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Disciplina: Análise de dados em Biodiversidade com o R - EB-118 – 2021

Prof: Luís Alexandre Estevão da Silva Aluna: Gabriela Rodrigues Moreira de Souza
Trabalho

1. Objetivo: Comparar os parâmetros físico-químicos do solo de duas áreas uma de


floresta e outra de pastagem.

1.1 Objetivos específicos:

1.1.1 Relacionar parâmetros de elementos químicos com a dados oriundos das


análises de serrapilheira.
1.1.2 Comparar os parâmetros físico-químicos de duas áreas, uma de pasto e outra de
floresta.

2. Dados utilizados

Os dados utilizados neste presente trabalho são oriundos do artigo intitulado “O uso de
sistemas agroflorestais diversificados na restauração florestal na Mata Atlântica” publicado na
Revista Ciência Florestal em 2019.
Este artigo foi elaborado em um contexto onde a nova legislação ambiental brasileira
vislumbra-se a possibilidade do uso de sistemas agroflorestais diversificados para recompor
áreas de preservação permanente e reserva legal, principalmente em pequenas propriedades
rurais. Com o objetivo de analisar à capacidade desses sistemas em reduzir custos na
restauração florestal e, ao mesmo tempo apresentar eficiência ecológica similar aos plantios em
que se faz uso exclusivo de espécies nativas do bioma em questão. Buscando a resposta
avaliou-se nesse estudo um sistema agroflorestal implantado em 2005, em Seropédica - RJ, que
tinha o objetivo de interligar dois fragmentos florestais ali existentes. Desde então foram feitas
avaliações da serapilheira, micro e mesofauna do solo desse “corredor agroflorestal” na
interligação desses fragmentos. Os resultados indicaram que a quantidade e a qualidade da
fauna do solo e fungos micorrízicos foram favorecidos pelo sistema agroflorestal em
comparação à matriz de pastagem, mas tanto a riqueza, quanto a abundância ainda se
encontram em níveis inferiores aos fragmentos florestais interligados. A pastagem próxima ao
sistema agroflorestal vem se beneficiando da melhoria ambiental ali existente, criando um
“efeito de borda positivo”, situação bem distinta da pastagem que se encontrava mais distante
da área de influência do corredor agroflorestal. Para os indicadores utilizados, o sistema
agroflorestal foi eficiente. O SAF foi implantado em abril de 2005, em área ocupada por capim-
colonião (Megathyrsus maximus (Jacq.) SIMON & JACOBS), sobre um Planossolo Háplico.
Em seu estudo, Martins et. al (2009) descreve o sistema agroflorestal multiestrato, com 6000
m2 (200 m x 30 m) e explica que a área de estudo faz interligação de dois fragmentos florestais,
de maneira a constituir um “corredor agroflorestal” entre as áreas.
Em um dos fragmentos interligados localiza-se na encosta, o autor identifica os diversos
fragmentos por iniciais que façam referência ao estágio do sistema.
Dentro de cada fragmento foram coletadas 10 amostras, essas amostras foram
coletadas de maneira representar a área de maneira mais homogênea e representativa a partir da
seguintes denominações apresentadas abaixo (tabela 1): mata de topo (Mt), mata de baixada
(mb), no pasto 1(P1), SAF (C1), no segundo transecto o pasto 2(P2), SAF (C2) e no terceiro
transecto o pasto 3 P(3) e o SAF (C3) e ainda o transceto denominado pastagem distante (Pd).
A amostra denominada Pd foi coletada para verificar se havia um criando um “efeito de borda
positivo” no ambiente de pastagem.

cod_da_area sistemas folhas_1 folhas_2 galhos_1 galhos_2 galhos total


seropedica mb 2,9 39,2 3,8 43,6 6,9 84,4
seropedica p1 1,7 20,5 - - 1,7 20,5
seropedica saf_c1 0,8 11,2 1,2 55,7 2,4 28,4
seropedica p2 2,5 26,8 - - 2,5 26,8
seropedica saf_c2 1,3 18,6 1,3 11,4 2,9 34,7
seropedica P3 2 22,2 - - 2 22,2
seropedica SAF C3 0,9 17,6 2,2 23 3,4 45,6
seropedica Mt 0,6 8,2 3,3 65 4,2 77,7
seropedica Pd 0,6 3,5 - - 0,6 3,5

Tabela 1: Serrapilheira observada em diferentes sistemas.

3. Script

3.1 Análise exploratória de dados


Uma vez que, meu projeto de pesquisa está na fase de coleta de amostras de solo
e ainda sem resultados (dados). Estes dados manipulados neste presente trabalho são
provenientes do artigo com o propósito de promover a prática do conteúdo da disciplina
abordado em sala de aula, de maneira a contribuir no momento em que os resultados
oriundos da minha pesquisa estiverem concluídos.

