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A IGREJA E SUA MISSÃO NO CONTEXTO DE PÓS-MODERNIDADE

Objetiva-se neste trabalho analisar teologicamente a missão da Igreja no contexto de pós-modernidade.


Justifica-se este objetivo pelo fato de que a tradição cristã evidencia que a Igreja, ao se fundar na
Trindade, assume a identidade de koinonia, tanto em sua estrutura interna quanto na sua relação com o
homem situado na sua contemporaneidade histórica. Em sua intimidade com a Trindade, a Igreja é
comunhão e missão ou até mesmo comunhão missionária, situando-se no mundo e em um espírito de
diálogo. Anuncia e testemunha o evangelho, sempre de modo que ele seja atual aos seres humanos.
Para atingir este objetivo, apresentar-se-á o status quaestionis, expor-se-ão os conceitos fundamentais –
Igreja, missão e pós-modernidade – para se apresentar a missão da Igreja, concebida como
evangelização em cada época histórica, o ecumenismo e o diálogo interreligioso e a dimensão social da
evangelização. Por fim, conclui-se sintetizando os pontos fundamentais desenvolvidos ao longo do artigo
e exortando à efetividade da espiritualidade evangelizadora.

Que é allelon ?
A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor. Romanos 13:8, ARA

O tempo de graça da Terra chegará em breve ao fim, quando Jesus vier com Seu glorioso cortejo de
anjos, e devo comprovar que não estamos preparados. Uma norma, em particular, tem sido ignorada,
negligenciada e até desprezada entre nós. A norma da qual falo se aplica a membros e não membros de
igreja, a cada nação, tribo, língua e povo, e a todo homem, mulher e criança. Ela edifica ou derruba toda
vida individual, todo relacionamento, família, comunidade, nação, continente e o planeta. A Bíblia fala
dela mais do que sobre qualquer outra norma, e ainda assim muitos que alegam seguir a Bíblia a
consideram com indiferença. Alguns, até, chegam a ignorá-la desafiadoramente, em nome de manter as
normas!

Jesus a declarou explicitamente três vezes, Paulo a expôs duas vezes, Pedro falou dela uma vez, e João a
declarou seis vezes. Vezes adicionais sem conta, todos os escritores da Bíblia a mencionam de modo
claro. Jesus e Paulo a expuseram como um resumo de toda a lei, revelando a todo-abrangente natureza
de sua cobertura completa. No grande sermão sobre os sinais do fim em Mateus 24, Jesus disse que
muitos entre o povo de Deus se envolveriam como antônimo direto dessa ordem, quando traíssem e
odiassem uns aos outros (verso 10).

A norma, como você já deve ter adivinhado, é “amem-se uns aos outros”. Em grego é agapeo allelon. O
simples número de variações dessa ordem de amar “uns aos outros” revela sua extrema essência na vida
espiritual. Falamos frequentemente em agape, mas não muito em allelon. Contudo, o Novo Testamento
usa esta última palavra quase tantas vezes quanto a primeira. “Uns aos outros” – allelon – ajuda-nos a
compreender melhor agape, porque agape não pode ser experimentado à parte de allelon. Expansões
incontáveis da ordem de amar “uns aos outros” salpicam as cartas do Novo Testamento. Entre outras
coisas, nós devemos: dar preferência, edificar, admoestar, acolher, suportar e estimar uns aos outros.
Formalistas frios, legalistas arrogantes, condescendentes sem princípios e pagãos ousados falham em
viver à altura dessa norma. Sendo que já estamos aquém, caiamos com o rosto em terra diante de Deus
hoje, admitindo que não amamos uns aos outros assim como Jesus nos amou.

Quem é allelon? Deus tem tudo que ver com “um ao outro”. E Deus viverá em nós se O recebermos .
RESUMO
Na sociedade brasileira os relacionamentos interpessoais apresentam vários problemas:
intrigas,
inveja,
amarguras,
disputas
por
posições
de
destaque,
mentiras,
entre
outros.
O
cenário
nas igrejas não é tão diferente! Há uma crise nos relacionamentos. E, é
por isso que, o
relacionamento entre os cristãos é um dos temas que merece destaque e atenção nas igrejas. A
preocupação
com
esse
tema
foi
apresentada
pelo
próprio
Senhor
Jesus
que
via
como
necessária
a unidade da igreja e orou para que todos fossem um em João 17.21. A principal palavra no
grego que expressa comunhão é
Allélon,
que, em português, tem o significado de “Uns aos
outros”. Faz
-
se necessário compreender o que essa palavra tem a diz
er sobre a relação de
harmonia
nos
relacionamentos
entre
os
cristãos.
Para
isso,
é
importante
fazer
um
resgate
do
uso
do
termo
no
seu
contexto
histórico,
bem
como
em
seu
sentido
original.
O
viver
em
comunidade
só terá sentido se o termo “Uns aos outros” fo
r aplicado em sua essência na igreja
atual.

