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Aula 02 (Prof.

Felipe
Canella)
Engenharia Mecânica p/ Concursos -
Curso Regular (Com Videoaulas) 2020

Autores:
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
Aula 02 (Prof. Felipe Canella)

7 de Janeiro de 2020

09085089646 - Erick Sousa Rebelo


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
Aula 02 (Prof. Felipe Canella)

Sumário

1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS ..................................................................... 4

1.1. Movimento circular ................................................................................................................................... 4

1.1.1. Velocidade angular .......................................................................................................................... 4

1.1.2. Período e Frequência ........................................................................................................................ 5

1.1.3. Rotação............................................................................................................................................. 6

1.1.3. Velocidade Tangencial ..................................................................................................................... 7


1298220
1.1.4. Relação de Transmissão .................................................................................................................... 8

1.1.5. Momento torçor e potência ............................................................................................................. 10

2. Engrenagens ................................................................................................................................................. 14

2.1. Tipos de engrenagens ........................................................................................................................... 22

2.1.1. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos ....................................................................................... 23

2.1.2. Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais ................................................................................ 25

2.1.3. Engrenagens cônicas ....................................................................................................................... 29

2.2. Sistemas de Engrenagens - trens de engrenagens ............................................................................... 31

2.2.1. Trens de engrenagens..................................................................................................................... 31

3. Mancais......................................................................................................................................................... 40

3.1. Mancal de Deslizamento........................................................................................................................ 40

3.1.1. Lubrificação de mancais deslizantes ............................................................................................... 44

3.2. Mancais de rolamentos .......................................................................................................................... 49

3.2.1. Tipos de rolamentos ........................................................................................................................ 53

3.2.2. Cálculo de cargas ........................................................................................................................... 61

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4. Molas ............................................................................................................................................................ 63

4.1. Molhas helicoidais .................................................................................................................................. 64

4.1.1. Torque, tensões e curvatura ............................................................................................................ 66

5. Outros elementos .......................................................................................................................................... 70

5.1. Chavetas ................................................................................................................................................ 70

5.1.1. Tipos de chavetas ........................................................................................................................... 71

5.1.2. Tensão na chaveta .......................................................................................................................... 73


==13cf2c==

5.2. Parafusos ............................................................................................................................................... 74

5.3. Eixos ....................................................................................................................................................... 80

5.3.1. Materiais para fabricação de eixos .............................................................................................. 80

5.3.2. Principais componentes de um eixo ................................................................................................ 81

5.3.3. Deflexão e velocidade crítica ........................................................................................................ 81

5.4. Rebites ................................................................................................................................................... 82

Questões sem Comentário................................................................................................................................. 85

Gabarito ........................................................................................................................................................... 98

Questões com Comentário .............................................................................................................................. 100

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APRESENTAÇÃO DA AULA
Estrategista, nesta aula veremos os principais tópicos inerentes ao mundo dos Elementos de
Máquinas e sua grande importância para a Engenharia e todas as suas ênfases. Para nosso estudo,
utilizaremos as excepcionais obras dos renomados Melconian1, Collins2, Budynas e Nisbett3 como base para
nosso conhecimento. Além disso, materiais de outros autores e professores de grandes instituições federais
e públicas, bem como eventuais imagens de certas peças da indústria serão, também, utilizadas.

Por conta disso, com o intuito de tornar o seu aprendizado mais fácil, utilizarei as ilustrações
adaptadas das grandes obras desses autores que facilitarão muito nosso processo didático e, além disso, as
imagens de peças reais de empresas renomadas (quando possível) no setor mecânico.

Somada a essa raciocínio, primeiramente, começo o nosso estudo com uma revisão dos principais
conceitos que serão básicos e fundamentais para ao aprofundamento posterior no tópico engrenagens - as
queridinhas das bancas. Dessa forma, trataremos, na primeira seção, dos conceitos de movimento circular
e, o principal, transmissão de movimento e de potência. Em um segundo momento, trataremos das
engrenagens e os seus principais tipos, passando pelo tópicos que são cobrados pelas bancas, além dos
trens de engrenagens que também pode ser considerado um tópico "quente" para sua prova.

Depois, adentraremos nos estudos dos mancais, a fim de abordar os assuntos sobre mancais de
deslizamento e mancais de rolamentos, mostrando os principais tipos e funcionamento, bem como alguns
cálculos e fórmulas importantes.

No penúltimo tópico, iremos estudar o conceito de molas, com foco e especificidade para as molas
de fio de arame helicoidais - também preferidas das bancas nesse assunto, principalmente as de seção de
áreas circular. Por fim, trataremos de quatro elementos de máquinas pertinentes que costumam cair para
identificação conceitual em prova, sem grandes dificuldades: parafusos e suas particularidades de rosca;
chavetas com seus principais tipos e funcionalidades e as características sobre eixos e rebites.

Bora encarar mais essa aula? Lembre-se, sempre, Estrategista: tu és Coruja! Foco e constância, pois
a vaga está lá a sua espera! Avante!

Como de praxe, não deixem de me seguir no Instagram® e no Telegram® para conteúdos exclusivos:

profcanelas t.me/profcanelas

1
MELCONIAN, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
2 COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
3 DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
3

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1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ELEMENTOS DE


MÁQUINAS

Estrategista, nessa introdução aos principais conceitos de elementos de máquinas, iremos estudar
conceitos prévios importantes e basilares. É importante termos as definições de conceitos básicos a fim de
não gerar complicações quando adentrarmos no estudo específico dos principais elementos de máquinas
cobrados em sua prova.

Dito isso, é importante lembrarmos dos conceitos de movimento circular, torção, rendimento com
foco em transmissões e transmissão por correias. Estrategista, você perceberá que tendo essa base de
conhecimento clara facilitará muito a compreensão do restante de nossa aula.

Explicarei de forma mais objetiva, pois são conceitos que já conhecemos proveniente da física de
ensino médio.

Pois bem! Sem mais delongas! Pegue sua xícara de café, aquele biscoitinho e bora focar, porque... A
VAGA É SUA!

1.1. Movimento circular

Coruja, esse é o movimento executado por um "ponto" que descreve uma trajetória circular. Pode
parecer óbvio dizer isso, não é? Mas, o que quero que você compreenda aqui é a relação que teremos entre
a velocidade angular (medida em radianos/segundos - rad/s - para o SI - Sistema Internacional) e a
velocidade tangencial ou periférica (medida em metros/segundos - m/s - para o SI - Sistema Internacional).

E o que é o SI? O Sistema Internacional, Estrategista, é o sistema de unidades utilizado globalmente


(internacionalmente). Daqui para frente, todas as unidades que iremos estudar estarão no SI, ok?

1.1.1. Velocidade angular

O que é importante sabermos é a definição e cálculo da velocidade angular que é dada pela variação
angular (ou seja, diferença de medida de ângulo que é percorrida - ∆ϕ) pela variação de tempo (ou seja,
diferença de medida de tempo, em segundos, que é contado - ∆t). Assim, temos:

∆𝝋
𝝎= (1);
∆𝒕

Na qual:

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• ω: velocidade angular (rad/s);


• ∆ϕ: variação angular (rad);
• ∆t: variação de tempo (s);

O radiano (rad) é justamente a medida do arco de circunferência (a distância que o ponto imaginário
percorrerá) e que é proporcional ao raio da circunferência. Dessa relação, Estrategista, surge a constante
"pi"(π) comumente fixada em, aproximadamente, 3,14. Veja a figura4 abaixo.

Vt
P2(t2)

∆ω

P1(t1)

Perceba, pela figura, que a variação do ângulo está relacionada com a distância (arco da
circunferência) percorrida do ponto P1 ao ponto P2, associada ao intervalo de tempo de t1 a t2.

1.1.2. Período e Frequência

Aqui cabe também definirmos o período (T), também em segundos, que corresponde a quantidade
de tempo necessária para que um ponto complete um ciclo completo (uma volta inteira de circunferência).
Dessa forma, temos a seguinte, relação:

𝟐𝝅
𝑻= (2);
𝝎

Na qual:

• T: é o período em segundos (s);

4
Adaptado de Wikimedia Commons em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Moglfm0508_movimiento_rotacion.jpg. Acesso em: 15/12/2019.
5

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Assim, podemos compreender que quando temos uma volta completa em um dada circunferência,
temos que a velocidade angular será:

𝟐𝝅
𝝎= (3);
𝑻

Memorize, Estrategista: o Período (T) não se confunde com variação de ∆t, apesar de
ambos serem uma grandeza de tempo. O período é justamente o tempo necessário para
"dar uma volta", um ciclo completo na circunferência, ao passo que, o ∆t pode ser
somente para uma medida de arco.

Já a frequência é definida como sendo o número de ciclos que aquele ponto "P" descreve em um
apenas um segundo, dentro dessa trajetória circular. Sua unidade é o Hertz (Hz) ou, pela lógica, é o inverso
do tempo, 1/s = s-1.

𝟏
𝒇= (4);
𝑻

Em que:

• f: frequência (Hz);
• T: período (s);

Aqui podemos substituir a equação 2 na equação 4 e obtermos uma relação de frequência com a
velocidade angular:

𝝎
𝒇= (5);
𝟐𝝅

1.1.3. Rotação

A definição de rotação, Estrategista, é a mesma da frequência - número de ciclos que o nosso ponto
P faz em uma trajetória circular. Todavia, para a rotação, o número é obtido dentro do tempo de 1 minuto
(60 segundos). Por conta disso, iremos multiplicar por 60, já que 1 minuto equivale a 60 segundos:

𝒏 = 𝟔𝟎. 𝒇 (6);
6

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Na qual:

• n: rotação por minuto (rpm);


• f: frequência (Hz);

𝝎
Como 𝒇 = , substituindo na equação 6, temos:
𝟐𝝅

𝟔𝟎.𝝎 𝟑𝟎.𝝎
𝒏= = (7);
𝟐𝝅 𝝅

1.1.3. Velocidade Tangencial

Também denominada de velocidade periférica, a velocidade tangencial, Estrategista, nada mais é


que a medida de velocidade (famoso ∆s/∆t) como se o ponto P que definimos não executasse o movimento
circular. É como se o ponto fosse seguir uma trajetória retilínea, tangencial, a cada instante à circunferência
que ele faz proveniente do seu movimento que é circular.

Perceba a velocidade tangencial (Vt) na figura anterior para ficar mais claro:

Assim, definimos a velocidade tangencial (ou periférica), como sendo a velocidade angular
multiplicada pelo raio da circunferência. Assim, temos:

𝒗 = 𝝎. 𝒓 (8);

Na qual:

• 𝒗: velocidade tangencial (ou periférica) linear (m/s);

5
Adaptado de Wikimedia Commons em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Moglfm0508_movimiento_rotacion.jpg. Acesso em: 15/12/2019.
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1.1.4. Relação de Transmissão

Todo esses conceitos, Coruja, são interessantes e fundamentais para entendermos como é dada a
relação de transmissão entre duas circunferências que estão ligas entre si por correias ou correntes, por
exemplo.

Nesse sentido, perceba que teremos algumas grandezas em comum que serão iguais em intensidade.
Digo intensidade, Estrategista, porque a velocidade, por exemplo, é uma grandeza vetorial, com direção e
sentido.

Dessa forma, em uma relação de transmissão entre uma coroa e um pinhão de uma bicicleta, como
temos os dois ligados por uma corrente, a intensidade da velocidade tangencial será a mesma em ambos.
Isso é quase que óbvio, não é, mesmo? Imagine se não fosse, Estrategista? Todo o conjunto entraria em
colapso assim que passasse a funcionar! rs.

Veja a figura a seguir para você entender melhor! Esse é um conceito muito importante para
trabalharmos quando adentrarmos no capítulo de Engrenagens e seus problemas sobre transmissão.

Coruja, um conceito interessante é o de transmissão redutora de velocidade - quando quem gira


primariamente (engrenagem motora) é a engrenagem de menor raio. Dessa forma, a engrenagem maior
(nesse caso, a movida) irá transmitir menor velocidade angular, já que seu raio é maior, nesse caso.

Por conseguinte, a transmissão ampliadora de velocidade - quando quem gira primariamente


(engrenagem motora) é a engrenagem de maior raio. Nesse sentido, a engrenagem menor (nesse caso, a

6 Adaptado de Wikimedia Commons em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Moglfm0508_movimiento_rotacion.jpg. Acesso em: 15/12/2019.


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movida) irá transmitir maior velocidade angular, já que seu raio é menor, nesse caso. Para ambos os casos,
temos a velocidade tangencial de iguais intensidades.

Nesse sentido, teremos uma relação de grandeza que será diretamente proporcional ao raio (ou ao
diâmetro, que é 2x o raio) para que as velocidades tangenciais sejam iguais em intensidade.

Assim, quando você anda de bicicleta, Estrategista, tomando, por exemplo, que a coroa dela possua
um raio de medida igual a 2x o raio do pinhão (tipo de engrenagem acoplada a roda traseira), cada pedalada
que você der e, consequentemente, cada volta que você der, serão dadas duas voltas do pinhão. Veja a
imagem anterior novamente, Coruja, para ilustrar melhor esse raciocínio.

Como eles estão "conectados" pela corrente da bicicleta, o pinhão precisa "acompanhar" o "ritmo"
da coroa que, por sua vez, gira conforme você gira o pedal ("mais rápido ou menos rápido").

Por conseguinte, a roda traseira (acoplada ao pinhão) gira com mesma velocidade angular que o
pinhão (claro, eles estão conectados). Como o pinhão dá mais voltas que a coroa porque ambos têm a
mesma velocidade tangencial, temos um sistema ampliador de velocidade, por exemplo.

Claro que os dentes das engrenagens vão fazer parte desse cálculo, constituindo o diâmetro
primitivo e seu módulo. Mas, isso veremos ainda nessa aula e com mais detalhes no capítulo de engrenagens
e seus tipos. Calma, rs. Assim funciona uma bicicleta de marcha única. Pegou o "bizu"? "Tá, professor!
Entendi. Mas, e as fórmulas? Como elas ficam?"

Na transmissão, Estrategista, temos que: 𝒗𝟏 = 𝒗𝟐 ;

Assim, temos: 𝝎𝟏 . 𝒓𝟏 = 𝝎𝟐 . 𝒓𝟐 ;

Logo, teremos, a seguinte cadeia de igualdade de relação denominada por "i":

𝒓𝟐 𝒅𝟐 𝝎𝟏 𝒇𝟏 𝒏𝟏
𝒊= = = = = (9);
𝒓𝟏 𝒅𝟏 𝝎𝟐 𝒇𝟐 𝒏𝟐

Na qual, temos:

• r: raio de cada circunferência (nossas coroas e pinhões, rs) em (metro);


• d: diâmetro de cada circunferência (nossas coroas e pinhões, rs) em (metro);

As demais grandezas eu já especifiquei antes. O que interessa aqui, Estrategista, é sabermos que em
uma relação de transmissão, teremos essas grandes iguais a i que é justamente uma constante adimensional
(sem dimensão de unidade), que relaciona, dessa forma como está na cadeia, o raio, o diâmetro, a
velocidade angular, a frequência e as rotações entre as circunferências.

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Quando falamos em engrenagens, Estrategista, temos que ter em mente que o diâmetro será
diferente de uma circunferência "lisinha". Isso ocorre por conta dos dentes da engrenagem. Para isso, é
estabelecido o módulo da engrenagem que será a relação entre o número de dentes (z) e o diâmetro
primitivo (d0). Assim, temos:

𝒅𝟎 = 𝒎. 𝒛 (10);

Veja a imagem abaixo para ilustra essa relação. Por hora, é o suficiente para nossa revisão.

1.1.5. Momento torçor e potência

O torque (momento torçor), Estrategista, é estabelecido quando há uma força aplicada a uma
determinada distância da região onde se pretende calculá-lo. Dessa forma, por definição, o torque é igual
ao produto da distância (em metros) pela força (em newtons). Essa distância recebe o nome usual de
"braço". Assim:

𝑴𝒕 = 𝑭. 𝒔 (11);

7
Adaptado de Wikimedia Commons em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Moglfm0508_movimiento_rotacion.jpg. Acesso em: 15/12/2019.
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Na qual:

• Mt: momento torçor (ou torque) em N.m (newton-metro);


• F: força aplicada na extremidade do "braço" em N (newtons);
• S: distância entre o ponto de aplicação da força e centro seção transversal da peça (o "braço") em
m (metros).

Em transmissões, o torque é definido com o produto da força aplicada pelo raio que, nesse tipo de
situação mecânica, faz o "papel" do "braço". Observe na figura abaixo.

"E a potência, professor? Como ela se relacionada com tudo isso?" Oras, Estrategista, o conceito de
potência, para nós, é definido como o trabalho realizado dentro de um intervalo de tempo.

8
Adaptado de Melconian, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
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Ou seja, ela é a energia (em Joule) por tempo (em segundos). Dessa relação, podemos deduzir
algumas fórmulas para nossa prova.

Assim, temos:

𝝉
𝑷 = (12);
𝒕

Onde:

• P: potência em watts (ou J/s);


• 𝝉: trabalho em J (joule);
• t: tempo em (segundos).

Além disso, Coruja, sabe-se que trabalho pode ser expresso pelo produto da força pelo
𝝉 𝑭.𝒔 𝒔
deslocamento. Assim, da nossa fórmula: 𝑷 = = e 𝒗 = , temos que:
𝒕 𝒕 𝒕

𝝉 𝑭. 𝒔
𝑷 = = = 𝑭. 𝒗 (13);
𝒕 𝒕

Na qual, no movimento circular, a força é a força tangencial, e a velocidade é a velocidade tangencial.


Fácil, não é, Estrategista?

Além dessas relações, também podemos estabelecer uma equação entre torque e potência, já que
temos a força relacionada. Vejamos abaixo:

Como 𝑷 = 𝑭. 𝒗, e sabemos que 𝑴𝒕 = 𝑭. 𝒔, temos, substituindo uma equação em outra:

𝑴𝒕
𝑷 = . 𝒗 (14);
𝒔

Oras, como sabemos, também, que em um movimento circular o "braço" "s" da fórmula acima é o
raio e que a velocidade tangencial é igual a velocidade angular multiplicada pelo raio, temos:

𝑴𝒕 𝑴𝒕
𝑷 = . 𝝎. 𝒓 = . 𝝎. 𝒓 = 𝑴𝒕 . 𝝎 (15);
𝒓 𝒓

"Supimpa", não é, mesmo? Rs. Podemos ir além e podemos chegar a uma relação que pode vir a ser
útil em provas, pois envolve torque, potência e número de rotações. Vejamos.

A gente já sabe que: 𝝎 = 𝟐𝝅. 𝒇. Além disso, sabemos que: 𝒏 = 𝟔𝟎. 𝒇. Assim temos, após a
𝒏 𝝅.𝒏
substituição, que 𝝎 = 𝟐𝝅. , ou, simplificando: 𝝎 = .
𝟔𝟎 𝟑𝟎

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𝑷 𝝅.𝒏
Como temos da equação 15 acima 𝑴𝒕 = 𝝎 e 𝝎 = , substituindo, chegamos a seguinte relação:
𝟑𝟎

𝟑𝟎.𝑷
𝑴𝒕 = (16);
𝝅.𝒏

Estrategista, a princípio, parece ser muitas fórmulas para você decorar. Mas, não se assuste, porque,
no fundo, como você percebeu, elas são somente relações que provém de outras.

Entendendo o conceito lá atrás, essas deduções ficam fáceis de você lembrar. É válido, claro, você
parar nesse momento do estudo e refazer todas elas, tentando lembrar de cada uma. Só assim você irá
lembrar desses conceitos básicos para a prova.

