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Canella
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 -
Mecânica) Conhecimentos Específicos
(Pós-Edital)
Autor:
Felipe Canella, Juliano de
Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
27 de Janeiro de 2024
Sumário
Conformação .................................................................................................................................................. 4
Laminação ................................................................................................................................................... 7
Forjamento ................................................................................................................................................ 10
Extrusão..................................................................................................................................................... 14
Trefilação .................................................................................................................................................. 15
Estampagem .............................................................................................................................................. 20
Calandragem ............................................................................................................................................ 23
Como de praxe, eu utilizarei figuras (sempre que possível) a fim de ilustrar os principais processos
de fabricação, sejam inerentes a à fundição, sejam inerentes à conformação. Alguns processos ficam mais
elucidativos e a aprendizagem se torna mais eficaz quando se utiliza tais ilustrações.
Pois bem. Sem mais delongas. Vamos ao que interessa! Antes, não deixe de me seguir nas minhas
redes sociais para ter acesso a dicas e questões comentadas em vídeos sobre diferentes temas da
Engenharia Mecânica!
profcanelas t.me/profcanelas
Dessa forma, os produtos que conhecemos e consumimos, desde um shampoo a um automóvel, são
desenvolvidos por um conjunto de transformações. As operações de processamento vão transformando
esses materiais a cada estágio e, consequentemente, o produto vai se aproximando cada vez mais do seu
formato final e acabado, designado em seu projeto.
Dentro da seara dos diversos processos de fabricação, Coruja, o nosso foco, nesta parte da aula,
serão os processos de mudança de forma.
Sob o prisma dos processos de mudança de forma, temos sua divisão em quatro tipos, sendo o foco
dessa parte da aula os processos de conformação e de remoção de material:
No campo de incidência dos processos de conformação, vamos tratar de maneira geral dos processos
de laminação, forjamento, extrusão, estampagem, trefilação e calandragem.
Em relação aos processos de remoção de material, temos os processos de usinagem (nome técnico
para os processos de remoção de material que não será objeto de estudo da aula de hoje) como o
fresamento, torneamento, furação, aplainamento, brochamento, serramento, mandrilhamento,
retificação, brunimento e polimento e espelhamento.
Todos esses assuntos serão abordados de maneira teórica, conforme as questões em relação ao
tema, foco das questões de concurso. Nesse sentido, é interessante termos o esquema a seguir em mente:
Laminação Fresamento
Forjamento Torneamento
Extrusão Furação
Trefilação Aplainamento
Estampagem Brochamento
Calandragem Serramento
Mandrilamento
Retificação
Brunimento
Polimento e espelhamento
Nessa parte da aula de hoje, falaremos dos processos de conformação. Em outro aula, por conta da
extensão desses assuntos, veremos os processos de unsinagem.
Conformação
Os processos de conformação são aqueles que fazem o material mudar de forma pela aplicação de
um conjunto de forças externas superiores ao limite de escoamento do material. "Tá, professor, legal. Mas
o que você quis dizer?"
Limite de escoamento é o limite que o material suporta até ele atingir a deformação plástica,
estando ainda dentro do campo da deformação elástica. Aqui, novamente, faz-se necessário entender o que
são essas deformações.
De maneira simples e sem adentrar no detalhe, pois é campo de estudo de outra aula, a deformação
elástica é aquela pela qual o material pode voltar ao seu estado anterior, original, depois de sofrida
determinada força. É como um elástico, Estrategista: se a gente puxar até o limite de escoamento ele
retorna a sua forma original.
Todavia, se puxarmos esse mesmo elástico do exemplo e ultrapassarmos esse limite de escoamento,
a deformação passa a ser plástica – não é mais possível atingir a forma anterior, original. Logo, quando
4
puxamos um elástico demais, ou ele arrebenta ou ele se deforma de uma maneira que ele não volta ao seu
estado anterior naturalmente, quando cessados os esforços que geram a tensão.
Pois bem. Compreendido esses pontos auxiliares da matéria, vamos continuar a conformação...
Depois de atingido o limite de escoamento, a conformação passa a fazer efeito e, dessa forma, o
formato é atingido. Nesse sentido, as máquinas atuam no material exercendo essas forças externas e, para
cada tipo de conformação, temos máquinas diferentes, relacionadas a cada processo. Veremos agora cada
um deles.
Outra característica que devemos conhecer, Coruja, inerente aos processos de conformação é em
relação a temperatura na qual o processo é feito. Nesse sentido, teremos os processos sendo desenvolvidos
em três categorias: trabalhos a frio, trabalho a morno e trabalhos a quente!
No trabalho a frio, por conta da menor temperatura que peça se encontra durante o processo (feito
entre 0 a 0,3.TF - Temperatura de Fusão da liga metálica), temos um maior emprego de tensão (gerada pelo
esforço mecânico), pois toda a microestrutura do retículo cristalino está compactada, mais rígida e sem
vibração térmica (como no trabalho a quente que veremos na sequência) permitindo menores movimentos
entre os planos cristalográficos e suas células unitárias.
Dessa forma, o trabalho a frio acontece junto com o encruamento do material que é gerado pela
interação das discordâncias e contornos de grãos, por exemplo, prejudicando o movimento entre eles no
retículo cristalino.
Por outro lado, o trabalho a quente eleva a temperatura antes da deformação em certa de 0,5.TF (a
famosa, a depender da liga e da doutrina, temperatura de recristalização). Isso gera menor gasto energético
na etapa seguinte para se atingir a deformação por conta da recuperação e recristalização dos grãos durante
a deformação gerando uma vibração térmica em uma microestrutura menos rígida. Por conta disso, temos
uma diminuição da tensão de escoamento, facilitando os trabalhos. Todavia, também temos algumas
desvantagens.
Dessa forma, quero que você memorize as vantagens e desvantagens em relação ao trabalho a frio,
pois costumam ser alvo de cobrança, Estrategista. Veja a seguir de acordo com a doutrina1:
Vantagens:
• Energia para deformar o metal é menor, pois a tensão de escoamento diminui com aumento da
temperatura;
• Aumento da ductilidade do material;
• Homogeneização química das estruturas brutas de fusão, diminuindo segregações pela melhora
na difusão atômica;
• Eliminação das bolhas e gases;
• Proporciona grãos menores, recristalizados e equiaxiais, refinando a granulação grosseira;
Desvantagens:
1
BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011 e CIMM (Centro de Informações Metal Mecânica.
Por outro lado, quando a conformação é feita com aumento da temperatura temos o trabalho a
morno (normalmente, entende-se que as temperaturas do material estão entre 0,3 e 0,5 TF). Nesse
processo, a única coisa que você entender, Coruja, é que ele tende a conciliar as vantagens do trabalho a
frio e do trabalho a quente. Nesse sentido, teremos certa recuperação dos grãos no processo de deformação
pela temperatura, gerando um nível de encruamento menor que no trabalho a frio.
Além disso, quando comparado ao trabalho a quente, ele irá melhorar o acabamento superficial (que
vimos ser um problema por conta dos óxidos). Basicamente, é um "meio-termo" mesmo entre os pois
extremos. Um processo de conformação típico e característico que pode ser associado ao trabalho a morno
é o Forjamento.
Laminação
No processo de laminação o principal objetivo é se atingir uma espessura menor na peça a ser
trabalhada. O material é submetido a forças extremamente altas proporcionadas por dois cilindros.
Esses cilindros exercem as forças de compressão no material, fazendo com que sua espessura
diminua conforme o material se movimenta pelo trem de laminação.
Um ponto interessante que pode aparecer na sua prova é sobre a mecânica da laminação. Nessa
seara de conhecimento, temos um ponto denominado de Ponto Neutro (ou ponto N, conforme a literatura),
no qual temos alguns detalhes quanto a velocidade e pressão no processo de fabricação de conformação da
Laminação.