O que Jesus espera do relacionamento entre


seus seguidores? Que nos amemos uns aos
outros!
Publicado por PCamaral Blog Cristão.
Como podemos superar as dificuldades de convivência entre nós, a ponto de sermos uma igreja saudável e
testemunha eficaz de Cristo no mundo? Esta é uma questão que tem tomado conta da mente de muitos cristãos.
Neste estudo, olhando para o exemplo dado pelo Senhor Jesus, poderemos encontrar a maneira de praticar essa
ordenança, que é a mais profunda e desafiadora das responsabilidades mútuas dos crentes em Cristo: Amem uns aos
outros.

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que
também vos ameis uns aos outros. (Jo 13:34)

Entendendo o Mandamento

A expressão “uns aos outros”, no grego allelon, aparece mais de 50 vezes, no Novo Testamento. Merece máxima
atenção, pois está sempre ligada ao que chamamos de mandamentos recíprocos. Curiosamente, estes muitos
mandamentos podem ser resumidos em um somente: “Amai-vos uns aos outros”. Com a Bíblia aberta em João
13:34-35 e olhando as palavras do Mestre, vejamos alguns aspectos desse seu ensino.
A ordem

Foi com Jesus, na forma humana, que o amor começou a ser ensinado de modo mais claro e intenso do que em
qualquer outro momento da história dos homens. Não podia ser de outro jeito, visto que ele era a prova viva do
amor do Pai pela humanidade. Ele não apenas teorizava sobre o amor, mas expressava-o por palavras, gestos e
atitudes. De acordo com os evangelhos, Jesus era o amor em pessoa. Como diz Clark: “Por onde passava, deixava no
ar o perfume do amor”. [1] Observe como começa João 13. O texto informa que, lá no cenáculo, antes de lavar os
pés dos discípulos, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 13:1 – NVI).

A expressão “amou-os até o fim”, no texto grego, significa, literalmente, que Jesus amou-os até o limite se sua
capacidade de amar. Mas como pode haver limites em quem é infinito? Na realidade, o texto quer dizer que Jesus os
amou até as últimas consequências. Amou-os intensamente e com toda força. Então, imagine o tamanho deste
amor! E foi para esses homens que ele ordenou que amassem uns aos outros. Não com um amor humano qualquer,
mas com o amor com que ele os amou. Assim que Judas se ausentou para traí-lo, sabendo que a cruz estava cada vez
mais próxima, o Senhor, na intimidade com os discípulos, declarou: Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns
aos outros (Jo 13:34a).

Ali, no Cenáculo, só havia tempo para as lições urgentes, e Jesus decidiu ensinar-lhes sobre o mandamento do amor.
Tal ensino era tão imprescindível que, só nesta conversa com os discípulos, o mesmo mandamento foi repetido cinco
vezes (Jo 13:34-35, 15:12,17). Uma vez que Deus é amor, a lição mais importante que ele quer que aprendamos na
terra é como amar. Na Bíblia, há dois verbos gregos para referir-se ao amor: agapao e phileo. Mas, sem dúvida, o
preferido do Espírito Santo para designar a prática do autêntico amor cristão é verbo agapao. É este que Jesus usa
em João 13:34. Este amor não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas, acima de tudo, uma atitude. É a
escolha de agir em favor do outro, sem exigir nada antes e nem requerer nada depois. É uma ação consciente,
criativa, incondicional e sincera de se aproximar de alguém com o objetivo de ajudá-lo. [2] Amar é o ato altruísta de
respeitar e de se importar com o outro, querendo o seu bem e não o seu mal (1 Co 13:8-10).

