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Índice
A) O Contrato de Seguro 5
B) Seguro Automóvel 9
C) Seguros Habitação 14
Índice
D) Seguros de Acidentes de Trabalho 18
Î
E) Seguro de Responsabilidade Civil 23
G) Seguro de Vida 29
2
Índice
A) O Contrato de Seguro
1. O que é e para que serve a proposta de seguro?
2. Como se inicia o contrato de seguro?
3. Que Pessoas intervêm no contrato de seguro ?
4. Como é constituído o contrato de seguro?
5. O que é o prazo de reflexão e o direito de renúncia?
6. Como posso pôr fim a um contrato de seguro?
7. Excepções
8. Que tipo de informações as empresas de seguros são obrigadas a fornecer?
9. Que tipo de informações devo conhecer antes de subscrever um contrato de seguro?
B) Seguro Automóvel
1. Qual a importância do Seguro Automóvel?
2. O que é a proposta de seguro? Índice
3. Quais as coberturas do seguro obrigatório?
4. É possível segurar todos os riscos?
5. Como se actualiza o valor do veículo no seguro de danos próprios? Î
6. Que outras garantias pode contratar?
7. O preço é igual em todas as empresas de seguros? Í
8. A franquia influi no preço do seguro?
9. As empresas de seguros podem recusar-se a fazer o seguro obrigatório? Pesquisa
10. O seguro transmite-se com a venda do veículo?
11. Se tiver um acidente, o que devo fazer?
12. E se, em caso de sinistro, um dos condutores não tiver seguro?
13. O que é, e para que serve o Fundo de Garantia Automóvel?
14. Como proceder em caso de acidente com um veículo de matrícula estrangeira?
15. Que precauções devo tomar se viajar para o estrangeiro?
16. Qual o valor do veículo em caso de acidente?
17. Que tipo de informações devo pedir e analisar, antes de subscrever o contrato de seguro?
C) Seguros Habitação
1. Qual a importância do Seguro de Habitação?
2. Quais as coberturas do Seguro Obrigatório?
3. Podem ser contratadas outras coberturas, para além das obrigatórias?
4. Como deve ser fixado o capital seguro?
5. Como actualizar o capital seguro?
3
Índice
6. Em caso de sinistro, quando coexistem o seguro da fracção e o seguro do condomínio, qual é o seguro que deverá ser
accionado?
7. O preço é igual em todas as seguradoras?
8. Se ocorrer um sinistro, o que devo fazer?
9. Quais são as obrigações da seguradora?
10. O que é o “ónus da prova”?
11. O que é, e como se aplica, a regra proporcional?
12. O que são os “seguros em primeiro risco”?
13. Que tipo de informações devo conhecer antes de subscrever o seguro?
F) Seguro de Saúde
1. O que garante um seguro de saúde?
2. Quais as garantias que estão normalmente excluídas de um seguro de saúde?
3. O que fazer em caso de sinistro?
4. Como é calculado o montante das indemnizações?
5. Em que circunstâncias se pode resolver um contrato de seguro de saúde?
6. Que outros aspectos devem ser tomados em consideração nos contratos de seguro de saúde?
G) Seguro de Vida
1. Que tipo de seguros são explorados no ramo vida?
2. O que se entende por seguro de vida?
3. Quais as principais diferenças entre um seguro de vida individual e um seguro de vida de grupo?
4. O que é importante saber antes de subscrever um seguro ou operação do ramo vida?
5. Que informação deverá ser fornecida pela seguradora no contrato de seguro do ramo vida?
6. Que aspectos devem ser tomados em atenção no contrato de seguro do ramo vida?
7. O que são seguros de nupcialidade e natalidade? Índice
8. O que são seguros ligados a fundos de investimento colectivo?
9. O que são Fundos de Pensões?
10. O que são operações de capitalização?
Î
11. Quando se pode proceder ao reembolso deste tipo de investimento?
12. O que é o reembolso sobre forma de capital? Í
13. O que é o reembolso sob forma de renda?
14. Como se qualifica a tributação do rendimento de seguros de vida e de operações de capitalização? Pesquisa
15. Que benefícios fiscais estão associados a este tipo de investimento?
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O Contrato de Seguro
O CONTRATO DE SEGURO
O que é e para que serve a proposta de seguro?
