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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO


FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITERURA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MAICON BENCKE
MARCELO GONÇALVES MANTO
TIAGO CASTELLI SASSO
VINICIUS MARONI

PROTOTIPO EXPLICATIVO DE UM
MOTOR RADIAL DE CINCO CILINDROS

Passo Fundo
2018
2

MAICON BENCKE
MARCELO GONÇALVES MANTO
TIAGO CASTELLI SASSO
VINICIUS MARONI

PROJETO DE UM PROTOTIPO DO MOTOR RADIAL DE CINCO CILINDROS

Trabalho apresentado para a disciplina de Trabalho Intermediário de Graduação 1,


como requisito para aprovação desta disciplina.

Orientador.
Prof. Me Jeferson, H W Nicolodi
Universidade de Passo Fundo

Passo Fundo
2018
3

Dedicatórias
4

AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida.
Ao departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Passo Fundo pelo apoio
e inventivo; em especial ao Prof. Me. Jeferson Hilario Wallendorff Nicolodi, pela orientação e
paciência durante todo o tempo de trabalho.
Aos técnicos do laboratório da Universidade de Passo fundo pela colaboração no
desenvolvimento do trabalho.
Por fim, a todos que de alguma forma contribuíram para que esse trabalho fosse
realizado.
5

RESUMO
Fazer resumo da situação atual do relatório.
Palavras-chaves:
6

ABSTRACT
Tradução do resumo para a língua inglesa.
7

Lista de Figuras
Figura 1 - Motor criado por Nikolaus August Otto..................................................................12
Figura 2 – Motocicleta Alemã Megola.....................................................................................13
Figura 3-Motor radial de 9 cilindros de ciclo Otto...................................................................14
Figura 4 - Carro de Combate médio M4 Sherman....................................................................15
Figura 5 - Vista em corte de um pistão envolvido por manga..................................................16
Figura 6 – Conjunto de Bielas...................................................................................................17
Figura 7 – Percurso do conjunto de bielas e ordem de fogo.....................................................18
Figura 8 – Bloco do motor........................................................................................................21
Figura 9 – Chapas de Aço A36 fabricadas pelo processo de estampagem...............................22
Figura 10 – Dimensões das chapas do bloco............................................................................22
Figura 11 – Dimensões do cilindro (a) e do mancal do eixo virabrequim (b)..........................22
Figura 12 – Bloco montado.......................................................................................................23
Figura 13 – Montagem do eixo virabrequim............................................................................23
Figura 14 – Dimensões dos eixos do virabrequim....................................................................24
Figura 15 – Dimensões das chapas laterais do eixo virabrequim.............................................24
Figura 16 – Descrição da montagem do eixo virabrequim.......................................................25
Figura 17 – Descrição das montagens que compõem o conjunto de bielas e pistões...............25
Figura 18 – Descrição biela mestre...........................................................................................26
Figura 19 – Dimensões dos componentes da biela mestre........................................................27
Figura 20 – Dimensões da biela convencional..........................................................................27
Figura 21 – Conjunto de bielas e pistões montados..................................................................28
Figura 22 – Mancal frontal........................................................................................................29
Figura 23 – Dimensões das peças do mancal frontal................................................................29
8

Lista de tabelas
Tabela 1-Especificações técnicas do protótipo.........................................................................20
9

Sumário

1 Introdução...............................................................................................................10

1.1 Objetivo geral..................................................................................................10


1.2 Objetivos específicos.......................................................................................10

2 Revisão Bibliografica.............................................................................................11

2.1 Surgimento dos motores a combustão interna.................................................11


2.2 Motores Radiais...............................................................................................12
2.3 Características Técnicas..................................................................................14
2.4 Principais Aplicações......................................................................................17
2.5 Vantagens e Desvantagens..............................................................................18

3 Metodologia............................................................................................................19

3.1 Modelagem, dimensões e características técnicas...........................................19


3.2 Processos de fabricação utilizados..................................................................19
3.3 Componentes...................................................................................................20

3.3.1 Bloco..........................................................................................................20
3.3.2 Eixo virabrequim.......................................................................................22
3.3.3 Bielas e pistões...........................................................................................24
3.3.4 Mancal frontal............................................................................................28

4 Resultados e Discussões.........................................................................................29
5 Conclusão...............................................................................................................30
6 Referencias Bibliográfica.......................................................................................31
10

1 INTRODUÇÃO

Aqui inicia-se o trabalho....


