1 0 1 0
unidade
Gerencial 0 0 1 0 0 1
Não 3 1 4 0 3 3
Gerencial
Sem 0 0 0 0 0 1
Função
Total 3 2 6 0 4 5
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2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Quantidade de Empregados
Tipo de
GECVS (5345) CECVS (7005) CEHAG (7917)
função
Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Chefia da 0 1 0 1 0 1
unidade
Gerencial 3 2 5 7 4 3
Não 14 7 64 65 45 28
Gerencial
Sem 0 0 4 5 3 3
Função
Total 17 10 73 78 52 35
Fonte: VIPES
No quesito distribuição da força de trabalho dedicada ao FCVS por tipologia de cargo, verifica-se
que 61% das funções gerenciais estão concentradas entre pessoas da etnia branca, o que se
apresenta proporcional ao número total de empregados que se declaram brancos na Administradora
do Fundo (68%), uma vez que, na CAIXA, as informações de etnia são obtidas a partir de
declaração pessoal de cada empregado.
Quantidade de Empregados
VIMAR DEFUS SUFUS
Etnia
Não Sem Não Sem Não Sem
Gerencial Gerencial Gerencial
Gerencial Função Gerencial Função Gerencial Função
Amarela 1 0 0 0 0 0 0 1 0
Branca 0 2 0 0 2 0 2 3 0
Indígena 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Parda 0 2 0 0 2 0 0 2 1
Preta 0 0 0 1 1 0 0 0 0
Total 1 4 0 1 5 0 2 6 1
Quantidade de Empregados
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Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A composição da força de trabalho dedicada ao FCVS, conforme disposto nos Quadro 34 e Quadro
35, apresenta-se relativamente equilibrada no que se refere à distribuição por faixas salarial e
etária.
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2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Quantidade de Empregados
Faixa
Etária/Geração VIMAR DEFUS SUFUS GECVS CECVS CEHAG
(5818) (5108) (5440) (5345) (7005) (7917)
Genero Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Acima de 60
0 0 0 0 0 0 0 0 2 7 3 4
anos
De 51 a 60 anos 0 0 0 0 0 1 4 5 15 18 16 9
De 41 a 50 anos 0 1 1 0 2 0 4 2 18 26 15 9
De 31 a 40 anos 3 1 3 0 2 4 9 3 35 26 18 11
De 21 a 30 anos 0 0 2 0 0 0 0 0 3 1 0 2
Até 20 anos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 3 2 6 0 4 5 17 10 73 78 52 35
Total por
5 6 9 27 151 87
unidade
Fonte: VIPES
O PCS dispõe que a admissão para os cargos efetivos da parte permanente/vigente ocorre,
obrigatoriamente, com a realização de concurso público, e que o provimento para aqueles em
extinção encontra-se vedado quando da vacância.
Verifica-se a qualificação das equipes da Administradora do FCVS tanto sob o aspecto da análise
de competências e habilidades exigidas no rito de cada processo seletivo interno para efeito de
provimento de cargo comissionado ou função gratificada da unidade quanto do conhecimento
pertinente às matérias técnicas do FCVS.
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Os custos com os empregados da CAIXA que se encontram dedicados ao FCVS são integral e
mensalmente ressarcidos pelo FCVS por meio da Taxa de Administração do FCVS, conforme
previsto no art. 15 do Decreto nº 4.378, de 2002.
Valores em R$
Total das despesas fixas e variáveis com recursos humanos –
FCVS/FCVS Garantia
2018 116.962.363,00
Exercício 2019 75.308.737,61
2020 70.637.627,45
Avaliação de Desempenho
Nesse contexto, destaca-se a gestão do desempenho de pessoas que consiste em processo que
possibilita traduzir a estratégia da CAIXA até o nível individual, permitindo ao empregado
compreender o significado do seu trabalho para os resultados da Empresa, tornando clara a
contribuição que se espera dele na execução do planejamento no nível corporativo, da unidade de
negócio/funcional, da unidade de lotação e da equipe, na forma do normativo interno ‘Gestão do
Desempenho de Pessoas’.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Capacitação
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em 2019, a Administradora do FCVS firmou com a Deloitte Touche Tohamtsu Consultores Ltda
o contrato nº 11994/2019 para prestação dos serviços de avaliação atuarial do FCVS/FCVS
Garantia, no valor de R$ 650.000,00, para o período de dois anos. Desse montante, houve
pagamento, em 2020, de R$ 325.000,00, correspondente à entrega da avaliação atuarial do Fundo
referente ao exercício de 2019.
Para melhorar o processo de análise de dossiês, a CAIXA realizou o pregão eletrônico nº010/7066-
2017 por meio do qual contratou a empresa M2SYS Tecnologia e Serviços S.A, contrato nº 3.045,
assinado em 15/05/2017, para prestação dos serviços de digitalização do acervo de dossiês do
FCVS, excetuados os vinculados a créditos novados, bem como para fornecimento de GED, pelo
prazo de 48 meses, ao preço de R$0,077 por página digitalizada, perfazendo os valores de R$
7.306.170,18 e R$ 106.177,38, relativos, respectivamente, à digitalização e ao GED. Em 2019, os
pagamentos à M2SYS totalizaram R$ 1.470.816,68.
Em 2020, entretanto, não houve pagamento à M2SYS, haja vista que a empresa declarou-se
impossibilitada de dar continuidade à prestação dos serviços contratados, o que também ensejou a
execução, pela Administradora do FCVS, de medidas como a notificação da contratada e o pedido
de avaliação de rescisão contratual, o qual se encontra sob avaliação CEINP - unidade CAIXA.
Diante desse contexto, fez-se necessário o ajuizamento de ação por meio da qual a CAIXA requer
o cumprimento do contrato, de modo a obter as imagens digitalizadas que ainda se encontram em
posse da M2SYS.
Em 2017, a CAIXA firmou com a empresa a EXPERMED o contrato nº0935/2017 para prestação
de serviços de perícia médica documental securitária, referentes a diversas especialidades médicas,
relativas a contratos averbados na Apólice do extinto Seguro habitacional do Sistema Financeiro
da Habitação – ASH/SFH garantidos pelo FCVS Garantia.
Em 2020, houve a terceira e última prorrogação desse contrato. O valor pago em 2020 totaliza R$
169,00, referente à única perícia realizada no ano de 2020. Ressalta-se que a redução no volume
de perícias decorre, sobretudo, da pandemia de COVID-19 apresentada ao longo do exercício.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Conformidade Legal
O CADMUT constitui-se pelas informações dos AF, das seguradoras e do FCVS. Até 31/12/2020,
esse cadastro recebeu 18.182.285 registros, dos quais 17.483.127 estão qualificados, conforme
demonstrado no Quadro 42.
Para efeito de apuração do total de contratos com cobertura do FCVS, consideram-se apenas as
informações originadas dos agentes financeiros, com vistas a eliminar as possíveis duplicidades de
registros na base desse cadastro.
Modelo de governança de TI
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Entre as estratégias do PDTI da CAIXA, com vigência entre 2017-2019, cujo objetivo consiste na
transformação digital dos negócios e processos da Empresa, encontra-se a estruturação do EPROJ
para gestão e acompanhamento dos projetos corporativos priorizados.
Conglomerado CAIXA; planejamento anual de TI com base nos planos e demandas das Unidades
de Negócios e Unidades Funcionais;
– Aprovar a constituição e o regimento interno de colegiados em seu âmbito de atuação;
– Aprovar e monitorar os indicadores propostos pelas Unidades que compõem o Comitê
Delegado de Tecnologia, que devem possibilitar o adequado acompanhamento da relação
comercial ou negocial ou operacional entre a VP Tecnologia da Informação e as empresas do
Conglomerado CAIXA com as quais mantenha vínculo;
– Monitorar, entre outros: (i) os projetos corporativos de TI e de sistemas estratégicos; (ii) o
alinhamento da estratégia de TI ao Plano Estratégico CAIXA; (iii) o nível dos
investimentos/custeio realizado em TI; (iv) os indicadores de satisfação das áreas-clientes e
qualidade operacional; (v) os indicadores de ANS; (vi) a eficiência da aplicação do PCO; (vii) o
cumprimento das diretrizes estabelecidas no PDTI; (viii) a gestão dos contratos de TI; (ix) os
resultados dos acordos operacionais e projetos; (x) a conformidade da TI quanto aos apontamentos
e recomendações das Auditorias Internas, Independentes, dos Órgãos Reguladores e dos
Conselhos Estatutários; e (xiii) Indicadores do planejamento estratégico, em seu escopo de
atuação.
Cumpre ressaltar que a VIMAR, ante a segregação de papéis entre os negócios da Vice-Presidência
e os da CAIXA, participa do Comitê Delegado de Tecnologia e Eficiência como convidada,
condicionado ao tema da pauta, sem, contudo, ter direito a voto, conforme disposto no normativo
‘Funcionamento dos Comitês Delegados do Conselho Diretor’, de modo que, conquanto as
necessidades de TI do FCVS figurem no rol de ações avaliadas pelo Comitê de TI, a VIMAR
encontra-se impossibilitada de deliberar, entre outros, sobre critérios de priorização de iniciativas
de TI interunidades, o que pode acarretar certo descompasso entre o planejamento do FCVS e as
correspondentes entregas de TI.
São firmados contratos com empresas terceirizadas na modalidade de fábrica de software; a adoção
desse tipo de solução reduz a dependência excessiva diante da propriedade do código-fonte
desenvolvido ser da CAIXA. Nesse modelo existem várias empresas no mercado capazes de
manter e realizar novos desenvolvimentos nos sistemas, mitigando riscos de continuidade em
situações de quebra de contrato ou interrupção das atividades do fornecedor no mercado.
Para mitigar a dependência com relação a funcionários específicos da contratada que passa a deter
o conhecimento dos processos de trabalho os contratos firmados preveem procedimentos relativos
à transferência de conhecimentos e é exigida a documentação das intervenções nos sistemas, com
base em padrões de mercado.
Em 2020, as ações de capacitação correspondem aos cursos das trilhas da Universidade CAIXA e
de atualização das equipes dedicadas ao FCVS, a exemplo daqueles de inovação e de
desenvolvimento de sistemas.
Na consecução da prestação dos serviços integrados de TI, adotam-se como objetivos específicos,
agrupados de acordo com a etapa do ciclo de vida do serviço a que pertencem, os processos de
gerenciamentos de (i) nível de serviços, (ii) incidentes, (iii) problemas, (iv) configuração, (v)
mudanças e (vi) conhecimento aplicado a operações de TI, os quais objetivam agregar valor para
os serviços de TI em operação, visando melhorar continuamente a satisfação dos usuários por meio
de padronização de procedimentos operacionais e acompanhamento de indicadores de
desempenho dos processos de gestão de TI.
O processo ‘gerenciar nível de serviço de TI’ realiza a avaliação periódica de classificação dos
sistemas, visando mantê-la continuamente alinhada às necessidades e estratégias de negócio da
CAIXA, uma vez que todo sistema em operação deve ser classificado em um dos 4 níveis de
importância, atribuindo-se a menor classificação aos novos sistemas, e a reclassificação após
implantação, desde que observado o fluxo de atualização da classificação de importância dos
serviços/sistemas.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Valores em R$
Custo com Desenvolvimento, processamento e manutenção dos
Sistemas do FCVS
2020 2019
16.760.178,13 13.877.627,09
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O SICMU, novo CADMUT, deve-se à necessidade de melhoria na qualidade dos registros das
operações e dos programas sociais de habitação do Governo Federal, haja vista a limitações do
atual SICDM, em especial, no que concerne ao registro de apenas um mutuário para cada
financiamento quando existem outros mutuários coobrigados e codevedores.
Também foram incorporadas ao SIGFC, para fins de consulta, as bases de dados oriundas do
CADMUT; do Cadastro de Averbação e da SUSEP, a qual possui os registros das operações
averbadas na extinta apólice pública do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro de Habitação
– SFH.
Segurança da informação
As informações, ativos essenciais para o FCVS, são protegidas contra alteração, destruição,
divulgação, cópia e impressão não autorizadas, acidentais ou intencionais. Assegura-se a
recuperação da informação como uma das formas de resguardar a continuidade dos negócios.
Os sistemas que suportam o FCVS/FCVS Garantia são desenvolvidos pela área de TI, testados e
homologados pela área gestora.
As senhas, ou outros mecanismos utilizados no controle de acesso aos sistemas do FCVS, são
pessoais, intransferíveis e não são compartilhadas.
As informações são classificadas conforme seu grau de sigilo, observados os critérios
estabelecidos pela CAIXA.
O acesso à informação condiz com a necessidade do usuário para o desempenho de suas atribuições
na Administradora. Os ambientes onde são tratados dados e informações são segregados, conforme
a sua classificação e tipo de uso (desenvolvimento, homologação, rede, suporte e produção de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Gestão de Custos
A gestão de custos do FCVS realiza-se, sobretudo, por meio do monitoramento do indicador dos
custos administrativos, constantes no SIGFH, e do custo por análise - ICPA.
Nesse contexto, cumpre destacar que a remuneração mensal paga à CAIXA em 2020, na qualidade
de Administradora do FCVS, encontra-se amparada nas Resoluções do CCFCVS nº 34/2003,
nº 191/2006, nº 238/2008, nº 325/2012 e nº 450/2019, que tratam da Taxa de Administração do
FCVS.
Em 2020, a CGU realizou auditoria cujo tema central foi o custo incorrido pela União em ter a
CAIXA como administradora da maioria dos fundos governamentais federais, tendo obtido como
resultado para o FCVS a impropriedade de repasse dos custos não rastreáveis CAIXA ao Fundo.
A CGU, por consequência, recomendou a remoção dos custos não relacionados à operação do
FCVS e do FCVS Garantia da base de cálculo das taxas de administração, com a respectiva
devolução de valores, acrescidos de margem de ganho e tributos cobrados desses fundos.