A proposta de seguro é o documento através do qual o segurado e/ou tomador do seguro expressa a sua vontade de celebrar o
contrato de seguro. Embora o modelo possa variar de uma empresa de seguros para outra, o preenchimento deverá ser efectuado
com todo o rigor, sob pena de qualquer declaração inexacta, reticência de factos ou circunstâncias conhecidas pelo segurado que
podiam influir sobre a existência ou condições do contrato, tornarem o seguro nulo, cujos efeitos retroagem à data de início do
mesmo, desobrigando a empresa de seguros de pagar qualquer indemnização. Através dele a empresa de seguros faz uma primeira
análise do risco, podendo decidir de imediato pela sua aceitação. A seguradora pode solicitar informações adicionais se os elementos
que constam da proposta não forem suficientes para a avaliação do risco. É preciso notar, no entanto, que a empresa de seguros é
sempre livre de aceitar ou recusar o contrato. Uma vez o seguro definitivamente aceite, é emitida a apólice, documento que define
e regula as relações entre a empresa de seguros, o tomador de seguro e/ou segurado.
BENEFICIÁRIO
É a pessoa singular ou colectiva a quem a seguradora irá indemnizar ou garantir um pagamento por força de um contrato de
seguro ou de uma operação de capitalização.
MEDIADOR
É a pessoa singular ou colectiva devidamente inscrita no Instituto de Seguros de Portugal para o exercício da mediação de
seguros - propondo, preparando a celebração do contrato e prestando assistência aos contratos. O Mediador pode assumir uma
das seguintes categorias:
- Agente de Seguros : É um mediador (individual ou pessoa colectiva) que apresenta, propõe e prepara a celebração de
contratos de seguro, com prestação de assistência dos mesmos. Pode exercer a sua actividade junto de companhias de seguros
ou corretores.
- Angariador de Seguros: É um mediador que, sendo trabalhador de seguros, exerce a mesma actividade do agente, mas
vinculado à sua entidade patronal (seguradora ou corretor).
- Corretor de Seguros: É um mediador qualificado, com pelo menos 4 anos de actividade como agente, e podendo também
exercer funções de consultoria em matéria de seguros junto dos tomadores, bem como realizar estudos ou emitir pareceres
técnicos sobre seguros. Índice
São, de um modo geral, pessoas colectivas.
RESOLUÇÃO
É o mecanismo jurídico que permite pôr termo ao contrato de seguro, na sequência da verificação de um motivo que a lei ou o
contrato reconheçam como justificativo da resolução.
Distingue-se da “anulação” na medida em que, em princípio, só produz efeitos para o futuro, não afectando os efeitos
entretanto produzidos pelo contrato. A anulação para além de ter efeito retroactivo, resulta da existência de um vício que afecta
a validade do contrato, ao passo que a resolução pode resultar apenas da vontade de uma das partes. É cada vez mais
frequente a indicação nas apólices de seguro da resolução “pro rata temporis”. Isto é, se houver lugar a estorno de prémio,
este será calculado proporcionalmente ao tempo não decorrido, ao período entre a resolução e o vencimento do contrato.
Nos elementos formais podemos destacar, de entre outros, os seguintes elementos:
Condições Gerais - São cláusulas contratuais previamente elaboradas e impressas pela seguradora. Incluem os aspectos básicos do
contrato seguro, normalmente comuns para riscos com características semelhantes.
Condições Especiais - São cláusulas que só existem nalgumas Apólices: completam e esclarecem as Condições Gerais, servindo
geralmente para registar garantias facultativas ou adicionais ou outras condições acordadas entre as partes.
Condições Particulares - São cláusulas que individualizam o contrato de seguro: identificação do tomador, do segurado, do Índice
beneficiário; indicação do montante do prémio, da(s) data(s) de pagamento, da duração do contrato, etc.
Excepções
No seguro de doença e no seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, a empresa de seguros só pode fazer cessar o
contrato, ou dele excluir a pessoa segura, no respectivo vencimento, ou, fora dele, com fundamento previsto na lei - por exemplo,
falta de pagamento do prémio, desaparecimento do objecto seguro, etc.
