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1Jo 4.

1-21
Olá meus irmãos, que privilégio estar aqui com vocês. Hoje o amor estar no ar. Mas não é por
causa do dia dos namorados! E sim por causa desse texto de 1 João capítulo 4. Aliás esta carta
toda fala de amor. Se você quiser que uma pessoa conheça e entenda o amor de Deus, fale
com ela para ler esta carta.

Mas antes de falar de amor, vamos recapitular brevemente o que já foi visto até aqui:

A carta foi escrita para ajudar os irmãos a discernirem uma heresia que estava surgindo no
meio deles como uma espécie de cristianismo mais elevado e que afirmava que Jesus não
veio em carne.

Talvez um pseudo-gnosticismo, que acreditavam que Deus não poderia virar matéria porque
a matéria era má.

Mais tarde surgiu uma heresia chamada docetismo que dizia que Jesus só parecia ter corpo
físico, mas era na verdade um espírito, também no mesmo pensamento contra a possibilidade
de Deus encarnar pois a matéria era má.

Mas João refuta isso de cara nesta carta ao afirmar nos primeiros versículos que ele e os
apóstolos tinham visto e tocado com as mãos era o Verbo de Deus.

E o Pipe então nos trouxe a ênfase a respeito da comunhão que temos uns com outros por
causa da comunhão que temos com Cristo e somente por causa de Cristo. Se você não se
lembra, o Pipe citou Bonheffer “O fundamento da comunhão espiritual é a verdade; o
fundamento da comunhão anímica é o desejo”, explicando que não é o nosso desejo que
decide o caminho a tomar, mas a palavra de Deus.

Depois, no segundo capítulo, nosso pastor nos trouxe uma ênfase na obediência a Deus como
expressão do amor que temos ao Senhor. Se você não se lembra, ele citou Hernandes Dias
Lopes dizendo que “O amor cristão não é sentimento, é ação”.

E semana passada, meu amigo Felipe Americano, trouxe uma ênfase na vida cristã, onde o
pecado é eventual, em contraste tanto com a religiosidade, que faz um check-list de suas
obrigações religiosas, quanto com aquele que leva uma vida dissoluta mesmo, que quando
quer pecar peca mesmo e não se importa com isso.

Então no texto de hoje nós lemos:

Amados, não acreditem em todo espírito, mas ponham-no à prova para ter a certeza de que
o espírito vem de Deus, pois há muitos falsos profetas no mundo. Assim sabemos se eles
têm o Espírito de Deus: todo espírito que reconhece que Jesus Cristo veio em corpo humano
é de Deus, mas todo espírito que não reconhece a verdade a respeito de Jesus não é de
Deus. Esse é o espírito do anticristo, sobre o qual vocês ouviram que viria ao mundo e, de
fato, já está aqui. 1 João 4.1-3

O primeiro trecho do nosso texto de hoje tem algumas curiosidades. Você já deve ter ouvido
falar naqueles testes que fazem em alguma manifestação espiritual que se a tal manifestação
disser que Jesus veio em carne aí é anjo, mas se disser que Cristo veio em Espírito, então
chuta que é o capiroto.
Pois é, só que este texto não está falando nada disso. A palavra espírito aqui é uma metáfora
para ensino. É como se o apóstolo quisesse dizer: Se o ensino afirma que Jesus veio em carne,
esse ensino é de Deus, do contrário, é o ensino do anticristo.

Daqui a pouco falo sobre esse anticristo aqui. Por hora, como disse antes, os falsos mestres
dessa época negavam que Jesus era o Deus encarnado, pois para eles, ou Jesus era apenas
Deus, ou ele era apenas homem.

Porém hoje, pois falsos mestres não negam Jesus de forma tão direta. Eles não mexem com a
natureza de Jesus. Hoje em dia, eles são mais sutis e apenas mexem com seu ego, alimentam
seu ego afetando diretamente sua relação com Jesus.