O primeiro parágrafo deve situar o leitor para o estado do autor do assunto ao qual está
inserido, ou seja, primeiramente um contexto histórico (como surgiu, com que finalidade, a
evolução que teve, tipos, modelos, e aplicações, e um resumo do estado atual).
A partir do segundo parágrafo deve ser claramente exposto o PROBLEMA DA
PESQUISA OU DO TRABALHO E A JUSTIFICATIVA.
Em outro parágrafo deve ser informado a forma com que vai ser feito a pesquisa, ou
seja, a metodologia.
Em outro parágrafo deve ser informado os resultados mais importantes do trabalho. E
também a conclusão mais importante obtida.
É importante dar uma folha de introdução e evitar usar imagens na mesma.

1.1 Objetivo geral

O presente trabalho tem o objetivo geral de exemplificar e demonstrar de forma teórica


e prática, a elaboração e a construção, de um protótipo de motor radial penta cilíndrico a
combustão interna.

1.2 Objetivos específicos

 Conhecer a os motores radiais consagrados no setor aeronáutico no início do


século XX.
 Compreender o funcionamento e limitações do motor Radial.
 Projetar um protótipo explicativo de um motor penta cilíndrico Radial a
combustão interna.
11

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Na sequência serão abordados e informados os assuntos relacionados o projeto de


pesquisa, referente ao planejamento, elaboração e construção de um protótipo explicativo de
um motor Radial de 5 cilindros ciclo Otto.

2.1 Surgimento dos motores a combustão interna

Os primeiros acontecimentos relatam que a origem dos motores a combustão iniciou


com o surgimento das armas de fogo, eles perceberam que a energia térmica da explosão da
pólvora poderia ser transformada em trabalho. Mas foi por volta do século XVII que ocorreu
as primeiras tentativas de desenvolver um motor a combustão, utilizando pólvora para
movimentar um pistão dentro de um cilindro (TILLMANN, 2013).
Mas foi com a Revolução Industrial por volta de 1760 que o desenvolvimento dos
motores teve sua maior ascensão, o aperfeiçoamento da máquina a vapor, pelas mãos de
James Watt originou um grande desenvolvimento da indústria, que acabou necessitando de
um setor industrial mais mecanizado. Devido a produção de grande escala a demanda na área
dos transportes teve um salto gigantesco, que resultou em melhoramentos e evoluções nos
motores a combustão (FERNANDES, 2018).
Foi no período de 1860-1866 que a ideia de construir uma máquina que utilizasse o
benzeno como combustível pode ser concretizada por um comerciante e cientista, Nikolaus
August Otto. Otto teve a ideia de construir um mecanismo como pode ser visto na Figura 1
que era baseado no conjunto mecânico de pedal e manivela muito utilizado em serviços
braçais e nas bicicletas, onde uma mistura de ar e combustível pudesse explodir e gerar força
e movimento. Esse mecanismo foi projetado e construído para trabalhar em um ciclo de
quatro tempos, daí o nome no motor que ficou conhecido como motor de combustão interna
ciclo Otto (ROCHA, 2009).
12

Figura 1 - Motor criado por Nikolaus August Otto.