Como sabemos, nesse processão de conformação, os cilindros exercerão uma compressão direta na
chapa a fim de diminuir sua espessura. A velocidade periférica dos cilindros é constante e, por conta disso,
tem uma região de contato efetivo para a conformação denominada de arco de contato. Nessa região, temos
um ponto específico, no qual a pressão será máxima, a partir do qual ela passa a diminuir.
Processo inverso ocorre com a velocidade, pois até o ponto neutro a velocidade da peça é menor
que a da peça. A partir do ponto neutro a velocidade da peça passa a ser maior que a periférica do cilindro
e força tangencial de atrito é revertida, resistindo à saída da chapa dos cilindros.
Nesse sentido, Coruja, temos que conhecer (na figura a seguir coloquei esses detalhes) o ângulo de
laminação que é formado pelo arco de contato e tem seu vértice na projeção do eixo do cilindro. Esse ângulo
de laminação tem um valor mínimo e abaixo desse valor os cilindro não conseguem mais arrastar a peça
pela atuação das forças de atrito. Dessa forma, a tangente desse ângulo deve ser menor ou igual ao
coeficiente de atrito entre peça e cilindro para ocorrer, de fato, a laminação!
2
Elaboração pelo autor, 2019.
8
Veja o ponto neutro na figura a seguir. Nela, temos a força de atrito (Fa) tangente ao arco de contato
(AB), a pressão exercida contrária e proveniente da força normal do cilindro na peça (p) e as força normal
(Fr) do cilindro na peça.
Outros nomes para o ângulo de laminação são: ângulo de contato e ângulo de ataque.
Além disso, quando ele é mínimo, recebe o nome de ângulo de mordida! ;)
3
Adaptado de BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011.
Outro ponto de atenção, Coruja, está relacionado ao projeto de cilindros que vão compor os
laminadores desse processo. De acordo com a literatura específica4, temos algumas recomendações para
que o projeto dos cilindros seja eficiente. Dentre elas, podemos citar, na lavara da doutrina:
Forjamento
A primeira informação que você tem que guardar, Estrategista, é que ele é o mais antigo processo
de conformação de metais, sendo os primeiros procedimentos feitos a mais de 5000 anos antes de Cristo. É
usado hoje para componentes de alta resistência.
Nesse tipo de processo de conformação, o trabalho pode ser realizado a quente ou a frio. Todavia, a
forma mais utilizada é a quente. Nesse processo, pode ser necessário tanto no formato de impacto quanto
no formato por pressão gradativa, a depender dos equipamentos utilizados, bem como de qual aplicação
do material a ser trabalhado em seu uso real depois de acabado.
Quando se utiliza o forjamento por impacto, o equipamento que realiza o trabalho recebe o nome
de Martelo de Forjar, ao passo que o equipamento que realiza a conformação por pressão gradativa recebe
4
Adaptado de BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011.
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o nome de Prensa de Forjar. Na prensa de forja, conforme a pressão é exercida, o material vai preenchendo
o espaço geométrico entre os pratos das matrizes até formar a rebarba – sobra de material que garante o
preenchimento de praticamente todos os espaços.
Ainda relacionado aos tipos de forjamento, temos os de Matriz Aberta, Matriz Fechada e Sem
Rebarba. A figura a seguir monstra cada tipo. Em “a”, temos o tipo aberta; em “b”, o tipo fechada, com
rebarba de material e em “c”, a fechada sem rebarba de material.
Além da cunhagem, Coruja, temos outros processos derivados do forjamento. De acordo com a
doutrina5, temos os seguintes:
• Caldeamento: tipo de forjamento livre que visa produzir um tipo de soldagem depois de
submetidas à compresso. Esse processo é muito empregado na produção de correntes
(soldagem dos seus elos);
5
Adaptado de Krelling, A. Instituto Federal de Santa Catarina, 2020 e Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
11
Estrategista, um processo que é pouco explorado em provas, mas que faz parte desse
grupo é a hidroformagem! Consiste em um tipo de conformação direta na qual a
compressão é exercida pela pressão hidráulica que irá moldar a peça, comprimindo-a
contra a matriz! ;)
Um outro processo que deriva do forjamento, é o tixoforjamento (ou forjamento semissólido). Não
costuma ser alvo das bancas (apareceu somente uma vez), mas acho pertinente você pelo saber sua definição
e suas vantagens e desvantagens, Coruja!
O tixoforjamento nada mais é que um processo que visa a diminuição de custo, conforme se tenta
chegar na forma final da peça com o acabamento mais próximo possível do ideal de projeto. Para isso, a
intenção é produzir a peça final com um só golpe que emprega pequenas forças no material ainda
6
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
12
semissólido, diminuindo a geração de tensões residuais finais e trincas (além de defeitos como porosidades
e aprisionamento de ar), o que constitui vantagem em relação ao projeto tradicional. Todavia, também há
desvantagens do processo. De acordo com a literatura7, temos as seguinte vantagens e desvantagens:
Vantagens Desvantagens
Restrito apenas a ligas de alumínio, ferro e certas
Tempo de processo pequeno
ligas de cobre
Atende peças com geometria complexas Janela de aplicação estreita
Redução de defeitos (trincas a quente e baixo Custo elevado de tecnologia para manutenção e
choque térmico durante o resfriamento) para manter a temperatura de operação
Menos porosidades e segregação de impurezas (o
estado semissólido melhora a difusão e Alta solicitação térmica da ferramenta
solubilidade)
Menor desgaste das ferramentas (certas ligas de
Dificuldade de controle da velocidade de agitação
alumínio, por exemplo, são processadas até 100
oC abaixo da temperatura de fusa da liga).
para homogeneizar o metal no processo.
Por fim, é válido mencionarmos, não somente na seara do processo de forjamento, mas vários outros
processos de conformação, o tal Ensaio do Anel. Questões são rara sobre esse ensaio, então ficaremos
somente na sua definição e conceito.
De acordo com a literatura específica, esse ensaio consiste em deformar uma seção transversal anular
de um material em uma matriz com um punção. Assim, o material é comprimido axialmente e esticado
radialmente, fazendo com que a espessura do anel seja reduzida. A medida da força e da deformação
resultante permite calcular a resistência à deformação do material. Além disso, o atrito é um dado
importante a fim de avaliar a vida útil da ferramenta (matriz), além dos impactos da superfície da peça a ser
conformada.
Assim, conforme se aplica uma força na amostra de metal, em um processo de conformação a quente,
contra a matriz, forças de atrito surgem e tendem a impedir movimento entre as superfícies de contato.
Assim, a partir das forças de conformação aplicada, é possível determinar a força de atrito. Esse ensaio tem
relevância, inclusive, para se determinar a vida útil da ferramenta (no caso, a matriz) conforme seu desgaste
no processo tende a ser maior com a maior força de atrito existente.
7
Adaptado de Soares. C.L e Cavalcanti.W.M.; Tixoconformação e Hidroconformação: uma revisão de literatura sobre os processos não convencionais de conformação mecânica.
ENEGEP, 2013.
13
Extrusão
Na extrusão, o material a ser conformado é comprimido a passar por um molde, no qual, ao término
do processo, terá o formato desse molde. Esse é um processo que tem como vantagens o gasto menor com
material, pois pouquíssima sobra de rebarba é gerada, além de ser possível atingir diferentes tipos de
formato, bastando variar o molde.
O processo de extrusão também pode ser a frio ou a quente, além de ter mais duas classificações: a
extrusão direta e a indireta. Na primeira, o material é empurrado entre o êmbolo e o molde da matriz
pertencente à câmara. Já na extrusão indireta (também chamada de extrusão a ré ou reversa), o material
passa pela matriz da mesma forma como na direta, porém a matriz faz parte do êmbolo, fazendo, assim,
com que o material escoe em direção contrária ao movimento do êmbolo. Nas figuras a seguir, temos em
“a”, a extrusão indireta e em “b”, a direta de seção transversal vazada.