Existem várias questões que não cobram nada além disso, principalmente sobre engrenagens, que,
somado a algum outro detalhe que veremos sobre elas, o conceito está muito relacionado ao que vimos até
agora, principalmente em relação às relações de transmissões.

Sigamos rumo a sua aprovação!

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2. ENGRENAGENS
Estrategista, engrenagens nada mais são do que elementos de máquinas desenvolvidos a fim de
transmitir e transferir potência. Outra funcionalidade também associada a engrenagens é a transmissão de
movimento. Eis um exemplo da nossa famigerada engrenagem no trem de engrenagem esquemático na
figura abaixo:

É claro que a transmissão de potência e de movimento não é possível unicamente por engrenagens.
Também são comumente utilizadas as correias planas, correias em V, correias dentadas, volantes e
correntes, por exemplo.

Portanto, Estrategista, grave: engrenagens servem para transmitir potência e/ou


movimento. ;)

9 Adaptado de Shuttersotck em <https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/metal-gears-cogs-cluster-isolated-3d-753215638. Acesso em:15/12/2019.


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Além disso, uma vantagem das transmissões por engrenagens é a durabilidade e a confiabilidade,
apesar dos eixos necessitarem estar próximos dentro da máquina ou do conjunto mecânico. Esse fato acaba
sendo uma desvantagem, pois em situações nas quais os eixos para transmissão de potência estão longe um
do outro, a transmissão por correias torna-se uma opção menos custosa e mais efetiva.

Seguindo nosso estudo sobre engrenagens, antes de eu apresentar os principais tipos existentes,
vamos entender todas as nomenclaturas utilizadas para especificar os dentes que compõem uma
engrenagem. A figura10 abaixo ilustra um tipo de engrenagem: a cilíndrica de dentes retos. Ela será um dos
modelos para as variáveis básicas inerentes aos dentes. A seguir, trataremos das demais quanto aos
diâmetros diversos que existem.

Alguns pontos devemos ter atenção para os exercícios de prova, Estrategista. Primeiro é que o Passo
Circular (sinalizei ele na figura com círculo vermelho) é a medida calculada do centro da face de um dente
até o centro da face OPOSTA do dente anterior ou posterior.

Além dessa observação importante, saiba também que do centro de um dente até o seu topo, temos
o adendo (também chamado de altura de cabeça). Já do centro de um dente até o Círculo de Raiz, temos o
dedendo (também chamado de altura de pé). Sinalizei todos eles em verde na figura.

10 Adaptado de Shutterstock 2019 em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gears-machine-part-600345377. Acesso em: 25/12/2019.


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Estrategista, não foi à toa que sublinhei, inclinei e negritei a palavra oposta. Saber
identificar o passo circular é fundamental para nossa prova! Outra maneira é memorizar
que ele é a soma da espessura do dente com o vão entre os dentes da engrenagem! ;)

Outra nomenclatura importante para você gravar é sobre a folga (sinalizei em roxo): ela é a medida
da diferença que existe entre o dedendo de uma engrenagem e o adendo de outra engrenagem (a
engrenagem "par") que irá compor um sistema de transmissão.

Pega o "bizu", Coruja: associe que a palavra dedendo lembra "dedo" e que no pé temos
"dedo". Logo, falou em dedendo, falou em altura de pé. ;)

Assim, Estrategista, imagine que outra engrenagem (sua par) virá por cima da engrenagem que temos
na figura, e os dentes que ela possui adentrará cada vão da outra.

Dessa forma, o topo do dente de uma engrenagem não vai encostar no fundo do dente de outra por
conta da diferença de espessura do adendo e do dedendo de cada dente.

Além disso, algumas relações são importantes para sua prova no que tange a engrenagens e seus
dentes.

A fim de tornar nosso estudo das fórmulas mais fácil, vejamos uma figura que ilustra uma engrenagem
por outra perspectiva com mais variáveis sobre os diâmetros diversos e suas relações que a compõem.

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Perceba, Estrategista, que temos algumas incógnitas na figura acima a mais, derivadas da obra de
Melconian (2008). Vamos especificá-las e, a seguir, mencionar as fórmulas12 na tabela que o autor ilustra
para entendermos as relações entre essas dimensões que compõem uma engrenagem.

• to: consiste na medida do passo circular que já comentamos;


• lo: consiste na medida do vão entre dentes - na linha do diâmetro primitivo (do);
• So: consiste na espessura do dente - na linha do diâmetro primitivo (do);
• h: consiste na altura comum do dente (que começa a partir da folga que comentamos até o
topo do dente);
• hz: consiste na altura total do dente (incluindo a medida da folga);
• hk: consiste na altura da cabeça (adendo) do dente;
• hf: consiste na altura do pé (dedendo) do dente;
• do: consiste no diâmetro primitivo da engrenagem (formado pelo círculo primitivo);

11Adaptado de Melconian, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008 e Shutterstock em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/design-
concept-top-view-metal-gear-1431757631. Acesso em: 29/11/2019.
12 Adaptado de Melconian, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
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Estrategista, saiba que o módulo (m) é chamado, também, de passo diametral! ;)

Número de Dentes (Z): Módulo (m):

𝒅𝒐 𝒕𝒐
𝒛= 𝒎=
𝒎 𝝅
Diâmetro primitivo (do): Diâmetro de base (dg):

𝒅𝒐 = 𝒎. 𝒁 𝒅𝒈 = 𝒅𝒐 . 𝐜𝐨𝐬 𝛗
Diâmetro interno ou diâmetro do pé do dente Diâmetro externo ou diâmetro de cabeça do
(dedendo) (df): dente (adendo) (dk):

𝒅𝒇 = 𝒅𝒐 − 𝟐. 𝒉𝒇 𝒅𝒌 = 𝒅𝒐 + 𝟐. 𝒉𝒌
Espessura do dente no primitivo (So):
Passo circular (to):
𝒕𝒐
𝒕𝒐 = 𝒎. 𝝅 𝒔𝒐 =
𝟐
Altura comum do dente (h): Altura da cabeça do dente (hk):

𝒉 = 𝟐. 𝒎 𝒉𝒌 = 𝒎
Altura total do dente (hz): Altura do pé do dente (hf):

𝒉𝒛 = 𝟐, 𝟐. 𝒎 𝒉𝒇 = 𝟏, 𝟐. 𝒎
Distância do vão entre os dentes (lo):
Ângulo de pressão (φ):
𝒕𝒐
𝒍𝒐 = φ ≅ 20o
𝟐
Relação de transmissão (i):
Folga:
𝒁𝟐 𝒅𝟎 𝒏𝟏
𝒔𝒌 = 𝟎, 𝟐. 𝒎 𝒊= = 𝟐=
𝒁𝟏 𝒅𝟎𝟏 𝒏𝟐
Distância entre centros (Cc):

𝒅𝟎 𝟏 + 𝒅𝟎𝟐
𝑪𝒄 =
𝟐
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Estrategista, de todas essas fórmulas que vimos, sem sombra de dúvidas, as mais
importantes são as do passo, módulo, relação de transmissão, número de dentes e a do
diâmetro primitivo. ;)

Estrategista, perceba que eu coloquei na tabela uma informação que não vimos antes: o ângulo φ.
Tranquilidade, viu? Ele nada mais é que o ângulo de pressão referente ao ponto de pressão que um dente
de uma engrenagem exerce em outro dente de outra engrenagem. Esse ângulo é crucial para entendermos
as diferenças nas dimensões entre os diâmetro dg.

Perceba no sútil detalhe entre as distâncias dos diferentes diâmetros das duas figuras anteriores.
Todavia, sem grandes preocupações, viu? Quase todas as questões de prova cobram apenas o diâmetro
primitivo. Funciona assim: em um sistema de engrenagem para a transmissão de movimento e/ou potência,
existe um ponto específico, no qual será o ponto de pressão e que será submetido a um força. Esse ponto é
denominado ponto de pressão ou ponto primitivo.

O ponto de pressão ou ponto primitivo recebe esse nome - primitivo - pois fica
localizado exatamente no círculo primitivo da engrenagem. Pegou o "bizu", Estrategista?

Dessa forma, a partir dos raios primitivos (você os obterá pelo diâmetro primitivo que ou o exercício
vai fornecer ou pedir para calcular com a fórmula da tabela anterior) de cada engrenagem, você encontrará
esse ponto de pressão primitivo.

"Tá, professor. Mas, e o ângulo?"

Para isso, vejamos a figura a seguir para você entender a origem dele e poder resolver uma questão
que pergunte diretamente sobre seu cálculo ou o seu conceito! O ângulo de pressão, Estrategista, é o ângulo
formado entre a reta tangente (reta ab da nossa figura, indiquei com setas verdes) que passa pelas duas

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engrenagens, pelo ponto P (ponto de pressão ou ponto primitivo) e a linha de pressão (reta cd da nossa
figura) indicada com setas vermelhas. Veja lá!

13

Esse angulo de pressão, especificado de ângulo φ, varia entre 20o e 25o e pode ter certeza que a
questão irá lhe informar. Veja a figura, novamente!

Outros nomes que podem aparecer em sua prova para a linha de pressão: linha de
geração e linha de ação! Por isso, grave-os para não errar por conta de algum
examinador(a) engraçadinho(a)! ;).

13
Adaptado de Dudynas, R.G.; Nisbett, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
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Perceba que temos mais um "bizu", Estrategista: o círculo de base (também apontei na figura o de
cada engrenagem), está relacionado ao ângulo φ. O círculo de base é justamente formado pelo círculo que
tangencia a reta cd da figura – a já mencionada linha de pressão!

Veja a figura abaixo a fim de melhor ilustrar esse conceito.

Repare na figura, Estrategista, que o diâmetro de base (dg) que já comentamos em nossa tabela,
assim como o raio de base (rb) - ilustrado na figura abaixo - tem relação com o ângulo φ. Assim, ambos serão
o resultado do produto do diâmetro primitivo pelo cosseno (φ).

14

Estrategista, você deve ter reparado que marquei, na figura anterior, o começo de uma curva
chamada de involuta (ou evolvente), não é?

Sem mistério: involuta ou evolvente nada mais é que uma curva desenhada a fim de se atingir o
movimento uniforme entre um par de engrenagens e o perfil evolvental de seus dentes. Ela é justamente
uma curva que vai cortar as tangentes do círculo de base em ângulos de 90o.

Veja a figura a seguir para ilustrar!

14 Adaptado de DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
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A involuta é estabelecida a partir do círculo de base. Ele é dividido em várias seções (A1, A2, A3, etc.)
iguais e delas são desenhas retas tangentes. Depois de marcados os pontos (B1, B2, B3, etc.), e unidos, a curva
involuta é gerada. Para nossa prova, Estrategista, não precisaremos adentrar em mais detalhes além desses.

15

Na figura acima, Estrategista, saiba que cada distância entre os pontos da involuta (B1, B2, B3, etc.)
corresponde a dobro da distância anterior. Assim, por exemplo, temos que distância B2B1 será duas vezes a
distância de A0B1.

Coruja, dessa primeira parte é o que precisamos entender sobre os tópicos gerais e as fórmulas de
uma engrenagem. Além disso, reconhecer os nomes e partes de uma engrenagem é importante, já que as
questões costumam cobrar esse tipo de conhecimento teórico, também.

Agora, veremos os tipos de engrenagens mais cobrados e suas particularidades! Avante, Estrategista!

2.1. Tipos de engrenagens

Os principais tipos de engrenagens que iremos estudar estão escritas no esquema abaixo. A seguir,
vou detalhar as particularidades de cada tipo e mencionar os pontos de atenção para sua prova. "Vamo que
vamo"!

15Adaptado DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
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Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos

Tipos Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais

Engrenagens Cônicas

Normalmente, os tipos de engrenagens são também chamados de tipos de


engrenamento, Estrategista! Se vir em sua prova, não se preocupe - o examinador ou a
examinadora está se referindo aos tipos ou subtipos que veremos! ;)

2.1.1. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos

Estrategista, esse é o tipo de engrenagem no qual os dentes estão alocados paralelamente ao eixo
de rotação. Esse tipo é o mais simples e por conta disso é o mais amplamente utilizado na transmissão de
potência e/ou movimento, todavia só transmitem movimento entre eixos paralelos.

Veja na figura abaixo uma representação esquemática. Nessa figura, em "a", temos uma visão de
topo que mostra a representação dos dentes paralelos. Em "b", temos as engrenagens enfatizando os dentes
retos.

16

16Adaptado de Shutterstock em https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/spur-gears-have-high-power-transmission-1348114964. Acesso em: 25/11/2019.


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Além disso, é um tipo de engrenagem fácil de ser fabricada e de se obter precisão nos arranjos e
sistemas. Somando a tudo isso, também possuem um custo mais acessível - são relativamente mais baratas
que os demais tipos.

Outras três características que devemos ter atenção é que, apesar de poderem atingir velocidades
elevadas, são comumente utilizadas em transmissões de movimento com velocidades baixas (em torno de
20 metros/segundo - se é que isso é baixo -, tangencial no círculo primitivo) e o perfil dos dentes é no
formato evolvental.

A terceira característica é em relação a vibrações e ao elevado nível de intensidade sonora que esse
tipo de engrenagem gera quando submetido a maiores frequências.

Portanto, Estrategista, grave:

Velocidades (tangenciais) baixas na linha


primitiva

Características de Engrenagens
Perfil de dente evolvental
Cilíndricas de Dentes Retos

Grandes frequências, grandes vibrações


e ruídos

Perfil evolvental, Estrategista, é o perfil que segue uma curva evolvente. O termo curva
evolvente é o mesmo que curva involuta e que gera um relação constante entre as
velocidades angulares em uma ação conjugada do par de engrenagens. Tranquilidade,
viu? Saber isso é o suficiente para sua prova! ;)

Agora, veremos o tipo de engrenagem também normalmente adorado pelas bancas: as helicoidais!

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2.1.2. Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais

Estrategista, aqui o princípio de funcionamento é bastante parecido quando comparado a das


engrenagens de dentes retos. A diferença é que os dentes das engrenagens helicoidais são inclinados em
relação ao eixo de rotação, e assim, formam helicoides que também são paralelos. Daí, o nome desse tipo.

Veja as figuras a seguir, em "a", um representação da vista de topo que mostra a inclinação dos dentes
e em "b" uma ilustração real desse tipo.

17

Perceba pela figura os "riscos" na visão de topo. Todos eles inclinados em relação ao eixo de rotação.

A principal característica desse tipo de engrenagem, Estrategista, é o silêncio - não são barulhentas
quanto as engrenagens de dentes retos. Essa característica deriva do fato delas terem um engrenamento
mais gradual.
Isso ocorre, justamente, pelo ângulo de inclinação. Ele permite que uma extremidade de um dente
entre contato com a extremidade de outro, aumentando o contato à medida que o movimento ocorra e
tornando o movimento mais suave e menos abrupto que as engrenagens de dentes retos. Além disso, elas
podem transmitir movimento entre eixos paralelos e/ou cruzados (comumente a 90o).

Essa característica, inclusive, permite atingir velocidade tangencial no círculo primitivo de até 50
metros/segundos dentro dos limites de ruído e vibração de projeto. Para algumas situações são utilizadas
para transmitir movimentos entre eixos não paralelos (apesar de não ser muito comum).

17 Adaptado de Shutterstock em https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/helical-bevel-gear-lowspeed-train-3d-1532027870. Acesso em: 25/12/2019.


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Atenção, Coruja! Em uma possível questão de prova que diga: "somente engrenagens de
dentes cônicos (veremos esse tipo a seguir) são usadas para eixos não paralelos, pode
marcar como errada, viu? Apesar de não ser comum, as helicoidais também podem ser
usadas!

Movimento suave
MAIOR

Engrenagem Engrenagem
cilíndrica de cilíndrica de
dente dente reto
helicoidal

MENOR

Um subtipo de engrenagens de dentes helicoidais é a espinha-de-peixe ou hélice-dupla. A incidência


é baixíssima em prova, Estrategista. Aqui é válido saber que elas existem e que são usadas para diminuir a
carga de empuxo que aumenta nos rolamentos (falaremos deles na próxima seção) de sustentação quando
há transmissão de potenciais maiores.

Essa eliminação de carga se dá ao fato de que dois conjuntos de dentes helicoidais são usinados com
sentidos de hélices opostos em um único pinhão. Veja na figura abaixo para ficar mais claro. ;)

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Hélice - Hélice -
sentido à sentido à
direita esquerda

Hélice - Hélice -
sentido à sentido à
esquerda direita

18

Além dessas características que comentei, Estrategista, é muito interessante para sua prova que você
conheça alguns aspectos geométricos dessas engrenagens, bem como alguns cálculos importantes e suas
relações.

Para isso, precisamos ter em mente que as engrenagens cilíndricas helicoidais, por conta do formato
inclinado dos seus dentes, terão dois passos diferentes e dois módulos (diferentemente das de dentes
retos). Veja na figura:

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COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Para não estendermos muito a aula de hoje, vou expor as principais fórmulas para sua prova quando
a questão abordar engrenagens cilíndricas helicoidais. Veja na figura acima (marquei em vermelho) que
temos uma relação para calcular o ângulo ẞ que provém do triângulo formado. Assim:

𝑷𝒏
𝐜𝐨𝐬(𝜷) =
𝑷𝒄

Além disso, o passo normal (Pn) e o passo circular (Pc) são obtidos pelas seguintes expressões, onde
Mn é o módulo normal e Mf é o módulo frontal:

𝑷𝒏 = 𝑴𝒏 ∙ 𝝅 e 𝑷𝒄 = 𝑴𝒇 ∙ 𝝅

Substituindo os valores de cada passo na fórmula principal, temos:

𝑴𝒏
𝐜𝐨𝐬(𝜷) =
𝑴𝒇

Além dessa relação, para as engrenagens cilíndricas helicoidais, Estrategista, temos que o diâmetro
primitivo (Dp) é obtido pela divisão do comprimento da circunferência (Cp) por π. Dessa relação:

𝑪𝒑
𝑫𝒑 =
𝝅

19 Adaptado de Aula 34. Engrenagens III. Senai. https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/34elem.pdf. Acesso em: 0/12/2019.
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Coruja, a fim de acharmos o comprimento da circunferência, basta multiplicarmos o valor do passo


circular (já vimos ele antes nas de dentes retos) pelo número de dentes (Z) da engrenagem. Assim:

𝑪𝒑 = 𝑷𝒄 ∙ 𝒁

Substituindo na fórmula o diâmetro primitivo, encontramos a fórmula que já vimos também nas
engrenagens cilíndricas de dentes retos, porém com o módulo frontal. Já que:

𝑷𝒄 = 𝑴𝒇 ∙ 𝝅 e 𝑪𝒑 = 𝑷𝒄 ∙ 𝒁

Temos:

𝑪𝒑 𝑷𝒄 ∙ 𝒁 𝑴𝒇 ∙ 𝝅 ∙ 𝒁
𝑫𝒑 = = = = 𝒁 ∙ 𝑴𝒇 ≫ 𝑫𝒑 = 𝒁 ∙ 𝑴𝒇
𝝅 𝝅 𝝅

Oras, Coruja, assim podemos concluir que conseguimos relacionar o ângulo ẞ (caso a questão de
prova nos pergunte sobre ele) com o diâmetro primitivo e os módulos frontais e normais. Veja:

𝑴𝒏 𝑴𝒏
𝐜𝐨𝐬(𝜷) = ≫ 𝑴𝒇 =
𝑴𝒇 𝒄𝒐𝒔(𝜷)

Assim, substituindo novamente na fórmula do diâmetro primitivo que vimos acima:

𝑴𝒏 . 𝒁
𝑫𝒑 =
𝒄𝒐𝒔(𝜷)

Para concluir, a última equação importante é aquela que considera o diâmetro externo (De) da
engrenagem. Saiba que ele será igual ao somatório entre diâmetro primitivo (Dp) e duas vezes o módulo
normal (Mn):

𝑫𝒆 = 𝑫𝒑 + 𝟐. 𝑴𝒏

Estrategista, sobre engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais é mais do que suficiente para sua
prova, pois elas não costumam ir além disso. Tranquilidade, pois as fórmulas irão te suprir em uma eventual
questão sobre ângulo de inclinação, passos e módulos desse tipo de engrenagem. "Simbora" para outro tipo?

