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Faquihe Sarangue;

Hermenegildo Gabril Efremo


Liodomil Ofélio António Fátima Sagura
Olden Dalton João
Roberto Paulino António

Roscagem Manual com Tarraxas e Machos

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Faquihe Sarangue;
Hermenegildo Gabril Efremo
Liodomil Ofélio António Fátima Sagura
Olden Dalton João

Roberto Paulino António

Roscagem Manual com Tarraxas e Machos

(Engenharia Mecânica 1º Ano)

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de


Prática Técnico Professional - Ajuste a ser
apresentado na Faculdade de engenharias e
ciências tecnológicas - FECT no Departamento de
Escola Superior Técnica (ESTEC), lecionada por:

Engº Emílio Francisco

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4

Objetivos..................................................................................................................................... 5

1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................................. 5

1.1.2. Objectivos Específicos ..................................................................................................... 5

CAPITULO II ............................................................................................................................. 6

2. Roscagem ............................................................................................................................... 6

2.1. Importância e aplicação da roscagem .................................................................................. 6

2.2. Roscagem Interna ................................................................................................................ 7

2.2.1. Machos ............................................................................................................................. 7

2.2.2. Principais problemas na roscagem interna ....................................................................... 8

2.2.3. Classificação dos machos ................................................................................................. 9

2.3. Roscagem externa ................................................................................................................ 9

3.3.1. Utilização da Tarraxa...................................................................................................... 10

2.3.2. Sequencia Operatória ...................................................................................................... 10

2.4. Classificação das Roscas ................................................................................................... 11

Classificação quanto a função .................................................................................................. 11

Classificação quanto a aplicação .............................................................................................. 11

2.5. Cálculo de roscas ............................................................................................................... 11

Formulários ............................................................................................................................... 12

CAPITULO III ......................................................................................................................... 15

3. Metodologias ..................................................................................................................... 15

3.1 Materiais ........................................................................................................................ 15

3.2 Métodos ......................................................................................................................... 15

Conclusão ................................................................................................................................. 16

Bibliografia ............................................................................................................................... 17
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Introdução
Para montar conjuntos mecânicos, usam-se os mais diversos processos de união das diversas
partes que os compõem. Assim, é possível uni-los por soldagem, por rebitagem, por meio de
parafusos, etc. Tudo vai depender do uso que se vai fazer desse conjunto. Por isso, é só olhar à
sua volta para perceber a importância dos parafusos e das roscas nas máquinas e utensílios que
usamos todos os dias.

A necessidades de gerar respostas mais eficazes tornaram-se fatores primordiais para a indústria
repensar seus processos de fabricação e, assim, direcionar novos esforços para melhorias com
foco na redução de custos, sem, no entanto, comprometer a qualidade do produto final.

Após o surgimento de máquinas-ferramentas modernas, muitas das operações manuais de


rosqueamento foram substituídas pela utilização de máquinas automáticas ou semiautomáticas,
o que de certa forma favoreceu a melhoria da produção. (Oliveira, Baptista, & Coppine, 2017)

Atualmente, apesar de existirem máquinas/dispositivos modernos que permitem realizar uma


operação de rosqueamento com maior eficiência, muitas indústrias ainda utilizam-se de
métodos convencionais no processo de rosqueamento interno e externo.

Normalmente rosqueamento interno é uma das operações de usinagem finais a ser executada.
Assim sendo, se um macho falhar, a peça que já tem um valor agregado significativo pode, na
maioria dos casos, resultar no sucateamento ou em retrabalho. (Oliveira, Baptista, & Coppine,
2017)
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Objetivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Apresentar os processos de roscagem manual
1.1.2. Objectivos Específicos
 Definir a roscagem interna e externa;
 Descrever as características de cada tipo de roscagem e apresentar as
ferramentas usadas para cada;
 Apresentar imagens dos instrumentos;
 Descrever os tipos de machos e suas características.
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CAPITULO II

2. Roscagem
Roscagem é um processo mecânico, de usinagem ou conformação, que se destina à obtenção
de filetes com perfis roscados, por meio da abertura de um ou mais sulcos helicoidais de passo
uniforme, em superfícies cilíndricas ou cônicas de revolução.