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O Contrato de Seguro
Nos contratos de seguro de vida, que são normalmente aplicações a médio e longo prazo, o resgate (levantamento) nos primeiros
anos (investimento a curto prazo) pode ser fortemente penalizado. Leia atentamente a tabela de valores de resgate e tenha presente
as suas necessidades, antes de decidir.
SEGURO AUTOMÓVEL
O seguro transmite-s
se com a venda do veículo?
O seguro não se transmite. Caduca às 24 horas do dia da venda, pelo que o novo proprietário deve celebrar outro contrato de seguro.
Por esse motivo, o tomador de seguro deve comunicar imediatamente à sua empresa de seguros a venda do veículo.
No caso de pretender efectuar a substituição do veículo por outro dentro do prazo de 120 dias, o tomador do seguro deve,
igualmente, informar a sua empresa de seguros, para poder utilizar a mesma apólice.
de Carta Verde. Relativamente aos danos materiais, o Fundo de Garantia Automóvel só responde desde que o responsável pelo
acidente seja conhecido e o valor dos danos seja superior a €299,28. Os responsáveis pelos danos indemnizados pelo Fundo de
Garantia Automóvel ficam obrigados a reembolsar, com juros, os montantes gastos. Ao Fundo de Garantia Automóvel compete ainda
proceder às indemnizações por morte ou lesões corporais resultantes de sinistros cobertos por empresas de seguros declaradas em
estado de falência.
Que tipo de informações devo pedir e analisar, antes de subscrever o contrato de seguro?
1- O preço da cobertura obrigatória e das coberturas facultativas. Peça na sua empresa de seguros uma simulação do aumento do
prémio em função do aumento do capital seguro em responsabilidade civil para poder tomar uma decisão;
2- Os riscos cobertos e os excluídos;
3- As opções quanto à franquia e correspondentes preços do seguro;
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Seguro Automóvel
Índice
Î
Í
Pesquisa
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Seguros Habitação
SEGUROS HABITAÇÃO
Em caso de sinistro, quando coexistem o seguro da fracção e o seguro do condomínio, qual é o seguro que deverá ser accionado? Índice
Neste caso, nos termos da lei, funciona primeiro o contrato de seguro MAIS ANTIGO. Os seguros celebrados em datas mais recentes
apenas funcionarão se o primeiro seguro se revelar nulo, ineficaz ou insuficiente. Suponhamos que celebrou um contrato de seguro
de incêndio para a sua fracção em 2 de Janeiro de 1996, no valor de 25 000 euros, e que a administração do condomínio efectuou Î
um contrato em 2 de Janeiro de 1999, no valor de 10 000 euros. Ocorrendo um sinistro, o seguro que tinha celebrado primeiro
responde pelos danos, até ao limite de 25000 euros, só sendo chamado a funcionar o seguro mais recente, feito pela administração Í
do imóvel, em caso de inexistência, nulidade, ineficácia ou insuficiência do primeiro. Todavia, deve ter presente que este esquema
apenas funcionará correctamente se tiver o cuidado de informar cada uma das seguradoras envolvidas de que existem outros Pesquisa
contratos cobrindo o mesmo risco.
d) o local onde, por determinação da entidade empregadora, o trabalhador presta qualquer serviço relacionado com o seu trabalho
e as instalações que constituem o seu local de trabalho habitual;
2. Quando o trajecto normal tenha sofrido interrupções ou desvios determinados pela satisfação de necessidades atendíveis do
trabalhador, bem como por motivo de força maior ou caso fortuito;
3. No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representação dos trabalhadores;
4. Fora do local ou tempo de trabalho, na execução de serviços determinados ou consentidos pela entidade empregadora;
5. Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade empregadora;
6. No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora, quando exista autorização da entidade
empregadora;
7. Durante a procura de emprego nos casos de trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
8. No local de pagamento da retribuição;
9. No local onde deva ser prestada qualquer forma de assistência ou tratamento decorrente de acidente de trabalho. Índice
O que se entende por local e tempo de trabalho?
Î
Por local de trabalho entende-se todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em
que esteja directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador. Por tempo de trabalho entende-se, além do período normal Í
de laboração, o que preceder o seu início, em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em actos também
com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.
Pesquisa
Quais as prestações garantidas em caso de acidente de trabalho?