Tal recomendação levou à revisão pela Administradora do FCVS dos valores pagos de Taxa de
Administração em 2018 e 2019 pelo FCVS à CAIXA para remoção dos custos não rastreados
eventualmente pagos, tendo em vista que, a partir de 2020, esses custos já não compunham mais
as planilhas de custo apresentadas. Ressaltamos que o resultado da revisão está em fase de
preparação para submissão à devida governança.
Importante observar que a revisão das taxas de administração pagas em 2018 e 2019, para exclusão
dos custos não rastreáveis, já era objeto de avaliação da Administradora do FCVS quando da
formalização por aquela Controladoria-Geral da recomendação em questão.
Observe-que os valores referentes ao SCA estão incorporados desde 2019 nos custos do FCVS
Garantia.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Valores em R$
Taxa de Administração 2020 - FCVS e CADMUT Custos Área Fim e Área Meio
% - Custo de Custo de % - Custo
Custo de Análise - Área
Custos Incorridos Valor Total (R$) Análise - Análise - Área de Análise -
Meio
Área Fim Fim Área Meio
Recursos Humanos 40.699.688,75 78,86% 32.097.327,64 21,14% 8.602.361,11
Infraestrutura 10.152.957,68 85,57% 8.687.699,33 14,43% 1.465.258,35
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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Valores em R$
Componente do Custo Valor Total
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Valores em R$
Ano Remuneração Recebida
2017 162.729.815,49
2018 205.771.869,05
2019 152.530.878,23
2020 147.776.323,26
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em 31/12/2020, o FCVS Garantia possuía 45.617 contratos ativos, quantidade 15,9% menor que o
número de contratos ativos com posição em 31/12/2019 (54.272).
No contexto das despesas do FCVS Garantia, houve um aumento significativo do montante total
despendido, uma vez que, em 2020, o FCVS Garantia efetuou o reembolso às seguradoras no
montante de R$ 260,8 milhões, valor muito superior ao de 2019 (R$ 2,07 milhões), tendo em vista
a retomada da liberação de valores a partir de novembro de 2019, com a publicação da Resolução
CCFCVS nº 448, de 2019.
77
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Sustentabilidade Ambiental
Nos processos de compras e contratações de serviços, o FCVS adota critérios socioambientais com
a inclusão e o monitoramento de cláusulas contratuais relacionadas à ética, à responsabilidade
socioambiental, aos direitos humanos e à comprovação de origem e à destinação ambientalmente
regular dos materiais, consoante Política de Compras Sustentáveis e Relacionamento com
Fornecedores da CAIXA, conforme disposto no endereço
http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloads.aspx seção ‘Relatórios de Sustentabilidade’.
78
Capítulo 07
Governança
A instância externa da governança do FCVS é formada pela sociedade civil, na seara do controle
social, pelo TCU, no âmbito do controle externo, e pela Auditoria Independente, na realização da
auditoria anual do Fundo. Para 2020, a CAIXA contratou a empresa PwC para realizar a auditoria
contábil do Fundo.
Nesse contexto, o FCVS mantém sua atuação visando realizar boas práticas de governança em
observância às diretrizes de atuação do FCVS e por meio da adoção de instrumentos variados de
gestão da CAIXA, a exemplo do Código de Ética, do Código de Conduta, dos Regimes de Alçadas,
dos manuais normativos e das diversas unidades que integram a estrutura de Governança
Corporativa da CAIXA aplicada ao Fundo.
A Assembleia Geral, constituída pelo controlador único da CAIXA, é o órgão com poderes para
deliberar sobre todos os negócios relativos ao seu objeto, nos termos da Lei nº 6.404, de 1976, e
de seu Estatuto.
O Conselho Diretor é o órgão colegiado responsável pela gestão e representação da CAIXA, a que
compete, entre outras atribuições, deliberar sobre medidas para estabelecer e aperfeiçoar o sistema
de governança corporativa da CAIXA e comunicar formalmente ao auditor independente e ao
Comitê de Auditoria a existência ou evidência de situações cuja ocorrência importe notificação
aos órgãos fiscalizadores.
Ao Conselho Fiscal, entre outras atribuições, cabe examinar, com base em parecer da Auditoria
Interna e da Auditoria Independente, as demonstrações financeiras de encerramento do exercício
social, opinar sobre a prestação de contas anual e analisar os balancetes e demais demonstrativos
financeiros.
Os Comitês vinculados ao Conselho Diretor (Delegados e Diretores) são formados por integrantes
de mesmo nível hierárquico e de unidades que possuam relação com a temática do comitê, de
modo a garantir que o debate ocorra com as pessoas certas, gerando maior segurança ao processo
decisório.
Na governança do FCVS, ressalta-se também o papel desempenhado pela Auditoria Interna que,
alinhada ao Plano Estratégico CAIXA, atua, entre outras vertentes, na terceira linha de defesa, isto
é, após as ações de enfrentamento ao risco pelas áreas gestoras de processos, produtos ou de redes
de unidades, e pelas áreas de controle, compliance e riscos, em consonância com as recomendações
do IIA Brasil, na eleição de processos críticos auditados por metodologia de auditoria de processos
e com foco em riscos e na especialização das equipes para atuar nos processos auditados.
Essa atuação da Auditoria Interna ocorre de modo a fornecer, aos órgãos de governança e à alta
administração, avaliações mais acuradas e com mais abrangência, incluindo a forma como a
primeira e a segunda linhas de defesa alcançam os objetivos de gerenciamento de riscos e controle.
Em 2020, foram realizadas auditorias contábeis (941 horas) com objetivo de avaliar os registros,
balancetes e demonstrações contábeis, e auditorias operacionais mandatórias (28.651 horas),
conforme dispositivos legais, exigências normativas, determinações dos conselhos estatutários,
órgãos de controle/fiscalização ou delegação do governo federal, assim distribuídas: (i)
homologação dos contratos habilitados: 31,83%;(ii) novação de dívidas: 47,67%; (iii) arrecadação
(controle, registro das contribuições e ateste por meio dos relatórios de auditoria independente):
2,35%; (iv) avaliação da Taxa de Administração: 1,91%; (v) avaliação da gestão e controle do
processo FCVS Garantia: 1,99%; (vi) avaliação do processo de habilitação de créditos: 4,22%;
(vii) avaliação do SICTR: 3,72%; (viii) follow-up de auditorias anteriores no processo de
homologação: 2,72%; (ix) follow-up de apontamento TCU: 2,18%; (x) elaboração de programas
de auditoria: 1,41%.
80
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
INSTÂNCIA EXTERNA
INSTÂNCIA INTERNA
Ministério da Economia
CCFCVS CGU
(STN)
CAIXA
Conselho de Fundos
Governamentais e Loterias
Comitê de Diretores
81
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
- Resolução CCFCVS nº 456, de 7 de dezembro de 2020 – Define a nova metodologia para cálculo
da Taxa de Administração do FCVS;
- Resolução CCFCVS nº 457, de 7 de dezembro de 2020 – Mantém a glosa proposta pela CAIXA
no julgamento de recurso administrativo interposto pela Cia. Excelsior de Seguros;
82
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Sítio da CAIXA
(http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloa Sítio da CAIXA
ds.aspx), onde constam os manuais, o (http://www.caixa.gov.br/acesso-a-
aplicativo Conectividade e as Circulares do informacao/Paginas/default.aspx) para SIC’. Há
Fundo. também o SIC físico. Os pedidos de acesso à
informação recebidos pelos canais SIC são
cadastrados no e-SIC
Sítio da CAIXA
(http://www.caixa.gov.br/site/paginas/download
s.aspx#categoria_717 onde constam as
prestações de contas do FCVS.
No sítio da CAIXA (http://fale-
conosco.caixa.gov.br/wps/portal/faleconosco),
http://fundosdegoverno.caixa.gov.br/portal- onde constam os serviços de SAC e Ouvidoria.
home, página da SUFUS na internet.
Ressalta-se que não são passíveis de fornecimento as informações classificadas nas hipóteses
legais de sigilo, entre as quais, fiscal e bancário, e aquelas genéricas, desproporcionais ou
desarrazoadas, ou que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de
dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência
da CAIXA.
Cumpre esclarecer que a única demanda marcada como atendida “fora do prazo” no sistema de
Ouvidoria da Caixa igualmente não implica ausência ou ineficiência de atuação da
Administradora, pois ela foi atribuída equivocadamente à Administradora que, tempestivamente,
transferiu a demanda para o destinatário correto: Agente Financeiro CAIXA.
No que se refere à forma de participação cidadã em processos decisórios, cabe salientar que
inexiste atuação direta da sociedade nas decisões do FCVS, mas tão somente mediada pelos
integrantes do CCFCVS, pois, embora a atuação do FCVS ocorra em nome do mutuário, a
assunção de suas dívidas ocorre perante os AF e Entidades Credoras que operam no SFH ou
possuem créditos contra o FCVS.
Nesse contexto, a relação com as partes interessadas no FCVS encontra-se pautada nos valores
adotados no modelo de negócio do FCVS e nas diretrizes e mecanismos do ‘Programa de
Integridade da CAIXA’ que possibilitam a atuação na gestão / administração de negócios de forma
ética e com vistas atender os legítimos interesses dessas partes e a preservar não só a imagem do
FCVS, mas também do ME e da CAIXA.
Em face das especificidades da relação do FCVS com os mutuários beneficiários do Fundo, não
se justifica a manutenção de canal de ‘Carta de Serviço ao Cidadão’ tampouco de mecanismos de
aferição do grau de satisfação dos cidadãos.
Recomendações da SFC/CGU
O trabalho de auditoria teve como objeto avaliar se as demonstrações contábeis do FCVS refletiam
em todos os aspectos relevantes a situação patrimonial, o desempenho financeiro e os fluxos de
caixa do Fundo, considerando o MCASP, as NBC TSP e demais normativos aplicáveis ao setor
público. O relatório apresenta os resultados da auditoria financeira das Demonstrações Contábeis
do FCVS e recomenda:
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Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
8) Caso a nova metodologia utilizada para o cálculo das provisões para atender às
ações judiciais não seja implementada no exercício corrente, revisar o cálculo,
corrigindo as falhas apontadas no presente relatório e evidenciar os efeitos dos ajustes
realizados em Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis do exercício corrente.
A Administradora do FCVS tratou todas as recomendações e solicitou baixa ao CCFCVS por meio
do Ofício 125/2020/DEFUS/SUFUS/GECVS, de 29.06.2020, que encaminhou o pedido de baixa
à SFC/CGU por meio do Ofício SEI nº 156955/ME, de 30.06.2020. Até o momento, não houve
posicionamento da CGU.
A auditoria teve como tema central avaliar a conformidade dos controles internos estabelecidos
pela Administradora do FCVS, para assegurar a consecução dos processos realizados para
validação dos passivos reclamados à novação de dívida pelo FCVS, conforme estabelecido na Lei
nº 10.150, de 2000, e por conseguinte, dar provimento às realizações estratégicas conferidas a
responsabilidade da gestão do FCVS. O relatório apresentou recomendações ao Conselho Curador
voltadas a prover efetiva supervisão da gestão do Fundo, bem como recomendações à
Administradora do Fundo orientadas para o aperfeiçoamento dos controles internos do
Macroprocesso avaliado, especialmente os processos de Habilitação, Análise e Homologação dos
créditos reclamados contra o Fundo:
Recomendações ao CCFCVS
As recomendações dirigidas ao CCFCVS foram tratadas por meio do Ofício Conjunto SEI nº
38/2020/ME, de 09.10.2020, em que foi solicitado a baixa ou o redirecionamento das
recomendações. Até a presente data, não houve posicionamento da CGU.
86
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
10) Adotar medidas que assegurem a atualização das informações e publicações, nos
termos da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).
O trabalho de auditoria teve como tema central a avaliação das Demonstrações Contábeis do Fundo
de 2018 e da conformidade dos controles internos estabelecidos pela Administradora do FCVS
para validação dos passivos reclamados à novação de dívida. O relatório recomendou:
87
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
7) Que seja efetuado estudo, tendo como base as contribuições devidas ao Fundo,
para criar instrumentos de gestão que possam indicar descasamento entre o total das
contribuições realizadas e a totalidade de dívidas de responsabilidade do FCVS por
Agente Financeiro.
nº 13.932, de 2019, à Lei nº 10.150, de 2000. A CGU, por sua vez, acatou a solicitação do Conselho
e deu baixa nas recomendações.
A auditoria teve como tema central avaliar a adequação e suficiência dos controles internos e do
gerenciamento de riscos estabelecidos pela Administradora do FCVS, para orientar sua atuação no
âmbito do FCVS Garantia, com foco na execução do Macroprocesso Ações Judiciais, do qual se
espera o provimento da defesa judicial exitosa, em contenciosos movidos contra os interesses do
FCVS Garantia. O relatório apresentou as seguintes recomendações:
A Administradora apresentou plano de ação à CGU para tratamento das recomendações, cujas
ações encontram-se em fase de execução conforme cronograma proposto.
Tratou-se de Auditoria Anual de Contas, referente ao exercício de 2019, cujo escopo, definido
junto ao TCU, consistiu na avaliação dos custos incorridos e das taxas de administração cobradas
no âmbito dos fundos e contas correntes do poder executivo federal administrados pela CAIXA.
Em 2020, houve revisão dos valores pagos de Taxa de Administração em 2018 e 2019 pelo FCVS
à CAIXA para remoção dos custos não rastreados eventualmente pagos, em razão de
recomendação da CGU. O resultado da revisão está em fase de preparação para submissão à
instância de governança CAIXA, para a devolução de valores, devidamente atualizada conforme
regras do FCVS.
O trabalho de auditoria financeira teve como tema central avaliar a conta Resíduos de Contratos
Liquidados – FCVS em 31/12/2020, bem como verificar a adequabilidade dos controles
relacionados. O relatório trouxe as seguintes recomendações:
90
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Para tratamento referente a essas recomendações, encontra-se em fase de elaboração plano de ação
para envio à CGU.
Recomendações do TCU
Tratou-se de trabalho de Auditoria Operacional realizada pelo TCU no FCVS, com o objetivo de
analisar o processo de novação das dívidas do FCVS, em relação à eficiência e à tempestividade.