Podem ser produzidas roscas internas e roscas externas. É um processo que envolve
movimentos de avanço e de rotação entre a ferramenta e a peça, onde uma delas gira enquanto
a outra se desloca simultaneamente, segundo uma trajetória retilínea paralela ou inclinada em
relação ao eixo de rotação, ou ainda, apenas uma delas executa os dois movimentos, ou seja,
gira e avança enquanto a outra fica parada.

Fig 1: Perfil básico de rosca (padrão numérico)

Podem ser produzidas roscas padronizadas, como: Rosca métrica – normal (DIN 13-1), fina
(DIN 13-2...10), Rosca métrica cônica (DIN 158-1), Rosca Whitworth, Rosca GAS (DIN ISO
228-1), Rosca ISO trapezoidal (DIN 103-1), Rosca de dente de serra (DIN 513), Roscas UNF
(EUA+Inglaterra), Roscas Edson e Roscas especiais.

2.1. Importância e aplicação da roscagem


O processo de roscamento está presente em quase todas as peças produzidas nas indústrias do
setor metal mecânico. Pode-se considerar que não existe um componente mecânico que não
apresente uma ou várias regiões com perfil roscado externo e/ou interno. Os bens de consumo
como automóveis, motocicletas, máquinas agrícolas e os diversos equipamentos apresentam
em seus detalhes construtivos, regiões roscadas. Outras ferramentas industriais como moldes
de injeção e as matrizes para conformação apresentam regiões específicas para a montagem de
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postiços necessários a modificações de detalhes do seu design, normalmente estes postiços são
fixados por pinos roscados.

O uso de parafusos se torna mais comum, havendo poucos equipamentos que não usam
parafusos para fixação.

Roscamento externo é executado em superfícies externas cilíndricas ou cônicas de revolução.


Enquanto o interno é executado em superfícies internas cilíndricas de revolução.

2.2. Roscagem Interna


Roscagem interna é aquela que ocorre no interior da peça, geralmente em pecas com abertura
no centro como porcas e outras, esse processo tem a finalidade de produzir roscas para a fixação
de parafusos e/ou outras pecas na peça roscada.

2.2.1. Machos
Basicamente, o processo mais usado de roscamento interno sempre foi realizado na indústria
com ferramentas denominadas machos. Este processo promove, assim como nos processos de
torneamento, fresamento e furação, a geração de cavacos que são na sua maioria expulsos pelos
fluidos de corte durante a usinagem. (Carvalho, 2011)

Na indústria, segundo Koelsch (2002), utiliza-se com mais frequência para a confecção de
filetes de rosca interna o macho de corte. O processo de roscamento interno com macho de corte
envolve usinagem e remoção de material. O macho de corte é classificado como uma ferramenta
multi - cortante que, através do movimento rotativo combinado com o axial, executa a
deformação na superfície interna de um furo, cujo diâmetro é um pouco menor que o diâmetro
externo do macho de corte, para formar filetes de rosca após a remoção de cavacos. (Carvalho,
2011)
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Fig 2: roscagem com machos

O processo de geração de roscas internas com machos ocorre com o deslocamento da


ferramenta no sentido axial e com um movimento rotativo simultâneo. O macho apresenta um
formato cônico na sua parte inicial o que permite que as arestas de corte executem a operação
removendo secções de corte pequenas no começo e estas aumentem de forma progressiva. Além
disso, na construção da ferramenta existem arestas de corte radiais que dividem as secções de
corte no sentido radial e axial, permitindo a geração do perfil da rosca de forma gradual.
(Carvalho, 2011)

2.2.2. Principais problemas na roscagem interna


O processo de roscamento interno é complexo pelo fato de existirem muitas variáveis que
devem ser analisadas durante o processo, sendo as mais comuns: quebra do macho de corte,
erro síncrono entre os movimentos rotacional e de avanço, desgaste do macho de corte e
desalinhamento entre a ferramenta e o pré-furo, dentre outras. (Carvalho, 2011)

O desgaste da ferramenta é um parâmetro que deve ser levado em consideração, pois a maioria
dos erros advém dele.

