Você está na página 1de 39

Aula 20 - Prof Felipe

Canella
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 -
Mecânica) Conhecimentos Específicos
(Pós-Edital)

Autor:
Felipe Canella, Juliano de
Pelegrin, Edimar Natali Monteiro

29 de Janeiro de 2024

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Sumário

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – USINAGEM ..................................................................................................... 2

Usinagem ............................................................................................................................................................ 3

2.1. Fresamento ..................................................................................................................................... 3

2.2. Torneamento ................................................................................................................................. 6

2.3. Furação ............................................................................................................................................ 7

2.4. Aplainamento ............................................................................................................................... 8

2.5. Brochamento ................................................................................................................................ 9

2.6. Serramento .................................................................................................................................. 10

2.7. Mandrilamento ........................................................................................................................... 12

2.8. Retificação .................................................................................................................................... 13

2.9. Brunimento.................................................................................................................................. 14

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 15

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – USINAGEM

Fala, Estrategista! Tudo bem com você? É com um enorme prazer que estou aqui novamente com
você, contribuindo com sua preparação! Na aula de hoje, falaremos sobre alguns processos de fabricação.

Nessa aula simplificada, teremos apenas os pontos que costumam cair de forma mais resumida.
Como eu sempre digo, se você tiver tempo, utilize sempre a versão completa!

Pois bem. Sem mais delongas. Vamos ao que interessa! Antes, não deixe de me seguir nas minhas
redes sociais para ter acesso a dicas e questões comentadas em vídeos sobre diferentes temas da
Engenharia Mecânica!

profcanelas t.me/profcanelas

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

USINAGEM

Dentre os processo de fabricação, a usinagem comporta um conjunto de operações mais versátil que
existe. Pela usinagem são possíveis quase todos os formatos com alta precisão.

Começaremos pelo fresamento!

2.1. Fresamento

O fresamento consiste em uma operação pertencente ao processo de usinagem que por meio da
remoção de cavaco é possível construir superfícies planas retilíneas e com uma determinada forma de
precisão dimensional. A ferramenta pela qual se realiza a operação de fresamento se chama fresa. “Mas,
professor, o que é o cavaco?”

Cavaco nada mais é do que o material que foi removido da peça de trabalho que está sofrendo a
usinagem (seja no fresamento, seja em qualquer outra operação de usinagem). Ele pode ser contínuo ou
fragmentado e, em algumas operações, ele acaba ganhando o formato da ferramenta de corte. Por exemplo,
o cavaco formado no processo furação é todo espiralizado, por conta da geometria da ferramenta (broca).

Veja a figura a seguir que apresenta uma operação de fresamento do tipo periférico ou cilíndrico
tangencial. Nesse tipo de fresamento, o eixo da máquina fresadora horizontal gira provendo à fresa
movimento de rotação que irá usinar a peça presa ao suporte, conforme o movimento de avanço é
estabelecido.

1 Adaptado de Wikimedia Commoons, 2019. Acesso em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3b/Fresa_bic%C3%B2nica.JPG, 2019.


3

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Avanço, Estrategista, nada mais é que a distância percorrida pela ferramenta em uma determinada
configuração pré-estabelecida de trabalho, seja de revolução, seja de outro tipo de movimento a depender
da operação. É o quanto a ferramenta “avança”, percorrendo a peça de trabalho.

Nesse sentido, cabe eu explicar os tipos de movimentos relacionados aos processos de usinagem e
que são muito importantes. Todos esses movimentos possuem direção, sentido, velocidade e percursos
associados. De maneira geral, temos 6 tipos de movimentos. Esquematizei, a seguir, e dividi em 2 blocos.
Grave todos eles!

Ativos Passivos

Movimento de Corte Movimento de Posicionamento

Movimento de Avanço Movimento de Profundidade

Movimento Efetivo de Corte Movimento de Ajuste

Ativos:

a) O Movimento de Corte é o movimento ativo relativo que ocorre entre a ferramenta da


máquina e a peça que origina uma única remoção de cavaco durante uma revolução ou
curso, sem o movimento de avanço da ferramenta;

b) O Movimento de Avanço é o movimento ativo que somado ao Movimento de Corte remove


o cavaco da peça continuamente com várias revoluções ou cursos;

c) O Movimento Efetivo de Corte é justamente a união dos Movimentos de Corte e de Avanço,


realizados ao mesmo tempo.
Passivos:

a) O Movimento de Posicionamento é todo é qualquer movimento que a ferramenta faz que


não há remoção de material (cavaco). Ou seja, é todo movimento que posiciona a ferramenta
e a aproxima da peça antes de ocorrer a usinagem;

b) O Movimento de Profundidade é o movimento de vai especificar a quantidade de material


a ser retirada. É esse movimento que vai determinar a camada de material da peça a ser
aprofundada e removida;

c) O Movimento de Ajuste é o movimento realizado pela máquina e determinado pelo operador


que vai compensar o desgaste da ferramenta. Estrategista, toda ferramenta, conforme é
4

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

utilizada, seu material também se desgasta e acaba sendo removido com o uso no tempo.
Dependendo do projeto e das especificações, há necessidade de se considerar essa diferença
de dimensão da ferramenta (principalmente para medidas muito pequenas, milimétricas),
“sacou”? .

Perceba que dentre todos os movimentos, somente o de Posicionamento não remove


material!

No fresamento de topo ou frontal – outro tipo de fresamento - a diferença está na posição do eixo
que passa a incidir sobre a peça de trabalho, perpendicularmente. Veja a figura abaixo. Perceba a fresa de
topo usinando a peça em seu centro.