2.1.3. Engrenagens cônicas

Nesse tipo de engrenagens, temos variações (subtipos) em relação aos dentes, assim como no grupo
de engrenagens cilíndricas. Esse tipo de engrenagem é muito utilizado para sistemas de engrenagens
concorrentes podendo formar entre si diversos ângulos. O ângulo mais comum entre os eixos é o reto (90o).
Veja na ilustração abaixo o ângulo formado.

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Perceba na figura acima que ela contém os subtipos de engrenagens cônicas (nesses casos, a 90o).
Em "b", temos a engrenagem cônica Zerol (esse nome é uma marca registrada da Gleason Works®) que
possui como principal característica promover um movimento mais suave que as de dentes retos (em "a"),
com seus dentes curvados.

21

20 Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014 e Shutterstock, 2019 em
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gear-train-mechanical-system-formed-by-770535166. Acesso em: 28/12/2019.
21 Adaptado de Shutterstock, 2019 em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gear-train-mechanical-system-formed-by-770535166. Acesso em: 28/12/2019.

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Temos aqui mais dois subtipos de engrenagem. Assim, temos as engrenagens cônicas espirais que
possuem como característica a suavidade no movimento como na Zerol®. Consequentemente, temos menor
ruído e menor vibração, fornecendo, também, um engrenamento mais gradual e suave que as cônicas de
dentes retos. Além disso, é importante mencionar que as engrenagens cônicas helicoidais não possuem um
helicoide verdadeiro (por conta do formato cônico) diferentemente das cilíndricas helicoidais.

Movimento suave
MAIOR

Engrenagem Engrenagem
cônica de cônica de
dentes espirais dentes retos
e Zerol

MENOR
2.2. Sistemas de Engrenagens - trens de engrenagens

Estrategista, em muitos exercícios de prova relacionados a engrenagens, são cobrados sistemas de


engrenagens e suas razões de transmissão, seja amplificando, seja reduzindo o movimento.

Você perceberá que não há mistério: as relações de transmissão já estudadas na primeira seção se
aplicam da mesma forma, com a mesma lógica. Para isso, usaremos regras de três, considerando os dentes
de cada engrenagem. Todavia, irei definir alguns conceitos para que você não tenha qualquer surpresa na
hora da prova inerente a trens de engrenagens. Depois falaremos sobre razões.

2.2.1. Trens de engrenagens

Estrategista, trem de engrenagem nada mais é que uma sequência de duas ou mais engrenagens a
fim de atingir específicas velocidades de saída, torque ou alteração de sentido de movimento de saída. Para
essas variáveis, as variáveis de entrada fazem total diferença.

Assim, quando analisarmos trens de engrenagens, estaremos também fazendo uma análise sobre
relação de transmissão (que já estudamos). Todavia, existem algumas classificações de trens de engrenagens
que você precisa saber e que vão depender do número e do tipo de engrenagem.

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2.2.1.1 Trens de engrenagem simples

Quando temos em cada eixo apenas uma engrenagem, temos um trem de engrenagem simples.
Todavia, Estrategista, não confunda essa definição com o número de engrenagens no sistema. "Como assim,
Professor?".

Existem as engrenagens intermediárias que possuem como função somente manter o sentido de
rotação, não implicando em redução ou multiplicação entre as velocidades angulares das engrenagens de
entrada (também chamadas de pinhão) ou de saída (também chamada de coroa). Veja a figura a seguir.

Estrategista, saiba que pinhão é uma denominação para engrenagens menores e que
coroa é uma denominação para engrenagens maiores. Não tem relação com o fato de
um ser a engrenagem motora e a outra a movida, viu? :)

22

22
Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Perceba, Estrategista, que na vista frontal, a engrenagem 2 é a intermediária que somente tem a
função de inverter o sentido de movimento se caso fossem acopladas diretamente as engrenagens 1 e 3.
Com a presença da engrenagem 2, a intermediária, o sentido da engrenagem 1 (horário) é mantido para a
engrenagem 3 (também horário).

Trem de engrenagem simples não é porque tem só 2 engrenagens! Veja na figura que
temos 3 engrenagens e é do tipo simples, já que para cada eixo há uma engrenagem! ;)

2.2.1.2. Trem de engrenagem composto

Oras, Coruja, o trem de engrenagem composto é justamente formado quando se tem em um ou mais
eixos com mais de uma engrenagem montada rigidamente. Nesse sentido, essas engrenagens são obrigadas
a girar juntas, com mesma velocidade angular, inclusive.

Vejamos a figura a seguir que mostra um tipo de trem de engrenagem composto no qual os eixos
não são colineares (perceba pela vista de topo que pela presença da engrenagem 2-3, o eixo da engrenagem
1 e o eixo da engrenagem 4 não estão na mesma linha - marquei com setas vermelhas a figura para você
visualizar).

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Perceba, Estrategista, que pelo fato de os eixos não serem colineares, esse tipo de trem de
engrenagem composto recebe o nome de trem de engrenagem composto não-invertido.

Na figura a seguir, temos um exemplo de trem de engrenagem composto, porém quando os eixos
são colineares e, por conta disso, recebe o nome de trem de engrenagem composto com inversão.

É somente uma questão de classificação, Estrategista. Sem grande preocupação nesse ponto, viu?
Perceba, pela figura abaixo, que as engrenagens compostas 2-3 também giram em sentido oposto (anti-
horário) em relação as engrenagens 1 e 4. ATENÇÃO!

23
Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.

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Fique bem esperto, Estrategista! Essa classificação pode confundir você na hora da prova!
Olhe sempre os eixos de entrada e de saída para considerar se são ou não com inversão
de sentido!

Para o cálculo de relação de transmissão desses dois tipos de trem de engrenagem (simples e
composto), para todas com eixos fixos, temos que:

𝝎𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒆𝒏𝒈𝒓𝒆𝒏𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔 𝒎𝒐𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔


𝒊= = ±| |
𝝎𝒔𝒂í𝒅𝒂 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒆𝒏𝒈𝒓𝒆𝒏𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔 𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓𝒂𝒔

24
Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Assim, por exemplo, na engrenagem "C" (figura acima), teríamos:

𝒁𝟐 𝒁𝟒
𝒊= + ∙
𝒁𝟏 𝒁𝟑

Na qual, Z é o número de dentes e o sinal de (+) para indicar o sentido de movimento da engrenagem
movida de saída (4) é o mesmo que da engrenagem motora de entrada (1).

Como para o trem de engrenagem simples, a relação de transmissão não depende do número de
dentes das engrenagens intermediárias, temos para o trem da figura "A":

𝒁𝟑
𝒊= +
𝒁𝟏

2.2.1.3 Trens de engrenagens planetários (epiciclóide)

Estrategista, existe um terceiro tipo de trens de engrenagens chamado de epiciclóide (caso apareça
em sua prova, não se assuste, nada mais é que o famoso sistema planetário de engrenagens), que possui
um grau de liberdade a mais que o simples e o composto.

Conforme vimos, no simples e no composto, o trem de engrenagem possui um grau de liberdade,


pois as engrenagens são todas fixas. Isso não ocorre no trem de engrenagens planetário ou epiciclóide.

Nesse tipo, temos uma ou mais engrenagens que são acopladas a um braço rotativo que recebe o
nome de condutor. Esse braço gira em torno de um centro fixo, ao passo que a engrenagem planeta
acoplada a ele gira com ele também. Ao mesmo tempo ela gira em seu próprio eixo além de percorrer a
engrenagem solar. Por conta dessa configuração, esse sistema possui dois graus de liberdade.

Estrategista, em trens de engrenagens planetários também encontraremos situações com


engrenagens externas (D) e internas (E). Vamos agora dar uma "olhada" nas figuras abaixo para
visualizarmos

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25

26

25 Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
26 Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Outro arranjo muito utilizado e que torna o trem de engrenagens planetário da figura acima utilizável
na prática é o arranjo anular (figura "F", a seguir).

Você pode reparar, Estrategista, que se a engrenagem 2 (planeta) tem seu eixo que orbita a
engrenagem 1 (solar) na figura "D", a transmissão de movimento fica impossível, caso a engrenagem solar
seja a motora em uma situação específica. Por isso, surge a necessidade de se acoplar uma engrenagem anel
ao sistema, acoplada a engrenagem planeta e centralizada no mesmo eixo que a engrenagem solar e o braço
condutor.

Na figura abaixo, temos um exemplo com a engrenagem anular acoplada no eixo da solar e do braço
condutor.

27

Novamente, sem grandes mistérios para sua prova, Estrategista, teremos um relação de transmissão
pautada, no fim, no mesmo raciocínio que nos demais trens de engrenagens planetários já visto.

27
Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Para a figura "F" acima, temos a relação de transmissão sem inversão de movimento (sinal positivo)
de entrada (1) e saída (3):

𝒁𝟑
𝒊= + ;
𝒁𝟏

Coruja, caso a relação fosse com o braço fixo, teríamos uma inversão de movimento de saída na
engrenagem (3), invertendo o sinal da relação:

𝒁𝟑
𝒊= − ;
𝒁𝟏

Estrategista, de engrenagens vimos muitos detalhes para sua prova. As bancas não costumam
adentrar além do conhecimento exposto. Como o intuito é cobrar todo o conteúdo do edital, passaremos
agora a um assunto também importante para sua prova - mancais.

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3. MANCAIS
Estrategista, antes de começarmos a entrar mais especificamente nos dois principais tipos de mancais
cobrados pela banca (deslizamento e rolamento), é valido sabermos o que é um mancal e para que ele
serve.

Basicamente, os mancais são elementos de máquinas que facilitam o movimento entre dois
componentes, ao passo que transferem forças entre esses componentes sem que haja movimento na
direção de aplicação dessas forças.

Em outras palavras, Estrategista, são os apoios que garantem, por exemplo, que um eixo giratório
execute seu movimento sem sofrer interferências de forças de cargas que existam no conjunto. Uma dessas
forças pode ser o próprio peso dos elementos envolvidos.

Um exemplo prático de uso de mancais é o virabrequim de motores a combustão dos automóveis.


Sua principal função é manter o eixo (virabrequm) livre para o movimento giratório e fixado para que não
ocorram vibrações provenientes de outras forças que não são relacionadas ao movimento giratório.

De maneira geral, não se surpreenda com questões que afirmam que “todos dispositivos mecânicos
de partes móveis precisam de pelo menos um mancal".

Realmente, sempre há necessidade de sua presença a fim de garantir que os movimentos relativos e
desejados não sofram interferência de demais cargas.

Agora, Estrategista, vamos especificar os dois tipos de mancais existentes: o de deslizamento e o de


rolamento. Avante!

3.1. Mancal de Deslizamento

O mancal de deslizamento compreende a um tipo de mancal no qual o escorregamento entre o eixo


e o mancal é viabilizado por meio de um fluído (lubrificante).

Veja a figura abaixo de um na vida real.

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Dessa forma, o eixo e o castilho (nome dado a estrutura fixa do mancal) formam o conjunto
denominado mancal e o castilho é quem permite que o eixo desenvolva um movimento giratório sendo
facilitado pela presença da película de lubrificante entre eles. A figura esquemática abaixo ilustra esse
conjunto.

29

28Adaptado de WikimediaCommons em <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pillow-block-bearing.jpg.> acesso em: 27/11/2019.


29 Adaptado de Melconian, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
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É claro, Estrategista, que a camada de lubrificante não é tão espessa quanto mostra a figura acima
(ela só está nessa dimensão para fins didáticos).
Outro ponto que você precisa ter em mente é que a principal diferença entre os mancais de
deslizamento e de rolamento é que naquele, temos o movimento facilitado por lubrificante específico, ao
passo que neste o movimento é facilitado por pequenas esferas que compõem o rolamento do mancal.

Estrategista, "tatue" na mente o que facilita o movimento:

Mancal de deslizamento = lubrificantes / Mancal de rolamentos = rolamentos.

Coruja, anote que os mancais de deslizamento têm certas vantagens30 sobre os de rolamentos:

• Baixo custo de aquisição;


• Facilidade de projeto do eixo e do alojamento (mais simples);
• Exigência de menor espaço radial;
• Operação menos barulhenta;
• Menor chance de ocorrer falha por fadiga;
• Menos pesado;
• Reposição costuma ser mais fácil;

Outro nome que normalmente aparece para o eixo quando relacionado a esses assuntos,
Estrategista, é munhão! Assim, sem susto, hein? Munhão = eixo!

30 Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Além desses pontos mencionados, é válido termos em mente alguns materiais específicos (entre eles,
boa parte de ligas metálicas) que são utilizados para produzir mancais de deslizamento.

Esses materiais, por conta da exigência do serviço a ser submetido, Estrategista, precisam conciliar
boa resistência à fadiga, baixo grau de resistência ao cisalhamento (facilitando o aplainamento da superfície
áspera de contato) e baixo módulo de elasticidade (a fim de ter menor impacto por desalinhamentos e
deflexões).

Além disso, é necessário que tenha boa ductilidade e baixa dureza (para que seja possível que
minúsculas partículas abrasivas externas sejam embutidas) e, principalmente, alta condutividade térmica a
fim de dissipar o calor gerado pelo atrito (lembre-se que os movimentos, a depender da máquina, atingem
elevadas rotações).

Portanto, grave:

Boa resistência a fadiga

Baixa resistência ao cisalhamento

Propridades mecânicas dos


materiais de mancal de Baixo módulo de elasticidade
deslizamento

Boa ductiliade e baixa dureza

Alta condutividade térmica

Além de tudo isso, os mancais de deslizamento são muito utilizados em situações que exigem alta
velocidade e suportam maiores cargas por conta da a sua maior área de contato com a peça móvel, como
um eixo, por exemplo.

"Tá, professor. Entendi. Mas, e os materiais? Quais são?" Calma, Estrategista! Rs. Segue a lista dos
principais materiais utilizados de acordo com a literatura específica sobre o tema31:

• Ligas metálicas: bronze-chumbo, bronze-estanho, bronze-alumínio;


• Ligas não metálicas autolubrificantes: telfon, náilon, acetal, resina fenólica ou policarbonato.

31 Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Se ligou no "bizu", Estrategista? Se a questão quiser te pegar, perguntando qual o metal


mais comum utilizado nas ligas para produção de mancais de deslizamentos, quero ver
você correr para o abraço! O "cara" é o bronze! ;)

Conforme coloquei em evidência, a alta condutividade térmica também é uma propriedade muito
importante para o fluído lubrificante entre o eixo e o mancal.

Dessa forma, precisamos levar para nossa prova alguns conceitos sobre lubrificação dos mancais de
deslizamento e relações com torque e potência. Por isso, vamos tratar dela, agora!

3.1.1. Lubrificação de mancais deslizantes

Como já mencionado anteriormente, Estrategista, a fim de proporcionar adequado nível de serviço,


surge a necessidade de lubrificação (usualmente, são utilizados óleos específicos para cada situação) a fim
de separar a interface do mancal e do eixo e garantir que o desgaste entre as peças seja minimizado.

Esse óleo lubrificante que garante nenhum contato entre as superfícies do mancal deslizante e o eixo
recebe o nome de filme espesso ou filme completo. Caso haja algum contato entre as superfícies em algum
lugar geométrico, esse filme será chamado de parcial ou delgado. Agora, se não tivermos qualquer
lubrificante na interface de contato, o filme é classificado como nulo. Assim:

TOTAL CONTATO ENTRE


FILME NULO
SUPERFÍCIES

ALGUM CONTATO ENTRE


FILME DELGADO OU PARCIAL
SUPERFÍCEIS

NENHUM CONTATO
FILME ESPESSO OU COMPLETO
ENTRE SUPERFÍCIES

Estrategista, essas classificações são importantes, viu? Elas têm "cheiro" de prova, sabe? rs. Agora,
veremos algumas classificações inerentes a forma como esses óleos lubrificantes são inseridos no sistema.

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3.1.1.1. Tipos de lubrificação

Existem, no total, cinco tipos de lubrificação, de acordo com a doutrina majoritária, cada qual com
sua diferente forma de ser introduzido e mantido no conjunto mancal deslizante-eixo:

• Hidrodinâmica: também chamada de lubrificação de filme completo ou fluída, era ocorre


sem a necessidade do lubrificante ser inserido sob pressão. A pressão do filme surge pelo
movimento do eixo e sua superfície móvel que "puxa" o fluído lubrificante para a zona,
formando uma cunha em velocidades elevadas e não permite o contato entre o mancal
deslizante e o eixo (maiores detalhes, fogem ao escopo da nossa aula e adentra o campo da
Mecânica dos Fluídos).

• Hidrostático: diferentemente da hidrodinâmica, na hidrostática, Estrategista, o fluído


lubrificante é bombeado e injetado sob alta pressão. Devido a esse bombeamento, a pressão
que ele adentra no conjunto cria o filme espesso entre o eixo e o mancal. Dessa forma, esse
tipo não requer o movimento de uma superfície sobre a outra;

• Elasto-hidrodinâmica: nesse tipo de lubrificação, você só precisa saber que ela deriva de um
fenômeno que ocorre quando o lubrificante passa a ser colocado entre superfícies que estão
em movimento rolante, como em engrenagens e mancais de rolamentos e que em um
determinado momento o filme torna-se muito delgado (fino).

Isso pode ocorrer por uma diminuição na viscosidade do lubrificante, por exemplo, e por
conta da camada de lubrificante a nível molecular que pode se formar em alguns casos, na
qual qualquer deformação elástica das peças (veremos sobre ela na aula de Ciências dos
Materiais) pode gerar o contato entre elas. Por isso, a denominação característica desse tipo;

• Lubrificação de contorno ou limítrofe: esse tipo é uma derivação de processo que podem
ocorrer e que foram descritos na elasto-hidrodinâmica (queda na velocidade das superfícies
móveis ou queda na viscosidade do fluído pelo aumento da temperatura, por exemplo).
Nesse sentido, o contorno ou limite é a lubrificação que ocorre nessas finíssimas camadas
de lubrificantes a nível molecular em alguns casos;

• Lubrificação de filme sólido: essa é a mais simples, Estrategista, pois é a lubrificação efetuada
por lubrificantes de caráter seco. Nesses casos, são usados o grafite ou o dissulfeto de
molibdênio. Normalmente, são serviços nos quais as temperaturas são muito elevadas o que
torna o uso de óleo um processo indesejável.

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Se liga, Estrategista! Quando falar em:

Lubrificante seco = Lubrificação de filme sólido;

Lubrificante bombeado sob pressão = Lubrificação hidrostática;

Lubrificante sob pressão pelo movimento das superfícies e NÃO bombeado =


Lubrificação hidrodinâmica!

3.1.1.2. Viscosidade e cálculos de força e potência

Um tópico importante dentro dos mancais de deslizamento e que você precisa dominar para sua
prova é inerente ao conceito de viscosidade.

Sem adentrar muito ao detalhe, pois faz parte da aula de Mecânica dos Fluídos, a viscosidade nada
mais é que a medida de resistência ao escorregamento que um fluído possui.

Assim, um fluído (óleo lubrificante, por exemplo) viscoso quer dizer que ele possui alta resistência
ao escoamento e, consequentemente, baixa velocidade para fluir.