8 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
14
Por conta da dinâmica da extrusão indireta (ou inversa, como é também chamada), as forças de atrito
entre o material (tarugo por exemplo) e o container da matriz são menores que na direta. Isso se dá por
conta de um movimento praticamente nulo entre o tarugo e a matriz, implicando forças de atrito muito
menores que na direta. Dessa forma, duas vantagens da indireta que a literatura elenca são: melhor fluxo
de escoamento do material e menores forças necessárias de trabalho.
Trefilação
No processo de conformação por trefilação (também chamado de estiramento, por alguns autores),
o material a ser conformado é puxado através da matriz ao invés de ser empurrado como na extrusão. O
processo de trefilação é muito parecido com o da extrusão e é utilizado para a conformação no processo de
fabricação de arames, varas e barras. Observe a figura a seguir e repare na força de tração exercida na saída
da matriz.
9 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
15
10
Assim como no processo de extrusão, a matriz pode ter diferentes moldes com medidas variáveis.
No processo de trefilação para arames, normalmente, o projeto dos equipamentos é elaborado para grandes
rolos de arame. Nesse processo, a trefilação ocorre de forma contínua, por isso também recebe o nome de
trefilação contínua.
Além disso, memorize: trefilação é um processo puxado! Teremos uma questão na lista
final que possui uma pegadinha nesse sentido! Será um excelente treino nesse quesito!
Além disso, sabia que a matriz é chamada de fieira, Coruja! Sempre associe a Trefilação (ou
Trefilamento, como parte da doutrina costuma chamar) como um processo que usa tensão de tração que
irá "puxar" o material pela parte externa matriz e formar fios, arames, barras ou tubos finos.
Alerto você porque existem autores, como o renomado Chiaverini que considera o Estiramento e a
Trefilação como sinônimos. Se a questão não entrar no mérito, ótimo! Manda bala e marque a alternativa
correta! Todavia, caso ela deixe claro que são diferentes (como as duas questões na sequência que faremos),
10 Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
16
atente-se para o detalhe da matriz! Falou em fieira, falou na trefilação. Veja a figura abaixo que ilustra um
processo de Estiramento para chapas por outra literatura específica11:
Coruja, para fecharmos esse assunto, saiba que temos, tendo do processo de trefilação, dois tipos
de máquina de trefilar que são comumente usadas (e já foram alvo de questões): a com deslizamento e a
sem deslizamento. Na lavra doutrina específica12 (de onde provém, inclusive a questão), temos as seguintes
características que julgo importante você conhecer (memorize, principalmente, as palavras-chave
destacadas):
• Máquina de trefilar sem deslizamento: contém um sistema de tração do fio, a fim de conduzi-lo
por meio do furo da fieira, constituído por um anel tirante que, em um primeiro momento,
acumula o fio trefilado e depois permite seu movimento em direção de uma segunda fieira. Essa
lógica se mantém para múltiplos e contínuos sistemas de trefilação com diversas fieiras na
mesma máquina;
• Máquinas de trefilar com deslizamento: são indicadas para a trefilação de fios metálicos de
pequenos diâmetros. Nessas máquinas, os fios partem de uma bobina e passam por uma roldana
até a primeira fieira. Depois, na saída, temos um anel tirante no qual o fio dá certo número de
voltas alinhando o fio com a primeira fieira e no fim da hélice formada com a segunda fieira.
Veja a figura a seguir para você reconhecer em uma possível cobrança que peça a associação com o
desenho e nome de cada máquina.
11
Adaptado de REGO, R.; FARIA, A.R. Instituto Tecnológico de Aeronáutica - Divisão de Engenharia Mecânica – MT-717: Introdução a materiais e processos de fabricação, 2019.
12
Adaptado de BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011.
17
(FEPESE/Mecânica)
O processo de fabricação que consiste em puxar uma peça metálica através de uma matriz que
possui um orifício cônico, mediante a aplicação de uma força de tração no lado de saída do
material, é chamado de:
a) extrusão.
b) alisamento.
c) estiramento.
18
d) trefilamento.
e) tracionamento.
Comentário:
Falou em “puxar”, tem que vir à mente o processo de trefilação. Veja que a questão deixa claro
isso. Além da tração ocorrer no lado de saída do material. Apesar de eu achar de uma
sacanagem tremenda terem colocado “trefilamento” como opção, pois pela descrição,
também poderia ser esse processo, a letra “c” é a correta para a banca. Cabível recurso, ao
meu ver. Mas, de fato o Estiramento até pode ser considerado, mas como vimos, alguns
autores citam esse processo para a tração de chapas.
Gabarito: “c”.
(FEPESE/Mecânica)
a) pressionar uma quantidade de material através de uma matriz metálica, cuja forma é o
negativo da peça a ser produzida, afim de que a mesma absorva a forma desejada.
b) comprimir uma peça metálica através de uma prensa que possui a forma positiva da peça
desejada afim de que a mesma se molde conforme desejado.
c) passar uma peça de metal entre 2 rolos que promovem uma redução na espessura que é
resultante de tensões compressivas exercidas pelos rolos.
d) puxar uma peça de metal através de uma matriz, que tem um furo cônico, por meio de
uma força de tração que é aplicada no lado da saída.
e) uma conformação plástica que se realiza pela operação de conduzir um fio (ou barra ou
tubo) através de uma ferramenta (fieira), que contém um furo em seu centro, por onde passa
o material.
Comentário:
19
modificar e atingir o formato final. Lembre-se que alguns renomados autores como Chiaverini,
chama o estiramento e a trefilação (ou trefilamento) como sinônimos.
Todavia, para outros autores há diferença. Minha sugestão? Se a questão, como essa, deixa
claro, por meio das alternativas, que ambos são diferentes (como na letra "e", que menciona
a fieira e está claro que é a trefilação o processo), considere como diferentes. A letra "a"
descreve o processo de Extrusão (lembre-se que se falar em "empurrar" não estamos falando
de trefilamento). A letra "b", por sua vez, pode ser o forjamento por prensa ou algum tipo de
extrusão. A letra "c" é a Laminação e a letra "e" é a Trefilação (lembre-se da fabricação de fios
e a matriz que recebe o nome de fieira).
Gabarito: “d”.
Estampagem
Conforme define a literatura específica13, o processo de estampagem, Coruja, visa conformar chapas
para serem usadas na produção de peças como copos, caixas e demais objetos côncavos e com formas
curvas. Além disso, a estampagem é um processo que pode ser feito a frio como a quente. De acordo com a
literatura específica14, comumente nas operações de corte e dobramento, temos a conformação realizada a
frio, ao passo que na operação de estampagem profunda temos a conformação a quente. Nesse sentido,
podemos perceber, Estrategista, que temos 3 grandes operações no processo de estampagem:
Corte
Operações de
Dobramento
estampagem
Estampagem profunda
Na operação de corte, Coruja, um punção (ferramenta que exerce o esforço de compressão sobre a
peça) irá cortar a chapa metálica quando a comprimir contra a matriz. Veja a figura esquemática a seguir:
13
Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
14
CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.
20
Estrategista, por fim, é bom você conhecer alguns ensaios de estampabilidade de chapas no contexto
do processo de fabricação em questão. Dois ensaios você precisa conhecer para sua prova (já foram
cobrados): ensaio Erichsen, ensaio Olsen, ensaio Swift e ensaio Fukui. Basicamente, são ensaios para medir
a conformabilidade (estampabilidade no contexto do processo de estampagem). Vejamos as características
de cada um:
• Ensaio Erichsen: consiste na deformação de um corpo de prova feito em tira metálica (formato
esférico de diâmetro de 90 mm) presa numa matriz e um punção em forma de esfera (alguns
autores chamam de ferramenta hemisférica). Nesses ensaios os índices de estampabilidade são
dados em relação à profundidade em que o punção deforma a chapa não gerando a ruptura. O
Erichsen é muito utilizado na Europa e no Japão e é mais focado em obter a medida de
15
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
21
profundidade do copo formado (gera o índice de ductilidade Erichsen (IE). O estampo (punção)
tem formato esférico com diâmetro de 20mm.