Fonte: Adaptado de Rocha (2009)

Nos primórdios da história dos motores radiais, o primeiro exemplar foi construído por
Samuel Piertpont Langley, no início do século XX, o mesmo possuía 5 cilindros e chegou a
produzir 52,4HP. (BRITANNICA, 2018)
Durante a Primeira Grande Guerra e a Segunda Grande Guerra, era recorrente o pedido
dos militares de novos motores, com maior autonomia, capacidade de carga e principalmente
velocidade. No exército americano, apenas dois modelos de propulsores de aeronaves não
eram radiais devido a todas as suas enormes vantagens em relação aos demais.
Por mais que houvessem avanços técnologicos para obter maiores rendimentos do
combustível queimado nas câmaras, era evidente que o aumento da cilindrada do motor –
quantidade de cilindros e dimensão deles- era necessário para obtenção de potências maiores.
Com isso a empresa Norte americana Pratt e Whitney concebeu um modelo com 28 cilindros
que chegaram a produzir aproximadamente 3500HP. (AERONÁUTICA, 2010)
Este mesmo motor, desenvolvido para fins militares, tambem foram utilizados
posteriormente na aviação civil, o mesmo foi utilizado em diversos modelos de Boeings.
Embora nesta aplicação o motor fosse confiável tambem, infelizmente ele acabou se tornando
oneroso devido as altas frequencias de manutenções, pois sua ignição era complexa e
qualquer equívoco do piloto poderia resultar em um dano cujo o custo reparatório era alto.
(BRITANNICA, 2018)
13

Na cidade de Munique entre 1921 e 1925 foram produzidas pouquissímas motos, cujo
localizar exemplares é uma tarefa difícil, a Megola era uma motocicleta que possuia um
propulsor radial de 5 cilindros, capaz de gerar 14HP, acoplado à roda dianteira. A Megola oi
um projeto muito bem sucedido em pistas e competições, pois a mesma podia atingir a
velocidade final de aproximadamente 140 km\h em sem substituir sequer uma marcha.
Estimam-se que foram produzidas 2000 unidades e apenas 10 estajam rodando no mundo
todo, duas delas estão no Brasil. Até hoje a megola é uma das peças mais instigantes aos
amantes do motociclismo. (MOTONLINE, 2008)

2.2 Motores Radiais

Um motor radial é um motor cujos os pistões se encontram dispostos radialmente em


torno do virabrequim, eles são divididos em motores radiais convencionais e rotativos. No
motor radial rotativo o virabrequim permanece imóvel, ou seja, os pistões e o bloco do motor
giram ao redor do eixo. Em uma de suas poucas aplicações podemos citar a motocicleta alemã
Megola, produzidas entre 1921 e 1924, que possuíam motores radiais Monosoupape de 5
cilindros e 14 HP instalados no meio da roda traseira, como pode ser visto na Figura 2.
(AERONÁUTICA, 2010)

Figura 2 – Motocicleta Alemã Megola.

Fonte: Adaptado de Aeronáutica (2010)

Já os motores radiais convencionais foram desenvolvidos para seu uso principal em


aviões, como pode ser visualizado na Figura 3, os motivos para a sua utilização foram as
baixas vibrações produzidas por este, quando comparado com outros tipos de motor da sua
14

época, ser compacto em termos de comprimento, devido à sua natureza rotativa, ter boa
capacidade de arrefecimento. Apesar disto tinha algumas desvantagens, como estar limitado a
baixas rotações por minuto devido à força centrifuga inerente ao motor, ter um alto consumo
de óleo lubrificante e ainda o seu efeito giroscópico causado pelo giro do motor que
dificultava a manobrabilidade do avião (MECÂNICA, 2014).

Figura 3-Motor radial de 9 cilindros de ciclo Otto.

Fonte: Adaptado de Aeronaves e Manutenção (2014)

Os motores radiais também conhecidos como motores estrela, por terem simetria radial
em torno de um ponto central em um eixo de manivelas, foram e ainda são utilizados
principalmente para mover as hélices de aeronaves. São raras as aplicações em outros
equipamentos ou veículos. Algumas aplicações além das aeronaves foram em dragas de
extração de areia, e o carro de combate americano M4 Sherman como pode ser vista na Figura
4 (WIKIWAND, 2010)
15

Figura 4 - Carro de Combate médio M4 Sherman.