Por conta disso, Estrategista, é que a água flui mais facilmente que, por exemplo, o mel. Ou seja, o
mel é mais viscoso que a água. Até aí, nenhuma novidade.

Todavia, o que nos interessa é justamente a resistência que o fluído exerce entre os superfícies de
contato (móveis e imóveis) do eixo e do mancal, respectivamente.

Por conta dessa resistência, teremos para cada tipo de fluído lubrificante, diferentes viscosidades e,
logo, diferentes resistências. Por conta dessa resistência, surgem tensões de cisalhamento que serão de
diferentes intensidades para cada camada de lubrificante, já que cada camada possui uma velocidade.

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Um outro elemento de máquina utilizado em conjuntos com eixo, por exemplo, é a placa
de orifício. Tranquilidade, Coruja! Sua função é controlar a vazão de uma tubulação e
consiste em uma placa de metal com um furo e, à medida que o fluído passa pelo furo, as
pressões medidas em cada lado da carga são usadas para medir a perda de carga do
fluxo. ;)

Na figura abaixo, Estrategista, temos que a velocidade "V" na placa móvel "A" é muito maior que a
velocidade "v" na superfície "B" (praticamente zero). Nesse exemplo, temos a espessura do lubrificante
sendo mostrada por "h" e a força que desloca a placa móvel "A" por "F".

As diferentes "barrinhas" que você percebe entre a superfície "B" e a placa móvel "A", expressam a
diferentes velocidades e tensões de cisalhamento para cada camada (nível) de fluído lubrificante entre elas.

32

32
Adaptado de DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
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Atenção, Estrategista! Viscosidade é uma medida de resistência ao escoamento de um


fluído!

Conforme nos ensina o princípio da aderência da Mecânica dos Fluidos (novamente, não cabe irmos
mais a fundo nesse momento), temos que cada camada do fluído adquire a velocidade da superfície na qual
ele está aderido. Por isso, na superfície "B", temos a camada de fluído aderida com velocidade "v" = 0
(indiquei na figura). Ao passo que a superfície "A" se movimenta, cada camada de fluído acima ganha um
"delta" de velocidade para cada fração de espessura "y" do total da espessura do lubrificante "h".

Dessa relação, Estrategista, surge a seguinte fórmula que relaciona a tensão (que sabemos que é
força pela área) com o gradiente de velocidade:

𝑭 𝜹𝒗
𝝉 = =𝝁 ;
𝑨 𝜹𝒚

Na qual, temos:

• 𝝉: tensão de cisalhamento, em (N/mm2);


• 𝑨: área da superfície na qual atua a força "F", em (mm2);
• 𝝁: constante de viscosidade do material, em (N.s/mm2);
• 𝜹𝒗: gradiente de velocidade em função da espessura, em (mm/s);
• 𝜹𝒚: gradiente de espessura, em (mm);

Para fluídos newtonianos, nos quais temos que a viscosidade é constante e não varia com o tempo,
e o tipo adotado pela maioria das bancas de concurso, temos que:

𝑭 𝑽
𝝉 = = 𝝁. ;
𝑨 𝒉

Dessa forma, Estrategista, nossos cálculos ficam simplificados. Além disso, no âmbito do nosso estudo
(mancais de deslizamento), a espessura "h" é muito pequena. Para essas distâncias muito pequenas entre
superfícies, adota-se um comportamento linear para o diagrama de velocidades de cada camada, bem como
para as tensões de cisalhamento relacionadas. Nesse sentido, podemos expressar o gradiente de velocidade
da forma como está na expressão acima (o que facilita nossa vida na hora da resolução da questão de prova).

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Consequentemente, podemos adequar os conceitos que vimos acima para a relação eixo e mancal
de deslizamento. Nesse sentido, para nosso cálculo será interessante sabermos a área da superfície móvel
(que é a área da superfície do eixo) na qual teremos a relação de força aplicada e, consequentemente,
determinado torque, além da espessura "h" que será igual a folga radial "c" entre o eixo e o mancal de
deslizamento.

Dessa forma, Coruja, sabemos que para um eixo que rotaciona temos a velocidade tangencial igual
a velocidade da placa móvel: 𝑽 = 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒇 (proveniente lá dos conceitos de velocidade angular que vimos
no começo da aula) e que torque é igual ao produto da força pelo braço (no caso do eixo, é o raio dele já
que é um cilindro): 𝑻 = 𝑭. 𝒓. Além disso, sabemos que força é igual ao produto da tensão pela área: 𝑭 =
𝝉 . 𝑨 e a área lateral de um cilindro (eixo) é 𝑨 = 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒍, onde 𝒍 é o comprimento do eixo. Assim, temos
a seguinte relação:

𝑻 = 𝑭. 𝒓 = (𝝉. 𝑨). 𝒓

𝑽 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒇
𝝉 = 𝝁. = 𝝁.
𝒉 𝒄

logo

𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒇. 𝝁
𝑻 = 𝑭. 𝒓 = (𝝉. 𝑨). 𝒓 = ( ) . ( 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒍). 𝒓
𝒄

Conforme já comentei antes, sempre treine essas relações a fim de se preparar para eventuais
cobranças em provas, viu? Essas relações que deduzi serão muito úteis! ;)

Estrategista, passaremos a estudar os mancais de rolamentos! Foco e força! A vaga é sua!

3.2. Mancais de rolamentos

Estrategista, sem muito mistério aqui. Em mancais de rolamento, diferentemente dos mancais de
deslizamento, a transferência de movimento e de cargas é efetuada por estruturas sólidas como esferas,
por exemplo (veremos que a depender do rolamento, teremos diversos formatos) que vão separar a
superfície de uma peça fixa e a superfície móvel de uma peça em movimento.

Assim como nos mancais de deslizamento, o objetivo também e permitir e facilitar o movimento
entre peças mecânicas, normalmente, entre um eixo e uma peça fixa.

Dessa forma, Estrategista, o atrito gerado quando se tem uma estrutura com mancais de rolamentos
tende a ser menor para o torque inicial e também na operação em si.
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Outros "apelidos" para mancais de rolamento são amplamente utilizados pela literatura,
Estrategista. Por isso, não se impressione se você vir: mancais de contato e mancais
antifricção. São todos referentes ao "dito cujo". ;)

Conforme menciona Collins33, os mancais de rolamentos possuem certas vantagens:

• Alta confiabilidade, necessitando mínima manutenção;


• Baixíssima lubrificação é exigida;
• Muito conveniente para operação com velocidades reduzidas;
• Suporta cargas radiais, axiais ou ambas ao mesmo tempo;
• Exige pequeno espaço no sentido axial;
• Ampla padronização entre fabricantes, possuindo várias opções no mercado;
• Há alerta de provável falha pela mudança ou elevação de ruído.

A figura a seguir ilustra um esquema de rolamento com suas partes e características típicas. Dê uma
olhada, Estrategista:

33
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34

Perceba, Estrategista, que a força Fr é exercidaa radialmente ao rolamento, ao passo que a força Fa
é exercida axialmente (na direção do eixo longitudinal) dele.

Na figura a seguir, temos as determinações de cada parte de um mancal de rolamento. Dê uma


checada, pois para uma questão conceitual e específica que cobre as denominações de forma direta, é
importante ter, ao menos, a noção de sua estrutura:

34 Adaptado de MELCONIAN, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
51

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35
Adaptado de DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011 e de Catálogo
SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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Perceba, Estrategista, que marquei em vermelho detalhes que podem gerar confusão em
prova. Se caso a questão trate o anel interno ou o anel externo como pista interna e
pista externa, respectivamente, não deixe de marcar como correto, viu? Agora, se na
questão o examinador especificar cada parte, aí sim, cada parte possui sua denominação
como marquei na figura. ;)

3.2.1. Tipos de rolamentos

Coruja, essa é a parte mais "chatinha" dessa seção da nossa aula, pois, apesar de ser fácil, é muita
decoreba. Isso acontece porque as bancas costumam, basicamente, cobrar a visualização de uma imagem
e a identificação de qual mancal de rolamento e suas principais características.

Por conta disso, eu sugiro que você perca cerca de 10 minutos por dia, todos os dias, até o dia da sua
prova, para olhar cada tipo e tentar associar às características que vou elencar ao lado de cada um. Ok?
"Simbora"!

3.2.1.1. Rolamentos de esferas

Estrategista, os principais grupos de mancais de rolamentos que são consagrados pela literatura e
normalizados segundo a norma alemã DIN (do alemão, Deutsches Institut für Normung) - relaxa que saber
sobre ela não é nosso objetivo - são: de esferas, de rolos, cônicos e de agulhas.

Dentro desses grupos, iremos tratar dos tipos mais cobrados pelas bancas e que podem aparecer na
sua prova. Para isso, temos os seguintes tipos e suas imagens fornecidas pela SKF36 (fabricante de mancais
de rolamentos) relacionados abaixo com suas principais características:

a) Rolamento radial de uma carreira e canal profundo: também chamado de Conrad, suporta
tanto carga radial de intensidade moderada quanto axial em intensidade leve. É largamente
usado, pois possui baixo custo e muita versatilidade. São muito utilizados para situação de
baixo ruído e elevada rotação;

36 Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.


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37

b) Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas: nesse tipo, as esferas estão
posicionadas formando um ângulo (usualmente de 15o, 25o, 30o ou 40o) em relação ao eixo de
rotação. Normalmente, suporta apenas em um único sentido as cargas axiais. Por conta disso,
é comumente montado junto a outro rolamento do mesmo tipo em contraposição, a fim de
aguentar cargas de sentidos opostos. Muitas vezes, esses rolamentos não são desmontáveis;

38

37
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
38
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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c) Rolamento autocompensador: nesse tipo de rolamento de esfera, temos um anel que é


esterno e côncavo para a dupla fileira de esferas. Normalmente, usa-se esse tipo para eixos
desalinhados a fim de compensá-los. Perceba, pela figura, que cada fileira de esferas é
deslocada, não fazendo com que cada par de esfera fique alinhado. Essa é uma característica
desse tipo;

39

d) Rolamento de contato angular de esferas com duas carreiras: nesse tipo, temos a atuação
em conjunto de duas carreiras de esferas posicionadas com um ângulo em relação ao eixo de
rotação. É muito utilizado quando se tem a presença de cargas radiais e axiais, além das axiais
em ambos os sentidos.

39
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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40

e) Rolamento axial de esferas com escora simples: esse é um tipo amplamente usado quando
se possui carga axial em só um sentido, sem carga radial. É um tipo de rolamento
desmontável.

41

40
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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f) Rolamento axial de esferas com escora dupla: a única diferença do tipo anterior é que esse
aqui, por ter duas escoras, pode suportar cargas axiais de sentido duplo (não somente em
um sentido).

42

g) Rolamento de rolos cilíndricos retos: a principal característica desses tipos de rolamentos é


que eles não suportam cargas axiais, porém suportam altas cargas radiais já que possuem
maior área de contato (toda a área da superfície cilíndrica do rolo).

42
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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43

h) Rolamento autocompensador de rolos: normalmente é utilizado para cargas radiais ainda


mais elevadas, além de possuir, também, a vantagem de compensar desalinhamentos do
eixo e do alojamento por suportar cargas vibratórias. Este tipo também suporta carga axial
(diferentemente do anterior). Fique esperto(a), Estrategista;

44

43
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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i) Rolamento axial autocompesador de rolos: a diferença principal do anterior, Estrategista, é


que por ter uma inclinação relativamente maior, ele suporta elevadíssimas cargas axiais, além
de permitir cargas radiais medianas e moderadas desde que não ultrapasse cerca de 50% da
carga axial. Além disso, esse tipo suporta elevadas rotações.

45

j) Rolamentos de rolos cônicos: possui como característica o equilíbrio entre suportar tanto
cargas axiais quanto cargas radiais e ambas em alto nível. Todavia, admite a carga axial
somente em um sentido. Por conta disso, podem ser instalados em arranjos de duas ou
quatro carreiras ou duas pelas contrapostas como no rolamento de esferas angular. É muito
utilizado em automóveis e em caminhões devido a sua resistência para ambas as cargas.

45
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
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46

k) Rolamentos de agulha: também são denominados como rolamentos de rolos de agulhas, já


que são formados por vários rolos bem finos (por isso, recebem o nome de agulhas) que
chegam a ter de comprimento até 10x o próprio diâmetro. A principal característica que você
precisa levar para sua prova é que esse tipo é utilizado quando se tem pouco espaço no
sentido radial (construções mais compactas e com distância radial limitada).

47

46
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019.
47
Adaptado de Catálogo SKF comercial <https://www.skf.com/binary/82-121486/0901d19680416a2b-10000_2-PT-BR---Rolling-bearings.pdf>. Acesso em: 28/11/2019..
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Estrategista, esses são os principais tipos de rolamentos que costumam cair em provas. Outro assunto
importante para fecharmos essa parte e passarmos para as molas é entender como calcular as famigeradas
cargas as quais os mancais de rolamentos estão submetidos e que tanto comentei com você!

Porém, antes de adentrar nesse tópico, é válido termos o seguinte esquema abaixo que eu elaborei
caso caia uma questão conceitual direta em sua prova (como já disse, as bancas adoram dar uma de
"diferentona" rs). Assim, somente memorize os materiais típicos que normalmente são utilizados para cada
tipo de mancal de rolamento:

Mancais de rolos: aços liga de BAIXO carbono

Materiais

Mancais de esferas: aços CROMO de ALTO carbono

3.2.2. Cálculo de cargas

Além das características básicas para a seleção de mancais de rolamentos (tipo, tamanho, espaço de
funcionamento, velocidade limite e montagem, por exemplo), o cálculo da carga pela qual o mancal de
rolamento será submetido torna-se super relevante.

Nesse sentido, Estrategista, é significativo conhecermos as cargas básicas radiais e axiais do serviço
do projeto. Tranquilidade também por aqui! Banca nenhuma vai pedir para que você desenvolva um projeto
na hora da prova! Basta que você saiba as fórmulas inerentes ao cálculo que a questão irá fornecer o resto.

Dessa forma, podemos dividir em dois tipos de cargas: estática e dinâmica. Ainda dentro de cada tipo
teremos as duas atuações de sentidos que já comentei: radial e axial.

3.2.2.1. Carga estática e dinâmica

De acordo com Melconian , a estática é a carga que ocorre, Estrategista, quando se tem a situação
48

de baixíssima rotação (menor do que 10 rpm) ou quando o mancal de rolamento está literalmente parado
(estático). Já a dinâmica é aquela formada quando se tem variações de cargas tanto axiais quanto radiais.
Para ambas, a fim de calcular a carga equivalente, temos a fórmula básica que o exercício lhe fornecerá os
valores:

𝑪𝒆𝒒 = (𝒇𝒓 ∙ 𝑭𝒓 ) + (𝒇𝒂 ∙ 𝑭𝒂 );

48 Adaptado de MELCONIAN, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
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Na qual, para a estática:

• Ceq: carga equivalente estática, em N ou kN;


• fr: fator radial, adimensional e fornecido pela questão;
• Fr: carga radial, em N ou kN;
• fa: fator axial, adimensional e fornecido pela questão;
• Fa: carga axial, em N ou kN.

Calculadas as cargas equivalentes, Coruja, temos que encontrar a capacidade de carga do rolamento.
Assim, temos que, para a capacidade de carga estática:

𝑪𝑪𝒆 = (𝒇𝒆𝒔 ∙ 𝑪𝒆𝒒 );

Na qual, para a estática:

• CCe: capacidade de carga equivalente estática, em N ou kN;


• fes: fator de esforços estáticos, adimensional e fornecido pela questão;
• Ce: carga equivalente estática, em N ou kN;

Analogamente, teremos para a capacidade de carga dinâmica, a seguinte relação:

𝒇𝒍
𝑪𝑪𝒅 = ∙𝑪 ;
𝒇𝒏 𝒆𝒒

Na qual, para a dinâmica:

• CCd: capacidade de carga equivalente dinâmica, em N ou kN;


• fn: fator de rotação, adimensional e fornecido pela questão;
• fl: fator de esforços dinâmicos, adimensional e fornecido pela questão;
• Ceq: carga equivalente dinâmica, em N ou kN;

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4. MOLAS
Estrategista, você que é Coruja (coruja para mim é a pessoa inteligente, que vai mandar muito bem
na prova!), já deve ter notado que o conceito de mola se aplica a qualquer material, correto? Oras, você verá
em nossa aula sobre Ciência dos Materiais, dentro dos tópicos de deformação elástica. Então, qualquer
material sofre, em diferentes graus, a deformação de caráter elástico, retornando a seu estado original
conforme o esforço é eliminado.

Oras, dessa forma, é fácil notar que muitos materiais podem se comportar, a depender do processo
de fabricação e do material, como molas. Elas são elementos de máquinas capazes de absorver energia
dentro do campo de deformação elástica e devolver essa energia, recuperando seu formato original. Nesse
sentido, Coruja, temos várias funções para as molas, entre elas:

• amortecimento de choques (na suspensão de um automóvel);


• armazenamento de energia (no acionamento de mecanismos de relógios, brinquedos);
• distribuição de força (nas molas do colchão no qual uma pessoa se deita para dormir);
• controle do limite de vazão (nas torneiras que cortam o fluxo de água depois de um tempo);

Estrategista, nessa seção da nossa aula, vamos tratar de molas e passaremos pelos três grandes tipos
de molas que são amplamente cobrados pelas bancas: helicoidais, prato e lâminas (também chamadas de
vigas). Falarei sobre alguns pontos específicos das molas especiais e apresentarei as imagens para que você
se familiarize com elas e acerte em uma possível questão de classificação.

Basicamente, esses tipos de molas que mencionei se enquadram em dois grandes grupos: as de fio
de arame e as molas planas. Ainda assim, Estrategista, temos na literatura um terceiro grupo de mola
denominado molas especiais no qual encontramos diversos formatos diferentes. Por isso, atenção!

Molas de fio de arame Molas planas Molas especiais

Helicoidais de fio
Arruela Belleville Molas de voluta
redondo

Helicoidas de fio
Lâminas Molas de borracha
quadrado

Molas pneumáticas

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Estrategista, vamos tratar, agora, das molas helicoidais - tipo que cai com frequência nas provas para
Engenheiro Mecânico. Trataremos também dos aspectos de cargas que englobam os conceitos de torção e
tensões, bem como os conceitos de deflexões. Avante, Coruja!

4.1. Molhas helicoidais

Dentro desse tipo de mola que faz parte do grupo de molas de fio de arame, encontramos molas
helicoidais de fio redondo (ou seja, a seção transversal do fio tem formato circular) e as helicoidais de fio
quadrado (ou seja, a seção transversal do fio tem formato de um quadrilátero). Veja na figura a seguir uma
mola helicoidal de fio quadrado, Coruja!

49

A seguir temos o exemplo do mesmo tipo, porém duas no formato cônico ("A" e "B") além da
tradicional helicoidal de fio redondo ("C") aplicado no conjunto de suspensão de um automóvel (marquei
ela na figura abaixo, Coruja!).

A B C
50

49 Adaptado de Wondfullforever Store em https://pt.aliexpress.com/item/32835060602.html. Avesso em: 28/12/2019.


50 Adaptado de shutterstock 2019.
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Veja abaixo as de tipos especiais em "F", "G" e "H", além das planas de prato em "C", "D" e "E"!

F G H

Mola de voluta - Mola de borracha - Mola pneumática -


amortecimento de amortecimento de amortecimento de cargas por
cargas elevadas cargas elevadas gás confinado

C D E

Arruela Belleville - Arruela Belleville - Arruela Belleville -


cargas elevadas empilhadas em série empilhadas em paralelo

51

Achou que eu ia esquecer das planas de lâminas, não é, Estrategista? Nada! As de lâminas (ou vigas)
estão na figura a seguir em que são muito utilizadas em suspensões traseiras de "caminhonetes". Veja a
figura, Coruja!

