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PROJETO DE ARTICULAÇÃO HORIZONTAL

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR ABEL SALAZAR

ANO LETIVO 2012/2013


Era uma vez um peixinho azul muito pequenino, que nadava
no fundo do mar e tinha muita fome, procurou a mãe e o pai, não
os encontrou, não desistiu, continuou à procura por todo o lado,
procurou nos buracos das rochas, debaixo da areia, foi quando viu
um tubarão.

-Ah, um tubarão! Que medo, é tão grande! E escondeu-se no


meio das conchas prateadas que se amontoavam no meio da areia
e de algumas plantas, e o tubarão foi-se embora.

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Entretanto continuou à procura dos pais, passou pelas casas
dos seus amigos, mas não viu ninguém. Estava triste e só! Não
desistiu, e continuou à procura, nadando, nadando, por entre as
algas verdes, e foi aí que encontrou a mãe, que não o via há algum
tempo.

-Olá filhinho!

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- Oh mãe, estou tão
contente já há muito
que não te via!

- Olá filho, estava


tão preocupada
contigo!

- Sabes mãe, eu
encontrei um
tubarão, fiquei tão
assustado que tive
que me esconder.

- Onde está o pai? Estou


com tantas saudades
dele! Disse o peixinho
azul.

-Olha filho, tenho uma


triste notícia para te dar,
o pai, quando andava à
procura de comida teve
um acidente!

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- Então, mas o que aconteceu? Perguntou o peixinho azul.

- O teu pai ficou


preso numa rede
de pesca, e ao
tentar sair ficou
magoado numa
barbatana e
levaram-no para o
hospital.

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O peixinho azul decidiu ir ao hospital para ver o seu pai. Pelo
caminho encontrou os seus amiguinhos: o cavalo-marinho, o
caranguejo, a estrela-do-mar, o polvo e outros peixinhos.

Peixinho Azul! Peixinho Azul! – Disseram os seus amiguinhos. Vem,


vem ver o que descobrimos no fundo do mar.

Mas, o que foi que


descobriram? –
Perguntou o
peixinho Azul muito
curioso.

Vamos, Vamos. – Diziam os seus amiguinhos sempre a nadar.

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Quando chegaram perto o
peixinho Azul disse muito
admirado:

- Oh! É um barco velho. Quem


viverá nele? Já foram perto do
barco? O que terá lá dentro?

Não, não fomos. Estávamos à


tua espera. – Disseram os seus
amiguinhos.

Nesse momento
aproximaram-se do barco,
devagar, devagarinho e
espreitaram, com muito
cuidado, para dentro do
barco. Foi quando viram
uma linda sereia de
cabelos loiros e
compridos que cantava ao
mesmo tempo que
guardava um pequeno
tesouro.

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Esta linda Sereia estava escondida
nas ruínas daquele barco de piratas.
Era muito bonita. Tinha o cabelo
longo e doirado, os olhos eram
grandes e azuis, como o peixinho
Azul. Ela cantava músicas
estranhas e quando via alguém
ficava muito assustada.

Os peixes olharam muito


admirados e exclamavam:

- Que menina linda aqui


no fundo do mar!
- Oh, mas …. Não é
uma menina. Tem um
rabo de peixe. Até
parece uma barbatana
como a nossa!

- O que estás aqui a fazer? Perguntaram todos

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A Sereia, receosa, respondeu:

- Andava a passear por entre as


algas deste mar tão lindo
quando senti uma onda
gigante. Olhei para trás e vi um
monstro marinho. Era muito
grande. Vinha com a boca
aberta e via-se uns dentes
muito afiados. Tremi de medo e
nadei…. Nadei até que
encontrei este barco. Escondi-
me e o monstro procurou,
procurou… até que desistiu e
foi embora.

- Deve ser aquele tubarão que eu vi! Disse o peixinho.