O modo

O amor, por si só, é de difícil definição. Todavia, em Cristo, ele se torna ainda mais profundo e complexo. Veja que
curioso: ao se referir ao amor mútuo dos cristãos, Jesus chama-o de “novo mandamento” (Jo 13:34). Mas, se
pensarmos bem, veremos que, em certo sentido, o mandamento do amor não era novo, pois os dez mandamentos
ensinavam o amor a Deus e ao próximo. Paulo, por exemplo, explica que estes mandamentos: “Não adulterarás”,
“não matarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito:
“Ame o seu próximo como a si mesmo” (Rm 13:9). Depois, com toda persuasão, o apóstolo conclui dizendo: O amor
é o cumprimento da lei (Rm 13:10b).

Assim sendo, qual é a novidade, neste mandamento? O que há de completamente inédito é a maneira com que este
amor foi demonstrado a nós por Cristo, na cruz, tornando-se o modelo para nos amarmos mutuamente. Por isso,
está escrito: Assim como eu os amei, amem também uns aos outros (Jo 13:34b – RA). O modo de amar uns aos
outros está estabelecido: Jesus Cristo é o padrão! Piper afirma: “A novidade é que o antigo mandamento de amar
nunca havia sido exemplificado de forma tão perfeita quanto pelo Filho de Deus”. [3] De fato, antes de Jesus,
nenhuma outra pessoa foi capaz de falar com tanta autoridade: “Amem como eu amei”, ou: “Eu dei o exemplo;
agora, façam o mesmo”.

O apóstolo João foi, entre os doze, o que melhor entendeu essa verdade; por isso, escreveu em uma de suas cartas:
Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros (1 Jo 3:11). Após
esclarecer o que não é o amor cristão, João explica o verdadeiro significado desse amor: Nisto conhecemos o que é o
amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos (1 Jo 3:16). Sabemos que o
amor mostrado por Jesus é incondicional, constante e autossacrificial (cf. Rm 5:8; Jo 13:1; 2 Co 5:14). É dessa
maneira que amamos verdadeiramente.

O efeito

O texto de João 13:34-35 mostra-nos que é exigido do cristão um grau altíssimo de amor. Quem ama como Jesus
amou, compadece-se, sofre com a dor do outro, e, ainda mais, abre mão de seu próprio bem-estar para ajudar o
semelhante; é também capaz de dar vida pelo irmão. No exemplo de Jesus, aprendemos que o amor cristão não
deve ser exercido apenas sobre aqueles pelos quais se descobre alguma afinidade. Ele nos ensinou, inclusive, a amar
os nossos inimigos (Mt 5:43-44), ou seja, procurar o seu bem e não o seu mal (cf. Rm 13:10; 15:2). Contudo, o amor
cristão deve ser ainda mais intenso no meio da família de Deus. Está escrito na Bíblia: Portanto, enquanto temos
oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé (Gl 6:10 – NVI).

O desejo do Senhor da igreja é que esse amor profundo, ardente, sacrificial e recíproco seja a marca registrada do
relacionamento entre irmãos. Por isso, ele revelou: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes
amor uns aos outros (Jo 13:35). Quando o mandamento do amor mútuo é obedecido pelos cristãos, dois efeitos são
logo percebidos. O primeiro ocorre nas pessoas, dentro da igreja: elas se tornam mais parecidas com Jesus, pois
passam a viver o verdadeiro discipulado e a experimentar o cristianismo autêntico. O segundo efeito ocorre nas
pessoas de fora da igreja: elas passam a olhar para igreja com bons olhos, pois começam a ver Cristo nos cristãos.

O amor de uns pelos outros é a prova irrefutável de que pertencemos a Jesus. Essa verdade pôde ser constatada na
igreja primitiva. Lá, o convívio entre os irmãos era tão bonito que a cidade inteira tinha simpatia por eles (At 2:47 -
BV). Além disso, Tertuliano, um dos pais da igreja, que viveu cerca de um século, após a morte dos apóstolos,
relatou, num de seus escritos, o que, em sua época, os pagãos falavam a respeito dos cristãos: “Vejam como eles se
amam! (...). Vejam, estão dispostos até mesmo a morrer uns pelos outros!”. [4] Que belo exemplo dos primeiros
crentes. Que, hoje, ouçamos as mesmas palavras dos não-cristãos e sejamos testemunhas eficazes de Cristo no
mundo.

Cabe-nos reconhecer que não é nada fácil praticarmos esse amor recíproco. Não é algo natural aos humanos
decaídos. Ao contrário, a Bíblia diz que esse amor é divino: Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor
procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus (1 Jo 4:7 – NVI). É por isso que, logo após ter
dado o “novo mandamento”, Jesus prometeu o Consolador (Jo 14:15-26). É o Espírito Santo que nos capacita a nos
amarmos mutuamente. A seguir, três ensinos práticos a respeito do amor recíproco.