• Ensaio Olsen: difere do Erichsen apenas quanto às dimensões do estampo (punção) que tem
cabeça esférica com 22 mm (7/8 pol) de diâmetro, conforme afirma a CIMM (2023). O corpo de
prova tem forma de disco e é fixado entre matrizes em forma de anel com 25 mm (1 pol) de
diâmetro interno. Durante o teste são medidas continuamente a carga e a altura do copo (por
isso, é o mais indicado que o Erichsen para obter a carga). O índice de ductilidade Olsen é dado
pela altura do copo, em milésimos de polegada, no momento em que a carga começa a cair. O
corpo de prova também é um disco, mas o diâmetro é maior (95 mm). Esse ensaio é muito
utilizado nos Estados Unidos.
16
• Ensaio Swift: utiliza o punção na forma de um cilindro e o corpo de prova na forma de disco, que
é embutido numa matriz para formar um copo, conforme a deformação aplicada. O índice nesse
ensaio é obtido pela relação entre o diâmetro máximo do disco e o diâmetro do punção que não
provoca a ruptura. Ou seja, por gerar a fratura, diversos corpos de provas são necessários e é o
ensaio que mais se aproxima da realidade de condições de uma estampagem profunda. Veja um
desenho esquemático e a diferença no formato do punção;
17
16
Adaptado de Hasford, W. F.; Caddel, R.B. Metal Forming: Mechanics and Metallurgy. 3ª Edição. 2007.
17
Adaptado de BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011.
22
• Ensaio Fukui: também segue a mesma linha de conduta do Swift (também gera a ruptura e precisa
de vários corpos de provas durante a execução). O ensaio Fukui procura conciliar as condições de
estiramento e de estampagem típicas conformando um corpo-de-prova circular, numa peça de
formato cônico com o vértice esférico, apresentando maior dificuldade de execução que o Swift.
18
Calandragem
No processo manual, o esforço de flexão é feito à mão, com auxílio de um martelo, grifa (para fixação
e suporte) e gabaritos. Esse tipo é empregado para peças pequenas, suportes e flanges, Coruja.
No processo mecânico, temos os esforços de flexão exercidos pelas calandras, muito empregadas na
conformação de chapas e tubos. Ainda temos algumas divisões das calandras que acho pertinente você
memorizar, pois tem cheiro de prova cobrar.
Dessa forma, Coruja, temos dois tipos: calandras manuais e calandras mecânicas (dentro do grupo
de calandragem mecânica). As manuais são usadas para chapas finas de até 2,0 mm e as mecânicas para
chapas grossas de 2,5 a 60 mm. As calandras ainda podem ser divididas em relação a forma do material a ser
conformado em de chapas e de perfis. Além disso, as de chapa podem ser divididas em relação a organização
dos rolos em: de 3 rolos (tipo piramidal ou tipo de passo) e de 4 rolos. Veja o esquema a seguir para sua
melhor compreensão ;)
18
Adaptado de Hasford, W. F.; Caddel, R.B. Metal Forming: Mechanics and Metallurgy. 3ª Edição. 2007.
23
manual (chapas
Manual
finas)
Tipos de mecânica
calandragem (chapas grossas) de 3 rolos
(piramidal e de
Tipos de passo)
Mecânica de chapas
calandras
de 4 rolos
de perfis
Sobre esse processo, acredito ser mais do que suficiente para sua prova, Coruja! Incidência de
cobrança é bem baixa! "Bora" para próxima?
Força, Estrategista! Falta mais um pouco! Vejamos os processos de usinagem, processos que
implicam na remoção de material a ser trabalho.
24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estrategista, chegamos ao término de mais uma aula! Agora, é fazer os exercícios e seu ciclo de
revisão - principal pilar para ser aprovado em qualquer concurso! Lembre-se: “meta bala” nas questões no
dia seguinte! Assim, você fará o primeiro mapeamento e o primeiro ciclo de revisão – a de “24 horas”.
Aproveito para deixar, novamente, minhas redes sociais! Possuo uma conta no Instagram® na qual
compartilho questões comentadas, dicas de estudos e esquemas sobre diferentes assuntos e temas de
Engenharia Mecânica, de tempos em tempos.
Além disso, possuo também um canal no Telegram®! Por meio desse canal, eu compartilho outros
tipos de informações pertinentes para você como questões do tipo CEBRASPE (certo ou errado) inéditas
sobre Engenharia Mecânica.
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25
QUESTÕES COMENTADAS
CEBRASPE
Julgue os itens seguintes, relativos aos processos de fabricação de produtos e peças metálicas.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão bem específica que nos cobra o conhecimento sobre o tal Ensaio do Anel (ui!). Estrategista, esse
ensaio realmente existe e é utilizado em processos de conformação a fim de se avaliar, entre outras
propriedades, o coeficiente de atrito com base na conformação de anéis com dimensões padronizadas.
Assim, conforme se aplica uma força na amostra de metal, em um processo de conformação a quente,
contra a matriz, forças de atrito surgem e tendem a impedir movimento entre as superfícies de contato.
Assim, a partir das forças de conformação aplicada, é possível determinar a força de atrito. Esse ensaio
tem relevância, inclusive, para se determinar a vida útil da ferramenta (no caso, a matriz) conforme seu
desgaste no processo tende a ser maior com a maior força de atrito existente.
Gabarito: correto.
A respeito dos processos de fabricação de materiais metálicos, julgue o item que segue.
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O tixoforjamento, ou forjamento semissólido, é um processo que permite fabricar peças com dimensões
próximas à do produto final com um só golpe e que, por proporcionar ao material redução das tensões
residuais e diminuição de trincas, é mais vantajoso que o processo de forjamento tradicional.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Essa é uma questão "copia e cola" da técnica e sua definição. Bora relembrar? Conforme vimos, o
tixoforjamento (também conhecido como forjamento semissólido) consiste em um processo que visa a
diminuição de custo, conforme se tenta chegar na forma final da peça com o acabamento mais próximo
possível do ideal de projeto. Para isso, a intenção é produzir a peça final com um só golpe que emprega
pequenas forças no material ainda semissólido, diminuindo a geração de tensões residuais finais e trincas
(além de defeitos como porosidades e aprisionamento de ar), o que constitui vantagem em relação ao
projeto tradicional. Todavia, também há desvantagens do processo. Vamos rever as vantagens e
desvantagens a luz da literatura específica:
Vantagens Desvantagens
Restrito apenas a ligas de alumínio, ferro e certas
Tempo de processo pequeno
ligas de cobre
Atende peças com geometria complexas Janela de aplicação estreita
Redução de defeitos (trincas a quente e baixo Custo elevado de tecnologia para manutenção e
choque térmico durante o resfriamento) para manter a temperatura de operação
Menos porosidades e segregação de impurezas
(o estado semissólido melhora a difusão e Alta solicitação térmica da ferramenta
solubilidade)
Menor desgaste das ferramentas (certas ligas
Dificuldade de controle da velocidade de agitação
de alumínio, por exemplo, são processadas até
para homogeneizar o metal no processo.
100 oC abaixo da temperatura de fusa da liga).
Gabarito: correto.
A respeito dos processos de fabricação de materiais metálicos, julgue o item que segue.
No processo de extrusão inversa, é empregada uma haste oca, que empurra a matriz contra o metal que
será extrudado e sairá da matriz em sentido contrário ao movimento da haste. Nesse processo, as forças
de atrito são consideravelmente maiores do que no processo de extrusão direta.
( ) Certo ( ) Errado.