2
Adaptado de Shutterstock, (2019) em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cnc-milling-machine-rough-cutting-injection-1576345024. Acesso em: 12/12/2019.
5

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Estrategista, normalmente, as fresadoras são utilizadas para usinar superfícies de


geometrias planas. Todavia, há uma grande possibilidade de formas que podem ser
usinadas devido a trajetória e movimentos da máquina, além dos diferentes formatos de
fresa que podem ser acopladas à máquina.

2.2. Torneamento

Quando falamos em torneamento, tem que vir a sua mente que a máquina vai fazer a peça girar em
torno do seu próprio eixo. Dessa forma, conforme a peça a ser usinada rotaciona, a ferramenta de corte
avança, linearmente e na direção paralela e coplanar ao eixo de rotação e, assim, a usinagem da peça
torneada começa a surgir. O equipamento responsável pela rotação da peça se chama torno mecânico e,
por esse tipo de operação de usinagem, é possível elaborar diferentes formatos na peça de trabalho. A figura
a seguir mostra alguns tipos, como:

• em “a”, o faceamento; em “b”, o torneamento cônico; em “c”, o torneamento curvilíneo; em


“d”, perfilhamento radial; em “e”, chanframento; em “f”, sangramento; em “g”,
rosqueamento; em “h”, bronqueamento; em “i”, furação (também pode ser feita em torno,
além da furadeira que comentarei adiante); em “j” o recartilhado.

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Lembre-se, Estrategista, esses são os principais tipos de torneamento e é relevante sabermos as suas
denominações, pois acredito que o examinador pode vir a perguntar, tentando lhe confundir dizendo que
alguns desses tipos fazem parte de outra operação.

2.3. Furação

A operação de furação é bem simples e seu procedimento está no nome: é designada para fazer
furos. A ferramenta, chamada de broca, é cilíndrica e contém duas arestas de corte na sua extremidade útil
(parte que perfura). A máquina utilizada (vamos lá, Prof. Óbvio, rs) é a furadeira.

Os furos que são feitos nessa operação podem ser passantes ou podem ser cegos. Furos passantes
são furos que atravessam a peça de trabalho, ao passo que os furos cegos são os que não atravessam dada
a especificação do projeto. Dentre alguns tipos de operações feitas pelo processo de furação, podemos citar:

• Alargamento (serve para aumentar o diâmetro de um furo pré-existente);

3
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
7

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

• Rosqueamento com macho (serve para usinar uma rosca interna a ser preenchida por um
parafuso posteriormente);
• Rebaixamento (usado para abrir espaço para cabeça do parafuso);
• Rebaixamento cônico (mesmo princípio que o anterior);
• Furação centro (consiste em um guia para o furo que será feito depois, aumentando a
precisão deste);
• Rebaixamento de faces (é muito parecido ao fresamento, e serve para aplainar uma área
específica que não está no nível desejado).
Outro ponto importante é o tipo de broca utilizada nos processos de furação. A depender das
propriedades do material, o metal da broca também precisa ser coerente, caso contrário a ferramenta
sofreria alguma avaria. Os principais tipos de brocas são:

• Broca tipo “H”: utilizada para materiais com alto grau de tenacidade e dureza e, normalmente,
que produzem cavaco curto que se quebra sem estabelecer uma formação contínua. Além disso,
==2afc69==

a geometria e, principalmente, o ângulo da ponta da broca também influencia:


o ângulo em torno de 80o: metais prensados, ebonite, náilon, PVC, mármore e granito;
o ângulo em torno de 118o: ferro fundido duro, latão, bronze, Celeron e baquelite;
o ângulos em torno de 140o: aço de alta liga.

• Broca tipo “N”: normalmente utilizada para metais de tenacidade e dureza médios.
o ângulo em torno de 118o: aço macio, ferro fundido e níquel;
o ângulo em torno de 130o: aço com alta % de carbono.

• Broca tipo “W”: normalmente utilizada para metais macios que, normalmente, produzem
cavacos contínuos.
o ângulo em torno de 130o: alumínio, cobre, plástico e madeira;
2.4. Aplainamento

O aplainamento é uma operação que utiliza uma ferramenta de corte monocortante de movimento
linear (grave isso!). Você pode se confundir com alguma figura na hora da prova, fazendo confusão com o
fresamento. Todavia, lembre-se que no fresamento a ferramenta de corte tem movimento rotacional para
fazer o corte. A ferramenta de aplainamento, não. Por conta disso, diferentemente do torneamento e da
fresadora o corte não é contínuo.

Além disso, seu movimento é translativo, no qual a peça pode se movimentar ao passo que a
ferramenta fica estática, ou vice-versa.

Veja a figura a seguir e repare no formato da ferramenta cortante.

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Lembre-se, para sua prova: ferramenta de corte monocortante e movimento linear =


aplainamento!

2.5. Brochamento

Na operação de usinagem denominada brochamento, utiliza-se uma ferramenta de corte


multicortante que também faz um movimento linear sobre a peça de trabalho. Esse movimento também se
faz na direção do eixo da ferramenta. A máquina responsável pelo trabalho é a brochadeira e a ferramenta
multicortante é a brocha.

A ferramenta chamada brocha é razoavelmente extensa, podendo ser utilizada para usinar partes
internas e externas da peça de trabalho, podendo ser forçada por tração e compressão. Dessa forma,
quando se utiliza o brochamento interno, a usinagem pode ocorrer em um furo prévio para configurações
complexas no formato da brocha. O brochamento externo é usado na superfície da peça de trabalho
também para se atingir determinadas configuração de acordo com o modelo da brocha.

4
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
9

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

A figura ilustra uma brocha de maneira esquemática e simplificada. Nela, pontuei cada parte. Não
precisa decorar todas elas, mas é bom ter uma "noção" para não cair em alguma pegadinha de examinador(a)
"sujo(a)". Nessa brocha, temos as seguintes partes especificadas:

a-) Suporte; / b-) Guia; / c-) Dentes de calibração - comprimento cilíndrico / d-) Dentes de
acabamento - comprimento cônico / e-) Dentes de desbaste - comprimento cônico / f-) Cabo / G-) Área de
absorção de cavaco ou bolsa de cavacos / h-) Tirante de fixação / Dn-) Diâmetro do núcleo.