O direito do trabalhador à reparação por acidente de trabalho compreende dois grupos de prestações: o em espécie: assistência
médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar e quaisquer outras, incluindo despesas de hospedagem, transportes, aparelhos de
próteses e ortóteses, desde que necessárias ao restabelecimento do estado de saúde e da capacidade de trabalho e de ganho do
sinistrado, e sua reabilitação funcional; o em dinheiro: indemnização por incapacidade temporária ou permanente; pensão vitalícia
por redução na capacidade de trabalho ou ganho; prestação suplementar por assistência por terceira pessoa; subsídios por elevada
incapacidade permanente, para readaptação de habitação e por morte e despesas de funeral; pensões aos familiares por falecimento
do sinistrado. A assistência inclui a assistência psíquica quando reconhecida necessária pelo médico assistente. Relativamente aos
aparelhos é devido, em caso de acidente, não só o seu fornecimento como também a sua renovação e reparação, mesmo em
consequência de deterioração por uso ou desgaste normais.
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Seguro de Acidentes de
Trabalho
A empresa de seguros tem o direito de designar o médico assistente do sinistrado. O sinistrado poderá no entanto recorrer a outro
médico nos seguintes casos:
• se a entidade empregadora não se encontrar no local do acidente e houver urgência nos socorros;
• se a empresa de seguros não nomear médico assistente, ou enquanto o não fizer, ou se renunciar ao direito de escolha;
• se lhe for dada alta sem estar curado, devendo neste caso requerer exame pelo perito do tribunal. Enquanto não houver médico
assistente designado, será como tal considerado o médico que tratar o sinistrado.
O sinistrado poderá ainda escolher o médico que o deva operar nos casos de alta cirurgia e naqueles em que, como consequência da
operação, possa correr perigo da sua vida.
Que regime se aplica a um acidente cujo sinistrado seja simultaneamente trabalhador por conta de outrem e independente?
Havendo dúvidas sobre o regime aplicável, presume-se, até prova em contrário, que o acidente ocorreu ao serviço da entidade
empregadora. Provando-se que o acidente ocorreu quando o sinistrado exercia funções de trabalhador independente, a entidade
presumida como responsável adquire o direito de regresso contra a empresa de seguros do trabalhador independente ou contra o
próprio trabalhador.
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Seguro de Acidentes de
Trabalho
por escrito, no prazo de 8 dias. O segurado não pode propor ou oferecer ao terceiro lesado qualquer valor indemnizatório, sem a
devida autorização da seguradora, nem dar conselhos e assistência ou adiantar dinheiro em nome e por conta da seguradora, sem
que esta o tenha consentido previamente.
- Nas renovações automáticas de contrato, a seguradora deverá avisar o tomador, por escrito, até 30 dias antes da data em que
é devido o prémio ou sua fracção, indicando a data e o montante a pagar, bem como as consequências da falta de pagamento
em tal data.
- As declarações inexactas de factos ou circunstâncias que o tomador ou segurado conheçam tornam o contrato inválido (nulo),
não produzindo quaisquer efeitos ocorrendo o sinistro.
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Í
Pesquisa
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Seguro de Saúde
Seguro de Saúde
Que outros aspectos devem ser tomados em consideração nos contratos de seguro de saúde?
- A declaração à Seguradora de factos ou circunstâncias falsas, não exactos ou a sua omissão quando conhecidos, determinam
que o contrato seja inválido (nulo).
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Seguro de Saúde
- É aconselhável que as comunicações e notificações entre os intervenientes no contrato sejam efectuadas através de correio
registado ou outro meio de que fique registo escrito, para a última morada do tomador do seguro ou segurado, constante do
contrato e para a sede social da seguradora.
- Salvo acordo em contrário, o prémio é anual, é devido antecipadamente e por inteiro, sem prejuízo de poder ser fraccionado
em parcelas para efeitos de pagamento, e a cobertura do risco pela seguradora só se inicia com o pagamento do prémio ou da
sua fracção inicial.
- As partes podem acordar que a cobertura se inicie até 30 dias antes da data prevista para o pagamento do prémio ou da sua
fracção inicial - mas a validade da cobertura dependerá sempre do pagamento do prémio ou de tal fracção.
