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Reggio Emilia na
Educação Infantil
Carla de Oliveira
IESDE BRASIL
2023
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Oliveira, Carla de
Abordagem Reggio Emilia na educação infantil / Carla de Oliveira. - 1. ed. -
Curitiba [PR] : IESDE, 2023.
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5821-207-2
CDD: 372.21
22-81647 CDU: 373.2
15/12/2022 20/12/2022
Mar Lígure Ma
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Mar Tirreno
Mar Mediterrâneo
da pelas ideias socialistas, e desejavam, mais que tudo, jamais sofrer de EDWARDS, C.; GANDINI, L.;
FORMAN, G. Porto Alegre: Penso,
novo com os horrores de uma guerra. 2015. v. 1.
Segundo relatos do próprio Malaguzzi, após oito meses estava pron-
ta a primeira escola, que foi o início de um projeto não somente educa-
tivo, mas social. Nos anos seguintes, outras escolas foram construídas
e coordenadas pelos pais. O professor Malaguzzi permaneceu naquela
comunidade por sete anos, deixando o local por um período em busca
de novos conhecimentos e desafios, retornando posteriormente.
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Cooperação
Afetividade
Comunicação
Documentação
Chiari trazia propostas inovadoras; entre elas, a ideia de que cada gru-
po de crianças deveria ter como referência dois professores em sala de
aula. Além disso, preconizava que não deveria existir nenhum tipo de hie-
rarquia entre a equipe educativa e os professores, sendo imprescindível
a construção de um trabalho em conjunto e de cooperação. O relaciona-
O ponto crucial, que faz com que a abordagem não se torne uma
espécie de “colcha de retalhos” teórica, se deve ao fato de que a partir do
momento em que os profissionais são reconhecidos, não somente como
Projetos
Nowik Sylwia/Shutterstcok
Professor
Espaços
Crianças Documentação
Família/
Comunidade
Atelierista
tas pedagógicas.
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KPG
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de nosso capítulo. Por meio dele, pudemos conhe-
cer um pouco sobre a experiência educativa de Reggio Emilia, que tanto
inspira educadores ao redor do mundo.
História, filosofia, teorias pedagógicas, conceitos-chave para a com-
preensão do trabalho nas escolas de Reggio, foram abordados a fim de
contextualizar este universo, que, fazendo parte de outra cultura e reali-
dade social, parece distante por vezes.
A partir dos pressupostos básicos, contudo, já é possível compreender
que se trata de uma teoria inovadora e que contribui para a construção de
um novo olhar acerca da criança e do trabalho na Educação Infantil. Que
Reggio Emilia possa ser fonte de inspiração e aprimoramento, refinando
nosso olhar e aguçando nossos sentidos, para que estejamos cada vez
mais disponíveis às nossas crianças.
ATIVIDADES
Atividade 1
Explique em que contexto histórico foram criadas as primeiras
iniciativas para o surgimento da abordagem Reggio Emilia.
Atividade 3
Explique o significado da expressão cem linguagens das crianças.
REFERÊNCIAS
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de
Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 2008.
RINALDI, C. Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. Rio de Janeiro: Paz
& Terra, 2012.
Saiba mais Para os teóricos desse tema, não se trata, pois, de alguém que não
A partir da redemocra- teve infância, mas sim da ideia de que em nossa sociedade coexistem
tização do Estado, na “infâncias”. A depender das condições políticas, sociais e culturais, a ex-
década de 1980, surgem
legislações que inserem periência da infância será diversa, muito embora tenhamos, do ponto
a criança como sujeito de de vista teórico e inclusive legislativo, uma concepção de infância que
direitos, sendo dever de
todos os integrantes da deveria abarcar todas as crianças, que é pautada na proteção e valori-
comunidade, protegê-la. zação desse sujeito que está em desenvolvimento e constituição.
Como exemplo, podemos
citar a Constituição Fede- Nesse sentido, os estudos de Philippe Ariès (1978) trouxeram con-
ral (1988), o Estatuto da
Criança e do Adolescente
tribuições acerca do que se denomina de sentimento de infância, como
(1990) e, direcionada à sendo algo que emerge nas sociedades a partir do século XVII, quando
educação, a Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação
a criança passa a ser compreendida como um sujeito com característi-
Nacional (1996). cas próprias e com determinado valor social, e não como um adulto em
miniatura, como até então era concebida.
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Todo esse percurso nos traz de volta ao século XX, período em que ainda
não havia a garantia, na prática, de que todas as crianças teriam direito a
uma infância valorizada pela sociedade, até hoje, infelizmente, não há. Con-
tudo, temos um arcabouço teórico, promovido pelo avanço das ciências,
que contribui sobremaneira para que a educação repense e remodele suas
práticas. A partir disso é que Loris Malaguzzi, ao reconstruir as escolas de
Reggio, apresenta o conceito fundamental da pedagogia da escuta.