A brocha contém múltiplos “dentes” de corte e é por conta disso, Estrategista, que ela é
chamada de ferramenta multicortante. Grave isso!

2.6. Serramento

No processo de serramento, não há mistério ou novidade: são operações muito utilizadas na


fabricação de produtos, recebendo também a denominação de operações de corte. Lembre-se que essa
operação de usinagem também pode receber essa denominação.

A serra é a ferramenta utilizada e consiste em uma chapa de metal que sofreu um tratamento para
aumentar sua resistência e durabilidade (assim como as demais ferramentas) com dentes que executarão o
corte. Na maioria dos processos de serramento, a peça de trabalho é mantida estacionária, enquanto a
lâmina da serra se move em relação a ela. Existem três tipos de serramento:

5
Adaptado de Centro Universitário da FEI. Processos de Fabricação Mecânica, 2015.
10

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella


Serramento alternativo: é feito com movimento linear sobre a peça (presa por uma morsa) com
um curso de movimento para frente da lâmina da serra;
• Serramento com serras de fita: é feito com uma serra de fita que consiste em uma lâmina na
posição vertical ou horizontal em relação a peça que se movimenta continuamente durante o
corte;
• Serramento com serras circulares: é feito com uma lâmina rotativa que também executa um
movimento contínuo sobre a peça de trabalho.
A figura a seguir ilustra cada tipo mencionado: em “a”, serra alternativa; em “b”, serra de fita (foto
real) e em “c”, serra circular.

6
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
7 Adaptado de Pixabay (2020) em: https://pixabay.com/pt/photos/a-serra-de-fita-oficina-corte-3573739/. Acesso em: 12/03/2020.
11

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

2.7. Mandrilamento

Na operação de mandrilhamento, temos um processo de usinagem parecido com o torneamento. A


ferramenta é monocortante e, por conta disso, o torneamento interno muitas vezes é chamado de
mandrilamento.

O grande diferencial das máquinas de mandrilamento (as mandriladoras) é a possibilidade de troca


da ferramenta de usinagem e, consequentemente, se obter diferentes operações. Assim, podem ser
acopladas fresas, brocas, alargadores, rebaixadores e machos que podem completar muitas operações
prévias.

Por exemplo, pelo movimento rotacional da ferramenta de corte e pelo movimento radial, é possível
fazer um furo cônico interno a peça de trabalho. Na figura a seguir, temos um desenho esquemático de uma
mandriladora vertical e seus cabeçotes para usinar o exterior a peça (na qual será feito o fresamento externo)
e o cabeçote para usinagem interna da peça. Na ponta de cada cabeçote, temos a ferramenta de corte.

E, na última figura, temos a ilustração de um exemplo de ferramenta de corte utilizada. Perceba que
a peça de metal na ponta é que realiza o corte.

8
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
12

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Na língua inglesa, chama-se mandrilamento de boring, ao passo que, na mesma língua,


também se denomina de boring o torneamento interno.

2.8. Retificação

Por fim, chegamos na operação de retificação. Retificar, Coruja, nada mais é que dar acabamento a
peça (falando de uma maneira simplista). Oras, depois de todas as operações de usinagem que já estudamos,
é claro que a peça de trabalho não estaria produzida sem rebarbas ou sem alguma imperfeição.

Assim, surge a retifica para corrigir as irregularidades superficiais e reduzir a rugosidade superficial
da peça de Trabalho. A retifica do material, Estrategista, consiste em uma operação de usinagem feita pelo
processo de abrasão. Grave isso, hein? Falou em abrasão, falou em retificação ou brunimento (veremos
este adiante).

A ferramenta utilizada na retifica é o rebolo. Essa ferramenta de corte possui superfície abrasiva pela
presença de grãos, que podem ser de óxido de alumínio (Al2O3), de carbeto de silício (SiC), de carbeto de

9
Centro Universitário da FEI. Processos de Fabricação Mecânica, 2015.
13

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

boro (B4C), entre outros. Com a presença de aglomerantes (materiais cerâmicos, de silicato de sódio,
borracha, entre outros) os materiais abrasivos se mantêm unidos. Além disso, os rebolos possuem formato
de disco e são desenvolvidos e balanceados para altas velocidades de rotação. A figura a seguir ilustra um
rebolo e o processo de retificação em uma peça já acabada.

10

2.9. Brunimento

Estrategista, outro processo de pouca incidência em prova, mas que também faz parte do escopo da
retifica é o brunimento. O que você precisa saber sobre ele é que também é um processo de fabricação de
usinagem (óbvio) de acabamento.

Além disso, é importante você compreender que sua principal característica é sua ampla utilização
para furos, principalmente em motores de combustão interna, pela abrasão gerada no contato entre a peça
de trabalho e a ferramenta de brunir.

O brunimento também é muito utilizado em rolamentos cilíndricos hidráulicos e tambores de


revólveres, por exemplo. Outra característica relativamente importante para que você consiga distinguir o
brunimento da retifica mencionada anteriormente é que ele atinge acabamentos superficiais muito
pequenos, na casa de uma retifica de rebolo com grão fino (entre 0,1 a 0,8 micrômetros).

Normalmente, com exceção da retifica com rebolo de grão muito fino, a retifica costuma ser uma
operação que não gera um acabamento tão fino quanto ao brunimento.

10
Adaptado de Shutterstock, 2020.Acesso:<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/internal-grinding-cylindrical-part-abrasive-wheel-1419556076>. Acesso em: 15/02/2020.
14

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Portanto, Coruja, fique atenção: se a questão questionar sobre qual processo de


fabricação o enunciado está descrevendo e mencionar que é muito utilizado para
acabamento em furos internos e rolamentos, analise com cuidado: grande chance de ser
o brunimento!