Aplicando a Palavra de Deus à nossa vida

1. Precisamos entender, urgentemente, que o amor recíproco como uma necessidade da igreja

O tema mais enfatizado por Jesus, no fim de seu ministério terreno, foi o amor recíproco. Isso porque essa virtude
cristã, cultivada pelo Espírito Santo, fez com que a igreja continuasse a existir, mesmo na ausência física do Mestre e
mesmo depois do martírio dos apóstolos. O amor é a essência da unidade da família de Deus. O amor de uns pelos
outros é o oxigênio da igreja. É o que mantém o corpo de Cristo vivo e dinâmico. Além de ser uma ordem do Senhor
para a igreja, é, sobretudo, uma necessidade da igreja do Senhor. Sem esse amor mútuo, não existe relacionamento
saudável, dentro da igreja. É ele que nos torna irmãos, que fortalece nossa amizade e nos mantém em comunhão.
Portanto, cultivemos o amor recíproco entre nós. É uma questão de sobrevivência! A vida cristã é relacionamento, e,
sem amor cristão, não há bom relacionamento.

2. Precisamos entender que o amor recíproco deve ser uma característica da igreja

Começamos este texto com uma pergunta: O que Jesus espera do relacionamento entre seus seguidores? A resposta
é simples: Que vivamos o amor que ele nos ensinou. A marca do verdadeiro discípulo não é um crucifixo colocado no
pescoço, nem uma maneira diferente de se vestir, mas é o amor para com seus irmãos em Cristo. [5] Esse amor
profundo e sacrificial de uns pelos outros é a característica que distingue a igreja de Cristo dos demais grupos.
Porém, esse amor não é vivido na teoria, mas na prática. João exortou: Filhinhos, não amemos de palavra nem de
boca, mas em ação e em verdade (1 Jo 3:18). O que caracteriza a igreja não é o falar, mas o praticar o amor. O
respeito com o semelhante, o atendimento ao pobre necessitado, o perdão mútuo e a ajuda recíproca são algumas
maneiras práticas de demonstrar o amor recíproco.

3. Precisamos entender que o amor recíproco age como um testemunho da igreja

A amizade entre os crentes em Cristo é um dos mais excelentes meios de pregar o evangelho do reino. Nesta
sociedade individualista em que vivemos, quando a igreja pratica verdadeiramente amor cristão e recíproco, torna-
se um manancial no deserto. Ela é sal da terra e luz do mundo, como Jesus ensinou. Era isso o que acontecia com a
igreja primitiva. Naquele tempo, os cristãos desfrutavam da simpatia dos não-crentes, por causa do belo
relacionamento existente entre eles, e, nisso, o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos (At
2:47). Por isso, quando pensarmos na evangelização, não devemos esquecer que o amor de uns pelos outros,
vivenciado na igreja, é uma das mais eficientes formas de apresentarmos Jesus ao mundo.

Concluindo
Neste estudo vimos a maneira de amarmos uns aos outros como o Mestre nos ensinou. Vimos que o amor recíproco
é uma norma dada a todos os seguidores de Cristo e que o padrão desse amor foi estabelecido por Jesus, no
Calvário: Assim como eu os amei, amem também uns aos outros (Jo 13:34b). Quando nos amamos dessa forma,
praticando no nosso dia a dia os ensinos do Mestre, vivemos o relacionamento que o Senhor planejou para nós.

EFÉSIOS - SERMÃO 024 – A UNIDADE DA IGREJA - EFÉSIOS 4:1—3

Esse esboço de sermão é parte da série "Exposição da Epístola aos Efésios" e é


muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das
verdades contidas nessa exposição, com aplicações para os nossos dias. No
final do artigo você encontrará um link para outros estudos dessa série.

EXPOSIÇÃO DA EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS

Introdução.

A. Nos três primeiros capítulos de Efésios Paulo descreveu os atos de Deus na história relacionados com a
nossa salvação. Paulo falou acerca:

1. Da nossa eleição em Cristo antes da fundação do mundo.

2. Da nossa adoção para sermos membros da família de Deus.


3. Da nossa redenção ou libertação tanto da condenação como do poder do pecado.

4. Do perdão de todos os nossos pecados.

5. De termos sido selados com o Espírito Santo e de recebermos este mesmo Espírito como penhor ou
garantia da nossa salvação eterna.