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Comentário:
Opa! Questão tranquila que nos cobra o processo de extrusão inversa que ocorre dá vida a peça por meio
de esforços de compressão indireta sobre o material. Dessa forma, como vimos, a extrusão indireta
(também chamada de extrusão a ré ou reversa), o material passa pela matriz da mesma forma como na
direta, porém a matriz faz parte do êmbolo, fazendo, assim, com que o material escoe em direção
contrária ao movimento do êmbolo. Todavia, a questão erra ao final em afirmar que as forças de atrito
são consideravelmente maiores doque no processo de extrusão direta, pois é justamente o contrário. Por
conta o material ser extrudado pela haste oca, o movimento relativo entre tarugo (peça a ser extrudada)
e o container da matriz é praticamente nulo, diminuindo as forças de atrito.
Gabarito: errada.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Perfeita definição do processo de trefilação. Oras, vimos que ele é gerado pela compressão indireta
da matriz (fieira) sobre o material, devido a força externa de tração que puxa o material pelo orifício.
Gabarito: correto.
Cunhagem é a operação de prensagem, geralmente realizada a frio, em que todas as superfícies da peça
são restringidas ou limitadas pela utilização de matrizes, de modo que o perfil e a impressão da matriz se
reproduzem perfeitamente.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
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Perfeita assertiva, Coruja! Conforme vimos em aula, essa é a definição retirada da lavra de Chiaverini.
Além disso, na cunhagem, há uma primeira etapa que consiste em aplicar um forjamento e uma extrusão
preliminar, visto que apenas uma pequena redistribuição do metal durante o processo pode ser obtida,
de acordo com o renomado autor. (Atente-se para eventual pegadinha nessa parte!).
Lembre-se que esse processo é muito utilizado para a fabricação de moedas, medalhas e utensílios
domésticos, como talheres.
Gabarito: correto.
No processo de conformação por dobramento de uma chapa metálica, o ângulo de dobramento tem de
ser maior na operação de conformação que o determinado para a peça conformada, em virtude da
recuperação da deformação elástica, que aumenta quando o limite de escoamento do material diminui.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! A questão começa muito bem e define, de maneira correta, a relação do ângulo de dobramento no
processo de conformação em relação ao ângulo que é determinado para a peça final conformada. De fato,
esse ângulo tem que ser maior, pois o material sofre uma recuperação da deformação no regime elástico
depois do processo finalizar. Essa recuperação é tão maior quanto maior for o limite de escoamento do
material (aí o erro da questão).
Gabarito: errado.
O laminador planetário Sendzimir, constituído de cilindros apoiados uns nos outros, foi desenvolvido
para reduzir a quente, ou a frio, uma placa, ou uma chapa em bobina, em uma única passagem.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Olha aí! Mais uma questão retirada da literatura específica! Conforme vimos, temos vários tipos de
laminadores para o processo de Laminação. Um deles, é o denominado Sendzimir que consiste em um
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laminador planetário, constituído por vários cilindros apoiados uns aos outros. Ele pode, em uma única
passagem reduzir a espessura das chapas tanto a quente, quanto a frio.
Gabarito: correto.
Os ensaios de embutimento Erichsen e Olsen são os mais usados para avaliar a capacidade de
estampagem de chapas. Acerca desses ensaios, julgue o item subseqüente.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Como diria Tim Maia: "de jeito maneira!". Errado, Coruja! Vimos que os ensaios Erichsen e Olsen são
ensaios empregados nos processos de estampagem a fim de se medir a estambabilidade (ou
conformabilidade) das chapas utilizadas. Não são elaborados para medir dureza.
Gabarito: errado.
Os ensaios de embutimento Erichsen e Olsen são os mais usados para avaliar a capacidade de
estampagem de chapas. Acerca desses ensaios, julgue o item subseqüente.
Excetuando-se a geometria do punção e do corpo de prova, a principal diferença entre esses ensaios é
que, no de Erichsen, mede-se apenas a altura do copo, enquanto, no de Olsen, mede-se também a carga
de ruptura.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão polêmica, na minha opinião! Apesar de ser algum muito controverso (não consolidado em toda
e qualquer literatura), de fato, o ensaio Olsen é mais indicado para medir a carga de ruptura. Interessante
questão para entender o perfil de CEBRASPE em relação aos dois ensaios. Veja que ela é categórica e
afirma que o Erichsen é apenas para altura do copo. Guardar isso aqui para um recurso (rs).
Gabarito: correto.
Os ensaios de embutimento Erichsen e Olsen são os mais usados para avaliar a capacidade de
estampagem de chapas. Acerca desses ensaios, julgue o item subseqüente.
De acordo com o ensaio Olsen, entre duas chapas que apresentem a mesma medida de copo, será melhor
para se estampar aquela que apresente a mais alta carga de ruptura.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Oras! Evidente que não! Se a carga de ruptura é maior, temos uma realidade de pior conformabilidade do
material da chapa (mais resistente ele é para se deformar). Dessa forma, entre duas chapas de geometrias
iguais, aquela com menor carga de ruptura é mais facilmente deformável.
Gabarito: errada.
O curvamento de tubos por compressão é obtido em uma prensa cuja punção exerce uma força que flete
o tubo contra dois apoios móveis e ajustáveis.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
De fato, Coruja, conforme vimos dentro do processo de conformação por Estampagem, temos a
possibilidade de usar a matriz e o punção para fazer dobramentos e encurvamentos. A operação pode ser
descrita da forma como o enunciado menciona, sendo o tubo fletido contra apoios móveis e ajustáveis.
Também é comum o emprego por meio de calandras.
Gabarito: correto.
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O curvamento de chapas para formar cilindros é feito em uma máquina de três rolos chamada de
calandra.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
manual
Manual
(chapas finas)
mecânica
Tipos de
(chapas
calandragem de 3 rolos
grossas)
(piramidal e
Tipos de de passo)
Mecânica de chapas
calandras
de 4 rolos
de perfis
Gabarito: correto.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa, Coruja! Aí, não, certo? Vimos inúmeras vezes que o processo de conformação termos as chapas
adquirindo a forma final depois de atingido o regime plástico (deformação permanente do material).
Questão "erradassa".
Gabarito: errado.
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Cesgranrio
14. (Cesgranrio / Petrobrás Transportes S.A. - Técnico de Manutenção Júnior - Mecânica – 2018)
O tipo especializado de fabricação que usa uma alta pressão hidráulica para pressionar
materiais em temperatura em um molde, obtendo peças que apresentam formas complexas e
com concavidade, é o processo de
a) cunhagem
b) estampagem a frio
c) forjamento
d) hidroformagem
e) trefilação.
Comentário:
Gabarito: “d”.
Uma peça a ser laminada possuirá uma velocidade maior do que a dos cilindros de laminação no seguinte
momento:
Comentário:
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Coruja, conforme vimos em aula, temos um ponto denominado de Ponto Neutro (ou ponto N,
conforme a literatura), no qual temos alguns detalhes quanto a velocidade e pressão no processo de
fabricação de conformação de Laminação.
Como sabemos, nesse processão de conformação, os cilindros exercerão uma compressão direta na
chapa a fim de diminuir sua espessura. A velocidade periférica dos cilindros é constante e, por conta
disso, tem uma região de contato efetivo para a conformação denominada de arco de contato. Nessa
região, temos um ponto específico, no qual a pressão será máxima, a partir do qual ela passa a diminuir.
Processo inverso ocorre com a velocidade, pois até o ponto neutro a velocidade periférica do cilindro é
menor que a da peça. A partir do ponto neutro a velocidade da peça passa a ser maior que a periférica
do cilindro.
Gabarito: “d”.
Comentário:
De acordo com o que estudamos, Coruja, a literatura específica cita algumas recomendações para
que o projeto dos cilindros seja eficiente. Dentre elas, podemos citar, na lavara da doutrina:
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Gabarito: “c”.
a) Laminação
b) Forjamento
c) Trefilação
d) Extrusão
e) Sinterização
Comentário:
Gabarito: “b”.