O acórdão de julgamento do processo apresentou as seguintes determinação e recomendações:
1) Que edite portaria com definição de cronograma das novações do FCVS, com
vistas ao cumprimento do prazo legal
Recomendações à CAIXA
2) Que elabore plano de ação para equacionar o elevado índice de falhas na
homologação e novação dos créditos contra o FCVS, bem como para melhorar e
eficiência desses processos, considerando a necessidade desse plano ser colocado em
operação em curto prazo, de modo a viabilizar a conclusão das atividades antes de
01/01/2027, contemplando:
91
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2019
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
3) Que elaborem plano de ação, com o objetivo de assegurar que a conclusão das
medidas a seu cargo relacionadas ao processo de novação do FCVS esteja
harmonizada com o prazo consignado na Lei 10.150/2000, art. 1º, § 2º, inciso I, e
observando as diretrizes nele dispostas, que deverá contemplar:
Por esse motivo, o planejamento da elaboração do Plano de Ação pela Administradora do FCVS
possui dependência da apreciação do recurso mencionado, uma vez que definirá se é pretendido
um plano de ação conjunto ou vários planos de ação coordenados.
92
www.pwc.com.br
Fundo de
Compensação
de Variações
Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica
Federal - CAIXA)
Demonstrações contábeis em
31 de dezembro de 2020
e relatório do auditor independente
Relatório do auditor independente
sobre as demonstrações contábeis
Aos Administradores
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada "Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras". Somos
independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no
Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa opinião.
Outros assuntos
Balanço Financeiro
Não examinamos, nem foram examinados por outros auditores independentes, o Balanço Financeiro
apresentado nas demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2020, e,
consequentemente, não emitiremos opinião sobre o referido Balanço Financeiro.
PricewaterhouseCoopers, SHS Quadra 6, Cj. A, Bloco C, Ed. Business Center Tower, Salas 801 a 811, Brasília, DF, Brasil,
70322-915, Caixa Postal 08850, T: +55 (61) 2196 1800, www.pwc.com.br
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)
Os responsáveis pela governança do Fundo são aqueles com responsabilidade pela supervisão do
processo de elaboração das demonstrações contábeis.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e
emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança,
mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As
distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando,
individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões
econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria.
Além disso:
• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Fundo.
3
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS
(Administrado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA)
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance
planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5
4
DECLARAÇÃO DO CONTADOR
DECLARAÇÃO SEM RESSALVA
Denominação Órgão Superior Código da UG
FUNDO DE COMPENSACAO E
170381
VARIACAO SALARIAL
O ponto a seguir não constitui ressalva, mas é devida a menção, para uma
melhor interpretação das demonstrações contábeis do Órgão:
Demonstrações Contábeis
2020
Fundo de Compensação de
Variações Salariais - FCVS
0
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
SUMÁRIO
Balanço Patrimonial..................................................................................................... 3
Nota 6 – Demais Créditos e Valores de Curto e Longo Prazo e Ajuste para Perda em Créditos de
Longo Prazo ............................................................................................................. 18
1
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Patrimonial
Em milhares de reais
EQUIPE TÉCNICA
COLABORAÇÃO
2
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Patrimonial
Em milhares de reais
Balanço Patrimonial
3
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstrações das Variações Patrimoniais
Em milhares de reais
4
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Em milhares de reais
Patrimônio/ Resultados
Especificação Total
Capital Social Acumulados
Saldo Inicial do Exercício 2019 407.375 (111.507.651) (111.100.276)
Resultado Patrimonial do Exercício - 4.407.281 4.407.281
Saldo Final do Exercício 2019 407.375 (107.100.370) (106.692.995)
Resultado Patrimonial do Exercício - (9.336.197) (9.336.197)
Saldo Final do Exercício 2020 407.375 (116.436.567) (116.029.192)
5
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Demonstração do Fluxo de Caixa
Em milhares de reais
6
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Orçamentário
Em milhares de reais
RECEITA
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS PREVISÃO INICIAL PREVISÃO ATUALIZADA RECEITAS REALIZADAS SALDO
Não auditado Não Auditado Não Auditado
RECEITAS CORRENTES 968.098 968.098 788.227 (179.871)
Receita Patrimonial 857.909 857.909 698.782 (159.126)
Valores Mobiliários 857.909 857.909 698.782 (159.126)
Receitas de Serviços 110.189 110.189 89.445 (20.745)
Serviços e Atividades Financeiras 110.189 110.189 89.445 (20.745)
Outras Receitas Correntes - - - -
Indenizações, Restituições e - - - -
Ressarcimentos
SUBTOTAL DE RECEITAS 968.098 968.098 788.227 (179.871)
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO 968.098 968.098 788.227 (179.871)
DEFICIT - -
TOTAL 968.098 968.098 788.227 (179.871)
DESPESA
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO ATUALIZADA DESPESAS EMPENHADAS DESPESAS LIQUIDADAS DESPESAS PAGAS SALDO DA DOTAÇÃO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
Outras Despesas Correntes 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
SUBTOTAL DAS DESPESAS 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
SUBTOTAL COM 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
REFINANCIAMENTO
TOTAL 968.098 968.098 451.258 412.885 404.756 516.840
ANEXO 1 - DEMONSTRATIVO DE EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS INSCRITOS EM 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO ANTERIOR LIQUIDADOS PAGOS CANCELADOS SALDO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 564.648 534 534 564.113 -
Outras Despesas Correntes 564.648 534 534 564.113 -
TOTAL 564.648 534 534 564.113 -
ANEXO 2 - DEMONSTRATIVO DE EXECUÇÃO RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NAO PROCESSADOS LIQUIDADOS
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS INSCRITOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES INSCRITOS EM 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO ANTERIOR PAGOS CANCELADOS SALDO
Não Auditado Não Auditado Não Auditado Não Auditado
DESPESAS CORRENTES 84 1.697 1.781 - -
Outras Despesas Correntes 84 1.697 1.781 - -
TOTAL 84 1.697 1.781 - -
7
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Balanço Financeiro
Em milhares de reais
Balanço Financeiro
INGRESSOS DISPÊNDIOS
8
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS (“FCVS” ou “Fundo”) foi instituído pela Resolução
nº 25 do Conselho de Administração do Banco Nacional da Habitação – BNH (“BNH”), de 16 de junho de
1967, transferido sucessivamente para a Caixa Econômica Federal – CAIXA (“CAIXA”), Banco Central do
Brasil, Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente e Ministério da Fazenda pelo Decreto-Lei nº
2.291, de 21 de novembro de 1986, Resolução/CMN nº 1.277, de 20 de março de 1987, Decreto-Lei nº
2.406, de 5 de janeiro de 1988 e Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989, respectivamente.
Destaca - se que o FCVS é um fundo público, regido pelas Leis n° 9.443 de 14 de março de 1997 e n°
10.150 de 21 de dezembro de 2000, vinculado à estrutura do Ministério da Economia (ME) cuja
administração compete à CAIXA, que a realiza segundo normas e diretrizes determinadas pelo Gestor do
Fundo, o Conselho Curador do FCVS (CCFCVS), órgão de deliberação colegiada integrante da estrutura do
ME.
O FCVS é uma unidade integrante do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS), sendo integralmente
consolidado no Balanço Geral da União (BGU).
Em cumprimento ao que determina o inciso VIII do art. 14 do Capítulo IV do Regulamento do CCFCVS, anexo
ao Decreto nº 4.378 de 16 de setembro de 2002, compete à CAIXA, na qualidade de Administradora do
FCVS, a elaboração da proposta de orçamento do Fundo.
Em 29 de dezembro de 2009, foi publicada a Medida Provisória (“MP”) nº 478, que dispõe sobre a extinção
da Apólice do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH (“SH/SFH”), a partir de
1º de janeiro de 2010, bem como veda a contratação, a partir de 29 de dezembro de 2009, do SH/SFH,
cujo equilíbrio é assegurado pelo FCVS, nos termos do Decreto-Lei nº 2.406, de 5 de janeiro de 1988, para
novas operações de financiamento ou operações já firmadas em apólice de mercado.
9
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1.2 Objetivos
(i) Garantir o limite de prazo para a amortização das dívidas contraídas pelos adquirentes de unidades
habitacionais, no âmbito do SFH, respondendo pela cobertura dos saldos devedores residuais aos
Agentes Financeiros;
(ii) Assumir, em nome do mutuário, os descontos concedidos pelos Agentes Financeiros do SFH, nas
liquidações antecipadas e nas transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a
legislação da regência;
(i) Dotação orçamentária da União, prevista na Resolução do Conselho do BNH (“RC/BNH”) nº 25, de 16
de junho de 1967, e nos Decretos-Lei nº 2.164, de 19 de setembro de 1984, e nº 2.406, de 5 de janeiro
de 1988 e Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000;
(iii) Rendas das aplicações dos recursos disponíveis, efetuadas por intermédio da CAIXA;
(iv) Outras fontes de recursos estão definidas no Decreto-Lei n° 2.164, de 19 de setembro de 1984, Decreto-
Lei n°2.406, de 05 de janeiro de 1988, e lei n° 10.150, de 21 de dezembro de 2000.
1.5 Novações
(i) As dívidas do FCVS, com as instituições financiadoras, poderão ser objeto de novação, a ser celebrada
entre cada credor e a União;
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O pagamento da dívida do FCVS será efetuado por meio da emissão de títulos com prazo de até
trinta anos, contados a partir de 1º de janeiro de 1997, sendo 8 anos de carência para o
pagamento dos juros e 12 anos para o pagamento do principal, mediante a formalização de
contratos entre a União e os agentes financeiros.
A remuneração dos títulos é equivalente à Taxa Referencial - TR, acrescida de juros calculados a
6,17% a.a. para operações firmadas com recursos próprios ou lastreadas com recursos dos
fundos geridos pelo extinto BNH, exceto FGTS, ou a 3,12% a.a. para operações lastreadas com
recursos do FGTS.
(iii) Isenção da contribuição trimestral a partir de janeiro de 2001 para os agentes financeiros que não
estejam captando depósitos de poupança (art.12, inciso II § 1º);
(iv) Possibilidade de utilização dos títulos decorrentes da dívida novada na aquisição de bens e direitos no
âmbito do Programa Nacional de Desestatização – PND;
(v) Ratificação da alteração da alíquota da contribuição trimestral dos agentes financiadores do SFH que
passou de 0,025% sobre o saldo dos financiamentos imobiliários para 0,1%, podendo ser paga, em até
75%, com títulos recebidos quando da novação da dívida do FCVS, conforme Lei nº 10.150, de 21 de
dezembro de 2000; e
(vi) Os recursos do FUNDHAB foram transferidos para o FCVS, sendo extintas suas contribuições.
A Lei n° 13.932, de 11 de dezembro de 2019, dispõe sobre a dívida do Fundo e soluciona questões que
impactavam a concretização de novações. A Lei apresenta conforto legal para pontos em relação aos quais
a Lei n° 10.150/2000 era omissa e pacificou-se a problemática envolvendo o plano amostral utilizado pela
auditoria interna da CAIXA para avaliar as homologações de contratos realizadas pela Administradora.
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Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
As DCON foram elaboradas a partir das informações constantes no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI) e tiveram como escopo as informações consolidadas das contas
contábeis das unidades Ministério da Economia administração direta que é integrante do Orçamento Fiscal
e da Seguridade Social (OFSS).
Cumpre destacar ainda que a NBC TSP 11 não prevê o Balanço Financeiro, porém, sua elaboração e
publicação é obrigatória por força do art. 101 da Lei nº 4.320/1964.
Dessa forma, conjugando as disposições legais e aquelas contidas na NBC TSP 11, as estruturas e a
composição das Demonstrações Contábeis estão de acordo com o padrão da contabilidade aplicada ao
setor público brasileiro e são compostas por:
As presentes demonstrações contábeis foram aprovadas pelo Conselho de Fundos Governamentais e Loterias
da CAIXA em 19 de abril de 2021.
A seguir, são apresentados os principais critérios e políticas contábeis adotados no âmbito do FCVS, tendo
em consideração as opções e premissas do modelo da contabilidade aplicada ao setor público.
As demonstrações contábeis são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação
do FCVS.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Os valores reconhecidos como caixa e equivalente de caixa são representados por depósitos bancários,
recursos aplicados na conta única do tesouro e pelas aplicações financeiras em operações compromissadas,
em moeda nacional, e refletem o montante pactuado da transação. Caracterizam-se pela alta liquidez, são
considerados na gestão dos compromissos de curto prazo, contratados com prazo de vencimento igual ou
inferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de valor justo.
São representados pelos títulos securitizados CVS recebidos dos agentes financeiros no recolhimento de
contribuições trimestrais, a serem resgatados em 30 anos, a contar de 01 de janeiro de 1997, com carência
de 8 anos para o recebimento de juros e 12 anos para o recebimento de principal e classificados na categoria
mantidos até o vencimento.
Saldo referente às antecipações de créditos aos agentes financeiros, contribuições mensais e trimestrais em
atraso, diferencial de 0,75% das contribuições trimestrais, contraprestações a receber, parcelamento de
contraprestações, glosa a receber, contraprestações e prêmios em atraso.
Até novembro de 2016 as contraprestações a receber em atraso devidas pelos agentes financeiros estavam
registradas pelo valor líquido, considerando as contraprestações a devolver. A partir de dezembro do mesmo
ano essas contraprestações a devolver passaram a ser registradas em subconta do passivo.
Até novembro de 2014 eram provisionadas 100% das contribuições mensais (adquirentes) e trimestrais
(agentes) em atraso há mais de 180 dias dos agentes financeiros do SFH. A partir de dezembro de 2014, são
provisionadas as contribuições em atraso dos agentes financeiros que não possuem créditos suficientes junto
ao FCVS (compromissos assumidos em agentes do SFH). Ressalta-se que a Lei nº 10.150/2000, em seu
artigo 3º, inciso I, normatiza que a novação será feita mediante prévia compensação entre eventuais débitos
e créditos das instituições financeiras junto ao FCVS.
