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RESUMO
O presente estudo procura refletir sobre os desafios acerca do ensino de História na era da Internet;
tem por escopo a análise do intercâmbio professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem, bem
como procura responder se, nos dias de hoje, com o advento da tecnologia, o computador poderia ou
não suprir a presença do professor de História como fonte transmissora de conhecimento. Realizou-
se uma pesquisa bibliográfica, tendo por fonte autores como COLL & MONEREO (2011), FREIRE
(1996) e LÉVY (1999), entre outros, procurando enfatizar a necessidade de mudanças na
metodologia, por vezes arcaica, do ensino de História, o que resulta na quebra da conexão ensino-
aprendizagem nas salas de aula. Concluiu-se que o processo de ensino-aprendizagem -- diante dos
desafios impostos pela tecnologia -- deva ser doravante de caráter coletivo, onde professores e
alunos possam trabalhar em conjunto na busca pelo conhecimento; constatou-se, ainda, ser
necessária a figura do professor no ensino de História.
Internet precisa das escolas onde o verdadeiro ensino se faz presente (CORRÊA &
SCHULZ, 2011; GINZBURG, 2010).
Assim, sob a óptica que permeia a relação professor-aluno, este artigo
procura analisar -- valendo-se de questões-problema -- a transmissão do ensino de
História em meio à ascensão da Internet.
Neste intuito, utilizou-se, à guisa de método, a pesquisa bibliográfica,
onde diferentes meios de comunicação em literatura, tais como: livros, artigos
científicos, revistas, congressos e palestras foram analisados.
O estudo final foi embasado nas idéias e conceitos de autores como:
Coll & Monereo (2011), Freire (1996), Levy (1999), Moran (2000) entre outros.
Desenvolvimento
De sorte que concordamos com Paulo Freire (1996, p. 27) quando este
menciona que, "Ensinar não é transferir conhecimento (...), mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou sua construção."
Ora, sendo a máquina (o computador) uma forma de se transferir
conhecimento, depreende-se não ser ela, por si só, capaz de atingir o ensino pleno
sem a interferência humana -- a tecnologia sozinha não educa. Somente o homem é
capaz de criar as possibilidades supramencionadas. Não obstante ser a Internet um
instrumento de comunicação poderoso, ela nunca deixará de ser uma ferramenta,
um meio de divulgação do conhecimento. Afinal, “Ensinar é uma especificidade
humana." (FREIRE, 1996, p. 91).
Entretanto, concordamos com os demais pesquisadores quanto à
necessária mudança de postura do professor quando o assunto é tecnologia e
inovação no ensino.
Nesse sentido, preceituam as pesquisadoras Cristiane dos Santos
Parnaíba e Maria Cristina Gobbi ao mencionarem num artigo de revista científica
que,
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O professor continua sendo uma figura importante na era digital. Porém, sua
postura deixa de ser a de transmissor absoluto do conhecimento, e passa a
ser de facilitador de descobertas, tudo isso em um novo processo de ensino
e aprendizagem. Os alunos, que agora não são mais uma platéia receptora,
podem ser definidos como um grupo que participa ativamente da aula,
buscando em seus notebooks (ou celulares, iPhones e outros aparelhos
com acesso à Internet) informações sobre o tema da aula, visitando
virtualmente os lugares descritos pelo professor, vendo imagens, textos,
vídeos, ou trazendo de casa uma pesquisa feita na Internet. É uma outra
forma de ensinar e aprender. (PARNAÍBA & GOBBI, p. 8).
DEMO, Pedro. Tecnologia e Escola: uma questão delicada. Revista Opet, Curitiba,
vol. 1, n. 2, p. 22-23, 2007.