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Comentário:
Gabarito: “a”.
Comentário:
Outra questão muito "tranquila", Coruja! Perceba que temos três figuraras nas quais alguns processos
são desenvolvidos e o enunciado nos pede para identificar, para cada um, quais os esforços que
predomina. Vejamos:
II: o segundo processo vimos em aula e constitui o denominado Calandragem Mecânica. Nesse
processo de fabricação de conformação, temos o objetivo de realizar um curvamento do material. É
por meio desse processo que são obtidas peças com raios de curvamento específicos como: cilindros,
cones, troncos de cones, entre outras peças com perfil de revolução. O principal esforço aplicado na
calandragem é o de flexão.
III: o terceiro processo, não é bem um processo, mas um corpo de prova de um ensaio de tração
(tema de outra aula) no qual o esforço é o de tração.
Gabarito: “a”.
A operação de forjamento livre, que visa a produzir a soldagem de duas superfícies metálicas, postas em
contato e submetidas à compressão, utilizada na produção de elos de correntes de aço, é conhecida como
a) caldeamento.
b) cunhagem.
c) encalcamento.
d) estiramento.
e) recalque.
Comentário:
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processo se chama caldeamento e é muito empregado na produção de correntes (soldagem dos seus
elos).
Por usa vez, o recalque (também chamado de forjamento por compressão), consiste na compressão
direta do material (normalmente, uma peça cilíndrica) com objetivo de reduzir seu comprimento
(altura) e aumentar seu diâmetro (seção transversal).
Gabarito: “a”.
O tipo de esforço solicitado de uma chapa quando submetida entre o punção e a matriz de um processo
de estampagem é:
a) tração
b) flexão
c) torção
d) compressão
e) cisalhamento
Comentário:
Questão ordinária, hein, Coruja? Questão que nos cobra o conhecimento sobre o processo de
fabricação de conformação denominado Estampagem! Quando estudamos esse processo, vimos que
o esforço solicitado de uma chapa submetida entre o punção e a matriz é o cisalhamento (quando a
chapa irá se romper e ocorrer o corte).
Você pode ter pensado no esforço de compressão, certo? Mas, na realidade, a compressão é o
esforço que o punção e a matriz exercem na chapa. Todavia, essa tensão gera esforços de
cisalhamento no material da chapa nas regiões que ocorrerão o corte. Ao meu ver, o enunciado foi
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infeliz, pois não deixou tão claro que erra sobre essa parte do processo que ele se referia, já que dizer
"o tipo de esforço solicitado de um chapa..." é um tanto quanto dúbio.
Gabarito: “e”.
Instituto AOCP
As operações de conformação mecânica são processos de trabalho dentro da fase plástica do metal.
Relacione a representação esquemática dos processos com sua respectiva denominação e assinale a
alternativa com a sequência correta.
Denominação:
1. Estampagem.
2. Laminação.
3. Extrusão.
4. Trefilação.
5. Forjamento.
Comentário:
Tranquilidade, hein, Coruja! Questão que nos cobra a característica de cada processo de conformação.
Vejamos:
Processo A: perceba que o material é puxado pela matriz (fieira) por uma tensão de tração. Temos a
Trefilação (4);
Processo B: fácil! Temos dois cilindros (rolos) exercendo a diminuição de espessura de uma chapa que
atravessa entre eles. Temos a Laminação (2);
Processo C: opa! Veja que temos o material sendo "empurrado" contra a matriz. Logo, temos a Extrusão
(mais especificamente, a Extrusão Direta);
Processo D: fácil! Perceba que temos um tipo de Forjamento que utiliza a prensa em vez do martelo de
forjar a fim de atingir a conformação do material;
Processo F: oras, temos a Estampagem, por conta do punção conformando a chapa contra a matriz,
provavelmente fazendo alguma caixa ou copo (objetos côncavos);
Gabarito: “a”.
O torneamento, o fresamento e a furação são processos de conformação mecânica por usinagem por
gerarem cavacos e serem aplicados aos metais. O processo de conformação mecânica denominado
conformação plástica acontece quando.
Comentário:
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Apesar de eu não gostar muito do enunciado (a doutrina dominante deixa bem claro a classificação de
processos de usinagem separados dos processos de conformação), podemos assumir que teremos, pela
lógica, uma "conformação" do material para ficar igual ao projeto teórico desenvolvido. Mas, vamos ao
que interessa. Coruja, evidentemente, a conformação plástica que ocorre em todos os processos de
conformação (Extrusão, Trefilação, Forjamento, etc) tem origem nas tensões impostas pelas forças
atuantes externas e a resistência das matrizes.
Por conta de as tensões passarem o limite de escoamento do material, adentram o campo plástico dele
e, assim, ele assumi a configuração da matriz. Todavia, você tem que ter em mente que essas tensões
devem ficar abaixo do limite de ruptura do material (imagine que na Trefilação a tensão de tração seja
enorme que além de fazer o fio, arrebenta ele na saída da matriz-fieira?). Por conta disso, o limite de
ruptura tem que ser respeitado. Assim, a letra "a", é o gabarito. As demais, são absurdas.
Gabarito: “a”.
Os principais processos de conformação podem ser classificados num pequeno número de categorias,
com base em critérios tais como: o tipo de esforço que provoca a deformação do material, a variação
relativa da espessura da peça, o regime da operação de conformação, o propósito da deformação.
Basicamente, os processos de conformação mecânica podem ser classificados em.
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Comentário:
Cansativa, né? Questão fácil, mas que dá um trabalho ficar procurando o erro... Vamos lá.
Letra "b": errada! O Forjamento não é o processo no qual a peça é "empurrada" contra a matriz e, sim, a
Extrusão;
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Letra "c": errada, também! Laminação está equivoca, pois não há forças de tração que "puxam" o
material pela matriz conformadora. Essa descrição é do processo de Trefilação (os Estiramento). Aliás, a
Trefilação está com a descrição da Laminação;
Letra "e": errada! O Forjamento está com a descrição da Laminação e esta com a descrição da Trefilação
que, por sua vez, está com a descrição do Forjamento (ou seja, uma zona, rs).
Gabarito: “a”.
No processo de laminação de chapas, há duas possibilidades para a realização dos diversos passes
consecutivos: na primeira, o bloco passa por eles na mesma direção; na segunda, passa em direções
diferentes. Sendo assim, explique as principais diferenças entre as propriedades de chapas resultantes de
ambos os processos.
Comentário:
Uma bobina de aço foi recebida numa indústria onde são feitas peças estampadas. Dessa bobina são
retirados corpos de prova para a caracterização do material recebido. Explique como é possível determinar
o módulo de Elasticidade, a tensão limite de resistência ao escoamento, a tenacidade e a tensão limite de
ruptura.
Comentário:
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Mais uma questão muito fácil, Estrategista! Oras, perceba que a resposta é justamente o ensaio de tração.
Corpos de prova foram retirados desse material e serão colocados em testes para obtenção das
propriedades listadas. Maravilha? Sugestão de resposta na hora da prova:
Todas as propriedades citadas podem ser determinadas a partir de um ensaio de tração. Dessa forma,
com a curva tensão x deformação desse material obtida, é possível conhecer os valores do módulo de
Elasticidade (também chamado de módulo de Young e que mede a rigidez do material e tem relação com
as forças de ligação entre os átomos, sendo determinado pela inclinação da reta OA do regime elástico
do material), a tensão limite de resistência ao escoamento, a tenacidade (área abaixo da curva total do
gráfico) e a tensão limite de ruptura, podem ser determinados na curva tensão x deformação simplificada
e possível para essa situação a seguir:
a) Torno e Fresa.
b) Martelo de forja e Prensa.
c) Máquinas por CNC (Comando Numérico por Computador) e plaina limadora.
d) Máquina de serra e de corte.
e) Retificadora e plaina de mesa.