Uma metáfora, que possibilita ouvir e ser ouvido com todos os sentidos do nosso corpo.
Escuta é sensibilidade.
Escutar é ação, interpretação que dá significado. Não é preciso dar respostas com base na
escuta; mais importante que isso é a possibilidade de questionar para promover a reflexão.
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Por tudo isso, a autora coloca que a participação das famílias é im-
portante pois
é a expressão de valores importantes, pertence psicologicamen-
te ao conceito de nido, é biologicamente inata à própria idade
das crianças e é decisiva para a afirmação do conceito educati-
vo de nido. É por isso que o nido não pode apenas reclamar da
queda da participação e não pode renunciar à participação, em
especial o diálogo com as famílias, com os pais e com a comuni-
dade: sua própria existência e sobrevivência ficariam ameaça-
dos. (RINALDI, 2022, p. 65)
educação de qualidade.
e confraternizem.
Artigo
https://www.scielo.br/j/cp/a/P5mbTTTZzbrKjfVtYmDmNrr/abstract/?lang=pt
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudar a pedagogia da escuta e da participação talvez seja a parte
mais complexa acerca das investigações sobre a abordagem italiana de
educação. Isso porque, para sua compreensão, é preciso um deslocamen-
to da experiência cultural e social que vivenciamos em nossa sociedade,
para pensar a partir de um modelo muito diferente do nosso.
Reggio Emilia não somente coloca a criança como centro no processo
de aprendizagem, em detrimento do professor (o que não significa tirar seu
protagonismo), mas também compartilha com a comunidade a administra-
ção da gestão escolar. Sob um olhar superficial, podemos imaginar que é um
modelo que retira o “poder” da escola, ficando fragilizado e atuando de ma-
neira assistencial na tentativa de atender demandas específicas das famílias.
Pensar dessa forma revela que ainda carregamos em nossa história,
especialmente da Educação Infantil, uma trajetória fragmentada entre
educação e assistência e a falta de políticas públicas, o que por muito
tempo estigmatizou a creche, por exemplo, como local de abrigo para as
crianças pobres. A partir do momento em que a Educação Infantil no país
passa a fazer parte da Educação Básica, há um ganho enorme do ponto
de vista legislativo, pois o atendimento à infância passa a ser direito de
todas as crianças. Contudo, o avanço educacional e o novo olhar para as
práticas pedagógicas voltadas à infância muitas vezes acaba por desconsi-
derar as questões sociais na tentativa de negar o passado. Na realidade, é
preciso entender que educação e assistência, especialmente em um país
tão desigual como o nosso, podem ser componentes complementares.
Trazer a família para perto e compreender suas demandas não exclui a
proposta educativa, na mesma medida, realizar um trabalho que cons-
cientize a comunidade de que cuidar da infância deve fazer parte de um
projeto educativo da sociedade e requer esforços das equipes. Somente
com a parceria é possível modificar concepções e ações.
Atividade 2
Quais as premissas básicas para a construção de uma prática
baseada na pedagogia da escuta?
Atividade 3
Quais ações são consideradas como exemplos da participação das
famílias nas escolas de Reggio?
REFERÊNCIAS
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. A abordagem de
Reggio Emilia na Educação da Primeira Infância. Porto Alegre: Artmed, 2008.
GANDINI, L.; HILL, L.; CADWELL, L.; SCHWALL, C. O papel do ateliê na educação infantil. A
inspiração de Reggio Emilia. Porto Alegre: Penso, 2012.
KUHLMANN JÚNIOR, M. Infância e Educação Infantil, uma abordagem histórica. Porto Alegre:
Artmed, 2015.
RINALDI, C. Diálogos com Reggio Emilia. Escutar, investigar e aprender. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2022.
KINNEY, L.; WHARTON, P. Tornando visível a aprendizagem das crianças. Educação Infantil
em Reggio Emilia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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Reggio nos mostra que documentar precisa ser mais que isso. Não
pode ser um compilado de materiais a ser enviado às famílias no final
do ano. Não é somente a capacidade de comunicar acerca do trabalho,
mas extrapolar tal prática e compreender que a documentação é uma
estratégia pedagógica de trabalho que deve ter início quando se come-
ça a pensar nos caminhos do projeto da turma, sendo capaz de narrar
a história do grupo, construir suas memórias, identificar suas transfor-
mações, suas formas de linguagem e expressão e suas aprendizagens.
A partir desse novo olhar sobre a documentação, publicizar o trabalho
às famílias e à comunidade não se torna uma finalidade da documen-
tação, mas parte de um processo complexo que vai além.