Com relação às contraprestações, até dezembro de 2016 eram provisionados 100% dos valores em atraso
há mais de 180 dias. A partir de janeiro de 2017, passou a ser provisionada somente a diferença, por agente
financeiro, entre as contraprestações devidas e os créditos de sinistros (indenizações) desses agentes junto ao
FCVS.
(f) Passivos
As obrigações são evidenciadas por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos
correspondentes encargos das variações monetárias ocorridas até a data das demonstrações contábeis.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Para a classificação de passivos circulante e não circulante foi utilizado critério de acordo com a NBC TSP 11,
segregando, por estimativa, os valores realizáveis nos 12 meses seguintes e acima de 12 meses.
(h) Provisões
As provisões são reconhecidas quando a possibilidade de saída de recursos no futuro é provável e é possível
estimar com confiabilidade o seu valor. São atualizadas até a data das demonstrações contábeis pelo
montante provável de perda, observadas suas naturezas e os relatórios técnicos emitidos pelas áreas
responsáveis.
Representa os compromissos a serem assumidos referentes aos contratos que estão no status de Relação de
Créditos Não Validados (RNV) decorrentes dos contratos com saldos residuais de financiamentos
homologados e não validados pelos agentes financeiros, calculados por meio da avaliação atuarial.
Registrada pelo cálculo da média dos últimos três anos da reversão dos contratos com RNV, tanto daqueles
que tinham saldo de ressarcimento do FCVS, quanto dos que estavam com negativa de cobertura,
calculando-se o valor médio destas reversões, ou seja, da evolução entre o saldo do contrato com
cadastramento de RNV e seu saldo após a reversão para RCV – Relação de Contratos Validados.
Compostas pelos Resíduos de Contratos Liquidados, Contratos Ativos, Passivo Contingente, Provisão para
Contratos em Multiplicidade e Provisão para Ações Judiciais. Com exceção das provisões para ações
judiciais, acompanhadas e calculados pela área jurídica da CAIXA, são registradas com base em cálculos
atuariais elaborados por atuário contratado de acordo com os critérios descritos na Nota 9. O CCFCVS
estabeleceu por meio da Resolução nº 119/2001 que as informações necessárias à elaboração do cálculo
atuarial fossem fornecidas pelos agentes financeiros, na forma e no modelo definidos e divulgados pela
Administradora do FCVS, até o dia 31 de agosto de cada ano, posicionadas em 30 de junho do ano
correspondente.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Referem-se aos contratos habitacionais liquidados e ainda de posse dos agentes financeiros ou da CAIXA
administradora do Fundo, aguardando análise, e aos contratos ativos cujo prazo ainda não decorreu,
calculados por meio da avaliação atuarial.
As ações judiciais contra o FCVS referem-se à cobertura dos saldos devedores no caso de múltiplos
financiamentos para contratos assinados até 05 de dezembro de 1990 (Lei nº 8.100/90) e são calculadas
por atuário independente.
É registrada ainda, a expectativa de condenação em ação ordinária ajuizada contra a CAIXA/FCVS, autos
34717-38.2012.401.3400, requerendo a equalização das taxas de juros dos créditos dados em pagamento
pelo Banco BRJ.
São registradas as ações judiciais no âmbito do FCVS Garantia estimadas atuarialmente e estão relacionadas
às Ações Judiciais primitivas, de regresso, interruptivas e à expectativa de ressarcimentos relacionados à
administração do FCVS.
As ações judiciais primitivas estão relacionadas às obrigações passadas relativas às ações judiciais que estão
em andamento.
As ações de regresso refletem as obrigações passadas relativas às ações judiciais que tiveram origem de
seguradoras, mas que ainda estão refletidas no presente.
As ações interruptivas, por sua vez, estão relacionadas às obrigações passadas relativas as ações judiciais
que advêm de seguradoras, contudo com processo sofrendo interrupções.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Referem-se aos contratos de quitação de dívidas do FCVS, firmados entre o Tesouro e os agentes financeiros,
com a emissão de títulos securitizados CVS A, B, C e D, posição de 01 de janeiro de 1997, com vencimento
em 30 anos.
No modelo PCASP, plano de contas aplicado ao setor público, é possível a apuração dos seguintes
resultados:
a) Patrimonial;
b) Orçamentário; e
c) Financeiro.
O resultado patrimonial é apurado na DVP pelo confronto entre as variações patrimoniais aumentativas (VPA)
e diminutivas (VPD).
A DVP tem função semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do setor privado. Entretanto,
é importante ressaltar que a DRE apura o resultado como um dos principais indicadores de desempenho da
entidade. Já no setor público, o resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, mas um medidor
do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. A DVP
permite a análise de como as políticas adotadas provocaram alterações no patrimônio público, considerando-
se a finalidade de atender às demandas da sociedade.
As VPA são reconhecidas quando for provável que benefícios econômicos fluirão para União e quando
puderem ser mensuradas confiavelmente, utilizando-se a lógica do regime de competência. A exceção se
refere às receitas tributárias e às transferências recebidas, que seguem a lógica do regime de caixa, o que é
permitido de acordo com o modelo PCASP.
As VPD são reconhecidas quando for provável que ocorrerão decréscimos nos benefícios econômicos
para a União, implicando em saída de recursos ou em redução de ativos ou na assunção de passivos,
seguindo a lógica do regime de competência. A exceção se refere às despesas oriundas da restituição de
receitas tributárias e às transferências concedidas, que seguem a lógica do regime de caixa, o que é permitido
de acordo com o modelo PCASP.
A apuração do resultado se dá pelo encerramento das contas de VPA e VPD, em contrapartida a uma conta
de apuração. Após a apuração, o resultado é transferido para conta de Superávit/Déficit do Exercício. O
detalhamento do confronto entre VPA e VPD é apresentado na Demonstração das Variações Patrimoniais.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O regime orçamentário da União segue o descrito no art. 35 da Lei nº 4.320/1964. Desse modo, pertencem
ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas.
Na elaboração das demonstrações contábeis é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos
e passivos. As demonstrações contábeis do FCVS incluem, portanto, estimativas referentes às provisões
necessárias para passivos atuariais, provisão para contingência e provisão para contribuições em atraso. Os
resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.
Estimativas e premissas são revistas de forma contínua, pelo menos anualmente. Revisões com relação a
estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em quaisquer
exercícios futuros afetados.
Representam os recursos aplicados na conta única do Tesouro Nacional acrescidos, remunerados pela taxa
TRT-diária da STN, os depósitos bancários remunerados pela taxa SELIC, e as aplicações interfinanceiras de
liquidez demonstradas pelo valor do custo, acrescido dos rendimentos auferidos, conforme demonstrado
abaixo:
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São representados por créditos securitizados, título negociável de acordo com o artigo 6º da Lei nº 10.150,
de 21 de dezembro de 2000.
Taxa de juros de 3,12% ao ano, para as séries B e D e de 6,17% ao ano, para as séries A e C;
Os Títulos e Valores Mobiliários, representados pelos Créditos Securitizados - CVS, foram emitidos como
forma de pagamento pela novação das dívidas derivadas de contratos de financiamentos habitacionais que
tenham cobertura do FCVS, de acordo com a Lei nº 10.150/2000.
De acordo com o artigo 2º da referida lei, os saldos residuais de responsabilidade do FCVS, decorrentes das
liquidações antecipadas previstas nos § 1º, 2º e 3º, em contratos firmados com mutuários finais do SFH,
poderão ser novados antecipadamente pela União, nos termos desta Lei, e equiparadas às dívidas
caracterizadas vencidas, de que trata o inciso I do § 1º do artigo anterior, independentemente da restrição
imposta pelo § 8º do art. 1º.
Conforme o artigo 7º da referida lei, as instituições credoras do FCVS possuem a prerrogativa de optarem
pela novação das dívidas junto ao FCVS, de forma que os valores devidos por estas sejam extintos, em
contrapartida à emissão dos títulos para o Fundo.
Este ativo registrou decréscimo de R$ 48.633 mil em relação a 2019 motivado pelo recebimento mensal de
juros desde 2005, e amortização ao percentual de 0,4608% sobre o valor nominal do ativo desde 2009,
reduzindo progressivamente o valor principal dos títulos.
Nota 6 – Demais Créditos e Valores de Curto e Longo Prazo e Ajuste para Perda em Créditos de Longo Prazo
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Referem-se às antecipações de pagamentos aos agentes financeiros, pelo FCVS, até março de 1996, cujos
valores são deduzidos dos créditos a ressarcir aos agentes.
Referem-se às contribuições mensais (dos adquirentes) e trimestrais (dos Agentes Financeiros) em atraso e
diferencial de 0,75% das contribuições trimestrais devidas pelos agentes financeiros que ainda não optaram
pela novação.
Referem-se aos recursos do FCVS Garantia a receber dos agentes financeiros, provenientes de
contraprestações, glosas e arrecadações remanescentes do extinto Seguro Habitacional.
Foram constituídos com a transferência dos ativos do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro de
Habitação – SH/SFH ao FCVS, em cumprimento ao art. 3º da Medida Provisória - MP nº. 478/09 e MP nº
513/10, convertidas na Lei nº 12.409/2011, apresentando saldo de R$ 1.515.291 no exercício (2019 –
R$ 1.464.713).
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2020 2019
Fornecedores e Contas a Pagar de Curto Prazo Circulante Circulante
Remuneração dos Agentes Financeiros - 18.202
Remunerações das Seguradoras (i) - 27.203
Remunerações SUSEP (i) - 1.025
Taxa de Administração a Pagar 14.278 -
Outras 512 3.701
Totais 14.790 50.131
(i) A redução da remuneração dos Agentes Financeiros, Seguradoras e SUSEP, calculada sobre as
contraprestações em atraso deve-se à reclassificação para Demais Obrigações de Longo Prazo.
Quantidade
Agente Financeiro de Contratos Vencido Vincendo 2020 2019
com Saldo
CAIXA 73.079 8.854.790 227 8.855.017 8.348.842
CAIXA - Créditos Cedidos 176.762 11.242.895 17 11.242.912 10.673.014
Nacional Cred Imobiliário S.A. 203.512 31.634.857 - 31.634.857 30.601.798
Bradesco S.A. Créd. Imob. 1.554 52.530 - 52.530 210.184
Banco do Brasil /
Nossa Caixa 14.362 2.738.866 1 2.738.868 3.556.083
Nosso Banco S.A.
Econômico 107.124 12.200.952 - 12.200.952 11.020.413
Banco Itaú Unibanco/Itaú 2.072 307.642 - 307.642 333.169
Banco Santander/Real 1.483 242.234 - 242.234 227.580
EMGEA 155.020 11.265.124 484 11.265.608 10.808.360
FGTS 61.955 5.953.657 17 5.953.673 5.601.150
Outros agentes 439.769 16.236.761 214 16.236.975 15.737.956
Total
1.236.692 100.730.308 960 100.731.268 97.118.549
Contratos Homologados
Provisão para contratos em RNV 84.637 128.467
Novações não processadas do SICVS (382.760) -
Obrigações por Compromissos Assumidos 100.433.145 97.247.016
Indenizações e Remunerações 662.057 582.422
Demais Obrigações de Curto Prazo 14.742.932 11.956.594
Demais Obrigações de Longo Prazo 86.352.270 85.872.844
Do montante dos contratos homologados, o valor de R$ 15.113.104 mil está em processo de novação, com
a perspectiva de realização no exercício de 2021.
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Na conta “Provisão para contratos em RNV” estão registradas as provisões para os contratos habilitados pelo
FCVS, porém, não validados pelos agentes financeiros.
As novações não processadas no SICVS referem-se aos contratos assinados em dezembro entre os agentes
financeiros Companhia de Habitação Popular de Campinas e EMGEA e o Tesouro.
Os compromissos assumidos com os agentes do SFH consideram, ainda, contratos com cláusula de reajuste
de prestação, pelo índice pela categoria profissional – CTP, evoluídos com base em índices transitórios
definidos em legislação específica e na documentação contratual, e não pelos índices específicos de cada
categoria.
É incluído o montante de recursos necessários à cobertura dos compromissos com contratos liquidados por
decurso de prazo ou liquidados antecipadamente ou transferidos com descontos que geraram valores de
responsabilidade do Fundo, ainda não homologados e com contratos não habilitados ainda em poder dos
agentes financeiros, calculados por meio da avaliação atuarial.
Os Riscos Expirados são compostos pelos contratos habilitados e não habilitados ajustados pelas inclusões e
exclusões de contratos no sistema SICVS.
A variação dos Riscos Expirados em 2020 deve-se, basicamente, ao aumento da quantidade de contratos
não habilitados em poder dos agentes financeiros e que não estão homologados no sistema do FCVS
(415.263 – 2020 e 134.991 – 2019) aliada ao incremento do valor médio dos contratos (R$ 29.668 –
2020 e R$ 27.461 – 2019).
Nessa parcela de contratos existe variabilidades cadastrais que ficam sob responsabilidade do agente
financeiro quanto a completude e veracidade dos dados enviados para a avaliação atuarial.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A tendência para os contratos é que se reduzam ao longo do tempo visto que os contratos ativos se mostram
cada vez mais escassos e o objetivo do Fundo em habilitar em número crescente os contratos em posse dos
agentes financeiros.
Estão classificados nesta reserva técnica os valores atuariais relativos aos saldos devedores residuais de
contratos de financiamentos habitacionais que ainda não foram encerrados, ou seja, aos contratos ativos ou
em fase de amortização pelos mutuários do SFH, as despesas administrativas futuras, as contribuições futuras
ao FCVS, a despesa com sinistro de crédito e o resultado esperado para o FCVS Garantia.
Foram projetadas despesas financeiras com hipótese de crescimento nos próximos anos, até que a grande
maioria dos contratos já estejam ao menos habilitadas no SICVS, posteriormente se entende que os custos
médios se manterão e decaiam até a extinção.