Comentário:
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Mais uma questão bem fácil! Quando falamos do processo de forjamento (tipo de processo de
conformação), vimos que ele pode ser feito tanto no formato de impacto quanto no formato por
pressão gradativa! No primeiro caso, é utilizado o Martelo de Forjar e, no segundo, Prensa de Forjar!
Em ambos, serão eles os responsáveis pela força que irá deformar permanentemente a peça de trabalho!
Gabarito: “b”.
De acordo com os processos de fabricação, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo, e
assinale a opção que apresenta a sequência correta.
Comentário:
Questão "molezinha", hein, Coruja? Oras, conforme vimos em aula, o forjamento é um processo de
conformação que de fato pode ser feito tanto pela utilização do martelo de forjar (martelamento)
quanto por uma prensa (prensagem).
Gabarito: “d”.
a) As operações de conformação são aquelas em que a forma de uma peça metálica é alterada por
deformação elástica.
b) O trabalho a frio permite o emprego de menor esforço mecânico que o trabalho a quente para
uma mesma deformação.
c) O trabalho a frio produz um pior acabamento superficial se comparado com o trabalho a quente.
d) No trabalho a frio, ocorre o encruamento do aço.
e) O trabalho a quente permite a obtenção de dimensões dentro de estreitas tolerâncias.
Comentário:
Questão interessante, Coruja, pois nos cobra diferentes pontos da matéria, envolvendo, inclusive,
conceitos lá da nossa aula de Ciência dos Materiais (também chamada por algumas bancas como
Tecnologia dos Materiais). Vejamos cada alternativa:
Letra "a": Ixi! "erradassa", não é, mesmo, Coruja? Vimos que nos processos de fabricação por
conformação temos a forma final atingida da peça por deformação plástica (permanente)!
Letra "b": justamente o contrário, Estrategista! No trabalho a frio, por conta da menor temperatura que
peça se encontra durante o processo, temos um maior emprego de tensão (gerada pelo esforço
mecânico), pois toda a microestrutura do retículo cristalino está compactada, mais rígida e sem vibração
térmica (como no trabalho a quente), permitindo menores movimentos entre os planos cristalográficos
e suas células unitárias. Dessa forma, o trabalho a frio acontece junto com o encruamento do material
gerado pela interação das discordâncias e contornos de grãos, por exemplo, prejudicando o movimento
entre eles no retículo cristalino.
Letra "c": pelo contrário, Coruja! Conforme vimos na aula, o trabalho a frio gera melhores acabamentos
superficiais da peça em relação ao trabalho a quente. Isso ocorre, pois a temperatura do trabalho a
quente próxima da temperatura de recristalização tende a formar óxidos com a atmosfera local,
prejudicando o acabamento superficial da peça!
Letra "d": perfeito! Como vimos na letra "b", realmente, o encruamento se faz presente no trabalho a
frio, ao passo que, no trabalho a quente ele é severamente amenizado pela recristalização e formação
de novos grãos ao passo que a peça é deformada.
Letra "e": errado, Coruja! Conforme se aumenta a temperatura, temos os fenômenos de expansão e
contração térmicas posteriormente, exigindo que as tolerâncias sejam relativamente maiores que as
dimensões da peça final produzida.
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Gabarito: “d”.
Coloque F (falso) ou V (verdadeiro) nas afirmativas abaixo em relação aos processos de fabricação,
assinalando a seguir a opção correta:
Comentário:
Olha aí, Coruja! Como eu falei para você, as comparações entre o trabalho a frio e o trabalho a quente
são cobrados na sua prova, demasiadamente! Por isso, é importante você conhecer as diferenças entre
esses dois subtipos de processos nos quais os processos de conformação podem ser executados.
Veja que, conforme vimos, normalmente, o trabalho a quente gera um acabamento superficial da peça
final pior que o trabalho a frio, por conta da formação de óxidos (temos O2 na atmosfera que vai reagir
com a superfície da liga metálica, como no aço). Assim, é falsa a primeira assertiva, pois no trabalho a
frio, por conta das temperaturas mais baixas (de 0 a 0,3TF - Temperatura de Fusão da liga), a formação
de óxidos é extremamente minimizada.
A segunda assertiva está correta. De fato, por conta da temperatura elevada, os fenômenos de expansão
e contração térmica posterior se fazem presentes. Dessa forma, há um comprometimento de tolerância,
pois exige-se maiores tolerâncias para as dimensões das peças finais (que sofrerá um processo de
contração assim que ela se resfriar, além do fato que peças maiores, podem sofrer resfriamento desiguais
em suas regiões).
A terceira está correta, pois, como vimos uma consequência do trabalho a frio é o aumento da dureza e
a queda da ductilidade. Isso ocorre pelo fenômeno do encruamento que irá gerar maiores tensões
internas no retículo cristalino do material entre as discordâncias e contorno de grãos, tornando a
microestrutura mais rígida e menos maleável.
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Gabarito: “a”.
a) A recalcagem deforma uma barra cilíndrica para transformá-la em uma determinada peça.
b) A prensagem produz deformação principalmente nas camadas superficiais dos metais.
c) O martelamento atinge as camadas mais profundas dos metais.
d) A deformação resultante do martelamento é mais regular do que a produzida pela prensagem.
e) O forjamento é um processo de deformação a frio.
Comentário:
Questão bem direta, Coruja, que nos cobra algumas características principais do processo de Forjamento
e suas variações. Vejamos cada alternativa:
Letra "a": exatamente, Estrategista! Eis nosso gabarito! De fato, conforme vimos, o subprocesso
denominado de Recalcagem consiste em um Forjamento utilizado para transformar barras cilíndricas
pequenas em uma determinada peça (como parafusos, por exemplo) pela compressão axial exercida no
material. Alternativa correta;
Letra "b": errado, Coruja! A prensagem é um subtipo de Forjamento que utiliza uma Prensa para executar
a conformação do material. A deformação produzida, como vimos, é na peça inteira, assumindo o formato
da matriz, com ou sem rebarba de formação. Alternativa errada;
Letra "c": errada, também. É justamente o contrário da alternativa anterior! No Martelamento (subtipo
de forjamento que utiliza o Martelo de Forjar ao invés da Prensa) temos a as camadas mais superficiais
atingidas em relação a prensa;
Letra "d": outra alternativa equivoca, já que, justamente por termos um matriz que irá fazer com que o
material constitua o seu formato final é que a Prensa (Prensagem) atingirá uma deformação mais regular
em comparação com a operação de Martelamento;
Letra "e": depende! Conforme vimos, podemos ter o Forjamento a frio ou a quente. A questão erra ao
classificar como se o forjamento fosse um processo feito somente a frio (quando, na verdade, a maioria
dos processos são feitos a quente, inclusive).
Gabarito: “a”.
FGV
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Assinale a opção que indica um processo mecânico para fabricação de uma peça por conformação.
a) Laminação.
b) Fresagem.
c) Torneamento.
d) Corte.
e) Aplainamento.
Comentário:
==2afc69==
Questão tranquila, Coruja! Dentro todos os processos listados, o único que constitui um processo
exclusivamente de conformação (sem remoção de material) é a laminação.
Gabarito: “a”.
Relacione os produtos metálicos listados a seguir, aos seus respectivos processos de fabricação
1. Chapas metálicas.
( ) trefilação.
( ) laminação.
( ) extrusão.
a) 1, 2 e 3.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 1 e 3.
d) 2, 3 e 1.
e) 3, 2 e 1.
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Comentário:
Tranquilidade, Coruja! Mais fácil que passar "manteiga na boca do bode" como diria um grande colega
aqui do Estratégia! rs. Chapas metálicas são produzidas por laminação, Coruja, processo de conformação!