Fonte: Adaptado de Silva (2010)

2.3 Características Técnicas

Os motores radias possuíam um sistema de funcionamento muito diferente dos demais


motores da época, esse sistema lhe conferia algumas qualidades técnicas que garantiam o seu
posto para equipar aviões, em razão da boa relação peso-potência, da suavidade de
funcionamento e da boa refrigeração que era mantida mesmo com o motor funcionando em
marcha lenta no solo. (AERONÁUTICA, 2010)
Uma das características principais era a necessidade de controlar a admissão e a
exaustão do ciclo, que na maioria dos motores da época era feito através de um de um sistema
de válvulas e varetas que eram acionadas por cames. Apesar da universalidade deste tipo de
sistema, existia alguns problemas, como a construção que exigia materiais sofisticados e eram
potencias pontos quentes dentro da câmara de combustão principalmente a válvula de escape.
Essas limitações eram conhecidas nos anos de 1930, e considerando os materiais e
combustíveis disponíveis na época diversas soluções foram desenvolvidas. Uma das soluções
encontradas foi a utilização de uma manga que estava situada entre o pistão e o cilindro, que
com um movimento combinado vertical e de rotação permitia alinhar um conjunto de orifícios
com aberturas na parede do cilindro, por onde é feita admissão da mistura e a exaustão dos
gases. (PEREIRA, 2016)
16

O ciclo de funcionamento das válvulas de manga acontece com os seguintes passos:


• Curso de compressão: o pistão se aproxima do ponto morto superior, todas as
portas do cilindro estão fechadas e a vela de ignição dispara e inflama a mistura ar /
combustível;
• Curso de combustão: a ignição força o pistão a descer no cilindro; quando o
pistão vai para o ponto morto inferior, a manga (ou revestimento) desloca para alinhar suas
aberturas de recorte com as aberturas de escape do cilindro;
• Curso de exaustão: o gás de escape é expelido quando o pistão volta a subir; as
portas de escape fecham;
• Curso de admissão: a manga gira para o outro lado, expondo as portas de
entrada de ar; o pistão desce, atraindo ar fresco; a manga se desloca para fechar a porta de
entrada para o próximo golpe de fogo e, em seguida, todo o processo se repete;
Apesar de esses motores obterem uma melhor eficiência mecânica e térmica, sua
fabricação era muito complexa e difícil de obter uma vedação perfeita. O aspecto de um
cilindro de um motor radial pode ser visto Figura 5, sendo visível a manga que envolve o
pistão, com orifícios que controlam a troca de gases e as portas de admissão e escape no
cilindro. (PARKER, 2012)

Figura 5 - Vista em corte de um pistão envolvido por manga.


17

Fonte: Adaptado de Pereira (2016)

Outro componente fundamental para o funcionamento de qualquer motor de


combustão interna e que tem um esquema curioso no motor radial é o conjunto de bielas. Ver
Figura 6
Em um motor radial, o pistão do cilindro número um, é conectado ao eixo de
manivelas por meio da biela mestra. Todos os outros pistões da fileira são conectados a biela
mestra por meio de uma biela articulada, esta geralmente fabricada em ligas de aço forjadas
com seção reta no formato de I ou H. Buchas de bronze são prensadas em cada uma das
extremidades da biela articulada para alojar os rolamentos do pino de articulação na biela
mestra e do pino do pistão. A biela mestra serve como articulação entre os pistões e o moente
do virabrequim. (REIS, 2013)

Figura 6 – Conjunto de Bielas.