Por exemplo, quando eles dizem que “o centro do coração de Jesus é você”, isso te estimula,
mas faz de Jesus seu servo. E quando você assimila uma frase dessas, porque é uma frase
forte, marcante, mas o que é alimentado é o seu ego.

Portanto, qualquer ensino que retire Jesus do centro ou coloque você no centro, é um ensino
anticristão.

O termo anticristo só aparece em 1 e 2 João. Nesta carta é aqui e no capítulo 2 também.

A maioria dos intérpretes entendem que o anticristo será alguém poderoso e contrário a
Cristo e a fé cristã. Como isso se dará há mais especulações do que algo concreto. Por isso
devemos sair das especulações, especialmente essas dos filmes e livros Deixados para trás
pois essas são erros bíblicos medonhos.

O que temos de concreto é que, mesmo que haja uma revelação futura do anticristo, atuações
semelhantes já acontecem hoje quando, por exemplo, a igreja assimila esse falso evangelho
que alimenta o ego humano.

Filhinhos, vocês pertencem a Deus e já venceram os falsos profetas, pois o Espírito que está
em vocês é maior que o espírito que está no mundo. Eles pertencem a este mundo, portanto
falam do ponto de vista do mundo, e o mundo os ouve. Nós, porém, pertencemos a Deus.
Quem conhece a Deus nos ouve, mas quem não conhece a Deus não nos ouve. Desse modo
sabemos se alguém tem o Espírito da verdade ou o espírito do erro. 1 João 4.4-6

No meio então de tantas vozes, erros e heresias, como podemos ter certeza de que estamos
seguros?

Por causa do Espírito Santo. João faz pelo menos três menções ao Espírito e a forma como Ele
nos dá a certeza de que estamos no caminho correto.

As duas primeiras estão nestes versos, a terceira é o amor que iremos ver detalhadamente
daqui a pouco.

Então o Espírito nos garante o pertencimento a Deus, porque Ele é maior que o mundo, e o
mundo aqui no contexto são os falsos ensinos. Logo, este mundo, estes falsos ensinos não nos
tomam de Deus.

O Espírito também é o Espírito da verdade, que nos guia em toda a verdade e nos auxilia a
discernir a verdade. Por isso, quem conhece a Deus, ouve o ensino dos apóstolos.
Amados, continuemos a amar uns aos outros, pois o amor vem de Deus. Quem ama é
nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é
amor. 1 João 4.7,8

A terceira menção ao Espírito é relacionada ao amor, então João começa primeiro explicando
o conceito e a dinâmica do amor.

Vou abrir um longo parêntesis aqui para apresentar como as pessoas geralmente entendem o
amor hoje, para a gente contrastar com a definição bíblica.

Primeiro, o amor é reduzido a mero sentimento. Se você pegar músicas não cristãs, a maioria
vai falar de um sentimento que precisa ser satisfeito. São raras as músicas que falam de
altruísmo. Por exemplo, “vem me fazer feliz porque eu te amo”, ou “chuva traga o meu
benzinho pois preciso de carinho” e por aí vai.

Isso porque vivemos em uma sociedade narcisista. Vocês lembram do mito de Narciso, né?
Narciso era um cara bonitão e todo mundo era apaixonado por ele. Aí a ninfa Eco se apaixona
por ele, mas ele a ignorava pq ela só conseguia falar o que o próprio Narciso falava. Então ela
pediu pra chefe das ninfas que fez uma armadilha para o Narciso. O Narciso viveria muito
tempo se ele não olhasse para sua própria imagem. Então a chefe das ninfas atraiu Narciso
para um espelho dágua, e quando Narciso viu sua imagem no espelho dágua se apaixonou por
ela e ficou ali até morrer.

Então, na nossa sociedade, a forma como pensamos ou vivemos é voltada para nós mesmos o
tempo todo. O que importa é sua felicidade, o que importa e se você se sente bem. E hoje
tudo é muito na sensação mesmo.

Hoje é o sinto, logo existo. A forma de pensarmos nas coisas é através da sensação. Se eu me
senti bem no culto, o culto foi bom. E isso influencia até nossas músicas, que se tornam cada
vez mais emocionais e focadas no que eu faço para Deus e não em quem Deus é e no que Ele
fez.

