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- A rejeição de um transplante renal pode ser devida a incompatibilidade em antigénios de

grupos sanguíneos ou nas moléculas codificadas no MHC, entre outras. No primeiro caso
referido é bastante mais rápida que no segundo. Porquê

R:O rim é o órgão responsável pela filtração do plasma do sangue, por isso tem grandes
quantidades no seu interior. Logo se os grupos sanguíneos entre o doador e recetor não for
compatível ira ocorrer uma resposta mediada por anticorpos e provocara a formação de
coágulos e posterior falência do órgão.

- De que modo pode explicar a ocorrência simultânea de autoimunidade e candidíases


mucocutâneas em indivíduos com expressão deficiente de AIRE?

A expressão deficiente de AIRE (Autoimmune Regulator) pode levar ao


desenvolvimento de doenças autoimunes, pois a proteína AIRE é responsável por
regular o sistema imunológico e evitar que as células imunes ataquem os próprios
tecidos do corpo. Além disso, a expressão deficiente de AIRE também pode afetar a
função das células da mucosa, o que pode levar ao desenvolvimento de infecções por
fungos, como as candidíases mucocutâneas.

A expressão deficiente do gene CARD9 está associada à ocorrência de candidíases


mucocutâneas e disseminadas. Como justifica esta associação?

O gene CARD9 codifica uma proteína que atua como um receptor da célula e é
importante para a resposta imune do organismo contra infecções por fungos. Estudos
têm demonstrado que a expressão deficiente de CARD9 está associada a uma maior
suscetibilidade a infecções fúngicas, especialmente as candidíases mucocutâneas e
disseminadas. Isso ocorre porque a proteína CARD9 é importante para a ativação de
células imunes, como os neutrófilos e os macrófagos, que são responsáveis por
combater as infecções fúngicas. Quando há uma expressão deficiente de CARD9, a
resposta imune do organismo pode ficar comprometida, o que pode levar ao
desenvolvimento de infecções por fungos.

- O que são células CAR T, usadas para a terapia antitumoral?

As células CAR T são células do sistema imunológico humano que foram


geneticamente modificadas para produzir uma proteína chamada receptor de células T
de anticorpo (CAR, do inglês T-cell Antibody Receptor). Essa proteína é capaz de
reconhecer e se ligar a proteínas específicas presentes em células cancerosas. Quando
as células CAR T se ligam a essas proteínas, elas ativam uma resposta imune que pode
destruir as células cancerosas. As células CAR T são usadas como uma forma de terapia
antitumoral, especialmente em casos de leucemia e linfoma. Após serem modificadas
geneticamente, as células CAR T são cultivadas em laboratório e, em seguida, são
reintroduzidas no paciente onde podem atuar como células de ataque contra as células
cancerosas.

- Como caracterizaria funcionalmente os macrófagos associados a tumores?

Os macrófagos associados a tumores são células do sistema imunológico que estão


presentes em tumores malignos e podem ter funções diferentes das dos macrófagos
normais. Alguns estudos têm demonstrado que os macrófagos associados a tumores
podem atuar como células de suporte ao crescimento tumoral, produzindo fatores de
crescimento que promovem a proliferação celular e a angiogênese (formação de novos
vasos sanguíneos). Além disso, esses macrófagos podem secreter proteínas que impedem a
resposta imune do organismo contra o tumor, o que pode favorecer a progressão da
doença. Por outro lado, também há evidências de que os macrófagos associados a tumores
podem ter uma função protetora, auxiliando na reparação dos tecidos danificados pelo
tumor e na eliminação de células mortas ou danificadas. Portanto, a função dos macrófagos
associados a tumores pode ser complexa e pode variar de acordo com o tipo de tumor e
com a microambiente tumoral.
- “A administração de ciclosporina A para a terapia de doentes com lupus eritematoso
é nefasta”. Diga, justificando, se concorda com esta a afirmação.

Não concordo plenamente com a afirmação de que a administração de ciclosporina A


para a terapia de doentes com lúpus eritematoso é nefasta. A ciclosporina A é um
medicamento imunossupressor que pode ser útil para o tratamento de alguns
pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), uma doença autoimune crônica que
afeta vários órgãos e sistemas do corpo. A ciclosporina A é geralmente utilizada como
terapia de "resgate" para pacientes com LES que não respondem a outros
medicamentos ou que apresentam manifestações graves da doença. No entanto, é
importante lembrar que a ciclosporina A pode ter efeitos colaterais graves, incluindo
danos renais e hipertensão, e deve ser usada com precaução e sob supervisão médica.
Portanto, enquanto a ciclosporina A pode ser útil para o tratamento de alguns
pacientes com LES, ela também pode ter riscos significativos e não é adequada para
todos os pacientes.

Identifique duas formas como nanopartículas podem provocar efeitos indesejados


dependentes do sistema imunológico.

As nanopartículas podem provocar efeitos indesejados dependentes do sistema


imunológico de duas maneiras:

1. Imunogenicidade: As nanopartículas podem ser reconhecidas pelo sistema


imunológico como corpos estranhos e gerar uma resposta imune. Isso pode levar
a reações inflamatórias e até mesmo à formação de cicatrizes.
2. Toxicidade: As nanopartículas também podem ser tóxicas para as células do sistema
imunológico, o que pode comprometer a capacidade do corpo de combater
infecções e doenças. Alguns estudos sugerem que as nanopartículas podem
danificar ou mesmo matar células imunes, como os linfócitos e os macrófagos.

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