Fonte: Adaptado de Reis (2013)

Os centros dos pinos de articulação não coincidem com o centro do moente. Então
enquanto o mesmo descreve um círculo verdadeiro para cada rotação do virabrequim, os
centros dos pinos da articulação fazem um caminho elíptico, conforme mostrado na Figura 7.
18

A ordem de fogo dos motores radiais de uma só fileira de cilindros segue a sequência
de que primeiramente todos os cilindros ímpares queimam em sucessão numérica, depois
também em sucessão numérica, queimam os pares. (REIS, 2013)

Figura 7 – Percurso do conjunto de bielas e ordem de fogo

Fonte: Adaptado de Reis (2013)

2.4 Vantagens e Desvantagens

Assim como todo motor tem suas vantagens e desvantagens com os motores radiais
não é diferente, sendo assim a maioria desses motores desenvolvem uma alta potência se for
comparar com seu peso e tamanho. Além do mais que sua manutenção por sua vez é muito
fácil, facilitando o acesso e trocas de peças, podendo-se trocar um cilindro sem desloca-lo
bruscamente do lugar. Possuindo ainda uma alta facilidade em se refrigeração a ar. Porém
esses motores possuem uma área frontal grande, causando um grande arrasto aerodinâmico,
sendo que suas lubrificações são complicadas, por sua vez no decorrer do processo pode-se
ocasionar algumas falhas como vazamentos e outros problemas que possam vir a surgir. Com
o acionamento do motor, após algum tempo em funcionamento começa a aquecer algumas
19

partes do motor, sendo a biela central e o cilindro mestre, causando uma certa vulnerabilidade
no local. (AEROTAGUA, 2011)
20

3 METODOLOGIA

O desenvolvimento do protótipo será apresentado na sequência, demonstrando como


foi desenvolvido, bem como o software para criação e estudo dos movimentos internos do
motor, componentes, materiais e processos de fabricação utilizados na manufatura e ainda a
montagem dos componentes que deram origem ao protótipo.

3.1 Modelagem, dimensões e características técnicas

A partir do conhecimento adquirido na revisão bibliográfica acerca da origem e do


funcionamento dos motores radiais, pode-se desenvolver um modelo de protótipo utilizando o
software de modelamento 3D. Além da criação, o software teve papel fundamental no estudo
dos movimentos dos componentes do motor, detectando possíveis pontos de interferências.
Algumas especificações técnicas do protótipo podem ser visualizadas na Tabela 1.

Tabela 1-Especificações técnicas do protótipo

Fonte: Autores (2018)

3.2 Processos de fabricação utilizados

O protótipo foi produzido inteiramente de peças mecânicas, onde envolveu uma gama
de processos mecânicos comumente utilizados na indústria, como:
 Estampagem, operação de conformação mecânica produzidas por punções,
matrizes e estampos. Para a estampagem dos componentes do protótipo foi
utilizado uma puncionadeira CNC.
 Corte térmico, processo de corte de metais através de altas temperaturas. Para a
o corte dos componentes do protótipo foi utilizado um equipamento de corte
plasma CNC.
 Serramento, equipamento utilizado Serra fita.
 Usinagem, equipamento utilizado Torno mecânico convencional.
21

 Soldagem, processo de soldagem utilizado Eletrodo revestido.


 Roscamento, roscagem manual com utilização de macho de roscar.

3.3 Componentes

Na sequência será descrito os componentes do protótipo, especificando exatamente os


materiais e métodos de fabricação utilizados. Basicamente o motor é divido em quatro sub
montagens.
3.3.1 Bloco
O bloco consiste em ser a estrutura que comporta todo o mecanismo do motor. Ele é
constituído de chapas de aço A36, tubos mecânicos, barras de aço extrudado e um rolamento
6202, a Figura 8 indica a montagem do bloco do motor.

Figura 8 – Bloco do motor.

Fonte: Autores (2018)

Os itens 1, 2 e 3 indicadas na Figura 8 são chapas de aço A36 de 2,65 mm de


espessura, foram produzidas pelo processo de estampagem utilizando uma Puncionadeira
CNC, conforme mostra a Figura 9. As suas dimensões são cotadas na Figura 10.
22

Figura 9 – Chapas de Aço A36 fabricadas pelo processo de estampagem.

