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Temos finalmente Carlos formado em medicina, com muita distinção.

Em educação e carácter e também


força de vontade, tudo parece contribuir para termos um homem útil ao país. Será que algo vai falhar?

Vamos então apreciar como é que Carlos se irá desembaraçar no meio social lisboeta. Será que o irão
levar a sério? Parece-nos previsível que isso aconteça, tendo em conta os seus anos de estudo e todo o
investimento na sua formação. A partir deste capítulo, vamos observar como o ambiente do século XIX
nos é apresentado, sob o olhar crítico de Eça.

No início o diletantismo de Carlos inspirou a desconfiança dos mais democratas, mas a constatação do
interesse de Carlos pelos ideais revolucionários depressa venceu as distâncias e por fim os “ paços de
Celas “ eram frequentados por pessoas das mais diversas ideologias.

Carlos passava as férias grandes em Lisboa, Paris ou Londres, mas os Natais e Páscoas eram passados em
Santa Olávia, que Afonso ia embelezando com luxos de um requinte francês e inglês

(DÁ-SE NESTE CAPÍTULO O FINAL DA LONGA ANALEPSE INICIADA NO 1º CAPÍTULO. ESTA ANALEPSE FOI
NECESSÁRIA PARA SE PERCEBEREM AS ORIGENS DE CARLOS, TENDO EM CONTA A INFLUÊNCIA DE
FATORES COMO A HEREDITARIEDADE E A EDUCAÇÃO, NA FORMAÇÃO DO SEU CARÁCTER.)

À saída, Ega ainda informou Carlos que iria publicar o seu livro, aquele livro sobre o qual tinha falado
durante dois anos, cujo título seria “ Memórias de Um Átomo “ e cujo assunto seria a “ História das
grandes fases do Universo e da Humanidade “.

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