Composto pela provisão para ações judiciais – FCVS movidas contra a CAIXA, em nome do Fundo, provisão
para ações judiciais de multiplicidade – FCVS e pela provisão para ações judiciais – FCVS Garantia movidas
contra as seguradoras, em que a CAIXA é chamada a integrar a lide, calculada por meio da avaliação
atuarial, apresentando no exercício a seguinte composição:
(i) Em 31 de agosto de 2020 foram identificados 3.524 contratos (2019 – 2.233) com multiplicidade
(indício ou caracterizada) e com ação judicial em andamento, calculado por meio da avaliação
atuarial.
O cálculo atuarial é efetuado por atuário externo (Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda), que emitiu
relatório em 15 de janeiro de 2021.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A seguir são transcritas contextualização, base de dados e conclusão do referido Relatório de Avaliação
Atuarial do FCVS:
Levamos em conta tanto as premissas do cenário, cujos índices são fornecidos pela Secretaria de Política
Econômica do Ministério da Fazenda – SPE/MF, quanto a dinâmica dos fluxos de contribuições ao FCVS e de
liquidação das obrigações do Fundo.
Com base nas informações, realizamos o batimento das informações recebidas dos Agentes Financeiros com
as do sistema [SICVS] e com as do sistema [SICDM], batimento este que conduz à definição do tamanho do
universo de contratos a considerar. Essas informações posteriormente foram alvo de uma depuração no
cadastro [SICDM], em função da resposta dos Agentes Financeiros aos relatórios de batimento.
Observa-se que a evolução do número de contratos conhecidos e com cobertura do FCVS segue a tendência
esperada e que o incremento no volume de demandas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH
compromete valores superiores à totalidade dos recursos acumulados e tende a fazer o FCVS recorrer
crescentemente ao Tesouro Nacional.
Seguindo a tendência de exercícios anteriores, nota-se que houve uma redução no incremento do resultado
negativo esperado para o FCVS Garantia decorrente do encerramento do custeio que era pago às seguradoras
pela gestão administrativa das causas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH nas quais as seguradoras
estão envolvidas.
Com base no exposto acima e levando em consideração os trabalhos documentados ao longo do relatório
atuarial, foi concluído que o Balancete Atuarial do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
referente a 31/08/2020 espelha adequadamente os direitos e as obrigações do FCVS nessa data e busca
preservar margem de segurança capaz de absorver oscilações inerentes a todo processo aleatório avaliado
atuarialmente, especialmente aqueles que se valem de coleções de dados formadas ao longo de muitos anos
e alimentadas por variados fornecedores.”
• Base de Dados:
“O universo de contratos considerados na avaliação atuarial é composto por contratos de três fontes distintas,
uma base contendo os contratos disponibilizada pelos agentes financeiros, o sistema de cadastro de mutuários
(SICDM ou CADMUT) e o Sistema do FCVS (SICVS). A necessidade de consulta em fontes distintas se dá pelo
fato de não haver um sistema contendo todos os contratos unificados livre de distorções.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A fonte principal, o SICDM, tem por finalidade de criação ser o sistema de “Cadastro Único dos Mutuários do
SFH”. Nele são registrados todos os financiamentos contratados no âmbito do Sistema Financeiro de
Habitação – SFH, alguns por suas características atendem os critérios para serem cobertos pelo FCVS. A
identificação de cobertura do FCVS é obrigatória em campo específico para o cadastro SICDM. Um dos
problemas levantados referentes aos cadastros são as duplicidades, que possuem como possíveis causas o
acúmulo de financiamento por um mesmo mutuário ou o registro de contratos que já estão presentes do
SICDM por outro agente financeiro por motivos de venda, cessão ou transferência. Apesar dos problemas
apresentados o SICDM ainda é a fonte de dados mais confiável quando se trata de quantitativo para nossa
finalidade devido ao trabalho contínuo do GECVS para acurácia dos dados.
A solução encontrada foi solicitar aos agentes financeiros o envio de informações detalhadas sobre os
contratos ainda sob sua responsabilidade, segmentados em contratos ativos e contratos liquidados não
habilitados ao FCVS.
Em posse dessas três fontes é possível realizar o cruzamento entre elas e obter o total de contratos a serem
considerados na avaliação atuarial.
Em vista das movimentações ocorridas é possível acreditar que estão dentro da normalidade uma vez que
contratos do SICDM continuam a evoluir dado que são registrados todos os contratos de financiamento
habitacional não somente referentes aos cobertos pelo FCVS, porém em relação aos contratos ativos e
liquidados ocorrem um leve acréscimo nos contratos. Isso se deve ao refinamento do processo que foi mais
acurado em relação ao ano anterior.
Dos contratos com cobertura do FCVS o número total de contratos não vem sofrendo grandes variações ao
longo dos exercícios, o crescimento observado foi fruto do refinamento da metodologia empregada nas
análises desse exercício.”
“O DRAA-FGAR reflete a relação do FCVS (através do FGAR) com os Agentes Financeiros e com os
intervenientes na extinta Apólice Pública do SH/SFH (como Seguradoras e SUSEP), registrando os direitos e
obrigações, como consequência dos riscos cobertos ou como contrapartida de prêmios e contraprestações
recebidas ou a receber por conta da existência dessas coberturas.
24
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Tem, portanto, como objetivo final o aferimento da capacidade do FCVS em honrar as obrigações associadas
ao FCVS Garantia – extinto Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH, ou, mais
precisamente, aferir a diferença entre tais obrigações e os direitos associados às mesmas e medir a dimensão
do Déficit Atuarial existente.
Por meio da avaliação atuarial do FCVS Garantia é possível determinar adequadamente a parcela referente
aos riscos securitários no déficit técnico do FCVS. O formato do DRAA-FGAR pode sofrer alterações ao longo
dos anos de forma a quantificar as contribuições de cada item do resultado esperado do FCVS garantia. Para
o exercício de 2020 o formato permaneceu inalterado.”
As novações são realizadas diretamente pelo Tesouro Nacional perante os agentes credores do FCVS, não
implicando passagem dos títulos CVS pelo patrimônio do Fundo.
A origem de recursos dos financiamentos (própria ou FGTS) e a taxa de juros dos contratos são fatores
determinantes do valor de cada processo de novação.
O patrimônio líquido é constituído pela responsabilidade da União no capital do FCVS e pelos resultados
acumulados.
Composto pela conta Capital Social no valor de R$ 407.375 mil (2019 – R$ 407.375 mil) e pela conta
Déficit Acumulado, no valor de R$ 116.436.567 mil (2019 – R$ 107.100.370 mil). O resultado neste
exercício foi negativo em R$ 9.336.197 mil (2019 – positivo em R$ 4.407.281 mil), totalizando um
patrimônio líquido negativo de R$ 116.029.192 mil (2019 – R$ 106.692.995 mil).
25
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(ii) da alteração do registro dos Juros decorrentes das Antecipações de Créditos aos Agentes Financeiros
que, em 2020, passaram a ser registrados a débito de receita.
(i) A variação em 2020 decorre do aumento dos contratos habilitados mas não homologados, em virtude
do conservadorismo do atuário ao considerar todos os contratos não justificados com cobertura do
FCVS.
É devido à CAIXA taxa de administração apurada com base nos custos incorridos acrescidos de margem de
ganho de 6,4%.
26
Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS
Administrado pela Caixa Econômica Federal
Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O controle do FCVS é exercido de forma direta pela União pela responsabilidade no capital e pelos resultados
acumulados.
Pessoal-chave da administração do FCVS são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo
planejamento, direção e controle das atividades da entidade, direta ou indiretamente, incluindo qualquer
administrador (executivo ou outro) dessa entidade, conforme abaixo relacionado:
27
FCVS – Fundo de
Compensação de
Variações Salariais
Relatório de Avaliação Atuarial do FCVS para a
Data-base 31 de agosto de 2020
À
Caixa Econômica Federal
Gerência Nacional Administração do FCVS – GECVS
SAUS Quadra 3 – Lote 3/4 – Bloco E – Ed. Matriz III – 11° andar
Brasília – DF – CEP 70.070-030
Apresentamos a seguir o relatório contendo os resultados da avaliação atuarial do FCVS – Fundo de Compensação
de Variações Salariais para a data-base de 31 de agosto de 2020.
Atenciosamente,
Assinado de forma digital por ARLANZA RODRIGO SCHEKIERA Assinado de forma digital por
RODRIGO SCHEKIERA FRANCO DOS
DE SOUZA PATRASSO:05288054797 FRANCO DOS SANTOS:31667935852
SANTOS:31667935852 Dados: 2021.04.30 11:31:53 -03'00'
Assinatura do Representante da Entidade Assinatura do Representante da Entidade
ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................... 7
Contexto .................................................................................................................................. 7
Conclusão................................................................................................................................. 7
Apresentamos abaixo as Demonstrações de Resultado da Avaliação Atuarial do FCVS, FCVS-Garantia e SCA para
com data-base 31/08/2020.
ATIVO
PASSIVO
2.1.1.2. OPERAÇÕES NÃO HABILITADAS (em poder dos AF) 12.320.206.762 3.706.981.739 11.875.476.457
3.1.1. Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber 51.778.028 58.694.094 68.235.833
3.1.2. Valor Atual das Remunerações Futuras a Pagar -828.448 -939.105 -1.091.773
3.2.12.3. Remunerações das Seguradoras nos prêmios pendentes -27.175.338 -92.183.901 -91.095.789
3.2.13.1. Valor Líquido para Competências Jun/84 a Jan/15 -22.876.848 -22.518.711 -22.518.711
3.2.13.2. Valor Líquido para Competências a partir de Fev/15 -274.061 -686.886 -909.051
3.3.1.1. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 114/2001 15.276 14.847 14.049
3.3.1.2. Parcelamento a Receber com base na Res. CCFCVS n.º 133/2002 11.970.487 18.068.609 27.287.783
3.3.2. Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) -510.584 -778.726 -1.145.945
3.3.2.2. Remunerações das Seguradoras nos valores parcelados -346.010 -546.124 -825.497
3.4.1. Glosas Julgadas Procedentes pelo CRSFH - Pendentes de pagamento 7.374.403 7.092.334 6.782.059
3.4.3. Glosas em discussão em outras esferas (Justiça Federal e outras) 915.000 915.000 915.000
4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517 126.907.310 98.480.115
4.1.3. Valor Esperado – Despesas futuras com regulação 409.486 464.181 353.794
4.2. PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) 6.625.331 9.463.374 7.375.038
4.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) 15.404.821.252 15.846.960.357 13.851.604.643
4.3.8. Pleitos Judiciais – Ações Judiciais em Andamento – Primitivas 13.744.858.408 13.999.881.593 13.023.243.423
4.3.11. Pleitos Judiciais – Ações de Regresso Movidas por Seguradoras 325.112.314 810.220.974 88.937.349
4.3.13. Pleitos Judiciais – Ações Interruptivas Movidas por Seguradoras 627.931.342 408.520.302 143.527.683
4.3.15. Pleitos Judiciais – Expectativa de Ressarcimentos à Adm. FCVS 119.580.979 88.530.668 68.085.733
6.3.7.2.2. Contribuições Pendentes - Vinculadas a prêmios do extinto SH/SFH 442.893 442.500 442.500
6.3.8.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO 208.065 194.861 181.286
INTRODUÇÃO
Este parecer tem o objetivo de apresentar as conclusões acerca da Avaliação Atuarial, para a data-base
31/08/2020, realizada no Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS, com o intuito de verificar o
correto dimensionamento do passivo atuarial do FCVS, do FCVS-Garantia e do Seguro de Crédito do Adquirente
– SCA.
CONTEXTO
Consideramos os dados fornecidos pela Administração do Fundo relativos às informações contábeis e gerenciais
das operações realizadas no âmbito do FCVS, com data base de 31/08/2020, assumindo como válidas tanto as
informações dos Agentes Financeiros – AF quanto às informações recebidas da Caixa Econômica Federal.
Levamos em conta tanto as premissas do cenário, cujos índices são fornecidos pela Secretaria de Política
Econômica do Ministério da Economia – SPE/ME, quanto a dinâmica dos fluxos de contribuições ao FCVS e de
liquidação das obrigações do Fundo.
Com base nas informações, realizamos o batimento das informações recebidas dos AF com as do Sistema de
Administração do FCVS [SICVS] e com as do Sistema do Cadastro Nacional de Mutuários [SICDM], batimento
este que conduz à definição do tamanho do universo de contratos a considerar. Essas informações posteriormente
foram alvo de uma depuração no cadastro [SICDM], em função da resposta dos AF aos relatórios de batimento.
Observa-se que a evolução do número de contratos conhecidos e com cobertura do FCVS segue a tendência
esperada e que o incremento no volume de demandas judiciais contra a extinta Apólice do Seguro Habitacional
do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH compromete valores superiores à totalidade dos recursos
acumulados e tende a fazer o FCVS recorrer crescentemente ao Tesouro Nacional.
Seguindo a tendência de exercícios anteriores, nota-se que houve uma redução no incremento do resultado
negativo esperado para o FCVS Garantia decorrente do encerramento do custeio que era pago às seguradoras
pela gestão administrativa das causas judiciais contra a extinta Apólice do SH/SFH nas quais as seguradoras
estão envolvidas.
CONCLUSÃO
Com base no exposto acima e levando em consideração os trabalhos documentados ao longo deste Relatório,
concluímos que o Balancete Atuarial do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS referente a
31.08.2020 espelha adequadamente os direitos e as obrigações do FCVS nessa data e busca preservar margem
de segurança capaz de absorver oscilações inerentes a todo processo aleatório avaliado atuarialmente,
especialmente aqueles que se valem de coleções de dados formadas ao longo de muitos anos e alimentadas por
variados fornecedores.
FCVS 1. INTRODUÇÃO
O FCVS é um fundo público de natureza contábil, criado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH,
pela Resolução nº 25, de 16/06/1967, do Conselho de Administração do extinto Banco Nacional da Habitação -
BNH, e ratificado pela Lei nº 9.443, de 14/03/1997, com a finalidade precípua de garantir o limite de prazo para
amortização da dívida dos mutuários decorrentes de financiamentos habitacionais. Suas finalidades são:
Garantir limite de prazo para amortização dos financiamentos habitacionais, contraídos pelos mutuários
no SFH;
Assumir, em nome do mutuário, os descontos concedidos nas liquidações antecipadas e nas
transferências de contratos de financiamento habitacional, observada a legislação de regência;
Garantir o equilíbrio da Apólice do SH/SFH; e
Liquidar as operações remanescentes do extinto Seguro de Crédito.