Estrategista, por hoje é só! Vamos resolver algumas questões para fixarmos o conteúdo? Lembre-se,
sempre: resolva as questões comentadas um dia posterior da teoria. Assim, você já faz sua revisão de 24
horas, dando mais um estímulo para memorização dos detalhes dessa aula!

No mais, grande abraço e foco na sua aprovação! "Estamos juntos", nessa!

QUESTÕES COMENTADAS
Idecan

1. (Idecan/IFPB - Técnico de Laboratório - 2019)

Com relação aos componentes de uma fresa, assinale a alternativa que indica corretamente as letras
correspondentes ao torpedo, ao eixo arvore e à coluna, respectivamente, de acordo com a figura abaixo:

a) A, B, E

15

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

b) C, E, F
c) F, G, J
d) L, M, N
e) H, I, F.

Comentário:

Olha aí, Estrategista, questão retirado de um blog (tecmecanico) no qual cobra de você algumas partes de
uma fresadora universal! Oras, como vimos em aula:

A: torpedo; B: eixo árvore e E: coluna.

Gabarito: "a".

2. (Idecan/IFPB - Técnico de Laboratório - 2019)

Assinale a alternativa que completa a frase com o componente correto referente a um torno mecânico.

O ____________ é a base de um torno, pois é responsável por sustentar a maioria de seus acessórios,
tais como: lunetas, cabeçote fixo, cabeçote móvel, etc.

a) barramento
b) castelo
c) carro superior
d) recâmbio
e) bedame.

Comentário:

Tranquilidade, não é, Estrategista? Vimos as diferentes partes de um torno mecânico universal. Veja que
a questão cita expressamente a função de sustentação dos demais acessórios. Basicamente, ela está se
referindo ao barramento. Lembre-se que ele é responsável pela sustentação de várias peças associadas
ao carro principal e o cabeçote móvel, sendo composto por um trilho que permite o movimento dessas
peças. Lembre-se das partes de um torno:

16

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Gabarito: "a".

3. (Idecan/IFPB - Técnico de Laboratório - 2019)

Em um processo de fresamento que tenha velocidade de corte de 26m/min, com uma bailarina ajustada
em 40 mm de diâmetro, tem-se uma velocidade de rotação da árvore, em RPM, igual a

a) 250/π.
b) 260/π.
c) 650/π.
d) 730/π.
e) 1040/π.

Comentário:

Olha aí, uma questão que nos cobra a relação entre a velocidade de corte (aquela associada aos
movimentos ativos de avanço e de corte) e a rotação da máquina, especificada nesse exercício, como a
rotação da árvore de eixos "n" em rotações por minuto (RPM).

Para resolver a questão, basta utilizarmos a nossa fórmula de cálculo da velocidade de corte (Vc), para o
sistema internacional de unidades:

17

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

𝝅×𝒅×𝒏
𝑽𝒄 = ;
𝟏𝟎𝟎𝟎

Na qual,

• d: diâmetro da peça ou da ferramenta (em mm);

• n: número de rotações por minuto (rpm).

Oras, tranquilidade! Veja que a questão nos forneceu o diâmetro "d" da bailarina (que é a ferramenta
utilizada muito para usinar furos na fresadora). Assim, basta substituirmos para encontrarmos a nossa
resposta. Perceba que já temos a Vc em m/min. Na nossa fórmula acima, já temos a conversão de
milímetros para metros (por isso, dividimos por 1000). Dessa forma, basta substituirmos para
encontrarmos a resposta:

𝝅×𝒅×𝒏 𝝅 × 𝟒𝟎 × 𝒏 𝟏𝟎𝟎𝟎 × 𝟐𝟔 𝟔𝟓𝟎


𝑽𝒄 = = 𝟐𝟔 = =𝒏= = ;
𝟏𝟎𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝝅. 𝟒𝟎 𝝅

Gabarito: "c".

4. (Idecan/ CBM - 2016)

Certas formas de cavaco dificultam a operação de usinagem, prejudicam o acabamento superficial da


peça e desgastam mais ou menos a ferramenta. Segundo a literatura há quatro formas de cavaco; analise-
as.

● Cavaco em fita;

● cavaco helicoidal;

● cavaco espiral; e,

● cavaco em lascas ou pedaços.

A figura apresenta a relação do volume ocupado por cada tipo de cavaco.

18

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Para que haja menor ocupação de espaço no descarte é necessário evitar a formação de cavacos longos.
Assinale, a seguir, duas maneiras de se evitar a formação de cavacos em fita e longos.

a) Utilização de quebra-cavacos e diminuição do avanço (f).


b) Aumento de avanço (f) e diminuição do ângulo de saída (γ).
c) Diminuição de avanço (f) e diminuição da velocidade de corte (Vc).
d) Aumento do ângulo de saída (γ) e aumento da velocidade de corte (Vc).

Comentário:

Questão tranquila, Coruja! Veja que ela nos cobra o conhecimento dos fatores que afetam a formação
dos tipos de cavacos em processos de usinagem. Dessa forma, além do quebra-cavaco, acessório que
pode ser usada para evitar cavacos contínuos, alguns parâmetros de corte podem ser modificados a fim
de evitar esse tipo de cavaco que fazem cavacos na forma de fita e que são longos, normalmente. Lembre-
se do nosso esquema:

Baixa velocidade de corte


Redução do tamanho
do cavaco (contínuos Pequeno ângulo de saída
para descontínuos)
Elevado avanço

Dessa forma, a única alternativa correta é a letra "b" que relaciona os parâmetros de corte corretamente.

19

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Gabarito: "b".

