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UCM - Faculdade de Educação e Comunicação Cálculo financeiro II

Estudante: Juvito João Paulino Justo Cumalembe


Docente: Mohamed Munir, MBA
Curso: Contabilidade e Auditoria, 2o ano

Empréstimos Obrigacionistas

Devido à elevada quantia de fundos desejada pelo mutuário há uma necessidade de se recorrer
a mais de um mutuante, nestas circunstâncias, as empresas recorrem a empréstimos
obrigacionistas. Ora vejamos este tipo de empréstimo constitui o tema do presente trabalho
no, pretende-se apresentar os conceitos básicos a ter em consideração ao se debruçar-se sobre
os empréstimos obrigacionistas e como forma de aclarar o tema apresenta-se um exemplo. A
pesquisa bibliográfica foi a metodologia utilizada para a colecta de dados. Introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas são os elementos constituintes do
trabalho, ou seja, compõem a estrutura do trabalho.

O trabalho começa com a apresentação dos conceitos e após faz-se a apresentação do


exemplo. Seguindo este cronograma, Barroso, Couto e Crespo (2009) apresentam o conceito
de obrigação dizendo que as obrigações (ou capital alheio) são títulos de crédito
representativos de uma fracção do empréstimo obrigacionista emitido por uma entidade.
Mateus (2006) acresce dizendo que as obrigações é um título negociável, ou seja, é uma
promessa escrita do emitente de pagar a quem o detenha, o reembolso do capital e um juro a
uma taxa determinada segundo as condições definidas à data da emissão.
Ao lançar um empréstimo obrigacionista, o mutuário capta fundos para financiar o seu
projecto, obrigando-se a reembolsar o respectivo capital e pagar os juros devidos de acordo
com as condições previamente fixadas no acordo (Matias, 2013).
Sitoes & Hoana (2020) privilegiam que os empréstimos obrigacionistas podem atingir
montantes relativamente elevados a uma taxa inferior comparativamente com os outros tipos
de empréstimos, razão pela qual ser o tipo preferencial de várias sociedades.

Matias (2013) diz que existem inúmeros tipos de obrigações e várias modalidades de
amortização de empréstimos, mas destaca as obrigações de taxa fixa, que é aquela em que o
juro pago aos subscritores é constante ao longo de todo o prazo do empréstimo e três
modalidades nomeadamente: através de prestações constantes, através de amortizações
constantes e através de amortização única no final do prazo do empréstimo.

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Matias (2013) apresenta emitente, subscritor ou obrigacionista, vida do empréstimo, maturidade, valor
nominal, taxa de juros, valor de emissão e valor de reembolso como sendo os conceitos relevantes para
a análise dos empréstimos obrigacionistas, assim sendo o emitente é a entidade que lança o empréstimo
obrigacionista; subscritor ou obrigacionista são entidades que compram as obrigações; vida do
empréstimo é a duração do empréstimo; Maturidade é a data que ocorre o pagamento da última
prestação do empréstimo; Valor nominal é o valor sobre o qual é calculado o juro; Taxa de juros é a
taxa sobre a qual serão calculados os juros devidos ao obrigacionista; Valor de emissão é o valor que os
subscritores pagam pela obrigação no momento da sua emissão e valor de reembolso é o valor que os
subscritores recebem pelas obrigações quando são amortizadas.

Para Barroso, Couto e Crespo (2009) os empréstimos obrigacionistas podem ser reembolsados
de acordo com a modalidade de reembolso de um número constante de obrigações por
período, por diminuição do valor nominal, reembolso de uma só vez no final do período e
reembolso em prestações constantes de capital e juro, entretanto, para o presente trabalho
apresentamos um exemplo que demostra como é feito o reembolso de um número constante
de obrigações.

Exemplo: A Zeta, SA emitiu um empréstimo obrigacionista com as seguintes características:


Número de obrigações (No) = 500.000; valor de emissão = 5,00 €; valor nominal de cada
obrigação (Vn) = 5,00 €; Maturidade do empréstimo (n) = 5 anos; reembolso anuais
constantes: pelo valor nominal; data do primeiro reembolso: 1 ano após a emissão; taxa anual
constante de 10%. Considere que os reembolsos serão considerados os seguintes prémios
adicionais: 1o: 0,75 €; 2o: 1,00€; 3o: 1,25€; 4o: 1,50€; 5o: 1,75€. Pretende-se o cálculo e
preenchimento do quadro de amortização.
k (Ck-1) (jk) (Nk) (mk) Pk (Tk)
Co) = No * Vn J1 = Co * i Nk = No/n mk= Nk* Vn Pk =Nk * pk Tk=jk+m+Pk
1 2.500.000,00 250.000,00 100.000,00 500.000 75.000 825.000
2 2.000.000,00 200.000,00 100.000,00 500.000 100.000 800.000
3 1.500.000,00 150.000,00 100.000,00 500.000 125.000 775.000
4 1.000.000,00 100.000,00 100.000,00 500.000 150.000 750.000
5 500.000,00 50.000,00 100.000,00 500.000 175.000 725.000

Depois da pesquisa, chegamos a conclusão que as empresas como forma de adquirir


financiamento com valores avultados e a uma taxa baixa recorrem-se aos empréstimos
obrigacionistas, a entidade fica obrigada a pagar ao obrigacionistas o montante do fundo
acrescido de uma taxa de juros podendo adoptar o reembolso do valor por meio do reembolso
de um número constante de obrigações por período, por diminuição do valor nominal,
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reembolso de uma só vez no final do período e reembolso em prestações constantes de capital
e juro.
Referências Bibliográficas
Barroso, M., Couto, E. & Crespo, N. (2009) Cálculo e Instrumentos Financeiros da
prática para Teoria (2a.ed.). Lisboa, Portugal: Escolar Editora.
Sitoes, J & Hoana, C. (2020). Aulas Teóricas de Introdução às Finanças. Maputo,
Moçambique: ISUTEC
Mateus, A. (2006). Cálculo Financeiro. (5a.ed.). Lisboa, Portugal: Edições Sílabo, Lda.
Matias, R. (2013). Cálculo Financeiro. Teoria e Prática. (4a.ed.). Lisboa, Portugal:
Escolar Editora

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