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Sobre os sorteios:
Nas datas do plano de curso (após a aula), serão enviadas três listas;
Lista A, Lista B e Lista C;
Cada lista terá 04 (quatro) questões.
Para a pontuação: 1,0 ponto para a apresentação (no quadro) + 0,5
ponto para a resposta de uma pergunta. Aqui, um integrante apresenta e
outro responde à pergunta;
Dúvidas
Dúvidas? Alguma sugestão?
Táticas de estudo;
O que pode ser cobrado nas avaliações?
Observação:
No que se segue, vamos supor que existe um conjunto não-vazio,
denominado conjunto dos números inteiros, denotado por Z. Vamos supor
que este conjunto é munido de duas operação, denominados soma e produto,
indicadas respectivamente por:
+ ∶ Z×Z → Z e ⋅ ∶ Z×Z → Z
Exercício 1.1:
Prove a unicidade do elemento dado por (A3).
Exercício 1.2:
Prove a unicidade do elemento dado por (P3)
Prova:
Por hipótese e (A5), tem-se que
(a + c) + (−c) = (b + c) + (−c),
a + (c + (−c)) = b + (c + (−c)).
Exercício 1.3:
Prove a unicidade do elemento dado por (A4).
Exercício 1.5:
Prove que 0 = −0. Seja a ∈ Z tal que a = −a, prove que a = 0.
Exercício 1.6:
Sejam a,b,c ∈ Z tais que c + a = c + b. Prove que a = b.
Exercício 1.7:
Seja a ∈ Z, prove que a ⋅ 0 + a ⋅ 0 = 0 + a ⋅ 0.
Coroláro 1.1.2:
Seja a ∈ Z. Então a ⋅ 0 = 0.
a ⋅ 0 + a ⋅ 0 = 0 + a ⋅ 0.
Corolário 1.1.3:
Sejam a,b ∈ Z tais que a ⋅ b = 0. Então a = 0 ou b = 0.
Prova:
De acordo com o Corolário 1.1.2, a ⋅ 0 = 0. Então, da hipótese segue que
a ⋅ b = a ⋅ 0, de onde por (P2), vem que b ⋅ a = 0 ⋅ a. Se a ≠ 0, por (P4), vem que
b = 0. O resultado está provado.
Exercício 1.9:
Seja a ∈ Z tal que a + a = 0. Prove que a = 0.
Exercício 1.10:
Seja a ∈ Z tal que a ⋅ a = a. Prove que a = 0 ou a = 1.
Exercício 1.11:
Sejam a,b ∈ Z, prove que (−a)b = −(ab) e a(−b) = −(ab).
Exercício 1.12:
Sejam a,b ∈ Z, prove que (−a)(−b) = ab.
Aula: 28/02/2024
Observação:
Vamos supor como axioma que Z é munido de uma relação de ordem
denominada menor ou igual e denotada por ≤, safisfazendo para a,b,c ∈ Z os
seguintes axiomas:
(O1) a ≤ a;
(O2) Se a ≤ b e b ≤ a, então a = b;
(O3) Se a ≤ b e b ≤ c, então a ≤ c.
Observação:
Além dos axiomas anteriores, vamos considerar os seguintes axiomas:
(O4) Para a,b ∈ Z, tem-se que a < b ou a = b ou b < a, onde a ocorrência de
qualquer possibilidade exclui as demais;
(O5) Se a ≤ b, então a + c ≤ b + c;
(O6) Se a ≤ b e 0 ≤ c, então ac ≤ bc.
Observação:
Aqui, vamos supor que 0 ≠ 1.
Prova:
Respectivamente, Exercícios 1.14, 1.15, 1.16 e 1.17.
Exemplo:
Seja a ∈ Z. Se a ≠ 0, então 0 < a ou a < 0. De fato, dados 0,a ∈ Z, por (O4),
tem-se que 0 < a ou a = 0 ou a < 0. Como a = 0 não ocorre, segue a afirmação.
Exercício 1.19:
Seja a ∈ Z. Se 0 < a, prove que −a < 0.
Observação:
Denota-se o valor absoluto de a ∈ Z por ∣a∣.
Exemplo:
Note que, por (O1), 0 ≤ 0. Assim, por definição de valor absoluto, ∣0∣ = 0.
Exemplo:
Seja a ∈ Z tal que 0 < a. Então, ∣ − a∣ = a. De fato, do Exercício 1.19, −a < 0.
Assim, da definição de valor absoluto, ∣ − a∣ = −(−a), de onde do Exercício 1.4,
∣ − a∣ = a e segue a afirmação.
Exercício 1.20:
Seja a ∈ Z. Prove que 0 ≤ ∣a∣.