51Adaptado de COLLINS, J.A. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma perspectiva de Prevenção da Falha. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014 e shutterstock 2019. Acesso em:
29/11/2019
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As molas do tipo planas denominadas de prato também são chamadas de Arruelas


Belleville! Não esqueça, Estrategista, pois o examinador pode tentar te confundir em uma
cobrança de sua denominação!

Coruja, a seguir veremos os cálculos de tensões provenientes do torque e o efeito da curvatura, bem
como a deflexão das molas helicoidais de fio redondo - as preferidas das bancas!

Foco e força! A aprovação está próxima, Coruja!

4.1.1. Torque, tensões e curvatura

Estrategista, quando aplicamos uma força, por exemplo, de compressão em uma mola helicoidal de
fio redondo, temos a geração de uma tensão de cisalhamento em uma seção qualquer do fio que a compõe.

Essa tensão de cisalhamento surge justamente pela aplicação da força de compressão (ou de tração),
conforme temos na figura que ilustra essa situação.

52 Adaptado de Shuttherstock, 2019. Acesso em: 29.11.2019.


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Uma forma pratica de "enxergar" essa tensão é quando puxados uma mola ou uma mangueira
enrolada e percebemos que ela se "contorce" toda quando a soltamos (faça aí na sua casa que você
perceberá. rs). Vejamos a ilustração.

53

Perceba, Estrategista, que temos o torque (T) gerado por conta da força de cisalhamento e estão
ambos indicados na figura. Dessa forma, teremos uma tensão máxima no fio que será o somatória da tensão
de cisalhamento proveniente do momento torsor interno e da força que atua na mola:

𝑻 𝑭
𝝉𝒎á𝒙 = ∙𝒓+ ;
𝑱 𝑨

Na qual:
• 𝝉𝒎á𝒙 : é a tensão máxima que atua no fio, em N/mm2;
• 𝑭: a carga axial atuante, em N;

53 Adaptado de DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre, 2011.
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• A: área da seção transversal do fio, em mm2;


• J: momento polar de inércia da seção transversal do eixo, em mm4;
• T: momento torsor (ou torque) interno, em N.mm;
• r: raio da seção circula do fio, em mm;

Oras, Estrategista, a única novidade para nós é o momento polar de inércia que não cabe
adentrarmos aos detalhes, pois faz parte do tópico de estudo da Resistência dos Materiais. Todavia, basta
você saber, nesse momento, que, para eixos maciços (e no nosso caso, o fio da mola é um arame maciço e
𝝅
não vazado), temos 𝑱 = ∙ 𝒓𝟒 .
𝟐

𝝅 𝒅 𝑭.𝑫
Dessa forma, como 𝑨 = ∙ 𝒅𝟐 ; 𝒓 = e 𝑻 = , substituindo em nossa equação da tensão
𝟒 𝟐 𝟐
máxima, temos a seguinte expressão:

𝟖. 𝑭. 𝑫 𝟒. 𝑭
𝝉𝒎á𝒙 = 𝟑
+
𝝅. 𝒅 𝝅. 𝒅𝟐

Além disso, Coruja, o índice de curvatura da mola é importante para nós, pois relaciona o diâmetro
da mola (conforme ilustrado na figura da mola helicoidal), com o diâmetro do fio do arame. Tranquilidade,
Estrategista! Só isso que você precisa memorizar:

𝑫
𝑪=
𝒅

Por conta desse fator de curvatura, Coruja, a tensão interna na mola se sobressai em relação a tensão
externa, sendo necessária a multiplicação por um fator. Esse fator Kw (denominado de fator de Wahl) é dado
pela seguinte expressão:

𝟒𝑪 − 𝟏 𝟎, 𝟔𝟏𝟓
𝑲𝒘 = +
𝟒𝑪 − 𝟒 𝑪

No qual, utilizamos a curvatura "C", já obtida pela relação dos diâmetros. Dessa forma, teremos uma
equação geral que considera a curvatura e "despreza" a ação da força externa sendo relevante para nós a
tensão interna expressada pelo fator supramencionado. Temos, para nossa prova, as seguintes expressões
(uma com e outra sem o índice de curvatura, já que ele é uma relação dos diâmetros "D" e "d"):

𝟖. 𝑭. 𝑫
𝝉𝒎á𝒙 = 𝑲𝒘 ∙
𝝅. 𝒅𝟑

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𝟖. 𝑭. 𝑪
𝝉𝒎á𝒙 = 𝑲𝒘 ∙
𝝅. 𝒅𝟐

O efeito da curvatura de molas helicoidais é mais relevante em carregamentos cíclicos e


desprezível em carregamentos estáticos, Estrategista. Isso ocorre devido ao
enrijecimento que a molda helicoidal já sofreu com a carga quando fora submetida ao
permanecimento da carga, sem oscilações (diferente de cargas cíclicas). Já foi questão de
prova esse assunto! ;)

Coruja, dentro do assunto mola, as bancas costumam cobrar até tensões para que você tenha uma
noção geral. Sem muito desespero nesse assunto, pois as questões não costumam entrar nas especificidades,
ok?

Estrategista, agora entrarei com algumas informações gerais sobre outros elementos de máquinas
que costumam "cair" em provas, com uma cobrança também sem muita profundidade. Falaremos
basicamente dos parafusos e das chavetas! Tranquilidade! Você verá que a abordagem é bem simples!
Avante!

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5. OUTROS ELEMENTOS
Nesse seção da aula, não há motivos para maiores preocupações, pois as provas não costumam
cobrar informações muito especificas tanto de chavetas quanto de parafusos e, muito menos, de eixos e
rebites.

Nossa preocupação será em relação ao conceito bem como a saber identificar os tipos e suas
funções. Eventualmente, Coruja, uma ou outra fórmula costumam cair para entendermos sobre a
quantidade de tensão empregada na situação-problema e como ela atua.

Sem "stress"! Vamos que vamos, Estrategista! Começando pelo mais fácil: chavetas!

5.1. Chavetas

As chavetas, assim como os parafusos (alguns tipos), possui como função ligar dois elementos de
máquinas ou peças. É amplamente usada a fim de ligar elementos de máquinas que são rotativos (como os
eixos) a um elemento estático em relação ao rotativo (como uma engrenagem), por exemplo. Veja a figura
abaixo para ilustra o entendimento.

54

54 Adaptado de Shutterstock 2019 em <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/shaft-key-hole-gear-1008518899>. Acesso em: 25/12/2019.


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Além disso, uma característica importante das chavetas é que elas são desmontáveis (facilmente).
Outro ponto a se considerar e ter em mente é que elas também podem ser empregadas a fim de transmitir
potência e/ou movimento.

As chavetas, Coruja, são construídas em aço, sendo este o material amplamente


utilizado! ;)

5.1.1. Tipos de chavetas

Basicamente, para sua prova, Estrategista, você precisa saber identificar 5 tipos básicos de chavetas.
São elas:

• Chaveta plana: é o tipo mais comum, super indicada para quando o serviço necessita de um
torque em um sentido apenas. Nada mais é que um prisma de formato retangular (conforme a
figura) com seu rasgo no eixo sendo um rebaixo plano:

55

• Chaveta inclinada (cunha): basicamente igual a chaveta plana, porém contém uma inclinação
que torna o torque transmissível maior, podendo ser de dois tipos: longitudinais e transversais;

55 Adaptado de https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/13elem.pdf. Acesso em: 30/11/2019.


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56

• Chaveta meia-lua: também chamadas de Woodruff, são chavetas em forma de um segmento


circular e empregada em eixos cônicos.

57

• Chaveta embutida: a principal característica dessas chavetas é em relação a seus lados que são
arredondados.

58

56 Adaptado de https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/13elem.pdf. Acesso em: 30/11/2019.


57 Adaptado de https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/13elem.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
58 Adaptado de https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/13elem.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
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5.1.2. Tensão na chaveta

Estrategista, para finalizar o estudo da chavetas (falei que seria simples), temos somente uma forma
para calcular a tensão pela qual esses elementos de máquinas são submetidos.

Dessa forma, a força aplicada na superfície da chaveta tende a gerar tensões de cisalhamento que
vão atuar na superfície de contato da chaveta com a peça (um eixo, por exemplo) no sentido da rotação dele.
Veja na figura abaixo:

59

Nesse sentido, temos a seguinte fórmula para o cálculo da tensão de cisalhamento proveniente da
força Ft:

𝑭𝒕
𝝉=
𝒃∙𝒍

Na qual, temos:

• 𝝉: tensão de cisalhamento, N/mm2;

59 Adaptado de MELCONIAN, S. Elementos de Máquinas. Editora: Érica Ltda. 9ª edição revisada, São Paulo, 2008.
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• 𝑭𝒕 : força transversal aplicada na superfície da chaveta, em N;


• 𝒃: largura da chaveta, em mm;
• 𝒍: comprimento da chaveta, em mm;

Estrategista, a área de cisalhamento é diferente da área de esmagamento. Esta, é calculada pela


fórmula que relaciona a altura (H, da figura acima) da chaveta e corresponde ao cálculo da tensão de
esmagamento. A única diferença é que será considerada a metade da área lateral da chaveta no cálculo da
tesão. Assim, temos:

𝑭𝒕
𝝉𝒆𝒔𝒎 =
𝑯
𝟐 ∙𝒍

5.2. Parafusos

Dentro do estudo dos parafusos, focaremos na identificação e nas funcionalidades das principais
roscas, além de abordar suas geometrias. Nesse sentido, saber identificar os tipos de parafuso, bem como
para quais tipos de serviços que eles são utilizados é crucial para sua prova, Coruja. Vamos lá?

Os padrões diversos de roscas passam pelas características básicas em todos os tipos de parafusos e
conforme sua utilização teremos uma variação de geometria diferenciada. Além disso, para os parafusos,
temos alguns detalhes que podem especificá-los como seu formato cilíndrico ou cônico, possuindo rosca em
toda sua extensão a partir da cabeça ou apenas em uma parte. Somados a esse detalhe, teremos diferentes
tipos de cabeça, também.

Nesse sentido, vamos especificar alguns tipos de parafusos. Todavia, a maioria dos parafusos terão
em suas roscas os seguinte atributos ilustrados na figura a seguir, além dos demais aspectos:

60

60 Adaptado de DUDYNAS, R.G.; NISBETT, K.J. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica. 8ª edição.Editora: AMGH Editora Ltda. Porto Alegre , 2011 e de Cruz,
J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
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Estrategista, basicamente, para cada formato de cabeça de parafuso, temos os seguintes tipos que
você deve guardar para sua prova:

• Parafuso de cabeça hexagonal (ou sextavada): normalmente, aguenta elevado nível de


aperto, justamente pelo formato da cabeça que propicia o emprego de torque elevado. Veja
a imagem abaixo:

61

• Parafuso com fenda de cabeça escareada: esse tipo, por conta do formato de sua cabeça, é
empregado em situações pelas quais é indesejável que a cabeça fique acima da superfície da
peça que está sendo unida. Além disso, é empregado em serviços que não demandam
grandes esforços. Veja a figura a seguir:

62

• Parafuso com fenda de cabeça arredondada: assim como o parafuso de cabeça escareada,
também não costuma ser utilizado em serviços que demandam elevado nível de esforço.

61 Adaptado de Cruz, J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
62
Adaptado de Cruz, J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
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• Parafuso com fenda de cabeça abaulada: também utilizados para unir elementos pelos quais
exigem um melhor acabamento superficial.

64

Coruja, além desses tipos básicos é importante temos em mente que existem parafusos passantes -
que atravessam os dois lados de duas ou mais peças a serem unidas. Esses parafusos necessitam de arruelas
e porcas a fim de prender o parafuso e impossibilitar o movimento. Veja a imagem abaixo.

65

63
Adaptado de Cruz, J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.
64 Adaptado de Cruz, J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.

65 Adaptado de Cruz, J.R.S. Elementos de Máquias. IFSC. 2008. https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/35/Sdfg.pdf. Acesso em: 30/11/2019.

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Perceba do desenho técnico do parafuso, da porca e da arruela - nenhum é hachurado!


As hachuras e em sentidos contrários só ocorrem nas partes a serem unidas! Friso esse
detalhe, porque já foi cobrado em provas! Acredite! (Falaremos mais na aula de Desenho
Técnico Mecânico, pois é assunto dela).

A rosca do parafuso, Coruja, além de permitir o movimento de peças, ela também tem como função
principal a montagem e desmontagem de conjuntos mecânicos, além de facilitar atividades de manutenção,
limpeza e trocas de peças nas máquinas.

Um ponto interessante sobre as roscas, é inerente ao filete e seus tipos que já foram abordados em
prova. Filete é a região da rosca que vai ser responsável pela sua existência, já que o conjunto deles é que
dá origem a ela.

Existem diferentes tipos com perfis diversos para cada função. Veja a tabela abaixo que sintetiza bem
os principais perfis, bem como exemplos de utilização na prática - eles são de suma importância para sua
prova! Portanto, memorize-os!

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Coruja, saiba que o comprimento ideal da rosca do parafuso, quando do tipo passante, é
claro, é aquele que permite emprego de até uma porca, com ou sem arruela, viu? Outra
parte da doutrina menciona de uma a duas porcas. Esse detalhe também já foi abordado
em questão de prova!

66 Adaptado de Essel em https://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/06elem.pdf. Acesso em: 30/11/2019.


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Além disso, Estrategista, a rosca tem um papel importante na pré-carga. A pré-carga é uma força
exercida pelo torque específico no parafuso que o mantém dentro do regime elástico.

Como ele tende a voltar a sua forma original anterior (veremos sobre regime elástico na aula de
Ciência dos Materiais, como mencionei antes), acaba gerando esforços de compressão por todo o parafuso
derivados da força exercida a fim de o parafusar e gerar o torque.

Essa força é convertida em uma força que se prolonga axialmente pelo seu comprimento. Dessa
forma, as roscas do parafuso agem contrariamente a ela e impedem que ele volte ao formato original e isso
gera a compressão que mantém as peças unidas.

Em um sistema "parafuso e porca", a pré-carga pode ser medida. Nesse sentido, pode-se utilizar tanto
uma equipamento de medição (como um torquímetro) ou até por uma chave de boca, por exemplo,
juntamente com a experiência do operador. Todavia, não são métodos confiáveis.

Isso ocorre porque o torquímetro pode ter uma porcentagem de erro, para mais ou para menos, além
da experiência do operador ser um critério muito subjetivo (infelizmente, na prática, é muito utilizado).
Todavia, o melhor método é medir a elongação real obtida, medindo no próprio parafuso que está sendo
submetido a pré-carga!

Grave, Estrategista! A pré-carga pode ser medida por diferentes métodos. Porém, o
método mais eficaz é feito pela medição da elongação real do próprio parafuso que está
sendo submetido a pré-carga. ;)

Aliás, já caiu em prova, Coruja! Veja:

1. (CESPE/Polícia Científica-PE - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2016)


As pré-cargas em junções parafusadas são determinantes para a qualidade da junção. Quando aplicada em
um parafuso de porca, a pré-carga é mais precisamente garantida por meio
a) de medição do torque com utilização de torquímetro.
b) de medição da elongação do parafuso.
c) do aperto até atingir a deformação plástica do parafuso.
d) de medição da deformação da porca.
e) do número e ângulo de aperto.
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Comentário:
Conforme vimos, Estrategista, o melhor método (aquele que permite que seja medida com precisão a pré-
carga) é pela elongação obtida no parafuso que foi submetido a pré-carga. Portando, a alternativa correta é
a letra "b".
Gabarito: "b".

Coruja, antes de avançarmos para as questões, vamos passar por mais dois assuntos de maneira breve
(não costumam cair nas provas de concursos e, quando aparecem, são para editais muitos específicos).
Vamos falar sobre eixos e rebites, apresentando o conceito e os principais pontos que podem ser alvo das
bancas. Avante!

5.3. Eixos

Estrategista, sobre o tema eixos, devido à baixa incidência iremos abordar tópicos inerentes aos
materiais, bem como alguns pontos sobre deflexão e componentes que fazem parte desse elemento.

Primeiramente, precisamos entender o que é um eixo. De maneira bem simples e direta, eixos são
elementos de máquinas usados para transmitir potência ou movimento e, na grande maioria das vezes,
possuem seção transversal circular. Dessa forma, percebe-se que o eixo com engrenagem se torna um
sistema perfeito para essas transmissões (conforme já vimos em engrenagens).

Todavia, Coruja, nem todo eixo será sempre rotativo! Existem os eixos fixos! Eles são
empregados em sistemas que não transmitem torque. Normalmente, são utilizados para
suporte, como em rodas gigantes, por exemplo! ;)

5.3.1. Materiais para fabricação de eixos

Estrategista, é claro que se o eixo é um elemento de máquina, a depender do serviço que será
empregado, ele sofrerá maiores ou menores esforços mecânicos proveniente de diferente cargas (com
intensidades, sentido e direção diferentes).

Dessa forma, a análise da deflexão que um eixo será submetido vai depender tanto do serviço no
qual será empregado, quanto do material e da geometria local dele. Nesse sentido, a rigidez do material
será importante para esse elemento de máquina. Por conta disso e sem adentrar nos detalhes da Ciência dos
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Materiais, o eixo pode sofrer tratamentos térmicos a fim de atingir propriedades mecânicas específicas,
como maior rigidez.

Todavia, grave que, para os eixos, a grande maioria é formada por aço! Dessa forma, os aços (que
são ligas Fe-C), terão diferentes concentrações de carbono, bem como diferentes tratamentos para cada
serviço, como mencionei. Mas, o que quero que você grave sobre materiais de eixos é que a grande maioria
é fabricada em aço!

5.3.2. Principais componentes de um eixo

Coruja, existem diversos elementos de máquinas que farão parte dos sistemas de eixos quando eles
estiverem transmitindo potência (por engrenagens ou polias, por exemplo). Dentre eles, podemos citar as já
mencionadas chavetas, as estrias, parafusos de fixação, pinos e certos ajustes (de pressão e contração) e
ajustes cônicos.

As estrias são seções de dentes de engrenagem formadas na parte externa do eixo e no lado interno
do cubo que transmite a carga, basicamente. São caras de produzir e usadas somente para transmissão
elevada de torque. Quando o torque é baixo, costuma-se usar os pinos e parafusos de fixação.

Os parafusos de fixação são diferentes dos parafusos de porca que dependem de tração a fim de
desenvolver força de aperto. Os de fixação dependem da compressão!

Além disso, os pinos possuem a mesma função da chaveta - segurar elementos que rotacionam, tais
como as engrenagens e polias. Ambos servem para transmitir torque do eixo ao elemento suportado por ele.

Os anéis de retenção também fazem parte desse tipo de conjunto, Coruja, sendo um elemento muito
utilizado para travar demais elementos no eixo, como, por exemplo, um mancal de rolamento.

5.3.3. Deflexão e velocidade crítica

Coruja, não entraremos nos detalhes sobre deflexão (pela incidência em prova, não faz o menor
sentido perdermos tempo com as equações e deduções), mas saiba que a análise de deflexão costuma ser
abordada em engrenagens e mancais. Além disso, é importante que você tenha em mente que dependerá
do tamanho dos dentes das engrenagens o nível de deflexão transversal permissível no conjunto eixo-
engrenagem.

Sobre a velocidade crítica, o que você precisa saber é que ela existe e está relacionada com a
deflexão. Dessa forma, existe uma velocidade máxima pela qual a deflexão aumenta consideravelmente,
tornando o sistema inviável. As deflexões sempre vão ocorrer, não sendo o problema quando são pequenas.