5. (Idecan/ CBM - 2016)

A usinagem de materiais consiste em desbaste mecânico destes, podendo definir forma, dimensão e
acabamento às peças. A operação de usinagem recebe uma nomenclatura de acordo com o processo
utilizado, a finalidade da operação, a ferramenta de corte, a trajetória empregada e o sentido de rotação
da peça ou da ferramenta.

Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta do procedimento ilustrado anteriormente.

a) Faceamento.
b) Perfilamento axial.
c) Sangramento axial.
d) Sangramento radial.

Comentário:

Essa questão foi anulada, Coruja, porque não há resposta correta! Veja que as questão também erram!
rs. O perfil de operação ilustrado pela figura consiste em uma das diversas operações que podem ser
feitas pelo torneamento. Como vimos em aula, essa operação é o perfilamento radial. Perceba que a
alternativa "b" fala em perfilamento, mas no axial. Por isso, a questão não tem gabarito. Vamos relembrar
as diferentes operações de um torno?

• em “a”, o faceamento;
• em “b”, o torneamento cônico;
• em “c”, o torneamento curvilíneo;
• em “d”, perfilamento radial;
• em “e”, chanframento;
• em “f”, sangramento radial;
• em “g”, sangramento axial;
• em "h", rosqueamento;
20

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

• em “i”,bronqueamento;
• em “j”, furação (também pode ser feita em torno, além da furadeira que comentarei adiante);
• o recartilhado, em “k”.

Gabarito: "Anulada".

6. (Idecan/CBM - 2016)

Em operações de usinagem, podem ser utilizados fluidos de corte para se obter melhorias no processo,
sejam melhorias de caráter funcional ou econômico. Em relação ao uso de fluido de corte nesse processo
de fabricação, assinale a afirmativa correta.

a) As soluções são compostos monofásicos de óleos que se dissolvem completamente em água,


sendo ainda necessária a adição de agentes emulsificantes.
b) Sob baixas velocidades de corte, a lubrificação é fundamental para reduzir o atrito e evitar a
formação da aresta postiça de corte. Sob altas velocidades de corte, a refrigeração é a principal
função do fluido de corte.
21

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

c) A capacidade do fluido de corte em remover os cavacos da zona de corte depende da sua


viscosidade e vazão, mas não sofre influência da natureza da operação de usinagem e do tipo de
cavaco que está sendo formado.
d) Os lubrificantes sólidos, como a grafita e o bissulfeto de molibdênio, são aplicados sobre a
superfície de saída da ferramenta com o objetivo de reduzir o coeficiente de atrito ferramenta-
cavaco e não é necessária a interrupção da operação para a reaplicação do produto.

Comentário:

Questão tranquila, Coruja! Ela nos cobra algumas características dos fluidos de corte nas operações de
usinagem. Vejamos cada alternativa:

Letra "a": errada! Oras, o começo da assertiva está correto, pois, de fato, as soluções (que é um tipo de
classificação dos fluidos de corte líquidos) são compostos monofásicos de óleos dissolvidos em água.
Todavia, a questão erra ao afirmar que é necessária a adição de agente emulsificantes, já que, como
vimos em aula, as soluções não contém agentes emulsificantes - elas são capazes de reagir quimicamente
formando fases únicas e dispensando esses componentes;

Letra "b": certa! De fato, como vimos, em baixa velocidade de corte a principal função dos fluidos de
corte está relacionada a lubrificação, reduzindo o atrito e a possibilidade e formação de aresta postiça de
corte. Além disso, quando em altas velocidades, a função principal do fluido de corte passa a ser a
refrigeração, a fim de reduzir a elevação de temperatura na região;

Letra "c": errada! Mais uma questão capciosa, pois começa certa e termina errada. De fato, a capacidade
do fluido de corte em remover os cavacos depende tanto da viscosidade como da vazão. Porém, a
natureza da operação (tipo de processo de usinagem, por exemplo) influencia, sim, bem como o tipo de
cavaco (contínuo ou descontínuo, por exemplo);

Letra "d": errada! Outra alternativa capciosa que quer pegar você no detalhe. Lembre-se que o caso do
fluido de corte sólido, como a grafita e bissulfeto de molibdênio, são, de fato, aplicados na saída da
ferramenta com o objetivo (único) de reduzir o coeficiente de atrito entre ferramenta e cavaco. Essa
parte está certa. Todavia, esse tipo de fluido necessita, sim, de interrupção da operação para reaplicar o
produto (aí o erro da alternativa).

Gabarito: "b".

Corpo de auxiliar de praças – mecânica

7. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2019)

22

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir.

Assinale a opção que apresenta a descrição correta dos movimentos 1, 2 e 3, respectivamente.

a) Corte, avanço e profundidade.


b) Corte, profundidade e avanço.
c) Profundidade, folga e cavaco.
d) Profundidade, corte e avanço.
e) Avanço, corte e profundidade.

Comentário:

Questão bem "tranquila", Estrategista! Como vimos em nossa figura de aula dentro do processo de
usinagem de fresamento, identificamos vários tipos de movimentos (ativos e passivos). A questão nos
cobra somente o conhecimento dos movimentos da figura a seguir. Vamos relembrar?

23

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Além disso, não deixe de revisar as características de cada tipo de movimento (de corte, de Avanço,
Efetivo de Corte, todos eles ativos; e os de Posicionamento, de Profundidade e de Ajuste, todos eles
passivos).

Assim, temos em 1: movimento de avanço; 2: movimento de corte e 3: movimento de profundidade.

Gabarito: “e”.

8. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2019)

A qualidade de acabamento da superfície de uma peça é caracterizada pela rugosidade superficial. Na


usinagem de um peça, a rugosidade superficial:

a) Diminui com o aumento do raio de curvatura da ponta da ferramenta.


b) Diminui com aumento do avanço.
c) Aumenta com a diminuição do raio de curvatura da ponta da ferramenta.
d) Não é afetada pelo avanço.
e) Aumenta com o aumento do avanço.