E ainda,
Vídeo
Possibilitar a leitura, a revisitação e a avaliação, no tempo e no es-
Nesta seção, citamos o paço, de forma que essas ações se tornem partes integrantes do
surgimento da escri-
ta cuneiforme para
processo de construção do conhecimento. (RINALDI, 2022, p. 130)
abordar a questão da
documentação como
Ponto crucial que também contribui para que possamos trazer a
produção histórica. Assim, discussão sobre o ato de documentar está relacionado à construção
indicamos esse pequeno
vídeo que apresenta de
da memória da escola. Para Fochi e Pinazza (2018), a documentação
maneira sucinta a escrita pedagógica se configura como prática essencial para o reconhecimento
e sua contribuição na
documentação, para a
e produção de uma memória educativa que, dentre outras práticas, é
compreensão de nossas responsável por desenvolver o sentimento de identidade que é próprio
discussões.
de uma educação voltada às crianças pequenas.
Disponível em: https://
www.youtube.com/ Assim, encerramos esta primeira seção com respostas que nos au-
watch?v=tUWIpzYaKXw. Acesso
xiliam a compreender o que significa a abordagem da documentação
em: 8 nov. 2022.
pedagógica em Reggio Emilia. Documenta-se pois:
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Adsara/S
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No entanto, Reggio Emilia nos ensina que, para que se ganhe status
de documentação pedagógica, as imagens precisam de outro olhar dos
profissionais da educação. Olhar esse que só conseguimos desenvolver
por meio dos estudos e aprofundamento teórico e, especialmente, por
meio de uma constante avaliação/reflexão sobre nosso trabalho e pro-
pósito para a educação da infância.
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Kyrylo Valyeyev/Shutterstock
Tudo isso vai possibilitar que, aos poucos, as produções das crian-
ças, os materiais relacionados aos projetos, os brinquedos que as
crianças mais gostam de brincar, os ambientes que mais gostam de
ficar sejam, pouco a pouco, demarcados pela identidade daqueles que
pertencem àquele grupo. E isso nada mais é do que uma forma de do-
cumentar, de tornar visíveis os processos de aprendizagem por meio
do ambiente que materializa tais experiências.
Artigo
https://www.obeci.org/_files/ugd/d6771e_38f22e78b5f54166bfbbc92ca586bd08.pdf
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreender a abordagem da documentação não é tarefa fácil. O que
Reggio Emilia nos propõe é pensar nas produções da escola como partes
de sua proposta e nunca deslocadas da concepção de uma criança po-
tente, capaz de produzir inúmeras representações acerca de seu proces-
ATIVIDADES
Atividade 1
Refletindo sobre as várias formas de documentar os processos e
as aprendizagens nas escolas e instituições de Educação Infantil,
por que constatamos que o modelo tradicional de documentação
não condiz com a proposta de Reggio?
Atividade 2
Qual a diferença entre documentação pedagógica e registro, e
por que é importante pontuar tal diferenciação no trabalho com a
Educação Infantil?
Atividade 3
Cite ao menos três características importantes para que o espaço
da escola seja considerado promotor da documentação pedagó-
gica, contribuindo para que as aprendizagens se tornem visíveis a
todos.
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Crianças façam escolhas.
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tempo todo com os espaços. Assim, a arquitetura relacional deve tam-
bém prever ambientes que os acolham e, compondo a proposta edu-
cativa, sejam promotores das práticas pedagógicas emancipadoras e
democráticas. Por tal razão, os professores têm que auxiliar os arquite-
tos na elaboração dos projetos para que sejam condizentes com a pro-
posta pedagógica. Nesse sentido, desde o projeto de sua construção
até sua organização, os espaços devem possibilitar aos professores:
Aqui, não estamos querendo dizer que a rotina não é importante, mas
que ela precisa ser constantemente repensada em função das crianças,
e Reggio Emilia, mais uma vez, nos traz inspiração para pensar sobre a
prática. Um exemplo é o fato de que nas escolas italianas, as atividades
não são finalizadas quando acaba o dia. Se um grupo estava construindo
esculturas com materiais não estruturados, ao final do dia as coisas não
são guardadas, mas ficam da maneira que as crianças deixaram para
que, no dia seguinte, elas possam dar continuidade àquela brincadeira.