- A entrada ou saída de pessoas seguras no contrato influi no valor do prémio a pagar. A sua inclusão ou exclusão entre o dia 1
e o dia 15 de cada mês considera-se, normalmente realizada no dia 1 desse mesmo mês, se ocorrem entre o dia 16 e o fim do
mês considera-se, para efeitos de prémio, que se realizaram no dia 1 do mês seguinte.
- Nas renovações automáticas de contrato, a seguradora obriga-se a enviar ao tomador um aviso, por escrito, até 30 dias antes
da data em que o prémio é devido, indicando essa data e o valor devido.
Índice
- Em caso de doença, as garantias do contrato só podem funcionar após um período de tempo indicado nas condições
particulares ou especiais a que se chama período de carência, que é normalmente de 90 dias; para partos, o período de
carência é habitualmente de 300 dias. Î
- Sempre que qualquer facto ou circunstância possam determinar um agravamento do risco coberto, no entender do tomador
e/ou da pessoa segura, estes estão obrigados a comunicá-los à seguradora no prazo de 8 dias. Í
- Após a comunicação do agravamento do risco, é normalmente estipulado que a Seguradora dispõe de um determinado prazo
para propor, por meio de que fique registo escrito, a modificação das condições do contrato.
Pesquisa
- Recebida a notificação da seguradora com as novas condições do contrato, o tomador do seguro poderá aceitar tais condições
ou resolver o contrato, com o consequente reembolso do prémio correspondente ao período de tempo em que não usufruiu do
seguro.
- O tomador do seguro e a pessoa segura estão obrigados a informar a seguradora da existência de outros seguros com garantias
idênticas às previstas no contrato a celebrar ou celebrado.
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Seguro de Vida
SEGURO DE VIDA
Quais as principais diferenças entre um seguro de vida individual e um seguro de vida de grupo?
O seguro individual é efectuado sobre uma pessoa segura ou conjuntamente sobre várias pessoas seguras. O seguro de grupo é o
seguro de um conjunto de pessoas ligadas entre si e ao tomador de seguro por um vínculo ou interesse comum. O seguro de grupo
pode ainda dividir-se me contributivo, ou seja, aquele em que as pessoas contribuem, no todo ou em parte, para o pagamento do Índice
prémio e não contributivo que é aquele em que o tomador de seguro contribui na totalidade, para o pagamento do prémio.
O seguro de grupo é formalizado através de uma única apólice garantindo determinado esquema de coberturas estabelecido de
acordo com um critério objectivo e uniforme não dependente exclusivamente da vontade da pessoa segura. A seguradora, com base
Î
nos boletins de adesão dos candidatos à participação no contrato, emite, por cada pessoa segura, um certificado individual ou outro
documento comprovativo de inclusão no grupo seguro, de que constem os elementos de identificação de pessoa segura e a Í
designação dos beneficiários.
Pesquisa
O que é importante saber antes de subscrever um seguro ou operação do ramo vida?
- Se e quando é que o beneficiário adquire o direito a ocupar o lugar do tomador do seguro.
- O contrato deve mencionar que há consentimento, por escrito, da pessoa segura se esta não é o próprio tomador do seguro,
salvo se o contrato visar garantir alguma responsabilidade do tomador perante a pessoa segura.
- O acordo escrito da pessoa segura também é necessário para alterar o beneficiário do seguro.
- O contrato deve referir expressamente que o direito do tomador ou do segurado em alterar o beneficiário cessa no momento
em que este último adquire o direito ao pagamento das importâncias seguras.
- O contrato deve ainda indicar a existência de uma tabela em anexo da qual constarão os valores de resgate e de redução,
calculados numa base anual pelo menos em função do número de anos de duração do contrato e de um montante de referência
relativamente ao valor das importâncias seguras ( de modo a que o tomador ou o beneficiário possam facilmente calcular os
valores relativos ao caso específico do contrato que lhe corresponde) sempre que o contrato consagre aquele tipo de opções.
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Seguro de Vida
Que informação deverá ser fornecida pela seguradora no contrato de seguro do ramo vida?
A seguradora deve dar informação relativa ao rendimento obtido através da participação nos resultados e o aumento das garantias
que decorreu da participação, quando esta exista e as eventuais alterações aos valores de resgate e/ou de redução, quando a tal
haja lugar.