Exercício 1.21:
Seja a ∈ Z. Se ∣a∣ = 0, prove que a = 0.
Observação:
Seja a ∈ A um elemento mínimo de A ⊂ Z. Denota-se a = minA.
Exemplo:
Seja A ∶= {0,1}, afirmamos que minA = 0. De fato, note que 0 ∈ A. Além disso,
por (O1) e Proposição 1.1.4 (item iii), seque, respectivamente, que 0 ≤ 0 e
0 ≤ 1. Assim, por definição de elemento mínimo, segue a afirmação.
Exercício 2.1:
Sejam A ⊂ Z não-vazio e a1 ,a2 ∈ Z. Se a1 ,a2 satisfazem (E1) e (E2), prove
que a1 = a2 .
Exercício 2.2:
Prove que minN = 0.
Prova:
Exercício 2.3.
Proposição 1.1.6:
Seja a ∈ Z tal que 0 ≤ a e a ≤ 1. Então, a = 0 ou a = 1.
Prova:
Suponha por contradição que 0 ≠ a e a ≠ 1. Então, da hipótese e da definição
de menor estrito, 0 < a e a < 1. Assim,
m ⋅ m < m,
Corolário 1.1.7:
Seja a ∈ Z tal que 0 < a. Então, 1 ≤ a.
Exercício 2.4:
Seja a ∈ Z. Se a ≠ 0, prove que 1 ≤ ∣a∣.
Aula: 05/03/2024
Exercício 2.5:
Sejam a,b,x ∈ Z tais que a ⋅ x = b. Se b ≠ 0, prove que x ≠ 0.
Exercício 2.6:
Sejam a,b ∈ Z. Se a < 0 e 0 < b, prove que a ⋅ b < 0.
Exercício 2.7:
Prove que 0 < 2 e 1 < 2.
Exercício 2.8:
Prove que não existe x ∈ Z tal que (x ⋅ x) + 1 = 0.
Exercício 2.9:
Nas condições da observação anterior, prove que Pa ∩ Im = ∅.
Prova:
Exercício 2.10.
Definição: Divisibilidade
Sejam a,c ∈ Z. Diz-se que a divide c, se existe b ∈ Z tal que ab = c.
Observação:
Sejam a,c ∈ Z. Se a divide c, denota-se a∣c.
Exemplo:
Seja a ∈ Z. Do Corolário 1.1.2, tem-se que a∣0.
Exemplo:
Sabemos que não existe x ∈ Z tal que 2x = 1. Então, 2 não divide 1.
Exercício 2.11:
Prove que não existe x ∈ Z tal que 2x = 3. Conclua que 2 não divide 3.
D(p) ∶= {d ∈ Z; d∣p}.
Lema 1.2.1:
Sejam a,b ∈ Z. Então, ∣ab∣ = ∣a∣∣b∣.
Prova:
Exercício 2.13.
Proposição 1.2.2:
Sejam a,c ∈ Z com c ≠ 0. Se a∣c, então ∣a∣ ≤ ∣c∣.
Portanto, por (1) e (P3), seque que ∣a∣ ≤ ∣c∣, como queríamos provar.
Exercício 2.14:
Vale a recíproca do resultado anterior? Justifique.
Exercício 2.16:
Sejam a,c ∈ Z com c ≠ 0. Se a∣c, prove que a ≤ ∣c∣.
Lema 1.2.3:
Sejam r,b ∈ Z tais que 0 < b e b ≤ r. Então, 0 ≤ r + (−b) e r + (−b) < r.
Prova:
Exercício 2.17.
Observação:
O próximo resultado generaliza a nação de divisibilidade em Z.
Prova:
Defina
A ∶= {a + (−b)x; 0 ≤ a + (−b)x para algum x ∈ Z}.
Note que (justifique), a = a + (−b)0. Como por hipótese 0 ≤ a, tem-se que
a ∈ A, isto é, A é não-vazio. Assim, sendo A ⊂ N, do Princípio da boa ordem, A
possui elemento mínimo r ∈ Z. Por (E1), r ∈ A, de onde da definição do
conjunto existe q ∈ Z tal que a + (−b)q = r, o que implica em (justifique)
a = bq + r. (2)
s = a + (−b)(q + 1).
Exercício 3.1:
Nas condições da proposição anterior, prove a unicidade de q,r ∈ Z.
Observação:
Os próximos exercícios podem ser resolvidos utilizando a Algoritmo da divisão
Exercício 3.3:
Seja a ∈ Z. Prove que existe x ∈ {a,a + 1,a + 2} tal que 3∣x.
Aula: 12/03/2024
Exercício 3.4:
Seja a ∈ Im com 0 ≤ a. Prove que existe q ∈ Z tal que a = 4q + 3 ou a = 4q + 1.