Artigo
https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_estudos_aplicados/article/view/6188
Quando falamos que os tempos das crianças não são os mesmos tem-
pos dos adultos, e que é preciso sensibilidade para repensar as rotinas das
escolas a partir de tal afirmação, podemos citar o trabalho que é realiza-
do nos ateliês das pré-escolas. Se as crianças estiverem envolvidas em um
projeto, é possível que passem semanas explorando o mesmo material,
confeccionando uma escultura, por exemplo. Assim, quando as
crianças deixam o espaço, o atelierista deve zelar para que tudo
permaneça como está, para que as crianças retomem suas pro-
duções no dia seguinte. Essa prática traz a ideia de continuidade
e valorização do que está sendo produzido. É um tempo que é
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ATIVIDADES
Atividade 1
No início do capítulo, há o apontamento de que os espaços
educativos não são neutros. Qual o seu entendimento acerca de
tal assertiva?
Atividade 2
Por que Loris Malaguzzi considerava o espaço como terceiro edu-
cador? Qual a importância desse pensamento para a abordagem
Reggio Emilia?
REFERÊNCIAS
GANDINI, L. et al. O papel do ateliê na educação infantil: A inspiração de Reggio Emilia. Porto
Alegre: Penso, 2012.
HORN, M. da G. S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação
infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
RINALDI, C. Diálogos com Reggio Emilia: Escutar, investigar e aprender. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2022.
JULIÁ, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação,
Campinas, n. 1, p. 9-43, 2001.
FORMOSINHO, J. Limoeiros e Laranjeiras. Revelando as aprendizagens. Coleção aprender
em companhia. Ministério da Educação, Lisboa, 2009
Outro ponto importante que pode ser discutido com base nos
itens indicados refere-se à formação profissional. Embora a legislação
tenha avançado, consolidando o curso de Pedagogia como o indicado
para a formação inicial de professores no país, os currículos precisam
ser revistos para abarcarem a formação necessária ao trabalho com
a infância. Além disso, a formação continuada é essencial para o apri-
moramento profissional.
Por tudo isso, podemos perceber que não é possível copiar as práti-
cas de Reggio Emilia no Brasil. Mas o que é possível fazer então?
e qual a importância da escola para essa sociedade? Não são respostas MARTINI, D. et al. São Paulo: Ateliê
Carambola Escola de Educação
simples e, em se tratando de uma instituição como a escola, precisam ser Infantil, 2020.
respondidas em conjunto, já que a participação de todos é fundamental.
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EVA. Madeira, vidro e argila são materiais vistos por toda parte, indi-
cando que em uma das concepções da escola também reside evitar ao
máximo o uso de materiais extremamente nocivos ao meio ambiente.
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Por certo que, para além das ações de cuidado, a marca da intencio-
nalidade pedagógica se faz presente em todos os momentos da rotina,
inclusive demarca a importância de que o professor planeje situações
de aprendizagem ricas para as experiências das crianças. O trabalho
com as artes, a música, a literatura, entre outros é fundamental para as
crianças da Educação Infantil, desde o berçário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim como um viajante que ao retornar de um lugar nunca visitado
contempla suas memórias e histórias do vivido, encerramos este capítulo
contemplando tantas ideias que podem ser colocadas em prática na busca
de uma Educação Infantil de cada vez mais qualidade para nossas crianças.
Viajar é um movimento único, que nos tira do conforto de nossa casa, nossa
rotina, e nos leva a conhecer paisagens e pessoas até então desconhecidas.
Reggio Emilia nos propõe movimento semelhante, um convite a nos
deslocarmos de nossos corriqueiros pontos de vista, de colocar a dúvida
em meio àquilo que acreditamos ter certeza. A criança vê o mundo como
um viajante. Tudo para ela é novidade, encantamento. Esse é o convite
para repensar a educação e a forma como concebemos nossas práticas.
Que essas reflexões sejam somente as primeiras de muitas em que
você possa buscar aprofundamento teórico, conhecimento, e que sempre
haja espaço para o diálogo, a partilha e o aprendizado. Entre educadores,
demais profissionais e, especialmente, você e as crianças. Elas sempre
têm muito a nos ensinar.
ATIVIDADES
Atividade 1
Discutimos várias vezes a importância de termos a abordagem
Reggio Emilia como inspiração, e não como cópia. Qual seu enten-
dimento dessa questão?
Atividade 2
Qual a importância de nos aprofundarmos na compreensão acerca
dos campos de experiência propostos pela BNCC?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 15 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.
Parecer CNE/CEB 20/2009. Brasília, DF: Ministério da Educação, 11 nov. 2009. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb020_09.pdf. Acesso em: 15 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC, 2010.
PAULO Fochi: o que a educação brasileira pode aprender com Reggio Emilia. Desafios da
educação, jul. 2020. Disponível em: https://desafiosdaeducacao.com.br/reggio-emilia-brasil-
paulo-fochi/. Acesso em: 16 dez. 2022.
SANTOMAURO, B.; NICOLIELO, B. Conheça experiências brasileiras inspiradas em Reggio
Emilia. Nova Escola, jul. 2016.