FCVS 2. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo apresentar os resultados obtidos do cálculo da avaliação atuarial do Fundo para
a data-base de 31 de agosto de 2020.
Não foi objeto de nosso escopo assegurar que as bases de dados estivessem completas para a realização dos
cálculos nem se elas foram válidas, visto que a veracidade e integridade das informações são de responsabilidade
do Administrador do Fundo.
o Operações Habilitadas
o Contratos Homologados em Ressarcimento
o Contratos Habilitados Não Homologados
o Reversão de Negativas por Multiplicidade
o Operações Não Habilitadas
o Créditos Antecipados aos AF´s
o Provisão de Contratos em RNV
o Operações Ativas
o Despesas Administrativas Futuras
o Resultado Esperado para o FCVS Garantia
o Resultado Esperado para o SCA
o Demais Obrigações do FCVS
O universo de contratos considerados na avaliação atuarial é composto por contratos de três fontes distintas,
uma base contendo os contratos disponibilizada pelos AF, o SICDM ou CADMUT e o SICVS. A necessidade de
consulta em fontes distintas se dá pelo fato de não haver um sistema contendo todos os contratos unificados
livre de distorções.
Nossa fonte principal, o SICDM, tem por finalidade de criação ser o Sistema do Cadastro Nacional dos Mutuários
– CADMUT. Nele são registrados todos os financiamentos contratados no âmbito do SFH, alguns por suas
características atendem os critérios para serem cobertos pelo FCVS. A identificação de cobertura do FCVS é
obrigatória em campo específico no SICDM. Uma das questões levantadas referentes ao Cadastro é a
multiplicidade, que tem como possível causa o acúmulo de financiamentos por um mesmo mutuário ou o registro,
por outro AF, em decorrência de venda, cessão ou transferência de contratos que já estavam presentes do SICDM
Apesar da situação apresentada, o SICDM ainda é a fonte de dados mais confiável quando se trata de quantitativo
para nossa finalidade, devido ao trabalho contínuo da Administradora do FCVS para acurácia dos dados.
Em conhecimento dos quantitativos é necessário apurar os saldos de responsabilidades do FCVS, nesse caso a
fonte de informação mais acurada é o SICVS que possui o universo de contratos que já foram habilitados,
principalmente a partição dos contratos já homologados, contratos aos quais os valores devidos já são de
conhecimento pelo FCVS. Porém, essa fonte contempla apenas os contratos liquidados; desta forma, foi
necessário encontrar uma alternativa para a evolução dos contratos ativos.
A solução encontrada foi solicitar aos AF o envio de informações detalhadas sobre os contratos ainda sob sua
responsabilidade, segmentados em contratos ativos e contratos liquidados não habilitados ao FCVS.
Em posse dessas três fontes é possível realizar o cruzamento entre elas e obter o total de contratos a serem
considerados na avaliação atuarial.
Contratos Ativos 63.239 34.197 21.195 12.324 7.312 4.267 1.857 586
Utilizados para
Liquidados 2.025 198.899 170.650 149.826 136.341 126.579 134.991 111.582
a evolução dos
SDs Total 2.657 233.096 191.845 162.150 143.653 130.846 136.848 112.168
Contratos Ativos 80,80% 86,40% 87,30% 83,60% 77,20% 77,50% 70,90% 97,83%
Utilizados /
Contratos Liquidados 89,30% 93,80% 89,40% 86,00% 90,40% 84,50% 97,50% 99,90%
Informados
(%) Total 87,10% 92,50% 89,10% 85,80% 89,70% 84,30% 97,00% 99,89%
Em vista das movimentações ocorridas é possível acreditar que estão dentro da normalidade, uma vez que os
contratos do SICDM continuam a evoluir, tendo em vista que são registrados todos os contratos de financiamento
habitacional não somente os cobertos pelo FCVS. Porém, em relação aos contratos ativos e liquidados ocorrem
um leve acréscimo na quantidade dos contratos. Isso se deve ao refinamento do processo que foi mais acurado
em relação ao ano anterior, o qual considerou para fins de composição do passivo atuarial também os contratos
identificados no SICDM com indicativo de cobertura do FCVS, não habilitados ao SICVS, não identificados na
informação encaminhada pelos AF para a avaliação atuarial e sem manifestação do AF quanto a essa situação,
dentro do prazo estabelecido.
Dos contratos com cobertura do FCVS o número total de contratos não vem sofrendo grandes variações ao longo
dos exercícios, o crescimento observado foi fruto do refinamento da metodologia empregada nas análises desse
exercício.
As operações classificadas como habilitadas são aquelas de conhecimento do FCVS que estão em fase de análise
ou já passaram por todos os processos e estão aptos a serem ressarcidos pelo Fundo. Essas operações resultam
nos passivos e ajustes apresentados em seguida.
Os contratos homologados em ressarcimento são responsáveis pela maior parte do passivo do FCVS. A Tabela
2.2.1.1 apresenta uma tendência ao aumento do passivo mesmo não havendo um acréscimo efetivo da
quantidade de contratos. É observada tendência de alta dos saldos médios impulsionada pelo crescimento das
responsabilidades. A redução do passivo ocorre através dos processos de novação dos contratos, isto é, quando
os valores de responsabilidade do Fundo são apurados, ratificados pelo AF e certificados pela auditoria interna,
se tornando aptos a serem ressarcidos aos agentes credores. Existe um limite anual para as operações de novação
estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA), já a homologação de contratos é irrestrita dependendo apenas
das habilitações e dos trâmites processuais entre AF e o próprio Fundo até sua efetiva homologação.
Os contratos concedidos com cobertura do FCVS são habilitados pelos AF quando do término do prazo contratual.
O AF informa os dados do contrato no SICVS e apresenta à Administradora do FCVS a documentação
correspondente para avaliação da responsabilidade do Fundo. Em contrapartida, a Administradora do FCVS realiza
os procedimentos necessários para homologar os contratos habilitados, proferindo cobertura ou não do saldo
residual.
Existe certa variabilidade em relação às características dos contratos a serem informados pelos AF; desta forma,
os valores informados a cada exercício podem sofrer alterações quando analisados historicamente. Os resultados
são apresentados na Tabela 2.3.1, dos quais não se pode inferir tendência sobre os quantitativos apresentados.
Isto se dá pela correlação da velocidade de notificação por parte dos AF ao Fundo para seu registro na base de
contratos habilitados e os procedimentos de validação por parte da Administradora do FCVS - migrando o contrato
para a base de contratos homologados. A mesma consideração é aplicável ao saldo médio que subiu ligeiramente
em relação ao exercício anterior, porém não pode ser tomada como um comportamento de tendência para o
próximo exercício.
A partir de 31/12/2011 iniciou o provisionamento desse passivo referente aos contratos com as mesmas
características do resultado do julgamento pelo STJ do Recurso Especial nº 1.133.769/RN em favor do mutuário.
O resultado estabelece ao FCVS a existência de cobertura pelo Fundo para os contratos firmados até 05/12/1990
anteriormente negados com a justificativa de multiplicidade de financiamentos.
Após esse acórdão judicial em específico, entende-se que todos os casos posteriores que se enquadram nos
mesmos termos da reivindicação do recurso citado serão julgados em favor do mutuário por jurisprudência.
Desta forma, a cada avaliação atuarial é fornecido o conjunto de contratos por AF que possui as mesmas
características do julgado no recurso. Somente são considerados para a finalidade de estimação contratos que já
moveram ações judiciais contra o Fundo com o objetivo da reversão de negativa à cobertura.
Até exercício de 2015 o conjunto de contratos informados para a avaliação atuarial foi mantido inalterado sofrendo
variações apenas oriundos dos saldos médios. A partir do exercício de 2016 é apresentada base contendo o
quantitativo reavaliado para estimação dos valores a serem considerados referente às negativas. É esperado
decréscimo do quantitativo de contratos nessa situação, exercício após exercício, dado que não se pode mais
firmar contratos com essas características. Porém, nesse ano houve um acréscimo significativo nos contratos
informados. O saldo médio indicado na Tabela 2.4.1 demonstra leve tendência ao crescimento ao longo dos
exercícios salvo para o exercício de 2018.
Esse passivo é constituído a partir dos contratos que estão em posse dos AF e que não estão habilitados no
SICVS. As variações em seu quantitativo se dão pelo vencimento do prazo de financiamento das operações ativas
e pela migração dos contratos para habilitação no SICVS, esta última dependente da dinâmica que o AF adota
para envio dos contratos para o Fundo.
Nessa parcela de contratos existe variabilidade cadastral que fica sob responsabilidade do AF quanto à completude
e veracidade dos dados enviados para a avaliação atuarial.
A tendência para os contratos é que se reduzam ao longo do tempo, visto que os contratos ativos se mostram
cada vez mais escassos e o objetivo do Fundo em habilitar em número crescente os contratos em posse dos AF.
Porém, devido à baixa adesão dos AF às críticas dos arquivos TIPO, foi estipulado o conservadorismo de considerar
todos os contratos não justificados com cobertura do FCVS para o nosso cálculo.
Em análise do saldo médio é possível observar a redução quando comparado ao exercício anterior, porém este
valor pode oscilar caso considerado a totalidade de contratos.
Este valor é acessado dos Relatórios Operacionais S344101 e S344301, extraídos do SICVS, os quais também
são utilizados para os registros contábeis do Fundo. O valor é considerado como um redutor para as obrigações.
Os saldos residuais são resultantes dos contratos ativos, sua redução é esperada dada as circunstâncias de
término de contrato e a incapacidade de assumir novos riscos à carteira. Outro fator que pode ser considerado
para esse comportamento seria o incentivo promovido pelos agentes financeiros ao término antecipado dos
contratos. É possível observar na Tabela 2.7.1.1 variações significativas em relação aos exercícios anteriores.
Ressaltamos que os saldos são estimados através dos contratos disponibilizados pelos AF; desta forma, podem
ocorrer distorções dependendo das características dos contratos.
As contribuições futuras do FCVS são associadas aos contratos ativos. No decorrer da existência do FCVS foram
estabelecidas diversas formas de recolhimento (atualmente cabe à CAIXA o recebimento dessas contribuições).
Os valores de contribuições são variáveis dependendo do AF, alguns possuem contratos os quais são necessários
realizar contribuições outros possuem contratos que são isentos.
Em decorrência da característica de extinção dos contratos ativos exercício após exercício o comportamento
decrescente dos valores de contribuição se mostra consistente.
Os contratos com status de RNV são referentes aos contratos liquidados homologados pelo FCVS que se
encontram em fase de validação dos AF quanto aos montantes a serem ressarcidos. Nesses casos podem ocorrer
análises subsequentes decorrentes de apresentação de recursos ou de pedidos de reanálise pelos AF aonde podem
vir a ocorrer reajustes dos valores devidos. Desta forma, foi necessário instituir uma provisão para captar esse
ajuste realizado nos contratos mesmo após a homologação por parte da Administradora do FCVS.
As variações desse montante são dependentes da apuração dos quantitativos de contratos que transitam entre
esses estados e a velocidade das operações, inexistindo tendência fixa para a variação dos saldos.
Os custos relacionados às atividades operacionais do FCVS podem ser consultados em seus balanços e relatórios
gerenciais. Para que haja continuidade de todos os processos do Fundo até sua extinção é necessário projetar
esses custos, de modo a garantir que os contratos transitem pelos diversos estágios possíveis: ativo; liquidado
em poder do AF; habilitado mas não homologado; homologado em ressarcimento e novado. Operacionalmente é
esperado que esses custos sejam decrescentes ao longo do tempo; porém, é necessário levar em consideração
diversos fatores como, principalmente, a complexidade de cada contrato, judicialização e fatores
macroeconômicos. Desta forma, foram projetadas despesas financeiras com hipótese de crescimento nos
próximos anos, até que a grande maioria dos contratos já estejam ao menos habilitados no SICVS.
Posteriormente, se entende que os custos médios se manterão e decaiam até a extinção.
Considerando as características da obrigação decorrente de evento passado, com iminência de saída futura de
recursos e capacidade de estimação, entendemos a necessidade de reconhecimento de tais despesas
administrativas futuras, cabendo ao FCVS definir a melhor alocação para registro – seja em provisão ou como
passivo contingente.
Dadas todas as projeções, consultas e consolidações é necessário que os montantes que não foram utilizados dos
balancetes de passivo do FCVS sejam incorporados de certa forma em uma conta totalizando esses ajustes para
se estar em conformidade com as boas práticas contábeis. Dessa forma, se criou esta conta para alocar todos os
ajustes do balanço contábil/atuarial do FCVS, FCVS Garantia, SCA e da própria operação do FCVS.
A partir dos dados disponibilizados pelo FCVS foi possível a mensuração dos efetivos saldos de obrigação do
Fundo. Em análise dos trâmites processuais, dos balanços e bases de dados é possível inferir de forma clara e
consistente sobre os pontos de interesse.
A expectativa é de evolução ao longo dos próximos exercícios através da implementação de aperfeiçoamento nas
metodologias que resultaram nos resultados divulgados, levando em consideração, também, as melhorias que
vêm sendo implementadas pela Administradora do FCVS, e aos entendimentos realizados ao longo dos trabalhos.
Os aprimoramentos são constantes e sólidos, sempre com a participação dos profissionais gestores do FCVS,
agentes financeiros e consultoria.
Concluímos pela razoabilidade dos saldos apresentados e a utilização das melhoras práticas atuariais de
conhecimento das hipóteses fornecidas no momento das análises.
Operações Liquidadas: Contabilizadas a registrar no SICVS = [Novações em Andamento] + [Contratos Assinados e Não Baixados no SICVS]
Apresenta, quando existem, as quantidades de contratos e o valor do Saldo Devedor Líquido (SDL) de operações que se enquadrem em uma das duas seguintes
situações: “Novações em Andamento” ou operações quitadas em função de contratos assinados entre o FCVS e os Agentes Financeiros, mas cuja quitação
ainda não tinha sido registrada no SICVS até a data da avaliação atuarial.