O grande problema na usinagem de roscas é a roptura do macho de corte durante o processo,


devido ao aumento do torque que ocorre na maioria dos casos, ao travamento da ferramenta,
gerando sua imediata quebra.

Não se consegue produzir roscas sem o uso de fluidos refrigerantes e/ou lubrificantes. O uso de
fluidos de corte é necessário na usinagem de roscas, a fim de diminuir as forças necessárias
para o processo. O uso do fluido de corte é importante no roscamento interno pois as arestas do
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macho de corte estão mais sujeitas a danos provocados pelo calor e os cavacos têm maior chance
de ficarem retidos na região de corte entre a ferramenta e a peça. (Carvalho, 2011)

2.2.3. Classificação dos machos


Quanto ao tipo de rosca os machos classificam-se em:

 Sistema métrico
 Sistema Whitworth
 Sistema americano

Por sua vez, esses grupos subdividem – se em diversos tipos ou series:

a) Quanto ao tipo de rosca: fina ou normal (grossa);


b) Quanto a forma de rosca: Paralela ou cónica;
c) Quanto ao tipo de material: aço rápido (HSS – normal), aço rápido (HSS – altamente
ligado) e aço rápido (HSS – revestido para grande rendimento);
d) Quanto as dimensões: machos tipo curto, tipo medio e tipo longo;
e) Quanto ao tipo de trabalho: machos manuais ou machos de máquina. (Metalurgica, s/d)

2.3. Roscagem externa


Nesse processo de conformação ocorre uma laminação entre rolos ou entre placas planas
formando o perfil da rosca externa. Esta é a maior aplicação para a produção de parafusos
comercialmente encontrados em lojas de ferragens. (Carvalho, 2011)

As principais formas de se realizar o roscamento externo na usinagem é utilizar, por exemplo,


ferramenta de perfil único, ferramenta de perfil múltiplo, fresa de perfil múltiplo ou fresa de
perfil único. O processo é realizado da mesma forma que ocorre o torneamento externo, ou seja,
existe um movimento de rotação da peça a ser roscada em torno do seu eixo de simetria e um
movimento de avanço no sentido axial com dimensão exata do passo da rosca que se deseja
produzir. A combinação dos dois movimentos produz o perfil de rosca desejado. Além disso,
as roscas podem ser classificadas como roscas esquerdas e direitas, sendo esta classificação
importante apenas para o sistema que se deseja fixar. (Carvalho, 2011)
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3.3.1. Utilização da Tarraxa


A roscagem exterior normalmente é feita no torno mecânico, no entanto é frequente haver
necessidade de roscar parafusos ou pernos manualmente.

Nesse caso são empregados dois encostos (cossinetes ou tarraxas), um dos quais fixo, enquanto
o outro tem um movimento linear paralelo.

Para isso são necessárias as seguintes ferramentas: caçonete e grade porta caçonetes.

Os caçonetes são fabricados em aço rápido de um modo fechado com um corte a fim de
possibilitar um pequeno aperto que fecha um pouco do seu diâmetro para que a rosca fique mais
ou menos delgada conforme a necessidade. (Metalurgica, s/d)

A grade porta caçonetes é fabricada em aço macio tendo um orifício do diâmetro do caçonete e
parafusos de fixação que seguram o caçonete e também o apertam para que se possa utilizar.

Fig 3 e 4: caçonete e grade de caçonetes respectivamente.

2.3.2. Sequencia Operatória


 Selecionar o caçonete de diâmetro pretendido;
 Executar um chanfro na ponta do veio para que a ferramenta possa agarrar o material
facilmente;
 Fixar o caçonete na grade sem pressão;
 Lubrificar o veio de forma a facilitar a operação;
 Proceder a execução de abrir a rosca girando a grade porta caçonetes no sentido dos
ponteiros de um relógio;
 Simultaneamente deve-se retroceder um pouco a grade porta caçonetes no sentido
contrário para facilitar a operação. (Metalurgica, s/d)
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2.4. Classificação das Roscas


As roscas pode ser classificada quanto a sua função e quanto a sua aplicação.