6. De como Deus, sendo rico em misericórdias, nos amou e nos salvou exclusivamente pela graça mediante
a fé.

7. Do fato de que Jesus derrubou todas as paredes que causavam separação entre os homens e entre eles
e Deus.

8. Da Igreja como uma nova sociedade idealizada por Deus, desenvolvida pelo Senhor Jesus e
implementada pelo poder do Espírito Santo.

9. De que é necessário crescer na vida de fé até que sejamos tomados por toda a plenitude de Deus =
sejamos iguais ao Senhor Jesus Cristo.

B. Agora, a partir do capítulo 4, Paulo vai falar acerca da nossa responsabilidade diante de tudo o que Deus
fez. Dos novos padrões de comportamento compatíveis com a nova sociedade que Deus criou.

C. Os três últimos capítulos de Efésios estão repletos de mandamento diretos e implicações concretas para
nossas vidas diárias.

D. A primeira e mais importante implicação para a vida de qualquer comunidade é:

A UNIDADE DA IGREJA

I. A Unidade é Fruto da Ação de Deus e não do Esforço Humano – Efésios 4:3.

A. Existem no Novo Testamento inúmeras passagens que nos ensinam acerca da unidade fundamental que
existe na ἐκκλησία — ekklissia. Esta unidade é tanto dos crentes individualmente com o Senhor Jesus,
como uns com os outros.

1 Coríntios 12:12

Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo.

O corpo é corpo somente quando reconhece esta unidade!

Efésios 5:23

Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo
este mesmo o salvador do corpo.

Apesar desta verdade alguns irmãos acham que eles é que são a cabeça da igreja!

B. Como é que alguém se torna parte da igreja que é o corpo de Cristo?


1 Coríntios 12:13 tem a resposta:

Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.

Os cristãos constituem uma unidade porque a salvação através de Jesus Cristo é o ponto inicial da unidade.

C. O que é o Batismo com o Espírito Santo? É sermos colocados pelo Espírito Santo no Corpo de Cristo que
é a igreja. Mas não fomos somente colocados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. A cada uma de nós,
que cremos em Jesus, também nos foi concedido “beber de um só Espírito”. Isto é uma metáfora para
indicar que o Espírito Santo veio habitar dentro de cada um de nós que cremos em Jesus. Cada crente e
todo crente é habitado pelo Espírito de Deus e é parte da unidade que o Espírito Santo forma no corpo de
Cristo que é a igreja —

Romanos 8:9

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em
vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Efésios 4:3

Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.

Além disto, todo e cada crente foi ungido por Deus com o Espírito Santo e recebeu o Espírito Santo como
selo e penhor — garantia

2 Coríntios 1:21—22

21 Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus,

22 que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.

Não existem super crentes! Cada crente precisa se consagrar completamente a Jesus Cristo e se deixar
absorver integralmente pelo ministério do Espírito Santo.

D. A unidade da igreja não está baseada, portanto, em relacionamentos artificiais nem organizacionais.
Apesar dessas verdades, ainda assim existem pessoas que preferem se separar, “formar panelas” com
outras pessoas que pensam e agem da mesma maneira. A dicotomia que existe de forma tão evidente
entre o “povão” no dizer de um pastor presbiteriano da nossa cidade e os “ministros”, entre o “nós e o
eles” é tão escandalosa que deveria nos fazer corar de vergonha o só pensarmos em promover tamanha
iniquidade. Somos um no Senhor e nenhum crente possui absolutamente nada em que ele possa se gloriar
ou usar para se mostrar arrogante com relação a outros crentes!

E. É por esses motivos que devemos esforçar-nos diligentemente por “PRESERVAR” e não por “CRIAR” a
unidade do Espírito no vínculo da paz.

II. O Chamado que Recebemos de Deus — Efésios 4:1.


A. Como cristãos nós fomos chamados por Deus mesmo para participar de Sua família e do Seu povo.
Como tal nós precisamos andar — viver no dia a dia — de modo digno do chamado que recebemos.