- Sabem o que encontrei neste barco? - Disse a Sereia – Um tesouro!

- Um tesouro? Numa Arca? Uau! Vamos abrir? O que terá lá dentro?


Um mapa? Um tesouro? – disseram todos.

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Eu ando à procura de um mapa! - Disse o peixinho azul.

-Será que o encontraste Sereia? A minha mãe disse-me que o meu


pai está no hospital, na gruta dos búzios, mas para lá chegar
precisava de seguir as pistas que estão num mapa

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-Podes ajudar-me? - Disse o peixinho.

-Claro que eu te posso ajudar! Todos juntos vamos descobrir o teu


mapa. - Disse a Sereia.

-Porque não abres a arca? - Disse o peixinho muito impaciente.

-Abre! - Disseram todos.

-Queria partilhar esta aventura com alguém, querem fazer esta


descoberta comigo? -Disse a sereia

Ansiosos todos aceitaram.

O peixe-serra que era corajoso, com os seus dentes

afiados serrou a arca, mas ela não abriu.

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O polvo que era muito forte meteu os seus tentáculos em vários

lados da arca ao mesmo tempo.

O cavalo-marinho cheio de coragem deu-lhe um coice. O


caranguejo usou as suas tenazes como se fossem um abre-latas.

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A estrela-do-mar também quis ajudar e procurou buraquinhos
na arca onde pudesse enfiar os seus tentáculos, mas… a arca
continuou fechada, ninguém a conseguiu abrir…

Então o peixinho azul disse assim aos seus amigos:

- Talvez esta arca seja mágica. Algumas arcas podem ser mágicas.
Só se poderá abrir com umas palavras mágicas.
Tive uma ideia: vamos colocar-nos todos em fila e cada um diz
umas palavras mágicas – disse a sereia.
O primeiro foi o peixinho azul:

Abracadabra, abracazul
Está aqui o peixinho azul.

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O segundo foi o a estrela-do-mar:
-Abre-te arca, a estrela vai-te iluminar
e a sereia vai cantar.

O terceiro foi o caranguejo:


-abre-te arca da gruta da sereia,
que é tão bonita e brinca na areia.

O quarto foi o polvo:


- Abracadabra, sopa de conchas e de ovo
Eu sou o amigo polvo.

O quinto foi o cavalo-marinho:


Abracadabra, abre devagarinho,
Eu sou o cavalo-marinho, amigo do peixinho.
O sexto foi o peixe-serra:
- Abracadabra, por cima do nariz,
o peixe azul ficará feliz.

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E no fim disseram todos em coro:
Abre-te arca, ninguém te faz mal,
Abre-te arca para irmos ao hospital.

Então a arca fez um barulho estranho e abriu.


O peixe azul pegou no mapa e a arca fechou-se.
Foram todos ao hospital, a sereia também foi.
No mapa tinha muitas setas e números para eles seguirem e
também tinha a primeira letra do hospital, o H.

Quando lá chegaram o peixinho azul deu muitos beijos e


abraços ao pai e ficou feliz para sempre.

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Considerando a literatura infantil como a arte de criar e recriar histórias, as
nossas crianças tiveram a oportunidade de viajar no mundo da imaginação, dos
sonhos e da fantasia. A partir da frase: Era uma vez um peixinho azul…as
personagens mágicas surgiram e despertaram a curiosidade e o encantamento
das crianças. Assim nasceu o conto redondo que, ao longo do ano, passo a
passo, foi construído por todas as crianças que integram os Jardins-de-infância
do nosso agrupamento de escolas.

Autores e ilustradores:
Crianças dos Jardins de Infância de :
Poças -Airão Santa Maria,
Roupeire -Airão S. João,
Calçada – Vermil,
Casais-Brito.

Educadoras:
Alice Maria,
Joaquina Barbosa,
Maria da Conceição,
Maria das Dores,
Maria de Fátima,
Maria José,
Maria Teresa.

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