Classificação quanto a função


Podem-se considerar três diferentes tipos:

 Rosca de fixação que se destina a efectuar ligações, por exemplo, no caso das roscas de
parafusos e porcas utilizadas em estruturas metálicas;
 Roscas de fixação e vedação que além de se destinarem a realizar ligações devem
assegurar a sua estanquidade, por exemplo, no caso de parafusos e porcas utilizadas em
ligações realizadas em depósitos de fluidos;
 Rosca de transmissão que se destina a transmitir um movimento, por exemplo, a rosca
do parafuso de um micrómetro ou dos parafusos sem – fim das maquinas – ferramentas.
(Metalurgica, s/d)

Classificação quanto a aplicação


Podem classificar-se em:

 Rosca para metal que se empregam sempre com rosca conjugada, tendo a crista e o
fundo em geral o mesmo desenvolvimento;
 Roscas para madeira que se empregam com rosca conjugada, sendo geralmente cónicas
e com perfil cujo desenvolvimento do furo é maior que o da crista;
 Roscas para outros fins como, por exemplo, roscas para plástico ou porcelana que são
menos correntes. (Metalurgica, s/d)

2.5. Cálculo de roscas


Nem sempre os parafusos usados nas máquinas são padronizados (normalizados) e, muitas
vezes, não se encontra o tipo de parafuso desejado no comércio.

Nesse caso, é necessário que a própria empresa faça os parafusos. Para isso é preciso pôr em
prática alguns conhecimentos.
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Formulários
Rosca métrica triangular (normal e fina)

P = passo da rosca

d = diâmetro maior do parafuso (normal)

d 1 = diâmetro menor do parafuso (Ø do núcleo)

d 2 = diâmetro efetivo do parafuso (Ø médio)

a = ângulo do perfil da rosca

f = folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso

D = diâmetro maior da porca

D 1 = diâmetro menor da porca

D 2 = diâmetro efetivo da porca

h e = altura do filete do parafuso

r re = raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso

r ri = raio de arredondamento da raiz do filete da porca

Fig 5: verificador de rosca

Exemplo:
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Fig 6: combinação de parafuso e porca

b)
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CAPITULO III
3. Metodologias
3.1 Materiais
Para a realização do nosso trabalho de revisão de literatura foi necessário o material a seguir:

 Computador
 Telefone celular,
 Esferográfica e papel;
 Internet;
 Manuais e artigos científicos, devidamente citados.

3.2 Métodos
Para a realização da presente pesquisa buscaram-se manuais relacionados com o tema em alusão
e posteriormente foram compiladas informações pretendidas.

Quanto a abordagem a pesquisa é descritiva-interpretativa; e

Quanto aos objectivos da pesquisa é uma pesquisa explicativa.


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Conclusão
Com a realização da pesquisa sobre a roscagem concluiu-se que, esse processo é muito
importante não só na indústria metalo-mecânica, mas na área industrial no geral.

Muitos dos mecanismos mecânicos apresentam roscas que são fundamentais para o seu
funcionamento. As roscas podem ser feitas de modo eletrónico, mas ainda fazem-se também
manualmente.

A roscagem pode ser interna ou externa, usam-se machos para o caso da roscagem interna e
tarraxas para a roscagem externa.

É necessário seguir determinados procedimentos para a execução de uma boa rosca, uma falha
na rosca compromete toda produção e agrega valores muito altos, uma vez que a rosca é um
dos últimos elementos a ser feio num conjunto.

A conformação de roscas produz perfis com textura superficial melhor que o processo de
roscamento com geração de cavacos, tanto para roscamento interno como para roscamento
externo. Aumentando-se a velocidade de deformação, a qualidade do perfil de rosca melhora
proporcionalmente em ambos os processos com melhoria muito mais significativa no processo
por conformação.
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Bibliografia
Carvalho, A. O. (2011). Analise Dinamica do Processo de Roscamento por Conformacao. São
João Del Rei: UFSJ.

Metalurgica, C. d. (s/d). Roscagem Manual. d/l: CENFIM.

Oliveira, F. S., Baptista, E. A., & Coppine, N. L. (2017). Rosqueamento Com Machos Maquinas
Tratado Como Factor Condicionador (Vol. 32). S/l : ESPACIOS.

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