Fonte: Autores (2018)

Figura 10 – Dimensões das chapas do bloco.

Fonte: Autores (2018)


Os itens 4 e 5 indicadas na Figura 8 foram produzidas pelo processo de usinagem em
torno convencional, elas são cotadas na Figura 11, onde a imagem (a) consiste em ser o
cilindro do motor e a imagem (b) o mancal do eixo virabrequim

Figura 11 – Dimensões do cilindro (a) e do mancal do eixo virabrequim (b)

Fonte: Autores (2018)


23

Após a fabricação dos componentes do bloco do motor foi efetuada a montagem, onde
a união das chapas do bloco e a fixação dos cilindros e mancal foi feita através do processo de
soldagem com eletrodo revestido, em seguida foi encaixado o rolamento 6202 no mancal,
como pode ser visto na Figura 12.

Figura 12 – Bloco montado

Fonte: Autores (2018)

3.3.2 Eixo virabrequim


O eixo virabrequim é responsável por permitir o movimento do motor, é constituído de
dois eixos centrais de barras de aço trefilado (itens 3 e 4), um eixo de fixação das laterais
(item 2), duas laterais de chapas de aço A36 de ¼ pol (item 1) e dois anéis elásticos (item 5).
A Figura 13 apresenta a configuração de montagem.

Figura 13 – Montagem do eixo virabrequim

Fonte: Autores (2018)


24

Os itens 2, 3 e 4 mostrados na Figura 13 foram produzido pelo processo de usinagem,


são eixos de barras de aço trefilado de 15 mm de diâmetro, nos seus centros possuem roscas
de ¼ pol, suas dimensões estão expressas na Figura 14.

Figura 14 – Dimensões dos eixos do virabrequim.

Fonte: Atores (2018)


O item 1 mostrado na Figura 13 foi produzido pelo processo de corte térmico em um
plasma CNC, são chapas de aço A36 com ¼ pol com furos de 10 mm para encaixar nos
rebaixos dos eixos 2, 3 e 4. A Figura 15 apresenta as dimensões do item 1.

Figura 15 – Dimensões das chapas laterais do eixo virabrequim.

Fonte: Autores (2018)


25

O item 5 da Figura 13 são anéis elásticos, que vão encaixados nos canais do item 2. A
Figura 16 apresenta a montagem do eixo virabrequim, a fixação dos eixos foi feita por meio
de parafusos de rosca ¼ pol com comprimento de ¾ pol,.

Figura 16 – Descrição da montagem do eixo virabrequim.

Fonte: Autores (2018)

3.3.3 Bielas e pistões


O conjunto de bielas e pistão são os componentes que se deslocam devido à explosão
na câmara de combustão, foram produzidos pelo processo de corte térmico em plasma CNC e
pelo processo de Serramento com serra fita. A Figura 17 apresenta as montagens que
compõem o conjunto, onde o item 1 é a biela mestre e o item 7 as bielas convencionais que
são fixadas na biela mestre.

Figura 17 – Descrição das montagens que compõem o conjunto de bielas e pistões.

Fonte: Autores (2018)


26

A biela mestre por sua vez tem a função de ser o acoplamento das bielas
convencionais, a descrição de cada peça é informada na Figura 18. O item 1, 2, 5 e 6 são
chapas de aço A36 e foram fabricados com o uso de um equipamento de plasma CNC, o item
4 é um tubo mecânico de 1 ½ de pol que fabricado pelo processo de Serramento em uma serra
fita, e o item 3 é um rolamento 6202.

Figura 18 – Descrição biela mestre.

Fonte: Autores (2018)


27

As dimensões das peças da biela mestre estão descritas na Figura 19.

Figura 19 – Dimensões dos componentes da biela mestre.