Comentário:

Estrategista, questão tranquilíssima, que nos cobra somente nosso raciocínio, certo? Oras, de fato com
o raio de curvatura maior da ponta da ferramenta, há a tendência em se diminuir a rugosidade
superficial. Todavia, não se pode aumentar muito esse raio, pois, como cita a doutrina, conforme se
aumentar muito, maior vibração durante o processo e aumentando a sua rugosidade. Por isso, a letra "a"
e "c" estão erradas (depende do nível de aumento e de diminuição do raio de curvatura). Por outro lado,
o avanço impacta diretamente na rugosidade (oras, é claro imaginar que conforme mais avançamos com
a peça na ferramenta de corte, menos revoluções temos para remover o material da peça). Assim,
normalmente, tem-se o aumento da rugosidade com o aumento do avanço. (letra "b" e "d", erradas).

Gabarito: “e”.

9. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2018)

O forjamento é um processo de uma conformação mecânica e, em princípio, há dois tipos gerais de


equipamentos para forjamento. Sendo assim, assinale a opção que apresenta esses dois tipos.

a) Torno e Fresa.
b) Martelo de forja e Prensa.
c) Máquinas por CNC (Comando Numérico por Computador) e plaina limadora.
24

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

d) Máquina de serra e de corte.


e) Retificadora e plaina de mesa.

Comentário:

Mais uma questão bem fácil! Quando falamos do processo de forjamento (tipo de processo de
conformação), vimos que ele pode ser feito tanto no formato de impacto quanto no formato por
pressão gradativa! No primeiro caso, é utilizado o Martelo de Forjar e, no segundo, Prensa de Forjar!
Em ambos, serão eles os responsáveis pela força que irá deformar permanentemente a peça de trabalho!

Gabarito: “b”.

10. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2013)

Analise as figuras a seguir:

Assinale a opção que apresenta as operações de torneamento representadas nas figuras acima.

a) I - Roqueamento; II - Perfilamento; III - Sangramento; e IV - Faceamento.


b) I - Sangramento; II - Faceamento; III - Perfilamento; IV - Rosqueamento.
c) I - Rosqueamento; II - Faceamento; III - Sangramento; IV - Perfilamento.
d) I - Perfilamento; II - Faceamento; III - Sangramento; IV - Rosqueamento.
e) I - Rosqueamento; II - Faceamento; III - Perfilamento; IV - Sangramento.

Comentário:

Coruja, tranquilidade! A questão exige a sua memorização dos subprocessos que podem ser feitos no
processo de torneamento! Lembre-se do quadro que coloquei na parte teórica da aula:

• em “a”, o faceamento; em “b”, o torneamento cônico; em “c”, o torneamento curvilíneo;


em “d”, perfilhamento radial; em “e”, chanframento; em “f”, sangramento radial; em “g”,
sangramento axial; "h", rosqueamento; em “i”, bronqueamento; em “j”, furação (também
pode ser feita em torno, além da furadeira que comentarei adiante); o recartilhado, em “k”.
25

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Veja que temos em I - o rosqueamento; em II - o faceamento; em III - o pefilamento radial e em IV - o


sangramento radial.

Gabarito: “e”.

11. (CEV-UECE - Prefeitura de Sobral - Engenharia Mecânica - 2018)

Considere o que se diz a seguir sobre os processos de usinagem de materiais:

I. O torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas.

II. O aplainamento tem por objetivo obter superfícies planas em posição horizontal, vertical ou inclinada.

III. As brocas utilizadas em processos de furação são classificadas de acordo com suas propriedades
geométricas, as quais são selecionadas de acordo com o tipo de material a ser usinado.

IV. Na fresagem convencional, a remoção de material da peça é feita pela combinação de dois
movimentos efetuados de forma não simultânea, quais sejam: o de rotação da fresa e o movimento da
mesa da máquina onde a peça está fixada.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III apenas.
b) III e IV apenas.
c) I, II e IV apenas.
26

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

d) I, II, III e IV.

Comentário:

Olha aí, Coruja! Questãozinha bem tranquila que nos cobras algumas características de diferentes
processos de usinagem (processo de fabricação que há remoção de material para forma a peça final).
Vejamos cada assertiva:

I: perfeita! De fato, como vimos, o torneamento é possível ser usinada peças cilíndricas, no qual a própria
peça rotaciona para ser usinada no torno mecânico;

II: exatamente! No aplainamento temos um processo no qual é possível obter superfícies planas por meio
da utilização de uma ferramenta monocortante, cujo movimento é linear. Além disso, as posições de
usinagem podem ser verticais, horizontais ou inclinadas;

III: perfeita! Conforme vimos, a broca é a ferramenta cortante do processo de furação e, nesse processo,
temos diferentes brocas para cada tipo de material. Vamos relembrar, Coruja? Veja:

• Broca tipo “H”: utilizada para materiais com alto grau de tenacidade e dureza e, normalmente,
que produzem cavaco curto que se quebra sem estabelecer uma formação contínua. Além disso,
a geometria e, principalmente, o ângulo da ponta da broca também influencia:
o ângulo em torno de 80o: metais prensados, ebonite, náilon, PVC, mármore e granito;
o ângulo em torno de 118o: ferro fundido duro, latão, bronze, Celeron e baquelite;
o ângulos em torno de 140o: aço de alta liga.

• Broca tipo “N”: normalmente utilizada para metais de tenacidade e dureza médios.
o ângulo em torno de 118o: aço macio, ferro fundido e níquel;
o ângulo em torno de 130o: aço com alta % de carbono.