É claro que não estou dizendo que nossas emoções não devam participar do nosso culto.
Porém, na sociedade emocionalista na qual vivemos devemos reequilibrar a equação. Afinal o
culto é racional e não emocional.

Agora, além do narcisismo, temos ainda as concepções de amor. No português existe apenas
uma palavra para amor, mas no grego são 4.

C.S. Lewis tem um livro que chama Os quatro amores, onde ele trabalha os conceitos de cada
um deles: Afeição (stergo), Amizade (philos), Paixão (eros), Caridade (ágape).

Afeição é o amor pelas coisas. Pelo seu bichinho de estimação, pela casa, pela pátria.

Philos é o amor de amigos, os dois amigos trabalham juntos pelo mesmo objetivo.

A paixão é o amor de se fundir com o outro. É do homem pela mulher.

Tem um elemento de auto esquecimento aqui também e isso é interessante, pois o Narciso
não gosta de Eros. O Narciso tem medo de Eros pois em Eros você vai depender do outro. E
Narciso não gosta de depender de ninguém.

O C.S. Lewis faz uma distinção entre Eros e Vênus. Eros é o desejo de ser um com o outro.
Mas Vênus é apenas a relação sexual mecânica. Por isso, Provérbios 6 faz uma distinção entre
a prostituta e a adultera, onde ele fala que com a prostituta a relação é comercial, mas com a
adultera há vínculo emocional e por isso é mais destrutivo.

E porque Narciso não gosta de Eros é que há tanta pornografia, mas tão pouco compromisso.
Há muito sexo sem compromisso e tão pouca entrega do coração.

Bom, feito todas estas observações primárias, vamos a definição bíblica do que é o amor,
afinal a tônica deste capítulo é o amor ágape. Todas as palavras para amor neste capítulo é o
ágape no grego.

E nós precisamos entender isso porque Deus é amor. Mas entenda, o amor não é um Deus.
Qualquer amor divinizado vai virar um demônio.

A afeição pela pátria pode virar xenofobia; dois amigos podem ser unir para um crime; e uma
paixão desenfreada pode virar um crime passional.

E por isso, aquela música que diz “consideramos jutas todas as formas de amor” está errada.
Nem todas as formas de amor são justas.

É só este amor Divino que irá purificar estes amores em uma afeição genuína, uma paixão
equilibrada e uma amizade fiel.

Mas então o que é o amor?

Deus mostrou quanto nos amou ao enviar seu único Filho ao mundo para que, por meio
dele, tenhamos vida. É nisto que consiste o amor: não em que tenhamos amado a Deus, mas
em que ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício para o perdão de nossos pecados.
Amados, visto que Deus tanto nos amou, certamente devemos amar uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus. Mas, se amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e seu
amor chega, em nós, à expressão plena. 1 João 4.9-12

Perceba, o amor não tem anda a ver conosco, não começa em nós.

A grande dificuldade que o cristão tem de amar na verdade é de entender que o amor não
parte dele mesmo.

Nosso grande problema é que nós ficamos querendo resolver as coisas do nosso próprio jeito.
E aí a gente olha para o mandamento de amar ao próximo e fica: como que eu vou conseguir
fazer isto? Eu não dou conta. E não dá mesmo. Mas não dá porque sua forma de amar é por si
mesmo e independente de Deus.

Por exemplo, vocês já ouviram falar que amar é uma escolha, certo?

Mas o Paulo diz, que você pode entregar toda sua riqueza e ser queimado e ainda assim não
ter amor!

Então o amor, neste sentido bíblico que nós estamos falando, não é simplesmente uma ação
que você faz ou um mandamento que você cumpre, pois Felipe falou semana passada, que o
religioso faz isso e ainda assim é vazio, sem amor.

