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Histologia – Objetivos Teóricos – Problema 1

1) Identificar as partes do microscópio de luz.

Braço: parte de sustentação física.


Oculares: região onde a imagem é observada.
Canhão: peça intermediária entre o braço e os oculares.
Objetivas: lentes responsáveis pela ampliação do objeto analisado.
Condensador: lente responsável pela saída da luz em formato cônico.
Lente de campo: lente pela qual há saída da luz.
Lâmpada: responsável pela iluminação da amostra.
Fusível: evita excesso de corrente para não danificar o aparelho.
Cabo de energia: entrada de corrente elétrica.
Revólver: peça móvel para determinação das objetivas.
Suporte de amostra: onde a amostra é fixada para análise.
Parafusos: micrométrico, macrométrico e de eixos horizontal e vertical.

2) Descrever o trajeto da luz no microscópio, nomeando, pela ordem, os objetos que se


encontram nesse trajeto, durante a observação microscópica.

O cone de luz que é projetado pelo condensador penetra a amostra e, em seguida, a lente
objetiva, que projeta uma imagem ampliada no plano focal da ocular, que novamente a
amplia. Por fim, essa imagem é capturada pelo observador.

3) Colocar uma lâmina corretamente na platina e realizar todas as operações


subsequentes para a adequada observação microscópica do material, com cada uma
das objetivas secas.

4) Definir, operacionalmente, a expressão “objetivas parafocais”.

Quando o objeto está focalizado com uma lente objetiva, o foco está muito próximo das
outras, garantindo a necessidade de pouco ajuste focal. Essa é uma característica das lentes
objetivas parafocais.

5) Definir que parte do microscópio é responsável pelo embaçado ou falta de nitidez da


imagem observada na ocular do microscópio de luz.

São os parafusos, que podem ser macrométricos ou micrométricos. Quando a imagem está
desfocada ou pouco nítida, deve-se recorrer primeiramente ao macrométrico, rodar num
sentido e ver se melhora, se melhorar, rodar até o melhor ponto, se piorar rodar no sentido
contrário. Depois usa-se o parafuso micrométrico do mesmo modo até a imagem estar bem
nítida.

6) Dizer o significado do que está escrito na armadura das objetivas.

Aumento linear, especificação de luz polarizada, abertura numérica, espessura da lamínula e


comprimento do tubo.

7) Explicar a relação entre abertura numérica e poder de resolução (limite de


resolução) de uma objetiva e definir a expressão “poder de resolução”.
Quanto maior for a abertura numérica e menor for o comprimento de onda de luz utilizada,
maior é o poder de resolução da objetiva. A abertura numérica depende do índice de refração
do material colocado diante da objetiva.

8) Dizer que elementos regulam o poder de resolução ou o limite de resolução do


microscópio óptico ou de luz.

O comprimento de onda de luz utilizada e a abertura numérica da objetiva.

9) Explicar como é feita a etapa da técnica histológica denominada de fixação.

A fixação pode ser feita por agentes físicos como calor, mas são mais usuais os agentes
químicos, que são fixadores aplicados a fim de se obter um preparado histológico permanente.
Podem ser utilizadas também as técnicas de imersão e perfusão e como as proteínas são as
principais moléculas estruturais da célula, devem agir sobre elas.

10) Nomear alguns agentes fixadores.

Formol glicerinado a 4%, álcool a 70% e solução aquosa de formol a 4%.

11) Enumerar a finalidade da fixação.

Evitar a autólise das células, impedir a proliferação bacteriana, endurecer as células para que
resistam às próximas etapas histológicas, aumentar a afinidade pelos corantes, tornando-as
mais facilmente coráveis.

12) Enumerar as etapas para a obtenção de um corte histológico permanente.

Fixação, descalcificação, desidratação, diafanização, microtomia, desparafinização e


hidratação, coloração e montagem.

13) Justificar a necessidade da coloração dos cortes histológicos para observação ao


microscópio de luz.

Como a maioria dos tecidos é incolor, para que seja possível observá-los ao microscópio de luz,
é necessário que sejam empregados corantes.

14) Caracterizar os tipos mais comuns de epitélios de revestimento.

14.1) Epitélio simples: possui apenas uma camada de células. Neste tecido a base de cada
célula é anexada a uma base da membrana basal, enquanto a extremidade apical está voltada
para superfície livre.

Pode ser dividido em:

14.1.1) Epitélio simples pavimentoso: reveste a Cápsula de Bowman, localizada no rim, como
também reveste os vasos (endotélio).

14.1.2) Epitélio simples cúbico: este tipo de epitélio é encontrado na parede dos folículos da
tireoide, como também nos túbulos contorcidos do rim.