Todavia, por conta da força centrífuga gerada pela excentricidade do eixo, a deflexão pode aumentar
com uma maior velocidade. Estrategista, vamos agora abordar rebites!
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5.4. Rebites

Coruja, rebites são elementos de máquinas que servem para unir duas peças permanentemente.
Nesse sentido, uma grande vantagem em relação a solda, por exemplo, é que, a depender do material das
peças que serão soldadas, o calor pode causa alterações de superfície. Por isso, um rebite, a depender da
situação, pode ser a solução.

Normalmente, são formados por aço, alumínio, cobre ou até mesmo latão. Além disso, Estrategista,
eles possuem diferentes formatos de cabeça! Eles parecem muito com os parafusos, porém não possuem
rosca. Veja a imagem abaixo:

67

Coruja, uma característica importante para sua prova é que os rebites preenchem os furos da ligação
por deformação deles mesmos. Além disso, as vantagens de se utilizar rebites são:

• custo (elementos baratos e simples);


• facilidade de reparação; aplicação em materiais que não podem ser soldados;
• controle de qualidade bem simples.

Todavia, a grande desvantagem de utilizar rebites é o fato deles não serem desmontáveis. Além
disso, seu campo de atuação é bem reduzido, sendo utilizado somente para chapas, além de não suportar
carregamento dinâmicos.

67 Adaptado de Shuttersotck em https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/metal-polished-plate-scratches-vector-steel-1283348080. Acesso em: 25/12/2019.


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Mesmo não sendo desmontáveis, os rebites podem ser removidos, a fim de eliminar algum defeito,
por exemplo. Nesse processo, podem ser utilizadas a talhadeira, a lima e a esmerilhadeira.

Se liga, Coruja: os rebites podem ser removidos, o que eles não podem é ser
desmontados, no sentido de serem montados novamente. Pegou o "bizu"? Tem cheiro de
prova esse detalhe! ;)

Normalmente, Estrategista, os defeitos de rebitagem são inerentes ao mau uso e mau preparo das
chapas que serão rebitadas e unidas no que tange a execução do processo.

Nesse sentido, podemos elencar alguns exemplos de defeitos em relação ao mal preparo das chapas,
tais como:

• furos fora do eixo (formando degraus);


• chapas mal encostadas;
• diâmetro do furo consideravelmente maior que o diâmetro do rebite.

Defeitos inerentes a execução do processo de rebitagem, Coruja, também são comuns e podemos
citar:

• aquecimento elevado do rebite (alterando as características físicas do rebite que quando


esfriar terá mudança de dimensão);
• rebitagem fora do eixo (descentralizada do eixo do rebite);
• rebatimento da cabeça mal feita;
• dimensão do comprimento do rebite pequena (a espessura da chapa maior).

Além dessas informações, acredito que você deva ter o quadro68 a seguir "tatuado na mente" para
estudo, pois será crucial caso apareça na sua prova.

Nele eu elenquei os principais tipos de rebites no que tange ao formato da cabeça e para qual
emprego é comumente utilizado.

68 Adaptado de Barbosa, J.P. Elementos de Máquinas. Instituto Federal do Espírito Santo. 2011.
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Tipo de Rebite Formato da Cabeça Utilização

Cabeça redonda - larga


São largamente utilizados por
conta da resistência que
oferecem às chapas unidas.
Cabeça redonda - estreita

Cabeça escareada chata e larga São empregados quando há


necessidade de não ser
admitidas as saliências das
Cabeça escareada chata e cabeças nas chapas.
estreita

Cabeça escareada com calota


São largamente empregados nas
uniões que pequenas saliências
são admitidas.
Cabeça do tipo panela

Usados nas uniões de chapas


Cabeça cilíndrica com espessura máxima em torno
de 7 mm.

Coruja, atente-se para esses detalhes que compilei no quadro acima, pois se eu tiver que apostar para
um edital que cobra esse tema, apostaria em uma questão sobre suas dimensões e sobre a cabeça e
aplicações.

Estrategista, a nossa aula chegou ao fim. Vamos fazer algumas questões, agora, a fim de fixarmos o
conteúdo da aula de hoje! Bora lá! Foco no sucesso e na aprovação, hein!? Lembre-se, dica de mestre:
resolva as questões comentadas amanhã! Foco na sua revisão de 24 horas. :)

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIO

FCC

1. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Um eixo com diâmetro 200 mm é suportado por um mancal de deslizamento com comprimento de L
= 50 mm, conforme figura abaixo. Na folga radial de 0,5 mm existente entre o mancal e o eixo tem-se
óleo cuja viscosidade é 0,2 Pa.s

Considerando que o perfil de velocidades no óleo seja linear e, que π2 = 10, então o torque para girar
o eixo na velocidade de 1800 rpm é, em Nm,

a) 8.
b) 152.
c) 12.
d) 1,2.
e) 24.

2. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Para a seleção e dimensionamento de sistemas de transmissão por acoplamentos, é importante o


conhecimento em desenhos técnicos e suas características. Considere o desenho abaixo, que ilustra o
detalhe dos dentes de uma engrenagem.

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Analisando a ilustração,

a) o valor do passo da engrenagem é obtido pela soma do valor de “v” com o valor de “e”.
b) a medida “v” corresponde à medida do arco limitada pelo dente, sobre a circunferência primitiva.
c) a medida “h” corresponde à altura da cabeça do dente da engrenagem.
d) o diâmetro primitivo é calculado subtraindo o valor do pé do dente, do valor do diâmetro externo
da engrenagem.
e) não é possível obter o valor da espessura do dente pela vista mostrada (frontal), mas seria possível
pela vista lateral.

3. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Observe o desenho ilustrado abaixo, que é parte de uma estrutura mecânica de sustentação.

O tipo de mola empregada na estrutura e o tipo de representação adotada são, respectivamente,

a) helicoidal cilíndrica de compressão, com representação simplificada.


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b) prato de compressão, com representação simplificada.


c) helicoidal cilíndrica, com representação em corte.
d) helicoidal cônica, com representação normal.
e) de torção, com representação normal.

4. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Em instrumentação industrial, a placa de orifício é comumente aplicada para a medida de

a) vazão.
b) nível estático de fluído.
c) temperatura.
d) viscosidade.
e) condutividade de meio.

5. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

O desenho abaixo representa a união de duas peças por meio de um parafuso sextavado, com porca e
arruela.

Com relação à representação do corte, NÃO deveria haver hachura

a) no parafuso, apenas.
b) na porca, apenas.
c) no parafuso e na porca, apenas.
d) no parafuso, na porca e na arruela.
e) no parafuso e na peça inferior.

6. (FCC/SABESP - Engenheiro 01 - Mecânica - 2018)


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A figura abaixo mostra as engrenagens de um redutor. A potência no eixo de entrada, que gira a 1350
rpm, é de 3 kW.

Sabendo-se que o rendimento desta transmissão é de 90%, o torque no eixo de saída é

a) 110,2 Nm.
b) 85,98 Nm.
c) 106,1 Nm.
d) 80,00 Nm.
e) 95,54 Nm.

CESPE

7. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Comparados a rolamentos de esferas, rolamentos de rolos suportam maiores cargas e devem ser
utilizados em velocidades menores.

( ) Certo ( ) Errado.

8. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Mancais de deslizamento são especialmente adequados para aplicações em maior velocidade, com menor
atrito e em baixas cargas.

( ) Certo ( ) Errado.

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9. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Engrenagens cilíndricas de dentes retos são utilizadas para transmitir movimento entre dois eixos
paralelos e recomendadas a aplicações que exigem pouco ruído.

( ) Certo ( ) Errado.

10. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

A tensão devido à curvatura de molas helicoidais é mais relevante durante carregamentos estáticos que
em carregamentos cíclicos.

( ) Certo ( ) Errado.

11. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Considera-se ideal o comprimento de um parafuso de porca que permita que três ou mais fios de roscas
projetem-se da porca depois de o parafuso ser apertado.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

12. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

A pré-carga é a força de cisalhamento produzida pelo aperto de um parafuso para que duas ou mais partes
se mantenham unidas.

( ) Certo ( ) Errado.

FEPESE

13. (FEPESE/DEINFRA-SC - Engenheiro - Engenharia Mecânica)

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Considere um sistema de transmissão com duas polias onde a polia motora possui um diâmetro 100 mm
girando a 1000 RPM.

Sabendo-se que o diâmetro da polia movida é de 200 mm, a rotação da polia movida é de:

a) 250 RPM.
b) 320 RPM.
c) 500 RPM.
d) 1000 RPM.
e) 2000 RPM.

FGV

14. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica)

Relacione os tipos de roscas às suas aplicações.

( ) Parafusos que transmitem movimento suave e uniforme.

( ) Parafusos que exercem muito esforço em um só sentido.

( ) Parafusos e porcas de fixação na união de peças.

Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.

a) 1 - 3 - 2.
b) 1 - 2 - 3.
c) 2 - 3 - 1.

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d) 2 - 1 - 3.
e) 3 - 2 - 1.

15. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica)

Na figura a seguir, apresenta-se um sistema de transmissão formado por uma coroa e um parafuso sem
fim.

Sabendo que a coroa possui 40 dentes e o parafuso sem fim possui 4 entradas e gira a 1600 rpm, a
velocidade angular da coroa é de

a) 40 rpm.
b) 80 rpm.
c) 160 rpm.
d) 320 rpm.
e) 640 rpm.

16. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica)

Uma máquina possui uma engrenagem helicoidal e outra engrenagem acoplada a ela. A engrenagem
helicoidal possui diâmetro externo igual a 126,0 mm e 41 dentes, enquanto a engrenagem acoplada
possui 200,0 mm de diâmetro externo.

Sabendo que a distância entre os centros da engrenagem é de 160,0 mm, o ângulo de inclinação da hélice
da engrenagem helicoidal vale

a) 15o.
b) 30o.
c) 45o.
d) 60o.
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e) 75o.

Ufersa

17. (Ufersa/Ufersa - Engenheiro - Engenharia Mecânica)

No projeto de engrenagens de dentes retos, a curva envolvente pode ser gerada desenrolando-se uma
corda de um cilindro. Marque a única alternativa incorreta sobre a curva envolvente.

a) A corda é sempre tangente ao cilindro.


b) O centro de curvatura é sempre o ponto de tangência entre o cilindro e a corda.
c) A envolvente é sempre normal ao ângulo de saída da raiz do dente.
d) Uma tangente à envolvente é sempre normal à corda, seu comprimento é o raio de curvatura da
envolvente neste instante.

UFPR

18. (UFPR/UFPR - Engenheiro Mecânico - 2018)

Com relação ao projeto de elementos de máquinas, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
seguintes afirmativas:

( ) Rolamentos rígidos de esferas não suportam nenhuma carga axial.

( ) Molas helicoidais de tração sofrem tensões de torção.

() Em um mancal com lubrificação hidrodinâmica não existe contato metálico entre o eixo e o mancal.

() O módulo de uma engrenagem não depende do número de dentes.

() Em um engrenamento com engrenagens de dentes retos, a força axial aumenta com o aumento do
ângulo de pressão.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – V – F – F.
b) F – F – V – V – V.
c) V – V – F – F – V.
d) F – F – V – F – F.
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e) V – V – F – V – F.

19. (UFPR/UFPR - Engenheiro Mecânico - 2018)

Um ciclista pedala à razão de 1 pedalada por segundo. O pedal tem 300 mm de comprimento, a coroa
possui diâmetro de 300 mm e o diâmetro do pinhão é de 100 mm. O diâmetro das rodas é de 700 mm.
Considerando "pi" aproximadamente igual a 3, a bicicleta se desloca a uma velocidade de:

a) 11,3 km/h.
b) 15,3 km/h.
c) 18,5 km/h.
d) 22,7 km/h.
e) 27,4 km/h.

NUCEPE

20. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

Em um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos acopladas, a engrenagem 1 com 8 dentes retos,
módulo igual a 3 mm, gira a 890 rpm. A engrenagem 2 gira a 356 rpm. Utilizando os dados fornecidos,
assinale a opção que apresenta a distância teórica entre os centros das duas engrenagens:

a) 42 mm.
b) 40 mm.
c) 24 mm.
d) 36 mm.
e) 48 mm.

21. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

Sobre engrenagens assinale a opção CORRETA.

a) As engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais induzem mais cargas axiais do que as engrenagens
de dentes retos.

b) As engrenagens cilíndricas e dentes helicoidais são utilizadas em sistemas de baixa velocidade e


baixa potência.

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c) As engrenagens cilíndricas de dentes retos possuem eficiência menor do que as engrenagens


cilíndricas de dentes helicoidais.

d) As engrenagens de dentes helicoidais são mais ruidosas.

e) As engrenagens de dentes retos podem transmitir rotação entre eixos reversos.

22. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

O acoplamento entre duas engrenagens só é possível, se as mesmas possuírem:

a) Mesmo diâmetro primitivo.


b) Mesmo passo helicoidal.
c) Mesma altura total do dente.
d) Mesmo diâmetro externo.
e) Mesmo módulo.

Cesgranrio

23. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2018)

Considere o enunciado a seguir para responder à questão.

O sistema de transmissão mostrado na Figura abaixo é constituído de dois pares de engrenagens e um


eixo. As engrenagens 1 e 3 possuem raios idênticos de 8 cm, e as engrenagens 2 e 4 possuem raios
idênticos de 12 cm.

Se a engrenagem 1 transmite um torque de 200 N.m à engrenagem 2, o torque de saída na engrenagem


4, em N.m, será de

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a) 300.
b) 450.
c) 600.
d) 800.
e) 850.

24. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2018)

Considere o enunciado a seguir para responder à questão.

O sistema de transmissão mostrado na Figura abaixo é constituído de dois pares de engrenagens e um


eixo. As engrenagens 1 e 3 possuem raios idênticos de 8 cm, e as engrenagens 2 e 4 possuem raios
idênticos de 12 cm.

O diagrama de torques atuantes no eixo ABCD apresenta valores não nulos no(s) trecho(s)

a) AB, apenas.
b) BC, apenas.
c) AB e BC, apenas.
d) AB e CD, apenas.
e) AB, BC e CD.

UECE-CEV

25. (UECE-CEV/DETRAN-CE - Analista de Trânsito e Transporte - Engenharia Mecânica - 2018)

Atente às figuras abaixo e ao que se diz a seguir sobre os tipos de mancais de rolamento nelas
representados.

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I. O rolamento W corresponde a um rolamento de esferas de carreira única de contato angular, que


suporta tanto cargas radiais como cargas axiais nos dois sentidos.

II. O rolamento X corresponde a um rolamento de esferas autocompensador, que permite um maior


desalinhamento do eixo quando comparado aos rolamentos W, Y e Z.

III. O rolamento Y corresponde a um rolamento de rolos cilíndricos de carreira única, que possui uma
excelente capacidade de absorver carregamentos axiais nos dois sentidos.

IV. O rolamento Z corresponde a um rolamento de rolos cônicos de carreira única, que são
frequentemente usados como mancais de rodas em automóveis e caminhões.

Está correto o que se afirma em

a) I, II, III e IV.


b) I, II.

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c) II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.

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GABARITO
1-) e. 21-) a.

2-) a. 22-) e.

3-) c. 23-) b.

4-) a. 24-) c.

5-) d. 25-) c.

6-) e.

7-) Correta.

8-) Errada.

9-) Errada.

10-) Errada.

11-) Errada.

12-) Errada.

13-) c.

14-) c.

15-) c.

16-) d.

17-) c.

18-) a.

19-) d.

20-) a.

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QUESTÕES COM COMENTÁRIO

FCC

1. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Um eixo com diâmetro 200 mm é suportado por um mancal de deslizamento com comprimento de L
= 50 mm, conforme figura abaixo. Na folga radial de 0,5 mm existente entre o mancal e o eixo tem-se
óleo cuja viscosidade é 0,2 Pa.s

Considerando que o perfil de velocidades no óleo seja linear e, que π2 = 10, então o torque para girar
o eixo na velocidade de 1800 rpm é, em Nm,

a) 8.
b) 152.
c) 12.
d) 1,2.
e) 24.

Comentário:

Perceba que nessa questão, Estrategista, há somente a aplicação da nossa fórmula do torque para
mancais de deslizamento. Uma questão bem direita que cobrou somente a aplicação da fórmula que
deduzi em aula. Colocarei elas abaixo para relembrarmos, mas só usaremos a fórmula deduzida final. Veja:

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𝑻 = 𝑭. 𝒓 = (𝝉. 𝑨). 𝒓

𝑽 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒇
𝝉 = 𝝁. = 𝝁.
𝒉 𝒄

logo

𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒇. 𝝁
𝑻 = 𝑭. 𝒓 = (𝝉. 𝑨). 𝒓 = ( ) . ( 𝟐. 𝝅. 𝒓. 𝒍). 𝒓
𝒄

Considerando os valores fornecidos pelo enunciado, temos:

• Diâmetro do eixo (D) = 200 mm e consequentemente, um raio (R) = 100 mm;

• Comprimento do mancal (l) = 50 mm, o que será importante para nosso cálculo da área
superficial de contato (A). Assim, temos, em metros, 𝐀 = 𝟐. 𝛑. 𝟎, 𝟏. 𝟎, 𝟎𝟓 = 𝟎, 𝟎𝟏. 𝛑 𝒎𝟐
(deixarei sem o valor de 𝛑 porque a questão já nos dá 𝝅𝟐 = 𝟏𝟎 e teremos uma multiplicação
como vemos pela fórmula). Pegou o "bizu” para não perder tempo na prova, Coruja?
Seguimos;

• O enunciado também nos forneceu a viscosidade do óleo 𝛍 = 𝟎, 𝟐 𝑷𝒂 . 𝒔 que é igual a 𝛍 =


𝑵
𝟎, 𝟐 ∙ 𝒔. Além disso, temos o número de rotações em rpm (n). Como 𝐧 = 𝟔𝟎. 𝐟, temos
𝒎𝟐
1
𝟏𝟖𝟎𝟎 = 𝟔𝟎. 𝐟. Assim, 𝐟 = 𝟑𝟎 𝐡𝐳 (que é 𝑠 ). Como nossa folga (c) é de 0,5 mm, passando
para metros, Coruja, temos: 𝐜 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟓 𝐦. (É o "e" do nosso problema. Deixei "c" para
por conta da nossa fórmula já estudada. Rs);

• Substituindo tudo em nossa fórmula, temos:

𝟐.𝝅.𝟑𝟎.𝟎,𝟏.𝟎,𝟐
𝑻 = 𝑭. 𝒓 = (𝝉. 𝑨). 𝒓 = ( ) . (𝟎, 𝟎𝟏. 𝝅 ). 𝟎, 𝟏 = 𝟐𝟒 𝐍. 𝐦
𝟎,𝟎𝟎𝟎𝟓

Gabarito: "e".

2. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Para a seleção e dimensionamento de sistemas de transmissão por acoplamentos, é importante o


conhecimento em desenhos técnicos e suas características. Considere o desenho abaixo, que ilustra o
detalhe dos dentes de uma engrenagem.
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Analisando a ilustração,

a) o valor do passo da engrenagem é obtido pela soma do valor de “v” com o valor de “e”.
b) a medida “v” corresponde à medida do arco limitada pelo dente, sobre a circunferência primitiva.
c) a medida “h” corresponde à altura da cabeça do dente da engrenagem.
d) o diâmetro primitivo é calculado subtraindo o valor do pé do dente, do valor do diâmetro externo
da engrenagem.
e) não é possível obter o valor da espessura do dente pela vista mostrada (frontal), mas seria possível
pela vista lateral.