1. Em primeiro lugar devemos viver em unidade. Como uma família. Ver Efésios 4:16.

2. Em segundo lugar devemos viver em santidade. Ver Efésios 4:17—5:21.

III. Elementos Imprescindíveis à Unidade Cristã — Efésios 4:2.

A. De acordo com o apóstolo Paulo existem quatro características que precisam ser cultivadas entre os
cristãos se queremos preservar a unidade que o Espírito Santo nos concede: humildade, mansidão,
longanimidade, suportar uns aos outros.

B. Todas estas características precisam ser cultivadas em amor. A unidade da igreja depende do caráter
moral dos seus membros e não das estruturas organizacionais.

C. Vamos analisar estas características:

1. Em primeiro lugar Paulo fala que precisamos de ταπεινοφροσύνης — tapeinofrosúnis —


humildade: Esta atitude não era reconhecida como louvável nos dias do Novo Testamento e da Igreja
Primitiva. Pelo contrário, era vista como uma atitude servil e abjeta. Foi somente com o advento de Jesus
que a humildade passou a ser reconhecida pelo seu verdadeiro valor. O próprio Senhor se caracterizou
como sendo humilde —

Mateus 11:29

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.

E Jesus foi o único entre os mestres éticos e religiosos do mundo inteiro a estabelecer, como modelo a ser
seguido, uma criança —

Mateus 18:1—6

1 Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é,


porventura, o maior no reino dos céus?

2 E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles.

3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.

4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.

5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.

6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim,
melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse
afogado na profundeza do mar.
2. Ser humilde significa reconhecer o valor que existe nas outras pessoas e indica a necessidade que temos
de nos tornar servos uns dos outros como o fez Jesus —

Marcos 10:45

Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos.

3. O oposto da humildade é o orgulho que é fruto da nossa vaidade pessoal. Somos todos filhos de Deus.
Todos estamos numa mesma posição: em Cristo. Não existe nenhum espaço para ninguém se achar melhor
que outro na igreja que é o Corpo do Senhor. O primeiro fator de desunião entre os cristão é o orgulho que
se esconde no mais profundo do nosso ser e precisa ser duramente confrontado dia a dia.

4. A segunda característica é πραΰτητος — praútetos — mansidão. Aristóteles reconhecia esta como


uma verdadeira qualidade, pois ela significava o meio termo entre ficar muito irado e nunca ficar irado.

5. Humildade e mansidão formam um para perfeito — ver Mateus 11:29 acima. Da mesma maneira que o
homem humilde não está preocupado com seus méritos, o homem manso, por sua vez, não está
preocupado com seus direitos. Não existe no meio do povo de Deus nenhum espaço para que alguém sinta
que possui mais direitos que as outras pessoas.

6. O oposto da mansidão é a arrogância que faz com que nos julguemos a nós mesmos além do que
convém. Essa arrogância é também responsável por fomentar a desunião entre o povo de Deus.

7. As outras duas próximas qualidades μακροθυμίας — makrothumías — longanimidade


e ἀνεχόμενοι ἀλλήλων — anechómenoi allélon — suportando-vos uns aos outros, também andam
de mão dadas. Essa palavras nos falam da necessidade que temos de suportar os agravos que nos são
feitos, sem retaliar —

1 Timóteo 1:16

Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o
principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de
modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.

F. Elas também nos falam do exercício de tolerância, sem o qual, nenhum grupo humano – mesmo de 2
pessoas – pode sobreviver.

G. Todas as qualidades acima precisam estar firmemente amarradas pelo amor —

Colossenses 3:14

Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.

Conclusão:

A. A unidade que existe entre os cristãos é fruto da ação de Deus e não depende dos seres humanos para
ser criada. Ela já existe! É nossa responsabilidade nos esforçar por preservar a unidade que o Espírito Santo
de Deus nos concede.
B. O Senhor Jesus é nosso perfeito exemplo quando o assunto é humildade. Ele não somente disse que era
humilde, mas viveu de forma prática e exemplar tal humildade:

Filipenses 2:3—8

3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo.

4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que
é dos outros.

5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;

7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em


semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,

8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.

C. Onde falta humildade, mansidão, longanimidade e uma atitude de aceitação de uns para com os outros
sobram estruturas organizacionais gigantescas que servem apenas para nos devorar e nos destruir.

D. Que o amor, possa ser o norteador das nossas vidas à medida que nos esforçamos por preservar a
unidade que Deus nos concede como mais um presente da sua graça superabundante. O amor como nos
ensina a Bíblia é:

1 Coríntios 13:4—8

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se
exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a
verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas,
havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.

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