Vale ressaltar que, por conta disto não será apresentado neste relatório a
comparação dos parâmetros físico-químicos das duas áreas e sim apenas será explorado
dentro dos dados trabalhos interessante observações a serem apontadas dentro da temática
como relações entre a quantidade de serrapilheira em sistemas agroflorestais de diferentes
estágios.

3.2 Processamento

#chamar os pacotes:

library(tidyverse)

library(RColorBrewer)

#configurando o diretório

setwd("C:\\ENB_fluxo_processamento\\Alunos\\Gabriela")

#importando os dados

seerapilheira <- readxl::read_excel('seerapilheira.xlsx', sheet = 1)

#breve inspeção dos dados:

seerapilheira %>% str

serrapilheira$sistemas <- toupper(serrapilheira$sistemas)

View(seerapilheira)

#grafico de barras

cores <- brewer.pal(9, "Dark2")

barplot(seerapilheira$folhas_1 ~ seerapilheira$sistemas,

main = 'folhas1 em sistemas multiestratos,


col = cores)

barplot(seerapilheira$folhas_2 ~ seerapilheira$sistemas,

main = 'folhas2 em sistemas multiestratos',

col = cores)

barplot(seerapilheira$galhos ~ seerapilheira$sistemas,

main = 'galhos em sistemas multiestratos',

col = cores)
barplot(seerapilheira$serrapilheira ~ seerapilheira$sistemas,

main = 'serrapilheira em sistemas multiestratos',

col = cores)

3.3 Visualização de dados

Figura 1 – Relação de folhas 1 em sistemas multiestrados.

A figura acima mostra a relação da quantidade de um tipo de folhagem analisado em


diferentes sistemas. Sendo MB – mata baixa, MT – mata t , P1 – pastagem 1, P2 – pastagem 2,
PD – pastagem distante, SAF C3 – sistema agroflorestal no transecto 3, SAF C2 – sistema
agroflorestal no transcecto 2 e SAF C1 – sistema agroflorestal no transecto 1.

Figura 2 – Relação de folhas 2 em sistemas multiestrados.

A figura acima mostra a relação da quantidade de um tipo de folhagem analisado em


diferentes sistemas. Sendo MB – mata baixa, MT – mata t , P1 – pastagem 1, P2 – pastagem 2,
PD – pastagem distante, SAF C3 – sistema agroflorestal no transecto 3, SAF C2 – sistema
agroflorestal no transcecto 2 e SAF C1 – sistema agroflorestal no transecto 1.
Figura 3 – Relação do total de galhos em sistemas multiestrados.

A figura acima mostra a relação da quantidade total de galhos em diferentes sistemas.


Sendo MB – mata baixa, MT – mata t , P1 – pastagem 1, P2 – pastagem 2, PD – pastagem
distante, SAF C3 – sistema agroflorestal no transecto 3, SAF C2 – sistema agroflorestal no
transcecto 2 e SAF C1 – sistema agroflorestal no transecto 1.

Figura 4 – Relação de serrapilheira em sistemas multiestrados.

A figura acima mostra a relação da quantidade total de serrapilheira analisada em


diferentes sistemas. Sendo MB – mata baixa, MT – mata t , P1 – pastagem 1, P2 – pastagem 2,
PD – pastagem distante, SAF C3 – sistema agroflorestal no transecto 3, SAF C2 – sistema
agroflorestal no transcecto 2 e SAF C1 – sistema agroflorestal no transecto 1.

4. Conclusão

Em suma, de acordo com os resultados demonstrados nos gráficos acima o estudo de


Martins (2009) demonstrou que, o sistema agroflorestal proporcionou a entrada de serapilheira
rica em N, não somente na sua área de implantação, mas também nas áreas próximas. Tal
resultado indica que os benefícios trazidos pelo SAF, não se restringem ao local de plantio, mas
proporciona melhorias de dentro, para fora do sistema. A partir dos indicadores utilizados, esta
proposta de SAF pode ser indicada para proprietários rurais no intuito de aliarem restauração
florestal, aos seus interesses agrícolas.

5. Referências Bibliográfica

MARTINS, E. M.; SILVA, E. R; CAMPELLO, E. F. C.; LIMA, S. S.; NOBRE, C. P.;


CORREIA, M. E. F.; RESENDE, A. S. 2019. O uso de sistemas agroflorestais
diversificados na restauração florestal na Mata Atlântica. Revista Ciência Florestal.
Disponível em: https://doi.org/10.5902/1980509829050. Acesso em 20 de maio de
2021.
______. R Community studio. Disponível em: https://community.rstudio.com/ Acesso
em 21 de junho de 2021.

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