Comentário:

Letra "a": bingo, Coruja! Veja que logo de cara já encontramos o nosso gabarito. De fato, conforme
estudamos em aula, o passo circular (esse mostrado na figura da questão) é a medida calculada do centro
da face de um dente até o centro da face OPOSTA do dente anterior ou posterior. Assim, de acordo com
a figura, realmente é a soma das medidas "v" e "e". Alternativa correta;

Letra "b": errado, Estrategista! A medida "v" corresponde, na realidade, à medida do vão entre os dentes,
no raio primitivo (que deriva do diâmetro primitivo), situado logo acima do raio de base (que deriva do
diâmetro de base). Alternativa errada;

Letra "c": errado, novamente! A medida "h" na figura é a medida da altura total do dente, incluindo,
segundo o desenho, a medida da folga. Alternativa errada;

Letra "d": ixi, viagem total, Coruja! Essa não é uma forma de medir o diâmetro primitivo. Ele é a medida
logo acima do diâmetro de base e é obtido pelo produto do módulo pelo número de dentes da

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engrenagem (𝒅𝒐 = 𝒎. 𝒁). Pode, também, ser obtido subtraindo da medida do diâmetro externo a
medida do adendo. Todavia, a alternativa errou na afirmação. Alternativa errada;

Letra "e": errado, Estrategista! É possível termos a espessura do dente pela vista frontal. Inclusive, ela
está marcada na figura do enunciado - é a medida de "e". Alternativa errada.

Gabarito: "a".

3. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Observe o desenho ilustrado abaixo, que é parte de uma estrutura mecânica de sustentação.

O tipo de mola empregada na estrutura e o tipo de representação adotada são, respectivamente,

a) helicoidal cilíndrica de compressão, com representação simplificada.


b) prato de compressão, com representação simplificada.
c) helicoidal cilíndrica, com representação em corte.
d) helicoidal cônica, com representação normal.
e) de torção, com representação normal.

Comentário:

Estrategista, essa é uma questão bem fácil, não acha? Perceba, pelo desenho, que temos uma mola
helicoidal e que é cilíndrica (repare no formato da seção transversal da mola). Dessa forma, já
eliminamos, só de bater o olho e conhecer o desenho de uma mola helicoidal cilíndrica, as alternativas
"b" e "e".

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Além disso, também vimos em aula a diferença no desenho de uma mola helicoidal cônica - ela tem o
formato de cone entre suas extremidades. Perceba pela figura que também não é o caso. Assim, também
eliminamos a letra "d".

Ficamos entre a "a" e a "c". Apesar de não ser tema de nossa aula de hoje, perceba que a figura está
cortada, com as peças unidas pelo conjunto com o parafuso. Assim, temos como gabarito a alternativa
"c", porque sem sombra de dúvida tem uma vista em corte.

Gabarito: "c".

4. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

Em instrumentação industrial, a placa de orifício é comumente aplicada para a medida de

a) vazão.
b) nível estático de fluído.
c) temperatura.
d) viscosidade.
e) condutividade de meio.

Comentário:

Letra "a": bingo, Estrategista! Mais uma vez, logo de cara, temos a resposta certa! Conforme comentei
em aula, realmente, a placa de orifício tem como função controlar a vazão, o fluxo de determinado fluído
em uma tubulação.

Ela consiste em uma placa de metal com um furo que, além de possibilitar o controle de fluxo na
tubulação, também permite a medida de perda de carga (tensão), pelas tomadas de medidas de pressão
de cada lado da placa.

Letra "b": apesar de não ser escopo da nossa aula de hoje, um equipamento utilizado para medir o nível
(pressão) estática de um fluído é o Tubo de Pitot. Alternativa errada.

Letra "c": medir temperatura, é o termômetro. Nessa o examinador foi "pai", hein, Coruja? Alternativa
errada.

Letra "d": viscosímetro é um equipamento utilizado para medir, diretamente, a viscosidade de um fluído,
Estrategista. Alternativa errada.

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Letra "e": aqui a alternativa poderia ser mais específica para sabermos o que ele quer saber como
"condutividade" (de calor? elétrica? Vai saber...). Todavia, definitivamente, não é a melhor resposta para
placa de orifício. Alternativa errada.

Gabarito: "a".

5. (FCC/EMAE-SP - Engenheiro - Mecânica - 2018)

O desenho abaixo representa a união de duas peças por meio de um parafuso sextavado, com porca e
arruela.

Com relação à representação do corte, NÃO deveria haver hachura

a) no parafuso, apenas.
b) na porca, apenas.
c) no parafuso e na porca, apenas.
d) no parafuso, na porca e na arruela.
e) no parafuso e na peça inferior.

Comentário:

Coruja, apesar de termos elementos de máquinas nessa questão, ela cobra um conhecimento específico
de Desenho Técnico Mecânico. Nesse tipo de corte em que visa ilustrar os elementos de máquinas que
estão fazendo parte do conjunto, há necessidade de entender que tanto a arruela, quanto a porca e o
parafuso, fazem parte da representação e por questão de convenção e de acordo com a NBR 10067/1995
(Norma da ABNT), NÃO se hachura esses elementos em uma vista em corte.

Outros elementos que também não são hachurados são: dentes de engrenagens, raios de roda, eixos,
nervuras, pinos, contrapinos, rebites, chavetas, volantes e manípulos.

Nesse sentido, as peças que estão sendo unidas pelo conjunto dos elementos que citei, serão hachuradas
e com hachuras opostas (como estão na imagem, inclusive).
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Apesar envolver conhecimento de duas matérias (Desenho Técnico Mecânico e Elementos de Máquinas),
a ênfase da questão era para cobrar se o candidato conseguiria identificar os elementos de máquinas
descritos e, dessa forma, saber se o candidato teria o discernimento, pela imagem, se seriam ou não
hachurados.

Dessa forma, o nosso gabarito é a alternativa "d".

Gabarito: "d".

6. (FCC/SABESP - Engenheiro 01 - Mecânica - 2018)

A figura abaixo mostra as engrenagens de um redutor. A potência no eixo de entrada, que gira a 1350
rpm, é de 3 kW.

Sabendo-se que o rendimento desta transmissão é de 90%, o torque no eixo de saída é

a) 110,2 Nm.
b) 85,98 Nm.
c) 106,1 Nm.
d) 80,00 Nm.
e) 95,54 Nm.

Comentário:

Perceba, Estrategista, temos um problema de transmissão de potência que nos pergunta o torque final
dado o rendimento da relação de transmissão fornecida. Tranquilidade. Basta relembrar do tópico inicial
da nossa aula que tratamos dos conceitos e principais fórmulas. Vamos lá?
Basicamente, Estrategista, vamos usar a relação de transmissão para engrenagens que já estudamos:
𝒁𝟐 𝒅𝟎 𝒏𝟏
𝒊= = 𝟐= ;
𝒁𝟏 𝒅𝟎𝟏 𝒏𝟐
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Além da relação de transmissão acima, temos a relação dos dentes da engrenagem e, assim, usaremos a
fórmula da potência já vista na parte teórica:
𝑴𝒕 𝑴𝒕
𝑷 = . 𝝎. 𝒓 = . 𝝎. 𝒓 = 𝑴𝒕 . 𝝎;
𝒓 𝒓
𝑷 𝟔𝟎.𝝎
Logo, o torque na engrenagem de saída (4) será 𝑴𝒕 = . Além disso, Estrategista, como 𝒏 = e
𝝎 𝟐𝝅
o enunciado nos fornece todos os "n" (rpm de cada engrenagem) a situação ficou bem tranquila para
gente!
• Primeiramente, vamos descobrir a rotação da engrenagem 2. Para isso, basta utilizar a relação de
transmissão acima, com os números de dentes e a rotação de cada uma. Assim, temos:

𝐙𝟐 𝐧𝟏 𝟓𝟓 𝟏𝟑𝟓𝟎 𝐫𝐩𝐦
= = = ;
𝐙𝟏 𝐧𝟐 𝟐𝟐 𝐧𝟐

Logo, 𝐧𝟐 = 𝟓𝟒𝟎 𝐫𝐩𝐦.

• Novamente, faremos a relação da engrenagem 3 com a engrenagem 4, porém sabemos agora que,
por estarem unidas no mesmo eixo e, por conta disso, rodarem na mesma velocidade angular e
mesmo "n", a engrenagem 2 e 3 possuem 𝒏𝟐 = 𝒏𝟑 = 𝟓𝟒𝟎 𝐫𝐩𝐦. Como o exercício fornece o
número de dentes das engrenagem 3 e 4 na tabela, ficou fácil:

𝐙𝟑 𝐧𝟒 𝟏𝟖 𝐧𝟒
= = = ;
𝐙𝟒 𝐧𝟑 𝟑𝟔 𝟓𝟒𝟎 𝐫𝐩𝐦

Logo, 𝐧𝟒 = 𝟐𝟕𝟎 𝐫𝐩𝐦.

• Agora, Estrategista, como temos o número de rotação "n4" da engrenagem 4, podemos calcular a
sua velocidade angular "ω4" e, consequentemente, o torque (ou momento torsor) nela. Vejamos:

𝟔𝟎. 𝝎𝟒 𝟐𝝅. 𝟐𝟕𝟎 𝒓𝒂𝒅


𝒏𝟒 = = 𝝎𝟒 = = 𝟐𝟖, 𝟐𝟔 ;
𝟐𝝅 𝟔𝟎 𝒔

• Como temos o rendimento de 0,9 (90%) da potência, pois 10% se dissipa no processo (normal) e
𝑁.𝑚
que o watt é trabalho por tempo - ou seja, 1 watt = 1 - lembre-se, Coruja, que trabalho é o
𝑠
produto da força (em Newtons - N) pela distância (em metros - m). Dividindo pelo tempo (em
segundos - s) podemos usar diretamente a potência fornecida em kW. Só precisamos multiplicar
por 1000. Assim, temos:

𝑷 𝟑𝟎𝟎𝟎
𝑴𝒕𝟒 = ∙ 𝟎, 𝟗 = ∙ 𝟎, 𝟗 = 𝟗𝟓, 𝟓𝟒 𝑵𝒎;
𝝎𝟒 𝟐𝟖, 𝟐𝟔

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Gabarito: "e".

CESPE

7. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Comparados a rolamentos de esferas, rolamentos de rolos suportam maiores cargas e devem ser
utilizados em velocidades menores.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Exatamente, Estrategista. Conforme vimo na aula, os rolamentos de rolos suportam cargas mais elevadas,
justamente por conta da sua geometria, possuindo uma área superficial (por ser um cilindro) maior.
Questão correta.
Gabarito: correto.

8. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Mancais de deslizamento são especialmente adequados para aplicações em maior velocidade, com menor
atrito e em baixas cargas.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Pelo contrário, Estrategista! Conforme vimos na aula teórica, só mancais de rolamento são utilizados para
serviços com velocidade baixa a média, sendo, de fato os mancais de deslizamento indicados para altas
velocidades, pois são lubrificados.
Entretanto, os mancais de deslizamento não são caracterizados por suportar baixas cargas. Pelo
contrário, eles suportam altas cargas (muito por sua área de contato maior) e para situações com alto
atrito (muito por conta de serem lubrificados). Questão errada.
Gabarito: errado.

9. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)


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Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Engrenagens cilíndricas de dentes retos são utilizadas para transmitir movimento entre dois eixos
paralelos e recomendadas a aplicações que exigem pouco ruído.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Conforme vimos em aula, Estrategista, o nível sonoro das engrenagens cilíndricas de dentes retos é
elevado, não sendo aconselhável sua utilização em aplicações que exigem baixo ruído como foi afirmado.
Questão errada.
Gabarito: errado.

10. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

A tensão devido à curvatura de molas helicoidais é mais relevante durante carregamentos estáticos que
em carregamentos cíclicos.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Na realidade, a tensão devida à curvatura de molas helicoidais é mais relevante em carregamentos


cíclicos e desprezível no estático devido ao enrijecimento que a molda helicoidal já sofreu com a carga
quando fora submetida ao permanecimento da carga, sem oscilações (o que é diferente em cargas
cíclicas). Questão errada.
Gabarito: errado.

11. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

Considera-se ideal o comprimento de um parafuso de porca que permita que três ou mais fios de roscas
projetem-se da porca depois de o parafuso ser apertado.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:
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Nada a ver, Estrategista! Até sem estudar é fácil de responder a essa questão, não é, mesmo? Veja, para
quê "raios" precisaria ter um parafuso que tivesse comprimento maior que o necessária a uma porca?
Para gastar mais dinheiro com a fabricação com mais material? Todavia, pode-se inferir que por questões
de segurança, a doutrina costuma citar que é aconselhável ter um comprimento de parafusos para o
qual somente uma ou duas roscas se projetam da porca, posteriormente ao aperto. Todavia, três é
exagero, até para a doutrina.
Gabarito: errado.

12. (CESPE/SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Engenharia Mecânica - 2019)

Com relação a elementos de máquinas, julgue o item que se segue.

A pré-carga é a força de cisalhamento produzida pelo aperto de um parafuso para que duas ou mais partes
se mantenham unidas.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

De fato, Estrategista, a função da pré-carga está correta. Realmente, como vimos em aula: "ela é uma
força exercida pelo torque específico no parafuso que o mantém dentro do regime elástico. Como ele
tende a voltar a sua forma original anterior, acaba gerando esforços de compressão por todo o parafuso
derivados da força exercida para parafusar o parafuso e gerar o torque. Essa força é convertida em uma
força que se prolonga axialmente pelo seu comprimento. Dessa forma, as roscas do parafuso agem
contrariamente a ela e impedem que ele volte ao formato original e isso gera a compressão que mantém
as peças unidas."
Todavia, essa força, como você deve ter percebido, é não cisalhante. Por isso, a questão está errada.
Gabarito: errado.

FEPESE

13. (FEPESE/DEINFRA-SC - Engenheiro - Engenharia Mecânica)

Considere um sistema de transmissão com duas polias onde a polia motora possui um diâmetro 100 mm
girando a 1000 RPM.

Sabendo-se que o diâmetro da polia movida é de 200 mm, a rotação da polia movida é de:

a) 250 RPM.
b) 320 RPM.
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c) 500 RPM.
d) 1000 RPM.
e) 2000 RPM.

Comentário:

Tranquilo, não é, Estrategista? Veja que, novamente, temos relação de transmissão caindo em mais uma
prova. Por isso, eu lhe disse para estudar bem esse tópico. Ele é fácil e recorrente. Vamos lá? Pega lá nossa
"formuleta":
𝐙𝟐 𝐝𝟐 𝐧𝟏
𝐢= = =
𝐙𝟏 𝐝𝟏 𝐧𝟐
Oras, regrinha de três básica:

𝐝𝟐 𝐧𝟏 𝟐𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎
= = = = 𝐧𝟐 = 𝟓𝟎𝟎 𝐫𝐩𝐦
𝐝𝟏 𝐧𝟐 𝟏𝟎𝟎 𝐧𝟐

Gabarito: "c".

FGV

14. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica - 2018)

Relacione os tipos de roscas às suas aplicações.

( ) Parafusos que transmitem movimento suave e uniforme.

( ) Parafusos que exercem muito esforço em um só sentido.

( ) Parafusos e porcas de fixação na união de peças.

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Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.

a) 1 - 3 - 2.
b) 1 - 2 - 3.
c) 2 - 3 - 1.
d) 2 - 1 - 3.
e) 3 - 2 - 1.

Comentário:

Lembra quando vimos os tipos de roscas, Estrategista? De fato, aquela figura que temos na aula de
parafuso precisa do seu devido espaço no seu ciclo de estudo e de memorização! Eles cobram, às vezes,
como "copia e cola" do material teórico.

Assim, conforme estudamos, temos que a trapezoidal transmite movimento suave e uniforme; triangular
serve para fixação e que a arredondada é para serviços que exijam elevados esforços. Alternativa "c" está
correta.

Gabarito: "c".

15. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica - 2018)

Na figura a seguir, apresenta-se um sistema de transmissão formado por uma coroa e um parafuso sem
fim.

Sabendo que a coroa possui 40 dentes e o parafuso sem fim possui 4 entradas e gira a 1600 rpm, a
velocidade angular da coroa é de

a) 40 rpm.
b) 80 rpm.

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c) 160 rpm.
d) 320 rpm.
e) 640 rpm.

Comentário:

Coruja, tu és inteligente, não preciso nem falar de novo, não é, mesmo? Relação de transmissão vai cair,
com certeza! Veja que é bem tranquilo e, de novo, precisamos somente da nossa "formuleta". Aqui, basta
você perceber, inclusive pela imagem, que as "4 entradas" que ele menciona são, na realidade, os 4 dentes
do parafuso sem fim que funciona aqui como se fosse outra engrenagem. A lógica da relação é a mesma.
Vamos lá!
𝐙𝟐 𝐝𝟐 𝐧𝟏
𝐢 = = =
𝐙𝟏 𝐝𝟏 𝐧𝟐

Como já vimos, é a "regra de três" básica que vai nos salvar. Vamos lá:

𝟒𝟎 𝟏𝟔𝟎𝟎
= = 𝐧𝟐 = 𝟏𝟔𝟎 𝐫𝐩𝐦.
𝟒 𝐧𝐞𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐚𝐠𝐞𝐦

Apesar do deslize da banca em dizer que a velocidade angular é o número de rotações (também chamado
de revoluções), já no SI é em rad/s, você, sem qualquer "susto", conseguiria marcar o gabarito e correr
para o abraço, não é mesmo? :). Alternativa "c" é a correta, Estrategista.

Gabarito: "c".

16. (FGV/AL-RO - Analista Legislativo - Engenharia Mecânica - 2018)

Uma máquina possui uma engrenagem helicoidal e outra engrenagem acoplada a ela. A engrenagem
helicoidal possui diâmetro externo igual a 126,0 mm e 41 dentes, enquanto a engrenagem acoplada
possui 200,0 mm de diâmetro externo.

Sabendo que a distância entre os centros da engrenagem é de 160,0 mm, o ângulo de inclinação da hélice
da engrenagem helicoidal vale

a) 15o.
b) 30o.
c) 45o.
d) 60o.
e) 75o.