Fonte: Autores (2018)


As bielas convencionais são compostas do mesmo pistão utilizado na biela mestre, o
que as difere é o formato do corpo da biela que é mais simples pois vai fixado na biela mestre,
a Figura 20 descreve as dimensões das bielas convencionais.

Figura 20 – Dimensões da biela convencional

Fonte: Autores (2018)


28

Após a fabricação das peças pelos processos citados, foi efetuada a montagem do
conjunto de bielas e pistões, a peça 6 foi encaixada no corte da tampa do pistão, peça 5 de
modo que o lado reto da peça 6 ficasse paralela com a superfície da peça 5, posteriormente foi
posicionado a peça 5 de topo com o corpo do pistão, peça número 4 de modo que as mesmas
ficassem concêntricas e em seguida foi efetuada a soldagem dando origem aos pistões. Na
sequência os pistões foram fixados nas bielas convencionais e mestre por meio do
alinhamento do furo da peça 6 com os furos do corpo das bielas com o uso de parafusos de
rosca 5/16 pol com comprimento de ¾ pol. As chapas de fixação das bielas convencionais,
peça número 2, foram fixadas no corpo da biela mestre, peça número 1 por meio de parafusos
métricos de rosca 4 mm, em seguida o conjunto de bielas convencionais e pistões foram
parafusados na peça número 2 usando parafusos de rosca 5/16 pol com comprimento de 1 pol,
como pode ser visto na Figura 21.

Figura 21 – Conjunto de bielas e pistões montados.

Fonte: Autores (2018)


29

3.3.4 Mancal frontal


Por fim a última sub montagem, ela tem a finalidade de alinhar o eixo virabrequim, e a
sua configuração permite a visualização do funcionamento do protótipo, a Figura 22
representa a montagem do mancal frontal, onde as peças número 1 e 3 foram fabricadas pelo
processo de estampagem utilizando Puncionadeira CNC, peça número 2 pelo processo de
usinagem e a peça número 4 é um rolamento 6202.

Figura 22 – Mancal frontal.

Fonte: Autores (2018)


A Figura 23 descreve as dimensões de cada peça.

Figura 23 – Dimensões das peças do mancal frontal.

Fonte: Autores (2018)


30

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
31

5 CONCLUSÃO

Breve resumo: O presente trabalho assim como seu respectivo protótipo, foram
executados com intuito didático/acadêmico, para que qualquer pessoa pudesse obter
conhecimento suficiente para compreender os princípios e funcionamentos básicos dos
motores radiais que foram amplamente utilizados até a metade do século XX.
Importância do tema no meio não é comum ver hoje em dia estes motores em plena
operação, pois já foram desenvolvidas tecnologias superiores a ele, todavia, o conhecimento
do mesmo, no meio da engenharia é crucial, devido a sua grande aplicabilidade de fenômenos
físicos e soluções alternativas para os problemas com que os engenheiros se depararam na
época.
Apresentando os resultados: Com o acumulo de informações inseridas neste trabalho, é
possível que, qualquer pessoa com o mínimo conhecimento sobre motores e sua respectiva
engenharia, ao lê-lo –utilizando o auxílio do protótipo- pode compreender os conceitos e
princípios básicos dos mais diversos motores radiais de combustão interna citados no
trabalho.
Para estudos mais aprofundados sobre o tema supracitado, o único estudo que deve ser
aprofundado, deve ser o técnico, pois –a nível nacional- foram pesquisadas as principais
fontes sobre o tema e pudemos ver que a cultura brasileira, para com este tipo de mecanismo é
primária, pois o nosso acervo sobre este assunto é carente de dados. O protótipo não sofreu
maiores desenvolvimentos devido ao alto custo de sua produção assim como, a complexidade
de obtenção de peças, pois a produção de qualquer uma acarreta um alto custo de insumos e
maquinário para tal.
32

6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

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<http://culturaaeronautica.blogspot.com/2010/10/motores-radiais-rotativos-como.html>.
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em: 5 outubro 2018.
AUTORES. [S.l.]. 2018.
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