Cabe ressaltar que somos informados que os valores do SDL e do SDB são regularmente reposicionados a cada data de cálculo.
O presente relatório tem por finalidade documentar as análises e origens das informações das contas referentes
ao FCVS Garantia.
O DRAA-FGAR reflete a relação do FCVS (através do FGAR) com os Agentes Financeiros – AF e com os
intervenientes na extinta Apólice Pública do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH
(como Seguradoras e SUSEP), registrando os direitos e obrigações, como consequência dos riscos cobertos ou
como contrapartida de prêmios e contraprestações recebidas ou a receber por conta da existência dessas
coberturas.
Tem, portanto, como objetivo final o aferimento da capacidade do FCVS em honrar as obrigações associadas ao
FCVS Garantia – extinto SH/SFH, ou, mais precisamente, aferir a diferença entre tais obrigações e os direitos
associados às mesmas e medir a dimensão do Déficit Atuarial existente.
Por meio da avaliação atuarial do FCVS Garantia é possível determinar adequadamente a parcela referente aos
riscos securitários no déficit técnico do FCVS. O formato do DRAA-FGAR pode sofrer alterações ao longo dos anos
de forma a quantificar as contribuições de cada item do resultado esperado do FCVS Garantia. Para o exercício
de 2020 o formato apresentado permaneceu inalterado.
Apresentam-se neste relatório de avaliação atuarial os direitos e obrigações oriundos do FCVS Garantia.
Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
3.1. CONTRAPRESTAÇÕES DOS CONTRATOS ATIVOS 50.949.579
3.1.1. Valor Atual das Contraprestações Futuras a Receber 51.778.028
3.1.2. Valor Atual das Remunerações Futuras a Pagar (828.448)
As Contraprestações correspondem aos valores arrecadados dos mutuários e recolhidos pelos AF em favor do
FCVS Garantia, para fazer face às garantias concedidas pelo FCVS para eventos de Morte e Invalidez Permanente
– MIP e Danos Físicos ao Imóvel – DFI. A premissa adotada nesta avaliação é de que todos os contratos seguirão
ativos até sua extinção, com exceção dos casos de liquidações referentes às ocorrências de MIP, sejam elas
parciais ou integrais. Vide nota técnica atuarial.
Trata-se de um grupo sem novos ingressantes e com data de término já estipulada, portanto a cada nova
avaliação espera-se uma redução adicional no valor projetado.
Em relação aos contratos ativos, existem obrigações com o pagamento de remunerações devidas pela
arrecadação dessas futuras contraprestações a receber. Todas as estimativas de remunerações devidas em
virtude da existência de contraprestações ou prêmios ainda não pagos, a menos que uma regra específica se
aplique a algum caso pontual, devem seguir os percentuais previstos a seguir.
FCVS
Destinatários das Remunerações SH/SFH
Gar
Agentes Financeiros
• interveniente obrigatório
1,6% 1,6%
• “fornecedor" do risco
• beneficiário direto ou indireto das indenizações
Seguradoras
• responsáveis pela operação do SH/SFH cujo risco era assumido pelo FCVS desde a 7,1% 0,0%
publicação do Decreto-Lei nº 2.476, de 16.9.88
SUSEP
• responsável pela supervisão das operações das Seguradoras
0,3% 0,0%
• responsável pelas NTAs que analisavam a condição do SH/SFH e que deveriam
redefinir as taxas para a manutenção do equilíbrio da apólice
CAIXA
• Administradora do FCVS
• intermediária entre o FCVS e as Seguradoras que administravam as operações cujo 0,6% 0,0%
risco era assumido pelo FCVS desde a publicação do Decreto-Lei nº 2.476, de
16.09.88
Subtotal 9,6% 1,6%
Parcela disponível para o pagamento das indenizações 90,4% 98,4%
Ponto de equilíbrio desejável 85,0% 98,4%
Margem de Resultado esperada quando da fixação dos percentuais de remuneração
dos 5,4% 0,0%
Intervenientes
A conta “3.2 Contraprestações e Prêmios a Receber/Devolver”, bem como as contas “3.3 Parcelamentos a
Receber” e “3.4 Glosas a Receber”, compõe um grupo de direitos denominados de origem pretérita.
Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
Por sua vez, esta conta é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas aos AF caso os prêmios pendentes do extinto
SH/SFH fossem adimplidos.
Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas às Seguradoras caso os prêmios pendentes do
extinto SH/SFH fossem adimplidos.
Esta conta contábil refere-se às remunerações que seriam pagas à SUSEP caso os prêmios pendentes do extinto
SH/SFH fossem adimplidos.
Esta conta do ativo da DRAA-FGAR é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
No encerramento de um contrato, seja no fim do prazo do financiamento, seja com a antecipação de sua
liquidação, o AF deve buscar acertar todas as contas correspondentes a esse contrato, o que inclui a solicitação
de contraprestações indevidamente pagas. Os valores referentes a esta conta contábil são provenientes do
arquivo [AGO_2020_FCVS Garantia_Operacional_C_e_NC].
Essa conta registra os valores acumulados das solicitações já feitas pelos AF e que estão pendentes de devolução,
depois de devidamente analisadas quanto ao número máximo de parcelas passíveis de devolução.
Por outro lado, se o contrato tiver sido olvidado nas bases do FCVS Garantia, ainda que lá permaneça por muitos
anos, o AF somente terá ressarcidas as 12 últimas contraprestações. Em contrapartida, na devolução de
contraprestações ao AF, este deverá ressarcir o FCVS Garantia das remunerações recebidas por conta do
pagamento dessas contraprestações.
Para a avaliação atuarial 2020 o valor foi estimado levando-se em consideração a hipótese de manutenção da
tendência observada em anos anteriores.
Esta conta refere-se a um grupo de direitos denominados de origem pretérita e é formada pelas seguintes contas
e respectivos valores em R$:
Por sua vez, a conta de contraprestações e prêmios parcelados corresponde ao fluxo de recebimento de valores
de prêmios e contraprestações que foram objeto de contratos de parcelamento firmados entre os AF
inadimplentes e o FCVS Garantia e é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
FGAR 3.1.1. [3.3.1.1.] PARCELAMENTO A RECEBER COM BASE NA RES. CCFCVS N.º
114/2001
FGAR 3.1.2. [3.3.1.2.] PARCELAMENTO A RECEBER COM BASE NA RES. CCFCVS N.º
133/2002
FGAR 3.2. [3.3.2.] REMUNERAÇÕES NOS VALORES PARCELADOS (RES. CCFCVS N.º
133/2002)
A conta de remunerações nos valores parcelados é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
3.3.2. Remunerações nos Valores Parcelados (Res. CCFCVS n.º 133/2002) (510.584)
3.3.2.1. Remunerações dos AF nos valores parcelados (137.801)
3.3.2.2. Remunerações das Seguradoras nos valores parcelados (346.010)
3.3.2.3. Remunerações da SUSEP nos valores parcelados (26.773)
Esta conta refere-se a um grupo de direitos denominados de origem pretérita e consiste na contestação de
operações realizadas pelas Seguradoras relativas ao recolhimento de prêmios ou a regulação administrativa de
sinistros. É formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
FGAR 5.1. [4.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO
Este grupo de contas que compõe as obrigações no DRAA-FGAR apresenta o valor esperado dos gastos associados
ao pagamento de indenizações e despesas com a regulação de eventos dos contratos ativos que venham a ser
acionados administrativamente. Os contratos de MIP; DFI e Valores relacionados à Regulação, dessa forma, são
componentes do que se espera desses gastos.
4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517
4.1.1. Valor Esperado – Eventos futuros de MIP 84.209.262
4.1.2. Valor Esperado – Eventos futuros de DFI 27.334.769
4.1.3. Valor Esperado – Despesas futuras com regulação 409.486
Os valores contidos nas subcontas [4.1.1., 4.1.2. e 4.1.3] são resultados de projeções com base na movimentação
dos contratos ativos. Vide nota técnica atuarial.
FGAR 5.2. [4.2.] PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A)
A PEONA se trata de estimativa com base na construção de um triângulo (chamado de triângulo de run-off) que
acumula os eventos ocorridos e distribui-os de acordo com o mês de aviso. Os valores considerados são
registrados como valores que ainda não foram demonstrados da DRAA em anos anteriores. Vide nota técnica
atuarial.
A forma de obtenção do valor da PEONA – MIP é por meio da construção de um triângulo de run-off,
considerando base histórica e velocidade de aviso do sinistro. Vide nota técnica atuarial.
A forma de obtenção do valor da PEONA – DFI é por meio da construção de um triângulo de run-off, considerando
base histórica e velocidade de aviso do sinistro. Vide nota técnica atuarial.
Aplicando a metodologia, observamos que não há efetivamente novos sinistros DFI sendo avisados, uma vez que
a maioria dos registros de 2019 foram negados ou considerados irregulares. Mesmo utilizando um triângulo de
alocação semestral não é observado volume e, desta forma, optou-se por registrar valor zero e manter essa
provisão em observação e realizar o acompanhamento no próximo exercício.
Nas despesas com regulações é observado a variação proporcional da PEONA MIP do ano anterior e aplicando
essa proporcionalidade na PEONA MIP do ano vigente se obtém o valor da provisão. Vide nota técnica atuarial.
A Provisão para Eventos a Liquidar reúne todas as obrigações possíveis do FCVS Garantia relacionado a sinistros.
A referida provisão reúne as indenizações represadas, não represadas e as vinculadas às ações judiciais e
administrativas. Cada conta do quadro acima tem seu valor definido ou por estatísticas que levam a estimativas
ou por consolidação dos saldos das despesas incorridas de eventos. Vide nota técnica atuarial. Cabe destacar
que em relação ao item 4.3.1.2, a variação entre o exercício anterior deve-se a movimentações naturais das
contas, obtidas por meio dos relatórios operacionais e valores de balancete.
O subitem 4.3.1 compreende as obrigações que estão represadas até o determinado momento, tanto eventos
quanto sinistros, e os não represados, ou seja, eventos a serem pagos com base nos acontecimentos correntes
de MIP e DFI. Os saldos correspondem ao arquivo operacional [IndenRepresadas082020] contendo o montante
do saldo. Os eventos não represados, correspondente a MIP e DFI, possuem seu status concluído e irão ser
liquidados conforme data determinada.
Este item compreende tanto os eventos MIP quanto os eventos DFI. As indenizações, conforme os montantes são
apresentados, ainda estão em algum processo de análise, tais como: processos regulatórios, trânsito em julgado
ou em espera administrativa (análise dos pedidos). Os itens 4.3.2.1 e 4.3.2.2 são provenientes de
relatórios/bases [AGO_2020 Indenizacoes de Eventos_MIP] e [AGO_2020 Indenizacoes de Eventos_DFI].
Os recursos relacionados aos eventos sem análise concluída, composta pelos itens 4.3.6.1 e 4.3.6.2 são relativos
ao total dos valores pendentes de recursos no CCFCVS em 31.08.2020. Os saldos das contas deste item foram
dados conforme arquivo operacional [Processos_pendentes_extinto_CRSFH_atual_CCFCVS]. O mesmo ocorre
para o saldo do recurso relativo ao DFI.
Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que estão em andamento. A
metodologia e dados utilizados para o cálculo estão dispostos em nota técnica atuarial.
Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que tiveram origem de
seguradoras, mas que ainda estão refletidas no presente. Esta informação é proveniente do relatório [(2018_2020
Quantidade de AR e valores].
Valor registrado para refletir as obrigações passadas relativas as ações judiciais que advém de seguradoras,
contudo com processo sofrendo interrupções. Esta informação é igualmente proveniente do relatório
[Interruptivas].
Neste item são demonstradas todas as demais despesas incorridas de eventos, como advindo de processos
jurídicos, aluguéis e desembolsos mensais com segurança e demais despesas. A conta despesas com Valores a
Ressarcir [4.3.15.1] e Pagamentos de Encargos Mensais a Ressarcir [4.3.15.4.] foram estimadas levando em
consideração a manutenção da tendência observada em anos anteriores. O item Aluguéis a Ressarcir [4.3.15.2.]
e Despesas com Imóveis (Segurança) a Ressarcir [4.3.15.3.] é resultante da projeção de agosto de 2020 a agosto
de 2025, sendo atualizado pelo índice IPCA dos respectivos anos a partir do saldo principal inicial calculado por
meio de despesas atuais e/ou históricas, considerando a taxa ETTJ para o cálculo do valor presente.
O valor atual do resultado esperado para as operações ativas não considera parte do custo administrativo futuro,
uma vez que o valor é integralmente estimado e lançado no DRAA-FGAR como subcontas do item Outras
Obrigações do FCVS Garantia [4.4.].
O saldo das despesas administrativas futuras corresponde à projeção da despesa administrativa, por meio das
respectivas taxas de projeção e despesas históricas. Os saldos foram projetados com base na hipótese de
perpetuação até a quitação da última responsabilidade do FCVS – de maneira semelhante aos anos anteriores.
Trata-se do registro de valor devido à SUSEP por conta do trabalho de fiscalização das Operações do SH/SFH em
período posterior a 2009. Essa obrigação está contabilizada em conformidade com os termos do Convênio que,
terminado definitivamente, fará esse item ser zerado no DRAA-FGAR.