Exercício 3.5:
Seja a ∈ Z tal que 3∣a e 2∣a. Prove que 6∣a.
Exercício 3.6:
Seja a ∈ Z tal que 2 não divide a. Prove que 2∣(a + (−1)).
Exemplo:
I = {0} é um ideal de Z. De fato, seja 0 ∈ I , então por (A3), tem-se que
0 + 0 = 0 ∈ I . Além disso, seja c ∈ Z, da Corolário 1.1.2 e (P2), vem que
0 ⋅ c = 0 ∈ I . Assim, segue a afirmação.
Proposição 1.3.1:
Seja I ⊂ Z um ideal de Z. Então, 0 ∈ I .
Exercício 3.7:
Prove que Z é um ideal de Z. O conjunto N é um ideal de Z? Justifique.
Observação:
Seja m ∈ Z. Podemos considerar
mZ ∶= {mx; x ∈ Z}.
Exercício 3.8:
Prove que 0Z = {0} e 1Z = Z.
Prova:
Sejam mx,my ∈ mZ e c ∈ Z. Note que, por (D1) tem-se que
mx + my = m(x + y) ∈ mZ,
o que implica que mZ satisfaz (I1). Agora, note que por (P1),
Exercício 3.9:
Sejam a,m ∈ Z. Prove que a ∈ mZ se, e somente se, m∣a.
Proposição 1.3.3:
Seja I ⊂ Z um ideal de Z. Se 1 ∈ I , então I = Z.
Prova:
Exercício 3.11.
Observação:
Agora, provaremos a recíproca da Proposição 1.3.2.
J ∶= {x ∈ I; 0 < x}
é não-vazio.
Prova:
Por (O4), tem-se que a < 0 ou 0 < a. Se 0 < a, tem-se que a ∈ J . Se a < 0, pelo
Exercício 1.11 e (I2), seque que a(−1) = −a ∈ I . Como da Proposição 1.1.4 e
Exercício 1.18, 0 < −a, seque o resultado.
Teorema 1.3.5:
Seja I ⊂ Z um ideal de Z. Então, I = {0} ou existe 0 < m tal que I = mZ.
a = mq + r (5)
Proposição 1.3.6:
Sejam I,J ⊂ Z ideais de Z e
I + J ∶= {a + b ∈ Z; a ∈ I e b ∈ J}.
Então, I + J ⊂ Z é um ideal de Z.
Prova:
Exercício 3.12.
Lema 1.3.7:
Sejam a,b,d ∈ Z tais que d∣a e d∣b. Então, para x,y ∈ Z, tem-se que
d∣(ax + by).
Prova:
Exercício 3.13.
Proposição 1.3.8:
Sejam a,b ∈ Z com a ≠ 0 ou b ≠ 0 e m > 0 tal que aZ + bZ = mZ. Se d ∈ Z é tal
que d∣a e d∣b, então d ≤ m.
Prova:
Note que, por (P3), m ∈ mZ = aZ + bZ. Então, por definição, existem x,y ∈ Z
tais que
m = ax + by. (6)
Agora, como d∣a e d∣b, do lema anterior, d∣(ax + by), de onde por (6), segue
que d∣m.Assim, da Proposição 1.2.2, vem que ∣d∣ ≤ ∣m∣ = m. Sendo (justifique)
d ≤ ∣d∣, por (O3), segue que d ≤ m, como queríamos provar.
Proposição 1.3.9:
Sejam a,b ∈ Z com a ≠ 0 ou b ≠ 0 e m > 0 tal que aZ + bZ = mZ. Então, m∣a e
m∣b.
Exercício 4.1:
Sejam a,b ∈ Z tais que a ≠ 0 ou b ≠ 0. Prove que aZ + bZ ≠ {0}.
Exercício 4.2:
Sejam I ⊂ Z um ideal de Z e a ∈ I . Prove que −a ∈ I .
Proposição 1.3.10:
Sejam I ⊂ Z um ideal Z e a,b,c ∈ Z. Então:
(i) a + (−a) ∈ I ;
(ii) Se a + (−b) ∈ I , então b + (−a) ∈ I ;
(iii) Se a + (−b) ∈ I e b + (−c) ∈ I , então a + (−c) ∈ I .
Prova:
Exercício 4.3.
Exercício 4.4:
Defina relação de equivalência.
2Z + 3Z = 1 ⋅ Z. (7)
Agora, seja d > 0 tal que d∣2 e d∣3. Da Proposição 1.3.8 e (7), tem-se que
d ≤ 1. (8)
Por outro lado, como 0 < d , do Corolário 1.1.7, 1 ≤ d . Portanto, por (8) e (O2),
d = 1.