Para além disso deve também prestar informação sobre o rendimento mínimo garantido ou de taxa de juro mínima garantida e suas
durações, os encargos e despesas que serão cobrados em caso de resgate ou redução dos montantes garantidos pelo seguro, quais
as garantias previstas no contrato e as suas opções, a duração do contrato, as formas e os períodos de pagamento dos prémios, os
modos de resolução do contrato e da possibilidade de renunciar ao contrato e ainda as indicações gerais sobre o regime fiscal
aplicável ao tipo de contrato de seguro.
Que aspectos devem ser tomados em atenção no contrato de seguro do ramo vida?
- Na falta de pagamento do prémio, e sem prejuízo de acordo sobre regime mais favorável ao tomador, a seguradora só pode
resolver o contrato quando o tomador, depois de avisado por carta registada com aviso de recepção, não proceda ao
pagamento devido no prazo. Tratando-se de um seguro, não de risco demográfico, mas de capitalização, a consequência parece Índice
ser mais a redução do montante seguro, em função e à medida do não pagamento do prémio.
- Sem prejuízo de convenção de regime mais favorável ao tomador, nos contratos de seguro que consagrem a existência de
opções de resgate e/ou de redução este só adquire o direito aqueles valores após o pagamento do prémio total ou, o mais Î
tardar, após 3 prémios anuais.
Í
- Na modalidade “Em caso de vida”, em que a garantia funciona em vida do segurado é conveniente ter em conta a evolução dos
valores contratualmente garantidos ao longo dos tempos, visto que a inflação pode ter como consequência uma diminuição do
valor real das garantias futuras que foram inicialmente contratadas.
Pesquisa
- Se o segurado/tomador falecer, não há reembolso do montante pago e seguro, salvo se possuir contra-seguro de prémios
(reembolso dos prémios ao beneficiário), podendo ainda haver lugar a um pagamento por morte se o contrato for misto (em
caso de vida e de morte).
- A opção pelo pagamento de uma renda em lugar da restituição total do montante garantido deve considerar previamente a
rentabilidade oferecida pela seguradora.
- Na modalidade “Em caso de morte”, em que a garantia é efectivada após a morte da pessoa segura, o tomador pode acordar
com a seguradora, logo no momento da celebração do contrato, se no final do mesmo é entregue a totalidade do valor ao
beneficiário ou se este receberá uma renda.
- O seguro de vida a “duas cabeças” - 2 pessoas, é por vezes aconselhável, pois em caso de morte de uma delas o montante
seguro será integralmente pago ao beneficiário (exemplo: se o beneficiário for o banco que concedeu crédito para aquisição de
habitação a dívida será paga na totalidade ao banco).
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Seguro de Vida
O reembolso efectuado ao abrigo das alíneas a) e e) só se pode verificar quanto a entregas relativamente às quais já tenham
decorrido pelo menos cinco ano após as respectivas datas de aplicação, excepto quando já tenham decorrido cinco anos após a data
da primeira entrega e se o montante das entregas efectuadas na primeira metade da vigência do contrato representar, pelo menos,
35% do total das entregas, caso em que o participante pode exigir o reembolso da totalidade do valor do PPR/E.
Esta regra também se aplica nos outros casos de reembolso se o sujeito em cujas condições pessoais se funda o pedido de reembolso
já se encontrasse, à data de cada entrega, numa dessas situações.
Ao reembolso do valor de PPR aplicam-se todas estas regras, excepto a possibilidade de reembolso prevista na alínea e).
Ao reembolso do valor de PPE aplicam-se todas estas regras, excepto a possibilidade de reembolso prevista na alínea a).
Sublinhe-se que fora das situações elencadas o reembolso do PPR, do PPE ou do PPR/E pode sempre ser exigido a qualquer tempo
nos termos contratualmente estabelecidos mas com as penalizações previstas em termos fiscais.
O rendimento é tributado à taxa liberatória (autónoma) de 20%, podendo, no entanto, ser objecto de englobamento para
efeitos de tributação por opção dos titulares (Artigo 71.º, n.º 3, alínea c) e n.º 6, alínea d) do CIRS).