Com base nos saldos apresentados, o valor total das obrigações do FCVS Garantia é:
4.1. VALOR ESPERADO DOS EVENTOS FUTUROS COM AVISO ADMINISTRATIVO 111.953.517
4.2. PROVISÃO PARA EVENTOS OCORRIDOS E NÃO AVISADOS (P.E.O.N.A) 6.625.331
4.3. PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) 15.404.821.252
4.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 500.149.213
4. TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO FCVS GARANTIA 16.023.549.313
5. RESULTADO ESPERADO PARA O FCVS GARANTIA (15.353.801.248)
a. aos casos previstos na alínea "d" do item 6 da RD nº 03/84, cuja execução da dívida ou dação em
pagamento tenha, respectivamente, se iniciado ou sido formalizada até 10.02.84;
b. às operações de financiamentos que, tendo sido objeto de execução hipotecária iniciada até 10.02.84,
venham a ser renegociadas pelos Agentes Financeiros, mediante incorporação dos encargos em atraso,
por força do que dispõe o art. 3o do Decreto-lei nº 2.164, de 19.09.84, com a redação dada pelo Decreto-
lei nº 2.240, de 31.01.85.
c. às operações oriundas do Programa de Cooperativas Habitacionais, cujos custos finais tenham sido
apurados até 31.01.84, mesmo que os contratos com os cooperativados sejam firmados após aquela
data.
Apresentam-se neste relatório de avaliação atuarial os direitos e obrigações oriundos do SCA no âmbito do FCVS.
Esta conta do ativo da DRAA-SCA é formada pelas contas e respectivos valores em R$:
O item 6.3.7.2.2 refere-se à inadimplência do extinto SH/SFH, ou seja, todas a contraprestações que estão em
atraso (pendentes) atualizadas no mês de competência e provém igualmente do relatório
AGO_2020_Contrap_em_Atraso (Antigo - SCPR09).
A conta 6.3.7.2.3. é formada somente pela subconta a seguir e respectivo valor em R$:
Para as competências anteriores a fevereiro de 2015, as informações desta provém do relatório SCPR21 –
Expectativa de devolução por Agente Financeiro. Convém notar que este valor se mantém constante em
relação aos exercícios anteriores.
As informações desta subconta são provenientes do arquivo LCA902C0, a partir dos quais pode-se confeccionar
um Cálculo de Contraprestações/Prêmios a Devolver aos AFs. De posse de tais informações, pode-se proceder ao
cálculo dos prêmios e contraprestações pagas ao SCA e que deverão ser objeto de pedido de devolução.
Esta conta do passivo da DRAA-SCA é formada pelas contas e respectivos valores em R$:
SCA 2.1. [6.3.8.1.] VALOR ESPERADO DOS EVENTOS COM AVISO ADMINISTRATIVO
O valor correspondente a esta conta é informado diretamente pelos responsáveis pelo SCA e refere-se aos
sinistros já totalmente regulados e cujo valor devido ao Agente Financeiro foi homologado e constitui, portanto,
um valor a pagar.
Conforme confirmado pela equipe responsável pelo SCA, 2014 constitui-se no último ano de vigência de contratos
com cobertura de SCA. Mantendo a metodologia empregada nos últimos anos, estimou-se a provisão para os
sinistros pendentes de análise de recurso do Agente Financeiro, admitindo como expectativa da responsabilidade
do FCVS, para todos os sinistros, o valor médio pago nos últimos anos, sem qualquer correção de valores.
Esta subconta do passivo da DRAA-SCA é formada pela conta e respectivo valor em R$:
As “despesas administrativas futuras” referem-se aos custos associados à existência de contratos ativos com
cobertura do SCA. Em determinado momento do SFH o SCA deixou de garantir para novos contratos o pagamento
dos resíduos ao final do prazo de financiamento. Ao final desse processo, porém, continuou responsável pelos
riscos securitários, mesmo para os contratos em que não era responsável pelo pagamento dos eventuais saldos
residuais.
Essa situação se manteve até que novas normas estipularam que nenhum novo risco securitário seria assumido
pelo SCA. Assim, tem-se a certeza de que haverá riscos cobertos no FCVS Garantia anos após o término de
vigência do último contrato com garantia de assunção dos resíduos pelo FCVS.
O modelo de cálculo das despesas administrativas futuras considera a quantidade de meses existente entre a
data de cálculo e a data de término estimada para as atividades do SCA, o que corresponde à data posterior ao
final de vigência do último contrato com garantia securitária de responsabilidade do SCA.
Contudo, por tratar-se de uma estimativa que envolve bases históricas e que nos últimos períodos observa-se
que não fora contabilizado montantes relativos a tais despesas, consideramos que para fins de projeções futuras
que o valor tende a zero.
Esta conta da DRAA-SCA é formada pelas seguintes contas e respectivos valores em R$:
*****
Apresentamos a seguir a nota técnica atuarial para o FCVS e o FCVS-Garantia, que contém a descrição de cálculo
para os valores cuja natureza é de estimativa e, consequentemente, não são diretamente provenientes de
relatórios produzidos pela Administração do FCVS ou de contas do balancete.
Para fins do cálculo dos contratos homologados em ressarcimento, são utilizadas essencialmente as informações
disponibilizadas pelo FCVS, a partir do relatório intitulado P6901, onde são apuradas as médias e quantitativos
de cada agente financeiro.
A seguir é apresentado o método para se encontrar os valores estimados para os contratos habilitados no SICVS,
cujos valores ainda não foram homologados pelo FCVS. Para tanto, foram utilizados os contratos que já se
encontram no sistema na situação de homologados e, a partir deles, foram estimados os valores médios a serem
vinculados a cada contrato habilitado. Foram considerados para a questão de segmentação as variáveis como
agente financeiro e data de ocorrência para se obter uma maior precisão sobre a alocação dos valores médios
nos contratos. Na ausência dessas variáveis ou agentes financeiros, vão se reduzindo as granularidades do valor
médio até ser necessário a utilização de um valor médio global. Adicionalmente, é empregado o fator de negativa
de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75. Abaixo, segue a formulação utilizada
∑ ℎ ! "
é = , %
∑ #$ % % ℎ ! "
, %-% % %(% % %% % !%
.2.1.1.1.22 = #$ % %3 × × é
Para o cálculo desse montante são utilizados os mesmos montantes do item [2.1.1.1.2], considerando uma menor
granularidade dos dados, utilizando apenas o valor médio calculado por agente financeiro. Adicionalmente, é
empregado o fator de negativa de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75. A
.2.1.1.32 = #$ % %3 $ * % × × é
A seguir é apresentado o método para se encontrar os valores estimados para os contratos não habilitados em
posse dos agentes financeiros. Sua estimação é muito similar ao método utilizado em [2.1.1.1.2]. Adicionalmente,
é empregado o fator de negativa de cobertura para o qual foi considerado a hipótese de 0.75:
∑ ℎ ! "
é = , %
∑ #$ % % ℎ ! "
Em caso de não haver registros de valores para esse agente financeiro se adota a média global dos contratos,
dado por:
∑ ℎ ! "
é ;<7= < =
∑ #$ % % ℎ ! "
Esta conta se refere aos saldos residuais esperados dos contratos considerados como ativos e o seu cálculo é
demonstrado abaixo:
DE éFG 87H E = I
.2.1.2.12 = ? - × @A B$ C 8 <
JKL , %
@A B$ C 8 < é A !% % B$ $
, é ! é %(! %
,M %é −M % % $
As contribuições futuras são relativas aos diretos que o FCVS ainda possui sobre alguns contratos que estão
classificadas como ativos e sua estimação foi dada por:
D, M %−, é ! I
.2.1.2.22 = ? O % 3 ' - × D% 3 M$ çã I × , %
30
, é ! é %(! %
,M %é −M % % $
Para fins do cálculo dos créditos antecipados aos agentes financeiros, são utilizadas essencialmente as
informações disponibilizadas pelo FCVS, a partir do relatório intitulado MICP.FCVS.S344101.A98899.D090920,
bem como rubricas do balancete.
Esta provisão foi criada para estimar os valores de reajustes de acordo com a transição dos contratos em estado
de RNV para RCV e seu cálculo foi realizado da seguinte forma:
#@XV Y é )$ % % %! Xl .
#@XV_Y é )$ % % %! X3 )$% % % - ! %! Xl % .
@XV_Y é ! % % %! X3 - "% %.
Em se tratando de despesas administrativas futuras foram adotadas hipóteses de evolução dos custos no curto
prazo com o decaimento ao longo dos anos dado pela formulação abaixo:
,% *% 7WZWZ
[ ` 3
8
,% *% é C 8 < = ×
,% *% 7 WZWZ 4
WZW] WZJq
,% *% é C 8 < × @A O B%çã ,% *% é C 8 < × @A O B%çã
.2.1.32 = ? + ?
D1 + n@@oID pZ,LI D1 + n@@oID pZ,LI
jWZW\ jWZW^
WZr\
,% *% é C 8 < × @A O B%çã
+ ? , %
D1 + n@@oID pZ,LI
jWZJ]
@A O B%çã é ℎ *ó % % % %- $çã $ ;
n@@o é A % % $ * ℎ t nO
Referente à conta do passivo relacionada ao valor atual das contraprestações futuras a receber, realizamos uma
estimativa com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos
contratos ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:
.3 - 2WZWZ
.3.1.1. 2WZWZ = .4.1.1. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^
Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros de MIP, realizamos uma estimativa
com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos contratos
ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:
.3 - 2WZWZ
.4.1.1. 2WZWZ = .4.1.1. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^
Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros de DFI, realizamos uma estimativa
com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação a evolução dos contratos
ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a seguinte estimativa:
.3 - 2WZWZ
.4.1.2. 2WZWZ = .5.1.2. 2WZ\^ ×
.3 - 2WZ\^
Referente à conta do passivo relacionada ao valor esperado de eventos futuros com despesas de regulação,
realizamos uma estimativa com base no comportamento proporcional desta conta nos anos anteriores em relação
a evolução dos contratos ativos. De modo a manter a proporcionalidade e a tendência da conta, realizamos a
seguinte estimativa:
.3 - 2WZWZ
.4.1.3. 2WZWZ = .5.1.3. 2WZWZ ×
.3 - 2WZ\^
Referente à conta do passivo relacionada à PEONA, realizamos uma estimativa por meio do triângulo de run-off,
que visa estimar os eventos ocorridos e ainda não avisados por meio do comportamento histórico dos sinistros,
conforme quadro a seguir:
Yn/20xn Eventos
históricos Estimativa futura
Referente aos pleitos judiciais das ações judiciais primitivas em andamento, mantivemos inalterada a metodologia
desenvolvida ao longo dos últimos anos pela consultoria anteriormente responsável pelos trabalhos de avaliação
atuarial.
Com base no arquivo [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20], utilizamos a coluna cujo conteúdo são os nomes das varas
de justiça para identificar as cidades, unidades da federação e o tipo do juizado (estadual ou federal).
Utilizando os percentuais presentes na tabela abaixo, associamos a cada combinação de [unidade da federação]
e [juizado estadual/federal] um percentual esperado histórico para pagamento das ações.
1) Pleitos que não possuem identificação de vara, de modo que permita a classificação entre juizado estadual ou
federal e, assim, seu respectivo fator; e
2) Pleitos identificados com montante zerados, no qual a metodologia atribui para estes o valor médio de cada
grupo/juizado.
No que se refere ao item 1), utilizamos para estimativa a ponderação entre os fatores de cada grupo/juizado,
conforme apresentado no quadro anterior como “NA”, cujo informações foram extraídas da nota técnica do atuário
anterior. Entendemos que esta metodologia é adequada. Houve um grande número de casos nos quais não foi
possível identificar a unidade da federação e o tipo de juizado, motivo pelo qual adotamos o percentual médio de
pagamento, calculado em relação à base como um todo de forma ponderada.
Quanto ao item 2), verificamos que a representatividade de pleitos zerados (que ensejavam uma estimativa
média por grupo) foi reduzida entre as avaliações. Ao passo que em 2019 esses representavam cerca de 8% dos
pleitos, temos que em 2020 uma redução para 3%. Desse modo, podemos inferir que podem haver variações na
estimativa média realizada versus ao valor efetivo de cada pleito e, assim, gerar variações no passivo apurado –
ainda que sutis devido ao percentual apresentado.
Do total presente na coluna VEC_PROV, o valor de execução, resume-se para cada combinação de [unidade da
federação] e [juizado estadual/federal] a quantidade total de linhas, a quantidade total de linhas com [VEC_PROV]
zerado e a quantidade total de linhas com [VEC_PROV] preenchidas.
Calcula-se então a provisão, para cada combinação de [unidade da federação] e [juizado estadual/federal] como
o produto do %PGTO pelo valor [VEC_PROV].
Acrescenta-se ao cálculo o valor estimado para a provisão dos casos em que [VEC_PROV] encontra-se zerado e
subtrai-se o volume de ações já pagas.
Juizado UF_grp % Pagto VEC_PROV # Proc zeros c/valor PROV1 Já Pago Prov p/zers Provisão
Formalmente temos:
n3_OXv 6WZWZ
−?x z × %O'w@v6WZWZ × lX_Xnw_{nXv WZWZ
6 ,
lX_Xnw_3 'yvX6WZWZ
6
Onde
n3_OXv 6
WZWZ
é o VEC atualizado na data-base 31/08/2020
%O'w@v6WZWZ é o percentual de ações pagas em cada combinação de juizado e unidade da federação
conforme a tabela acima
O'w@v WZ\^ é o valor total pago conforme a data-base 31/08/2020, no valor estimado de R$ 586.861.288
lX_Xnw_3 'yvX6WZWZ é a quantidade de registros na base [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20] nos quais o
campo [VEC Atualizado] contém valores, levando em conta a combinação c de juizado e unidade da
federação.
lX_Xnw_{nXv WZWZ
6 é a quantidade de registros na base [AJ_PROCESSO_BAJ_31AGO20] nos quais o campo
[VEC Atualizado] encontra-se nulo, levando em conta a combinação de juizado e unidade da federação.
NTA 16. [6.3.8.3.] PROVISÃO PARA EVENTOS A LIQUIDAR (Indenizações e Despesas) - Pendentes
de Pagamentos ou de Decisões Judiciais
Essa conta é referente aos eventos residuais pendentes de pagamentos do SCA, foi realizado uma estimativa
sobre o histórico dos valores que já foram liquidados do seguro, desta forma aplicamos o resultado sobre os
contratos ainda pendentes de liquidação.
.6.3.8.32 = #$ % % A é %
∑ O " + ∑ O% % % 3 ℎ%
é % =
∑@ %
*****