Então o que é o amor? O amor é um evento. O amor é o ato de Jesus vir como sacrifício de
perdão aos nossos pecados.
E amar é então viver a partir desta realidade. O Amor é um mandamento, mas enquanto você
vive tentando praticá-lo como um mandamento apenas, você fracassa. Ele é um mandamento
que deve ser praticado a partir da realidade de quem Deus é e fez.

Deus nos deu seu Espírito como prova de que permanecemos nele, e ele em nós. Além disso,
vimos com os próprios olhos e agora testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o
Salvador do mundo. Aquele que declara que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e
ele em Deus. Sabemos quanto Deus nos ama e confiamos em seu amor. Deus é amor, e
quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. 1 João 4.13-16

Quem permanece nessa realidade do amor de Deus, que não tem a ver com o que
produzimos, mas com o envio do Filho pelo Pai para ser o salvador, é quem permanece em
Deus.

Então quando o amor começa em sua vida? É quando você reconhece que Deus é amor, que
Ele tem amor por você e também pelo outro, e que este amor está presente em sua vida. Ou
seja, o você só consegue viver o amor quando sabe e confia no amor de Deus.

E como temos a garantia sobre o amor de Deus, quem nos dá essa segurança? É o próprio
Espírito de Deus. Eu falei que quem nos mantém seguros das heresias e dos enganos é o
Espirito, que nos guia na verdade dos apóstolos e não nos deixa perdidos.

E esse mesmo Espírito dado a nós é quem, como diz Paulo em Romanos 5.5, derrama o amor
de Deus em nossos corações.

À medida que permanecemos em Deus, nosso amor se torna mais perfeito. Assim, teremos
confiança no dia do julgamento, pois vivemos como Jesus viveu neste mundo. Esse amor não
tem medo, pois o perfeito amor afasta todo medo. Se temos medo, é porque tememos o
castigo, e isso mostra que ainda não experimentamos plenamente o amor. 1 João 4.17,18

Então, quando criamos esta consciência de que o amor não começa em nós, e que amar é um
estado de confiança em Deus, para a partir daí, obedecer a Deus, que é andar como Jesus
andou, que é imitar a Jesus, isso é que significa permanecer em Deus, e ter nosso amor
aperfeiçoado. À medida que caminhamos, vamos deixando as cargas do esforço para merecer
alguma coisa, do amar a partir de si mesmo, da religiosidade e da licenciosidade de lado.

E a garantia do amor de Deus por nós nos dá a confiança para o dia do julgamento e com isso
o medo vai embora. Mas que medo é esse?

E aqui vamos ter que fazer outro grande parêntesis pois o centro da mensagem está aqui.

Quando Adão pecou, a primeira coisa que aconteceu foi ele e a Eva tomarem consciência da
nudez de forma pervertida, tiveram vergonha um do outro e tentaram se tampar com as
folhas de figueira. Mas quando Deus chegou, eles se esconderam. E a fala deles para Deus foi:
ouvi sua voz no meio do jardim, e porque estava nu, tive medo e me escondi.

Que medo é esse? É o medo de quem está devendo, o medo de ser condenado.

Mas porque surge esse medo?

Esse medo surge exatamente por causa da suspeita de que esse negócio de Jesus, de Deus
talvez não seja tão certa assim. Surge, porque muitas vezes vir a igreja não passa de um
exercício espiritual da minha religião, é apenas um adendo à minha vida. Meu cristianismo é
apenas um enfeite da minha vida.
Ou seja, você até confessa sua crença em Deus, em Jesus e tudo o mais. Mas na hora de agir,
você não age desta forma.

Tem ainda uma questão que a gente não para pra pensar: se Jesus não for verdade, o que
sobra? Nada. O que vai restar da sua vida? Nada. Paulo diz isso em Coríntios: Se a ressurreição
de Cristo não é verdade, nós somos os mais miseráveis dos homens. Então só nos resta comer
e beber, isto é, meter a cara no pecado de com força que amanhã morreremos.

E é por isso que as pessoas pecam. É o pavor de que amanhã pode não ter nada, e, portanto,
tenho que aproveitar hoje a oportunidade.