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Comentário:

Estrategista, essa é uma questão que nos cobra o conhecimento geométrico das hélices de uma
engrenagem helicoidal. Sabemos que o ângulo ẞ (ângulo de inclinação) que precisamos encontrar está
relacionado com os módulos frontal e normal pela seguinte relação:
𝑴𝒏
𝐜𝐨𝐬(𝜷) = ;
𝑴𝒇

Também temos o diâmetro externo (De) que constitui no somatório do diâmetro primitivo (Dp) com duas
vezes o módulo normal (Mn). Logo:

𝑫𝒆 = 𝑫𝒑 + 𝟐 ∙ 𝑴𝒏 ;

Como sabemos que o raio primitivo deriva do diâmetro primitivo e que o somatório dos raios primitivos
das engrenagens é igual a distância dos centros da circunferência que o enunciado forneceu, temos:
𝑫𝒑𝟏 + 𝑫𝒑𝟐
𝒅𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒐𝒔 = = 𝟏𝟔𝟎 = 𝑫𝒑𝟏 + 𝑫𝒑𝟐 = 𝟑𝟐𝟎;
𝟐

Substituindo os diâmetros primitivos (Dp1 e Dp2) pelos diâmetros externos (De1 e De2), temos:

(𝑫𝒆𝟏 − 𝟐. 𝑴𝒏 ) + (𝑫𝒆𝟐 − 𝟐. 𝑴𝒏 ) = 𝟑𝟐𝟎 = 𝑫𝒆𝟏 + 𝑫𝒆𝟐 − 𝟒. 𝑴𝒏 = 𝟑𝟐𝟎;

Oras, Estrategista, substituindo os diâmetros externos das duas engrenagens fornecidos (De1 = 126 mm e
De2 = 200 mm), encontramos Mn = 1,5. Agora, ficou fácil. Lembre-se que para as engrenagens cilíndricas
helicoidais, temos o módulo frontal (Mf) que é calculado segundo a seguinte relação com o diâmetro
primitivo (Dp) que estudamos (utilizaremos os dados da engrenagem 1):

𝑫𝒑 = 𝒁 ∙ 𝑴𝒇

Como temos o diâmetro externo (De1) da engrenagem 1 e o número de dentes (Z1) dela, encontramos
facilmente seu diâmetro primitivo (Dp1):

𝑫𝒆 = 𝑫𝒑 + 𝟐 ∙ 𝑴𝒏 = 𝟏𝟐𝟔 = 𝑫𝒑 + 𝟐. 𝟏, 𝟓 = 𝑫𝒑 = 𝟏𝟐𝟑 𝒎𝒎

Agora, podemos encontrar o módulo frontal (Mf) e substituirmos na primeira relação a fim de
determinarmos o ângulo ẞ:

𝑫𝒑 = 𝒁 ∙ 𝑴𝒇 = 𝟏𝟐𝟑 = 𝟒𝟏. 𝑴𝒇 = 𝑴𝒇 = 𝟑

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𝑴𝒏 𝟏, 𝟓
𝐜𝐨𝐬(𝜷) = = = 𝟎, 𝟓
𝑴𝒇 𝟑, 𝟎

Como é de praxe sabermos, e coloquei uma tabela para relembrarmos do ensino médio - o ângulo cujo
cosseno vale 0,5 é o de 60o.

Angulo SENO COSSENO TANGENTE

√3 √3
30o 0,5
2 3

√2 √2
45o 1
2 2

√3
60o 0,5 √3
2

Alternativa "d" é o nosso gabarito.


Gabarito: "d".

Ufersa

17. (Ufersa/Ufersa - Engenheiro - Engenharia Mecânica)

No projeto de engrenagens de dentes retos, a curva envolvente pode ser gerada desenrolando-se uma
corda de um cilindro. Marque a única alternativa incorreta sobre a curva envolvente.

a) A corda é sempre tangente ao cilindro.


b) O centro de curvatura é sempre o ponto de tangência entre o cilindro e a corda.
c) A envolvente é sempre normal ao ângulo de saída da raiz do dente.
d) Uma tangente à envolvente é sempre normal à corda, seu comprimento é o raio de curvatura da
envolvente neste instante.

Comentário:

Conforme vimos em aula, a curva evolvente é obtida como se desenrolássemos um cordão de um cilindro
e esse cordão seria sempre tangente a circunferência do cilindro ("a", correta). Além disso, o centro de
curvatura é sempre o ponto de tangência entre o cilindro e a corda ("b", correta), porém a própria curva
evolvente é sempre normal ao ângulo de saída da curva de base ("c", errada) da engrenagem e não da
raiz do dente.

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Somado a isso, é claro que uma tangente sempre será normal à corda se for tangencial à envolvente, pois
ela mesma é normal à corda e o comprimento dela será o raio de curvatura nesse instante ("d", correta).
Gabarito: "c".

UFPR

18. (UFPR/UFPR - Engenheiro Mecânico - 2018)

Com relação ao projeto de elementos de máquinas, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
seguintes afirmativas:

( ) Rolamentos rígidos de esferas não suportam nenhuma carga axial.

( ) Molas helicoidais de tração sofrem tensões de torção.

() Em um mancal com lubrificação hidrodinâmica não existe contato metálico entre o eixo e o mancal.

() O módulo de uma engrenagem não depende do número de dentes.

() Em um engrenamento com engrenagens de dentes retos, a força axial aumenta com o aumento do
ângulo de pressão.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – V – F – F.
b) F – F – V – V – V.
c) V – V – F – F – V.
d) F – F – V – F – F.
e) V – V – F – V – F.

Comentário:

I: errada essa alternativa, Estrategista, vimos que os mancais de rolamentos suportam sim cargas axiais,
também;

II: correta, vimos que as molhas helicoidais também podem sofrer tensões de cisalhamento proveniente
do momento torsor que ela é submetida quando carregadas em compressão e em tração;

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III: exatamente, essa é uma das característica que vimos quando estudamos os tipos de lubrificação dos
mancais deslizantes e, com certeza, com a lubrificação hidrodinâmica o contato não é realizado entre a
peça móvel e o mancal. É justamente essa a função do lubrificante. Asserção correta;

IV: negativo, Estrategista, o módulo de uma engrenagem depende sim do número de dentes. Lembra da
nossa fórmula: 𝒅𝟎 = 𝒎 ∙ 𝒁. Alternativa errada;

V: "erradassa". A força que aumenta quando o ângulo de pressão aumenta é a força tangencial ao dente.

Gabarito: "a".

19. (UFPR/UFPR - Engenheiro Mecânico - 2018)

Um ciclista pedala à razão de 1 pedalada por segundo. O pedal tem 300 mm de comprimento, a coroa
possui diâmetro de 300 mm e o diâmetro do pinhão é de 100 mm. O diâmetro das rodas é de 700 mm.
Considerando "pi" aproximadamente igual a 3, a bicicleta se desloca a uma velocidade de:

a) 11,3 km/h.
b) 15,3 km/h.
c) 18,5 km/h.
d) 22,7 km/h.
e) 27,4 km/h.

Comentário:

Olha, aí! Não falei, Coruja? Mais uma relação de transmissão! Nessa aqui, basta conhecermos a relação
de velocidades angular e tangencial:

𝒗 = 𝝎. 𝒓

Sabemos que a cada volta do pedal (1 volta/s, segundo o exercício) é uma volta da coroa ligada ao pedal.
Assim, perceba que usaremos a mesma relação já utilizada com o número de rotações (n). Aqui, não vai
importar o n estar em rpm ou, no caso do exercício, em rps (rotações por segundo), pois a relação é a
mesma independente da unidade. Para facilitar nossos cálculos, faremos sem ter que dividir por 60 para
acharmos em segundos. Veja:
𝐝𝟐 𝐧𝟏 𝐝𝐩𝐢𝐧𝐡ã𝐨 𝐧𝐜𝐨𝐫𝐨𝐚 𝟏𝟎𝟎 𝟏
𝐢 = = = = = = = 𝐧𝐩𝐢𝐧𝐡ã𝐨 = 𝟑 𝐫𝐩𝐬;
𝐝𝟏 𝐧𝟐 𝐝𝐜𝐨𝐫𝐨𝐚 𝐧𝐩𝐢𝐧𝐡ã𝐨 𝟑𝟎𝟎 𝐧𝒑𝒊𝒏𝒉ã𝒐

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Oras, como o pinhão está fixado a roda (traseira), para cada volta que ele faz, a roda também faz. Assim,
o npinhão = nroda = 3 rps. Agora, é só achar velocidade angular da roda, pois temos o seu diâmetro (droda =
700 mm) e a velocidade tangencial que será a velocidade da bicicleta.
Somado a isso, temos (𝝅 = 𝟑, 𝟎) dado pelo exercício. Lembra que disse não ser preciso achar o número
de rotação em rpm? É porque na fórmula da velocidade angular (𝝎 = 𝟐. 𝝅. 𝒇) a frequência já é em
segundos. Assim, só precisamos colocar direto o valor encontrado: 3 rps. Tranquilo, não é? Basta
passarmos o diâmetro de milímetros (mm) para metros (m) e teremos a nossa velocidade tangencial em
m/s. Multiplicando por 3,6, chegamos a nossa resposta em km/h. Vamos lá!

𝒎
𝒗𝒓𝒐𝒅𝒂 = 𝝎𝒓𝒐𝒅𝒂 . 𝒓𝒓𝒐𝒅𝒂 = 𝟐. (𝝅). 𝟑. 𝟎, 𝟑𝟓𝟎 = 𝟐. (𝟑). 𝟑. 𝟎, 𝟑𝟓𝟎 = 𝟔, 𝟑
𝒔

𝐯𝐫𝐨𝐝𝐚 = 𝟔, 𝟑 ∙ 𝟑, 𝟔 = 𝟐𝟐, 𝟕 𝐤𝐦/𝐡

Gabarito: "d".

NUCEPE

20. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

Em um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos acopladas, a engrenagem 1 com 8 dentes retos,
módulo igual a 3 mm, gira a 890 rpm. A engrenagem 2 gira a 356 rpm. Utilizando os dados fornecidos,
assinale a opção que apresenta a distância teórica entre os centros das duas engrenagens:

a) 42 mm.
b) 40 mm.
c) 24 mm.
d) 36 mm.
e) 48 mm.

Comentário:

Estrategista, "mamão com açúcar", hein? Primeiramente, a grande informação que torna crucial nossa
resolução é saber o conceito por de trás do que o enunciado nos expõe logo na primeira linha. Veja que
ele diz que é um par de engrenagens. Ou seja, elas funcionam juntas, como um trem de engrenagem de
duas engrenagens. Todavia, para que isso ocorra, conforme vimos em aula (aqui entra o conceito), duas

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engrenagens se acoplam quando possuem o mesmo módulo. Assim, temos que m1 = m2 (engrenagem 1
e engrenagem 2).
Só correr para o abraço.

Sabemos a rotação da engrenagem 1 (n1 = 890 rpm) e o número de dentes (Z1 = 8). Da engrenagem 2,
temos somente sua rotação (n2 = 356 rpm). Novamente, Coruja. Vamos utilizar nossa boa e "véia" relação
de engrenagens:
𝒁𝟐 𝒏𝟏 𝒁𝟐 𝟖𝟗𝟎
𝒊 = = = = = 𝒁𝟐 = 𝟐𝟎 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔
𝒁𝟏 𝒏𝟐 𝟖 𝟑𝟓𝟔

Oras, sabendo agora o número de dentes da engrenagem 2 (Z2 = 20), só precisamos acha o diâmetro
primitivo de cada engrenagem (d01 e d02), considerando que temos o mesmo valor de módulo para
ambas. Para isso, usaremos a nossa fórmula do diâmetro primitivo:
𝐝𝐨 = 𝐦. 𝐙; 𝐝𝐨𝟏 = 𝟑. 𝟖 = 𝟐𝟒 𝐦𝐦

𝐝𝐨 = 𝐦. 𝐙; 𝐝𝐨𝟐 = 𝟑. 𝟐𝟎 = 𝟔𝟎 𝐦𝐦

Agora, ficou fácil! Se elas estão acopladas e cada uma tem raio que é a metade de seu diâmetro, temos
somente que somar o raio primitivo de cada uma (r01 + r02):
𝐫𝐨𝟏 + 𝐫𝐨𝟐 = 𝟏𝟐 + 𝟑𝟎 = 𝟒𝟐 𝐦𝐦

Gabarito: "a".

21. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

Sobre engrenagens assinale a opção CORRETA.

a) As engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais induzem mais cargas axiais do que as engrenagens
de dentes retos.

b) As engrenagens cilíndricas e dentes helicoidais são utilizadas em sistemas de baixa velocidade e


baixa potência.

c) As engrenagens cilíndricas de dentes retos possuem eficiência menor do que as engrenagens


cilíndricas de dentes helicoidais.

d) As engrenagens de dentes helicoidais são mais ruidosas.

e) As engrenagens de dentes retos podem transmitir rotação entre eixos reversos.

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Comentário:

Letra "a": exatamente, Estrategista! Conforme vimos, por conta dos dentes helicoidais, as cargas axiais
são mais induzidas nesse tipo do que nas de dentes retos. Isso se dá pela geometria do dentes que são
diferentes, possuindo ângulos de pressão também diferentes devido a inclinação. Alternativa correta;

Letra "b": opa! Pelo contrário, Coruja! Vimos na aula que as engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
possuem como vantagem a transmissão maior de potência e utilização para serviço em alta velocidade
(quase 50 m/s - mais que o dobro das de dentes retos que chega a 20 m/s). Alternativa errada;

Letra "c": dependendo do ponto de vista do que ele quer dizer como eficiência (eu acho que a questão
deveria ser mais clara e acertada), podemos dizer que a engrenagem cilíndricas de dentes retos, por ter
uma utilização entre eixos paralelos e transmissão de potência com menos cargas axiais, ela pode ser
considerada mais eficiente. Alternativa errada;

Letra "d": negativo, Coruja! Estudamos que é justamente o contrário. Uma das principais características
da engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais é o menor ruído que as de dentes retos. Alternativa
errada;

Letra "e": errado, Estrategista! Vimos que as engrenagens de dentes retos só transmitem rotação
(movimento) entre eixos paralelos. Alternativa errada.

Gabarito: "a".

22. (NUCEPE/PC-PI - Perito Criminal - Engenharia Mecânica - 2018)

O acoplamento entre duas engrenagens só é possível, se as mesmas possuírem:

a) Mesmo diâmetro primitivo.


b) Mesmo passo helicoidal.
c) Mesma altura total do dente.
d) Mesmo diâmetro externo.
e) Mesmo módulo.

Comentário:

Letra "a": não necessariamente elas precisam ter o mesmo diâmetro primitivo, Estrategista. O que
adianta elas terem o mesmo diâmetro primitivo e o número de dentes ser diferente? O espaçamento
entre dentes (o vão que estudamos) seria menor para a engrenagem que tiver maior número de dentes
(Z) e assim, o acoplamento seria prejudicado. Alternativa errada;
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Letra "b": na realidade, Coruja, o nome certo é passo circular. Helicoidal será a forma dos dentes da
engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais. Alternativa errada;

Letra "c": não precisa a altura ser igual, o contato pode ser estabelecido entre os dentes mesmo com a
altura sendo diferente da ideal. Alternativa errada;

Letra "d": o diâmetro externo também não é determinante para se ter acoplamento ideal, pois as
condições inerentes aos dentes como espessura e seu número que vão determinar o encaixe perfeito.
Alternativa errada;

Letra "e": correta, pois é o módulo que vai relacionar o número de dentes e o diâmetro primitivo. Assim,
mesmo que ambos sejam diferentes, se a relação for a mesma é possível ter o acoplamento. Alternativa
correta.

Gabarito: "e".

Cesgranrio

23. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2018)

Considere o enunciado a seguir para responder à questão.

O sistema de transmissão mostrado na Figura abaixo é constituído de dois pares de engrenagens e um


eixo. As engrenagens 1 e 3 possuem raios idênticos de 8 cm, e as engrenagens 2 e 4 possuem raios
idênticos de 12 cm.

Se a engrenagem 1 transmite um torque de 200 N.m à engrenagem 2, o torque de saída na engrenagem


4, em N.m, será de

a) 300.
b) 450.
c) 600.
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d) 800.
e) 850.

Comentário:

Mais uma vez, Estrategista, temos uma relação de transmissão, agora, associada a transmissão de
potência e torque. Da mesma forma que o raciocínio anterior, teremos uma proporção de entrada e saída
de torque baseada na relação dos diâmetros (ou do raio, como na questão). Isso acontece, Estrategista,
porque temos como braço do torque, o raio de cada engrenagem. Veja a equação da nossa aula:
𝑴𝒕 = 𝑭. 𝒔 = 𝑭. 𝒓;

Assim, a transmissão de torque obedece a relação de transmissão que já aplicamos, pelo raio de cada
uma. Assim:

𝒓𝟐 𝑴𝒕𝟐 𝟏𝟐 𝑴𝒕𝟐
𝒊= = = = = 𝑴𝒕𝟐 = 𝟑𝟎𝟎 𝑵. 𝒎
𝒓𝟏 𝑴𝒕𝟏 𝟖 𝟐𝟎𝟎

Dessa forma, a engrenagem 2 transmite um torque Mt2 = 300 N.m para a engrenagem 3, já que estão
ambas acopladas ao mesmo eixo. Dessa forma, aplicamos novamente a relação entre as engrenagens 3 e
4 e temos o torque Mt4 da engrenagem 4 (torque de saída), chegando ao nosso gabarito. Tranquilo, não
é?

𝒓𝟑 𝑴𝒕𝟑 𝟖 𝟑𝟎𝟎
𝒊= = = = = 𝑴𝒕𝟒 = 𝟒𝟓𝟎 𝑵. 𝒎
𝒓𝟒 𝑴𝒕𝟒 𝟏𝟐 𝑴𝒕𝟒

Gabarito: "b".

24. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2018)

Considere o enunciado a seguir para responder à questão.

O sistema de transmissão mostrado na Figura abaixo é constituído de dois pares de engrenagens e um


eixo. As engrenagens 1 e 3 possuem raios idênticos de 8 cm, e as engrenagens 2 e 4 possuem raios
idênticos de 12 cm.

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O diagrama de torques atuantes no eixo ABCD apresenta valores não nulos no(s) trecho(s)

a) AB, apenas.
b) BC, apenas.
c) AB e BC, apenas.
d) AB e CD, apenas.
e) AB, BC e CD.

Comentário:

Oras, Estrategista, mesmo enunciado da questão anterior! Basta sabermos o conceito de torque que
matamos essa questão, não é, mesmo? Veja que para existir o torque entre as engrenagens não
precisamos somente de um eixo "solto" girando, nesse cenário. Precisamos ter um par de engrenagens a
fim de ocorrer a transmissão de energia, pela nossa relação já estudada.
Em "D", não teríamos raio de alguma engrenagem. Pensando dessa forma simplificada, podemos
perceber que o torque não será nulo nos trechos "AB" e "BC", nos quais temos a transmissão de potência
e de torque. Como em 2, temos o torque máximo devido a região mais próxima da engrenagem, também
temos no trecho CD que ele tende a zero quando se aproxima do ponto "D". Assim, no trecho "CD", no
diagrama de troques, teremos em "D" o torque igual a "0".
Gabarito: "c".

UECE-CEV

25. (UECE-CEV/DETRAN-CE - Analista de Trânsito e Transporte - Engenharia Mecânica - 2018)

Atente às figuras abaixo e ao que se diz a seguir sobre os tipos de mancais de rolamento nelas
representados.

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I. O rolamento W corresponde a um rolamento de esferas de carreira única de contato angular, que


suporta tanto cargas radiais como cargas axiais nos dois sentidos.

II. O rolamento X corresponde a um rolamento de esferas autocompensador, que permite um maior


desalinhamento do eixo quando comparado aos rolamentos W, Y e Z.

III. O rolamento Y corresponde a um rolamento de rolos cilíndricos de carreira única, que possui uma
excelente capacidade de absorver carregamentos axiais nos dois sentidos.

IV. O rolamento Z corresponde a um rolamento de rolos cônicos de carreira única, que são
frequentemente usados como mancais de rodas em automóveis e caminhões.

Está correto o que se afirma em

a) I, II, III e IV.


b) I, II.

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c) II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.

Comentário:

I: de fato, o mancal de rolamento de carreira única angular, conforme vimos, aguenta as cargas radiais e
axiais, porém, as axiais somente em um sentido. Asserção errada;

II: sim, de fato é um mancal de rolamento autocompensador e, conforme vimos em aula, ele permite
certos graus de deflexão (desalinhamento) do eixo que faz parte do conjunto mecânico. Asserção correta;

III: realmente, conforme a figura, temos um mancal de rolamento de rolos cilíndricos de uma carreira.
Esse tipo, como estudamos, suporta elevada carga, porém no sentido radial e não no sentido axial.
Portanto, a assertiva está errada;

IV: asserção correta, Estrategista. Além de realmente ser o mancal de rolamento de rolos cônicos, temos
que esse tipo de mancal suporta elevada carga no sentido axial (somente em um sentido, como vimos) e
radial, sendo utilizado em rodas de automóveis e caminhões, por exemplo.

Gabarito: "c".

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