• Broca tipo “W”: normalmente utilizada para metais macios que, normalmente, produzem
cavacos contínuos.
o ângulo em torno de 130o: alumínio, cobre, plástico e madeira;

IV: errada! Vimos que existem diferentes tipos de movimentos, certo, Coruja? É óbvio que os
movimentos de corte e de avanço (movimentos ativos) são executados simultaneamente (ao mesmo
tempo) a fim de garantir a usinagem correta da peça, gerando o movimento efetivo de corte.

Gabarito: “a”.

12. (CEV-UECE - Departamento Estadual de Trânsito - Engenharia Mecânica - 2017)

27

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Atente para o processo de usinagem, utilizado para a fabricação do eixo com rosca na extremidade,
apresentado na figura a seguir.

O processo de usinagem representado na figura acima é denominado

a) torneamento.
b) brochamento.
c) fresamento.
d) furação.

Comentário:

"Jesus, Maria e José", hein, Coruja? Até minha vó acertava essa, sem um olho e 16 dentes na boca... (meu
Deus, rs). É claro que a figura demonstra o processo de torneamento! Perceba a rotação da peça ao passo
que a ferramenta de corte se aproxima para a remoção do material e usinagem da rosca!

Gabarito: “a”.

FGV

Gabarito: “c”.

13. (FGV - COMPESA/PE - Assistente de Saneamento - 2018)

A figura a seguir apresenta uma broca do tipo W.

28

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Essa broca deve ser utilizada para realizar furos em:

a) aços com alto teor de carbono.


b) ferro fundido duro.
c) cobre.
d) PVC.
e) granito.

Comentário:

Opa! Tranquilidade, Coruja! Questão que nos cobra os tipos de broca do processo de usinagem
denominado furação. Vamos relembrar os tipos que vimos em aula?

Os principais tipos de brocas são:

• Broca tipo “H”: utilizada para materiais com alto grau de tenacidade e dureza e, normalmente,
que produzem cavaco curto que se quebra sem estabelecer uma formação contínua. Além disso,
a geometria e, principalmente, o ângulo da ponta da broca também influencia:
o ângulo em torno de 80o: metais prensados, ebonite, náilon, PVC, mármore e granito;
o ângulo em torno de 118o: ferro fundido duro, latão, bronze, Celeron e baquelite;
o ângulos em torno de 140o: aço de alta liga.

• Broca tipo “N”: normalmente utilizada para metais de tenacidade e dureza médios.
o ângulo em torno de 118o: aço macio, ferro fundido e níquel;
o ângulo em torno de 130o: aço com alta % de carbono.

29

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

• Broca tipo “W”: normalmente utilizada para metais macios que, normalmente, produzem
cavacos contínuos.
o ângulo em torno de 130o: alumínio, cobre, plástico e madeira;

Veja que a questão nos cobra o tipo "W". Logo, o único material é o cobre.

Gabarito: “c”.

14. (FGV - CODEBA/BA - Analista - Engenharia Mecânica - 2015)

( ) Usinagem de materiais como o alumínio, bronze e plásticos.

( ) Usinagem de aços com média dureza.

( ) Usinagem de materiais duros e quebradiços

30

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo. Relacione o tipo de fresa com sua
melhor utilização na usinagem de diferentes materiais.

a) 1 – 2 – 3
b) 1 – 3 – 2
c) 2 – 3 – 1
d) 2 – 1 – 3
e) 3 – 2 – 1.

Comentário:

Maravilha, Coruja! Questãozinha super tranquila que cobra os tipos de fresas. Assim como os tipos de
brocas, temos três (W, N e H) para memorizar. Veja os quadros:

Gabarito: “b”.

15. (FGV SEE/PE - Professor de Controle e Processos Industriais - Mecânica - 2015)

31

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

A figura a seguir apresenta um tipo de broca bastante utilizado na indústria mecânica.

Esse tipo de broca é mais adequado para furar peças de

a) alumínio.
b) zinco.
c) cobre.
d) aço de alta liga.
e) aços macios.

Comentário:

De novo, Coruja! A FGV gosta desse tipo de assunto. Questão que nos cobra os tipos de broca do processo
de usinagem denominado furação. Vamos relembrar os tipos que vimos em aula? Agora, precisamos dos
ângulos de cada tipo para responder.

Os principais tipos de brocas são:

• Broca tipo “H”: utilizada para materiais com alto grau de tenacidade e dureza e, normalmente,
que produzem cavaco curto que se quebra sem estabelecer uma formação contínua. Além disso,
a geometria e, principalmente, o ângulo da ponta da broca também influencia:
o ângulo em torno de 80o: metais prensados, ebonite, náilon, PVC, mármore e granito;
o ângulo em torno de 118o: ferro fundido duro, latão, bronze, Celeron e baquelite;
o ângulos em torno de 140o: aço de alta liga.

• Broca tipo “N”: normalmente utilizada para metais de tenacidade e dureza médios.
o ângulo em torno de 118o: aço macio, ferro fundido e níquel;
o ângulo em torno de 130o: aço com alta % de carbono.

32

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

• Broca tipo “W”: normalmente utilizada para metais macios que, normalmente, produzem
cavacos contínuos.
o ângulo em torno de 130o: alumínio, cobre, plástico e madeira;

Veja que o único ângulo de ponta a 140o é do tipo H para aço de alta liga.

Gabarito: “d”.

FCC

16. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Para gerar rosca externa, por exemplo, em eixos, emprega-se

a) o torquímetro.
b) o punção.
c) o macho.
d) o sovela.
e) o cossinete.