É o Narciso voltando aqui de novo. Você tem que criar algum mecanismo que te desfoque
dessa sensação de vazio, de medo, de pavor. Então aproveita o máximo dos prazeres da vida.
Tipo aquela sensação: se eu não fizer alguma coisa hoje, eu vou entrar em desespero. Mas
você já está em desespero. Você está tentando tampar o buraco com as coisas, com a
sensações, mas esse buraco é um buraco negro.

Entenda: a relação com Jesus não é só uma coisa que você tem na sua vida. Ou ela é tudo
para você, ou não vai funcionar. Cristianismo só funciona se for 100%.

Você só vai se livrar desse pavor, dessa sensação de que não há sentido e tampar esse buraco
negro em Cristo.

Só Cristo, a certeza do amor de Cristo por você é quem vai lançar fora esse medo.

Fechando este parêntesis sobre o medo, temos então que o contrário do amor não é o ódio e
nem a indiferença, mas o medo. Por que o medo?

Porque o medo maquia nosso desejo de autonomia, nosso encurvamento em nós mesmos,
nosso desejo de controlar tudo e ser igual a Deus, porém sem Deus. Isso é chamado de
orgulho.

O medo vem porque somos incapazes de cumprir as exigências do nosso orgulho e nos
deparamos com nossa finitude e pequenez.

Porém, em Cristo está tudo seguro.

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém afirma: “Amo a Deus”, mas odeia
seu irmão, é mentiroso, pois se não amamos nosso irmão, a quem vemos, como amaremos a
Deus, a quem não vemos? Ele nos deu este mandamento: quem ama a Deus, ame também
seus irmãos. 1 João 4.19-21

Com a segurança que temos em Cristo, podemos amar. Podemos amar porque ele nos ama e
então tudo está seguro. Se temos a segurança podemos nos lançar no amor.

Nossa insegurança faz com que a gente fique olhando para nossas próprias coisas. Só que o
que João está dizendo é que nossas coisas estão todas seguras em Cristo.

Portanto, podemos nos lançar em direção ao cuidado uns dos outros.

A cobrança que vem neste final, na verdade não é uma cobrança, é uma conclusão óbvia: se
você está seguro, porque você vai tentar garantir o seu?

Se o Espírito Santo é a sua garantia, o que mais você poderia acrescentar a isso?
Além disso, é uma questão de coerência. Dizer que ama a Deus é atestado no amor aos
irmãos. Amar não é simplesmente não fazer o mal, mas fazer o bem em favor do outro.

As Escrituras sempre nos lança em direção ao próximo. Você não deve vir a igreja buscando
apenas consumir o que se tem a oferecer. Buscando consumir um bom lugar, o conforto, uma
boa mensagem. Você deve vir sempre com a intenção de se relacionar, de perceber o outro,
de cuidar do irmão, de auxiliar a comunidade.

E nada melhor do que o momento de ceia para nos mover em direção uns aos outros. A ceia é
este momento pedagógico em que Deus nos lembra do passado, do presente e do futuro.

Do passado pois rememoramos o sacrifício de Jesus por nós na cruz do Calvário trazendo a
realidade do amor e do perdão de Deus a nós.

Do presente pois fazemos uma reflexão a respeito da nossa relação com Deus, pedimos
perdão por nossos pecados e somos também lançados em direção uns aos outros em perdão
e reconciliação. Jesus se faz presente em nosso meio e nos abençoa ao tomarmos a Ceia. É
como se estivéssemos internalizando Jesus em nossas vidas.

E do futuro, pois um dia estaremos de fato assentados com Ele e com os irmãos ceando juntos.

Neste momento, vamos cantar uma música de comunhão. Infelizmente não podemos trocar os
cálices com os irmãos e também não é bom sairmos dos lugares. Mas gostaria de que
enquanto cantamos, cante olhando para seu irmão e estenda de longe mesmo seu cálice,
como se fosse um brinde. Troque olhares com seus irmãos neste momento de comunhão.

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