14.1.3) Epitélio simples cilíndrico: encontrado em grande parte no aparelho digestivo,


revestindo o estômago, intestino delgado e intestino grosso, como também reveste outros
órgãos como a vesícula biliar, etc.
14.2) Epitélio estratificado: neste tecido existem duas ou mais camadas de células, sendo que
algumas estão fixas a membrana basal e as outras estão sobrepostas umas ás outras,
formando vários extratos.

Pode ser dividido em:

14.2.1) Epitélio pavimentoso estratificado: neste tecido existe uma camada superficial de
queratina, como é o caso da pele. No entanto reveste outras áreas, porém sem queratina,
como no caso do esôfago que é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado.

14.2.2) Epitélio cúbico estratificado: possui células epiteliais com formato cúbico em diversas
camadas. É encontrado em glândulas como as sudoríparas e sebáceas.

14.2.3) Epitélio estratificado de transição: este tipo de epitélio caracteriza-se por ter as células
mais superficiais com formatos diversificados. É encontrado na bexiga e no ureter.

14.3) Epitélio pseudo-estratificado ciliado: as células presentes neste tipo de tecido parecem
dispor-se em camadas, dando a falsa impressão de se tratar de um tecido estratificado. No
entanto é constituído por somente uma camada de células que se prendem à membrana
basal, porém com tamanhos diferenciados. Este tipo de epitélio é encontrado na traqueia,
fossas nasais e brônquios, e as células possuem cílios bem desenvolvidos, que tem a função
de remoção de partículas estranhas oriundas do ar. Em indivíduos fumantes, por conta do
calor do cigarro, estes cílios perdem sua capacidade de funcionar corretamente.

15) Caracterizar a morfologia e funções dos componentes imunológicos sanguíneos.

Os leucócitos (ou glóbulos brancos) são produzidos na medula óssea e liberados no sangue
para realizarem a defesa contra organismos invasores. Estão inclusos neste grupo de células o
neutrófilo, eosinófilo, basófilo, monócitos, linfócitos e plasmócitos.

15.1) Os neutrófilos são células polimorfonucleares (seu núcleo tem vários lóbulos) ricas em
grânulos citoplasmáticos (por isso são chamadas de granulócitos) com a função de fagocitar
organismos invasores. Ao microscópio óptico possuem uma cor rosa-clarinho. Eles
representam a grande maioria dos leucócitos (70%) e sobrevivem somente 10 horas na
circulação e até 5 dias no tecido infectado, tempo suficiente para eliminar o agente invasor.

15.2) Os eosinófilos, assim como os neutrófilos, são granulócitos polimorfonucleares (com


uma diferença: seu núcleo só possui dois lóbulos) com a função de eliminar parasitas, como
vermes. Eles compõem somente 4% dos leucócitos e vivem o mesmo tempo que o seu irmão
neutrófilo.

15.3) Os basófilos, também um granulócito polimorfonuclear, estão envolvidos basicamente


na resposta alérgica a substâncias (chamada de hipersensibilidade imediata e tardia). Eles são
poucos, somente 1% dos leucócitos.

15.4) Os monócitos não são granulócitos (pelo contrário, são agranulócitos), e muito menos
polimorfonucleares, seu núcleo não tem nada de lobulação, ele possui uma forma oval ou de
um rim (reniforme). Eles são os famosos “pau-pra-toda-obra”, pois quando são necessários,
eles entram nos tecidos e se diferenciam em várias células de alto poder de fagocitose :
macrófago (no tecido conjuntivo e baço), células de Kupffer (no fígado), macrófago alveolar
(no pulmão), micróglia (no cérebro), osteoclastos (nos ossos), células de Langerhans (na pele),
células dendritícas (no linfonodo) e células mesangiais (no rim).
15.5) Os linfócitos são células com núcleo redondo que ocupa quase toda a célula,
responsáveis pela resposta imunológica mais efetiva. São divididos em linfócitos B (ou células
B) e linfócitos T (ou célula T). Os linfócitos T ainda são divididos em células T auxiliadoras (ou
helper) que atua como intermediador na imunidade; e células T citotóxicas, que destroem
diretamente células infectadas do nosso corpo. Todas as células T expressam um receptor,
chamado Receptor de Células T (TCR).

15.6) Os plasmócitos são células bem especializadas, responsáveis pela produção anticorpos
(ou gamaglobulinas), que se ligam a bactérias e toxinas e as neutralizam. Os linfócitos B se
diferenciam em plasmócitos para a produção de imunoglobulinas.

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