Comentário:

Tranquilidade, Coruja! Questãozinha que cobra um conhecimento super decoreba sobre alguns
instrumentos inerentes a alguns processos de usinagem. Vejamos:

Letra "a": torquímetro, definitivamente, não é uma ferramenta de usinagem e, muito menos, para usinar
rosca externa em eixos. Torquímetro, ou chave dinamométrica, como também pode ser chamado, é uma
ferramenta que serve para aplicar um torque específico no aperto de parafusos e porcas, por
exemplo. Alternativa errada;

Letra "b": punção não é a ferramenta indicada para se usinar roscas externas em eixos. O punção serve
para usinar furos ou fazer alguma tipo de impressão em algum ponto específico de uma peça com o intuito
de outra ferramenta executar a perfuração, por um processo de furação (pela broca), por exemplo.
Alternativa errada;

Letra “c”: macho não serve para fazer rosca externa. O macho é uma ferramenta que possui inúmeras
funções dentro da usinagem cuja principal função é criar roscas internas em furos, por exemplo, para o
rosqueamento de um parafuso. Alternativa errada;

33

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Letra “d”: sovela não serve para usinar rosca, seja interna, seja externa. Essa ferramenta serve para usinar
furos em madeiras ou em outros materiais mais dúcteis, como o couro, por exemplo. Alternativa errada;

Letra "e": perfeito! Sabe-se que cossinete (ou coçonete) é a ferramenta específica que usina rosca
externa em eixos, em parafusos ou em tubos, por exemplo, para união com porcas, furos roscados e luvas
roscadas. Alternativa correta;

Gabarito: “d”.

17. (FCC/SANASA - Agente Técnico - Mecânica - 2019)

Considere a figura abaixo.

A operação de torneamento na figura é denominada

a) sangramento radial.
b) sangramento axial.
c) torneamento interno.
d) perfilamento.
e) furação.

Comentário:

Oras, Estrategista, vimos que dentro da operação de torneamento é possível usinar a peça de diferentes
formas e procedimentos, com variação de movimentos, da posição e do formato da ferramenta. Dessa
forma, pode-se tornear superfícies externas e internas, tanto cilíndricas quanto cônicas, além de roscas
internas e externas, perfilamentos, sangramento, alargamento, recartilha mento e perfuração. Nesse
sentido, o procedimento descrito é o de sangramento axial, pois a usinagem da peça ocorre no sentido
axial em relação ao eixo central da peça.

Gabarito: “b”.

34

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

18. (FCC/SANASA - Agente Técnico - Mecânica - 2019)

Considere a figura abaixo.

Os deslocamentos indicados pelos números 1, 2 e 3, realizados durante o torneamento cilíndrico externo,


são, respectivamente, movimentos de

a) avanço − profundidade − corte.


b) profundidade − avanço − corte.
c) avanço − corte − rotação.
d) corte − profundidade − rotação.
e) corte − avanço − rotação.

Comentário:

Tranquilidade, Coruja! Questão que nos exigiu o conhecimento que acabamos de ver!

Para responder a questão, é necessário o conhecimento dos tipos de deslocamentos exercidos pela
ferramenta de corte e pelo torno no processo de torneamento. São eles:

Giro (corte): permite o corte da peça, caracterizado pelo movimento rotativo da peça fixada na matriz
giratória - (3);

Avanço: deslocamento da ferramenta de corte ao longo da superfície da peça - (1);

Penetração (profundidade): determina a profundidade do corte na peça - (2).

Gabarito: “a”.

FUNDEP

35

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

19. (FUNDEP/SAAE - Engenharia Mecânica - 2018)

Ao usinar em uma fresadora um aço, livre de defeitos intersticiais, observa-se claramente que ocorre
aquecimento na região do cisalhamento durante o corte.

Qual dos itens a seguir é o principal responsável pela retirada de calor na região de corte?.

a) Ferramenta.
b) Cavaco.
c) Suporte da ferramenta.
d) Peça.

Comentário:

Questão demanda do(a) candidato(a) o conhecimento específico sobre o tópico Fresamento inerente à
disciplina de Processos de Fabricação Mecânica dentro do âmbito de estudo da Engenharia Mecânica e
de Produção.

Para se chegar ao gabarito correto, é necessário entender o processo de formação de cavaco e uma das
suas características/funções no processo de fresamento junto a ferramenta de corte.

Um dessas característica está relacionada ao calor resultante do processo em si e alvo de questionamento


do enunciado.

Letra "a": errada, como vimos, a ferramenta de corte não é o principal item para retirar calor do processo
de fabricação de fresamento. Na realidade, é na interface entre a ferramenta de corte e a peça de trabalho
que há a geração de calor, indo cerca de 18% do calor gerado para a ferramenta de corte. Um dos
principais itens nesse processo que também acaba sofrendo absorção de calor pelo processo é o cavaco
- parte da peça fresada que é removida do material e que recebe cerca de 75% do calor gerado!

Letra "b": perfeito! Apesar de não ser o principal item e nem ter a principal função de absorver o calor do
processo de fabricação em si (o fluído de corte é o principal item na refrigeração do processo, retirando
calor da região, além de outras função de lubrificação), pode-se inferir que o cavaco, dentre as opções
das alternativas, é o melhor na absorção de calor. Nesse sentido, conforme ocorre o processo, parte do
calor gerado na remoção do material entre a ferramenta de corte e a peça de trabalho é absorvido pelo
cavaco - material que é removido no processo de fresamento em questão e que recebe cerca de 75% do
calor;

Letra "c": errada! Suporte tem como principal função fixar a ferramenta de corte e apoia-la para a
execução correta do processo;

36

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 20 - Prof Felipe Canella

Letra "d": errada! Apesar da peça também sofrer ação do calor gerado pela ação da ferramenta de corte na
interface, a função de remoção de calor é, no cenário da questão, feita pelo cavaco removido no processo
(quase 75% desse calor vai para o cavaco, 18% para a ferramenta, 5% para a peça e 2% para o ambiente).

Gabarito: “b”.

37

PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 - Mecânica) Conhecimentos Específicos (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins

Você também pode gostar