Fios elétricos são obtidos pelos processos de trefilação! Lembre-se que na trefilação temos a obtenção
de fios! E tubos podem ser produzidos por extrusão, processo este também de conformação. Assim, a
sequência de 2,1 e 3.
Gabarito: “c”.
FEPESE
Os processos de conformação podem ser divididos em dois grupos: processos mecânicos e processos
metalúrgicos. Sobre os processos de conformação, é correto afirmar:
a) tanto o processo mecânico como o metalúrgico são aqueles nos quais as modificações ocorrem
por introdução de temperatura e tensões plásticas externas para mudança de forma e flexão.
b) os processos mecânicos são aqueles nos quais as modificações de forma são provocadas pela
aplicação de tensões externas, e às vezes em altas temperaturas, mas sem a liquefação do metal.
c) os processos mecânicos são aqueles nos quais as modificações de forma são provocadas pela
aplicação de tensões externas e com liquefação do metal.
d) Os processos metalúrgicos são aqueles nos quais as modificações de forma são provocadas pela
aplicação de tensões externas, e às vezes em altas temperaturas, mas sem a liquefação do metal.
e) processos metalúrgicos são aqueles nos quais as modificações de forma podem estar relacionadas
também às tensões externas, e às vezes em altas temperaturas, mas sem liquefação do metal.
Comentário:
Mais uma questão fácil. Oras, é claro que nos processos mecânicos (como os processos de conformação
que vimos - Extrusão, Trefilamento, Laminação, etc) temos as modificações da forma do material por
contam de tensões externas aplicadas que deformam o material plasticamente. Por outro lado, os
processos metalúrgicos são aqueles processos que podem ocorrer a liquefação do material, ocorrendo
mudanças na microestrutura do metal ou liga metálica (um exemplo, é o próprio processo de fundição).
Nesse sentido, temos como correta a letra "b", já que os processos mecânicos podem ser feitos com alta
temperatura (trabalho a quente), mas sem liquefação do metal (sem mudança de fase para a fase líquida).
A letra "a" está errada, porque a introdução de temperatura pode ou não ocorrer nos mecânicos. A letra
50
"c" está errada, porque processos mecânicos não implicam em ter liquefação do metal. A letra "d" está
errada, pois nos processos metalúrgicos podem ocorrer liquefação do metal (como na fundição). Por fim,
a letra "e" também está errada, pelo mesmo motivo que a letra "d".
Gabarito: “b”.
QUADRIX
Acerca da peça mostrada acima, produzida, em uma prensa, a partir de uma única peça em chapa de
aço plana, julgue o item a seguir.
O principal processo envolvido na produção dessa peça, a partir da chapa metálica, é a calandragem:
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Olha, Coruja, essa peça pode ser feita por um ou mais processos (eu diria, mais do que um). Mas,
definitivamente, não é a Calandragem. Na Calandragem temos o objetivo de realizar um curvamento do
material. É por meio desse processo que são obtidas peças com raios de curvamento específicos como:
cilindros, cones, troncos de cones, entre outras peças com perfil de revolução. O principal esforço aplicado
na calandragem é o de flexão.
Essa peça está muito complexa para ser feita somente por meio de calandras. Provável que tenha sido
utilizada alguma matriz específica no processo de Extrusão, com outros processos de usinagem
posteriores.
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Gabarito: errado.
EAOEAR
A figura ilustra 3 dos principais processo de conformação mecânica, em que as setas indicam a aplicação
das forças envolvidas no processo e suas reações.
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Oras, temos 3 imagens que nos traz 3 diferentes processos de conformação.
Para responder essa questão, basta identificarmos as setas que indicam os esforçam e os detalhes de cada
matriz. Veja que em I, temos a compressão por dois cilindros (laminadores), diminuindo a espessura da
chapa. Assim, temos o processo de laminação. Em II, temos a compressão da fieira (matriz do processo
de trefilação ou trefilamento) pela tração exercida sob o fio na extremidade oposta. Em III, temos a
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extrusão (no caso, direta), no qual o êmbolo empurra o material contra a matriz que exerce os esforços
de compressão.
Gabarito: "b".
Considere a seguinte definição, dada por Chiaverini (1986, p.114): “é o processo de estampagem em que
as chapas metálicas são conformadas na forma de copo, ou seja, um objeto oco. As aplicações mais
comuns correspondem a cápsulas, carrocerias e pára-lamas de automóveis, estojos, tubos, etc.”
A respeito da definição acima, é correto afirmar que se refere ao processo de fabricação denominado
a) brasagem.
b) laminação.
c) fresamento.
d) embutimento.
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Vimos que o tipo de processo de estampagem utilizado para produzir objetos
ocos, como na forma de copo, cápsulas, carrocerias, tubos, estojos e até para-lamas de automóveis é o
embutimento.
Gabarito: "d".
PORQUE
Metais que possuem baixa resistência ao escoamento, como ligas não ferrosas (Al, Mg, Cu), podem
passar pelo processo de extrusão em baixas temperaturas.
Comentário:
Coruja, as duas assertivas estão corretas. Todavia, a relação entre a segunda assertiva e a primeira não
existe. De fato, as ligas não ferrosas citadas (como alumínio, magnésio e cobre) possuem limites de
escoamento mais baixos e, normalmente, são mais dúcteis, também. Todavia, essas características não
possuem qualquer justificativa para a primeira assertiva que nada mais faz do que caracterizar o processo
de extrusão com influência da temperatura quando aplicada e mais elevada para o processo.
Gabarito: "c".
a) duplo duo.
b) universal.
c) duo reversível.
d) duo com retomo por cima.
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Questão que nos cobra algumas denominações de laminadores para execução
do processo de laminação. Oras, perceba que pela descrição de dois conjuntos duos e sentidos opostos,
como um laminador do tipo duo. Além disso, o enunciado limita que o sentido de movimento é oposto
(ou seja, não é reversível). Dessa forma, o enunciado caracteriza a cadeira de laminador duplo duo.
Gabarito: "a".
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A máquina de trefilar _____________ contém um sistema de tração do fio, para conduzi-lo através do
furo da fieira, constituído de um anel tirante que primeiro acumula o fio trefilado para depois permitir o
seu movimento em direção a uma segunda fieira. Já para a trefilação de fios metálicos de pequenos
diâmetros, as máquinas ___________________ são as mais utilizadas.
a) lateral / tangenciais
b) lateral / sem deslizamento
c) com deslizamento / tangenciais
d) sem deslizamento / com deslizamento.
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Ela cobra os conhecimentos específicos dos dois tipos de máquina de trefilar
existentes e comumente usados: com deslizamento e sem deslizamento. Na lavra doutrina específica19
(de onde provém, inclusive a questão), temos as seguintes características que julgo importante você
conhecer (memorize, principalmente, as palavras-chave destacadas):
• Máquina de trefilar sem deslizamento: contém um sistema de tração do fio, a fim de conduzi-lo
por meio do furo da fieira, constituído por um anel tirante que, em um primeiro momento,
acumula o fio trefilado e depois permite seu movimento em direção de uma segunda fieira. Essa
lógica se mantém para múltiplos e contínuos sistemas de trefilação com diversas fieiras na
mesma máquina;
• Máquinas de trefilar com deslizamento: são indicadas para a trefilação de fios metálicos de
pequenos diâmetros. Nessas máquinas, os fios partem de uma bobina e passam por uma roldana
até a primeira fieira. Depois, na saída, temos um anel tirante no qual o fio dá certo número de
voltas alinhando o fio com a primeira fieira e no fim da hélice formada com a segunda fieira.
Gabarito: "d".
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Adaptado de BRESCIANI, E. F.; ZAVAGLIA, C. A. C.; BUTTON, S. T.; GOMES, E.; NERY, F. A. C. Conformação Plástica dos Metais. Editora da Unicamp, 6a edição. Campinas, 2011.
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